Hoje é o Dia do Goleiro – meu saudoso pai foi/é o meu goleiro preferido

No Brasil, em 26 de abril é comemorado como o Dia do Goleiro. A data foi criada há quase 40 anos para fazer uma homenagem para aqueles atletas que por muitas vezes não tem o reconhecimento devido do seu trabalho. A ideia foi do tenente Raul Carlesso e do capitão Reginaldo Pontes Bielinski, que eram professores da Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro, e começou a ser comemorada a partir da metade dos anos 70, segundo relata Paulo Guilherme, jornalista que escreveu o livro “Goleiros – Heróis e anti-heróis da camisa 1”.

Como eu já disse aqui, por diversas vezes, amo futebol. Goleiro é posição maldita do esporte bretão (chamado assim por ter sido inventado na Grã-Bretanha). Meu saudoso e maravilhoso pai, José Penha Tavares, era goleiro. Posso afirmar, sem paixão (talvez com um pouquinho dela), que ele foi muito bom.

Papai agarrou pelos times amapaenses (quando o futebol aqui era amador) do São José e Ypiranga Clube. Também foi amigo de um monte de conhecidos boleiros locais. Infelizmente, meu amigo Leonai Garcia (que também já virou saudade), esqueceu-se dele no seu livro “Bola da Seringa”.

Quando moleque, acompanhei papai em centenas de peladas. Torcia e sofria quando ele levava gols, principalmente quando falhava. Aprendi a admirar goleiros com ele. Lembro bem de expressões como: “Olha essa ponte!”, “Que defesa, catou legal!” ou algo assim, bons tempos aqueles.

Bem que tentei jogar em todas as posições, inclusive o gol (sempre era o último a ser escolhido), mas nunca consegui me destacar pela bola, mesmo antes de engordar. Não sei se as crianças de hoje ainda escolhem o pior dos meninos (ou meninas) para agarrar, aquilo é bullying (risos). Digo isso com conhecimento de causa.

Quando me refiro ao goleiro como “posição maldita”, falo de uma série de injustiças que vi goleiros sofrerem ao longo dos meus 44 anos, mas uma é mais marcante: a crucificação do arqueiro Barbosa, da seleção de 1950. Há alguns anos, assisti a um documentário sobre a derrota para o Uruguai na final daquele mundial. Aquele homem foi estigmatizado até o fim de sua vida.

Em 2010, durante uma entrevista, Zico (não preciso dizer quem é, né?) declarou que o Barbosa, no fim da vida, disse a ele: “desculpe, mas gostei de ver você perder aquele pênalti em 1986, pelo menos me esqueceram um pouquinho”. Imaginem como o velho goleiro sofria pela falha de 1950? É a maldição do goleiro.

Vi grandes goleiros jogarem. Raçudos e classudos, voadores, pegadores de pênaltis. Foram tantos que é difícil enumerar, mas lembro bem do Buffon, Gilmar, Taffarel, Raul, Dida, entre tantos outros arqueiros que nos encantaram com a segurança debaixo da trave. Mas para mim, meu pai foi o melhor de todos eles.

Este texto é uma homenagem aos goleiros profissionais e peladeiros, que se machucam em saltos destemidos, levam chutes meteóricos, além de divididas violentas. Em especial ao meu pai, meu goleiro preferido para sempre. Amo-te, Zé Penha. Um beijo pra ti, aí nas estrelas!

Elton Tavares

Rádio Difusora de Macapá volta as grandes transmissões esportivas fora do estado – Por Marcelo Guido – @Guidohardcore

Por Marcelo Guido

Os dois grandes times adversários de Belém do Pará Paysandu e Remo se encontraram mais uma vez no tapete verde do glorioso estádio Mangueirão e mais de 60 mil pessoas que estiveram presentes no local viram o Bicolor conquistar seu 50º troféu de campeão paraense, festa completa para uma gigante torcida que lotou o campo esportivo, na colossal praça de esporte.

