Secult/AP: secretário esteve reunido com prefeito de Santana para planejar festas de fim de ano

Na quinta-feira (04), o secretário estadual de Cultura, Evandro Milhomen, se reuniu com o prefeito de Santana, Bala Rocha para tratar sobre as programações previstas para o final de ano no município.

De acordo com com Milhomem, o planejamento das festividades de fim de ano em Macapá levará em consideração o controle da pandemia no estado.

“Iremos tratar do ‘Projeto Diversidade Cultural’, que é um convênio da Secult com a Prefeitura de Santana. Além disso, vamos tratar sobre as programações de fim de ano no município, como o aniversário de lá e o réveillon. O prefeito nos convidou para saber o aporte do Governo do Estado para essas duas programações de final de ano”, disse o secretário titular da Secult/AP.

Carnaval

Sobre o carnaval em Macapá, o secretário afirmou que está sendo trabalhada uma agenda de eventos carnavalescos, além das tratativas para os desfiles das escolas de samba.

“Estamos trabalhando com a Liga uma agenda de carnaval que passa pelo festival de sambas enredo e pelo festival da musa do carnaval. Com relação ao desfile, a Liga vem tratando uma parceria com a Prefeitura de Macapá para construção de uma estrutura a ser usada no desfile. Está um pouco prematuro esse debate do desfile, mas as outras agendas estão bem adiantadas”, encerrou Milhomem.

O secretário também destacou o planejamento da pasta para as festas como virada de ano, mesmo durante a pandemia.

“Trabalhamos os dois últimos anos para fomentar todas as vertentes culturais e artísticas durante a pandemia. Com a reabertura gradual, estamos empenhados em contemplar toda a cadeia produtiva cultural, bem como entregar entretenimento e lazer com qualidade para a população em todos os municípios. Agradeço a boa vontade do prefeito Bala Rocha em trabalharmos juntos a programação de fim de ano em parceria para Santana”, comentou Evandro Milhomen.

Poesia de agora: A mentira – Bruno Muniz

A mentira

[No contrapé de um sorriso
morava a mentira,
que dava risada
mas era de vidro]
– O que houve com ela?
– Era de vidro
– O que houve?
– Encontrou uma verdade
– E daí?
– Não estava acostumada. Se assustou, se desequilibrou, caiu.
– Era de vidro?
– Era
– Tão linda
– Tão linda.

Bruno Muniz

Poesia de agora: Retardatária – Jaci Rocha

Retardatária

Caminho em direção ao riso
A poesia me beija a boca
Preciso de abraços, afetos e canções
E de ouvir Belchior
Sempre que me achego ao luar

Preciso tanto navegar!
Mas sei, aportar é preciso.

Sou feita de um duro material
Que verga pelo prazer da curva
Da solidão da letra
E da junção do verso
E sei que a palavra é elo

E ela me trouxe amor…

Gosto das luzes do Natal
E das chuvas de Dezembro
Das flores molhadas no jardim
E de estar assim
Sentindo o ar passar por mim…

Aprecio o agora
Esta carne, esta construção
Os sonhos do futuro
E o olhar com que traço escolhas
O sabor do vinho e também das uvas…

Caminho em direção a mim:
– o eu do futuro, que me espera –
Aquela primavera
Que ainda não vi
Mas virá…

Os sonhos que ainda irei sonhar…

Retardatária
No curso de normalidade da vida
Aprendi a respeitar essa natureza sedenta
E apesar de tanta anestesia coletiva
Minh´alma segue atenta.

Jaci Rocha

Quarta-feira de Rock and Roll: cantora Hanna Paulino e violonista Bruno Milhomem se apresentam hoje no Pub on – @hanna_paulino

A noite desta quarta-feira (3) promete ser de Rock And Roll no Pub on. A cantora Hanna Paulino e o violonista Bruno Milhomem se apresentam hoje no bar, a partir das 21h. Com repertório escolhido a dedo e bem ensaiados, a dupla de artistas sempre impressiona pelo alto nível de seus shows. O setlist é diversificado com clássicos do Rock gringo e nacional.

