Sem médicos, Amapá quer chamar cubanos; CRM se diz “totalmente contra” – Por @abinoan_

Com a maior incidência de casos confirmados do novo coronavírus no país, o Amapá está sem médicos suficientes para dar conta da demanda de atendimentos na rede pública estadual. Para suprir a carência, o governo avalia a contratação de médicos cubanos ou de brasileiros com graduação no exterior, mas que ainda não passaram pelo Revalida – teste que reconhece diplomas de medicina emitidos em outros países.

No último edital lançado no fim de abril, das 115 vagas ofertadas para médicos, apenas 14 foram preenchidas, segundo o Ministério Público (MP) do Amapá, que entrou ontem na Justiça com uma ação que pede para o governo local ser obrigado a contratar médicos, incluindo intercambistas, para tratar de pacientes com covid-19.

Em nota emitida anteontem, o Conselho Regional de Medicina (CRM) do Amapá se diz “totalmente contra” a possibilidade estudada pelo governo local.

“Tínhamos o impedimento [de contratar médicos cubanos] que é uma recomendação do CRM. Fizemos o primeiro edital e deu poucos médicos [inscritos]. Estamos lançando mais um para médicos do Brasil. Agora, estamos tratando com o Ministério Público e a Justiça para que os próximos editais abram para profissionais que atuaram como médicos da família. Isso inclui não apenas cubanos, mas também todos os não brasileiros e brasileiros sem registro no CRM”, declarou o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), em entrevista à Rede Amazônica, afiliada da Rede Globo, no estado.

Góes pediu a compreensão do CRM para que médicos cubanos possam atuar na rede pública estadual para suprir a carência de profissionais brasileiros. Atualmente, o Amapá conta com 2.671 casos de covid-19, sendo 73 mortes.

“É importante a gente ter a compreensão do CRM. Faço esse apelo. É preciso a gente se unir. O governo já deu demonstração de interesse e abriu edital, mas não conseguimos preencher as vagas”, completou.

Em razão da falta de adesão de médicos brasileiros, o Pará chegou a fazer a contratação de médicos cubanos. Atualmente, 86 profissionais atuam no combate à pandemia no estado.

O UOL questionou hoje o governo do Amapá sobre em qual etapa de estudo está a contratação de médicos estrangeiros, mas ainda não obteve resposta sobre o caso.

Em nota, o CRM do Amapá se posicionou em desfavor da medida por acreditar que sem o Revalida, o “candidato não está preparado” para desempenhar as funções.

“O CRM-AP é totalmente contra flexibilização do Revalida usando covid-19 como justificativa para contratação irregular de não médicos. (…) Em lugar de ações nesse sentido, o Amapá precisa da oferta de equipamentos de proteção individual para que médicos e profissionais da saúde, que já estão na linha de frente possam cumprir o seu papel”, protestou a entidade, em nota.

Ao UOL, o presidente do CRM do Amapá, Eduardo Monteiro, avaliou que para o Amapá tornar a carreira de médico atrativa, mesmo em um momento de pandemia, seria necessário dar condições financeiras e de proteção à saúde do profissional.

“O piso nacional para 20 horas é de R$ 15.074. Aqui, é de R$ 7.900. Este é o valor que nós da prefeitura de Macapá e do governo estado ganhamos. Também não deve ter teto constitucional para o médico receber o seu salário, além de proteção aos profissionais da linha de frente. Com isso, tem médico que vai trabalhar. (…) Vamos entrar na Justiça caso isso [contratação de médicos estrangeiros] ocorra”, comentou Monteiro.

Na ação que o MP moveu para obrigar o Amapá a contratar médicos, a 4ª Vara Cível da Fazenda Pública de Macapá avaliou que o caso era competência da Justiça Federal. O Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça (TJ) do Amapá.

Segundo a promotora de Saúde, Fábia Nilce, entre as possibilidades que o governo pode adotar para suprir a carência, a contratação de médicos intercambistas é uma alternativa que poderia ser avaliada, pois é necessário que o estado garanta recursos humanos para os atendimentos dos casos do novo coronavírus e amenize o caos que se encontra o sistema.

“Acredito que se não houver contratação, é uma possibilidade a ser pensada pelo estado. Dentro do que tem na lei, a ação busca usar a obrigatoriedade para a contratação dos médicos. Foram dadas várias possibilidades”, disse ao UOL, a promotora.

Poucos Médicos em Macapá

A ação do MP também abrange a prefeitura de Macapá, que enfrenta a mesma dificuldade para contratar médicos. A capital do Amapá tem hoje 1.832 casos confirmados do novo coronavírus e 44 mortes.

