Central do Cadastro Único amplia atendimento e serviços podem ser feitos por telefone

Na terça-feira (15), os serviços de cadastro, recadastro, atualização e inclusão no Cadastro Único (CadÚnico) poderão ser feitos em Macapá e distritos pelo telefone (96) 3198-4700. Demais atendimentos para exclusão, troca de responsável familiar (RF) e transferência devem ser realizados, somente de forma presencial, na Casa do Bolsa ou Centros de Referência de Assistência Social (Cras) da capital.

Com a ampliação do atendimento, a prioridade de acolhimento na Casa do Bolsa será para os munícipes que chegam dos interiores de Macapá.

De acordo com a secretária municipal de Assistência Social, Patrícia Ferraz, a expectativa com a nova modalidade é que haja a redução significativa de filas nos pontos.

“O atendimento via telefone é mais rápido. Não tem necessidade do responsável familiar se deslocar até um ponto de assistência. Isso irá otimizar o trabalho e garantir que a família seja atendida da melhor forma sem precisar sair de casa, principalmente em vista desta nova onda da Covid-19 que enfrentamos na cidade”, explica a gestora.

Suporte remoto

O responsável deve estar com todos os documentos pessoais e dos familiares em mãos: RG, CPF, comprovante de residência, título de eleitor e carteira de trabalho. Para as crianças são exigidos o RG, CPF e certidão de nascimento.

Locais para atendimento presencial, das 8h às 14h:

Central do Cadastro Único – Casa do Bolsa

Endereço: Rua Leopoldo Machado, nº2834. Bairro do Trem.

Cras Felicidade

Endereço: Avenida Coaracy Nunes, nº 903. Entre as ruas Jovino Dinoá e Odilardo Silva.

Cras Esperança

Endereço: Avenida Almirante Barroso, nº2536. Bairro Santa Rita

Cras Igualdade

Endereço: Avenida Ranolfo de Souza Gato, s/n – Marabaixo III.

Cras Alegria

Endereço: Rua Exército da Redenção S/N. Dentro do Complexo Macapá Criança. Bairro Pedrinhas (em frente ao terminal de ônibus das Pedrinhas).

Cras Simpatia

Endereço: Avenida Joaquim Procópio de Oliveira, nº1495, rua 02. Bairro Murici/Distrito da Fazendinha (atrás da arena do Murici)

Cras Amor

Endereço: Rua Rio Grande do Norte com passagem rio grande do norte. Bairro São Lázaro. Próximo a escola Deuzolina Farias Sales. (Prédio Colorido)

Cras União

Endereço: Rua Ana Nery, S/N (antiga feira da Ana Nery). Bairro Perpétuo Socorro.

Vithória Barreto
Secretaria Municipal de Assistência Social

Horto Municipal será transformado em praça urbana pela Prefeitura de Macapá

A Prefeitura de Macapá planeja transformar o Horto Municipal, localizado no bairro Jardim Felicidade I, em uma praça pública, com algumas atrações semelhantes às que existem no Bioparque da Amazônia, como trilhas, espaço sensorial e orquidário. O processo está em fase de levantamento topográfico.

A reforma será executada pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura Urbana (Semob). A meta é revitalizar o espaço, dando um novo uso a ele. O planejamento foi feito pelo subsecretário municipal de obras públicas, Ivy Vasconcelos, e o projeto está orçado em pouco mais de R$ 5 milhões.

“Queremos transformar o local em um ambiente parecido com o Bioparque. A intenção é que o espaço passe a ter visitação, para que os munícipes tenham acesso a um parque urbano na zona norte, ou seja, aberto, conservado e valorizado. Também contamos com o público que frequentará esse jardim para cuidar dele”, explica Vasconcelos.

Horto Municipal

É administrado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Postura Urbana (Semam). O órgão é responsável pela produção de mudas ornamentais, arbóreas e medicinais, segundo a diretora do local, Lana Couto.

“A maioria dessas mudas e plantas são utilizadas no paisagismo e arborização da capital. Temos quatro divisões: a do Horto, de Arborização, de Paisagismo e de Educação Ambiental. Respectivamente, essas divisões têm como função multiplicar as plantas e mudas, enfeitar os canteiros, rotatórias e outros locais públicos e conscientizar a população sobre cuidados com as plantas e poluição e conservação do meio ambiente”, destaca.

Além de ser um espaço de integração com a natureza, o Horto Municipal faz doação de mudas e recebe visitas de estudantes. Os interessados em mudas devem solicitar à Semam a finalidade e a quantidade.

