Amapá recebe novo lote com 8.750 doses de vacinas contra a covid-19

Foto: Ascom SVS

O Governo do Estado recebeu na tarde desta segunda-feira, 20, um novo lote de vacinas para o combate à pandemia de covid no Amapá. Foram 8.750 doses de imunizantes da AstraZeneca fabricado pela Fiocruz.

A Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS) prevê a distribuição desta remessa e outras que chegaram no fim de semana para a próxima quinta-feira, 23.

“Estamos recebendo um novo reforço de vacinas. São 8.750 doses da AstraZeneca que vão nos ajudar a fechar o ciclo vacinal de uma parte da população”, comentou Dorinaldo Malafaia, superintendente da SVS no Amapá.

Está previsto a chegada de mais 100 doses do imunizante da Janssen ao Amapá. As doses devem chegar na tarde desta terça-feira, 21.

Nathanael Zahlouth e Marcelo Guido
Assessoria de comunicação da SVS

Articulação em prol de Tartarugalzinho: prefeito Bruno Mineiro participa de seminário “Sudam nos Estados – Diálogos com quem promove o desenvolvimento regional na Amazônia”

O  prefeito de Tartarugalzinho, Bruno Mineiro, participou, nesta segunda-feira (20), no Palácio do Setentrião, do seminário “Sudam nos Estados – Diálogos com quem promove o desenvolvimento regional na Amazônia”, promovida pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). O objetivo da Sudam é  ouvir gestores e técnicos das cidades amapaenses  sobre demandas e com isso, trabalhar  instrumentos de desenvolvimento regional.

A abertura do evento foi feita pelo governador do Estado, Waldez Góes, que ressaltou a importância do encontro, que garantiu total apoio à iniciativa da Sudam.

A superintendente da Sudam, Louise Caroline Campos Löw, e técnicos da autarquia participam  hoje e amanhã de rodas de conversas com prefeitos, secretários de estado, assessores e  demais setores produtivos regionais. Segundo a superintendência, os dados vão subsidiar a elaboração das diretrizes e prioridades do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e outras ferramentas da Sudam para fomentar o desenvolvimento regional.

O prefeito enfatizou que o seminário é uma oportunidade de alinhamento com a Sudam para captar recursos para Tartarugalzinho. Bruno Mineiro destacou ainda que sua gestão é pautada no trabalho e diálogo com todos.

A população é muito carente e essa é uma oportunidade para que a Superintendência possa entender melhor essa nossa realidade.  Esse diálogo com a Sudam e técnicos do Estado com toda nossa equipe técnica, ajudará a estreitar nossa relação com a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia e isso resultará em desenvolvimento para nosso município. Temos convênio com a Sudam e vamos colocar em prática agora para ajudar a desenvolver o agronegócio e demais áreas que forem possíveis em nossa cidade“, comentou o prefeito Bruno Mineiro.

Estamos empenhados em fortalecer parcerias, dialogar e trabalhar articulando recursos para nosso município e promover seu desenvolvimento. É assim também com o Executivo Estadual e mandatos dos senadores Randolfe Rodrigues e Davi Alcolumbre. Seguiremos com o propósito de gerar renda e promover uma vida melhor para os cidadãos que moram na nossa cidade“, finalizou o prefeito.

Assessoria de comunicação da Prefeitura de Tartarugalzinho

Prefeitura lança programa que insere o Marabaixo nas escolas municipais

Foto: Chico Terra

A Prefeitura de Macapá lança nesta segunda-feira (20), o programa Afroamapaensises nas Escolas, que insere dentro da matriz curricular dos estudantes da rede municipal a cultura e a tradição dos povos tradicionais do Amapá. O lançamento ocorrerá às 18h, no auditório da sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), localizada na Rua Binga Uchoa, 26- Centro.

O programa é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Mobilização e Participação Popular (SMMPP), executada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) em parceria com o Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir).

Foto: Max Renê

A iniciativa nasceu a partir da necessidade da implementação pedagógica de ações que tratem das questões étnico-raciais dentro das salas de aula. Nesta fase inicial, quatro escolas municipais receberão o programa, com foco na valorização do Marabaixo, manifestação cultural e religiosa muito presente na história dos povos tradicionais aafroamapaenses.