Já disse e repito: quando o assunto é Rock (e desconfio que muitos outros estilos), Hanna é imbatível. Ela é uma verdadeira estrela e tem um vozeirão que dá gosto de ouvir. A menina, que não é deste mundo, sempre arrebenta. Além disso, Bruno Milhomem é, apesar de jovem, um exímio músico, que destrói no violão. Ele nos acostumou com seus lindos acordes e afinamento com sua parceira de palco. O cara toca muito.

O Pub on abre às 17h30, mas o show será às 21h. Para quem gosta de som porreta é uma excelente pedida. Recomendo!

Serviço:

Apresentação da cantora Hanna Paulino e violonista Bruno Milhomem
Data: 03/11/2021 (também conhecido como hoje)
Hora: 21h (mas o bar abre às 17h30)
Local: Pub on, na Rua General Rondon, Nª 1816 – Centro de Macapá.
Entrada: Couvert Artístico de R $ 10,00 (baratíssimo para um show tão bom).

Elton Tavares

Fé, tradição e discussão de políticas públicas compõem a programação do Novembro Afro em Macapá

O Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir) divulga a programação do Novembro Afro que acontece ao longo do mês e promove discussões de políticas públicas, exalta as tradicionais festas ligadas aos Dia da Consciência Negra e favorece ações de saúde e cidadania para comunidades quilombolas.

Entre as primeiras agendas da programação está a reinauguração do Museu do Negro, localizado no novo prédio do Improir, na Avenida Feliciano Coelho. O espaço traz um pouco da história do povo negro na capital e será aberto ao público.

“A reabertura do nosso museu é um ponto inicial desse mês tão importante para discussão de políticas que alcancem a população negra de Macapá. Além das ações de cidadania e saúde, a Prefeitura quer promover discussões e ocupar espaços públicos”, ressalta a diretora-presidente do Improir, Maria Carolina.

As secretarias municipais de Saúde (Semsa) e Assistência Social (Semas), Guarda Civil Municipal, Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) e Instituto Municipal de Turismo (Macapatur) são parceiras do Instituto na realização da programação durante o mês de novembro.

Tradição

Com o planejamento das atividades, a Prefeitura de Macapá garante ainda o apoio às agendas tradicionais Caminhada Zumbi dos Palmares e a Missa dos Quilombos, realizadas em parceria com demais entidades negras representativas e Governo do Amapá.

Confira a programação completa do Novembro Afro

11/11 – Evento Neab+IFAP: Uma análise da atuação da FCP e da FUNAI na promoção da cidadania do povo negro e indígena.

12/11 – Reinauguração do Museu do Negro

10/11 – Pretas Potências – Escuta pública com mulheres negras de Macapá

13, 16 e 18/11 – Afrocidadania itinerante nas comunidades quilombolas Maruanum, Casa Grande e Lontra da Pedreira

14/11 – Comemoração do Dia Nacional da Umbanda no Bioparque da Amazônia

19/11- Divulgação do perfil do Afroempreendedor em Macapá

20/11 – Caminhada Zumbi dos Palmares

20/11 – Batalha de B-boys

20/11 – Exposição do Museu do Negro no Mercado Central

20/11 – Feira Preta na União dos Negros do Amapá (UNS)

20/11 – Missa dos Quilombos

22 a 26/11 – Programa especial “Conversas Pretas” na 102 FM, das 19h às 20h.

23/11 – Roda de conversa sobre segurança e políticas públicas com jovens da periferia e a Guarda Municipal de Macapá

26/11 – Expo Afro no Mercado Central

30/11 – Legado vivo das Tranças: da Tradição ao Afroempreendedorismo

Secretaria Municipal de Comunicação Social

Todo Música: obra de Enrico Di Miceli chega ao mercado musical com clipe em animação

Música, desenhos gráficos e a criatividade de um roteiro emocionante conceituam o novo produto de divulgação do álbum Todo Música, de Enrico Di Miceli, que novamente inova ao apresentar sua obra. O videoclipe em animação será lançado nesta sexta, 05 de novembro, no canal virtual do artista, que segue trabalhado promocionalmente o disco. É o primeiro álbum solo de Enrico, artista amazônico com morada em Macapá, onde produz suas inspiradas canções e alimenta a sua musicalidade de compositor de melodias.