Quanto às visitas escolares, os alunos podem interagir com os vegetais e aprender todo o processo de cultivo até o repasse às praças da capital. O horto funciona das 8 às 14h e fica na Avenida Sebastião Queiroz Alcântara, no bairro Jardim Felicidade, zona norte de Macapá.

Serviço:

Texto: Bruno Monteiro
Foto: Arquivo/PMM
Secretaria Municipal de Meio Ambiente

PROJETO REVIVER oferece acompanhamento para pacientes diagnosticados com Parkinson e Alzheimer

Arte Projeto Reviver (Foto: Reprodução Instagram @projetoreviverunifap)

O Parkinson e o Alzheimer são duas doenças degenerativas, com diagnóstico em pessoas acima dos 60 anos. Os portadores dessa doença necessitam de uma atenção especializada e multiprofissional. Sem nenhum tipo de centro especializado para atender esses pacientes no Estado, duas professoras da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) desenvolveram o “Projeto de Extensão Reviver”, que se tornou uma ferramenta de transformação social na vida dos pacientes e de seus familiares.

Em 2016, a enfermeira e docente do curso de medicina na UNIFAP, Viviane Cardoso e docente do Curso de Farmácia da UNIFAP e coordenadora do Laboratório de Química Farmacêutica e Medicinal (Pharmedchem), Dra Lorane Hage Melim, iniciaram o Projeto REVIVER. A ação contou com a parceria de professores de outras áreas da saúde para planejamento e desenvolvimento. Em 2017, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética e após sua liberação, em 2018, teve início os primeiros atendimentos do projeto.

Doutora Viviane (Foto: Hevila Alves)

Parkinson e Alzheimer

A doença de Parkinson (DP) se desenvolve a partir da degeneração dos neurônios que produzem dopamina – responsável pelo controle dos movimentos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, estima-se que cerca de 1% da população mundial, com mais de 60 anos, tenha desenvolvido Parkinson.

O Alzheimer é um distúrbio cerebral irreversível e progressivo que afeta a memória e as habilidades de pensamento, em alguns casos, a capacidade de realizar as tarefas consideradas simples do cotidiano. É o tipo de demência mais comum entre os brasileiros, enquanto em todo o mundo, ao menos 44 milhões de pessoas vivem com demência, tornando a doença uma crise global de saúde que deve ser resolvida.

Viviane Cardoso explica que o projeto nasceu a partir da ausência de apoio aos diagnosticados, ou seja, a falta de incentivo público/privado para esse acompanhamento: “Se você me perguntar assim ‘quantas pessoas existem com Parkinson e Alzheimer no Amapá?’ A gente não consegue esse dado porque não é uma doença que tenha notificação. Nós temos estimativas em cima de cálculos, mas nós não temos um número exato, e percebemos que as pessoas têm essa necessidade”, relata a docente.

A equipe do projeto é totalmente voluntária, com membros da UNIFAP ou de outras instituições. O atendimento multiprofissional ocorre nas áreas de Farmácia, Medicina, Fisioterapia, Educação Física, Enfermagem, Nutrição, Psicologia, Terapia Ocupacional, Serviço Social, Direito e Ciência da Computação, com participação de mais de 50 pacientes e seus respectivos cuidadores. A ação oferece qualidade de vida dos portadores da doença de Parkinson e Alzheimer, e seus cuidadores e/ou familiares.

Evandro Pinheiro, paciente do projeto (Foto: Hevila Alves)

Diagnóstico

Os primeiros sinais dessas doenças podem ser percebidos pelo próprio paciente. Costuma ser um choque para o portador da doença e sua família. O jornalista aposentado, Evandro Pinheiro, recebe ajuda do Projeto e fala dos benefícios: “Foi uma porta que se abriu na questão da socialização, da depressão. Quando recebemos o diagnóstico é um baque muito grande. Você sabe que tem, mas não quer receber, porém, percebe que é muito bom agir, buscar sua melhora, e ter uma vida normal”, afirma o participante.

As relações e o cuidado estabelecido entre os profissionais da saúde e os pacientes traz esperança e os encoraja para não desistir, dando-lhes a chance de se ressocializar. Além disso, os cuidadores e os familiares também podem compreender melhor a doença e a lidarem de forma mais branda com as dificuldades pelo caminho.

A atenção disponibilizada pelo projeto às pessoas portadoras de Alzheiner e Parkinson muda a perspectiva de quem sofre com as consequências degenerativas dessas doenças, principalmente os idosos que são o público mais acometido.

