Fenando Canto lança o livro “Fortaleza de São José de Macapá: vertentes discursivas e as cartas dos construtores”.

Na próxima sexta-feira (29), às 18h, no Museu Sacaca, o escritor amapaense Fernando Canto fará o lançamento do seu mais novo livro “Fortaleza de São José de Macapá: vertentes discursivas e as cartas dos construtores”. O livro foi incentivado pelo senador Randolfe Rodrigues por meio da Editora do Senado.

“A publicação desta obra é fundamental para a manutenção da nossa memória, como professor de história acredito cumprir meu dever, contribuindo o contato do povo amapaense com essa obra ”, disse o parlamentar que possibilitou a existência do livro.

No livro, o escritor traz a Fortaleza de São José de Macapá vista na extensão da paisagem urbana, conta que lá foi o palco das explosões emocionais daqueles que a fizeram. “A Fortaleza ficou quase dois séculos intata, sobrevivendo aos rigores das condições climáticas amazônicas até sofrer radicais transformações e reformas na sua estrutura de pedra e no entorno”, afirma no livro. “Imprimir esse livro e poder dividir com o povo macapaense é sem dúvida um marco na nossa história”, explica o escritor.

Com o apoio do senador Randolfe Rodrigues, por meio da editoria do Senado Federal, também já foram impressas as seguintes obras, contidas e lançadas recentemente no box de livros “Amapá: história, imagens e mitos”:

Os Selos Postais da República do Cunani (Wolfgang Baldus)

Amapá à francesa (Pauliany Barreiros Cardoso)

Mitos e Lendas do Amapá (Joseli Dias)

Um Cais que Abriga Histórias de Vida ( Verônica Xavier)

Histórias de Oiapoque (Sonia Zaghetto)

Escritor Fernando Canto – Foto: divulgação

Sobre o autor

Fernando Canto nasceu em Óbidos (PA), mas é amapaense de coração. Já publicou livros de contos, poesia, crônicas, artigos e outros textos acadêmicos, é jornalista, sociólogo da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará. Também é um dos compositores mais atuantes do estado, sendo membro fundador do Grupo Musical Pilão, que há mais de 40 anos divulga a música da Amazônia.

É vencedor de festivais de música e premiado escritor literário. É autor dos livros “O Bálsamo e outros contos insanos”,  “O Marabaixo através da história”, “Os periquitos comem manga na avenida” e “Adoradores do sol – novo textuário do meio do mundo” e “Mama Guga – Contos da Amazônia”.

Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues

Poesia de agora: Microscópica – Lara Utzig (@cantigadeninar)

Microscópica

Enxuga a mão no guardanapo da cozinha antes de encostar em mim.
Eu sou o resto de comida molhada na pia:
restos de alface e arroz em meu camarim
prestes a ser inundado de água fria.
Cubra todas as frutas e o queijo.
Eu sou a mosca que se deleita inclusive com os restos da pia.
Esvoaçante e zumbindo pouso com um delicado beijo
plantando larvas de zombaria.
Eu sou as bactérias da geladeira:
um botulismo, um h pylori…
Não tenho cura, mesmo que se queira,
nem com overdose de antibióticos hardcore.
Eu sou esse farelo de bolacha do jantar
que denuncia a falta de faxina no porcelanato
e talvez esse papel de manchar
seja minha única serventia de fato.

Lara Utzig

Poesia de agora: Afinal – Lara Utzig (@cantigadeninar)

Afinal

eu vou te amar pra sempre
podes contar comigo sempre
sempre estarei ao teu lado
quero ficar contigo pra sempre
a ternura do eterno:
tensão contratual
[contraste moderno]
quanto tempo dura o pra sempre?
pra sempre é muito tempo.
o tempo do pra sempre
talvez não seja o tempo dos homens.
então por que cargas d’água
sempre juramos pra sempre?
quiçá estejamos sempre
equivocados:
o pra sempre dura
enquanto se sente.