Serviço:

Lançamento do Programa Afroamapaensises nas Escolas
Data: 20 de setembro de 2021
Horário: 18h
Local: Auditório da sede da OAB em Macapá
Endereço: Rua Binga Uchoa, 26, Centro

Lázaro Gaya
Contato: (96) 99171-1421
Assessoria de comunicação

Hoje é o Dia do Baterista – Minha homenagem aos instrumentistas #baterista #batera

Hoje (20) é o Dia do Baterista, aquele cara ou menina que fica na cozinha, mandando porrada com baquetas nos couros e nos ferros. O baterista é percussionista, músico que dá o ritmo pra música. Sua pegada é o mais importante (depois da experiência), pois define o ritmo da canção. Eles viram bicho no bumbo, surdo, chimbau, caixa e pratos, com as mãos e pés. Não encontrei a origem da data, mas este site possui uma sessão denominada “Datas Curiosas”, portanto está valendo!

Tenho uma inveja branca de quem toca, compõe ou canta. Quem faz Música é gênio! É, pessoas que fazem a trilha sonora da vida, sejam nas madrugadas em bares enfumaçados, teatros, boites ou palcos ao ar livre precisam ser festejadas. A bateria é um instrumento que exige muita concentração e principalmente coordenação motora.

Eu poderia falar do lendário John Bohan (Led Zeppelin) ou Ringo Starr (The Beatles), entre tantos outros bateristas históricos, mas prefiro homenagear os bateras amigos.

Portanto, meus parabéns aos batuqueiros: Marcelo Redig, Beatrice Alencar, Arley Costa, Rubens Ferro, Rato (Fábio Mont’Alverne – In Memorian), Valério De Lucca, Thomaz Brito, Anderson Coutinho, Júnior Caxias, Markinho Sansi, João Batera, Richard Ribeiro, Carlos Eduardo, Túlio Joelhinho, Lenilda e Magrão. Vocês são Phoda. Parabéns!

Elton Tavares

Vacinação contra Covid-19 atende pessoas com 83 anos para dose de reforço e realiza repescagem para 18 + nesta terça-feira (21)

Nesta terça-feira (21), a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) realiza a vacinação contra a Covid-19 voltada para os públicos de 83 anos aptos à terceira dose (dose de reforço), aptos à segunda dose de Astrazeneca, CoronaVac e Pfizer, além de repescagem para pessoas acima de 18 anos.

Repescagem 18+

A Semsa prossegue com o atendimento a pessoas com idade acima de 18 anos que ainda não receberam a vacina contra a Covid em Macapá. A repescagem deste público ocorre das 9h às 15h na quadra da Igreja Jesus de Nazaré e pontos de drive-thru da Praça Floriano Peixoto, Praça do Estádio Zerão, da Rodovia do Curiaú e do Marabaixo.

Dose de reforço (3ª dose)

Nesta terça-feira, a dose de reforço é destinada aos idosos com idade acima de 83 anos, indivíduos imunodeprimidos e transplantados de órgãos sólidos com laudo.

Os três grupos são considerados mais vulneráveis pelo Ministério da Saúde e para receber a vacina, o tempo mínimo é de 6 meses no intervalo entre a 2ª e 3ª dose.

O imunizante estará disponível das 8h às 13h nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Álvaro Corrêa, Novo Horizonte, Pacoval, São Pedro, Marabaixo, Raimundo Hozanan, Rosa Moita, Fazendinha, Pedrinhas, Brasil Novo e Leozildo Fontoura, além do Centro de Especialidades Dr. Papaléo Paes.

Este grupo pode ser atendido também das 9h às 15h na Universidade Federal do Amapá (Unifap), Universidade Federal do Amapá (Ueap), Instituto Federal do Amapá (Ifap), Amapá Garden Shopping e Unidade Covid Santa Inês.

2ª dose de CoronaVac

As pessoas com data de recebimento da 2ª dose marcada para esta terça-feira podem se dirigir das 9h às 15h para a quadra da Igreja Jesus de Nazaré, ou pontos de drive-thru da Praça Floriano Peixoto, Praça do Estádio Zerão, da Rodovia do Curiaú e do Marabaixo.

2ª dose de Astrazeneca

Pessoas com data de recebimento da 2ª dose marcada até o dia 30 de setembro podem ser atendidas das 9h às 15h na quadra da Igreja Jesus de Nazaré ou aos pontos de drive-thru da Praça Floriano Peixoto, Praça do Estádio Zerão, da Rodovia do Curiaú e do Marabaixo.

