O ELOGIO DO PÉ – Poema de Fernando Canto para Ubiratan do Espírito Santo, o “Bira”, craque maior do futebol amapaense (que hoje completa 60 anos de vida)

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O ELOGIO DO PÉ – Poema de Fernando Canto para Ubiratan do Espírito Santo, o “Bira”, craque maior do futebol amapaense (que hoje completa 60 anos de vida)

I
Ainda que a mão guie
O rápido correr do atleta
O pé equilibra a perseguição da pelota e seu couro
Tal como o ouro em seu brilho
Desperta e arrisca o assombro à cobiça
No fado de explodir a bola
Num voo atômico em direção à rede.

II
O atleta – certeiro – atinge o alvo duas vezes
Pé e cabeça se harmonizam nesse objetivo
E mais vezes, mais os olhos se guiam à rede – incansável,
Mistura de inseto, soldado, animal de testa larga
Arranca cem vezes o grito da torcida enlouquecida.

III
É azul, preto e branco, vermelho
O gosto da loucura ecoante
De rugidos da selva, de cantares da alvorada
E de sangue guerreiro de norte a sul do Brasil:
É Bira de Nueva Andaluzia, paraoara,
Dos pampas, das alterosas,
Do espiritu sancto do gol, das vitórias domingueiras
Das tardes ensolaradas, crepúsculos festivos
Da tela não-pintada de Michelangelo
(Alegoria de Deus que entrega a bola a Adão
No leve tocar de dedos)
Como um contrato entre as partes no Éden tupiniquim.

IV
É Bira, príncipe da arte de chutar no gol
Viajante contumaz do oco da bola
Onde moram os querubins do futebol

V
No contato da chuteira e a bola
Centelhas rompem imperceptíveis aos olhos da torcida
Mas ali, na trajetória da pelota ensandecida
Girando em curva ou reta
Corre o chute mágico do atleta uBIRAtan
Que trave alguma, vento algum, goleiro algum,
É capaz de parar ante o fundo da rede, o seu destino.

VI
É certo que o tempo, implacável como o goleador
Também abre ruas no rosto em movimento
Ventos empoeirados surgem abruptos dos logradouros
Como quem logra a vida em ciclos imemoriais.

VII
Onde se vê de novo o voo rasante dos quero-queros
Sobre verde do gramado?
Talvez no espelho da lembrança
Porque a fama, efêmera e fugaz
Faz da vida o templo da memória, onde se clama
O que ficou para trás
Onde os cantares se repetem em rituais
Para abençoar a glória dos que vencem
Em tempos que escrevemos nosso esquecimento.

VII
A voz grossa dos que torcem e glorificam
Deixam grandes silêncios na alma
Cobram-se cobranças, cobram-se castigos
A falta, a mão, o pênalti
E o gol, que para sempre é objetivo
Resta, então, a festa da massa em labaredas
Em gritos, confetes e bandeiras
(ou o desterro infausto em outros horizontes)
VIII
Entretanto o pé-de-ouro arrisca
Em balés de pés-de-lã/ pés-de-moleque
Pés-de-pato sob as gotas de um pé-d’água na neblina
Nas estações mais aziagas das paisagens-penitências
E realiza seu trabalho de cerzir o tempo e as camisas coloridas

IX
Ora, a inveja é um olhar sinistro
Que se movimenta sobre a dádiva
Ofertada aos talentosos
É um ovo só
Saído das entranhas da serpente,
Para reduzir a alma que alimenta com seu ranço

X
Ora, o futebol não se limita a homens
Em seus campos de lama e de gramas aparadas
Há um árbitro, há rivais que se trajam de esperança
Oponentes opulentos em nervos eriçados
Quando a bola cintilante gruda ao pé do craque
E ele mergulha nas funduras do seu rio
Onde cardumes geram suas eternidades
E esperam uma coreografia não ensaiada
Para, enfim, soltar a voz contida em milênios de partida

XI
Ah, a pira dos deuses parece penetrar em águas abissais
De onde irrompe o grito final do campeão

XII
Quem não viu não mais verá. Nem ouvirá
O clamor dos ribeirinhos do Amazonas, o eco da baía de Guajará
O som ferrífero da serra do Curral e o brado dos gaúchos do Guaíba.
Quem não viu não sentirá
A poesia refletida na potência do olhar, da mira
Da luz mágica do Bira e seu bólido de vidro e luz
Transformando-se em espelho pela última vez.