Lara Utzig

Sobre o Jazz na Calçada de ontem – Resenha legal da jornalista Ana Girlene – @anagirlene

Por Ana Girlene

Que maravilha esse projeto do querido Fineias Nelluty, Jazz na Calçada: ontem foi simplesmente incrível, com tanta gente talentosa, nossos artistas voltando a interagir com o público; havia uma alegria enorme no ar. A Diva Patrícia Bastos completou o espetáculo, mas a noite foi repleta de muitos talentos: Silmara Lobato, Amadeu Cavalcante, Ariel, Brenda Melo, Val Milhomem…nossa! Eram vários artistas, cantores, poetas, de gerações diferentes, interagindo num palco totalmente inusitado, a calçada do Fineias.

Nesse clima de pandemia um pouco mais ameno fica evidente o desejo das pessoas de saírem de suas casas para celebrar a vida, a sobrevivência e desejar um futuro melhor. A troca de abraços, proibida até um dia desses, ontem estava liberada. Estamos recuperando nossa esperança em dias melhores, e nada melhor do que um encontro musical para aquecer os nossos corações ( ainda sofridos com tantas perdas ).

O tacacá na rua, a cervejinha gelada, a rua inteira movimentada. Parece que os amigos de tantas caminhadas marcaram encontro ali. Valeu a pena vencer o cansaço e sair um pouco pra relaxar.

O público encantando recebeu dos nossos artistas lindas apresentações, clássicos da nossa música, mistura de sons, tambores e percussão, que banda hein Fineias! Essa iniciativa é a prova viva do quanto nossa cidade é cheia de possibilidades, o que precisa mesmo é a gente se apropriar dela, com intervenções como essa, que reúnem pessoas de todas as idades num único desejo: manifestar nosso amor pela cultura que temos aqui no Amapá, mostrar nosso orgulho tucuju, sim, porque é impossível não marejar o olhar quando o nosso hino entra no repertório. Claro, não pode faltar.

Que mais projetos assim possam surgir; vida longa ao Jazz na Calçada e, mais uma vez, parabéns ao Fineias, um grande artista e empreendedor cultural. Esse cara faz a diferença.

*Iniciado em 2017, essa foi a 4ª temporada do Projeto Jazz na Calçada (interrompido em 2020 por conta da pandemia do Covid-19), que encerrou ontem. O evento rolou por seis sábados desde o dia 11 de setembro, sempre com muitos cantores e músicos convidados, Coletivo Jazz Amapá e seu idealizador Fineias Nelluty. Sempre uma Jam Session na Calçada da residência de Fineias, com muito improviso e música de primeira.

As edições do Jazz na Calçada antecipam o Amapá Jazz Festival, que será realizado dias 29 e 30 de outubro e a programação está em fase de fechamento de atrações e é o maior evento de música instrumental do Amapá. Inclusive está no calendário nacional e internacional de eventos do estilo. O festival se consagrou pelo modelo popular, ao ar livre, na beira do rio Amazonas e por oferecer para o público um cardápio inquestionável de músicos, convidados brasileiros e estrangeiros de prestígio, que formam com o cenário um palco de cultura e natureza.

Poema de agora: Classificados – (@cantigadeninar)

Classificados

Precisa-se:
alguém para ocupar
emprego de sonhos
oito horas
jornada diárias às estrelas

Paga-se:
um salário mínimo
pote de ouro depois do arco-íris
tesouro de piratas

Perfil do candidato:
Busca-se
quem seja graduado
em utopia
com mestrado
em encanto
e doutorado
em fantasia

Pré-requisitos:
Exige-se
delírio
um pouco de faz-de-conta
fascínio pela magia

Procura-se
alguém com os atributos
[acima
que seja pontual
e passe autoconfiança
quem cumpre as exigências
ainda é criança.

Lara Utzig

Com apoio da Secult: Neste sábado (23), rola mais uma edição do projeto “Jazz na Calçada” (música de qualidade) com shows de Patrícia Bastos e Silmara Lobato #jazznacalcada #coletivojazzamapa #clubedojazzamapa

Neste sábado (23), a partir das 17h, vai rolar mais uma edição do ”Jazz na Calçada”. O encontro contará com a participação especialíssima das cantoras Patrícia Bastos e Silmara Lobato, que se apresentarão junto ao Coletivo Jazz Amapá. O evento contará ainda com intervenção poética do Coletivo Juremas. A programação visa a disseminação e valorização da musica instrumental amapaense. A entrada é franca e o público pode levar bebidas.