2ª dose de Pfizer

A 2ª dose da Pfizer será aplicada em quem está com a data de recebimento marcada até o dia 30 de setembro. A ação ocorre das 9h às 15h no Instituto Federal do Amapá (IFAP), Universidade Estadual do Amapá (UEAP), Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Unidade Covid Santa Inês e Amapá Garden Shopping.

Documentos

Para recebimento das vacinas é obrigatória a apresentação de originais e cópias de um documento oficial com foto, comprovante de residência e carteira de vacinação.

Nos casos de recebimento da 2ª ou 3ª dose, o cartão de vacinação deve conter a indicação das primeiras aplicações da vacina. Transplantados de órgãos sólidos e imunodeprimidos devem apresentar laudo médico.

Secretaria Municipal de Comunicação Social

Vacinação contra Covid-19 oferta a 3ª dose para idosos a partir de 84 anos nesta segunda-feira (20)

Nesta segunda-feira (20), a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) inicia o calendário de vacinação da semana com a oferta da 3ª dose para idosos a partir de 84 anos, transplantados de órgãos sólidos e imunodeprimidos, que possuem o sistema imunológico afetado por patologias. Este público poderá receber a dose reforço do imunizante em 17 pontos espalhados pela capital.

A Semsa também realiza a antecipação da 2ª dose dos imunizantes Oxford/AstraZeneca e Pfizer/BioNTech para pessoas com o período de recebimento até o dia 30 de setembro. Os que iniciaram seu esquema vacinal com a CoronaVac e estão dentro do prazo para o recebimento da 2ª dose poderão ser imunizados.

3ª Dose idosos +84 anos, transplantados e imunodeprimidos

Este grupo considerado pelo Ministério da Saúde mais vulnerável, devido a probabilidade de diminuição progressiva da proteção, deverá se atentar ao intervalo de imunização em seu cartão de vacinação. O tempo mínimo entre a 2ª e 3ª dose é de 6 meses.

Nesta segunda-feira (20), a 3ª dose para os idosos +84 anos, imunodeprimidos e transplantados de órgãos sólidos estará disponível das 8h às 13h nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Álvaro Corrêa, Novo Horizonte, Pacoval, São Pedro, Marabaixo, Raimundo Hozanan, Rosa Moita, Fazendinha, Pedrinhas, Brasil Novo e Leozildo Fontoura, além do Centro de Especialidades Dr. Papaléo Paes.

Além disso, os aptos também poderão se imunizar das 9h às 15h na Universidade Federal do Amapá (Unifap), Universidade Federal do Amapá (Ueap), Instituto Federal do Amapá (Ifap), Amapá Gardem Shopping e Unidade Covid Santa Inês.

Antecipação 2ª dose Oxford/AstraZeneca e Pfizer/BioNTech

Quem está com a 2ª dose das vacinas AstraZeneca e Pfizer marcadas no cartão até o dia 30 de setembro poderá realizar a antecipação dos imunizantes.

• AstraZeneca

Os aptos a receberem a 2ª dose devem se dirigir das 9h às 15 para a quadra da Igreja Jesus de Nazaré, ou aos pontos de drive-thru da Praça Floriano Peixoto, Praça do Estádio Zerão, da Rodovia do Curiaú e do Marabaixo.

• Pfizer

A 2ª dose da Pfizer será aplicada das 9h às 15h no Instituto Federal do Amapá, Universidade Estadual do Amapá, Universidade Federal do Amapá, Unidade Covid Santa Inês e Amapá Garden Shopping.

2ª dose CoronaVac

As pessoas que estão dentro do prazo de recebimento da 2ª dose CoronaVac poderão receber o imunizante das 9h às 15h nos pontos de drive-thru da Floriano Peixoto, Zerão, Curiaú e Marabaixo. Este grupo também será atendido na quadra da Igreja Jesus de Nazaré.

Documentação

Todos, tanto de 1ª quanto de 2ª dose, deverão apresentar-se com originais e cópias de um documento oficial com foto, comprovante de residência e carteira de vacinação. Para aqueles que vão receber a 3° dose, será necessário mostrar a carteira de vacinação com a indicação das primeiras doses tomadas e no caso dos transplantados de órgãos sólidos e imunodeprimidos laudo médico.