XIII
E nós aqui tal degredados em nossa própria aldeia
Apenas com as imagens do passado e nosso orgulho
Fomos os pés, os pés do Bira
Quando o chute governava a bola
E a noite vigorava um brinde
A mais um campeonato ganho na história
Pelos pés do nosso ídolo
De sonho e de memória.

Fernando Canto

Pego carona na homenagem do Fernando. Bira jogou no Esporte Clube Macapá, Clube do Remo e Paysandu Sport Club (foi o maior goleador de todos os campeonatos paraenses disputados até hoje).

O artilheiro também atuou no Internacional de Porto Alegre (onde foi campeão gaúcho e campeão invicto do Campeonato Brasileiro) e Atlético Mineiro. Ele era amigo do meu saudoso pai, Zé Penha. Gosto pra caramba do Bira. Meus parabéns e vida longa ao nosso artilheiro!

Elton Tavares

Festa de São Tiago poderá ser Patrimônio imaterial do Brasil

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Foto: Márcia do Carmo

Deputado Federal Nilson Borges, o Cabuçu, apresentou projeto de Lei na Câmara dos Deputados para que a Festa de São Tiago, de Mazagão Velho, seja Patrimônio Imaterial do Brasil. Gostei na iniciativa do Cabuçu. A Festa de São Tiago e a Batalha entre Mouros e Cristãos, cultura trazida do Mazagão do Marrocos para o Mazagão da Amazônia merece atenção e reconhecimento.

Fonte: Blog da Alcilene

Égua-moleque-tu-é-doido: Desemprego – Amapá é vice-campeão

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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que o Amapá é o vice-campeão brasileiro quando se trata de taxa de desemprego no primeiro trimestre deste ano.

A pesquisa mostra que o estado com a maior taxa de desemprego é o Rio Grande do Norte; em segundo lugar está o Amapá.

Fonte: Blog da Alcinéa Cavalcante

Museu Joaquim Caetano poderá ser reaberto em julho, diz Secult

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Por Fabiana Figueiredo

O Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva, localizado no Centro de Macapá, está fechado para visitação do público desde dezembro de 2014. Segundo a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), a estrutura do prédio começou a ficar deteriorada e precisou de reforma. Os reparos iniciaram em março e, de acordo com a Secult, o museu deverá ser reaberto em julho.

Estão sendo feitos reparos no telhado e nas paredes de madeira, porque, com o tempo, a estrutura foi se deteriorando e a umidade acabou alterando a estrutura do museu, atingindo peças expostas”, disse a coordenadora da Preservação dos Patrimônios Históricos do Amapá, ligada à Secult, Zeraide Dutra.

Segundo ela, a obra está sendo executada de forma cuidadosa. Estão sendo feitos serviços de retelhamento, pintura e readequação dos espaços. A coordenadora informou que um dos principais motivos para a reforma foi a estrutura antiga do telhado.

“Em 2009, quando o museu foi reaberto, os arquitetos à época optaram por manter o mesmo telhado usado desde o período que ele foi construído, pelo valor histórico da estrutura. Porém, a falta de manutenção foi consumindo a estrutura, que foi se deteriorando e já estava comprometendo as exposições”, disse Zeraide.

A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf) é a instituição responsável pela reforma. Segundo a Secult, os responsáveis pela obra informaram que a previsão é de que o museu seja reaberto para visitação em julho.

Este é o segundo museu amapaense que está fechado para visitação porque passa por reformas. Em Oiapoque, distante 590 quilômetros de Macapá, o Museu Indígena Kuhaí não recebe mais visitas desde o segundo semestre de 2014. A reabertura do espaço também deverá ser em julho.

Museu Joaquim Caetano

Segundo a coordenadora da Preservação dos Patrimônios Históricos do Amapá, não há registro exato da data de fundação do museu, que funciona atualmente no prédio da antiga Intendência de Macapá, este, inaugurado em 1895, em estilo neoclássico.