Iniciado em 2017, o projeto que está em sua 4ª temporada (interrompido em 2020 por conta da pandemia do Covid-19), consiste em uma Jam Session na Calçada da residência de Fineias Nelluty, filho de maestro, músico e produtor cultural hiperativo (ainda bem), com muito improviso e música de primeira.

Foto: Arquivo do artista

O ”Jazz na Calçada” conta com apoio da Secretária de Estado da Cultura (Secult/AP), por meio de seu titular, Evandro Milhomen.

“O convite é extensivo aos que curtem e fazem o jazz continuar sendo uma verdadeira inspiração aos que tocam e aos que apreciam a arte de se tocar um instrumento. A partir das 17h, estaremos plugados e fazendo som no Jazz da Calçada. Chegue aí pra ouvir música boa feita por grandes músicos amapaenses”, convida o o idealizador e realizador do projeto, o multiinstrumentista Fineias Nelluty.

Foto: Aog Rocha

Silmara Lobato

Silmara é, além de querida amiga, uma cantora de primeira grandeza. Ela começou a cantar ainda criança e apesar de jovem, tem uma linda carreira na música. Lobato está entre as grandes vozes do Amapá. Sua carreira profissional começou na Banda Moara, quando assumiu os vocais femininos. Em 1999 foi lançada como vocalista da Banda Negro de Nós, onde permanece até hoje com muito sucesso e banda que a consagrou como uma das maiores intérpretes que o Amapá tem.

Foto: Diário do Amapá

Patrícia Bastos

A cantora de timbre suave que apaixona o Amapá desde a adolescência. Patrícia já participou de alguns festivais, conquistando prêmios no Festival da Canção Amapaense, em 1997, no Festival Internacional de Goiás (Festsinhá) e no Festival de Tatuí, cidade do interior de São Paulo.

Em 2014, no 25° Prêmio da Música Brasileira, foi premiada nas categorias “Melhor Cantora Regional” e “Melhor Álbum Regional – CD Zulusa”, além de seu CD ter sido indicado na categoria “Revelação”. Nesse mesmo ano, participou do Misty Fest, realizando turnê em Portugal nas cidades de Lisboa, Porto e Espinho. Em 2015, seu novo projeto “Batom Bacaba” foi um dos 6 contemplados no Edital Nacional Natura Musical.

Amapá Jazz Festival

As edições do Jazz na Calçada antecipam o Amapá Jazz Festival, que será realizado dias 29 e 30 de outubro e a programação está em fase de fechamento de atrações e é o maior evento de música instrumental do Amapá. Inclusive está no calendário nacional e internacional de eventos do estilo. O festival se consagrou pelo modelo popular, ao ar livre, na beira do rio Amazonas e por oferecer para o público um cardápio inquestionável de músicos, convidados brasileiros e estrangeiros de prestígio, que formam com o cenário um palco de cultura e natureza.

Serviço:

Jazz na Calçada
Local: Avenida Clodóvio Coêlho, Nª 787, entre Hamilton Silva e Leopoldo Machado.
Data: 23 de outubro de 2021.
Horário: a partir das 17h.
Informações: 991151774 – Fineias Nelluty.
Apoio: Secult/AP

Elton Tavares

Sambarte: 30 anos de samba na Amazônia


Por Cláudio Rogério

Os primeiros ensaios de invasão dos colonizadores europeus na Amazônia, são apontados a partir de meados do século XVII. Por aqui, ingleses e holandeses já tinham como objetivo, através da mão de obra escrava o cultivo de cana-de-açúcar e, em meio a esse interesse, foram os responsáveis pela introdução dos primeiros negros escravizados na região amazônica.

Já no Amapá, no século XVIII, a construção da Fortaleza de São José de Macapá, a chegada de famílias portuguesas e africanas na Nova Mazagão, além da criação do Território Federal do Amapá, em 1943, foram uma importantes na formação social, política e cultural da população amapaense.

