Curso de Farmácia seleciona farmacêuticos para atuarem como supervisores de estágio

O curso de Farmácia, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), está com as inscrições abertas para o Programa de Preceptoria da graduação, que irá selecionar farmacêuticos para atuarem como orientadores das atividades de ensino e de aprendizagem com assistência direta ao aluno nos

Estágios Supervisionados em Farmácia Ambulatorial, Hospitalar e Comunitária. As inscrições encerram na próxima sexta-feira, 18, e podem ser realizadas enviando a documentação listada no edital de seleção para o e-mail [email protected].

A Preceptoria de Graduação será exercida em setores de saúde conveniados como as Prefeituras Municipais de Macapá e Santana e unidades da Secretaria de Estado de Saúde do Amapá, bem como hospitais, laboratórios de análises clínicas, distribuidoras de medicamentos, farmácias/clínicas de manipulação e drogarias de instituições privadas que possuem convênio de estágio com a Unifap.

Estão sendo ofertadas 6 vagas ao todo, sendo 2 vagas para a disciplina “Estágio em Farmácia

Hospitalar e/ou distribuidoras de medicamentos”, 2 para “Estágio em Farmácia Ambulatorial e/ou

comunitária” e 2 vagas para “Estágio em Laboratório de análises clínicas e/ou manipulação de

medicamentos e/ou nutrição parenteral”. Poderão concorrer à seleção farmacêuticos(as) que possuam diploma de graduação em Farmácia, expedido por escola oficial ou reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) e com registro atualizado no Conselho Regional de Farmácia do Amapá (CRF/AP).

A Instituição irá oferecer ao preceptor uma bolsa no valor bruto de R$ 1.050,00. O Resultado do processo seletivo será divulgado no dia 8 de março de 2022 no site do Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde (DCBS), no endereço eletrônico https://www2.unifap.br/dcbs/.

Serviço

Processo Seletivo Simplificado para o Programa Preceptoria do Curso de Farmácia

Inscrições até dia 18 de fevereiro, pelo e-mail [email protected]. 6 vagas. Inscrição gratuita. Edital de seleção no  endereço eletrônico https://www2.unifap.br/dcbs/.

Jacqueline Araújo
Assessoria Especial da Reitoria – Assesp/Unifap
(96) 98138-9124
[email protected]

Zoneamento de risco climático para cultivo da mandioca no Amapá será atualizado

A Embrapa Amapá realizou mais uma etapa da atualização do calendário adequado para plantio de mandioca no estado do Amapá, durante reunião técnica na manhã desta terça-feira, 15/2. Técnicos de extensão rural contribuíram para ajustar o Zoneamento de Risco Climático (Zarc), uma espécie de mapa de orientação aos produtores e demais interessados, que será homologado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Entre os participantes estavam pesquisadores, analistas e técnicos da Embrapa; o técnico do escritório central do Instituto de Desenvolvimento Rural (Rurap), Caio Fregni; o extensionista Wesley Resplande, do escritório do Rurap de Santana; Tânia Brito e equipe do  Núcleo de Defesa Vegetal da Diagro; Dalberto Morais, chefe do Rurap de Laranjal do Jari; professor Felipe Brener Bezerra de Oliveira, do IFAP campus Porto Grande, com a equipe técnica do Departamento de Práticas Agrícolas e Zootécnicas – DEPAZ; a professora Alana Carine Sobrinho Soares, da Ueap Campus Território dos Lagos, coordenadora do Curso de Engenharia Agronômica; e o engenheiro agrônomo do Basa, Jefferson Coutinho, entre outros agentes que colaboram com o desenvolvimento da agropecuária do estado.

O evento ocorreu em formato híbrido (videoconferência e presencial) e contou com o pesquisador doutor Maurício Antônio Coelho Filho, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas/Bahia), que conduziu os procedimentos para ajustes. O método Zarc indica os períodos favoráveis para plantio/semeadura por cultura e por município, levando em conta as características do clima, o tipo de solo e ciclo de cultivares. É útil para o produtor evitar que adversidades climáticas coincidam com as fases sensíveis das culturas e reduza perdas agrícolas.

Consulta aos produtores e extensionistas

De acordo com o coordenador do Zarc na Embrapa Amapá, pesquisador Nagib Melém, a partir da simulação de ajustes feita junto com os participantes da reunião técnica, utilizando o software Micura, os dados atualizados serão enviados a produtores e técnicos de extensão rural para a etapa de validação final. “Antes desta reunião, a Embrapa fez uma consulta a este público para verificar principalmente o período indicado por eles para plantio de mandioca, em cada município do Amapá. Na etapa atual, juntaremos as informações de retorno da pesquisa com os ajustes acordados na reunião desta terça-feira, e devolveremos para a validação final e posterior envio para a coordenação nacional do Zarc a fim de encaminhar ao Ministério da Agricultura para homologação da atualização do Zoneamento de Risco Climático (Zarc) para o cultivo de mandioca no Amapá.

Como parte da programação, vários participantes enfatizaram a importância do método Zarc para dar maior segurança à atividade de cultivo da mandioca no Amapá. O chefe-geral da Embrapa Amapá, Antonio Claudio Almeida de Carvalho, destacou que a mandiocultura é “uma das principais atividades do pequeno produtor, e agora entrando no foco empresarial, e que possui importância econômico-social no Amapá”. Ele acrescentou que o Zarc também é referência para o agricultor obter benefícios do Programa de Garantia de Atividade Agropecuária (Proagro) e para o Seguro Rural. O secretário Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Janer Gazel, esteve na reunião técnica e ressaltou o longo histórico de contribuição da Embrapa para esta orientação aos produtores, ao recordar que ainda no início da década de 80 equipes da Embrapa Amapá já atuavam no trabalho de zoneamento de época de plantio e adubação para várias culturas agrícolas.

O deputado estadual Jesus Pontes, também presente na reunião técnica, afirmou que o aprimoramento no cultivo de mandioca no Amapá faz parte dos investimentos do governo estadual, por meio do Programa de Produção Integrada (PPI). “Temos grande potencial no estado todo, e pensando especialmente nas diferenciações dos microclimas das várias regiões em todo o estado, sabemos que é importante a definição dos períodos adequados a fim de dar mais garantia e segurança aos produtores.