Lançado em 2019, o disco Todo Música foi pensado para ser explorado de forma diferenciada, trilhando caminhos na seara digital para chegar ao público antenado em arte e tecnologia. Primeiramente ele apresentou a música Encontro dos Tambores, através de um clipe gravado durante a Semana da Consciência Negra, materializando a composição inspirada na cultura e tradição afrodescendente do Amapá. Em seguida a produção surpreendeu com a divulgação voltada para navegadores das redes sociais e plataformas digitais com o Pocket Show, com a cobertura da imprensa e influenciadores digitais, que movimentaram a internet.

Em grande estilo, a temporada de shows de lançamento iniciou em Belém, depois ele atravessou a fronteira e aportou na Guiana Francesa, encerrando em Macapá, no fim do ano de 2019. As mudanças de planos provocadas pela pandemia obrigaram a uma longa pausa nas apresentações aquecidas pelo público, mas a produção de Enrico seguiu a tendência mundial e preparou a live Todo Música, levando aos que seguiam rigorosamente o isolamento social, companhia e afeto através da sua arte. Para manter o clima de amizade com com o público, durante a live foi lançado um documentário contando o processo de Enrico ao criar uma composição e o produção do Todo Música.

A novidade é que eles dão vida aos personagens que passeiam na história de Todo Música, composição em parceria com o letrista Joãozinho Gomes, que agora ganhará um videoclipe no formato de animação.

Esse trabalho de animação é feito por profissionais que atuam no Amapá, sob a coordenação da idealizadora desse projeto, Clicia Vieira Di Miceli e da Duas Telas Produções responsável pela produção executiva. A equipe de criação tem a Bianca Liane, no roteiro, direção de arte e ilustração; Giorgio Moura, direção de fotografia e Nichola Batista, como editor. Eles dão vida aos personagens que passeiam na história de Todo Música.

“Todo Música foi concebido com a proposta de atingir vários públicos, por isso ele começou a chegar no mercado por portas até então pouco utilizadas pelo Enrico que se apropriou de novas tecnologias e espaços, para pegar pelo acesso digital esse público cada vez maior. Estes recursos e inovações são instrumentos que auxiliam de forma incrível na divulgação de produto e espetáculos”, afirma Clicia.

Autor de inúmeras composições que já rodaram o Brasil na interpretação de muitos cantores e parceiros, ele se reinaugura nesta nova fase da carreira. “É um trabalho para ser apreciado com os ouvidos, olhos e coração, por sua beleza artística e lúdica. É importante assumirmos que a tecnologia é necessária e envolvente, uma aliada que entrou em nossas vidas de maneira definitiva e por isso precisamos estar antenados aos novos caminhos e linguagens dessa comunicação”, disse o artista.

Enrico Di Miceli está confiante nessa nova proposta, que é se tornar um artista dos palcos digitais aos 60 anos, sem perder a sua essência natural e bem humorada. Ele admite que é mais fácil deixar que o desenhem do que fazer performance em frente às câmeras. Esta fase da divulgação foi incentivada através da Lei Aldir Blanc, executada pela Secretaria de Estado da Cultura (SECULT).

Fonte: Diário do Amapá.

Secult divulga resultado de edital de credenciamento de artistas

A Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult/AP) divulga o resultado final do edital de credenciamento 001/2021 para grupos e artistas. O resultado que contempla 918 atrações de várias vertentes da cultura local, foi publicado no Diário Oficial da última quinta-feira, 28.

O edital abraçou todas as modalidades de atrações artísticas/culturais e profissionais da cultura como teatro, circo e dança, artes visuais, artes plásticas, música, djs, apresentadores, literatura, contadores de histórias, cultura popular tradicional e identitária e o segmento gospel, para compor as programações artísticas e culturais que serão desenvolvidas em um prazo de um ano.

O credenciamento desses artistas ficará na base de dados da Secult, que conforme o surgimento de demandas do calendário de eventos, fará a convocação dos habilitados.

Foto: Maksuel Martins / Secom

De acordo com o gestor da Secult, Evandro Milhomen, existe um empenho por parte da equipe da secretaria em demandar a execução desses processos, que somam mais de R$1,5 milhão, para atender o agente cultural.