Outro fato marcante foi à volta da Radio Difusora de Macapá a cobertura de eventos esportivos fora do estado, como foi a de Paysandu e Remo. Em mais de 70 anos de história, o veículo se fez pressente em muitos eventos esportivos Brasil e mundo afora. Por razões administrativas, o conceito de estar de corpo presente em estádios e ginásios fora do Amapá ficou de lado, mas foi retomado através da nova diretoria da Difusora, que prioriza a informação e o também o jornalismo esportivo.

A voz marcante de Humberto Moreira, conhecido como “camisa 10”, voltou a ressoar forte e a contar mais histórias do futebol e do esporte, a serviço das ondas da 630 AM, há mais de 4 décadas o narrador falou da alegria de estar presente no estádio e contar a emoção para os ouvintes.

“Olha, é uma coisa muito gratificante porque durante esse período que eu passei aqui na Rádio Difusora de Macapá anteriormente, pela Rádio Nacional também, que é uma extensão da Rádio Difusora, nós fizemos jogos dentro e fora do país, com os grandes efeitos. E agora voltando, isso é uma coisa que nos enche de alegria, de emoção. Porque sem dúvida alguma é uma coisa que faz com que a nossa carreira de radialista ela cresça e ela continue muito viva, não é? Então é uma coisa que nos gratifica, que nos enche de alegria voltar a fazer grandes eventos esportivos através da emissora mais tradicional aqui do estado Amapá”, contou Moreira.

Com uma nova roupagem e um novo compromisso, a Rádio Difusora assegura o compromisso de estar com sua equipe na transmissão e cobertura de futuros eventos esportivos, reconstruindo uma marca que já foi alcançada e reconhecida por todo Brasil com compromisso , e respeito com o ouvinte, que é maior responsável pela existência da emissora.

Após uma longa pausa de seis anos, a radio que se notabilizou pelas grandes coberturas nacionais e internacionais e voltou a atuar em um grande evento esportivo além das fronteiras estaduais, na cobertura Paysandu e Remo, no último domingo ( 15).

*Marcelo Guido é jornalista e comentarista esportivo da Rádio Difusora de Macapá

50 vezes Paysandu: Papão empata com Remo e conquista o título do Campeonato Paraense de futebol #Papão

O Paysandu é campeão paraense mais uma vez. Neste domingo, o Papão da Curuzu empatou com o Remo por 1 a 1, no Estádio Mangueirão, em Belém, e conquistou o título estadual. O gol do título foi marcado por Nicolas, que abriu o placar, de pênalti. O Remo empatou com Ronald pouco tempo depois, mas não foi suficiente para a conquista do título.

No jogo de ida, na última semana, o Paysandu havia vencido por 2 a 0 e encaminhou a conquista do título. A taça levantada encerrou jejum de dois anos do Paysandu. O Papão foi vice para o Remo em 2022 e nem chegou à decisão em 2023.

O Paysandu é o maior campeão estadual. O time chegou ao 50° título, enquanto o arquirrival Remo tem 47.

Fonte: Diário do Amapá.

Copa Cidade Pedra Branca do Amapari 2024: sorteio define confrontos da primeira fase

Já estão definidos os nove confrontos da primeira fase da 9ª edição da Copa Cidade de Pedra Branca, competição que marca o início da programação oficial de emancipação político-administrativa do município de Pedra Branca do Amapari a ser realizada nos dias 29 e 30 de abril e 1 de maio.

O sorteio aconteceu na quarta-feira, 20/3, e foi organizado pela Divisão de Desporto e Lazer (DDL), da Secretaria Municipal de Esporte do Município.

Antes do início do sorteio, o vice-prefeito Marcelo Pantoja parabenizou os 18 times que irão participar da competição mais democrática do município e ressaltou que a premiação para a edição de 2024 será ainda maior que a de 2023.

“Essas dezoito equipes têm um compromisso de empolgar seus torcedores, de fazerem uma competição com muita disciplina, combate à violência nos estádios, fora dos estádios, juntamente com os seus presidentes de clubes, e com respeito a todos, principalmente sem qualquer tipo de discriminação”, reforçou.

