A nonagenária mais linda e elegante do mundo completa 92 anos hoje. Feliz aniversário, vó Peró!

Começo este texto sem saber o que escrever. Não por falta de palavras ou sentimentos, mas pelo excesso de coisas lindas do propósito dessa mensagem. Nesta abençoada data, a nonagenária mais linda, cheirosa, educada e elegante do mundo completa 92 anos (com rostinho de 70). Sim, hoje é aniversário de Perolina Penha Tavares, minha amada avó Peró. Graças a Deus, ela gira a roda da vida mais uma vez. Sorte nossa, pois vovó é um ser de luz que nos une por meio do amor que ela emana.

Vovó é um mulher serena, coerente, lúcida, sábia, inteligente, justa, caprichosa, amorosa, discreta e forte. Um exemplo a ser seguido, pois é uma pessoa cem por cento do bem.

Todas a vezes que perambulo pelo passado, a Peró está lá me dando um conselho, um ralho, preparando alguma comida maravilhosa (ela é a melhor cozinheira deste sistema solar, seguida de perto da minha mãe, que aprendeu com a vovó) ou qualquer outra memória afetiva. A encontroada de Perolina e João Espíndola (seu marido e meu saudoso avô) nesta existência resultou no meu clã paterno, grupo de pessoas que muito me honra pertencer.

Mesmo com nossas saudades do vô e papai, afazeres e vida corrida de cada um, a Peró seguiu no centro de todos, sempre com sua delicadeza, saberes e amor. “Ouro de Mina”, no dito de Djavan. Aliás, também parafraseio o mesmo artista para definir vovó e nós em torno dela: “o amor é um grande laço”. É exatamente isso.

Sou o mais velho entre seus nove netos e três bisnetos. Tento ser presente, atencioso e dar um pouquinho do amor que recebi ao longo dos meus 42 anos. Nem sempre consigo, pois por conta do trabalho e das minhas loucuras, me tornei um pouco mais ausente da casa da vó. Porém, o amor nunca diminuiu, só aumentou. E quando é preciso, estou lá, junto, pra qualquer coisa.

Sempre digo que quem ultrapassa 80 carnavais é um privilegiado. No caso da “Peró”, que em sua trajetória marcou pela honestidade e dignidade, vê-la feliz e lúcida é uma benção. Afinal, chegar a nove décadas com cabeça boa e alegria é uma dádiva. Assim é a Perozinha, uma senhora sábia, de quem tenho a honra de descender e a sorte de ter o amor, que é recíproco.

Vovó me ensinou lições importantes sobre respeito, honestidade e a importância do cultivo do amor familiar. Sua participação na minha vida foi determinante para o homem que sou. Peró sempre me encorajou, fortaleceu, ralhou, parabenizou, aconselhou e consolou. Além de amor incalculável, nutro gratidão pela minha avó.

Peró, todos nós te amamos desmedidamente. Não tenho mais o que pedir a Deus para você, somente saúde para você continuar a ser essa senhora feliz que ilumina nossas vidas. Meus parabéns pelo seu dia, obrigado por tudo e feliz aniversário!

A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família”. – Léon Tolstoi.

Elton Tavares

Três vivas para a Tatá!

Hoje gira a roda da vida a policial civil, amante de carnaval e de cachorros, mãe da  Dayane, viúva do Ita e minha tia ( e amiga) , Maria do Carmo Vale Simões, a nossa querida “Tatá”.

Tatá é uma mulher forte e muito importante na minha vida, pois me ajudou em um momento conturbado. A Tatá também foi uma das melhores amigas do meu saudoso pai, o Zé Penha.

Tia Tatá sempre cuidou de mim e de do meu irmão Emerson, para ajudar sua irmã mais velha, minha mãe. Ela até morou conosco quando eu era moleque.

Também, durante uma época conturbada de minha vida, me deu muito apoio. A tia já me ajudou emocional e financeiramente. Sou muito grato por tudo.

Apesar de pouco nos encontrarmos hoje em dia, ela é uma de minhas mães (ao lado da minha mãe, vó Peró e tia Maria). Tatá é jovial, alegre, extrovertida e cômica.

Entretanto, não pise em seus calos ou tentem prejudicar alguém que ela ama. A “Macaca” (como meu pai a chamava carinhosamente) vira bicho. Entendo e gosto disso nela. Com a Tatá também aprendi a ser escroto, quando preciso. Sim, ela sempre botou pra quebrar.