“Quando chegamos aqui nós vemos a alegria de se reunir no projeto que vai muito além de ajudar na doença. Ele ressocializa, eu tinha vergonha de sair, ir ao shopping, hoje eu dirijo, a autoconfiança foi criada em mim. Não vou para longas distâncias, mas faço as pequenas coisas” relata o jornalista.

No Brasil, o Ministério da Saúde calcula que mais de 200 mil pessoas sejam portadoras da doença e esse índice pode crescer. A expectativa de vida subiu, atrelada diretamente ao envelhecimento da população.

Como participar do REVIVER

Para ser atendido pelo projeto, é necessário fazer cadastro, como explica Viviane: “A entrada dos nossos pacientes não ocorre em livre demanda. Porque as nossas áreas trabalham com protocolos de acompanhamento a esses pacientes. A turma entra e segue o protocolo para avaliar como estão esses pacientes, se evoluíram, se os sintomas melhoraram. Essa chamada ocorre no início do semestre, são duas entradas por ano”.

Por conta da pandemia a seleção e atendimentos foram suspensos. “Paramos os atendimentos e ficamos só com os pacientes que já eram do projeto, nós temos hoje alguns pacientes que já procuraram o projeto, estão na lista de espera aguardando a chamada”.

O projeto não possui espaço próprio. Atualmente o projeto realiza os atendimentos com os pacientes nos blocos de saúde da Universidade, e negocia com a Reitoria um espaço para o Reviver, nas normas de biossegurança. As pessoas assistidas pela iniciativa conseguem ressignificar suas vidas aprendendo a lidar com os diagnósticos de Alzheimer e Parkinson de maneira mais saudável, recebendo atendimentos que auxiliam na manutenção da saúde física e mental dessa população.

Colaboração de texto: Hevila Alves, Lorena Lima e Mônica Costa (Alunas da disciplina Redação e Reportagem 2, sob orientação do Professor Paulo Giraldi para o Projeto de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2022)

Covid-19: confira os pontos de vacinação desta segunda-feira (14)

Na segunda-feira (14), a Prefeitura de Macapá ofertará o imunizante contra a Covid-19 para crianças, adolescentes e adultos. Todos os públicos poderão iniciar ou dar continuidade ao ciclo de imunização com uma das vacinas disponíveis, que são disponibilizadas diariamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), pontos extras e de drive-thru.

Crianças de 5 a 11 anos de idade

O imunizante estará disponível nas UBSs: Fazendinha, Coração, Padre Raul Matte, Leozildo, Pedrinhas, São Pedro, Rosa Moita, Raimundo Hozanan, Cidade Nova, Pacoval, Novo Horizonte, Brasil Novo, Curiaú e BR-210. Estes locais funcionarão das 8h às 12h e das 14h às 18h.

Para receber a primeira dose da vacina é exigido o acompanhamento dos pais ou responsáveis. Se a criança tiver alguma comorbidade é necessário apresentar o laudo que comprove a condição.

Público em geral:

Adolescentes de 12 a 17 anos

Público geral acima dos 18 anos

Pessoas acima de 60 anos

Profissionais de saúde

Imunossuprimidos

Gestantes, puérperas e lactantes imunossuprimidas

Locais:

Drive-thru Praça Floriano Peixoto

Drive-thru Zerão

Drive-thru Curiaú

Amapá Garden Shopping

Macapá Shopping

Villa Nova Shopping

Faculdade Estácio Famap

Faculdade Estácio Seama

Caixa de Assistência dos Advogados – OAB Amapá

Horário de funcionamento: das 9h às 15h.

Doses ofertadas nestes locais:

1ª Dose

Para o público de 12 a 17 anos com Pfizer

Para o público em geral com 18 anos +

2ª Dose

De Pfizer para quem iniciou o ciclo vacinal há 21 dias

De Astrazeneca para quem iniciou o ciclo vacinal há 8 semanas

De CoronaVac para quem está no período de recebimento

3ª Dose

Para público em geral de 18 anos+

Para pessoas imunossuprimidas

4ª Dose

Reforço para pessoas imunossuprimidas

Gestantes, puérperas e lactantes imunossuprimidas

A vacina está disponível em todos os locais e horários que atendem o público adulto. O prazo de intervalo da 3ª para a 4ª dose é de quatro meses.

Reforço Janssen (2ª dose):

Para quem recebeu a 1ª dose da vacina Janssen. A oferta ocorre, exclusivamente, no ponto de drive-thru da praça Floriano Peixoto e no Amapá Garden Shopping.