Confira as partidas e datas dos confrontos:

Sábado, 23 de março

Tucano 1 X Milan Amapari

Inter Veteranos X Velha Guarda Veteranos

Guarda Municipal X Boca Juniors

Tumucumaque X Revelação FC

CSKA X Fonte Nova

Domingo, 24 de março

União X Medellìn

Avaf X Riozinho

Remo Amapari X Sete Ilhas

Centro Novo X São José

Assessoria de comunicação

Poema de agora: Glicério Marques 74 anos – Marcelo Guido – @Guidohardcore

Glicério Marques 74 anos

Glicério Marques 74 anos
Campo de sonhos.
De gols , festa e alegria.
Torcidas em êxtase, títulos.

História da cidade a seu redor.
Craques inesquecíveis, viste jogar e nascer.
Enredo de vidas contemplaste.

Por um tempo, foste esquecido
Quase acabaste .
Mas tua singular importância nunca foi morta
Tuas traves perecidas pelo tempo de pé ficaram
E com um sopro de vida tu renasce.

Agora és um senhor, 74 anos renovado
Revivido, será novamente palco.
Teu solo sagrado, verá novamente a bola rolar
Bandeiras irão tremular, tristezas e alegrias
Faz ver

Muitos sonhos tu voltará a realizar
E te digo de como amigo que sou, e te dou abração
No nosso “Glicerão”.

Marcelo Guido

Estádio Glicério Marques completa 74 anos (minha crônica sobre o “Gigante da Favela”) – Por Elton Tavares

O Estádio Municipal Glicério de Souza Marques completa hoje 74 anos de fundação. O local foi idealizado pelo governador Janary Gentil Nunes e fundado em 15 de janeiro de 1950. A arena teve momentos de glória e ainda hoje é palco de jogos do Campeonato Amapaense, Copão da Amazônia e amistosos. Ali foram disputados grandes clássicos com a participação de craques amapaenses.

O estádio possui as alcunhas de “Gigante da Favela” e “Glicerão”, como o estádio foi apelidado pela crônica esportiva. Lembro-me da minha infância com alegria. Eu e meu irmão fomos agraciados com excelentes pais, que nos proporcionaram tudo de melhor possível (e muitas vezes impossível, mas eles fizeram mesmo assim).

Entre tantas memórias afetivas estão as idas ao Glicerão. Meu pai, o saudoso Zé Penha, também jogou no estádio quando foi goleiro amador dos clubes São José e Ypiranga, no time do coração, o “Clube da Torre”. Eu e o mano dávamos muito trabalho ao pai, sem falar o pede-pede. Era pirulito de tábua (aqueles marrons em forma de cone que são puro açúcar), picolé, pipoca, refri e churrasquinho. Era tão porreta!

Como já disse, quando garotos, meu pai e tio Pedro Aurélio, seu irmão, jogaram no Glicerão. Assim como muitos jovens da geração dele. A qualidade do futebol era tão boa que a galera que não tinha grana até pulava o muro para assistir às partidas. Sem falar que o Glicério já foi palco de vários shows locais e nacionais. Afinal, o velho estádio está no coração de Macapá.

Aliás, lembro daquele muro desde que me entendo por gente, pois a casa da minha amada avó fica lado do Glicério, na Rua Leopoldo Machado.

Naquele tempo rolava a charanga do Antônio Rosa, o Paulo Silva e o Humberto Moreira (lembro bem dos dois, pois sempre falavam com meu velho) faziam a cobertura dos jogos. O José Carlos Araújo exagerava na narração das partidas via rádio (a gente ia pro estádio com radinho na mão). Bons tempos!

Em 2023, após reforma e adequação do espaço (que virou um complexo esportivo), o velho estádio foi reinaugurado, com melhores condições. Que bom, pois com 74 anos de existência, a arena local que revelou jogadores como Bira, Aldo, Baraquinha, Marcelino, Jardel, Roxo (o primeiro amapaense que fez gol), Zezinho Macapá, Jasso, Miranda, entre tantos outros nomes importantes do futebol regional, segue como palco para futuros craques.