Multiplicação de maniva-semente

Durante a reunião do Zarc, foi agregada a participação do produtor Benedito Dutra, que integra a coordenação da Rede Reniva no estado do Pará e um dos maiores maniveiros do Brasil. A Rede Reniva é um sistema brasileiro de multiplicação e transferência de maniva-semente de mandioca com garantia de sanidade e qualidade genética, criado na Embrapa Mandioca e Fruticultura. Benedito Dutra discorreu o histórico de implementação da Rede Reniva no Pará, pontuando os desafios, avanços e oportunidades abraçados por ele e a equipe da Embrapa Amazônia Oriental (Pará). Ele recordou que a atividade embrionária iniciou em 2005, por iniciativa do pesquisador Manoel Cravo (in memoriam). Dando um salto no tempo, em 2017 já ocorria planejamento de atividades entre as equipes das duas unidades da Embrapa. “Fizemos ajustes para trabalharmos de forma conjunta sempre. No caso do Pará, aglutinamos o apoio do Senar, da Emater, do Mapa, da Secretaria Estadual de Agricultura”.

A Rede Reniva tem como benefícios viabilizar cultivares livres de doenças e pragas, disponibilizar manivas de plantas de mandioca para multiplicação em larga escala, validar genótipos de mandioca em diversos ambientes, e resgatar variedades tradicionais de mandioca. Uma planta madura de mandioca gera cerca de dez manivas-sementes e, com as técnicas de multiplicação do Reniva, esse número poderá chegar a 400 mudas. Em novembro de 2021 a Embrapa Amapá e Sebrae Amapá realizaram um workshop reunindo diversos especialistas e técnicos visando definir as diretrizes de um projeto para implementar a Rede Reniva no âmbito do estado do Amapá

Dulcivânia Freitas, Jornalista DRT/PB 1063-96

Núcleo de Comunicação Organizacional

Embrapa Amapá
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Macapá/AP

Sebrae premia instituições de ensino com projetos em educação empreendedora

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amapá (Sebrae) premia projetos inscritos por professores, diretores escolares, reitores e secretários de educação dos municípios de Macapá, Santana e Tartarugalzinho, na segunda edição do Prêmio de Educação Empreendedora (PSEE). Iniciativa visa reconhecer as melhores práticas de incentivo à educação empreendedora e estimular inscrições de educadores.

O presidente do Sistema Faeap/Senar/Sindicatos Rurais e do Conselho Deliberativo Estadual (CDE), Iraçu Colares, destaca a missão do Sebrae no Amapá. “O PSEE é um momento importante de cumprirmos a nossa missão de contribuir com o desenvolvimento do país. Temos o dever de apoiar e orientar o empreendedorismo. Por esse motivo, visamos estimular educação empreendedora na vida dos jovens”, ressalta o presidente do Sistema Faeap/Senar/Sindicatos Rurais e do CDE, Iraçu Colares.

De acordo com a diretora técnica do Sebrae no Amapá, Marciane Santo, a instituição dissemina ações empreendedoras por meio do conhecimento. “O Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora marca a valorização da categoria de profissionais, que são fundamentais para o desenvolvimento de toda e qualquer sociedade. Acreditamos que professores ensinando empreendedorismo ao discentes, pode ser o caminho para que os alunos se tornem donos de negócios e estejam preparados para serem tomador de decisões”, pontua a diretora técnica do Sebrae no Amapá, Marciane Santo.

Premiação

Os projetos vencedores foram Plante-me e descubra quem sou, da Escola Estadual Santa Maria, em Macapá, na categoria de Ensino Fundamental I; O empreender na escola: espetáculo circo almirante da alegria, na Escola Estadual Almirante Barroso, em Santana, nos Ensino Fundamental II; Amapá em 360, na Escola Estadual Profª Raimunda Virgolino, em Macapá, de ensino médio regular; Projeto cine aula, no Instituto Federal do Amapá – Campus Santana, em educação profissional; e Desafio Startup: da ideia ao projeto, Universidade Federal do Amapá, campus Macapá, na categoria de ensino superior.

Para a premiação de segundo lugar, Realizando sonhos adormecidos EJA, na Escola Municipal Cristo Rei, em Tartarugalzinho, na categoria de Ensino Fundamental I; e Empresa Júnior supremo pré-moldados, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá, em Macapá, projeto de Ensino Superior.

Prêmios

Os prêmios para os projetos da categoria ouro, são troféu; notebook para o idealizador; projeto multimídia portátil, para os componentes da equipe; e viagem, com todas as despesas pagas, para participação no Congresso Internacional de Educação Bett Educar, que acontece no período de 10 a 13 de maio, em que ocorre solenidade da premiação nacional.

Os premiados na categoria prata, recebem troféu pelo desempenho.

Coordenação

O Programa de Educação Empreendedora é coordenado pela gerente da Unidade de Educação Empreendedora do Sebrae no Amapá (UEE), Denise Nunes e pelas gestoras de educação empreendedora, Marília Correia e Cristiane Brito.

A segunda edição do Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora ocorreu na Sede do Sebrae, no Salão de Eventos Macapá, na última sexta (11), às 8h e contou com a presença do presidente do Sistema Faeap/Senar/Sindicatos Rurais e do CDE, Iraçu Colares; diretora técnica do Sebrae no Amapá, Marciane Santo; Instrutor no Programa de Educação Empreendedora do Sebrae no Amapá, Elielson Borges; Instrutora no Programa de Educação Empreendedora do Sebrae no Amapá, Simoni Ferreira; Instrutor no Programa de Educação Empreendedora do Sebrae no Amapá, Biranilson dos Santos Palmeira; Pedagoga e analista do Sebrae no Amapá, Lindeti Góes.

Serviço:

Texto: Louise Dias
Unidade de Marketing e Comunicação do Sebrae/AP
Contato: (96) 3312-2832
Central de Relacionamento: 0800 570 0800

Inscrições no Sisu 2022 começam hoje: instituições federais de ensino do Amapá ofertam 1.268 vagas em 50 cursos de graduação

Instituições federais oferecem vagas em cursos técnicos e de ensino superior — Foto: Reprodução

Por Laura Machado

A Universidade Federal (Unifap) e o Instituto Federal do Amapá (Ifap) adeririam ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação (MEC), e vão ofertar, ao todo, 1.268 vagas para 50 cursos de graduação para o 1º semestre de 2022. Veja os cursos disponíveis nas unidades no final da reportagem.