Documentos:

Para receber o imunizante, é necessário apresentar os originais e cópias de um documento oficial com foto, comprovante de residência, CPF e carteira de vacinação. Para pessoas com comorbidade, é necessário também o laudo que comprove a condição.

O público que receberá a 2ª dose deve apresentar a carteira de vacinação com indicação do recebimento da 1ª dose. Já as pessoas que receberão a 3ª e 4ª dose do imunizante, deverão ter a indicação da 2ª e 3ª dose da vacina, respectivamente. Além do imunizante contra a Covid-19, os pontos também oferecem a vacina tríplice viral.

Secretaria Municipal de Comunicação Social

A diferença entre amigos e chegados – Crônica de Elton Tavares (do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”) – Republicado por hoje ser o “Dia da Amizade” #diadaamizade

Ilustração de Ronaldo Rony

Aprendi a ter amigos longevos. Mas para isso, de vez em quando, é preciso dar um tempo deles. Pois mesmo os bons companheiros, precisam de uma pausa no convívio. Noutros casos, existem aqueles chegados otários que todo mundo tem, que a gente convive em um determinado grupo social, mas que a gente nem curte, só atura.

Como dizia meu avô, é preciso ser água, que passa por entre as pedras no caminho. Sim, sigo neste aprendizado. Hoje em dia, brigo menos e ignoro mais. Aliás, eu, você ou qualquer um pode ser aquele amigo antipático de alguém, na opinião de terceiros.

Quem me conhece, sabe: tenho palavra. E odeio papo furado. Tento manter uma boa relação com todos, mas não gosto de blá, blá, blá, leva e traz e coisas do tipo.

Outros, que se dizem amigos, mas não passam de parceiros de birita ou algo assim, devem ser tratados como tal. Aprendi também que parcerias de ocasião também são formas de consideração, algo menos visceral, mas não deixa de ser.

Entre estes “chegados”, tem muito nego que precisa inventar que é foda. Estes mentem e tentam diminuir os outros para se autoafirmarem. E é o pior tipo, pois se acham safos, mas são otários. Suas personalidades são mutáveis e suas palavras um risco na água.

Muitos que você pensou ser ou foram amigos no passado, tornaram-se chegados. Entre estes, no ápice da babaquice, ACHAM que fazem de você “Pateta” e elegem a si próprios como Mickeys. Ledo engano. Na maioria das vezes, só têm inveja de ti. Dá pra aturar, só não dou muita confiança.

Tenho amigos que quero sempre junto a mim, eles energizam o ambiente. Amizade é um bem precioso, portanto, cuide daqueles que lhes são caros. Mas somente os que são amigos de mão dupla, pois a reciprocidade é fundamental.

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em setembro de 2020.

**Republicado por hoje ser o “Dia da Amizade”.

Hoje é o Dia da Amizade (um agradecimento aos meus incríveis amigos) #diadaamizade

Hoje (14), sei lá porque, é o “Dia da Amizade”. Sempre escrevo aqui sobre datas curiosas e sua origem, mas mesmo sem saber o motivo, vos digo: todo dia é dia da amizade. Quem consegue conquistar minha amizade sabe que é algo que cultivo, se for recíproco, claro.

Segundo pesquisa, “o Dia Internacional da Amizade, inicialmente foi adotado em Buenos Aires na Argentina, através de um decreto. A data aos poucos passou a ser comemorada em diversas partes do mundo, e atualmente, quase todos os países acabam festejando esta data especial“.

Bom, os amigos são a família que escolhi, o meu povo, os meus amados (e às vezes odiados). Afinal, as brigas fazem parte da coisa. Por causa dos amigos, já me meti em brigas, fofocas, me endividei, bati e apanhei. Não me arrependo de nada, eles fizeram por mim também. É na hora que o bicho pega que vemos quem é quem.

Li em algum lugar que “Amigo é aquele que o coração escolhe”. Em outro, que “não fazemos amigos, os reconhecemos”. Em outros casos, uso a frase de Paulo Sant’Ana: “tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos”. É, gosto demais de uma galera que considero pra caralho! Uma coisa é certa, a amizade é um bem precioso. E como é!

Tenho amigos de infância, amigos doidos varridos, amigos velhos, amigos jovens, tenho amigos pra caralho (só assim pra vencer uma porrada de inimigos que possuo). Difícil é nomear todos, mas lhes rendo homenagens aqui neste site sempre que trocam de idade. Sobretudo, enfatizo a minha família (mamãe e irmão), eles sempre foram e sempre serão os meus melhores amigos.