Porém, o futebol amapaense encolheu depois do “profissionalismo”, a política entrou em campo e deu no que deu: tanto o Glicerão quanto seu irmão mais novo, o Zerão, vivem vazios. Clubes tradicionais desaparecem das competições.

Para mim, há tempos o futebol amapaense perdeu o encanto, o brilho, a mágica. Nem no rádio escuto as partidas. Bom mesmo era na época em que o Zé Penha nos levava para assistir aos jogos no antigo Estádio Glicério, eu e Merson (meu irmão) assistíamos as partidas, brincávamos e nos divertíamos a valer. Quando lembro de tudo isso, a alegria entra naquele campo, escalada pela nostalgia.

Elton Tavares

*Texto adequado/atualizado do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em setembro de 2020.

Lá se foi o velho Lobo: Mário Jorge Lobo Zagallo morre aos 92 anos – Por Marcelo Guido – @Guidohardcore

Por Marcelo Guido

Mário Jorge Lobo Zagallo morre aos 92 anos. Das jogadas incríveis que encantaram e trouxeram o mundo em 58 e 62, ao ícone máximo como técnico em 70.

Zagallo era um sopro de vitalidade , técnica e raça dentro de campo, comandava a “meiuca” como poucos como jogador , era meia atacante , antes da posição ser inventada .

Zagallo construiu uma fortaleza invejável até hoje em 70. Comandou fantásticos como poucos e geriu uma orquestra que em 1970 , encantou tudo e todos . Em 94 , teve a honra de ser colocado no panteão dos imortais da bola como único tetra campeão mundial.

Zagallo , não respirava o futebol, ele foi o jogo. Um ser fantástico que veio para brindar quem gosta do jogo.

Ofensivo sempre foi, mas sem descuidar da defesa , a cozinha é algo a ser protegido, mas nunca devemos renunciar ao ataque .

Muitas vezes , por seu temperamento, não foi compreendido, erros foram muitos , e essa é a prova que ele era humano.

Faltou 98, sobrou muitas taças e títulos . E sem dúvidas o homem se foi mais ficou o ícone .

Zagallo , com a mística das 13 letras , se foi hoje, e essa é uma verdade que todos teremos que engolir.

Lembrança boa: 14 anos do hexacampeonato brasileiro do Mengão

Há exatos 14 anos, no dia 6 de dezembro de 2009, o Flamengo sagrou-se hexacampeão Brasileiro (quem diz que o Mengão não é Hexa não entende porra nenhuma de futebol). Para quebrar o jejum de 17 anos sem conquistar o título da principal competição nacional, o Mengão deu uma arrancada nas 18 últimas rodadas, nas quais foi derrotado somente duas vezes.

A reação só começou realmente na 22ª rodada do Brasileiro, quando o time era o décimo colocado. Nos oito jogos seguintes, conseguiu seis vitórias e dois empates, resultados que levaram o clube à vice-liderança na 30ª rodada. Dois jogos mais tarde, o clube atingiu dez partidas de invencibilidade no Brasileiro, fato inédito no rubro-negro desde que o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos, em 2003.

Eu, meu irmão e dezenas de amigos, fizemos a festa no Bar do Francês (a gente comemorava os gols com goles de cerveja servida em um sino) e pelas ruas de Macapá. Um dia memorável. Se dúvida, o Mengão é o maior do Brasil.

Machado de Assis dizia: “há certas memórias que são como pedaços da gente, em que não podemos tocar sem algum gozo e dor, misturas de que se fazem saudades”. Ou “relembrar é rememorar”, como diz o poeta Fernando Canto.

Naquele campeonato inesquecível, nós nos divertimos, sofremos, rimos e choramos, foi paidégua! Ah, também bebemos demais, sempre no Bar do Francês,. Para mim, o boteco mais rubro-negro de Macapá. É como dizem: recordar é viver. Mengão sempre!

Elton Tavares

42 anos do soco de Anselmo Vingador – Um texto para flamenguistas

Como bom flamenguista, sempre leio, assisto e ouço tudo sobre o Flamengo. Entre os títulos conquistados pela máquina rubro-negra dos anos 80, comandada por Zico, um fato marcou a Libertadores de 1981, conquistada no dia 23 de novembro daquele ano: um soco. Sim, uma porrada desferida por Anselmo, atacante do Flamengo no zagueiro Mario Soto, do clube chileno Cobreloa. A exatos 42 anos.