Segundo o prefeito Clécio Luís Vieira (Rede), existem atualmente três Unidades Básicas de Saúde (UBS) exclusivas para tratar de casos de suspeitas e confirmações de covid-19, mas a escassez na mão de obra de médicos resulta em filas no atendimento.

O político afirmou que a prefeitura está com chamada aberta e que profissionais de qualquer lugar do país podem acionar o município para atuarem na pandemia.

“Estamos precisando de médicos na rede pública municipal. Temos unidades preparadas, mas nos faltam médicos. Toda nossa estratégia está no diagnóstico precoce da covid-19 e isolar esse paciente para que não precise de leito de UTI [Unidade de Terapia Intensiva]. Para isso, precisamos de profissionais médicos para diminuir as filas e melhorar o atendimento. Faço um apelo de coração. Você, médico, estamos precisando de você”, afirmou o prefeito, em suas redes sociais.

O UOL perguntou, através da assessoria do prefeito, se ele também avalia contratação de médicos estrangeiros e aguarda resposta.

Além de médicos, faltam remédios e leitos

Somada a falta de médicos, o Amapá enfrenta a escassez de medicamentos e leitos em sua rede pública estadual em razão da demanda que saturou o seu sistema de saúde.

Desde sexta-feira (8), tramita na Justiça um pedido do MP que tem a intenção de obrigar o governo a fornecer remédios para pacientes com suspeitas e confirmações de covid-19. De acordo com relatos que chegaram à Promotoria de Saúde, não tem sedativos e bloqueadores musculares nos centros criados para tratar pacientes com a doença.

O Hospital Alberto Lima (HCAL), onde está o Centro de Tratamento Covid-I, foi enfático ao esclarecer que o sedativo fentanil e os bloqueadores musculares estão em falta, segundo o MP.

Já os medicamentos propofol e tiopental, também usados para os pacientes em sedação, durariam mais três dias. O email enviado pelo hospital ao MP era datado do dia 07 de maio. Sendo assim, o estoque acabaria no anteontem ou no máximo ontem.

Conforme apurou o MP, na sexta-feira, no Hospital de Emergência (HE) de Macapá – porta de entrada da rede estadual para pacientes com suspeitas e confirmações de covid-19, dez pessoas internadas aguardavam transferência para o Centro Covid-I.

Sem remédios, nos centros especializados, não tem como abrir novos leitos. Segundo o MP, no primeiro centro, dos 26 leitos de Unidade de Terapia Intensiva, 22 estavam funcionando. Já no segundo, existiam apenas 16 dos 58 anunciados.

A falta de remédios e leitos foi o caso enfrentado pela autônoma Maria Bernadete Picanço, de 61 anos. Hipertensa e diabética, ficou deu entrada na madrugada de 7 de maio no Hospital de Emergências, com covid-19.

A família conta que, mesmo sem condições financeiras, decidiu levar ontem a idosa para um hospital privado, pois não tinha previsão de a rede pública fornecer medicação e leitos em um dos Centros de Tratamento Covid, inaugurados pelo governo, em Macapá.

“O descaso é enorme. As pessoas estão morrendo e não tem medicação. Minha mãe estava embaixo de uma central de ar imunda, pingando no leito dela. Ela quase morreu. Não temos dinheiro para pagar, estamos na coleta, mas vamos pagar porque é uma vida. E as outras que ficaram lá?”, declarou ao UOL, sob forte emoção, a filha da paciente, Kinttia Rodrigues.

A filha relata que a família precisou conviver com mortes de pacientes na mesma enfermaria da idosa. Eles também estariam à espera de um leito.

Segundo o MP, em apenas seis dias, na semana passada, 23 pessoas que aguardavam leitos morreram no Hospital de Emergências, unidade responsável pela triagem de pacientes aos centros especializados no tratamento da covid-19.

O UOL mostrou em 7 de maio que pacientes esperavam vagas de leitos ao lado de corpos, que chegavam a ficar até seis horas na mesma enfermaria.

“Um dia antes de a minha sair, morreu um rapaz ao lado dela. Eles não estão isolados. O governo diz uma coisa na televisão e a realidade é totalmente outra. Eu vivi na pele tudo isso. Não tem profissionais. O médico chegou com o meu irmão e falou: “Rezem porque não temos o que fazer, pois não tem remédios, profissionais e EPIs”. Muito triste. Na rede pública não tem medicamento, posso garantir”, contou a filha da idosa.

O UOL questionou o governo do Amapá sobre a falta de remédios e leitos na rede pública estadual, conforme relatado pelo MP, mas a assessoria de comunicação também não respondeu a esta demanda.