“Esse é o terceiro prédio mais importante em termos históricos, ficando atrás da Igreja São José e Museu Fortaleza de São José de Macapá. Ele guarda um grande acervo permanente da história do Amapá, como objetos do processo de ocupação do estado e principalmente da capital e peças arqueológicas de tempos diversos”, definiu Zeraide.

O museu seria um dos que participariam da 13ª Semana Nacional dos Museus, que acontece desde domingo (17) e segue até o dia 24 de maio, em 8 instituições dos municípios de Macapá e Amapá.

Fonte: G1 Amapá

Clube de Cinema realiza programação de aniversário, em Macapá

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Por Paula Monteiro

Os cinéfilos de plantão têm mais um motivo para comemorar e sétima arte, na capital. O Clube de Cinema, cineclube do Festival Imagem-Movimento (FIM), completa cinco anos de atividades neste mês e preparou uma programação especial para marcar o aniversário. A festa acontecerá nos dias 16 e 17 de maio, no Espaço Caos – Arte e Cultura, com direito a oficinas, exibições de filmes, e show da Banda Quatorze. A entrada é gratuita.

No dia 16, a programação abrirá com a Oficina de Cineclubismo, com o jornalista/fotógrafo/professor Alexandre Brito. As inscrições são gratuitas e realizadas no dia da oficina. Às 17h, acontece a Campanha Última Sessão, com exibição em rede do filme “Delírios de um cinemaníaco”; às 19h, o filme pernambucano “Tatuagem” e as 21h, Voz e violão com Tani Leal, ao som de MPB, bossa nova e músicas internacionais.

No domingo (17), o ‘Cinema no Quintal II’ apresenta: ‘Festival do Minuto’, a partir das 19h. O Festival do Minuto foi criado, em 1991, pelo cineasta Marcelo Masagão, inspirando festivais no mesmo formato em mais de 50 países. A partir das 20h, a Banda Quatorze ficará responsável pelo som para animar a galera com composições autorais e cover, de tons indie e psicodélicos.

Entre sessões quinzenais e mostras especiais, o Clube de Cinema exibiu mais de 155 curtas, médias e longas-metragens. O Festival Imagem-Movimento (Fim) se tornou um forte espaço para os fãs de cinema no Amapá.

Fonte: Portal Amazônia

Égua-moleque-tu-é-doido: Macapá é a capital com a média de internet mais lenta do país, diz Anatel

Por John Pacheco

Um mapeamento feito pelo G1 com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), divulgado na quarta-feira (13), apontou que Macapá é a capital brasileira que oferece a menor média de velocidade de internet banda larga do país, onde a maioria dos 16.418 pontos de acesso operam entre 512 Kbps e 2 Mbps, uma taxa considerada baixa em relação à média do país, que gira em torno de 3 Mbps.

As outras seis capitais do Norte do país apresentam navegação entre 2 e 12 Mbps, números tidos como medianos pela Anatel, que considera como nível de excelência no país velocidade maior que 34 Mbps. No estado do Amapá, apenas o município de Oiapoque, na divisa com a Guiana Francesa, apresenta a velocidade mediana de até 12 Mbps, ficando entre as 46,3% das cidades brasileiras que estão nesta faixa.

No outro lado dos números, o estudo informa que duas cidades, Laranjal do Jari e Vitória do Jari, ambas ao Sul do estado, apresentam o menor índice considerado pela pesquisa, com internet entre 0 e 512 Kbps. Os municípios de Amapá, Calçoene, Cutias, Ferreira Gomes, Itaubal, Mazagão, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Pracuúba, Santana, Serra do Navio e Tartarugalzinho têm os mesmos números de Macapá.

Quanto aos pontos de acesso, Macapá tem quatro vezes mais locais do que os outros 15 municípios somados. A segunda colocada é a cidade de Santana, com 2.762 pontos, seguida por Oiapoque (257), Amapá (192) e Tartarugalzinho (161). Os municípios com as menores quantidades de pontos de acesso são Pracuúba (12) e Vitória do Jari (11).