Secretaria Municipal de Comunicação Social

Prefácio do livro “Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias” – Por Fernando Canto (ontem completou um ano do lançamento da obra)

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Ontem (18), completou um ano do lançamento do meu primeiro livro. Republico o prefácio abaixo, assinado pelo meu amigo Fernando Canto. Pois relembrar é rememorar.

Foto: Flávio Cavalcante.

Prefácio do livro “Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”

Por Fernando Canto

Após a súbita subida dimensional do nosso inesquecível amigo Tãgaha Soares, o Elton Tavares me elegeu para escrever o prefácio do seu primeiro livro de crônicas e contos. Haja responsa.

Já se passaram dois anos, e eu aqui tentando alinhavar umas palavras que coubessem no seu texto carregado de frases insólitas, no conjunto do seu fazer insistente em dar forma e existência a uma produção intelectual que traz a lume no seu famoso site “De Rocha”.

Tagaha Luz, o primeiro incentivador para o livro, que morreu em 2016, no traço de Ronaldo Rony, que ilustrou o livro.

Ao leitor inabitual fica a advertência: você vai encontrar palavras inexistentes, mas deverá compreender o intuito, pois o autor é chegado a um neologismo onde realmente nenhuma palavra cabe, e a gírias atuais, modernas, que pessoas da geração dele se comunicam com libações ao redor de uma cerveja do polo sul. Fica também a informação de que palavras como: ”infetéticos”, “migué”, “tals”, “óquei”, “brodagem”, “caralístico” “paideguice”, “sequelado” e “rabugem” trazem sempre uma boa dosagem de ironia e lirismo, porque, como ele mesmo diz: “Nunca fui convencional”. E sempre que pode reafirma recorrentemente: “É isso!”

Elton Tavares e Fernando Canto, no traço de Ronaldo Rony, que ilustrou o livro.

Nestas crônicas Elton Tavares se exime de toda a responsabilidade textual que venha possibilitar relação com a sua trampagem (O cara é jornalista, brother!). Disso ele se esquiva e mergulha fundo com independência e caráter. E navega por trilhas que abre diuturnamente como o seu peso e coragem, até encontrar outros rumos temáticos. São saborosas observações do cotidiano expressas de forma, diria novamente, inusitadas, dinâmicas e expostas ao sol do equador com seus cabelos-letras-acentos ao vento do Amazonas. Se elas têm sabor, têm cheiro & pele, têm espuma & malte. Têm, sobretudo, a ausência do conservantismo prosaico e das platitudes tão comuns dos que escrevem suas observações cotidianas sem o compromisso com a escritura, ao invés de tê-la como um deleite da vida humana. Por isso elas são irretocáveis no conteúdo e irreverentes, também no endereçamento aos hipócritas.

Fernando Canto e Elton Tavares – Foto: Sharlot Sandin

Creio que as crônicas aqui escritas – muitas delas circunscritas ao Amapá – carregam gestos excruciantes que nos levam a refletir sobre a noção de espaço, pois às vezes temos a intenção de ser espaço. E, por carregarmos muitos vazios dentro de nós, antes e depois do almoço, a intenção é o próprio espaço que esperamos preencher com algo de bom que ficou da nossa vida por um tempo. As crônicas tavarianas me dão esta louca impressão de saciedade, mas depois a fome de ler volta com os cascos, que só pode ser saciada na companhia de uma cerveja bem gelada.

*Quem quiser comprar o livro, ainda tenho poucos exemplares. É só ligar ou mandar mensagem (96-99147-4038).

Elton Tavares

A tacacazeira de olhos ternos e largo sorriso – Por @alcinea

Dona Mangabeira era uma negra de olhar límpido, sorriso largo e dentes tão brancos como os guardanapos de algodão que ela mesma fazia para cobrir as panelas.

Foi uma das primeiras tacacazeiras da cidade. Era do bairro da Favela. Sua banca (naquele tempo não tinha os carrinhos de hoje) era montada na esquina da rua Leopoldo Machado com avenida Almirante Barroso. De longe se sentia o cheiro do tucupi. Esse cheiro dava água na boca atraindo tanta gente para sua banca. O camarão era vermelhinho e o jambu treme-treme.