Vamos por partes. Depois de passar invicto até a final, o Mengão, campeão brasileiro de 1980, decidiu com o torneio com o Cobreloa. No primeiro jogo das finais, realizada no Maraca, o time da casa venceu por 2×1, com dois gols de Zico. Na partida de volta, no Chile, o time do Flamengo apanhou muito dos donos da casa (agressões mesmo), liderados pelo zagueiro Mario Soto (o brabão) e acabaram ganhando o jogo por 1×0.

Nessa partida, o Mengo ficou desfalcado dos jogadores Lico, com um corte na orelha e Adílio, ferido no olho. Ambos abatidos pelo defensor chileno. Li em algum lugar que ele agredia os jogadores brasileiros com uma pedra no punho fechado, se é fato, não sei dizer. Relatam jornais da época que o próprio Pinochet (um dos enviados de Satanás à Terra), nas tribunas, virou-se para um adepto e disse chocado: “Não está exagerando, o nosso Mario Soto?” Imagine como o cara estava “virado no cavalo do cão”

Então rolou a “negra”, uma terceira partida, em campo neutro, realizado há exatos 40 anos, no Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai. O Mengão, que tinha infinitamente mais bola, venceu pelo placar de 2×0, com dois gols do Galinho.

Mas ainda faltava a forra contra Soto, foi aí que, no finalzinho do jogo, o técnico do Mengo, Paulo César Carpeggiani, chamou Anselmo, um jovem atacante de 22 anos, e disse: “ vai lá e dá um soco na cara do Mario Soto”. Anselmo entrou na partida, se aproximou do zagueiro chileno e, na primeira jogada, deu um pau na cara do chileno, que foi a nocaute. O lance causou um porradal, o jogador do Flamengo foi expulso junto com Mario Soto. A decisão logo acabou e o Flamengo virou campeão da América.

Depois foi só festa. No desembarque do time no Galeão, a delegação se deparou com uma imensa faixa escrito: “Anselmo vingador!” Pronto, Anselmo era tão herói quanto Zico. Mesmo suspenso, o “Vingador” viajou com o time para o Japão, onde o Mengão derrotou o Liverpool e sagrou-se Campeão Mundial Interclube, em 1981.

Anselmo dando o soco e hoje em dia.

Li várias reportagens sobre este fato, mas as duas melhores declarações foram:

“Este episódio exprime uma contradição insolúvel do futebol e da vida. Todos nós temos discursos humanistas e politicamente corretos em favor do espírito esportivo e do sentimento cristão. Mas quem sofre uma agressão covarde não esquece. Futebol é arte, balé, xadrez, mas é um jogo viril e abrutalhado em que façanhas como a de Anselmo refletem o alto grau de testosterona e de agressividade primitiva que nos leva a correr atrás da bola. Nosso lado civilizado homenageia aqueles que descartam a vingança física e se contentam com dar o troco na bola e no placar. Mas dentro de cada fã do futebol existe um brutamontes-mirim que não resiste à poesia de um murro bem dado” – Jornalista Braulio Tavares – Jornal da Paraíba.

Mario Soto, do Cobreloa do Chile, após levar um soco de Anselmo, do Flamengo, na finalíssima da Taça Libertadores da América de futebol. Montevidéu, Uruguai. Foto publicada na revista Placar, edição 1206, em 1223/11/2001, página 37.

Tenho sobre essa porrada uma tese irrefutável – ali, graças a Anselmo, as ditaduras latino-americanas que assombraram o continente durante a Guerra Fria começaram a desabar. O destino do próprio Pinochet foi selado naquele momento. Não é a toa que, em recente pesquisa publicada na Inglaterra, acadêmicos de renome consideraram que as três quedas mais impactantes da história foram a do Império Romano, a do Muro de Berlim e a de Mario Soto na final da Libertadores.” – Luiz Antonio Simas, professor carioca.