Hoje em dia, a gente nem tem tanto contato como antes, mas nós amamos. Quando nos encontramos sempre rolam risos e mais risos.

Tatá mora nos nossos corações (meu e do meu irmão Emerson, de quem ela é madrinha). Com ela, curti carnavais inesquecíveis e posso me gabar que essa nobre mulher sempre me apoiou em tudo.

Tatá, tu sabes: amo-te! Parabéns pelo teu dia. Que tenhas sempre saúde e sucesso junto aos seus amores. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Feliz aniversário, Neo Vale!

Hoje é aniversário da administradora, mãe do Luís, filha da tia Nêga, melhor amiga da Dayane, minha prima e amiga, Neonilda Vale. A querida “Neo” é uma mulher inteligente, trabalhadora, excelente mãe e fiel aos seus. Sobretudo, uma pessoa de bem.

A gente pouco se encontra, mas quando rola, é festa! Neo manja das paradas, pois já viveu muita coisa. É uma daquelas pessoas que conhecem os atalhos para não cair nas arapucas da vida. A admiro por ser batalhadora e honesta, além de gente fina.

Ao contrario de mim ( que me tornei um velhote gordo e rabugento), há cada ano, a Neo fica mais bonita, mais alegre, mas legal. Ela sempre chega com um sorrisão, uma ajuda, uma boa palavra. Positividade é uma de suas palavras de ordem e gosto disso nela.

Prima, que tenhas sempre saúde e sucesso. Que tua vida seja longa e com muito mais motivos para você sorrir do que para chorar. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

Três vivas para Lúcia Pimentel! (feliz aniversário, tia querida)

Hoje aniversaria a dedicada mãe da Danielle, esposa e parceira do Pedro Aurélio, irmã apaixonada, advogada, zootecnista, fazendeira, servidora do Tribunal de Contas do Amapá (TCE/AP), torcedora fervorosa do Clube Náutico Capibaribe, cuidadora de animais (principalmente cavalos), minha querida e linda tia “postiça”, preferida e amada amiga deste editor, Lúcia Pimentel.

A Lúcia é uma daquelas pessoas que gosto de ter por perto. Conversar com ela é prazeroso e divertido, algo que me deixa feliz pela paz que ela emana. Trata-se de uma pessoa de verdade, que não esconde imperfeições e derrama uma sinceridade cativante.

Já disse e repito: Lúcia possui muita luz e ilumina nossas vidas com seus sorrisos, sotaque, conselhos, engraçadíssimas histórias de vida, cuidado e amor. Principalmente com seu marido, com nossa amada nonagenária, também conhecida como “vó Peró” e com os pequenos de nossa família. Sim, as crianças são loucas por ela. Não, na verdade, todos somos.

A Lúcia não avalia as pessoas por posses, cor, peso, classe social ou algum outro medidor nojento usado por pessoas que vivem em realidades paralelas e obscuras. Ela é realmente uma mulher do bem.

A nossa aniversariante transformou meu tio Pedro em um cara ainda mais bacana. Ambos são, além de família, amigos que posso contar. E é recíproco. Não lembro de nada, de nenhum episódio que desabone sua conduta. É, ela é MESMO uma pessoa que gosto de ter por perto.

Inteligentíssima, bonita, honesta, trabalhadora, sincera, carismática, prestativa, desprovida de frescura, discreta e dona de uma positividade invejável, que faz da Lúcia essa figura que a gente ama, respeita e admira.

Lúcia, querida doutora, que tu sejas sempre essa pessoa feliz, saudável e verdadeira. Parabéns por girar mais uma vez a roda da vida e que a sua vida seja longa. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Feliz aniversário, Marcelo Tavares!


Quem muda de idade hoje é dedicado pai da Alícia e Heitor, marido apaixonado pela Karime, filho da tia Maricá e tio Pedro Aurélio, contador, empresário, proprietário e sócio do meu irmão na Primor Contabilidade, praticante de artes marciais, DJ de fim de semana, amante de cervas geladas, botafoguense sofredor, meu primo e velho amigo, Marcelo Machado Tavares, o nosso Marcelinho.

Marcelo Tavares é muito mais que um primo. É um irmão. O Emerson que o diga. Juntos, já aprontamos muito nessa vida. Temos uma relação recíproca de amor e respeito. É, a gente ama esse cara.