O Sisu usa para definição dos aprovados a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A adesão das duas instituições foi confirmada pelo Portal Nacional de Educação (PNE).

São 778 vagas em 35 cursos de ensino superior abertas pela Unifap e 490 vagas em 15 cursos de nível técnico e superior disponibilzadas pelo Ifap.

Além das vagas para ampla concorrência, todos os cursos terão vagas reservadas para candidatos com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo, pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência, de acordo com a Lei nº 12.711/2012.

As inscrições via Sisu iniciam em 15 de fevereiro e seguem até o dia 18 do mesmo mês. Confira o calendário completo:

22/02 – Resultado da chamada regular;
23/02 a 08/03 – Matrícula da chamada regular;
22/02 a 08/03 – Manifestação da lista de espera;
A partir de 10/03 – Convocação da lista de espera.
Veja os cursos ofertados nas unidades:

Inicialmente, Unifap não havia aderido ao sistema. A universidade oferta ao todo 778 vagas em 35 cursos — Foto: Laura Machado/g1

Universidade Federal do Amapá (Unifap)

Campus Macapá

Administração: 25 vagas (noturno)
Arquitetura e Urbanismo: 25 vagas (vespertino)
Artes Visuais: 25 vagas (noturno)
Ciência da Computação: 25 vagas (vespertino)
Ciências Ambientais: 25 vagas (vespertino)
Bacharelado em Ciências Biológicas: 12 vagas (integral)
Licenciatura em Ciências Biológicas: 12 vagas (integral)
Ciências Sociais: 15 vagas (vespertino)
Direito: 25 vagas (noturno)
Educação Física: 25 vagas (matutino)
Enfermagem: 25 vagas (integral)
Engenharia Civil: 25 vagas (noturno)
Engenharia Elétrica: 25 vagas (matutino)
Farmácia: 25 vagas (integral)
Filosofia: 25 vagas (noturno)
Física: 25 vagas (vespertino)
Fisioterapia: 25 vagas (integral)
Licenciatura em Geografia: 17 vagas (noturno)
Bacharelado em Geografia: 17 vagas (vespertino)
Licenciatura em História: 20 vagas (vespertino)
Bacharelado em História: 20 vagas (noturno)
Jornalismo: 25 vagas (noturno)
Licenciatura em Letras/Libras/Português: 15 vagas (matutino)
Licenciatura em Letras/Português e Francês: 15 vagas (matutino)
Licenciatura em Letras/Português e Inglês: 15 vagas (noturno)
Matemática: 25 vagas (vespertino)
Medicina: 30 vagas (integral)
Química: 25 vagas (vespertino)
Relações Internacionais: 25 vagas (vespertino)
Secretariado: 25 vagas (vespertino)
Sociologia: 15 vagas (noturno)
Teatro: 25 vagas (matutino)
Campus Santana

Licenciatura em Letras/Português: 25 vagas (noturno)
Pedagogia: 25 vagas (noturno)

Campus Macapá do Instituto Federal do Amapá (Ifap) — Foto: Carlos Alberto Jr/g1

Instituto Federal do Amapá (Ifap)

Campus Macapá

Técnico em Alimentos: 40 vagas (noturno)
Engenharia Civil: 30 vagas (noturno)
Física: 30 vagas (matutino)
Licenciatura em Informática: 30 vagas (matutino)
Letras/Português e Inglês: 30 vagas (vespertino)
Matemática: 30 vagas (matutino)
Técnico em Mineração: 30 vagas (matutino)
Química: 30 vagas (matutino)
Técnico em Redes de Computadores: 30 vagas (noturno)
Campus Santana

Técnico em Comércio Exterior: 40 vagas (noturno)
Gestão de Recursos Humanos: 40 vagas (noturno)
Campus Laranjal do Jari

Administração: 40 vagas (noturno)
Engenharia Florestal: 40 vagas (vespertino)
Campus Porto Grande

Engenharia Agronômica: 30 vagas (integral)
Medicina Veterinária: 30 vagas (integral)

Fonte: G1 Amapá.

Inscrições para o processo seletivo do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical da Unifap vão até hoje, 15

O Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO) da Universidade da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), em convênio com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amapá), Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA); e Conservação Internacional do Brasil (CI-Brasil), publicou EDITAL de seleção para o curso de mestrado e formação de turma para o primeiro semestre de 2022.

As inscrições para o processo seletivo deverão ser realizadas entre os dias 11 e 15 de fevereiro de 2022 (horário de Brasília, DF), por meio do e-mail [email protected]  Serão disponibilizadas dez vagas. Os interessados deverão preencher o formulário único de inscrição e anexar os documentos requeridos até a data limite.

O Programa tem como área de concentração a Biodiversidade, dividida em três linhas de pesquisas: Caracterização da Biodiversidade, Gestão e Conservação da Biodiversidade e Uso Sustentável da Biodiversidade. O resultado do certame deve ser publicado até o dia 21 de março e o início das atividades letivas previstas para 4 de abril.

Informações gerais sobre o Programa de Mestrado do PPGBIO podem ser obtidas através do site http://ppgbio.unifap.br/ ou na coordenação (tel. +55 96 3312-1757, e-mail: [email protected]). Em relação ao processo seletivo, as informações estão disponíveis no endereço eletrônico https://ppgbio.unifap.br/?page_id=261

Jacqueline Araújo
Assessoria Especial da Reitoria – Assesp/Unifap
(96) 98138-9124

DO SONHO DA NOITE FUTURA: artistas locais realizam pré-estreia de filme e música nesta terça (15), em Macapá

A pré-estreia do filme amapaense independente Do Sonho da Noite Futura é nesta terça, 15.

De ambiência fantástica e simpática à política anarquista, o filme traz desde trechos das manifestações populares durante o apagão no estado, homenagem às artistas Nina Barreto Nakanishi e Irê Peixe, atuantes no Amapá entre os anos 40 aos anos 2000; memórias do Hotel Mercúrio no centro da cidade e uma rua Cândido Mendes antiga, assim como a denúncia do ecocídio na Amazônia promovido pela corrupção; mas também traz poesia.