Sempre que precisei muito dos meus verdadeiros amigos, fui atendido ou socorrido. Afinal, sempre brinco (e falo sério) quando digo que tenho mais inimigos que o Batman. Sou grato à todos. Ah, que fique registrado: amo vocês, comparsas.

Ilustração de Ronaldo Rony

Por tudo isso, hoje agradeço a Deus pelos meus verdadeiros amigos (que são muitos, de todas as classes sociais, ideologias políticas, héteros, gays, raças e crenças). Vocês que fazem parte da minha vida e a tornam muito mais feliz e feliz pra cacete! Sei que me aturar não é fácil.

A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro” – Platão.

Elton Tavares

Poesia de agora: Conta-gotas (Lara Utzig) – (@cantigadeninar)

Conta-gotas

Chorei um rio
de lágrimas.
O bastante para afundar um navio
e preencher inúmeras páginas.
Depois de saber
com quantos paus se faz uma canoa
você conseguiria responder
com quantas mágoas se faz uma lagoa?

Lara Utzig

Meu esporte favorito – Conto de Lorena Queiroz – @LorenaadvLorena

Conto de Lorena Queiroz

Quanto mais a vida batia, mais eu bebia. Acredito que para escapar da obviedade dos dias e matar alguns neurônios sem uso. Um dia, depois de um milhão de dias sem lembranças integras, o corpo arregou. Talvez porque o coração e o cérebro briguem e justamente quem paga o pato é o fígado, que pobre infeliz sem sorte.

Eu estava no corredor no consultório médico que tem cobertura de meu plano, praticava meu esporte favorito; a observação. Sim, músculos e suor nunca foram atrativos para mim. Sempre gostei de olhar para as pessoas e imaginar o que tem por trás de cada vida; um filho, um amor, uma fatalidade, um gato. Bem, sempre foram inúmeras opções.

Vi um obeso, provavelmente esperando para fazer um exame que dirá está fodido de colesterol, ou diabético e com o coração já implorando para parar de passar tanta gordura naquelas artérias. Porra, tomara que isso tenha sido tudo de tira-gosto! Perder a vida só por comida é um desperdício que Deus não pode permitir. Coitado, tomara que esse gordo tenha ganho metade dessa gordura enfiado em um bar.

Enfim chegou a minha vez, o Doutor de blusa gola polo e jaleco igualmente alvo como lavado por mãe, deve ser virgem esse filho da puta. Muito mais novo que eu, decerto. Ele me pede para entrar e eu sento com os exames nas mãos. Tenho a sensação que é meu inquisidor. Entrego os exames para ele, ele olha minunciosamente calado.

Começo a praticar meu esporte, imagino como será sua vida, deve ter uns quarenta anos, casado, pois logo vi o bambolê dourado no anelar do infeliz. Acho que foi um bom exemplo, daqueles que sempre desprezei; estudou, casou e comprou um cachorro, deve ser o orgulho dos pais, deve ser chato pra caralho. Nunca seria amigo dele, não tem substancia. Não consigo arrancar mais nada dali. Gente assim vive bem, mas vive pela metade.

Ele interrompe meus pensamentos com a sentença que me condenaria após a leitura dos exames. Eu não podia mais beber, não podia mais fumar. Aparentemente os pulmões tinham dado as mãos para o fígado e pulado juntos de um penhasco. O coração foi rir e caiu junto, esse fodido. Mas esse merece se foder, sempre aprontou comigo e, se hoje estamos assim, é muita pela insensatez desse filho da puta.

Saio de lá com todas as recomendações. Papeis para fazer mais exames, papeis para fazer mais consultas, papeis para comprar mais remédios, papeis que ditam os hábitos novos que preciso adquirir. Morrer é burocrático.

No dia seguinte comecei a saga de tentar fugir da foice de dona morte. Acordei cedo e fui me matricular na academia, foi horrível. Aquelas pessoas estando ali por vontade própria, que merda de valores essa gente cultiva? O instrutor odiosamente simpático, me manda para esteira alegando que tenho que me aquecer. Eu já odeio tudo e repenso a opção da morte. Eu não conseguia praticar meu esporte ali, todos pareciam iguais, gente com os mesmos objetivos.