Marcelinho está presente na minhas melhores memórias afetivas da infância. Ele era meu primo mais novo e sempre foi safo.

Marcelo, sacana, tu sabes o que já passamos e vivemos para ser o que somos hoje. Nossa amizade segue firme, muito mais pela afinidade do que pelo vínculo sanguíneo. Que tu tenhas sempre saúde. Muita saúde! E sucesso junto aos seus amores.

Parabéns pelo teu dia, mano velho. Tu moras no meu coração. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Boas lembranças de nossos pais – Por Allison Veríssimo

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Allison Veríssimo

Meu pai, Zé Penha e minha mais que maravilhosa mãe, Lúcia Vale, foram muito amigos do casal Aílson e Vera Lobato. Desde meados dos anos 80, quando papai e tio Aílson foram funcionários do Banco da Amazônia (Basa) e mamãe e tia Vera trabalharam juntas na Escola Zolito Nunes (na época, ambas professoras).

Consequepapaietioailsonntemente, fomos (eu e meu irmão Emerson) criados como primos dos filhos do casal amigo, os queridos Alice, Allison e Andrew.

Há pouco mais de um ano, o Allison lembrou de um lance bacana de nossa infância. Me emocionei com o relato. Leiam:

“Esses dias me vieram à mente, um fato muito agradável de minha infância. Estávamos no BASA Clube, o ano era 1990, nossa família e mais a família do saudoso tio Penha. Era um domingo. Daqueles super quentes, típico de nossa capital. Meu pai e tio Penha estavam tomando cerveja – eram grandes amigos.

Pelo meio da tarde, começou o famoso bingo que rolava por lá, já tradicional e um dos prêmios era um vídeo game. Fiquei enlouquecido com a idéia de poder ganhar aquele aparelho, era a realização de um possível sonho.

Pois no final bateram juntos, meu pai e o tio Penha e foram então pra disputa da pedra maior. Nessa, o tio Penha levou a melhor e ganhou o vídeo game para meus primos Elton Tavares e Emerson Tavares (sim, primos, pois foi como tal que crescemos). Chorei muito, pois não acreditava que tinha chegado tão perto e havia perdido aquele prêmio.

Mas o Tio Penha me disse que a noite eu teria uma surpresa. Fomos pra casa e quando eu esperava, ele chegou com um Atari. Eu não acreditava naquilo! Aquele vídeo game alegrou muito a nós por muitos anos, mas o que mais me marcou foi a amizade entre nossos pais, além da generosidade do saudoso Tio Penha… imagino que deve estar com meu velho lá em cima de boa, olhando por nós… velhos, vocês fazem muita falta, mas estamos aqui tentando nosso melhor para honrar vocês sempre da melhor forma.

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Lembrei muito do Tio Penha esses dias e resolvi relembrar esse dia bacana para ilustrar sua marcante passagem nesse mundo! Só Saudades!”

Allison Veríssimo

Papai morreu em março de 1998 e tio Aílson partiu em julho de 2013. Ambos foram caras porretas. É como eu e Allisson tentamos sermos. Seguimos com nossas nostalgias, com a esperança de um dia encontramos os dois do outro lado ou na próxima vida, sei lá. Mas na tentativa de fazer valer cada dia por aqui. É isso!

Elton Tavares

*Republicado por conta do Dia dos Pais. 

Meu irmão Emerson, o melhor pai do mundo!

Como todos os meus amigos, familiares, colegas e conhecidos sabem, nunca fui abençoado com a paternidade. Piro, dengo, babo e amo a minha sobrinha Maitê como uma filha. Mas ela, senhores leitores deste site, tem o melhor pai do mundo: meu irmão, Emerson Tavares.

Quando eu e meu irmão éramos crianças, tivemos uma base familiar sólida, na qual aprendemos valores como caráter, honra, a importância de trabalhar e honestidade. Além da importância de ser educado.

É uma lindeza ver a forma amorosa que o Emerson cuida da filha Maitê. Com a ajuda da esposa, minha também maravilhosa cunhada Andresa, eles criam e educam a Maitê para ser como ambos: despudoradamente de bem com a vida e feliz.

Lembro quando meu irmão, após o pai partir, ter dito: “ele nos ensinou o segredo, sermos caras bacanas e vivermos felizes”. Assim como papai, Emerson é um cara brincalhão e querido por todos.

Ele aprendeu mais que isso, absorveu os ensinamentos de como seu um pai excelente. Parabéns, Merson. Você conseguiu. Te admiro e amo você. Feliz Dia Dos Pais!