Aos domingos, a movimentação era bem maior. Era parada obrigatória de quem passava por ali para ir ao estádio Glicério Marques assistir aos clássicos da época.

A todos – autoridade ou peão – Mangabeira atendia com alegria, contava histórias, fazia o tacacá do jeitinho que o freguês pedia.

– Mais goma ou tucupi? Quantas colheres de pimenta? Quer mais jambu?

E o freguês ia dizendo como queria.

De muitos ela sabia o gosto e já nem perguntava.

Contava que meu pai, o poeta e jornalista Alcy Araújo, era o único que tomava tacacá sem goma.

Mangabeira tinha um carinho especial pelas crianças. Para elas servia o tacacá em cuia menor e nada de pimenta.

Às vezes um moleque mais ousado pedia que ela colocasse um pinguinho. E ela, cheia de doçura, respondia: “Meu filho, criança não come pimenta”. E o moleque não insistia. O convencimento, tenho certeza, não era pelas palavras, mas pela doçura com que ela falava.

Além de tacacazeira, Mangabeira era excelente lavadeira. Daquelas que botava a roupa “pra quarar” e engomava usando ferro a carvão. Era também benzedeira, tirava quebranto de criança, fazia banho de cheiro pra curar gripe, catapora e sarampo e chás e garrafadas pra todos os tipos de males.

Mangabeira era uma imagem forte na paisagem do meu bairro e é uma das belas recordações da minha infância.

Alcinéa Cavalcante

A casca e a cultura política – Crônica de Fernando Canto – @fernando__canto (publicação em homenagem ao centenário de Paulo Freire)

É verdade que demora um pouco, mas devagar a gente vai tirando a casca que fica com a prática da profissão. Uma camada fina e imperceptível se enrosca em muitas facetas construídas e solidificadas no dia-a-dia, em função das conclusões que chegamos num esforço profundo: o de tentar ser justo sobre nossas observações.

E a máxima socrática intervém somando-se à presença quase real dos dizeres encontrados no templo de Delfos da Grécia antiga: “eu sei que nada sei”. Mas paralelamente a isso cada qual vai se fartando de conhecimento, se faltando de erros na busca de novas reflexões que a profissão exige até mesmo para a compreensão da realidade de cada um, do que possui ao seu redor.


Ao professor cabe o pragmatismo da educação e uma trajetória profissional na produção acadêmica, na qual eles têm por missão desempenhar papel sócio-político e cultural como contribuição necessária à ordem do ensino, que é formar, ou quem sabe reformar cabeças de novos cidadãos.

A maioria dos profissionais crê que despojar-se do medo da atualização ou de velhos conceitos ideológicos são necessários, e se constituem uma forma de encarar a profissão sem a arrogância do sabe-tudo e, melhor, sem o estigma do radical militante. Reciclar-se também é importante, porque faz parte do negócio. E o negócio é mesmo a negação do ócio. Aliás, é bom que se pense que uma profissão bem exercida e bem conduzida é um caminho para o sucesso material ou financeiro.


Ninguém dá tudo de graça. É preciso merecer e estar bem preparado, porque em cada ramo de atuação todos mergulham, querendo ou não, nas amarras da cultura política, essa rede impressionante que prende e libera nossas ações sociais. Mateucci e Pasquino a definiram como “o conjunto de atitudes, normas e crenças mais ou menos partilhadas pelos membros de uma determinada unidade social”. Ela é composta, portanto, de um conjunto de subculturas presentes nas nossas atitudes, normas e valores, ou seja, no comportamento de indivíduos nas ações coletivas. Diria ainda, neste caso, nas ações dos profissionais que detém os conhecimentos a respeito de si próprios e de seus contextos, de seus símbolos e linguagens utilizadas. Essas culturas formarão novas culturas políticas.

O mestre Paulo Freire afirmou que quando falamos em uma nova cultura política estamos supondo que haja uma velha, o que nos obriga a refletir como se constitui o novo. Para ele toda novidade nasce do corpo de uma ex-novidade que começou a envelhecer. Como elas não surgem por decreto, há uma ligação entre as coisas que vão ficando velhas com as coisas que vão nascendo. Ele destaca que “uma das preocupações daqueles que pretendem transformar a sociedade é exatamente lutar pela novidade, e uma das formas de se engajar nessa luta é buscar diferentes formas de ajuizar a prática política”. (Freire, Paulo. A Constituição de Uma Nova Cultura Política; S. Paulo, Pólis, 1995). E dentre essas exigências cita a coerência entre o discurso e prática, a tolerância e a humildade na vida de todos.