Fonte: UOL

Solicitação de Randolfe é atendida e Unifap divulga abertura do HU para receber vítimas do coronavírus

Hoje (12) a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) divulgou que cedeu parte das instalações do Hospital Universitário (HU) para o Governo do Estado do Amapá montar uma estrutura para tratamento de Coronavírus. O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) fez a proposta à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) no dia 19 de março.

De acordo com a divulgação no site da universidade, serão 38 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e mais 50 leitos de enfermaria, destinados à pacientes com sintomas da doença, além de espaços onde funcionarão uma farmácia e um almoxarifado.

A data de início dos atendimentos de saúde no HU/UNIFAP, após as instalações, será definida pelo Governo local. Com duração de três meses, a disponibilização do espaço foi oficializada com assinatura de um Termo de Cessão entre o reitor da UNIFAP, Prof. Dr. Júlio Sá de Oliveira e o governador do Amapá, Waldez Góes. O prazo de cessão pode ser renovado, caso haja necessidade.

Hospital

O HU está sendo construído com emenda da Bancada Federal. A antecipação da entrega do espaço é decisiva no enfrentamento da pandemia. Serão mais leitos e mais condições para salvar vidas.

O Amapá é o Estado com maior número de incidência de casos de coronavírus no Brasil e as denúncias de falta de leitos para atendimento explodem. Desde 25 de março, em resposta ao pedido do senador Randolfe Rodrigues, a EBSERH já havia autorizado o uso emergencial do Hospital Universitário.

Na época, o presidente da empresa, Oswaldo de Jesus Ferreira, explicou ao senador que, apesar de ainda não poder realizar uma abertura plena do HU do Amapá, o avanço da pandemia no Brasil derrubou quaisquer impeditivos para a utilização emergencial do Hospital.

“Da parte da EBSERH, não há qualquer restrição quanto à utilização emergencial das instalações, dos equipamentos e do mobiliário já adquiridos pela Unifap com o objetivo de mobiliar o futuro Hospital Universitário. Pelo contrário, considero que essa utilização valoriza o investimento que foi feito por meio de emendas parlamentares pela bancada parlamentar federal do Amapá. Este entendimento da EBSERH foi e tem sido compartilhado pela direção da Unifap, com quem temos mantido contato cerrado”, dizia um trecho do ofício de Ferreira em resposta ao senador ainda no mês de março.

Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues

Boletim oficial 12/05, às 16h30: Amapá tem 2.910 casos confirmados de coronavírus; em Macapá são 1.966 casos e 86 óbitos em decorrência do Covid-19 #FicaEmCasa

O Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COESP) traz novo relatório com dados sobre o Covid-19 no Amapá trazendo 239 novos casos confirmados, sendo 134 em Macapá, 37 em Santana, 06 em Laranjal  do Jari, 09 em Mazagão, 02 em Oiapoque, 03 em Pedra Branca, 12 em Porto Grande, 15 em Serra do Navio, 11 Vitória do Jari, 03 em Itaubal, 02 em Ferreira Gomes e 05 em Cutias do Araguari.

Também há o registro de 13 óbitos, ocorridos entre os dias 06 e 11 de maio. Destes, 9 são do município de Macapá, sendo 5 homens, de 54, 59, 73, 74 e 80 anos, apenas o de 74 declarou comorbidade, hipertensão. E 04 mulheres, sendo uma de 58 anos, hipertensa, uma de 69 anos, diabética e hipertensa, e duas outras sem comorbidades declaradas, de 63 e 78 anos. Em Laranjal do Jari, um homem, de 61 anos, sem comorbidades. E em Santana, 03 vítimas, sendo dois homens, um de 48 anos sem comorbidades e um de 62 anos com comorbidades relacionada a obesidade e diabetes, e uma mulher, de 21 anos, com doença imunossupressora.

Painel geral de casos pelo COVID-19:

Casos confirmados: 2.910 (sendo 1.966 em Macapá, 434 em Santana, 04 Calçoene, 30 em Cutias do Araguari, 06 em Ferreira Gomes, 09 em Itaubal, 186 em Laranjal do Jari, 45 em Mazagão, 56 em Oiapoque, 43 em Pedra Branca, 46 em Porto Grande, 01 em Pracuúba, 32 em Serra do Navio, 10 em Tartarugalzinho, 36 em Vitória do Jari e 06 no município de Amapá).