Bom, acredito que em certos momentos, extremos claro, um murro vale mais do que mil palavras (risos). Aquele soco lavou o peito de milhões de rubro-negros. Viva o Mengão e o Anselmo Vingador! Há 42 anos, direto do túnel do tempo. Mengão sempre!!

Elton Tavares – Jornalista e flamenguista em tempo integral (e bom de porrada, rs).

Doutor Eurico, ame ou odeie mas respeite – Por Marcelo Guido – @Guidohardcore

Por Marcelo Guido

“A mão do Eurico”, documentário que estreou na Globo play conta causos aventuras e desventuras de um dos maiores vascaínos que já pisaram na terra. Truculento, bonachão, bravateiro, competente, amado por muitos e odiado por vários, serie documental que estreitou no ultimo dia 13, conta parte da vida de Eurico Ângelo Miranda, para muito o Dr. Eurico.

No Vasco desde os anos 70, como diretor de patrimônio, leal a suas convicções e antes de tudo sempre em prol a favor dos interesses do Vasco. Vasco e Eurico eram umas simbioses comuns, simplesmente um representava o outro.

Durante os anos 80, sua linhagem começa a dar o ar de voz dentro da colina histórica, seu primeiro grande feito, a volta do craque Roberto Dinamite, que depois de um período apagado na Espanha, mais diretamente no Barcelona volta para o Brasil, para o Vasco e arrebenta um Corinthians de Sócrates em um Maracanã lotado.

Os bastidores de tal epopeia de volta do craque, coloca uma possível contratação pelo rival, aliais um pré contrato já assinado e rasgado pelas mãos de Eurico, enquanto a possibilidade do maior ídolo vascaíno ir parar na Gávea , para ele era algo impensável.

Inventou com bravatas e provocações, o “clássico dos milhões”, Vasco x Flamengo, ou vice versa era só um clássico local, onde não se tinha nenhuma expressão nacional e hoje em dia discutimos, paramos o Brasil para assistir, sem duvidas esse mais um grande legado dele.

De uma figura ríspida, com um indefectível charuto nas mãos, tratava o Vasco como seu reino. Isso prejudicou muito o time, de certo. Durante muito tempo o Vasco foi um espécie de vilão do futebol nacional, mas isso não apaga os infindáveis esquadrões que o mesmo montou e fez a alegria de muitos, inclusive esse que escreve.

Eurico é antes de tudo uma figura acima do bem e do mal, que pelo Vasco desafiou de governadores de estado, senadores e ate o maior traficante de drogas do mundo na época . Ganhou muito, perdeu outro bocado, mas sem duvida alguma deixou um legado de amor para com uma instituição centenária . No qual ajudou a levantar muitas vezes. Dentre seus erros e acertos o saldo é positivo.

O Vasco que Eurico sonhou, era imbatível dentro e fora de campo, e quem não quer isso para seu time. Quem olha o futebol com amor, sem duvidas queria uma figura dessas do seu lado.

De invasões de campo, a chapéu no maior rival para retirada de um craque, da invenção da Copa do Brasil ao desafio de peitar o maior conglomerado de comunicações da América Latina. De sua maior conquista, de ser o primeiro Presidente Brasileiro nato da historia do Clube de Regatas Vasco da Gama.

Eurico partiu no dia 12 de março de 2019. Em seu leito de morte disse “Ninguém amou mais o Vasco que eu”.

E agora de certo, ao lado de muitos grandes vascaínos que já se foram, entoa como sempre entoou o “CASACA”.

E como já disse Fidel, a história também o absolverá .

Vale a pena conferir a serie. 

Fluminense vence Boca no Maracanã e conquista a América – Por Marcelo Guido – @Guidohardcore

Por Marcelo Guido

Em tarde de sol, com estádio lotado o Tricolor bate os Xeneizes levanta a taça e confirma ser o melhor time das Américas em 2023.

Um estádio , uma torcida , 15 anos da última tentativa. 04 de novembro , o Fluminense entra em campo pela segunda oportunidade de conquistar a glória máxima , a Libertadores.