Como foi feito o mapeamento?

Com base na faixa predominante de velocidade de cada cidade, o G1 elaborou um mapa. Ele mostra que em 406 cidades o maior percentual das conexões está na faixa que vai até 512 Kbps. Estes municípios estão localizados na região Norte e no interior dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Como base de comparação, a Líbia, lanterna do ranking mundial, tem uma taxa média de 700 Kbps.

Banda Larga para Todos

O Brasil tem atualmente 24,3 milhões de pontos de acesso de banda larga fixa. Destes, 46,3% estão na faixa de 2Mbps a 12 Mbps. O diretor da Sinditelebrasil, Alexander Castro, traça um cenário otimista para os próximos anos.

“As operadoras começaram a investir em novas tecnologias. No caso do móvel, a solução é o 4G. Na banda larga, as operadoras usaram soluções para otimizar o tráfego. Começaram a usar anéis metropolitanos de fibra ótica. Até 2019, vai ter acesso em todos os municípios do Brasil, e o país todo vai ter internet no patamar próximo de 20 Mbps”.

Fonte: G1 Amapá

Semana de Museus terá programação artística simultânea em Macapá e no interior

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Por Larissa Cantuária, da Agência Amapá

Palestras científicas, exposições fotográficas e apresentações de grupos culturais serão algumas das atrações da 13ª Semana de Museus, que ocorrerá entre os dias 18 e 24 de maio, no Amapá. O evento, que conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), é promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus para comemorar o Dia Internacional de Museus, 18 de maio.

O tema da semana será “Museus para uma sociedade sustentável”, lançado pelo Conselho Internacional de Museus. Neste sentido, o Amapá vai realizar atividades que visam destacar a importância dos recursos naturais e conscientizar a sociedade na preservação do meio ambiente.

A abertura oficial do evento vai acontecer na segunda-feira, 18, na Fortaleza de São José de Macapá, às 18h30. A programação contará com shows de artistas locais e apresentação da banda da Polícia Militar.

Nos demais dias acontecerão programações simultâneas nos museus Sacaca, da Imagem e do Som, de Arqueologia e Etnologia do Amapá, Joaquim Caetano da Silva, Pinacoteca Cepav – CP e Fortaleza de São José de Macapá. A Galeria de Artes Samaúma e o Museu da Base Aérea da Segunda Guerra Mundial, localizados no município do Amapá, também participarão do evento. O encerramento da semana será no domingo, 24, na Fortaleza de São José de Macapá, às 19h.

O titular da Secult, Disney Silva, destacou a importância da população conhecer os museus do Amapá. “Ao visitar os museus, a sociedade aprende sobre o passado do nosso Estado e isso é um dos pontos fundamentais para valorizar a cultura amapaense”, disse.

Passeio ciclístico

Apesar da programação oficial iniciar no dia 18, a Secult organizou um passeio ciclístico para o sábado, 16, às 8h. A saída será da Praça do Barão do Rio Branco, com destino a Fortaleza de São José de Macapá. O percurso irá parar em frente aos museus de Macapá, para contemplá-los e fazer a leitura histórica destes patrimônios.

Confira aqui a Programação da 13ª Semana de Museus.

Criação de búfalos em reserva ambiental no Amapá preocupa ambientalistas

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Por Paula Monteiro

A criação desenfreada de búfalos e bovinos na Reserva Biológica do Lago Piratuba, no extremo Leste do Amapá, é uma das principais causas de problemas na unidade de conservação, inclusive de queimadas. Na manhã desta segunda-feira (11), pecuaristas reuniram-se com representantes do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) para avaliar os avanços e reflexos de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2010 e que previa controlar a criação dos animais.

“Reafirmamos com os pecuaristas que assinaram o termo a necessidade de controlar os rebanhos bovino e bubalino para que os animais não adentrem a reserva, além da retirada de alguns deles dessa área. Percebemos que houve avanços como o controle do rebanho de gado dentro da propriedade de cada pecuarista”, afirmou a ambientalista e chefe da Reserva Biológica do Lago Piratuba, Patrícia Pinha.