Recuperados: 837
Óbitos: 86

Casos confirmados hospitalizados: 103 total
Sistema público: 57 (20 em leito de UTI / 37 em leito clínico)
Sistema privado: 46 (32 em leito de UTI / 14 em leito clínico)

Isolamento domiciliar: 1.884
Em análise laboratorial: 5.205
Descartados: 3.237

Informações sobre casos suspeitos declarados pelos municípios:

Macapá: 3.640
Santana: 807
Laranjal do Jari: 303
Mazagão: 246
Oiapoque: 141
Pedra Branca do Amapari: 59
Porto Grande: 112
Serra do Navio: 47
Vitória do Jari: 118
Itaubal: 21
Tartarugalzinho: 51
Amapá: 53
Ferreira Gomes: 25
Cutias do Araguari: 56
Calçoene: 24
Pracuúba: 0
Total: 5.703

Casos suspeitos hospitalizados: 164

Assessoria de comunicação do GEA

Vídeo da Campanha da PMM – Sai da rua! – Via @alcinea

“Você que fica pela rua quer mesmo carregar na consciência a dor e a morte de tanta gente?”

Campanha da Prefeitura de Macapá. Forte. Mas é preciso mesmo jogar mais pesado pra ver se aqueles que acham que é só uma gripezinha se conscientizam de que se não respeitarem o distanciamento social podem tanto morrer como matar pessoas querida, como seus familiares.

Fonte: blog da Alcinéa

Unifap cede HU para tratamento de coronavírus e Davi articula vinda de novos profissionais de Saúde para o Amapá

Por iniciativa do senador e presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (Democratas-AP), e a bancada federal, a Universidade Federal do Amapá (Unifap) cedeu o bloco I do Hospital Universitário (HU) para instalações de 82 leitos destinados ao tratamento dos infectados pelo coronavírus no Estado. A nova estrutura já está sendo montada e deve ser finalizada em dez dias. Como parte do esforço, para atuar nesta nova estrutura, Davi articula, junto ao ministério, em Brasília, a ida de mais profissionais da Saúde ao Amapá, bem como novos equipamentos e insumos hospitalares.

“Fazemos parte de um único time, e a contenção do vírus é um esforço coletivo. Ter parte das instalações do Hospital Universitário cedido pela Universidade é a melhor colaboração que poderíamos ter neste momento. Fizemos essa proposta ainda em março, logo no início da pandemia, e sabendo que o HU ainda está em fase de construção. Mesmo sem estar completamente finalizado, houve sensibilidade para liberar o hospital para salvar vidas e eu agradeço por isso.!”, destacou Davi.

Foi assinado um Termo de Cessão, com prazo de duração de três meses, podendo ser renovado conforme a necessidade. A reitoria disponibilizou, ao governo do Amapá, 30 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e mais 52 leitos de enfermaria, destinados a pacientes com sintomas e infectados pela doença. Além disso, funcionarão, no espaço, uma farmácia, almoxarifado e vestiários. A data de início dos atendimentos no HU/UNIFAP será definida pelo governo estadual, que ficará responsável também pela contratação dos serviços terceirizados de limpeza, vigilância, compra de gases medicinais e pelo pagamento das contas de água e energia.

Assessoria de Imprensa
Davi Alcolumbre

Zona sul lidera lista dos bairros com mais casos de Covid-19 em Macapá

Entre os 20 bairros com mais casos confirmados de Covid-19, a zona sul é a mais preocupante. Buritizal e Santa Rita lideram, com 91 casos, seguidos de Novo Buritizal, com 85, em quarto lugar está o bairro Central, com 79 casos positivos, e em quinto está o primeiro bairro da zona norte, Pacoval, com 73 casos confirmados de Coronavírus.

A lista segue com Jardim Felicidade, 62 casos; Jardim Marco Zero com 61; Congós e Infraero com 58; Muca com 55; Novo Horizonte e Universidade com 54; Brasil Novo tem 48 casos confirmados; Perpétuo Socorro com 45; Beirol com 43; Renascer e Zerão com 40 pessoas contaminadas; e Cidade Nova com 31 casos.

Os números demonstram que nos 20 primeiros bairros a zona sul possui 578 casos de Covid-19 confirmados, quase o dobro da zona norte, com 335 casos, e zona leste, com 76 casos. O bairro Santa Rita vem mantendo a liderança desde março, assim como o Pacoval, que possui mais casos na zona norte.

Em outro comparativo, com o painel de 17 de março a 17 de abril, os bairros que apresentavam mais casos confirmados eram: Jardim Marco Zero e Santa Rita, com 17; seguido por Pacoval, com 12; Buritizal com 11; e Brasil Novo e Beirol com 10 casos.