“O comprometimento é em atender nossos trabalhadores da cultura que foram atingidos diretamente pela pandemia, e assim reduzir esse impacto negativo”, destacou.

É possível conferir o resultado através do link: encurtador.com.br/pENSY

Poesia de agora: PARALELO – Ori Fonseca

PARALELO

Levarei de ti o teu sorriso largo,
O brilho de teus olhos,
O doce de teus seios,
O cheiro de tua alma.
Deixarei contigo o meu pranto ardente,
O meu passo torto,
A minha escrita errada,
O medo de tudo.

E te visitarei nos infortúnios,
Em cada aumento de preço,
Em cada árvore caída,
Em cada topada surpresa,
Em cada amor perdido.
E arderemos juntos como bruxas nas fogueiras,
Como livros nas fogueiras,
Como dinossauros.
E viajaremos por universos sem dimensão,
Sem forma nem peso.

Eu estarei em teu sonho lúcido,
Assombrarei tua paralisia do sono,
Repuxarei tua perna em câimbras,
Cansarei teu sossego.
E me expulsarás.

Quanto tempo dura uma queda no sonho?
Quantos séculos Ana Karenina passou consciente debaixo do trem?
Quantas vezes morri e morrerei por ti, minha bem-amada, neste relógio de mil ponteiros?

Mundos que se cruzam,
Vidas que se atraem,
Histórias espelhadas – opostas e mesmas.
Eu me conheço em ti, em mais nada.
No sal do teu sorriso,
Na preguiça dos teus olhos,
No gelo dos teus seios,
Na pressa da tua alma.

E chocamo-nos casualmente
Num lance de dados mallarmaico,
E a sorte nos definiu.
Sei-te olhando nos meu olhos,
Sei-te vendo minha sombra,
Sei-te gota do meu sangue,
Cheiro do meu suor.

Não importa com quantas vidas colidirás.
Teus mundos paralelos são paralelos teus.
Não me dizem respeito teus eus sem “eu”.
És-me estranha o mais das vezes – sorte tua.
Sorte é tudo. Tudo é sorte!

Eu seguirei apontando para a expansão,
Viajando para o invisível,
Ouvindo gritos, gemidos, gozos, explosões…
E vendo em cada carcaça de estrela
A tua mão se estendendo à minha
E me chamando a sentar à mesa
E me oferecendo um prato quente
E me perguntando como têm sido as vidas.

Ori Fonseca

Sesc Amapá promove a exposição “Asas: pinturas de pássaros da Amazônia amapaense”

O Sesc Amapá, por meio do projeto Entre Artes, promove a exposição “Asas: pinturas de pássaros da Amazônia amapaense” entre os dias 29 de outubro e 26 de novembro. São telas da artista Vanea Àvlis, pintadas durante seu isolamento social. O evento gratuito vai ficar disponível para visitação no horário de 8h às 18 no 1º piso do Sesc Centro.

As obras foram criadas no período pandêmico de 2020 e a artista destaca a necessidade humana de ir em busca do seu desenvolvimento emocional pela inteligência, sabedoria e sociabilidade. A observação da inigualável beleza dos pássaros em sua residência, despertou o interesse por mais informações sobre os pássaros que são imaginados por diversas culturas como mensageiros de positivas mudanças. Simbolicamente, anunciam a liberdade absoluta, onde são regidos pelos instintos de liberdade.

A busca por mais informações e imagens levaram a artista às fotografias de pássaros da Amazônia amapaense, registradas pelas lentes dos fotógrafos Eude Rocha e Marcelo Martins, e, ao Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, produzido pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) entre outras referências de pinturas do Brasil e no exterior. Nesta perspectiva, as obras foram criadas com pinturas em acrílico sob papel Canson 180g, onde as cores utilizadas evidenciam a riqueza natural dos pássaros da Amazônia.

Vanea Ávils – arte-educadora, professora de Artes, licenciada plena em Artes Visuais pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) e Pós-graduanda em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal do Amapá, Educação, Ciências e Tecnologia (Ifap). Vanea realiza ainda projetos nas áreas de fotografia, pintura, teatro e audiovisual.