O palco , não poderia ser melhor , Maracanã, oficialmente Mario Filho, um dos maiores tricolores que já pisaram nesta terra. Do outro lado um super campeão, 6 Libertadores no currículo, uma torcida apaixonada, síndrome do confronto perfeito , a ser feito por 22 homens .

O jogo começa , o Fluminense afoga o Boca em seu campo de defesa , a marcação exercida pelos comandados de Fernando Diniz se faz sentir efeito. Constante o Fluminense domina o jogo, mas dá espaço para contra ataques que uma hora ou outra vão funcionar.

Bola corre , chega a linha de fundo , cruzada na área poeticamente chega na marca da cal do pênalti, encontra ele , o abençoado argentino tricolor que fulmina a redonda para o fundo das redes. Fluminense 1×0 Boca Jrs , gol de Cano.

A volta para segunda etapa, sem surpresas , o Boca parte para o ataque , perdendo por 1, se perde por 10 , já diriam os filósofos. O Boca encurrala , chega , bate mas com um belo chute de fora da área , Advíncula empata a partida , Fluminense 1x 1 Boca .

Fim de jogo. Pela primeira vez o martírio final, os pênaltis teriam que esperar . A prorrogação , advento colocado pelos dirigentes esse ano, seria necessário.

Meia hora, da glória . Diniz mexe , coloca ele , um nome histórico , que com lances obtusos colocou o Flu na final , John Kennedy, cria de Xerém , cabelos amarelos , acerta um verdadeiro torpedo no fundo das redes adversárias . Sai expulso . Momentos . Fluminense 2×1 Boca Jrs .

Fim de jogo, festa do time de guerreiros . O Fluminense soube esperar pela glória, hoje seu torcedor pode dizer que é o maior .

E lembrem , que Fluminense simplesmente é maior que os fatos .

A favor da história, é o maior das Américas em 2023.

Que se escreva nos anais do universo que Fluminense é campeão da Taça Libertadores.

Em serviço especial, Rádio Difusora de Macapá transmite título inédito do Tricolor

Por Marcelo Guido e Fábio Maciel.

Domingo, 24 , de setembro de 2023, estádio lotado , emoções a mil o Brasil parando para acompanhar a final da Copa do Brasil.

São Paulo e Flamengo, as duas melhores equipes da competição medindo forças para levantar o troféu , comemorar o título e salvar a temporada .

Um enredo fantástico, uma história a ser contada e apresentada , a pioneira com sua equipe de esportes estava a postos para contar pelas ondas da 630 AM as emoções desse exuberante espetáculo.

Na narração espetacular de Aldimar Santos , as reportagens de Tavares Santos , o ” Bad Boy” , comentários de Marcelo Guido e o plantão de João Batista, o ” Grandão”, a Difusora figurou e participou da história escrita.

A jovem senhora de 77 anos, pioneira nas transmissões esportivas no estado , conseguiu levar a emoção para os seus ouvintes nos 16 municípios.

O jogo em si, foi um apanhado de emoções fortes , com um Flamengo correndo atrás do prejuízo e o São Paulo administrando o tempo e a vantagem.

Bruno Henrique, em lance de oportunismo abriu o marcador no final do primeiro tempo, Nestor em chute de rara beleza e mostrando um habilidade singular empatou nos acréscimos da etapa inicial.

O segundo tempo, foi marcado por lances de perigo para as duas equipes, mas o placar não foi mais alterado , final 1×1.

São Paulo campeão, festa tricolor.

Narrada e transmitida com emoção e fulgor por quem fez se fez gigante nas transmissões e está a mais de sete décadas no ar: Rádio Difusora de Macapá.

Seleção de Santana perde na estreia do Intermunicipal e busca classificação fora de casa

A Seleção de Santana enfrentou a equipe de Oiapoque na terça-feira, 19, na estreia do Campeonato Intermunicipal 2023. A equipe santanense acabou perdendo por 3 a 2 e agora precisa reverter o placar no jogo de volta contra o mesmo time se quiser continuar na competição. A partida está marcada para o dia 5 de outubro, na casa do adversário.