A cultura se efervesce com os tambores africanos do marabaixo, ritmo genuinamente amapaense cantado nas rodas de celebração dos festejos de cunho católico em devoção aos santos de comunidades quilombolas e ribeirinhas do Estado do Amapá.

Além do marabaixo, por aqui, ecoam-se tambores na levada do batuque, zimba, sairé, tambor de crioula e outros sons que se misturam aos ritmos caribenhos encontrados na fronteira Brasil – Guiana Francesa, localizada no Oiapoque, região extrema no norte do Brasil.

Em Macapá, esses tambores da “África Mãe”, foram fontes de inspiração dentro da musicalidade Tucuju, primeiro na década de 1950, com o surgimento de blocos carnavalesco e escolas de samba, e depois com a imersão de grupos que faziam as rodas de samba e pagode, como o “Bandeira do Samba”, formado em 1986, por Carlos Pirú, Pedro Ramos, Adelson Preto, Aureliano Neck, Bibi, Carlinhos Bababá e tempos depois compondo o “naipe” de artistas, Espiga do Cavaco, Edson, Nonato Soledade e Lincolin. Essas batucadas noturnas se proliferaram nos bares e casas de shows se fortalecendo no “Boteco da Tia Wilça” em 1989, quando foi criado o Movimento Cultural do Samba.

Em 1991, os sambistas amapaenses dão um “Upgrade” na cena da musicalidade regional e criam o “Projeto SAMBARTE” com a finalidade de valorizar o cancioneiro da Amazônia, incentivando todos os pagodeiros, sambistas, partideiros e amantes do ritmo através de músicas autorais, chega, portanto, o “I FESTIVAL DE SAMBA E PAGODE DO AMAPÁ”

O “Projeto Sambarte” que mais tarde viraria, “Grupo Sambarte”, foi responsável pela realização de grandes festivais de samba e pagode dentro do Estado do Amapá, nas três primeiras edições, o projeto revelou grandes artistas para a Amazônia e o Brasil.

Nesta leva de grandes sambistas, em 1991, temos o primeiro samba campeão do Festival. De autoria dos compositores Osmar Jr e Heraldo Almeida, o samba “Ainda Laguinho”, que nos dias de hoje segue sendo considerado o hino do bairro negro de Macapá, é tocado e cantado nos bares e rodas de samba da capital do meio do mundo.

Em 1996, com Tayson Tyassu, Illan do Laguinho (in memorian), Aureliano Neck, Nonato Soledade, Carlos Pirú e Adelson Preto, o Projeto Sambarte gravou num total de três, seu primeiro CD, com uma coletânea de dezesseis sambas e pagodes cem por cento amapaense, inserindo nossos ritmos como o marabaixo e o batuque, além de letras inéditas que retratam nossos costumes e tradições. Após a primeira formação do Grupo, ainda passaram pelo Sambarte, Robson do Cavaco, Joatã Santarém e Macunaíma (in memorian).

Outros campeões de festivais foram: em 1992, “Beijo de Judas” de Aurelino Neck e Nonato Soledade; 1993, “De Tudo Valeu” de Aureliano Neck; 1995, “Amor Gostoso” de Adelson Preto; 1997, “Próximo Verão” de Robson do Cavaco; 1998, “Encontros” de João Ataíde, Josimar Almeida e Paulo Albuquerque e em 2008, “Canoa Furada” de Adelson Preto.

Com as músicas sendo tocadas nas emissoras de rádio e TV, “os meninos” resolvem subir nos grandes palcos de Macapá, e tornaram-se, historicamente, o primeiro grupo de samba e pagode a fazer um show dentro do Teatro das Bacabeiras, em maio de 1997. E em outros Estados, abriram grandes eventos e shows de sambistas renomados como Leci Brandão, Almir Guineto, Jorge Aragão, entre outros. O Sambarte atravessou as fronteiras do Brasil, tocando nosso samba e pagode na Guiana Francesa.

Nesses 30 anos de relevantes serviços prestados ao samba Tucuju, o grupo faz parte de uma galeria de imortais na raiz do samba e na continuidade e respeito por nossos costumes e tradições.