No entanto, uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo ICMBio é a retirada dos animais que vivem soltos dentro da Reserva Biológica do Lago Piratuba. “Temos um número considerável de animais irregulares dentro da reserva, mas não podemos divulgar a quantia, pois isso pode atrair pessoas que queiram capturar esse animais ilegalmente”, explicou Patrícia.

Em novembro de 2014, um incêndio criminoso atingiu a Reserva Biológica do Lago Piratuba e devastou 7,3 mil hectares da região. O incêndio foi considerado criminoso pelo ICMBio. De acordo com o órgão, vaqueiros que capturam ilegalmente búfalos no local foram os responsáveis por causarem o incêndio na unidade de conservação ambiental.

O balanço da reunião vai virar um relatório para que o Ministério Público Federal (MPF) avalie a situação e tome as providências cabíveis.

Fonte: Portal Amazônia

O curso de Jornalismo da UNIFAP realiza uma campanha em solidariedade às vítimas da enchente de Ferreira Gomes.

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O curso de Jornalismo da UNIFAP realiza uma campanha em solidariedade às vítimas da enchente de Ferreira Gomes. A inundação que aconteceu na última quinta-feira (07) no Rio Araguari deixou centenas de pessoas desabrigadas no município.

O objetivo da campanha é arrecadar água mineral, alimentos, colchões, roupas, material de higiene pessoal (especialmente fraldas infantis e geriátricas) e kits de primeiros socorros.

As doações estão sendo recebidas até o meio-dia deste sábado (09), no prédio da Radio Universitária, localizada no Campus Marco Zero da UNIFAP.

Informações: 98144-0855 (TIM) – 99115-2550 (VIVO)

Fonte: Blog do Cliver

Ciclo do Marabaixo: Sábado do Mastro tem programação no Curiaú e Favela com conscientização ambiental

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O Marabaixo da Favela continua neste final de semana cumprindo o calendário do Ciclo, e os integrantes da Associação Berço das Tradições Amapamara2enses, seguem para as matas do Curiaú onde o mastro será retirado. A derrubada do tronco acontece no dia 9, o chamado Sábado do Mastro, a partir das 9h, e na volta, a comunidade se prepara para mais uma rodada marabaixo no barracão da Tia Gertrudes.

Retirar os mastros é uma tradição secular que se repete durante o Ciclo do Marabaixo. As quatro comunidades do Laguinho e Favela, que festejam o Divino Espírito Santo e a Santíssima Trindade, entram na mata tocando caixas e dançando para retirar os trocos que serão levados para as casas onde acontecem os festejos, e erguidos após a rodada de marabaixo do Domingo do Mastro, ápice do louvor à Santíssima Trindade. Neste ano será dia 24 de maio.mara21

No bairro Santa Rita, antiga Favela, os festejos são em honra à Santíssima Trindade, que é um dos Mistérios da crença cristã, que acredita em um só Deus, formada pelo Pai, Filho e Espírito Santo. Simbolizada por uma coroa que tem em cima uma pomba, as cores azul e branca predominam na casa de Natalina Costa, filha de Gertrudes Saturnino, pioneira do marabaixo da Favela. É no Barracão da Tia Gertrudes, uma das primeiras moradias do bairro, que acontecem os festejos, desde a década de 40.

Conscientização ambiental

Na Favela a tradição sofreu adaptações em função da urbanização do bairro e da conscientização ambiental, trabalhamara211da com as gerações mais jovens. O costume de retirar dois mastros, onde são penduradas as bandeiras da Santíssima Trindade, foi alterado, e hoje, apenas um mastro é derrubado, o outro é de acrílico. Em substituição ao ato de derrubar dois troncos, a comunidade traz do Curiaú, mudas de árvores nativas, que as crianças são incentivadas a plantar no bairro.