Com influência do cinema de Mário Peixoto e Godard, “a linguagem de montagem da obra dialoga com a dinâmica de uma videoarte, é híbrida; também é um gesto político no campo simbólico”, aponta a diretora e roteirista Jenifer Nunes, também conhecida pelo pseudônimo artístico de JJ Noones.

O filme envolve o lançamento de uma parceria musical entre a artista e o compositor amapaense Bê Duarte. Residindo na cidade de São Paulo, o músico, que se grava sozinho em estúdio caseiro, convidou a artista pra participar cantando, que por sua vez teve a ideia de criar o videoarte e convidar mais talentos pra somar.

Assim juntou-se o fotógrafo Lincoln Leão, a artista visual Laura Martins/Flora Ghost que é protagonista e animadora do curta (e estrelou o curta amapaense Ausência, em 2021); e o performer e artista visual Kazuo Yoshidome/Abismomento. O que começou como videoclipe tomou outra complexidade e rumo, durando um ano de realização, sem apoio cultural, de forma independente – “por muita disciplina minha, do Lincoln e de todes”, diz a diretora.

O evento é gratuito e aberto ao público, porém com limite curto de lotação. A programação contará com discotecagem e videotecagem, além da intervenção poética do @enpretiadu_ e intervenção de arte e tecnologia com o videomapping do @kuialab.Após o evento, serão disponibilizados pra stream gratuito na quinta (17) a música, e na sexta (18) o filme, pelos canais do Youtube e Spotify dos músicos.

Serviço:

O QUE? Pré-estreia do filme Do Sonho da Noite Futura
QUANDO? 15 de fevereiro, às 19h30
QUANTO? Gratuito. Apresentação de carteira com 3° dose.
ONDE? DAVUK Rock Bar, rua Hamilton Silva 2352 – Trem

Assessoria de comunicação

Natura Musical e Ói Nóiz Akí apresentam DEUS(A) o primeiro álbum e novo videoclipe da Mc Deeh

Nesta terça-feira (15), chega às plataformas de streaming o primeiro álbum da MC Deeh. As oito faixas acompanhadas de videoclipe da música que dá título ao trabalho, fazem parte da Pororoca Sound com produção da Ói Nóiz Akí e patrocínio do programa Natura Musical.

Empoderada e seguindo a trajetória de sucesso no rap amapaense, a MC Deeh entrega um combo super especial com oito faixas abordando temáticas do protagonismo negro e a voz da juventude que através da arte discute a exclusão social, a sexualização do corpo feminino e o lugar da mulher negra na sociedade frente ao desmando do racismo e do patriarcado instituído.

Cria das periferias de Macapá, MC Deeh começou sua trajetória desde cedo no Movimento Hip Hop. É Bgirl e dançou por anos no grupo de breakdance F.A Flavor. Através do hip hop, e como mulher negra, milita na cena cultural. Deeh é também empreendedora, artesã, trancista e faz parte do seleto grupo de artistas da Pororoca Sound, incubadora para aceleração de carreiras musicais.

No projeto, a ancestralidade e o rap produzido pela mulher negra honram o fardo carregado desde as origens até a superação da artista nascida na perifa, e que agora trilha novos caminhos rumo à projeção nacional. O álbum já nasceu grandioso, as participações especiais de Caçula Bem de Rua – na faixa “Antepassados”, Hanna Paulino – em “DEUS(A)”, e Pretogonista – em “Quero Curtir”, criaram altas expectativas nos seguidores que aguardam esse momento. A ficha técnica é fortalecida por uma banca de primeira linha da música independente local, com a produção de Dropanda e Malária, Mavambo na captação de voz, NOISPURNOISrec e Garrote na Mix&Master.

“O convite para participar da Pororoca Sound e a aprovação pela Natura Musical em 2020 trouxeram impactos positivos na minha carreira artística. A produção ganhou força no ano seguinte, um dos momentos mais desafiadores, pois tive que me desdobrar enquanto artista e mãe. Ainda com bebê de colo, intensifiquei os trabalhos, inclusive cheguei a escrever algumas letras com minha filha nos braços”, relembra a MC Deeh. E complementa, “Durante as gravações no estúdio, as pausas para a amamentação eram sagradas. Tive que alternar, ora para atender à vocação de mãe, ora para voltar ao chamado da MC, assimilando a dupla função durante a pandemia da Nova Covid-19 que ainda persiste. Contudo, estou muito feliz pelo resultado da nossa produção e espero que o público abrace o nosso trabalho, porque nele tem muito suor, mas também há muito amor envolvido. Está lindo, fiz de coração, entreguei o meu melhor.”

No lançamento, MC Deeh inclui o seu novo videoclipe. Intitulado “DEEU$A”, com roteiro de Jami Gurjão e direção de Diego Bucchiery, o clipe ressalta a faixa título do álbum no feat. que promove a junção de vozes do rap e do rock da melhor qualidade produzidos pelas duas mulheres que são destaques no Amapá, MC Deeh e Hanna Paulino.

“O conceito visual sustenta-se na estética do hip hop brasileiro e street aliados ao glam, atravessados por elementos amazônicos a partir de códigos próprios e expressados na presença emblemática das yalodês encarnadas pela MC Deeh e Hanna Paulino. Ambas são essenciais, personificam a Resistência e se completam na música”, argumenta, Jami Gurjão.

“A vontade de estar fazendo um trampo musical com a MC Deeh já vinha sendo nutrida há tempos, mas nunca pensei que seria numa canção tão incrível e empoderada! A Deeh é uma grande artista e movimentadora da cena trap/funk/rap nortista feminina, me ver ao lado dela e podendo mostrar e somar minha essência rock n’roll a esse trabalho é algo extremamente gratificante e representativo pra mim! Reunimos nossas formas e artes em uma música carregada de poder preto feminino, tenho certeza que irá impactar muitas manas Brasil a fora!”, é o que nos revela Hanna Paulino sobre a parceria.