Para celebrar esses 30 anos de musicalidade, o Grupo Sambarte fará um show com a gravação de um DVD, no dia 23 de outubro, a partir das 16h, na Casa de Samba, localizada na Rua Maria Neusa do Carmo 758, Infraero I.

Reserva e compra de mesas através dos fones 99152-3433 e 99137-7988

Cláudio Rogério – Jornalista, pesquisador e produtor cultural
Fotos: Acervo Sambarte

Dia 23 de outubro: devido oscilações na internet e energia elétrica, edital que seleciona artistas para atuarem em eventos do Governo tem novo prazo para resultado

A Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult/AP) prorrogou a divulgação  do resultado preliminar do edital de credenciamento para grupos e artistas participarem da programação cultural do governo. Agora, a data limite será é hoje,  23 de outubro. O motivo da extensão do prazo foram oscilações na internet e na rede elétrica no estado, a pasta resolveu lançar o segundo prazo para a liberação do resultado.

O credenciamento abrange todas as modalidades de atrações artísticas/culturais e profissionais da cultura para compor as programações artísticas e culturais realizadas e/ou apoiadas pela Secult/AP em todo território do Estado do Amapá.

Entre as vertentes previstas no edital, estão: teatro, circo e dança, artes visuais, artes plásticas, música, djs, apresentadores, literatura, contadores de histórias, cultura popular tradicional e identitária e gospel. O resultado final está previsto para o dia 27 de outubro.

Poesia de agora: À Véspera do Escarro – Lara Utzig (@cantigadeninar)

À Véspera do Escarro

Camarão que dorme a onda leva.
Homem que se distrai é engolido pela selva.
Dormi; distraí-me.
Traí-me.
No meu sonho, muito me iludi.
Imaginei um mundo onde as pessoas não precisavam prejudicar umas às outras para serem felizes.
Onde puxar o tapete não é a única forma de vencer que existe.
Acordei pisoteada, coberta pela areia da praia,
Subjugada por não me igualar à tal laia.

Neste mundo não há lugar para ingênuos.
Augusto dos Anjos advertiu e era mesmo um gênio.
Neste mundo, os bons são sempre esmagados.
Terra miserável só dá frutos putrefatos.
Neste mundo, o trigo já anda pouco:
A lama que nos espera multiplicou o joio.

Entretanto, se for para me tornar tão vil,
Se for para transformar meu coração em mero objeto vazio…
Permanecerei nos braços de Morfeu, pois neles o mundo é menos feio
E que venha a onda, levando-me junto com meu pueril devaneio.

Lara Utzig

Cultura: show de Zé Miguel e Osmar Jr acontece nesta sexta-feira (22)

Nesta sexta-feira, 22, as 20h, no Rancho Espora de Ouro, acontece o mega show de dois grandes artistas: Osmar Jr. e Zé Miguel, cantando e poetizando o melhor do Amapá.

Osmar Jr e Zé Miguel estão entre os principais representantes da música amapaense, com repertório cheio de canções conhecidas e premiadas, fizeram parte do “Movimento Costa Norte”, junto com Amadeu Cavalcante e Val Milhomem, influenciaram toda uma geração e criaram conceitos da música amapaense, com seus valores sociais e culturais.

Para completar a noite de confraternização e encontro com a nossa cultura, a programação será mais diversificada e contará com a apresentação do grupo de Marabaixo Movimento Cultural Ancestrais e finalizará com show baile do cantor Albe Matos.

Serviço:

Show Zé Miguel e Osmar Jr
Data: 22/10 ( sexta)
Local: Rancho Espora de Ouro – antigo Pesque e Pague
Mesa: R$ 120
Informações: 98121-6999 (Edna Pantoja)

Oficina reflete sobre as repercussões da Semana de 22 na criação de artistas contemporâneos

O instituto Poiesis promove, de 22 de outubro a 3 de dezembro, a oficina Moda e Modus na Semana de Arte de 22, que traz o desdobramento do movimento modernista nas criações de estilistas contemporâneos. O evento acontecerá às terças e sextas-feiras, das 19h às 21, através da plataforma Zoom. O curso será ministrado por Brunno Almeida Maia, pesquisador em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). O evento é gratuito e tem como público-alvo estudantes, pesquisadores e interessados em áreas como moda, artes, ciências humanas e literatura.