Serviço:
Retirada do Mastro: A partir das 9h, no Curiaú
Rodada de Marabaixo: Das 18h à meia-noite, no Barracão da Tia Gertrudes

Mariléia Maciel/Assessoria de Comunicação
Fotos: Márcia do Carmo

“Não foi mero fenômeno natural, os responsáveis devem ser punidos”, disse Randolfe Rodrigues

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“Foi tudo muito rápido, um terror. Perdemos colchões, geladeira e outras coisas”, foi o que relatou Daeli Leite, que mora na avenida Piauí, próximo a orla da cidade de Ferreira Gomes, onde ocorreu na última quinta-feira (07) uma enchente de grandes proporções que deixou mais de mil pessoas fora das suas casas, muitas delas perderam tudo que tinha. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado estadual (PSOL-AP) Paulo Lemos estiveram na cidade ontem (08) levando mantimentos as vítimas e tomando algumas providências.

Pelos relatos que ouvimos as informações colhidas fica claro que não foi um mero fenômeno natural, os fatos devem ser apurados e o culpados punidos”, disse o senador. De acordo com as informações passadas por populares e pela Prefeitura de Ferreira Gomes, a enchente teria sido provocada pelo rompimento de DSC_0382-300x199uma ensecadeira da Usina Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, que provocou a necessidade da abertura das comportas das UHE Coaracy Nunes e Ferreira Gomes Energia, ação não teria sido comunicada e a cidade teria sido pega de surpresa.

No mesmo momento que tomou conhecimento do ocorrido, Randolfe entrou em contato com o prefeito do município Elcias Borges e fez um pronunciamento na tribuna do Senado Federal solicitando o apoio do Ministério da Integração, agora Randolfe e o deputado Paulo Lemos protocolizarão uma representação no Ministério Público Federal contra as hidrelétricas solicitando indenização aos moradores e ao município.

Ferreira Gomes nunca mais será a mesma. Nós precisamos garantir que o povo seja ressarcido deste desastre”, afirmou o deputado. Segundo o Corpo de Bombeiros o rio Araguari subiu mais de quatro metros. “Socorrer e dar assistências aos atingidos foi o primeiro passo, agora temos que apurar e punir os responsáveis. É inadmissível que algo dessa natureza venha a se repetir”, completou Randolfe.

O último relatório divulgadoDSC_0411-300x199 pela Defesa Civil aponta cerca de 1400 pessoas foram atingidas, 227 delas estão desabrigadas. As famílias estão alojadas na Creche Municipal Sara Salomão e nas Escolas Municipais João freire e Pastor Jaci Torquato. Segundo a coordenadora de um dos abrigos Shirley Ferreira contou que ainda são necessárias doações de colchões, comidas e água. “Eu também perdi tudo que eu tinha, estamos passando momentos muito difíceis”, explicou. As doações podem ser feitas direto na Prefeitura de Ferreira Gomes ou na sede do Corpo de Bombeiros em Macapá.

Carla Ferreira
Contato: (96) 8110-1234 (Whatsapp)
Twitter: @Carlinha_F
e-mail: [email protected]

Égua-moleque-tu-é-doido: Obra em hidrelétrica rompe e alaga parte de Ferreira Gomes

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Dezenas de residências no município de Ferreira Gomes (a 105 quilômetros de Macapá) já foram atingidas pelo transbordamento do Rio Araguari depois que uma “ensecadeira” se rompeu na última quarta-feira, 6, na construção da hidrelétrica de Cachoeira Caldeirão, na cidade vizinha de Porto Grande (30 quilômetros separam as duas cidades). A Defesa Civil do Estado confirmou que o Araguari já está mais 2 metros acima do nível normal.Enchente-em-Ferreira-Gomes (1)

A ensecadeira é uma espécie de muro que desvia o curso do rio para que haja uma área seca onde outras construções podem ser realizadas. Uma dessas ensecadeiras se rompeu possivelmente por causa das chuvas que fizeram o nível do Araguari subir.

As causas do alagamento em Ferreira Gomes ainda não ficaram muito claras. Uma das possibilidades é de que com o rompimento da ensecadeira, a hidrelétrica da Ferreira Gomes Energia (que já está em funcionamento) tenha aberto as comportas para aliviar a pressão sobre sua barragem, o que teria encaminhado uma grande quantidade de água em direção à cidade de Ferreira Gomes.

