Poema de agora: Caderno de Caligrafia – @ThiagoSoeiro

Caderno de caligrafia – Thiago Soeiro

Deste lado da cidade
crio palavras para diminuir
algumas distâncias
escrevo teu nome
ao contrário
como um código
um enigma presente
nos muros
igual tua presença
dentro do poema
nunca sabemos
quando vai aparecer
imagino você
do outro lado da cidade
fazendo tudo
do mesmo jeito
de quando ainda
nos conhecíamos
ouvindo sempre
a mesma canção
lendo o mesmo livro
usando o mesmo perfume
mas sei que é diferente agora
ainda me falta um verso
no último poema que te fiz
e aquela dúzia de palavras
que sempre usava com você
ainda me falta a alma
que levou de mim.

Thiago Soeiro

Poema de agora: Meu Norte (@idanielsa)

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Meu Norte

Eu te vi ali, parada
Esperando a condução
Assim como eu, parado
Mas perdi a direção.

Vendo-te ali, parada
Quis segurar tua mão
Acabar com a espera
E ser tua condução.

Então marquei teus passos
E contei com a sorte
Ao perseguir teu coração
Descobri o meu caminho
Encontrei meu Norte.

Ivan Daniel Amanajás

Poema de agora: O AMOR COMEÇA – De @PedroStkls1 para @ThiagoSoeiro

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O AMOR COMEÇA

devo te dizer que a cor vermelha
cai muito bem nos teus ombros
de quem carrega livros de poesia
caixas que carregam tecidos de palavras
e cristais de versos de um soneto português
devo te dizer que o amor começa
entre a tua sombra de anjo
e os teus olhos acordados de manhã
o teu poder é atravessar o teu sorriso
meu coração marinheiro com esses teus dentes serradinhos
é apropriado te trazer a tua fruta preferida
e morder contigo um pedaço dela
para nos aproximar mais do amor
um sabor recorrente de laranja talvez
mesmo que pôr o sol se pondo dentro da boca
como quem reinventa caminhos e previsões
sobre o amador e a cousa amada
o meu amor por ti começa em um bar na frança em 1940
onde mulheres despidas exibiam seus corpos para retratistas
traços de quem poetiza curvas e frasquinhos de perfumes
acho que aprendi com você a observar as estrelas
suas jornadas e suas mortes celestias
essa tarefa tem haver com encontros noturnos
nós dois deitados sob a grama do parque
pronunciando sonhos e planos
acontece que o amor começou pra gente
quando meu signo é de aquário e o teu é de aires
um justificando a ascendência do outro
o amor começa todo domingo
entre raspas de limão sobremesas filmes e almofadas
é com você que descubro um céu todos os dias
é com você que o amor acontece todos os dias
até onde o amor acontecerá eu não sei
só sei que o que importa é ler contigo
um verso colorir um livro
e dar de cara com o mar a cada vez que vamos dormir
e fechamos os olhos.

Pedro S.

Dia dos Namorados: hoje rola programação especial do Poesia na Boca da Noite na Praça da Bandeira

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Oferecer amor em forma de poesia no Dia dos Namorados é a proposta do Movimento Poesia na Boca da Noite, que neste domingo, 12 de junho, estará na Praça da Bandeira espalhando paixão e literatura. De 17h às 19h, poetas, escritores e amantes da literatura irão declamar, o Pano da Poesia será estendido, os versos pendurados no varal Caminho do Amor e distribuídos em pergaminhos e origamis, e livros com poemas românticos ficam à venda.

O cenário é perfeito para uma homenagem aos apaixonados. Quem entrar no Caminho do Amor, poderá ler as poesias estendidas no varal, e seguir até o palanque, onde os poetas estarão declamando, comercializando e autografando os livros. Durante a programação, brindes poéticos impressos em origamis e pergaminhos, e engarrafados em delicadas embalagens, serão distribuídos para os casais e para que estiver presente.

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O Movimento Poesia na Boca da Noite confirmou a presença de autores que irão autografar e comercializar os livros a preço popular, mas faz o convite para que quiser levar sua obra literária para vender ou expor no varal, talento para declamar e amor para dar. “Poesia é sempre um bom presente, para quem escreve, recebe ou oferece, e o dia dos namorados é o ideal, porque elas são recheadas de lirismo, amor e ternura”, disse a poeta Alcinéa Cavalcante, do Movimento.