Entre Artes – com a finalidade de estimular e divulgar a produção artística visual do Amapá e de todo o Brasil, o projeto seleciona artistas locais, e de todo o território nacional, para divulgar suas produções nos eventos do Sesc Amapá. São exposições presenciais e virtuais, oficinas, palestras, workshops e mediações de debates. Entre Artes é um projeto que oportuniza a criação de plateias para os artistas e a participação da população nas manifestações artísticas do Estado, de forma que as Artes Visuais do Amapá possam ser apreciadas.

Serviço:

Haynan Iago Araújo – Assessor de Comunicação
E-mail: [email protected]
Contato: Cel/WhatsApp (96) 98115-7855
Informações e agendamentos: 3241-4440 ramal 239 – Coordenação de Cultura.

Patrícia Bastos encerra segunda noite da 13ª Festival Amapá Jazz, neste sábado, na Praça da Samaúma

Grupo Amazon Music abriu o festival na sexta-feira — Foto: Amapá Jazz/Divulgação

Por Núbia Pacheco

O Festival Amapá Jazz, que aconteceu ano passado no formato virtual em atenção aos protocolos de segurança contra a Covid-19, chega à 13ª edição e retorna com apresentação presencial. A programação aconteceu ontem (29) e segue neste sábado (30),  na Praça da Samaúma, na Zona Sul, totalmente gratuita.

Ao todo, 10 apresentações, cinco em cada dia do Festival, com grupos musicais que fazem parte da história da cultura local. Também haverá uma homenagem especial em memória do músico amapaense Aymoré Nunes.

O evento coordenado pelo artista Fineias Nelluty é realizado pela Associação dos Músicos e Compositores do Amapá (Amcap) e recebe apoio da Secretaria de Cultura do Amapá (Secult) e da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) de Macapá.

Serviço:

13ª edição do Festival Amapá Jazz
Dias: 29 e 30 de outubro (sexta-feira e sábado)
Horário: 19h
Local: Praça Samaúma, bairro Araxá, em frente à sede do Ministério Público

Atrações:

Dia: 29 de outubro (sexta-feira) – Ontem

Grupo Amazon Music
Tom Campos
Finéias Nelluty
Canícula Blues
banda Negro de Nós

Patrícia Bastos fecha a segunda noite do festival — Foto: Eudes Vinicius

Dia: 30 de outubro (sábado) – HOJE

Vinícius Bastos
Ingridy Satto
Nelson Dutra
Marrecos Land
Patrícia Bastos

Fonte: G1 Amapá.

Showzão no Don Corleone: Hanna Paulino e banda Jukebox se apresentam no Halloween Retrô – @hanna_paulino

Neste sábado (30), a partir das 18h, no bar Don Corleone, vai rolar uma noite assombrada regada a travessuras, fantasias, dance, pop e rock and roll. Trata-se do “Halloween Retrô”, que contará nada mais, nada menos, com showzaço da cantora Hanna Paulino e banda Jukebox, formada pelos músicos Bruno Milhomem (guitarra), Telon Bass (baixo) e Paulo Carvalho (bateria). O show começa às 23h.

Hanna e banda estão muito bem ensaiados e prometem (ela sempre cumpre) botar pra quebrar. Com repertório escolhido a dedo, a cantora e Jukebox fará uma apresentação em alto nível. O setlist do shw é diversificado com clássicos do Rock gringo e nacional.

Sempre digo que a  Hanna é infalível como “Bruce Lee”, pois ela sempre nos surpreende com seu vozeirão e presença de palco. Além disso, a cantora só se apresenta com músicos feras. Recomendo essa festa aí, pois o show vale!

Serviço:

Halloween Retrô no bar Don Corleone
Data: 30 de outubro de 2021 (neste sábado)
Hora: a partir das 21h
Mais informações e reservas. 99130-2902
Mesas e ingressos limitados
Local: Avenida Feliciano Coelho, Nª 1116

Elton Tavares, com informações da produção do Halloween Retrô.