“Colhemos até aqui o fruto da evolução musical da artista MC Deeh que nos inspira na luta diária para garantirmos o espaço da produção musical nortista. Esse novo álbum da safra de lançamentos junto à Natura Musical nos dá provas que não estamos tão isolados ou fechados em nossa geografia amazônica, muito pelo contrário, estamos aqui para transgredir fronteiras e quebrar os padrões ao incentivar a música popular brasileira periférica que não é tão nova assim, apenas foi marginalizada por muito tempo”, resume Claudio Silva, Produtor da Ói Nóiz Akí – Pororoca Sound.

“Natura Musical sempre acreditou na força da música para mobilizar as pessoas. Para refletir esse propósito e dar espaço à diferentes vozes, a plataforma apoia artistas, bandas e projetos de fomento à cena capazes de amplificar debates como a diversidade, a sustentabilidade e o impacto positivo na sociedade”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.

Pororoca Sound foi selecionado pelo programa Natura Musical, através do Edital 2020, ao lado de nomes como Linn da Quebrada, Bia Ferreira, Juçara Marçal, Kunumi MC, Rico Dalasam. Ao longo de 16 anos, Natura Musical já ofereceu recursos para mais de 140 projetos no âmbito nacional, como Lia de Itamaracá, Mariana Aydar, Jards Macalé e Elza Soares. Saiba mais através das redes sociais do projeto e no site www.pororocasound.com.br

Sobre Natura Musical

Natura Musical é a plataforma de cultura da marca Natura. Desde seu lançamento, em 2005, o programa investiu cerca de R$ 174,5 milhões no patrocínio de mais de 518 projetos – entre trabalhos de grandes nomes da música brasileira, lançamento e consolidação de novos artistas e projetos de fomento à cenas e impacto social positivo. Os trabalhos artísticos renovam o repertório musical do País e são reconhecidos em listas e premiações nacionais e internacionais. Em 2020, o edital do Natura Musical selecionou 43 projetos em todo o Brasil e promoveu mais de 300 produtos e experiências musicais, entre lançamentos de álbuns, clipes, festivais digitais, oficinas e conferências. Em São Paulo, a Casa Natura Musical se tornou uma vitrine permanente da música brasileira, com uma programação contínua de lives, performances, bate-papos e conteúdos exclusivos, agora digitalmente.

Assessoria de Imprensa | POROROCA SOUND
Contatos: Paulo Rocha: 96 98412-4600 / Claudio Silva: 98114-9655
[email protected]
www.pororocasound.com.br

Assessoria de Imprensa | Natura Musical
Telefone: (11) 96446-0565
Luciana Rabassallo:[email protected]

Prefeitura de Santana reduz horário de atendimento da Unidade Sentinela Covid-19

A Prefeitura de Santana, por meio da Secretaria Municipal de Saúde – SEMSA, informa que a partir desta terça-feira, 15 de fevereiro, o atendimento na Unidade Sentinela Covid-19, passa a ocorrer no horário das 7h às 24h. A medida foi adotada em razão da redução na procura por atendimento em horário estendido.

A Prefeitura de Santana, por meio da Secretaria Municipal de Saúde – SEMSA, informa que a partir desta terça-feira, 15 de fevereiro, o atendimento na Unidade Sentinela Covid-19, passa a ocorrer no horário das 7h às 24h. A medida foi adotada em razão da redução na procura por atendimento em horário estendido.

A Unidade Sentinela funciona há dois anos com atendimento intenso e ininterrupto no enfrentamento ao coronavírus. Com o aumento de casos suspeitos da covid-19 e da síndrome gripal observados nos dois últimos meses, a unidade chegou a realizar mais de 600 atendimentos diários e teve o horário estendido para melhor atender a demanda, mas o cenário apresentou mudanças nas últimas semanas. A Unidade Sentinela vem registrando baixa procura, com menor índice de atendimento no horário entre 0h e 7h e maior número de pessoas atendidas no período diurno.A secretária Municipal de Saúde, Ithiara Madureira, explica que o Município manterá a unidade como a porta de entrada para o atendimento a pacientes com suspeita de covid-19 e síndrome gripal e que o trabalho desempenhado pelos profissionais no combate aos vírus continuará: “Desde o início da pandemia, a Unidade Sentinela presta assistência em saúde aos pacientes com suspeita ou acometidos pela doença. Reduzimos o horário de atendimento novamente, mas não podemos negligenciar, o enfrentamento à covid-19 continua, principalmente com as medidas de prevenção e vacinação”, afirmou.

A Prefeitura de Santana reforça a importância de manter os cuidados contra o vírus, que ainda segue circulando na cidade.

Serviço:

A Unidade Sentinela Covid-19 está localizada na avenida Castelo Branco, esquina com a rua Juscelino Kubitschek, no bairro Paraíso e funcionará no horário das 7h às 24h. O atendimento é exclusivo para pessoas a partir de 14 anos, com suspeitas de covid-19 e síndrome gripal.

Andreza Sanches
Secretaria Municipal de Saúde

Covid-19: confira os pontos de vacinação desta terça-feira (15)

Na terça-feira (15), a Prefeitura de Macapá ofertará o imunizante contra a Covid-19 para crianças, adolescentes e adultos. Todos os públicos poderão iniciar ou dar continuidade ao ciclo de imunização com uma das vacinas disponíveis, que são disponibilizadas diariamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), pontos extras e drive-thru.

Crianças de 5 a 11 anos de idade

O imunizante estará disponível nas UBSs: Fazendinha, Coração, Padre Raul Matte, Leozildo, Pedrinhas, São Pedro, Rosa Moita, Raimundo Hozanan, Cidade Nova, Pacoval, Novo Horizonte, Brasil Novo, Curiaú e BR-210. Estes locais funcionarão das 8h às 12h e das 14h às 18h.

Para receber a primeira dose da vacina é exigido o acompanhamento dos pais ou responsáveis. Se a criança tiver alguma comorbidade é necessário apresentar o laudo que comprove a condição.

Público em geral:
Adolescentes de 12 a 17 anos
Público geral acima dos 18 anos
Pessoas acima de 60 anos
Profissionais de saúde
Imunossuprimidos
Gestantes, puérperas e lactantes imunossuprimidas

Locais:
Drive-thru Praça Floriano Peixoto
Drive-thru Zerão
Drive-thru Curiaú
Amapá Garden Shopping
Macapá Shopping
Villa Nova Shopping
Faculdade Estácio Famap
Faculdade Estácio Seama
Caixa de Assistência dos Advogados – OAB Amapá
Horário de funcionamento: das 9h às 15h.