A torcida compareceu ao campo da Associação Esportiva e Recreativa Paraíso para incentivar o time santanense. Assim como tem acontecido desde 2021, a Prefeitura de Santana apoiou a equipe com a aquisição de materiais esportivos e estrutura para a disputa. Além disso, a Seleção de Santana terá todo o apoio no jogo de volta em Oiapoque.

“Estamos confiantes na nossa seleção. É muito bonito ver as arquibancadas lotadas incentivando o nosso time. No que depender da nossa administração, a Seleção de Santana sempre terá apoio incondicional nas disputas. Vamos apoiar até o fim e tenho certeza de que conseguiremos uma boa campanha”, disse o prefeito de Santana, Bala Rocha.

Quem prestigiou o evento pôde acompanhar uma partida movimentada e repleta de lances perigosos para ambos os lados. Com um pouco mais de sorte, Oiapoque conseguiu vantagem, fazendo três gols ao longo da partida. Apesar do resultado, para o secretário de Desporto e Lazer, Biraga Rocha, nada está decidido.

“Eu confio que podemos reverter esse resultado. Sabemos que foi um jogo em que erramos um pouco mais do que eles, mas tenho certeza de que, assim como eles conseguiram um bom resultado aqui, também podemos vencer em Oiapoque”, afirmou.

O atleta Juninho, autor de um dos gols de Santana, ressaltou que o resultado na partida não condiz com o que foi o jogo e que vai para Oiapoque com o espírito de luta.

“Infelizmente, não foi o resultado que esperávamos aqui diante da nossa torcida. Agora, vamos para Oiapoque, e nada está decidido. Só temos uma opção, que é vencer e vencer. Vamos com tudo e trazer a classificação para casa”, finalizou.

Jonhwene Silva
Assessor de Comunicação/Prefeitura de Santana

Amapaense Igor Paixão é convocado para Seleção Brasileira Pré-Olímpica de futebol

Na tarde desta sexta-feira (18), o técnico da Seleção Pré-Olímpica, Ramon Menezes, convocou os 22 jogadores para a disputa de dois amistosos da equipe em setembro. Os jogos serão contra a Seleção Sub-23 do Marrocos, ambos na cidade de Fes, no país africano, no dia 7 e o outro no dia 11.

Um dos convocados é o amapaense Igor Paixão, do Feyenoord Rotterdam, da Holanda. Essa é a primeira vez que Igor veste a amarelinha.

“Tudo no tempo dele”, escreveu o atleta em sua rede social.

Esses eventos representam uma etapa de preparação para o Pan-Americano, no Chile, de 20 de outubro a 5 de novembro, e visa também ao Pré-Olímpico, que será disputado em janeiro de 2024, na Venezuela.

“Todos esses atletas são muito inteligentes, muito bem treinados, tanto os daqui do Brasil quanto os de fora. Alguns deles foram meus atletas aqui no Sub 20 jogando no futebol brasileiro e hoje estão no exterior. O mais importante é o entendimento entre eles, quando você vai para uma preparação com pouco tempo para treinar, isso é fundamental”, disse Ramon.

Segue a lista dos convocados por Ramon Menezes:

Goleiros:

Gabriel Grando – Grêmio
Matheus Cunha – Flamengo
Mycael – Athletico

Laterais:
Arthur – Bayer Leverkusen (ALE)
Vinicius Tobias – Real Madrid (ESP)
Abner – Real Betis (ESP)
Wellington – São Paulo

Zagueiros:
Vitão – Internacional
Lucas Halter – Goiás
Robert Renan – Zenit (RUS)
Morato – Benfica (POR)

Meio-campistas:
João Gomes – Wolverhampton (ING)
Marlon Gomes – Vasco
Maurício – Internacional
Andrey – Chelsea (ING)
Danilo – Nottingham Forest (ING)

Atacantes:
Lázaro – Almería (ESP)
Marcos Leonardo – Santos
Vitor Roque – Athletico
João Pedro – Brighton (ING)
Igor Paixão – Feynoord (HOL)
Paulinho – Atlético-MG

Fonte: Diário do Amapá.