Eu era o único velho com o bucho quebrado pelo álcool e pelo tempo. Ainda lembro da prostituta que adorava apoiar o copinho de cachaça na divisão entre meu estomago e o peito. Ela dizia que minha barriga inchada segurava o liquido perfeitamente. Isso que é uma moça de visão. Após uma hora e meia de tortura e monologo interno, sai daquele lugar e acendi um cigarro, não dá pra caminhar sem um cigarro, mesmo que seja até o inferno ele te faz companhia.

Meus dias seguiram assim; dieta que a nutricionista impôs, a vagabunda quer me matar de fome, essa sim tem muita praga nas costas, cadeiruda hipócrita; zero álcool e cigarro regrado. No decimo quinto dia de minha saga, estava entediado demais. Sai para caminhar domingo de manhã, eu nunca acordava cedo aos domingos. Domingo era o melhor dia pra se ter uma ressaca, pois o dia sempre foi chato e a ressaca era meu compromisso de domingo, minha missa. Calcei meus tênis recém comprados e custei pra achar uma meia limpa, sai pela orla da cidade, o berço que embala todas as almas que se perderam no dia anterior, ainda bebendo, gente bêbada, mulheres despenteadas com olhos borrados de maquiagem, lindos pandas etílicos.

Andei mais um pouco e, enfim, praticaria meu esporte com dedicação, ali sim tinha material com substancia a ser usado. Andei mais um pouco e vi um grupo, eram três homens e uma mulher. Ela era gorda, gigante, tinha um olhar caído e um rosto que denunciava que havia sido muito bonita. Atrasei os passos afim de escutar o que conversavam, mas os bêbados falam um dialeto que só acessamos quando estamos no mesmo grau de consciência.

Aqueles quatro com o isopor encardido me causavam muita curiosidade, era como se eu não pudesse sair de lá sem ter a certeza do que os movia a quererem a companhia um do outro até aquelas horas, ali tinha uma história. O rapaz de boné olhava docemente para a gorda, não acho que queria só comer o bacon, ela realmente tem algo que desperta o interesse dele. O outro rapaz só observava já muito sonolento, aguentou até as oito, guerreiro. O mais jovem faz convites à todas as moças que caminham com intuito saudável, todas entortam o nariz e ignoram àquela alma. Quanta história tem ali. Eu dou mais uma volta e paro em um mercadinho em frente ao trapiche, compro uma garrafa de vodca e volto para saber a história daquela gorda.

*Lorena Queiroz é advogada, amante de literatura, devoradora compulsiva de livros e crítica literária oficial deste site, além disso é escritora contista e cronista. E, ainda, de prima/irmã amada deste editor.

Bons tempos do “Pai Véio e Pai D’Égua” – Crônica de Elton Tavares (Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”) – Republicada por hoje ser o Dia Mundial do Rádio

Ilustração de Ronaldo Rony.

Quando eu era moleque, na Macapá dos anos 80, ia para a escola com meus pais ou na Kombi do “Seu Raimundo”, ao som do programa de rádio “Pai Véio e Pai D’Égua”. O radiofônico contava com os radialistas Osmar Melo, o “Pai Véio”, e Hermínio Gurgel, como “Pai D’Égua”.

O programa tinha um formado diferenciado para a época. Consistia em informação misturada com humor. Os dois apresentadores interagiam de forma espirituosa e irreverente. Eles foram pioneiros do rádio moderno no Amapá, utilizando o improviso com muito equilíbrio.

“Herminio Gurgel, o Pai D’Égua, apresentava o programa ‘Alvorada Sertaneja’, de segunda a sexta-feira, através da Rádio Difusora de Macapá, emissora que já havia contado com seu concurso antes da instalação da televisão em Macapá.

A dupla formada por ele e pelo Osmar Melo fazia a alegria de muitos e causava raiva aos adversários políticos do então governador Annibal Barcellos. Hermínio Gurgel comandava o programa e Osmar Melo fazia as reportagens. Ambos já faleceram, mas deixaram muita saudade” – professor Nilson Montoril.

Foto: Blog Porta Retrato

Não conheci pessoalmente Hermínio Gurgel, falecido em 1994. Já Osmar Melo, que partiu em 2007, era amigo do meu pai, Zé Penha, e do meu tio, Itacimar Simões.

Todos eles já viraram saudades.

E como eram bons aqueles tempos.

É como diz o poeta: “Haja hoje para tanto ontem”.

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, de minha autoria, lançado em novembro de 2021.

**Republicado hoje por ser Dia Mundial do Rádio.

Hoje é o Dia Mundial do Rádio (Minha homenagem aos amigos do Rádio)

Hoje é o Dia Mundial do Rádio. A data é celebrada em 13 de Fevereiro em homenagem à primeira emissão de um programa da United Nations Radio (Rádio das Nações Unidas), em 1946. A transmissão do programa foi em simultâneo para um grupo de seis países.