Mas, de acordo com o painel da Covid-19 do Inloco Tecnologia da Informação S.A, divulgado pela Prefeitura de Macapá, com o mapa do isolamento social, existem casos em quase todos os bairros de Macapá, com menor ou médio índice. E pode aumentar se o isolamento não for cumprindo à risca, segundo aponta a coordenadora do Comitê de Enfrentamento da Covid-19, Silvana Vedovelli.

“O isolamento social é para achatar a curva de disseminação da doença e evitar uma sobrecarga em nossas Unidades Básicas de Saúde. Estudos comprovam que uma pessoa com Covid-19 contamina três outras. Essas três contaminadas passam o vírus para nove. As nove passam para 27. E, assim, a progressão faz os casos triplicarem. Uma pessoa que fique isolada já quebra a rede, evitando milhares de casos”, explica Vedovelli.

Confira o Painel Coronavírus: http://macapa.ap.gov.br/coronavirus/painel/

Secretaria de Comunicação de Macapá
Pérola Pedrosa
Assessora de comunicação

Feliz aniversário, Lílian Ferreira!

Quem lê este site, sabe: gosto de parabenizar amigos em seus natalícios, pois declarações públicas de amor, amizade e carinho são importantes pra mim. Quem gira a roda da vida nesta terça-feira (12), é o servidora pública, humanista, amante de cerveja boa e de culinária refinada, além de muito querida amiga deste editor, Lílian Ferreira.

Trata-se da mãe amorosa da Maria Fernanda, filha dedicada da dona Teresa, esposa do Leandro, irmã do Herval (e de mais uma moçada, mas só conheço ele), bacharel em Direito, servidora do Tribunal de Justiça do Amapá e apreciadora de cervejas especiais.

Ela é uma mulher demais porreta, prestativa, bem-humorada, tranquila e gente da melhor qualidade. Conheci a Lílian no início de 2015 e convivemos por um tempo, quando trabalhei com a moça no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP). Ela como chefe de gabinete e eu na função de assessor de comunicação do órgão.

E também quando frequentei, quase todas as noites, a Banca Rios Beer cervejaria (por dois anos), que era de sua propriedade juntamente com o esposo. Ela é muito paid’égua! Sobretudo, uma mulher do bem.

Lílian Ferreira gira a roda da vida hoje e desejo tudo de melhor pra broda, mas vos digos, ela já zerou o jogo da vida, pois se deu bem em tudo que se propôs a fazer. A aniversariante é uma profissional competente, mãe da linda e inteligente Fêfê, casou com um cara bacana (e que gosta de cerveja).

Eu a respeito, admiro e tenho muito apreço por Lílian Ferreira. Sempre educada, bem humorada, sincera, íntegra e gente boa, além de inteligente, essa querida é uma mulher linda por dentro e por fora, pois ela é gata e tem um caráter inabalável. É uma honra ser seu amigo. Sinto saudades de bater papos bacanas, tomar cerveja e rir bastante com ela e Leandro.

Lílian, és muito querida pelo gordão aqui. E eu sei que tu também gostas de mim. Desejo que teu novo ciclo seja lindão, repleto de saúde, sucesso e realizações. Depois desse fim do mundo a gente toma umas. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

PF apreende mais de R$ 18 mil em cédulas falsas em Macapá/AP

A Polícia Federal prendeu em flagrante, na noite de ontem (11/5), dois homens, de 24 e 29 anos, e uma mulher, de 31 anos, que transportavam aproximadamente R$ 18 mil em cédulas falsas, em Macapá/AP.

A ocorrência foi apresentada na Polícia Federal, após o 2° Batalhão da Polícia Militar (2° BMP) abordar um homem no bairro Jardim Felicidade I, Zona Norte, em atitude suspeita. Ao conferirem sua mochila, foi encontrado R$ 500 em notas falsas.

O indivíduo confessou que havia comprado por R$ 150 as cédulas de um casal que residia em local próximo de onde foi abordado.

Após diligências, encontrou-se o casal tentando esconder as cédulas falsas dentro do sofá da residência, totalizando mais de R$ 18 mil em notas. Foram apreendidas 549 cédulas falsas de R$ 5 (19), R$ 10 (291), R$ 20 (1), R$ 50 (169) e R$ 100 (69).

Ainda foram aprendidos, com um dos homens, 65 selos de LSD, sendo o mesmo atuado também por tráfico de drogas.

Os três indivíduos foram encaminhados ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN), onde ficarão à disposição da Justiça, e poderão responder pelos crimes de moeda falsa e tráfico de drogas, cujas penas poderão chegar até 12 anos de reclusão.