Doses ofertadas nestes locais:

1ª Dose
Para o público de 12 a 17 anos com Pfizer
Para o público em geral com 18 anos +

2ª Dose
De Pfizer para quem iniciou o ciclo vacinal há 21 dias
De Astrazeneca para quem iniciou o ciclo vacinal há 8 semanas
De CoronaVac para quem está no período de recebimento

3ª Dose
Para público em geral de 18 anos+
Para pessoas imunossuprimidas

4ª Dose
Reforço para pessoas imunossuprimidas
Gestantes, puérperas e lactantes imunossuprimidas

A vacina está disponível em todos os locais e horários que atendem o público adulto. O prazo de intervalo da 3ª para a 4ª dose é de quatro meses.

Reforço Janssen (2ª dose):
Para quem recebeu a 1ª dose da vacina Janssen. A oferta ocorre, exclusivamente, no ponto de drive-thru da praça Floriano Peixoto e no Amapá Garden Shopping.

Documentos:
Para receber o imunizante, é necessário apresentar os originais e cópias de um documento oficial com foto, comprovante de residência, CPF e carteira de vacinação. Para pessoas com comorbidade, é necessário também o laudo que comprove a condição.

O público que receberá a 2ª dose deve apresentar a carteira de vacinação com indicação do recebimento da 1ª dose. Já as pessoas que receberão a 3ª e 4ª dose do imunizante, deverão ter a indicação da 2ª e 3ª dose da vacina, respectivamente.

Ascom PMM

O DESCENDENTE DO CAPITÃO-GENERAL – Conto de Fernando Canto – @fernando__canto

Conto de Fernando Canto

Era uma velha amizade e todos sabiam. Rondava o encantamento até. Eram inconfundivelmente perfeitas no que faziam. Davam a impressão de serem tão ternas que o excesso de abraços poderia derretê-las. Assim eram minha mulher Gianni e sua amiga Elna. As pessoas de nosso círculo de amizade se surpreendiam como se nunca tivessem tido amigos do mesmo sexo. É claro, diziam, é tudo muito bonito, adoro, ele adora, nós adoramos. Admiramos tão vasta e impetuosa amizade. Gozavam de mim, os pulhas. Perguntavam como eu me sentia vendo tudo aquilo. Aquilo o quê? Eu dissimulava. Perguntavam sempre sobre minha adesão ultra modernista às coisas da vida, já que eu, um homem maduro e bem-sucedido engenheiro, possuidor de incontáveis atributos, embora conservador, chegava agora a encarar os fatos como algo normal. As pessoas não cansavam de me atazanar a vida. E eu me fazia de ingênuo. Elas sabiam ou pensavam que sabiam da minha vida e sempre davam asas a minha fama de conquistador, pois as mulheres ainda suspiravam quando eu passava exalando um caro perfume francês. Eu ria por dentro porque sabia da zombaria dos homens por trás de mim e durante muito tempo recolhi o que eles diziam através de suas mulheres nas camas dos motéis. Sim, eu era mau. E daí? Era a única forma que tinha de me vingar deles. E melhor, em silêncio. Meu conceito era ruim, mas eles me toleravam, tinham mesmo que me engolir. Embora me reconhecessem como um dos melhores calculistas da cidade, eu sabia que me desprezavam devido a minha origem humilde. Eles se enclausuravam num mundo de nuvens de algodão como se fossem parte de uma corte principesca. Na realidade, era um clube de elite, fechado e hipócrita. Um bando de hedonistas, de pervertidos, isso sim o que eles eram.

***


Meu casamento com uma mulher da alta me trouxe alguma vantagem profissional, prestígio, grossos contratos de trabalho e sobretudo respeito, o que não me incomodava nem um pouco, porém havia conversas atravessadas de desconfiança e olhares carregados de hipocrisia, de inveja. Ah! A burguesia… Hoje convivendo com ela posso compreendê-la, mesmo não a digerindo bem.

A minha origem, o meu tão ignorado passado, era razão de certa intolerância de convívio. Mas eu dei um golpe neles, pois não bastava mostrar competência. Esse golpe surgiu por acaso, quando descobri num livro de História um tal governador da Província com um sobrenome semelhante ao meu. Fora um herói nas expulsões dos flibusteiros holandeses que andavam na região no início do século XVII. Sei lá se era meu parente, se não era ficou sendo, pois em troca de umas plantas e de alguns metros de pedra e areia, um pesquisador diletante escreveu um lindo artigo sobre o herói e seus feitos nas páginas do jornal de maior circulação da capital. Saiu num Domingo, dia em que os burgueses leem jornais no terraço. A matéria finalizava assim: “O conhecido engenheiro, Dr. F. é o único remanescente e descendente direto do Capitão-General S., fidalgo da Casa Real, Alcaide-mor e Comendador da Ordem de São Tiago, no Estado do P.”

O golpe atingiu o alvo. O joão-ninguém que eu era escondia o jogo, diziam, homem de ascendência nobre, imagine, de família fidalga, um verdadeiro continuador da nobreza no Estado.

A burguesia é de morte. Bastou uma notícia no jornal para que nos dias seguintes eu ser badalado nas colunas sociais e até ser assediado nas festas por dondocas solteironas. Só precisava naquele momento saber administrar o golpe. Então me enfurnei nos livros de História ajudado pelo falso historiador em troca de cimentos e tijolos. Juntos fizemos a árvore genealógica parecer verdadeira, e foi um alívio descobrirmos nos códices do Arquivo Público Estadual uma carta do governador Capitão-General a El-Rei, solicitando sua volta a Portugal por causa das fortes dores nos hipocôndrios em função da má qualidade da água e dos alimentos. Suplicava a compreensão de Sua Majestade, pois servi-la era a grande honra de sua família, da qual, como último herdeiro, precisava tomar seu lugar nas vinhas de Vale D’ Ouro e rogar ao bondoso Deus que assaz lhe desse proteção e vida longa pra conseguir seu intento.