Dezenas de casas no Bairro Beira-Rio, em Ferreira Gomes, estão com água acima dos assoalhos e o nível continua subindo. Prédios públicos já teriam sido atingidos, como a sede do Ministério Público e o prédio do Fórum. A água passou por cima do muro de arrimo da cidade.ferreira-gomes-orla

A Defesa Civil enviou no início da tarde desta quinta-feira, 7, dezenas de militares para a área atingida. “Ainda não sabemos as causas, mas a água está descendo com muita velocidade para a cidade. A régua que usamos lá já está em 4,20 metros, mais de 2 metros acima do normal”, explicou o coordenador da Defesa Civil do Amapá, Janary Picanço. “Só nas próximas 24 horas teremos um quadro da real situação”, acrescentou.

Fonte: SelesNafes.Com

Artistas do Amapá lançam coletânea internacional de poesias em Macapá

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Por Fabiana Figueiredo

O livro de poesias “O Melhor de Mim”, segundo volume da coletânea “Poesias Escolhidas”, será lançado por artistas amapaenses no sábado (2), em Macapá. A obra reúne trabalhos de mais de 170 poetas do Brasil e de outros 8 países. As poetisas Mary Paes e Sarah Aranha representam o Amapá na produção.

O lançamento vai acontecer durante uma noite de autógrafos com programação cultural ao som de Lara Utzig e Anderson Pena; declamação e interpretação de poesias com 7 artistas; e exibição do vídeo poema “Paranoia”.

A obra será vendida ao preço de R$ 25 no dia do lançamento. O livro é o segundo volume de uma coletânea de poemas; o primeiro, que teve participação de Mary Paes, foi lançado em julho de 2014 em Macapá.

Serviço:

Lançamento do Livro “O Melhor de Mim”
Dia: 2 de maio
Hora: às 19h
Local: Espaço Caos (localizado na Avenida Procópio Rola, entre as ruas Manuel Eudóxio e Professor Tostes, 1572, bairro Santa Rita)
Entrada: franca
Valor do livro: R$ 25

Fonte: G1 Amapá

Cultura: 1º de maio tem Marabaixo do Trabalhador na Favela

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Dia do Trabalhador, 1º de maio, tem marabaixo na Favela, antigo bairro Santa Rita, a partir das 16h, e encerra meia-noite. É a continuação do Ciclo do Marabaixo e a segunda rodada da programação, que iniciou no sábado da Aleluia, e encerra no dia de Corpus Christi, 4 de junho. Realizada pela Associação Cultural Berço da Favela, a presidente Valdinete Costa, e os festeiros Iracema Oliveira e José Maria Costa, abrem o barracão da Tia Gertrudes para receber devotos da Santíssima Trindade e visitantes.

Os festejos em louvor à Santíssima Trindade acontecem na Favela desde a década de 40, na casa da família de Gertrudes Saturnino. Uma promessa feita pela falecida matriarca, para que a filha Natalina Costa engravidasse, reforçou a fé na santidade. Ao longo dos anos, conquistou centenas de fiéis e simpatizantes do tradicional marabaixo, manifestação cultural dançada e tocada durante os eventos, que mistura o lúdico e o religioso.

A programação continua no dia 9 de maio, Sábado do Mastro, quando membros da Associação, junto com outros grupos que realizam o Ciclo, fazem a derrubada dos mastros no quilombo do Curiaú. No dia 24, Domingo da marabaixo1111111Murta, tem o 3º marabaixo, e no amanhecer do dia seguinte, o mastro é levantado. De 22 a 30 de maio são rezadas as novenas, e no dia 31, tem o Almoço dos Inocentes, relembrando a promessa de Gertrudes, que ofereceu um almoço para 12 crianças, que simbolizam os apóstolos, e até hoje é realizado.

A programação do dia 1º inicia às 16h, com o cortejo nas redondezas do barracão, e às 18h as caixas começam a tocar seguindo o ritual do Marabaixo do Trabalhador. Os tradicionais caldo e gengibirra, são distribuídos gratuitamente.

Mariléia Maciel – Jornalista laguinense apaixonada pelo Marabaixo e demais manifestações culturais do Amapá