O curso entrelaça as obras e os modos de vida dos principais artistas do evento histórico, com a emergência da noção de modernismo na Moda europeia e brasileira do início do século XX, seus criadores e costureiros, além de falar também sobre a modernização da mulher e da cidade na cultura de consumo e da sociabilidade em São Paulo, com as publicações femininas e de Moda do período, que impulsionaram uma nova linguagem ao design gráfico, e a representação dos estilos, dos gostos e da constituição da personalidade aparente na imprensa.

SERVIÇO:

DATA: 22/10/2021 a 03/12/2021

HORÁRIO 19:00 a 21:00, toda terça e sexta.

LOCAL Zoom

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 anos

VALORES: Gratuito

INGRESSOS: https://poiesis.education1.com.br/publico/inscricao/3cfcab220bc3d3ea7334761700dc8588

Colaboração de texto: Maison Brito Pereira (Bolsista de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021)

Comunicado da Prefeitura de Santana

A Prefeitura de Santana, prorrogou até às 23h59 do dia 27 de outubro, as inscrições para concorrer ao auxílio emergencial referentes à Lei 14.017 Aldir Blanc, para trabalhadores da cultura.

O prazo anterior encerraria nesta sexta-feira, 22 de outubro e foi prolongado atendendo os pedidos do setor cultural. Os proponentes interessados em concorrer aos benefícios da Lei devem realizar as inscrições e acessar os editais retificados, contendo as alterações no cronograma pelo site https://inscricao.santana.ap.gov.br/.

Comunicação – Prefeitura de Santana

Artista plástico Gibran Santana realiza exposição no hall da Prefeitura de Santana

Quem foi ao prédio da Prefeitura de Santana, a partir desta quinta-feira, 21, pôde observar a exposição “Espécies em Extinção da Amazônia”, do artista plástico amapaense Gibran Santana. O trabalho foi patrocinado pela Lei Aldir Blanc, do Governo Federal, e coordenado pelo Governo do Estado do Amapá e Coringa Produções.

Em contrapartida, o artista irá ministrar oficinas nas escolas como forma de educar e incentivar os alunos a conhecerem e iniciarem nas artes plásticas.

Em Santana, por exemplo, 15 alunos da Escola Municipal Gentila Nobre, localizada no bairro Fonte Nova, irão participar da Oficina Pintando na Escola. Serão 4 horas-aula, distribuídas em 2 dias de estudo, programadas para os dias 26 e 27 de outubro.

A exposição apresentada é composta por 10 telas pintadas à óleo que retrataram espécies em extinção. É mais um recado, mostrando que a natureza e quem vive nela pedem socorro, expressado de forma criativa, através da arte.

“Em Santana, a ação recebeu total apoio, desde a chefia de Gabinete, Comunicação, Educação, Semgov e Coordenadoria de Zeladoria da PMS, que acompanhou as instalações dos quadros. Só temos a agradecer”, disse o artista.

“Para nós é sempre um prazer colaborar com a cultura do nosso estado, e transformar a prefeitura num instrumento de difusão da arte é mais prazeroso ainda. Pude observar as pessoas apreciando e perguntando sobre as obras. É muito bom mesmo ver a sociedade e os nossos colaboradores tendo acesso a esse conteúdo. O Espaço estará sempre à disposição da população e aberto para outras exposições”, disse Sônia Fernandes, chefe de Gabinete da PMS.

O Projeto segue, de forma itinerante, percorrendo outros municípios. Em Santana, a exposição acontecerá até 30/10/2021, em Mazagão, ocorrerá no período de 03 a 13/11/21, na Escola D. Pedro e em Macapá, ocorrerá no período de 15 a 24/11/21, na Escola Estadual Antônio Pontes.

Espécies em extinção que compõem a exposição:

1 – Arara-canindé: ave muito importante para as comunidades indígenas;

2 – Gavião-real: é a mais pesada e uma das maiores aves de rapina do mundo;

3 – Garça-branca-grande: é a mais caçada e pode ser encontrada em todo o Brasil;

4 – Mariposa-imperador: é a maior borboleta do mundo, e em função disso, é bastante procurada por colecionadores;

5 – Pirarucu: é o maior peixe de escama de água doce. Predomina na bacia amazônica e pode chegar até três metros de comprimento;

6 – Arara-azul: é a maior espécie entre as demais aves de seu grupo, mas há poucos exemplares na natureza, devido a capturas clandestinas;

7 – Tartaruga-da-Amazônia: encontrada em lagos e igapós, sua carne muito apreciada como prato exótico, é muito procurada por caçadores;

8 – Onça-pintada: felino que dispensa apresentação, seu couro é bastante apreciado por colecionadores;

9 – Papagaio-verdadeiro: seu maior predador é o homem, que o aprisiona e depois o domestica.

10 – Tucano-toco: por ter sua plumagem brilhante e seu bico multicolorido é presa fácil e bem apreciado por colecionadores europeus. Encontrado em bandos na floresta amazônica.

Quem é Gibran Santana?

José Antônio Santana Rosa nasceu no dia 12 de janeiro de 1966, no distrito da Fazendinha, mas foi como Gibran Santana que logo cedo identificou-se com o universo das artes plásticas e seguiu carreira.

Gibran frequentou o curso de Belas Artes, em Belo Horizonte, nos meados dos anos 80. Foi professor de artes e em seguida assumiu a direção da Escola de Artes Cândido Portinari, em Macapá, no período de 1997 à 2002.

Nas viagens internacionais, o artista expôs na Guiana Francesa, em Martinica e em Guadalupe. Além das exposições, trabalhou em uma dessas viagens o projeto de um monumento em concreto armado, em frente ao Centro Cultural Zephyr, que se tornou um marco histórico da semana cultural franco-amapaense em Caiena, no ano de 2000.

Gibran Santana atuou também no carnaval amapaense, preparando alegorias para escolas de samba como: Piratas da Batucada, Solidariedade, Boêmios do Laguinho, Bloco Mancha Negra e carros alegóricos em Caiena, para os brasileiros que ali residem, na chamada “A Grande Parada Carnavalesca” ou “Carnaval da Guiana”.

Atualmente, formado como bacharel em Direito, segue atuando como profissional das Artes Visuais e teve seu trabalho reconhecido ao ser contemplado em edital gerido pela Secult e promovido pela Lei Aldir Blanc no Amapá.

Comunicação – Prefeitura de Santana

Lei Aldir Blanc: Fumcult realiza escuta pública com segmentos culturais

A Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) realiza nesta sexta-feira (22) uma escuta pública com segmentos culturais sobre a execução dos recursos remanescentes da Lei Aldir Blanc. O objetivo é alinhar com os artistas a composição do edital que deve ser lançado até o fim do mês.

Em janeiro deste ano, o governo federal autorizou a manutenção dos recursos da Lei Aldir Blanc que não tenham sido empenhados e inscritos em restos a pagar em 2020. Com o comunicado, estados e municípios mantiveram os recursos nas contas geradas para operacionalização da lei, e agora estarão disponíveis para novo edital.

A Fumcult tem em conta de restos a pagar o valor de R$1.491.000,00, que segundo o presidente Olavo Almeida, será investido por meio de edital em alinhamento com os artistas.

“Vamos discutir a execução desse valor que temos em caixa e promover políticas públicas tendo como parceiros os artistas de Macapá. Não é um grande valor, mas será investido da forma mais justa possível”, ressaltou o presidente.

Projeto

Para a utilização desse saldo remanescente, a Prefeitura de Macapá enviou à Câmara de Vereadores um projeto de lei que autoriza a execução do recurso. O projeto está em tramitação no parlamento municipal.

Roda de conversa

Artistas dos mais diversos segmentos são convocados para a escuta pública da Fumcult. O edital deve ser lançado até o fim do mês de outubro. A consulta ocorre às 18h no auditório da sede do bloco A Banda, localizado na Avenida Ernestino Borges, no Laguinho.

Secretaria Municipal de Comunicação Social