A data foi criada e oficializada em 2011, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). O primeiro Dia Mundial do Rádio foi celebrado apenas em 2012.

A data tem o objetivo de conscientizar os grandes grupos radiofônicos e as rádios comunitárias da importância do acesso à informação, da liberdade de gênero e expressão dentro deste setor da comunicação.

Entre os meios de comunicação tecnológicos que existem na atualidade, o rádio continua a ser o que atinge as maiores audiências, continuando a adaptar-se às novas tecnologias e aos novos equipamentos. O rádio funciona seja como uma ferramenta de apoio ao debate e comunicação, na promoção cultural ou em casos de emergência social.

Essa modalidade de comunicação não é para qualquer um. O radialista faz locução, apresentação, sonoplastia, produção de programas, direção e outras atividades. É preciso ter talento e responsabilidade, além de boa voz, claro.

O radialista não transmite apenas notícias, mas sim informações repletas de sentimentos humanos, pessoas que se tornam próximas de uma maneira nada convencional.

Conheço e respeito muitos radialistas. Meu falecido amigo, Leonai Garcia, era doido pra me levar para o rádio. Nunca topei. Há 11 anos, o radialista Humberto Moreira me perguntou se eu não queria fazer uma experiência na área, também agradeci e disse que meu negócio são os bastidores e redações mesmo. Um dia, quem sabe. É que gosto mesmo é de escrever.

Gilvana e Girlene, minhas colegas de trampo, radialistas e amigas queridas

Portanto, parabenizo e agradeço, todos os colegas comunicadores dessa nobre área do jornalismo. Os veteranos Paulo Silva (mestre e querido amigo), Luiz Melo (apoiador deste assessor por onde passei), Humberto Moreira e Graça Penafort. Os queridos Arms Souza, Elden Carlos, Salgado Neto, Heraldo Almeida e Ney Pantaleão (concordo com a jornalista Keila Góes, ele tem muito mais audiência do que aquele, rs). E, em especial, as minhas queridas amigas Gilvana Santos (que em tempos de não pandemia, faz rádio no semanal Programa MP + Perto ) e Ana Girlene (MP + Perto e Café com Notícias) a todos os radialistas do Amapá. Sem eles, o nosso trabalho nas assessorias seria inviável. Sobretudo aos amigos, que são muitos. Palmas para vocês!

Elton Tavares

Fonte: Calendar Brasil.

“Tattoo Solidário” 2022 reúne 16 tatuadores afim de arrecadar doações para ajudar instituição de caridade

O “Tattoo Solidário” chega a sua 9ª edição em 2022, reunindo 16 tatuadores feras, e ocorrerá nos dias 12 e 13 de fevereiro (sábado e domingo) em Macapá, no Amapá Garden Shopping. Além de promover a arte da tatuagem, tem o objetivo de ajudar uma instituição que cuida de crianças em situação de risco social.

A ação será realizada pela Norte Rock, loja especializada em artigos de rock que já promove o festival há nove anos. No sábado, a programação inicia às 10h e segue até às 22h. No domingo, inicia às 12h e finaliza às 21h.

Além das tatuagens com preços de R$ 50 até R$ 400, a ação busca arrecadar pacotes de 200 gramas de leite em pó.

“Além de pagar pela tattoo, os interessados garantem participação no evento entregando mais 200 gramas de leite em pó, que serão distribuídas para a Casa da Hospitalidade, organização sem fins lucrativos que funciona em Santana, a 17 quilômetros de Macapá”, explicou Paulo Pontes, proprietário/sócio da loja Norte Rock e organizador do evento.

Os desenhos podem ser sugeridos pelos próprios interessados, com valor a negociar com cada artista. Para participar do evento, basta a pessoa chegar com o desenho, e escolher qual artista quer tatuar e aguardar a vez. A arte não pode ser para cobrir outras tatuagens já existentes no corpo e o pagamento deve ser feito em dinheiro em espécie. Detalhe importante: é necessário levar a carteira de vacinação com a comprovação da segunda dose da vacina. Além disso, o Tattoo Solidário é para maiores de 18 anos.

No evento, os valores cobrados são abaixo dos preços de estúdio. As tatuagens são de pequeno a médio porte, as maiores de até R$ 400 são de tamanho de 11 a 12 centímetros. Além disso, durante a ação, terão shows, exposição e dj’s, um evento multicultural.