Grupo Tatamirô promove Residência Literária e lança Editoriais Poéticos de moradoras do Conjunto São José, em Macapá

“Residência Poética em Mulheres Poetas do Amapá” é um projeto que vislumbrou no Conjunto Habitacional São José um polo irradiador de escritoras/leitoras, de mulheres que leem, declamam, contam histórias e que produzem textos poéticos. Como desdobramento desse bom encontro, surgiram os “Mini Editoriais Poéticos” que reúnem os textos das participantes. A iniciativa é do Tatamirô Grupo de Poesia; quem coordena é a professora Dilda Picanço e quem assina o designer gráfico dos Editoriais é a poeta Thayse Panda.

Mini Editorial Poético é um suporte textual e digital que abriga a produção escrita e falada das participantes da “Residência Poética”. A poeta e designer Thayse Panda nos conta que a produção gráfica dos Editoriais foi um carinho nas criações das mulheres que engrandeceram o referido projeto. “Sentimos a necessidade de que esses textos fossem compartilhados com as referências do que construímos na imersão literária que promovemos. A partir da descoberta das mulheres, em seu sentido mais literal possível, conseguimos conduzir um estímulo, para que continuassem a se observar, a se permitir escritoras, leitoras, contadoras de histórias, poetas. Desejamos, assim, que elas passem a se dedicar mais à Literatura, bem como às manifestações artísticas plurais”, ressalta a poeta.

Além de Thayse Panda, duas outras escritoras foram colaboradoras, Thamyres Oliveira e Isabela Lima que, em conjunto, mediaram oficinas de escrita criativa e compartilharam suas experiências tanto com as moradoras do Residencial São José, quanto com as demais participantes. “Foi muito bom ler toda manhã poesia. Poesia é como uma caminhada pela manhã, me deixa ativa e leve. Eu ia para a casa da minha família no interior e já ficava com saudade, voltava toda animada com as novas aventuras que trazia para contar”, afirma Katilcy Santos, artesã e moradora do Conjunto São José, referindo-se aos contatos diários que a mulheres do projeto mantinham pelas redes sociais.

Dos vinte Editoriais que serão lançados no site do grupo, alguns não são inéditos porque foram feitos sob encomenda para a biblioteca virtual do “Clube de Leitura Amoras” da Escola Estadual Lucimar Amoras Del Castillo. “Assim atingimos mais uma meta do projeto que foi dar visibilidade às mulheres autoras com atividades ligadas à formação e mediação de leituras no desdobramento desse contexto que é o de chegar onde o povo está”, afiança a coordenadora Dilda Picanço.

Segundo os realizadores, o empreendimento, contemplado pela lei Aldir Blanc – Prêmio de Cultura e Arte/PMM (Edital 004/2020), teve todas as suas etapas concluídas: o fomento à leitura, o estímulo à escrita, o incentivo à produção de conteúdos veiculados na web. Tudo feito com acessibilidade em Áudio-Descrição (AD) e em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os Editoriais Poéticos são um bônus que destacam as mulheres da Amazônia-Amapaense.

Serviço:

Mini Editoriais Poéticos  – Mulheres

Lançamento: 30/10/2021
Local: Site do Tatamirô Grupo de Poesia:
https://www.tatamirogrupodepoesia.com.br

Realização: Tatamirô Grupo de Poesia, Poeta Thayse Panda
Apoio: Residência Poética em Mulheres do/no Amapá
Contatos/WhatsApp: (96) 98131-8463 [Thayse Panda]/ (96) 99110-5753[Ezequias Corrêa]/
(96) 99157-0024 [Dilda Picanço]

Cartografia Sentimental Tucuju

Cartografia Sentimental Tucuju é uma obra audiovisual dirigida por Cleber Braga e realizada em parceria com o coletivo Tenebroso Crew no ano de 2021, na capital do Amapá. Com estreia prevista para 06 de novembro deste ano, o trabalho, que conta com trilha sonora original de Paulinho Bastos, propõe uma reflexão sobre Macapá desde a conexão estabelecida entre o lugar e as diferentes histórias de vida de diversos artistas e agentes culturais presentes no filme.

Assim, como em um jogo, cada uma dessas pessoas foi convidada a propor uma ação de curta duração com base na relação entre material biográfico e este território amazônico singular, “tucuju”, como são chamadas as pessoas nascidas na região. O resultado é um conjunto polifônico de performances, cenas, números musicais e etc, sem uma linguagem artística definida – o que dificulta inclusive sua classificação enquanto gênero cinematográfico.