Elton Tavares

Um recorte de jornal sobre meu pai, Zé Penha – Por @PradoEdi

Já escrevi muitas vezes sobre o quanto meu pai, Zé Penha, foi um cara porreta. Sou suspeito, o cara foi, é e sempre será meu herói. Mas quando outra pessoa o elogia, dá ainda mais orgulho de ser filho do negão mais gente boa que conheci. Esse recorte de jornal é de 1998, assinado pelo meu amigo e colega jornalista Édi Prado, publicado no informativo da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), onde meu velho trampava na época que embarcou para as estrelas. Saudades e amor sempre, Penhão!

Fotos do final de semana na fazenda Santa Lúcia (fiz umas imagens legais)

Apesar de ser somente um apertador de botões, gosto de fotografar. Neste fim de semana, me diverti muito com meu irmão, cunhada, sobrinha linda (primeiro contato dela com animais), primos, avó e tios.

Passamos três dias na fazenda Santa Lúcia, localizada nos arredores do Distrito de São Joaquim do Pacuí, a cerca de 140 Km de Macapá, de propriedade dos meus tios Pedro e Lúcia. Os registros foram feitos na fazenda São Pedro, dos mesmos donos da primeira citada, na localidade de Gurijuba.

Teve muita cerveja, cachacinha, churrasco e peixe (traíra assada com vinho chileno). Vento na casa varandada, boa música e ótimo papo. Fui para o interior para relaxar e me divertir. Consegui isso e muito mais. Foram dias de muita felicidade e paz.

Fomos na sexta-feira (20) e voltamos ontem (22). Foi realmente uma daquelas aventuras que valem muita a pena. Se é verdade que Deus mora nos detalhes, ELE foi caprichoso nestes três dias, de tão abençoados que foram. Valeu, família!

Elton Tavares

 

Vejam as fotos:

“Por aí a fora” (em homenagem ao comandante Barcellos, que se vivo, faria 100 anos hoje) – Por Pedro Aurélio Penha Tavares

O ex-governador do Amapá, Annibal Barcellos, se estivesse vivo, completaria 100 anos nesta terça-feira (10). Ele morreu no dia 14 de agosto de 2011, aos 93 anos, de causas naturais. O “comandante”, como era chamado por ser oficial da Marinha, era carioca e veio para as bandas de cá no final dos anos 70, nomeado pelo Regime Militar, no período de 1979-1985. E deputado federal constituinte (1987-1991).

Barcellos errou e acertou muito em sua vida política. Ele foi criticado e combatido, como todo gestor público, mas adorado pela maioria da população amapaense, que mesmo depois da abertura política, o elegeu governador 1991-1995 (primeiro eleito) e prefeito de Macapá, de 1997-2001. Em 2004 foi eleito vereador em Macapá. Ao fim do mandato em 2008, encerrou sua carreira política. O homem era carismático e estrategista.

Annibal Barcellos foi sepultado no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Macapá. Centenas de pessoas compareceram ao seu velório, realizado na Assembleia Legislativa do Estado (ALE/AP). O cortejo, com direito a homenagens em frente ao Palácio do Setentrião, foi acompanhado por políticos, empresários e centenas de populares.

O ex-governador foi demonizado e endeusado, mas a verdade é que ele preparou o então Território-Federal do Amapá para virar Estado. Em homenagem ao seu centenário, republico o texto “Por aí a fora”, escrito por meu tio, Pedro Aurélio Penha Tavares, escrito para homenageá-lo na época de seu falecimento.

Por aí a fora

Além de todas as obras realizadas pelo comandante Barcellos, visando a estruturação do futuro Estado do Amapá, quando esta terra ainda era Território Federal, o então governador valorizou e capacitou jovens técnicos amapaenses.

Barcellos se preocupou em preparar homens, como constatamos hoje, para comandarem o Amapá. Ele deu condições para muitos cursarem o Nível Superior fora do Amapá, dando bolsas de estudo aos mais carentes e liberando funcionários públicos para se deslocarem a outros estados, em busca do sonhado 3º grau.

Essas pessoas foram prestigiadas quando retornaram ao Amapá, pois muitas delas foram nomeadas para ocuparem cargos na estrutura do Governo de Annibal Barcellos. Essa preocupação com a formação teve continuidade, vários destes amapaenses fizeram especializações e assumiram postos relevantes na gestão do comandante.