Se ele viveu e teve filhos, nem eu nem o historiador conseguimos saber. Para todos os efeitos seus atos e os de seus descendentes continuavam valendo nos artigos do professor de História, que, nessa altura, pela sua cumplicidade e pela projeção do meu nome, já estava com a casa pronta, só faltavam os azulejos do banheiro.

Durante uns cinco meses o assunto nas rodas dos bares e festas era sobre a história dos antepassados. Chegavam comigo e falavam de seus ancestrais, de nobreza, de como deviam ser bons aqueles tempos na metrópole portuguesa, ou, no mínimo, na corte imperial brasileira. Eu tratava os tempos coloniais como os mais heroicos, de uma época em que se precisava ser macho pra viver, porque cada passo dado era uma luta a ser vencida, etc., etc. … Graças às leituras eu possuía segurança de conhecimento, boa conversa e uma fértil imaginação.

Os intelectuais burgueses, travestidos de socialistas, perguntavam por que eu não escrevia ou romanceava a saga da minha família. Achavam que eu poderia ganhar muito dinheiro se pudesse conseguir recursos para produzir um filme. “Fala com o pessoal da Embrafilme, contrata o Comparato para escrever o roteiro…” Fácil, fácil para eles. Misturavam assuntos históricos com religião, chegavam ao cúmulo de dizer que, de repente, eu poderia ser a reencarnação do Capitão-General ou que fulano já foi um faraó, que beltrana teria sido uma prostituta do bas-fond de Paris no período napoleônico, ou que o famoso cirurgião, Dr. W., era um médium competente e apregoava ter sido discípulo de um druida na Escócia em tempos imemoriais. Eu engoli mil bobagens e escutei milhões de asneiras, não obstante concordasse parcialmente com quase tudo. Aliás, só tinha de concordar com aquelas futilidades, pois queria mesmo levar meus interesses à frente.

***

No balcão de um bar conheci Gianni, que já me conhecia de nome e respeitava a minha famosa “nobreza”. Com ela aprendi que só um Bloody Mary bem dosado dá a arrancada para uma noite de prazer inesquecível. A pimenta-do-reino estimula o amor, ela dizia, desce pela garganta em fogo brando para arder a brasa que temos dentro de nós. Falava assim, a boêmia. Em tudo, dos gestos artificiais ao linguajar ultrapassado, não obstante sempre segura de seus conceitos, percebia-se nela uma angústia que aflorava, uma revolta contra os valores vazios de seu meio e uma dor de latejar os lábios quando falava. A insurreta Gianni não lamentava a vida, combatia o imobilismo da sociedade, o ócio, os preconceitos e as vicissitudes suspeitas dos que lhe cercavam. Combatia a tudo… Só com palavras, coitada. A ricaça fraquejava e desmoronava depois do discurso inflamado. Era uma gladiadora no seus sonhos efêmeros. Pediu ajuda a mim. Eu dei. Não sei bem o que houve, mas aprendi a amar aquele drink, tanto que convenci Gianni a ficar comigo. Não houve nenhum início de resistência e nossa relação foi se fortalecendo dia a dia, drink a drink. O que é que eu podia esperar de uma mulher descasada, mal-amada e com um passado cheio de mágoas e com uma rede de relações fragmentadas àquela altura?

***

Na pior das conjecturas, para mim, Elna seria aquele protótipo de amiga chata, pré-fabricada na adversidade, daquelas inconvenientes, mantenedoras de estímulos nada razoáveis a quaisquer problemas emocionais. E Gianni me falava tanto dela que, confesso, cheguei a ter ciúmes. “Outra balzaquiana desocupada” eu pensara, mas não falei. “Sem ter o que fazer procura ajudar a amiga e não ajuda porra nenhuma. Ainda bem que te conheci quando ela estava fazendo mestrado em Artes na Alemanha”. Cartas e postais de prédios antigos iluminavam o rosto de minha mulher. Elna achou o máximo termos casado. Uma vez ouvi o trecho: “Ah, querida, pegar um homem maduro é como fisgar um peixe arisco. Nossos machões estão cada vez mais decadentes. Eu te parabenizo, Gianni, a América do sul está prestes a cair sob nossos pés. Serão quinhentos anos que se romperão ao redor único das mãos da mulher. Em pouco tempo conhecerei teu marido, teu nobre tupiniquim colorido de penas de arara”. Esse dia chegou. Fui amargar minha primeira e real solidão tomando Campari com soda no bar da esquina. Perdi a mulher, achei.

Não. Em casa as duas estavam nuas na cama me esperando. Nenhuma palavra. Ray Conniff tocava na vitrola. Ray Conniff, ora essa, o som de fundo da suruba. Uma bacanal com a própria mulher e a amiga. Tudo bem, as doses não me afetaram no desempenho. Aceitei, claro que sim, era uma fantasia rara de se realizar e o prazer não mede a dimensão do sentimento nessas horas. O que mais valeu, no entanto, foi ter experimentado, pela primeira vez, toda a passividade que jamais pensei que um dia teria. Valeu pelos gozos múltiplos e infernais. Técnicas da milenar Germânia transculturadas pelo corpo e pelas mãos de uma pseudo-viking interessada em guerrear com os machões do Novo Mundo. Perdi a guerra. As Amazonas venceram e queimaram os despojos do vencido. Que seus deuses sejam louvados no quadrilátero da cama!

***

Ai, estas dores nas costas! A cama de ferro arqueada e no fundo a concavidade de dois corpos nus. Um de leite, outro de bronze, dormem, inertes, sem dar a mínima para a luz penetrando na janela. Tropeço em latas de cerveja, faço a barba com o mesmo aparelho que depilou as púbis devoradoras daquelas mulheres sanguinárias. Sigo para a obra com a consciência ardendo por ter derrubado um edifício de conceitos. Um erro de cálculo. Eu jamais havia errado na minha profissão, mas ali naquele cenário…

Errei dia após dia. Implodi fortificações coloniais construídas pelos meus nobres antepassados, sólidas igrejas e prédios de concreto e ferro. Nem calculava mais meus erros. Maculei minha profissão num ímpeto dilacerante. A integral esfacelou-se no meio do enunciado. Fiz besteira? Não. Elna, a do capacete bárbaro, e Gianni, a uiara devoradora, se movem em sôfregos rituais quando eu, o totem, o ídolo antropomorfo prostra-se no campo de batalha.