Neste sentido, a obra se aproxima da ideia de cabaré, espetacularidade fronteiriça caracterizada pela disposição em números de variedades e que, como a arte da performance, é historicamente insubordinada à disciplinaridade, pois os artistas se valem de “quaisquer disciplinas e quaisquer meios como material” (GOLDBERG, 2006, p.19) tendo, por objetivo final, o apagamento entre a fronteira arte/vida.

Já a noção de “cartografia sentimental” evocada, em referência direta ao pensamento de Suely Rolnik(1989), traduz a natureza deste mapeamento afetivo desde os encontros e acontecimentos que atravessaram Braga quando de sua chegada ao Estado, em 2016. Mapa afetivo que se desprende do compromisso em retratar uma realidade específica, projetando-se mais como um mergulho na geografia dos afetos, abrindo espaço para a expressão das intensidades e dos desejos.

Em Cartografia Sentimental Tucuju é a vida que é compartilhada na obra, os modos, jeitos, os sabores do lugar. Essa vida, reinterpretada por cada artista, por cada corpo – feminino, negro, indígena, não-binário, etc -, ao ser captada pelas câmeras, torna-se produção de memória, registro e potencial contágio afetivo-reflexivo, lembrando-nos de que o Brasil é sempre mais do que aquilo que supomos.

Este projeto foi realizado com fundos da Lei Aldir Blanc (SECULT/AP) e em parceria com o Programa de Cultura da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).

Referências:

GOLDBERG, Rose Lee. A arte da performance: do futurismo ao presente. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. São Paulo: Estação Liberdade, 1989.

SERVIÇO:

O trabalho será disponibilizado gratuitamente por meio de plataformas digitais, tais quais Youtube e Vimeo, a partir 06 de novembro de 2021.

Trailer: 

INSTAGRAM: @cartografiasentimentaltucuju

Facebook: https://www.facebook.com/cartografiasentimentaltucuju

Site: https://www.sites.google.com/view/cartografiasentimentaltucuju

Mais informação pelo e-mail: [email protected]

Whatsapp: 73 99182 2889

FICHA TÉCNICA:

Concepção e direção artística: Cleber Braga

Captação e direção audiovisual: Tenebroso Crew

Trilha sonora original: Paulinho Bastos

Produção Executiva: Paulo Rocha

Administração: OCA Produções

Elenco:

Cleber Braga; Albert Cordeiro; Cristiana Nogueira; Lylian Rodrigues; Piedade Videira; Ana Caroline; Jéssica Thaís; Laura Silva ( Laura do Marabaixo); Maniva Venenosa: Igor Vasconcelos Pantoja, Priscila Danielle França Costa de Araújo,Rodrigo Góes Pereira e Miqueas Alves Pinto; Maria Trindade Gomes; Jones Barsou; Pretogonista; Mc Deeh; Luiz Henrique Oliveira ( Luizinho D’OSUN); Jorge Alberto (Pai Poca Ty Ayra); Luiz Iago(Pai Iago Ty iroco)

Rafael Saldanha ( rafa Ty Yemonja); Nau Vegar; Carla Antunes; Karina Mateus; Loran da Silva Ferreira; Oneide Bastos e Paulo Bastos

Fotos: Inca Moreira
Texto: Paulo Rocha
Contato: 96 98412-4600 (Claro)

Novo livro de Fernando Canto será lançado nesta sexta-feira (29): “Novas vertentes da Fortaleza de São José de Macapá” – Por Sônia Canto (@soniacanto)

Por Sônia Canto

Mais uma obra de Fernando Canto será apresentada ao público nesta sexta-feira, 29/10. Trata-se do livro “Fortaleza de São José de Macapá: Vertentes Discursivas e as Cartas Dos Construtores”, Edições Senado Federal, v. 293. É a 16ª publicação de diferentes gêneros literários, entre contos, poesia, ensaios, crônicas, dissertação de mestrado e tese de doutorado.