Dentre os jovens técnicos que tiveram oportunidade no Governo de Barcellos podemos citar: o delegado Antônio Cardoso, que foi secretário de Segurança Pública; o professor Antonei Lima, que foi secretário de Educação; o engenheiro agrônomo Iraçu Colares, secretário de Agricultura; o administrador Pedro Aurélio Penha Tavares, secretário de Administração; o médico Papaléo Paes, secretário de Saúde; o economista Regildo Salomão, também secretário de Administração, entre tantos outros.

O comandante também deu oportunidade a jovens que não cursaram o nível superior, mas por demonstrarem competência, ocuparam cargos chaves e contribuíram para o desenvolvimento do Amapá. Esse fato mostrou que a preocupação do comandante Barcellos, “efetivamente”, era com o Amapá como um todo.

O visionário

Barcellos chegou a ser questionado pela Justiça, por meio de Ação Popular, quando resolveu construir a Assembleia Legislativa do Amapá, quando ainda não havia deputados. Outro caso similar foi quando o comandante decidiu erguer o prédio do Banco do Estado do Amapá, quando não existia banco e muito menos Estado.

Valorização do amapaense

Vale salientar que, como já foi dito, o comandante sempre deu prioridade aos jovens, entre eles, vale salientar um caso. Quando Barcellos precisou nomear os desembargadores para o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), na cota destinada ao Judiciário, o então governador procurou saber ser tinha algum amapaense juiz de Direito.

O comandante foi informado que tinha um sim, mas o juiz atuava no estado do Pará. Barcellos mandou chamá-lo e o nomeou desembargador do Tjap, seu nome é Gilberto Pinheiro.

Trocando em miúdos, o comandante Barcellos deixou seu legado, uma história de amor pelo Amapá e pelos amapaenses.

Pedro Aurélio e o “comandante”.

Pedro Aurélio Penha Tavares – Auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que foi chefe de Gabinete e secretário de Estado da Administração do velho comandante.

*Fotos encontradas nos blogs Porta Retrato, Repiquete no Meio do Mundo, do professor Nilson Montoril e da jornalista Alcinéa Cavalcante.

Em 1971, time de futebol do Ypiranga Clube, no Estádio Municipal Glycério de Souza Marques, em Macapá. Meu pai era o goleiro

Em pé: Lourival Lima (treinador); Penha, Emanuel, Manga, Bandeirante, Célio Nobre, Evandro, Rodolfo, Chiquinho, Pitel Vavá (Presidente). Agachados: Assis, Jurandir, Jackson, Canhotinho, Almeida, Leorimir e Rato.

Meu pai, Penha, era o goleiro Saudades, Zé. Te amo, sempre!

Fonte: Porta Retrato.

Tempos de Copa do Mundo e as Copas da minha Vida (o Brasil estreia hoje)


Amo futebol, principalmente essa época, tempos de Copa do Mundo. Pensando no que escrever sobre o assunto, resolvi falar das copas de minha vida. Ao todo, foram 9 mundiais, de 1978 a 2014 (já que nasci em 1976), mas falarei somente da Copa de 1986 para cá, pois minhas lembranças só alcançam até meados de 1983.

Desde que me entendo (se é que me entendo, entende?) o brasileiro torce pela seleção brasileira nas Copas do Mundo. Comemora as vitórias e chora as derrotas.

Em tempos de Copa do Mundo, a gente reúne a família e amigos para comer churrasco e torcer juntos. Lembro de tanta coisa porreta que já rolou nos mundiais anteriores.

Em tempos de Copa, a gente faz bolão e independente de quem ganha, ficamos felizes, desde que o Brasil vença o jogo. Em tempos de Copa, a gente veste as cores do país e se sente mais patriota (pena que é só em tempos de Copa que o Brasileiro é mais nacionalista).

Em tempos de Copa, lembro do Zico, do Romário e do Ronaldo, ídolos incontestáveis e caras que me deram muitas alegrias.

Em tempos de Copa, lembro pouco das derrotas, dos gols perdidos e dos fracassos da seleção, pois a magia nos dá um otimismo convicto e uma sensação de invulnerabilidade sensacional.

Em tempos de Copa, lembro das Copas da minha vida e sinto saudades de quem há muito torceu, bebeu e se emocionou junto comigo, como o papai, o Ita e o vô.