E aí, tá ansioso? É só entrar no perfil da rede social Instagram da Norte Rock e ver quem são os feras da tatuagem que estarão no Tattoo Solidário.

Confira os perfis dos profissionais aqui:

@madtattooo
@kaostattoo
@danilomachdo
@hianmtattoo
@alextattoo40
@marconiink
@tattoogabe
@tattoo_hugo
@morhy.ink
@pristattoo
@douglasdarksidetattoo
@johnnysantostattoo
@wandotatuagem
@jhontattoo__
@omuller_
@elieltattoo

*Fotos e informações: Tatto Solidário

Associação Gira Mundo e Instituto Unibanco promovem campanha em prol do Bailique

Associação Gira Mundo e Instituto Unibanco, lançaram a campanha “ Ajude o Bailique”. Essa é uma ação solidária de arrecadação de diversos materiais para os moradores do arquipélago.

Com início do ano letivo se aproximando, as entidades se juntaram para arrecadar: material escolar, de higiene pessoal e de limpeza, além de água, máscara e álcool em gel.

A ideia é tentar ajudar os moradores das 57 comunidades que vivem no arquipélago do Bailique, que sofrem com a falta d’água para beber e com a falta de condições básicas para sobreviver.

Ultimamente os moradores do Bailique tem sofrido com a salinização das águas do Rio Amazonas que cercam as ilhas que compõe aquele ilhéu, o que dificulta o acesso a água potável. Por isso, a preocupação das duas entidades em minimizar essa situação.

As doações podem ser feitas na Escola Estadual José de Alencar, que fica localizada na Rua Cândido Mendes, 269 – Perpétuo Socorro, ou por meio de PIX através da chave : CNPJ 07.465.360/0001-08.

Serviço:

Informações: (96)98143-4131.
Ascom/Gira Mundo
Adryany Magalhães (96) 99144-5442

Editora do Ifap lança edital de fomento à literatura amapaense

A Editora do Instituto Federal do Amapá (Edifap) está com inscrições abertas até o dia 4 de março para autores interessados em submeter seus contos e poemas ao edital “I Tucuju Literário”. Trata-se de uma iniciativa que busca construir mais espaços de visibilidade para a literatura amapaense, seja ela desenvolvida por estudantes, servidores do Ifap ou comunidade externa.

Os interessados em participar devem ter no mínimo 14 anos e realizar sua inscrição gratuitamente através de um formulário online disponível no site www.ifap.edu.br 

Ao todo, serão selecionadas 400 propostas, sendo que 200 dessas devem ter como autores membros da comunidade interna do Ifap (estudantes, docentes, técnicos administrativos e funcionários terceirizados) e 200 devem ser de autores da comunidade externa.

As obras devem ser inéditas e os textos devem abordar o tema “Os encantos do meio do mundo”. De acordo com Romaro Silva, pró-reitor de Extensão, Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do Ifap, pasta na qual está vinculada a Edifap, “esta iniciativa já vem sendo pensada pela Edifap há bastante tempo. Estávamos ansiosos para lançar nosso primeiro edital voltado para a literatura amapaense. Isso mostra que a Edifap está comprometida tanto com a disseminação do conhecimento científico como também com a arte e a cultura do Amapá”.

Diretoria de Comunicação – Dicom
Instituto Federal do Amapá (Ifap)
E-mail: [email protected]

Auxílio funeral para famílias em vulnerabilidade social pode ser solicitado 24 horas; saiba como

O auxílio funeral é um benefício oferecido pela Prefeitura Municipal de Macapá, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), ao grupo familiar que não dispõe de recursos financeiros para gastos decorrentes do óbito, oferecendo assim, custeio das despesas funerárias do falecido.

A solicitação pode ser feita a qualquer momento. A equipe atua 24 horas, 7 dias por semana no número (96) 98802-8644.

Para requerer o benefício, o cidadão deve entrar em contato por ligação ou mensagem via WhatsApp. Ao receber a solicitação, a assistente social faz todo o processo de avaliação de vulnerabilidade, assim como a análise da documentação exigida. Em seguida, a Semas aciona a funerária que realiza os procedimentos de velório e sepultamento.

São necessários os seguintes documentos:

• RG (falecido e solicitante)
• CPF (falecido e solicitante)
• Comprovante de residência (falecido e solicitante)
• Declaração de óbito

Quem tem direito a esse amparo, são famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social, independentemente do motivo do óbito, assim como falecidos pela Covid-19.

Secretaria Municipal de Assistência Social