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá
[email protected] | www.pf.gov.br
(96) 3213-7500

Comitê Estadual de Saúde do Judiciário recomenda funcionamento 24 horas da Central de Regulação de Leitos para COVID-19

A reunião Extraordinária de trabalho do Comitê Estadual de Saúde Judiciário (CES-Jus) durou cerca de três horas, por meio de videoconferência, e debateu o Plano de Enfrentamento à COVID-19, a rede assistencial, o suprimento de insumos, medicamentos, EPI’s e equipamentos, e o cronograma das ações diante do agravamento da pandemia do novo Coronavírus no Amapá.

O Desembargador Carlos Tork, Presidente do Comitê, após a reunião, fez editar a Recomendação Nº 001/2020, com indicativos para aprimorar o enfrentamento ao avanço da pandemia. “Recomendamos que a Central de Regulação de leitos hospitalares funcione 24 horas, incluindo a rede suplementar (hospitais privados), e que as unidades hospitalares, em todos os níveis, alimentem a Central com informações sobre a disponibilidade de leitos de hora em hora”, destacou o magistrado.

A Recomendação aponta ainda para que os relatórios relativos às taxas de ocupação/utilização de leitos sejam enviados em intervalos de hora em hora para o Comitê de Crise, para as Defensorias Pública Estadual e da União e para o Ministério Público.

De acordo com a Procuradora Geral de Justiça, Ivana Cei, “desde o início da pandemia, o MP-AP ingressou com várias ações, incluindo a cobrança de um sistema de regulação de leitos”. O MP-AP obteve liminar favorável da Juiza Alaíde Maria de Paula, titular da 4ª Vara Cível e de Fazenda Pública de Macapá. “Agora essa recomendação visa acelerar o processo de modo que todos possam ter igualdade na busca por atendimentos”, complementou.

O Comitê também aprovou o Protocolo Médico para tratamento inicial da COVID-19, aplicado pela rede municipal de saúde de Macapá. De a acordo com o Secretário de Saúde da capital, Eldren Melo, a rede vem obtendo êxito no tratamento inicial, com a associação de fármacos orientada por especialistas espanhóis. Esses medicamentos constam em estoque na SEMSA, que possui ainda ata de registro de preços para novas aquisições.

A reunião contou com representantes do Poder Judiciário Estadual e Federal; gestores da saúde do Estado e do município de Macapá; representantes do Ministério Público Estadual; Defensoria Pública do Amapá; Ministério da Saúde; NAT-JUS; Associação de Pais e Amigos dos Autistas (AMA-AP); UNIFAP; Associação Médica do Amapá; Conselho Regional de Medicina (CRM); Conselho Regional de Farmácia (CRF); Conselho Regional de Enfermagem (CRE); OAB-AP; Sindicato de Enfermagem e Trabalhadores da Área da Saúde do Amapá (SINDESAÚDE).

Serviço: Ascom MP e Ascom Tjap

Senador Randolfe articula apoio da L´Oréal para a Amapá Solidário

Continuando uma série de ações na luta contra o coronavírus e apoio para a Campanha Amapá Solidário, o Senador Randolfe Rodrigues (REDE- AP) conseguiu agora a ajuda e doação de uma das maiores empresas de cosméticos internacional: a L’Oréal.

A empresa se comprometeu em doar 20 mil unidades de 400mL de álcool em gel, sendo metade para o Sistema Único de Saúde (SUS), 3 mil distribuídas para as populações indígenas e 7 mil para as populações vulneráveis.

A parceria será firmada nesta terça-feira, às 9h30, em reunião virtual que contará com a participação do senador Randolfe, o Ministro-Conselheiro da Embaixada da França, Gilles Pecassou, o Governador do Amapá, Waldez Góes, o diretor de Relações Institucionais da L’Oréal Brasil, Patrick Sabatier, a Diretora de Sustentabilidade da L’Oréal Brasil, Maya Colombani e a Gerente de Comunicação Externa Corporate da L’Oréal Brasil, Danielle Nunes.

Para Randolfe, a parceria é de extrema importância e necessidade, uma vez que o estado carece de apoio durante a pandemia: “ A cada nova doação, parceria e ajuda que recebemos, é o povo do Amapá que ganha. O álcool em gel é um item indispensável na luta contra a propagação da Covid-19 e estamos muito felizes que a doação da L’Oréal ajudará milhares de amapaenses”.

Para a presidente da L´Oréal Brasil, An Verhulst-Santos, a ajuda ao Amapá é urgente e necessária: “A região Norte do Brasil é motivo de muita preocupação pela rápida disseminação do coronavírus. Dessa forma, decidimos ampliar nosso plano de solidariedade para ajudar a população local. Nesse contexto, união e solidariedade são fundamentais. Cada empresa deve contribuir com seu conhecimento, buscando colaboração com outras empresas da sua cadeia de valor em busca de soluções no combate ao coronavírus.”, afirma.

Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues

Campus Oiapoque realiza colação de grau de 22 novos profissionais de Enfermagem

A Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), por meio da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROGRAD) realizou, na sexta-feira, 8 de maio, a solenidade de outorga de grau – formatura de gabinete, de 22 formandos do Curso de Bacharelado em Enfermagem do Campus Binacional de Oiapoque. Hoje, 12 de maio é celebrado o Dia Internacional da Enfermagem.

A outorga foi realizada na Secretaria do Campus Oiapoque de forma individual e seguiu os protocolos de prevenção à COVID-19. Os discentes foram orientados a usar máscaras de proteção, álcool a 70% para higienizar as mãos. Devido às orientações de afastamento social e para evitar aglomerações, não houve a presença de público, conforme recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS) e as autoridades sanitárias para contenção da pandemia do novo Coronavírus.

Assessoria Especial da Reitoria (ASSESP)
Contato para essa pauta: Aretha Barros Telefone: (96) 9132-7063
E-mail: [email protected]

Mães que trabalham no MP-AP participam de homenagem e sorteio virtual

As mães do Ministério Público do Amapá (MP-AP) foram homenageadas na última sexta-feira (8), pela Procuradoria-Geral de Justiça e as Associações dos Membros (Ampap) e Servidores (Assemp). As homenagens foram feitas por meio de transmissão pelo Canal do MP-AP no Youtube, respeitando o isolamento social decretado pelo Estado e Município de Macapá para prevenção do contágio pelo novo coronavírus.

A procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei, acompanhada da subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e presidente do Comitê de Qualidade de Vida do MP-AP, Clara Banha, e do chefe de gabinete da PGJ, João Furlan, conduziu as homenagens que contou com o sorteio virtual de brindes para as colaboradores, servidoras, promotoras e procuradoras de Justiça.

Telma Freitas, presidente da Assemp, disse estar grata em poder falar e prestar homenagens às mães da instituição, principalmente nesse momento de pandemia. Ivana Cei falou em nome do presidente da Ampap, José Cantuária Barreto, que também manifestou o comprometimento da entidade de classe em procurar proporcionar momentos como esse, de reconhecimento e apreço às mulheres que se dedicam ao MP-AP.

A PGJ parabenizou e homenageou todas as mães que acompanharam a transmissão declamando o poema “Mãe”, de Mário Quintana.

Assista ao vídeo em homenagem às Mães da Família MP-AP: Homenagem às mães do MP-AP

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Coordenação: Gilvana Santos
Texto: Gilvana Santos
E-mail: [email protected]

Vigilância Ambiental segue cronograma de atividades preventivas

O Departamento de Vigilância Ambiental de Macapá segue cronograma de atividades preventivas contra criadouros do mosquito Aedes aegypti, combate à malária e roedores. Nesta segunda-feira, 11, agentes de endemias visitaram locais que servem como criadouros de mosquitos, denunciados pela comunidade. Um flagrante foi realizado no bairro Jesus de Nazaré.

A denúncia, de uma casa abandonada com piscina servindo de criadouro, foi recebida pelo Disk Mosquito. A pessoa que reclamou informou que o imóvel está sem moradores e acumulando águas da chuva na piscina. “Nós apuramos a denúncia e enviamos uma equipe ao endereço informado, e foi constatado que o local servia de criadouro. Fizemos o tratamento larvário e iremos gerar relatório para que os órgãos competentes tomem providências”, explicou o diretor da Vigilância Ambiental, Josean Silva.

A Vigilância Ambiental trabalha com ações que buscam prevenir e controlar doenças no meio ambiente que interferem na saúde humana. Reclamações podem ser feitas por meio do Disk Denúncia: (96) 99121-1641. “Nesse momento em que vivemos, da pandemia da Covid-19, é importante manter a higiene dos quintais redobrada. Limpar e manter limpo os quintais, assim como recolher todo tipo de depósito que possa acumular água parada e se transformar em criadouro de Aedes”, reforçou o diretor.

Secretaria de Comunicação de Macapá
Cássia Lima
Assessora de comunicação

O último voo do Pavão – Crônica porreta de Fernando Canto sobre a história do homem do marabaixo (que partiu há exatos 11 anos)

Mestre Pavão – Foto: Chico Terra

Na segunda-feira, 11 de maio de 2009, o mestre Pavão bateu suas belas asas para nunca mais.