Em tempos de copa, a gente confraterniza, vibra, ri e chora. Em tempos de Copa, a gente se cerca de gente que ama e é feliz!

 

A Seleção Brasileira estreia hoje no campeonato, contra a Suíça, mesmo com todas as cagadas, vou torcer para o time nacional. De volta ao tema, leiam sobre as copas da minha vida (de 86 para cá, pois lembro pouco da de 82):

México 1986

Na época da Copa de 86, realizada no México, eu tinha 10 anos e já gostava de futebol. Aquela foi a competição do Maradona, o ídolo argentino ganhou o torneio sozinho, o time era Maradona e mais 10, simples assim. Lembro quando perdemos para a seleção francesa, liderada pelo craque Michel Platini. O meu ídolo Zico (e de toda a molecada da época) perdeu um pênalti naquele jogo.

Penalidade essa comemorada exageradamente. Vou explicar, eu e minha família estávamos na casa dos meus avós paternos e meu tio, Itacimar Simões (que hoje mora no céu) fincou uma bandeira do Brasil bem em cima de um cano de água da casa. Resultado:perdemos a Copa e ele e meu pai (que também já passou para outro plano) tiveram que ir atrás de um encanador.

Itália 1990

A Copa de 1990, na Itália, foi a Copa em que ganhei grana apostando na Argentina. Calma, vou explicar. Venci o bolão na casa do meu tio. Cheguei perto do início do jogo, todos os palpites possíveis a favor do Brasil já tinham sido dados, eu disse: ” Coloca 1×0 para a Argentina”, secante e profético.

1994

A copa do Romário, o baixinho arrebentou demais, Bebeto inventou a comemoração do embalo do bebê e Tafarell, goleiro frio, de poucas palavras e poucos sorrisos, fechou o gol. Aquela foi a melhor Copa da minha vida.

Eu tinha 18 anos, foi tudo muito lindo. Assisti aos jogos na companhia de meu primo Gleuber e meu saudoso tio Ita (aquele do cano de 86). Romário deu show e me fez tomar incalculáveis litros de cerveja. Aquele foi o melhor time que vi jogar. Aquela foi a Copa da minha vida!

França 1998

A Copa de 98, realizada na França, foi literalmente dos franceses. Aquele mundial era uma tragédia anunciada, já que o Romário foi cortado por conta de uma contusão. Mas o Baixinho deu a palavra de que estaria recuperado ao fim da primeira fase e eu botava fé nele, mas a comissão técnica não.

Chegamos a final contra os donos da casa, a partida marcou os torcedores. Um tal de Zidane, então desconhecido da maioria dos brasileiros, passou por cima da nossa seleção. Muitos discutem a possibilidade do Brasil ter “vendido” a final desta Copa.

Japão e Coréia do Sul 2002

A copa de 2002 foi realizada em dois países, no Japão e Coréia do Sul. O zagueiro Roque Júnior calou a minha boca, eu critiquei muito o negão, mas ele defendeu com louvor. Com França e Argentina eliminadas na primeira fase e Itália fora (roubada contra a Coréia do Sul), pegamos a Alemanha na final, aí o Ronaldo lá na frente e o Marcos lá trás, arrebentaram.

Todo mundo chegou voando na copa de 2002. Até hoje, não sei se o Ronaldinho Gaúcho queria cruzar ou marcar aquele gol contra a Inglaterra, mas foi paidégua.

Uma particularidade daquela Copa foi o horário dos jogos, tivemos que beber de manhã e, ás vezes, amanhecer bebendo para ver os jogos.

Alemanha 2006

Não tenho muito o que falar sobre 2006. Apesar de um time de estrelas, a Copa foi palha para nós, quase não passamos por Gana e perdemos para a França, de novo, em um jogo que o Henry comeu a bola.

África do sul 2010

A Copa 2010 acabou de forma melancólica para nós. Ao término do primeiro tempo, quando vencíamos da Holanda, vivemos um verdadeiro furor, pensávamos:” Cacete! Nosso time é uma máquina!“, ledo engano. Na segunda etapa, uma letargia tomou conta da equipe canarinho.

O que dói mais é saber que a Holanda não jogou bola, jogou no erro brasileiro, perdemos para o “bom” desempenho de três jogadores a favor da Holanda, Roben, Sneijder e Felipe Melo, claro. Essa Copa foi foda, cheio de resultados inusitados, placares pífios e zebras africanas. Isso sem falar na bola, culpada pelos frangos jabulânicos e deu muito que falar.