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Data: 12 de junho
Local: Praça da Bandeira
Hora: de 17h às 19h

Texto: Mariléia Maciel
Fotos: Flávio Cavalcante

Serenata poética é opção de presente para o Dia dos Namorados

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Declarar o amor nunca saiu de moda e mesmo parecendo ser uma moda das antigas, as serenatas de amor ainda é uma das melhores opções de presentear e surpreender a sua parceira (o) no Dia dos Namorados.

O grupo Poetas Azuis, vai mais uma vez oferecer o serviço com o toque especial da poesia falada e cantada, com entrega à domicilio

“No ano passado tivemos a feliz oportunidade de começar este trabalho com as serenatas e junto com as músicas românticas que o grupo já tem, reunimos alguns poemas de amor e assim conseguimos emocionar e marcar o Dia dos Namorados de muitos casais”, conta o poeta Pedro Stkls.

O grupo já iniciou os ensaios de acordo com o repertório que envolve obras de Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Fernando Pessoa, Adélia Prado, Aline Monteiro, Carla Nobre, Pedro Stkls, Thiago Soeiro, entre outros. O grupo também apresenta uma seleção de músicas românticas e autorais. Em média, a serenata vai durar entre 15 e 25 minutos.

A serenata custa R$ 150, com apresentação exclusiva, e as reservas podem ser feitas até o dia 12 de junho. Mais informações (96) 99155-6451 ou (96) 98138-7500.

Assessoria de imprensa dos Poetas Azuis
Fontes Comunicação & Coaching
www.fontescomunicacao.com
fontes@fontescomunicação.com ou 96 98112 9431

Poema de agora: Bilhete – Mário Quintana. Por @PedroStkls1, @ThiagoSoeiro e @rebeccabraga

Bilhete – Mário Quintana. Por Poetas Azuis e Rebecca Braga

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda…

[Bilhete] – Mário Quintana, in ‘Antologia Poética’

Poeta amapaense apresenta seminário “Vozes da Amazônia no Amor” na Feira Pan-Amazônica em Belém

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Falar de amor esta presente em nossas vidas deste as antigas gerações. Contamos e recontamos histórias por meio de diversas linguagens e a literatura é uma delas. As vozes de poetas do mundo todo ganham espaço em prosas e versos e disseminar as vozes dos poetas que moram na Amazônia é o objetivo do seminário “Vozes da Amazônia no Amor”, projeto da poeta Carla Nobre, selecionado pela Edital de Bolsas Literárias do Ministério da Cultura.

O circuito vai abranger a realização de 12 seminários, nos estados do Pará e Amapá, com a participação de escritores falando sobre suas obras que trazem como temática o amor. “Os seminários ocorrerão com diferentes escritores debatendo o tema com a sociedade. Para cada seminário serão convidados três autores, com experiências diferentes na circulação dos seus textos em diversas mídias”, conta a poeta Carla Nobre.

O projeto inclui ainda a produção de um DVD com depoimentos e trechos das obras dos escritores participantes, a ser distribuído gratuitamente para o locais onde o seminário passar, além de escolas e bibliotecas públicas.

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Carla Nobre

No Amapá serão realizados seminários em Macapá, Santana, Mazagão, Amapá, Calçoene, Tartarugalzinho e Porto Grande. No estado do Pará, será realizado na cidade de Belém, onde a escritora firmou uma parceria do projeto com a XX Feira Pan Amazônica do livro, que este ano traz como tema: TERRA, PAÍS DE TODOS.

Carla explica que participação da Feira Pan-Amazônica possibilita uma diversidade de público, em um evento de grande porte. “Vamos dialogar, com alunos, pais, professores, interessados da área, fazendo uma troca de experiência de grande valor para todos os envolvidos”, destaca.

A programação do seminário na Feira começa nesta quinta-feira, 2, e segue até o sábado, 4, com quatro mesas de debate acerca do amor na literatura, e conta com a participação de escritores, do Amapá e do Pará.


Atenciosamente, Thiago Soeiro
Contato:
(096) 9155 – 6451 (whats app)
(096) 98403-1430
Skype: Tgsoeiro

Poema de agora: Claridade – @ThiagoSoeiro

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Claridade

Onde fica a luz do fim do túnel?
É difícil saber em certos dias
Onde nem a rotina aguenta
O poema perdido
A palavra que é enfiada
Afida no peito
Corta laços invisíveis
Que só o tempo faz esquecer
Você leu o jornal pela manhã
A notícia era escura:
Nesta cidade não se escreve
mais poemas de amor.

Thiago Soeiro