O homem do marabaixo partiu para encontrar-se com seus ancestrais, os mesmos que lhe ensinaram a tocar tão bem a caixa, o tambor que anunciava bons augúrios nas tardes do Laguinho. Com ele Pavão comunicava a seus pares, os agentes populares do sagrado, que a festa do Divino e da Santíssima Trindade já tinha início. E todo um ritual deveria ser obedecido, desde o Domingo da Aleluia, passando pelos preparativos da seleção dos mastros nas matas do Curiaú, até a sua derrubada e escolha dos próximos festeiros no Domingo do Senhor. Com ele se foi um arcabouço cultural de grande valia para a memória do nosso patrimônio imaterial.

Foi-se também a sabedoria dos que fazem acontecer as manifestações mais legítimas do povo. E restou apenas o espanto dos que ficaram. Doente, não mais participava ativamente dos eventos do marabaixo como nos velhos tempos, mas sempre dava um jeito de ir em sua cadeira de rodas aos mais importantes, para ouvir o rufar das caixas e ver as saias da negras velhas rodarem sob o ritmo intenso oriundo de além-mar.

Pavão levava muito a sério o que fazia no marabaixo. Até brigava por ele. Seu amor pelo folclore certamente foi herdado do avô Julião Ramos, o grande líder negro, que na época da implantação do Território Federal do Amapá disseminou o ritmo e a dança para todo o Brasil. No domingo, véspera da sua morte, sua filha Ana perguntou-lhe se ia ao marabaixo do Dia das Mães na casa da Naíra – uma das festeiras desse ano no bairro do Laguinho. Ele disse que não ia porque estava indisposto, mas mandou todo o pessoal de sua casa para lá, pedindo que não deixassem a ”cultura morrer”. Mal sabiam todos de sua casa que a cultura do marabaixo, nele impregnada, estava morrendo um pouquinho com ele.

Justo que consideramos a memória como o deciframento do que somos à luz do que não somos mais, a morte é o abismo que tudo leva e engole inclusive o segredo da identidade, aquilo que nos pertence social e culturalmente. Posto isto, quantas conversas não foram abruptamente cortadas numa gravação para um trabalho de conclusão de curso dessas tantas faculdades da capital? Assim sendo, o que restou de seus depoimentos, desse depósito memorial tão importante para que se analise o marabaixo? Ora, sabe lá quantos pesquisadores egoístas guardam suas fitas encarunchadas e vídeos empoeirados que nunca vão se abrir para ninguém?

Mestre Pavão a todos respondia com a maior paciência, paciência esta que aprendeu a ter com a doença intratável que lhe fez perder uma perna. Mestre Pavão dava a todos o seu conhecimento vívido e vivido intensamente em setenta e dois anos de repetição ritualística que a sua memória avivava e exprimia no vai-e-vem dos olhos.

Aqui peço licença poética ao escritor moçambicano Mia Couto que escreveu o “Último Voo do Flamingo”, para parafraseá-lo, dizendo que o nosso pavão alçou seu último voo na tarde amena de maio. Um voo curto,é certo, porque pavões não voam quase nada, mas são aves do paraíso por excelência. Sua luxuriante plumagem em profusão de dourados, verdes e azuis à luz do sol reflete uma miríade de cores, onde o vermelho e o branco parecem estar presentes como se preparando para um desfile da Universidade de Samba Boêmios do Laguinho, a escola do coração do mestre. Convém lembrar aqui que o simbolismo do pavão carrega as qualidades de incorruptibilidade, imortalidade, beleza e glória, que por sua vez se baseia em outro aspecto além destes: a ave é predadora natural da serpente, e em certas partes do mundo, mesmo seu aspecto maravilhoso é creditado ao fato da ave transmutar espontaneamente os venenos que absorve do réptil. Este simbolismo de triunfo sobre a morte e capacidade de regeneração, liga ainda o animal ao elemento.

Fogo, sim, do marabaixo quente, do “Caldeirão do Pavão” com seu caldo revitalizador do carnaval que tanto o mestre amava e por isso se enfeitava nos áureos tempos dos desfiles da FAB. Vai em paz, Pavão, tua plumagem tem cem olhos para vigiar o que deixaste entre nós.

(*) Publicado No livro “Adoradores do Sol”, de Fernando Canto. Scortecci, São paulo, 2010. Minha homenagem a um dos mais importantes divulgadores do Marabaixo.

**Fotos encontradas nos sites do Chico Terra; Rostan Martins; Memorial Amapá (Neca Machado); Tribuna Amapaense e Federação Folclórica do Amapá e jornalista Mariléia Maciel.