Desde “Os Periquitos Comem Mangas na Avenida” (DIO/AP, 1984), Fernando Canto trabalha sua verve literária no sentido de contribuir para a cultura amapaense. Alcy Araújo, prefaciador do livro ali expressou:

“A poesia de Fernando Canto escoa como um rio. Tem curvas, encontros, remansos, pororocas. Tem mistura de liamba, peixes, danças negreiras e segredos ameríndios que se mesclam com a paisagem urbana, cimentada pelos que chegaram depois com suas máquinas e ferramentas para modificar a geografia há milênios inconclusa, implantada por Deus. Um Deus que se esqueceu ou se cansou no sexto dia. (Alcy Araújo – Prefácio).

Fernando, nesta obra que apresentará ao público, escoará pelo rio não só a poesia que o permeia, mas a necessidade visceral que o acompanha desde a infância, de compreender e compartilhar seus escritos sobre a representatividade da Fortaleza de São José de Macapá para a formação da identidade do povo amapaense.

Escritor Fernando Canto – Foto: divulgação

Esta necessidade e curiosidade o levou a contratar, em 1996 o paleógrafo Luiz Carlos Lima Júnior para coligir o maior número de documentos sobre a construção da Fortaleza.

Sobre a pesquisa, inserta na presente obra, Fernando Canto, generoso, pontua:

“Na época eu tinha a intenção de usá-los como informações para a escritura de um romance histórico. Entretanto, vieram a ser utilizados mais tarde para subsidiar minha dissertação de mestrado (UNIFAP) e minha tese de doutorado (UFC).

Agora os entrego aos pesquisadores para que possam deles fazer uso como referência, já que utilizei menos de 10% do total em meus trabalhos acadêmicos. Com isso estou certo de que terão relevância nas mãos dos historiadores, sociólogos, geógrafos e demais interessados que poderão imergir cientificamente no tempo e no contexto da construção da Fortaleza de São José de Macapá.” (Pag. 205)

Para Fernando, há uma simbologia iminente na própria estrutura física da Fortaleza que vai além dos limites de uma simples construção. Emerge como a gênese da ocupação territorial da cidade e representa no imaginário da população a consolidação do desenvolvimento regional através da cultura, do turismo e da história, com a elevação consequente da autoestima dos cidadãos amapaenses.

Escritor Fernando Canto com seu novo livro nas mãos – Foto: Sônia Canto

Para Fernando, a Fortaleza de São José de Macapá:

“Embora tenha perdido o vínculo com as permanências, que vivem apenas na lembrança dos poetas, escritores, artistas, moradores antigos da área, ribeirinhos e canoeiros, ela (e sua imagem) tem uma representação simbólica muito elevada, porque é referência em todos os planos de desenvolvimento urbano. Neles, é para a fortaleza que todas as setas se dirigem, como se ela fosse o coração da cidade e marca indelével de toda a sua estrutura urbana. Por isso mesmo deve-se pensar o planejamento urbano considerando as diferentes formas de compreender o espaço. Observar sua imagem externa é uma delas.” (Pag. 128)

Por tudo o que foi explanado, esta obra é um marco na literatura amapaense, pois traz em seu bojo, conceitos, contextos e embasamentos para estudos posteriores sobre a Fortaleza que está ali, estática, preservada, de frente para Rio Amazonas, no aguardo de outras mentes que complementem e aprofundem outros aspectos sobre a importância do monumento. Mentes como a do Senador Randolfe Rodrigues, que, sensibilizado com o conteúdo e importância da obra, abraçou o projeto de publicação e assim se reportou na apresentação:

Ao nos resgatar para o universo da memória, lugar de inclusão e reconhecimento de todas as narrativas – Mimesis –, Fernando Canto ilumina caminhos e restitui os sentidos de pertencimento que podem nos fazer, no futuro, uma sociedade mais coesa e mais justa. (Randolfe Rodrigues, Senador pelo Estado do Amapá).

Seguramente são vertentes antigas e contemporâneas – uma contribuição de peso – que correm para um desaguadouro de novas perspectivas para a pesquisa acadêmica do Amapá.

Convido, então, todos para abrilhantar o lançamento desta grande obra de Fernando Canto que acontecerá no dia 29/10, sexta-feira, no Auditório do Museu Sacaca, a partir das 18h, com a presença do senador Randolfe Rodrigues.

*Sônia Canto é produtora cultural.