Brasil 2014

Em 2014 foi aqui no nosso setor e pegamos a maior porrada da história. Muita gente deixou de torcer após o 7×1 que levamos da Alemanha em pleno estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG). O Brasil não aproveitou o fato de jogar em casa. Mas esse assombro, apesar de inesquecível, está devidamente exorcizado.

Enfim, Copa do Mundo é a união de uma paixão nacional com a confraternização entre familiares, amigos, entre outras tantas coisas bacanas que envolvem a competição. É isso!

Hoje a Seleção Brasileira começa sua campanha. Eu, como sempre fiz nestas mais de 4 décadas de vida (muita vida), vou torcer para o nosso time. Quem acha que é “ópio do povo” (bordão geralmente repetido por patetas), quem não superou o trauma de 2014 (e provavelmente a maioria de seus problemas bem maiores) ou aqueles pentelhos escrotais que não curtem futebol e ficam enjoando com o “blá, blá, blá” de sempre, a Netflix está aí para o entretenimento de vossas chatices.

Ainda pode rolar a leitura de um livro ou uma lavagem de roupa. Só não joguem “pisíca” ou “agourem” a equipe nacional, a qual esperamos quatro anos para vê-la novamente em uma Copa do Mundo. É isso.

Para mim, vai tá “russo” para o time que atravessar na frente da nossa Seleção. Bora, Brasil, porra!!

Elton Tavares

Feliz aniversário, Pedro Aurélio (te amo, tio)!

Hoje aniversaria o filho da Peró e “Juca”, pai de quatro filhos, avô de um lindo casal, marido da Lúcia, administrador de empresas, bacharel em Direito, maçom, fazendeiro e auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AP), além de meu tio e amigo, Pedro Aurélio Penha Tavares.

Tio Pedro é o segundo irmão de meu saudoso pai, Zé Penha (que embarcou para as estrelas em 1998). Eles sempre foram caras bastante diferentes. Quando moleque, tinha medo do tio Pedro. Ele era um homem muito sério, severo, exigente e sempre nos dava um esculacho por “qualquer falta de respeito”. Já o papai era um grande gozador, daquelas figuras boas de ter por perto.

Com o passar dos anos, Pedro Aurélio, percebeu que nos tornamos homens de bem (eu, meu irmão, seus filhos) e virou amigo de todos nós. Sim, para mim, o tio é um grande amigo, conselheiro e socorrista (já precisei dele e o irmão de meu pai não me faltou).

Pedro Aurélio é filho de família pobre, mas trabalhadora. Os pais, ele e os irmãos conseguiram tudo com muito batalho. Dá um orgulho danado das histórias, tantos exemplos de esforço e superação deixados para nós, os sobrinhos, filhos e netos dos Penha Tavares.

Tio Pedro é um cara honesto, inteligente, trabalhador, corajoso, culto, decente e combativo e cheio de manias. Sou parecido com ele nisso. Somos pontuais e detestamos esperar, somos esquentados e não levamos desaforos para casa, gostamos de cumprir promessas, o que nos leva a cobrar os compromissos assumidos.

Tio Pedro conta boas histórias em nossos encontros, sempre felizes. A gente se reúne na casa da vó Peró, toma cerveja e bate papo. E bote papo bacana nisso. É sempre um prazer falar da vida, do trabalho, da gente, entre outros temas porretas com ele. Nossas conversas, até as sérias, sempre escorregam para boas gargalhadas. Quem tem a sorte de ser amigo dele, sabe do grande coração do cara.

Já disse e repito, se necessário, tio Pedro se indispõe, discute e briga. Essa é uma característica que admiro nele. “Gosto de pisar na beira também”. A gente também se chateia um com o outro, mas faz parte e foram tão poucas vezes que nem consigo lembrar agora.

Tio Pedro completa, nesta quinta-feira (12), sessenta e cinco invernos amazônicos bem vividos, bem comidos e bem bebidos, sempre fazendo o que faz de melhor: ser ele mesmo. Autêntico como poucos que conheço, ele é safo. Tem gente que não gosta. Eu dou valor!

Sou grato ao tio Pedro pelo apoio de sempre. Tio, que tu tenhas saúde e sucesso sempre para curtir teus filhos, teus netos, a Lúcia, a vó, teus irmãos, tua fazenda, tomarmos boas cachaças e rir da vida. Eu e Emerson amamos você. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares