Vejo nossa cidade tão colorida e dinâmica, apesar de saber dos causos tristes e o fato dela estar abandonada na maioria das vezes, sinto esperança..Nunca deixo de ver beleza e possibilidades aqui. O nome disso é amor.
Além dos quadros da coleção Macapá – Pontos Turísticos, estão na área os cadernos artesanais!
Eles são de capa dura, tamanho A5, com 120fls.
Valor dos cadernos: R$60,00
Valor dos quadros A4: 75,00
Eu ganhei três quadros da artista e recomento a Coleção. Tá lindão (Elton Tavares).
Sob o mesmo sol que brilha amarelo E ainda roda, descobriram que há água em Marte – Lastros de futura ou pretérita civilização?
Será que em Marte alguém já amou, Já disse adeus…virou carbono e voltou Viagem entre o universo e a vontade de reencontrar Será que foi anteontem ou ainda acontecerá?
E dizem que há mais mistérios que poderá supor nossas vãs teorias Mas, se até a poeira da terra já esteve n´outro mundo, E mesmas palavras compõem outras poesias
Entre as estrelas, quantas milhões de formas de vida?
Digo olá ao exótico – Que pode ser eu, ao espelho Afinal, quem poderá dizer quem é o ‘outro’ Não seríamos nós, afinal, o estrangeiro? – Eu, passageiro,
Viajo entre as estrelas e o desconhecido Até com certa familiaridade ! não pasmo se no Universo Houver ou houve vida em Marte
Afinal, dentro de mim moram tantas Gente que até não mais conheço E outras se achegarão, no tempo, no espaço, Com outros versos, luz, assombros , sonhos e avessos.
O Amapá abriu inscrições para apresentações em atividades culturais com cachê de até R$ 6,5 mil. Podem participar artistas de diversos segmentos que estão devidamente cadastrados no Sistema de Informações e Indicadores Culturais (Seiic). As inscrições seguem até 30 de setembro pela internet.
Todas as fichas de inscrição estão disponíveis nesta plataforma digital. Para confirmar a solicitação é necessário preenchê-las e enviá-las até o fim do prazo para o e-mail: [email protected]. Os documentos não podem exceder o tamanho de 10MB.
São 26 categorias de 11 segmentos artísticos, entre eles música, artes visuais, literatura, circo, capoeira, artes plásticas, capoeira, cultura popular tradicional e indenitária, cultura gospel e outros.
O cachê varia de R$ 1 mil a R$ 6,5 mil por apresentação. Os valores para cada categoria estão detalhados no edital.
O regulamento permite a inscrição de grupos ou apresentação individual. Podem participar tanto microempreendedores individuais (MEI), quanto artistas representados por pessoa jurídica.
A seleção é promovida pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult/AP) e objetiva o preenchimento de atrações para o calendário anual de eventos promovidos pela pasta.
O edital foi publicado no Diário Oficial em 30 de agosto e tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado pela Secult.
O Curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal do Amapá (CLII/UNIFAP) celebra 15 anos de existência. Para comemorar essa data tão especial, o CLII realizará uma seleção de artes, com o objetivo de definir a sua identidade visual pelos próximos anos.
O CLII é um curso regular de graduação da UNIFAP e atua desde 2007 na formação de professores indígenas do Amapá e norte do Pará, visando atender estudantes indígenas de diferentes povos e possibilitando uma formação específica para atuação na educação escolar indígena.
Podem participar da seleção acadêmicos do CLII e membros das comunidades indígenas do Amapá e Norte do Pará. O acadêmico que enviar proposta de arte receberá um certificado de 4h e a arte selecionada será utilizada como identidade visual dos eventos do curso. O artista ganhador será contemplado com uma premiação surpresa.
As propostas de arte devem ser encaminhadas em formato digital para o email [email protected] até o dia 05 de outubro. No ato, o artista deverá informar nome, aldeia e um breve texto descrevendo o significado do desenho.
A poeira acumulada na calçada dos dias O vento que sopra a esquina da tarde que cai Um fantasma sentado na esquina da Hamilton Silva A lembrança da pureza batendo à porta.
A luz do dia e a sombra das coisas que já disse adeus Às vezes se encontram Sentam para uma cerveja Ou para um simples olá….
Acho que encontrei comigo Risonha, pateta. O espelho sussurrou “já passou” Sigo aqui, sei que ali, já não há mais nada
É só a poeira do tempo Trazida no vento E nas flores do jambeiro Que jazem naquela calçada.
-E a chuva lava o fim de tarde Com o (e)terno cheiro dos domingos.
O projeto Entre Artes, do Sesc Amapá, mais uma vez cumprindo o objetivo de dar palco às produções artísticas locais realiza a exposição “Marabaixo – a essência de um povo”, do artista visual Jeriel. As obras vão estar disponíveis para visitação na Galeria de Artes Antônio Munhoz do Sesc Araxá no período de 24 de setembro a 11 de outubro, depois segue para o 1º piso do Sesc Centro, onde fica até 22 de outubro, com entrada gratuita.
A poética visual das telas de Jeriel nos fazem percorrer pelo imaginário da Amazônia brasileira. Através do olhar do artista, encontramos em suas obras a força do Batuque, a dança do Marabaixo, a vida do ribeirinho amazônico, do caboclo do Norte, dos rios e igarapés, e símbolos da cultura macapaense como a Fortaleza de São José de Macapá e o Monumento Zero do Equador.
Nas criações de Jeriel, transbordam cores, traços, narrativas e temáticas, que não só nos servem ao deslumbre do olhar como ao orgulho de sermos um povo mestiço, rico em patrimônio material e imaterial, em pluralidade e tantos outros aspectos que fazem de nós, brasileiros, singulares e grandiosos. Indagado sobre o seu papel no universo das artes, Jeriel reflete: “o artista é a essência do seu cotidiano e a força da sua cultura”.
Do ponto de vista técnico e estético, o artista traz seu próprio estilo, que ele batizou de “Pop Art Tucuju”. Entre as características mais marcantes do gênero “Pop Art” estão as cores vibrantes e a linguagem figurativa, com as quais Jeriel descobriu afinidade ao longo de seus anos de estudos acadêmicos e experimentações artísticas. Em sua pintura e técnica, ele já buscava composição de cores que levassem em conta o clima da Amazônia. Já a palavra Tucuju remete ao nome do primeiro povo indígena a ocupar o território onde hoje está localizado o estado do Amapá.
As cenas do cotidiano representadas por Jeriel expressam formas e cores de uma estética voltada para a arte regional, simples, mas ao mesmo tempo rica em autenticidade e engajamento, com posicionamento e referências multiculturais do povo Tucuju. “Acho fundamental que todo artista esteja presente em seu tempo e espaço”, declara o artista.
Jesus Cristo estava brincando com os vírus que tinham sobrado do Sarampo. Quando minha mãe gritou para os Cúrios que sobrevoavam sedentos o Igarapé. Podem pousar e beber, as águas do Pacoval não ardem. Na Mongólia os lagartos ouviram a tradução em Libras, e correram em direção às dunas abandonadas na Líbia. O Mundo é Azul. A Terra é Azul. E Eu sou Blue.
Não tenho obrigação de domar Botos, nem me amigar com Mururés. Minha obrigação é colorir os ventos, fazer trança nas brisas, maquiar as bruxas, e colocar suas sombras de cócoras. Enquanto Ontem de Anteontem. Deus ensinava as estrelas a brilhar. Faço trejeitos sutis para as estátuas de ceras dos Pastores de Ovelhas no Recôncavo Baiano.
Mamãe insiste com o bando de Cúrios …as águas do Pacoval não são tristes, se aproximem delas.
Uma nuvem jovem louca para mudar de cor e provocar trovões e relâmpagos. Ajoelha-se em torno do menino de cabelos cacheados, que em Aramaico, lhe aconselha que beba d’água morna e sedosa, com que o Pacoval banha os tralhotos. Minha mãe grita em Esperanto…as águas do Pacoval não ardem. Em silêncio…eu desenho em Braile na areia sobre restos de escamas de Sereias e Caramujos lilás… Eu sei!
Luiz Jorge Ferreira
* Poema oriundo no dia 23.07.2020, também conhecido como Hoje. Osasco (SP) – Brasil.
Hoje (25), a partir das 17h, vai rolar mais uma edição do ”Jazz na Calçada”. O encontro deste sábado contará com a participação especialíssima do violonista, compositor e cantor, Val Milhomem, que se apresentará junto os Coletivo Jazz Amapá. A programação visa a disseminação e valorização da musica instrumental amapaense. A entrada é franca e o público pode levar bebidas.
Iniciado em 2017, o projeto que está em sua 4ª temporada (interrompido em 2020 por conta da pandemia do Covid-19), consiste em uma Jam Session na Calçada da residência de Fineias Nelluty, filho de maestro, músico e produtor cultural hiperativo (ainda bem), com muito improviso e música de primeira.
O ”Jazz na Calçada” conta com apoio da Secretária de Estado da Cultura (Secult/AP), por meio de seu titular, Evandro Milhomen.
“O convite é extensivo aos que curtem e fazem o jazz continuar sendo uma verdadeira inspiração aos que tocam e aos que apreciam a arte de se tocar um instrumento. A partir das 17h, estaremos plugados e fazendo som no Jazz da Calçada. Chegue aí pra ouvir música boa feita por grandes músicos amapaenses”, convida o o idealizador e realizador do projeto, o multiinstrumentista Fineias Nelluty.
As edições do Jazz na Calçada antecipam o Amapá Jazz Festival, que será realizado dias 22 e 23 de outubro e a programação está em fase de fechamento de atrações e é o maior evento de música instrumental do Amapá. Inclusive está no calendário nacional e internacional de eventos do estilo. O festival se consagrou pelo modelo popular, ao ar livre, na beira do rio Amazonas e por oferecer para o público um cardápio inquestionável de músicos, convidados brasileiros e estrangeiros de prestígio, que formam com o cenário um palco de cultura e natureza.
Assista abaixo o vídeo da penúltima edição, realizada no dia 28 de agosto de 2021 e saque o quanto a iniciativa é porreta:
Serviço:
Jazz na Calçada
Local: Avenida Clodóvio Coêlho 787, entre Hamilton Silva e Leopoldo Machado.
Data: 11 de setembro de 2021 (dia também conhecido como hoje).
Horário: a partir das 17h.
Informações: 991151774 – Fineias Nelluty.
Apoio: Secult/AP
Criado em 25 de setembro de 1975, o lendário Grupo Pilão, precursor no uso e valorização da cultura regional do Amapá, celebra 46 anos de existência com uma linda trajetória e incalculável contribuição para a música amapaense e amazônica. Em 2020, para comemorar a data, eles lançaram o videoclipe da canção Pedra Negra, com roteiro e direção do jornalista, produtor cultural e ex-integrante da banda, Jorge Herbert. E ainda teve live lindona no dia 4 de setembro do ano passado. Acredito que hoje eles estão reunidos na casa de um dos “Cantos” para comemorar.
Sobre os 46 anos da banda – Por Fernando Canto (membro fundador e compositor do Grupo Pilão)
No dia que antecedeu nossa apresentação no IV Festival Amapaense da Canção, fiz uma maratona levando no ombro um pilão de madeira de lei que pesava mais de 30 quilos. Carreguei esse artefato do bairro Jacareacanga ao Morro do Sapo, no Laguinho, depois de pedi-lo emprestado à Dona Tertuliana, mãe dos meus amigos João, Jorge e Dora Lima, que até hoje me cobram a devolução. Ele foi usado como instrumento de percussão na música “Geofobia”, de minha autoria e de Jorge Monteiro, classificada para o dito festival.
Apresentamos a música, eu, meu irmão Juvenal e o Bi Trindade, a essa altura meu amigo do conjunto “Fambers” do Grêmio Jesus de Nazaré. Estava formado, então o Grupo Pilão nesse dia 25 de setembro de 1975. E o Bi seria o primeiro pilonista do mundo. A música foi classificada para a final no dia 25 e a turma do Laguinho foi em peso para torcer por nós.
Entretanto, nada ganhamos. Por ironia fui eu que fiz os arranjos das músicas do Sílvio Leopoldo (que estava em Belém estudando na UFPA) e as duas músicas dele ficaram respectivamente em primeiro e segundo lugar interpretadas pelo Manoel Sobral. Houve protesto manifestado pelo pessoal do Laguinho que gritava em passeata na frente da Rádio Difusora, onde fora realizado o evento.
Diziam que era “masturbação cultural”, roubo, preconceito contra a turma do Laguinho e conservadorismo, por não entenderem que o novo sempre pode ser bom. Carregavam o Pilão e gritavam, sob a liderança do poeta Odilardo Lima. Na edição seguinte, o Jornal do Povo estampou a matéria com a seguinte manchete: “Festival termina com vaias ao júri caduco e alienado”, uma clara simpatia ao grupo.
O tempo passou e cinco anos mais tarde o cantor baiano Raimundo Sodré apresentou no festival da TV Globo a música “A Massa”, usando um pilão como instrumento musical, o que foi considerado inovador pela grande mídia. A música foi um grande sucesso.
O Pilão, que já usava coisas do Marabaixo na época de sua fundação, continuou inovando com projetos que valorizassem a música e a cultura de nossa terra. Fez inúmeros shows, participou de festivais culturais em Caiena e em Kourrou, em Belém, Maceió e Brasília, entre tantos outros lugares, divulgando a música regional e folclórica do Amapá. Gravou três discos (com cerca de 50 músicas) e mapeou a música popular do Estado desde o Marabaixo ao Coatá, das músicas indígenas de trabalho ao Boi-Bumbá, das Folias e Ladainhas ao Batuque e às canções de pássaros.
Realizou projetos nas escolas da capital e do interior onde ninguém ou quase ninguém conhecia nossa cultura, fez ensaios públicos nas praças, tocou nos teatros, na penitenciária, colégios e clubes de serviços, em botecos, ruas e balneários e em todo lugar que era chamado para dar uma “palinha”, sempre ou quase sempre na base do “paga beijo”. Apoiou e participou ativamente de projetos como a Marabaixeta, que resgatou o Marabaixo, agônico àquela época. Enfim, fez o que tinha que ser feito, pois sabíamos que teríamos seguidores confessos como os que estão aí, hoje, realizando o seu trabalho na chamada MPA.
Mesmo lutando com dificuldade, com a falta de apoio em seus projetos, dos quais alguns foram negados para aparecerem depois com outros nomes nas hostes governamentais, tivemos o apoio popular que até hoje dignifica o nome do grupo e o reconhecimento popular de comunidades e da câmara de vereadores.
Agradecemos assim, penhoradamente, a todos que nos honraram com o reconhecimento nesses quarenta anos de disseminação dessa bela cultura e música amazônica, pela nossa terra, nosso mundo identitário.
Da minha parte agradeço a todos os que um dia fizeram parte deste grupo, pelo seu importante trabalho que nos sensibilizou pela parceria, tais como Neck, Paulo da Piçarra, Osmar Marinho, Nando, Edson Maciel, Osvaldo Simões, Jorge Herberth, Marilene Azevedo e Déa. E a todos os músicos que sempre nos acompanharam e arranjaram nossas músicas, bem como aos produtores, maquiadores, contrarregras, diretores, costureiros, técnicos de som, de luz e de palco. Agradeço do fundo do coração ao meu amigo Tito Melo pelo tempo que passou conosco e que nos deixou em janeiro deste ano para sempre.
Agradeço em especial ao meu querido irmão de música Bi Trindade, presente todos os instantes no meio de nós, por sua contribuição para o fortalecimento da música popular amapaense como cantor, compositor e tradutor de músicas para o idioma francês.
Aos atuais (e de sempre) meus irmãos Juvenal Canto, grande pesquisador de músicas folclóricas, Eduardo Canto, compositor e percussionista, ao Leonardo Trindade, violonista virtuoso e Orivaldo Azevedo, percussionista e historiador, os mais novos, que estão há quase trinta anos no Grupo, pelo companheirismo que nos uniu todos estes anos em busca da consistência e da identidade da música amapaense.
Agradeço a todos os que de alguma forma nos ajudaram na divulgação dessa nobre missão, o que seria impossível listá-los: técnicos, produtores, radialistas, jornalistas e fãs, e a alguns governos municipais e estaduais que em algum momento reconheceram a importância do Grupo a para a divulgação da música amapaense, ainda em amadurecimento.
Que venham pelo menos mais 46 anos com a gente sempre unidos pela mesma causa. Obrigadão do Fernando, Juvenal, Orivaldo, Eduardo e Leonardo.
Tenho a honra de ser amigo de alguns desses caras. Pela contribuição incalculável para a música amapaense e cultura geral do Amapá, agradeço e parabenizo os “Beatles do Laguinho” (Elton Tavares).
A Prefeitura de Santana, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEME) e da Fundação de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer (FUNCTEL), torna público os editais referentes à Lei Aldir Blanc, denominados Seu Sabá, para proponentes identificados como pessoa jurídica e Odilon Sanfoneiro, para os proponentes identificados como pessoa física.
Nesta segunda-feira, 27 de setembro, o lançamento dos editais será acompanhado por uma solenidade no Restaurante Amazon Beach, às 19h, com transmissão ao vivo na página oficial da Prefeitura de Santana. Estarão presentes na ocasião autoridades federais, estaduais e municipais, como o senador Davi Alcolumbre, o governador Waldez Góes, o prefeito Bala Rocha, o secretário de Educação, Amarilson do Amaral e o presidente da Fundação de Cultura, Rogério Barbosa.
Os interessados em concorrer ao benefício terão acesso ao regulamento e anexos presentes nos editais no site da Prefeitura, e devem estar atentos aos requisitos para realização da inscrição. As inscrições devem ser feitas através do site https://inscrição.santana.ap.gov.br
Buscando homenagear artistas do Amapá, os editais levam os nomes de duas importantes figuras do cenário cultural amapaense, conhecidos como Seu Sabá e Odilon Sanfoneiro.
Contador de histórias, homem simples e da roça, Sebastião Dias de Souza, mais conhecido com Seu Sabá, foi um dos primeiros moradores da antiga Vila Maia, estabelecido na Av. José de Anchieta onde, junto de seus vizinhos, criou o ‘Terreirão da Anchieta’. O que começou como uma comemoração entre famílias, proporcionando um momento de descontração e lazer, principalmente para as crianças, tornou-se o maior evento da quadra junina de Santana.
Em 2003, aos 67 anos, Seu Sabá, grande entusiasta da quadra junina amapaense, partiu, deixando seu legado e sua memória viva na cultura local, através de seus feitos e conhecimento empírico a respeito de nossa floresta.
Carismático, talentoso, acolhedor e hospitaleiro, Antônio Odilon do Nascimento, popularmente conhecido como Odilon Sanfoneiro, nascido no Maranhão, viveu mais de trinta anos na cidade de Santana e contribuiu com a cultura local, animando forrozões e sendo mentor de diversos artistas locais.
No ano de 2019, aos 68 anos, Odilon, um dos músicos mais conhecidos do município, faleceu, deixando seu legado no imaginário daqueles que puderam acompanhar seu trabalho de perto.
Assessoria de comunicação da Prefeitura de Santana
A Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) vem atuando para promover iniciativas plurais, atendendo todos os segmentos que fazem do município de Macapá palco para a nossa valorização cultural.
Pensando em ampliar e atender todas as necessidades identificadas pelos agentes culturais macapaenses, a Fumcult decidiu anular o processo de seleção para o fomento de artistas que se dava a partir do Edital 001 de 2021.
Assim, futuramente, a Fundação vai estruturar um novo certame que seguirá ordenamentos de forma democrática, em concordância com os anseios da categoria e os direcionamentos jurídicos cabíveis e fará a devida publicidade.
Por fim, a Prefeitura de Macapá vai continuar propondo e colocando à disposição da sociedade macapaense ferramentas que agreguem manifestações contemporâneas, tradicionais e vanguardistas, tornando a capital um ambiente de participação sociocultural transversal.
Como parte da programação preparatória ao Círio de Nazaré 2021, a Comissão Organizadora da festividade, em parceria com o Villa Nova Shopping, realiza nesta sexta-feira, 24, às 19h, a abertura da Exposição Círio de Nazaré. A visitação ao espaço poderá ser feita pelo público até o dia 16 de outubro.
A cerimônia de abertura acontece com uma bênção e apresentação conduzida pelo coordenador do Círio e pároco da Catedral São José, padre Rafael Donneschi. Em seguida, a cantora Silmara Lobato presta homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, com uma apresentação musical.
Com destaque a temática da festa deste ano, “Jesus, Maria e José, Família de Nazaré, exemplo de oração, trabalho e fé”, a exposição apresentará através de 40 fotografias a participação das famílias em momentos diversificados do Círio de Nazaré de anos anteriores com o objetivo de manter viva a memória da religiosidade em torno da devoção à Nossa Senhora de Nazaré e sua importância para a cultura amapaense.
A exposição que estará aberta ao público gratuitamente, das 9h às 20h, terá um espaço de contemplação a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. Além disso, os visitantes poderão ver de perto mantos originais utilizados na imagem principal de celebrações do Círio dos últimos anos.
Serviço:
Exposição Círio de Nazaré – Villa Nova Shopping
Abertura: Sexta-feira, 24, às 19h
Período: De 24 de Setembro a 16 de outubro
Local: Villa Nova Shopping – Av. Pres. Getúlio Vargas, 341, 68900 Macapá
Diocese de Macapá Pastoral da Comunicação Contato: 98414-2731
Se ainda estivesse entre nós, ele teria 105 anos. Amilar Arthur Brenha era o que Vinícius de Moraes definiria como um músico que consegue unir ação, sentimento e pensamento.
Nascido na cidade de Pinheiros, no Estado do Maranhão, Amilar Brenha era filho de dona Francisca Costa Ferreira e José Raimundo Brenha. Aos 15 anos de idade, iniciou-se na música, incentivado por dois primos, que lhe ensinaram o primeiro dedilhar do violão.
Buscando sempre um aprimoramento, Amilar deixou Pinheiros e seguiu para a capital maranhense. Lá, além de aprimorar o toque com o violão, aprendeu a tocar banjo, violão elétrico, rabecão, contrabaixo, cavaquinho e bandolim, instrumento com o qual iria se consagrar. Na década de 50, Amilar Brenha ingressa no Circo Tetro Íbis, onde atua como palhaço e ator. Lá também ficou conhecido como mago do violão tenor.
Através desse reconhecimento e convidado pelo então deputado Coaracy Nunes, Amilar desembarca no Território Federal do Amapá, em 1958. Mas foi através do Regional da Rádio Difusora de Macapá que Amilar Brenha expandiu amizades e se tornou conhecido nos mais longínquos recantos desse Estado. A convite do violonista Nonato Leal, ele ingressa no conjunto de Aymoré Batista e passa a receber elogios públicos de autoridades da música como é o caso do mestre Oscar.
Na década de 80, o governo do Território financia a prensagem do disco de Amilar. O músico, como forma de agradecer pelo incentivo do amigo, convida Nonato Leal para gravar junto. Na verdade, numa das faces do disco ficariam músicas de Amilar e noutra, músicas de Nonato. O violonista Nonato, entretanto, abre mão do convite para aquele que seria o seu primeiro disco.
Em 85, Amilar Brenha se muda para Mazagão a trabalho. Sua popularidade cresce a tal ponto que ele é eleito vereador daquele município.Acometido de problemas de saúde, Amilar Arthur Costa Brenha retorna para a capital e vem a falecer em 20 de abri l de 1991. O trabalho do artista, entretanto, continua mais vivo do que nunca. Sua trajetória pelos grupos Os Piriricas e Café com Leite firmou marcos na música regional.
A arte urbana ressignifica espaços ociosos e degradados, levando vida e socialização para os locais em que se coloca. Essa foi a ideia inicial da artista Sarah Aranha, de 29 anos, que, objetivando criar um espaço de arte e poesia na paisagem urbana de Macapá e assim dialogar com a população por meio da criação artística, idealizou o projeto “Muro e Poesia Sociais”.
Escritora, Artesã e fundadora da Feirinha das Manas, a multitalentosa Sarah Aranha já realiza, desde 2014, publicações artísticas através da Feira do Livro do Amapá, além de ter publicado também duas antologias poéticas nacionais (Poesias Escolhidas e Elas são de Marte). Desde então, a jovem amapaense vem trabalhando em publicações virtuais e exposições em eventos de arte e feiras.
O projeto Muros e Poesia Sociais de Sarah saiu do papel em meados de dezembro de 2020, com poemas que trazem a temática de incentivo à independência emocional, empoderamento feminino e a naturalidade dos sentimentos. Em parceria com Murilo Rodrigues, também artista visual, foi possível criar ilustrações para cada parte dos seus poemas. De acordo com Sarah, a idealização do projeto só foi possível a partir da lei emergencial de incetivo ao artista, Aldir Blanc.
“Sentia muita necessidade de fundir as artes que eu praticava. No início do ano escrevi o projeto e submeti a aprovação no edital 07 da lei Aldir Blanc, fui aprovada e comecei a organizar as ideias”, conta a artista.
O projeto foi colocado em prática na semana passada, no muro do colégio Antônio Cordeiro Pontes, também conhecido por ser o antigo GM, localizado na Rua São José, no centro de Macapá. O local foi escolhido para servir como galeria aberta, pois foi onde a artista estudou boa parte do ensino fundamental e possui memórias felizes do local.
Segundo Sarah, o projeto já era uma ideia em processo, anos antes. Há dois anos ela passou a praticar a pintura artística e, desde então, passou a transmutar para a parede tudo aquilo que criava nas folhas de papel. No início desse ano, a artista escreveu um projeto e obteve aprovação pela lei emergencial de incentivo ao artista, através da lei Aldir Blanc no edital 007/2020, criada no final do ano passado.
A Lei Emergencial de Incentivo ao Artista — Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural foi lançada pelo Governo do Estado do Amapá, que realizou o repasse de mais de R$16 milhões através de editais lançados em dezembro de 2020. Os processos dos editais foram coordenados pela Secretaria de Estado e Cultura (SECULT), e tiveram como principal objetivo incentivar iniciativas artísticas e culturais durante a pandemia de Covid-19.
Os desenhos artísticos, além de trazer beleza para a paisagem coletiva, também são uma forma de levar cultura e arte acessíveis para a sociedade. Durante muitos meses da pandemia em que ainda vivemos, passamos por diversas formas de isolamento social e, segundo Sarah, isso teve grande impacto em sua vida.
“Por estar muito introspectiva pelo isolamento, esse foi um momento em que mergulhei bastante nos estudos de artes plásticas e treinos também”, relata a artista, que destaca também as várias experiências que teve durante o processo, “tive muitas experiências que me ensinaram mais sobre a minha independência emocional, sobre ser suficiente para mim mesma”, consequentemente, Sarah tentou expressar em sua arte todas as emoções vividas durante o confinamento.
Entre poesias, frases, cores, desenhos e reflexões, os artistas amapaenses transformaram o muro do colégio Antônio Cordeiro Pontes e proporcionaram a possibilidade de novos pensamentos àqueles que caminham por entre suas criações. Essa ideia de trazer mais vida a quem acompanha o cotidiano de muitas pessoas, possibilita instantes de afeto e encontro por meio do reconhecimento e reflexão proporcionados pela arte. Para Sarah, “os projetos de arte, quando colocados na rua, abrem um leque de inspiração. Eu posso inspirar crianças e jovens a produzirem arte e, dependendo do conteúdo, posso gerar reflexão e representatividade”.
Quando questionada sobre a motivação e a influência que a arte e a poesia tiveram em sua vida — e que ela tentou transmitir através do projeto —, Sarah respondeu que desde muito cedo passou a amar a literatura.
“Comecei a amar literatura na quinta série, e já estudava no GM. Li e decorei muitos poemas e me apaixonei. Esse amor foi plantado em mim por meio da leitura na escola”, comenta a artista.
De acordo com Sarah, Sereia Caranguejo, Manuella Aranha, Karinny de Magalhães e Leandra Brito foram escolhidas a dedo para servir como inspiração para os desenhos pintados pela artista, dada a proximidade e admiração mútua. “Escolhi quatro mulheres amapaenses que admiro muito e que estiveram presentes durante meu processo criativo para representar cada elemento”, ressalta.
As intervenções urbanas retiram os transeuntes de seu cotidiano urgente e agressivo e funcionam para acessar pessoas que, geralmente, não são o foco da arte formal. O objetivo da artista é trazer, através do projeto, suas crenças na natureza, visto que cada ilustração e verso se conecta diretamente com um elemento da natureza. Sarah também anunciou que planeja dar continuidade a esse trabalho, aumentando o número de escritores e ilustradores participantes e continuar colorindo a paisagem amapaense, levando poesia ao alcance dos olhos de todos.
“Meu objetivo é despertar interesse pela arte para quem passar e ver, além de provocar a reflexão sobre relacionamento e mostrar a beleza que mora no encontro da independência emocional”, finaliza a artista.