***

Ligar para esses pulhas do Society eu não ligo. Podem insinuar, tentar puxar conversa que de mim não arrancam nada. Temos, nós três, um segredo eivado de detalhes que só nós sabemos. Eu sei que é trivial, é prática constante uma transa dessas para eles. Só que ao meio da nossa, permeia uma contenda na qual as mulheres sempre vencem. Eu só perco porque não sei mais calcular. Não tenho e nem quero dados, só resultados. Isso me basta.

Resenha/relato sobre o livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo” – Por Luiz Jorge Ferreira (escritor premiado em vários concursos literários de contos e poesia no Brasil e no exterior)

“Eu, Luiz Jorge, em um intervalo para o café da manhã e lendo o livro de Crônicas do amigo Elton Tavares. Um cara phera que ainda alavanca outros desse lugar Mágico chamado AmapáCoariMacapá…viajei” – Foto enviada pelo escritor.

Um amigo querido, Luiz Jorge Ferreira (poeta, contista e escritor premiado no Brasil e no exterior), me apresentado pelo também considerado Fernando Canto, fez uma resenha/relato sobre o livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”. Fiquei feliz pelo elogio e reconhecimento de um cara porreta e figuraça da Literatura nacional. Leiam:

Mestre, já te disse várias vezes que tu és o escriturário da memória destes tempos e que não são fáceis nem equilibrados, vide a governança.  Li e reli com atenção e presteza teu livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, que contou com o prefácio do Fernando Canto, capa e ilustrações do Ronaldo Rony e diagramação do Andrew Punk. Os dois últimos que não conhecia, mas já conheço.


O livro trás crônicas que são retratos falados do que rolou na cidade, entre os fatos de Shows, criaturas impares da vida noturna desta Macapá representando um pequeno Universo, e a observação do escritor Elton Tavares, o De Rocha.

As crônicas datam e registram acontecimentos que se procedem para o leitor como se ele estivesse lá curtindo, aplaudindo, se emocionando e participando desse faço e fiz, que a leitura leva. Muitos dos personagens desta miscelânea de vidas passadas, presentes, eu os conheci, o que me fez refletir sobre tudo sob dois prismas: admiração pela tarefa realizada, trazendo momentos para que possamos tê-los de novo efetuando a leitura de cada página do livro.

E a saudade…Como dizia o poeta…Citação do Elton, “haja hoje, para tanto ontem”.

Luiz Jorge Ferreira, após ler livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”. 

Mais sobre o Luiz Jorge

Médico paraense e que passou a infância e parte da juventude no Amapá, Luiz Jorge Ferreira reside e trabalha há décadas em São Paulo. Ele é um dos membros fundadores da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES). Autor dos livros “Cão Vadio”, “Berro Verde”, “Beco das Araras”, “Thybum” e “O Avesso do Espantalho”, participou em coletâneas da União Brasileira de Escritores – UBE (PA), da qual também é membro. Já letrou música pra compositores de MPB e Música Regional de Raiz. Milton Batista, Edinaldo Lobato, Alfredo Reis, José Serra e Fernando Canto são alguns dos seus parceiros (fonte Rumo Editorial).

Como já dito/escrito, o cara é um escritor premiado em vários concursos literários de contos e poesia no Brasil e no exterior. E vocês acreditam que um figura com esse currículo me manda mensagens e diz: “mestre, segue um conto (ou poema). Veja se gosta”? Porra! Sempre adoro, pois é cheio de memória afetiva, poesia nostálgica, contos cinematográficos. A cabeça do homem é uma usina de coisas legais passadas pelas palavras.

Gratidão, Luiz! (Elton Tavares).

NOTA DE ESCLARECIMENTO: Consignados PMM

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) esclarece que NÃO É VERDADEIRO o documento que está circulando em redes sociais sobre apuração de “possível crime de PECULATO”, praticado pelo ex-gestor da Prefeitura de Macapá, Clécio Vieira, relacionado a empréstimos consignados dos servidores municipais.

Sobre Fake News – notícias falsas, sobre qualquer assunto, o Ministério Público do Amapá tem posição firme em combater e alertar a sociedade para que não compartilhe.

As notícias relacionadas ao MP-AP são todas divulgadas, com responsabilidade e transparência, no Portal oficial da instituição.

Randolfe pede convocação de diretor do DNIT por solução para situação de rodovias no Amapá

O senador Randolfe Rodrigues (REDE) está cobrando informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) sobre a real situação das obras da BR-156 e também pedindo providências urgentes sobre a situação da BR-210.

Na sexta-feira (11), o parlamentar protocolou requerimento de convocação do Sr. Antônio Leite dos Santos Filho, Diretor-Geral do DNIT, para comparecer às comissões de Desenvolvimento Regional (CDR) e de Transparência (CTFC) do Senado.

Segundo Randolfe, os problemas que se arrastam há décadas nessas rodovias, principalmente em época de chuva, compromete o acesso aos municípios e causa prejuízos enormes a seus moradores, a produtores rurais, comerciantes e comunidades indígenas.

“Esperamos do governo respostas emergenciais e ao mesmo tempo soluções permanentes para esse que é um problema que causa tantos transtornos aos amapaenses”, disse o senador.

Texto: Júlio Miragaia
Foto: arquivo/Senado

Poesia de agora: Em direção às Origens – Maria Ester

Em direção às Origens

Viver a Vida da melhor forma:
Não seja escroto com as pessoas.
Não seja escravo delas e
nem do pensar alheio .
Todo dia se surpreenda …
Tudo é lembrança.

Viva da melhor forma possível :
Criar
Se criar
(Re)criar
Experimentar
Se Experimentar
Crescer
Correr riscos…

Consciência
(Cor)agem
Conhecimento

Inspiração
Reflexões
Ações

Se divertir
Ser livre
Evoluir

Se surpreender consigo
Construir
(Re)construir
Desconstruir

Caminhar, caminhantes.

E, logo, se apressar em
sentir
Pensar
Perceber
amar!

Já dizia o Mestre: Eu não estou indo em direção ao Fim, estou indo em direção às Origens!”

Maria Ester