Sem isso, acredito como Freire, que não há formação, ética profissional, educação, e consequentemente construção da cidadania.

 

*Publicação em homenagem ao centenário de Paulo Freire, o “Patrono da Educação Brasileira”, que atuou principalmente na educação de adultos em áreas proletárias de Pernambuco. 

Mês de conscientização e prevenção ao câncer infantil: MP-AP participa da 1ª Ação Educativa do Setembro Dourado

O Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio da Promotoria de Defesa da Saúde, participou, no sábado (18), no Parque do Forte, centro de Macapá, da 1ª Ação Educativa do Setembro Dourado, que objetiva conscientizar a população, principalmente pais e profissionais de saúde, educadores e a sociedade em geral sobre a importância de se atentar aos sinais e sintomas sugestivos do câncer infantojuvenil, contribuindo com a sua detecção e tratamento precoces.

O evento foi idealizado e organizado pela Ong Carlos Daniel, em parceria com o MP-AP, Tribunal de Justiça do Amapá, Governo do Amapá e Poder Legislativo Federal, Estadual e Municipal. A campanha consiste em ações educativas nas redes sociais e palestras para profissionais da área. A ideia é evidenciar e mostrar para a população que esses pacientes “valem ouro”, por isso o dourado foi a cor escolhida.

O MP-AP foi representado pelo promotor de Justiça da Saúde, Wueber Penafort, que elogiou a iniciativa. Ele ressaltou que a ação é louvável, já que a campanha chama a atenção sobre a importância do acompanhamento pediátrico de rotina e o diagnóstico precoce da doença nas crianças.

“O MP-AP se associa a esse evento, que possui impacto significativo na sociedade. Pois trabalhar a conscientização e prevenção do câncer em crianças é essencial. O impacto dessa ação é significativo na sociedade, pois faz com que você se antecipe ao problema, antes da enfermidade agravar. A Saúde Pública se fortalece com mobilizações como essa. Desta forma, possibilita um olhar diferenciado sobre essa doença, pois não temos um hospital especializado para crianças com câncer. Portanto, parabéns a ONG Carlos Daniel e parceiros envolvidos na nobre iniciativa”, frisou o promotor de Justiça.

Câncer infantil

O câncer infantil é aquele que se manifesta do nascimento até os 14 anos de idade. Já a faixa etária do juvenil é considerada a partir dos 15 anos, com variações do limite superior entre estudos e instituições de tratamento, geralmente oscilando entre 19 e 21 anos. Os tipos mais comuns de câncer entre crianças e adolescentes são leucemia, linfomas e retinoblastomas (câncer ocular).

Sintomas

Os principais sintomas que os pais ou responsáveis devem ficar alerta são: perda de peso contínua e inexplicável; dores de cabeça com vômito pela manhã; aumento do inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações; protuberância ou massa no abdômen, pescoço ou qualquer outro local; desenvolvimento de uma aparência esbranquiçada na pupila do olho ou mudanças repentinas na visão; febres recorrentes não causadas por infecções; hematomas excessivos ou sangramento, geralmente repentinos; e palidez perceptível ou cansaço prolongado.

Sobre a ONG Carlos Daniel

A ONG Carlos Daniel, que ajuda crianças e adolescentes na luta contra o câncer, tem como objetivo estimular ações solidárias, destacando a importância dessas atitudes para a construção de uma sociedade melhor, menos desigual e mais justa.

A ONG possui seis anos de atuação e foi fundada após seu fundador e presidente, Agenilson Pereira, perder seu filho, Carlos Daniel, de 7 anos, em decorrência de um câncer. A organização pertence à Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (CONIACC), conhecida mundialmente.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Elton Tavares
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

Hoje: show de Patricia Bastos encerra a programação do 1° Festival da Canção Macapaense

Em um show especial às margens do Rio Amazonas, a cantora Patricia Bastos fecha a programação do 1° Festival da Canção Macapaense (Fescam), realizado pela Prefeitura de Macapá. A apresentação será transmitida ao vivo neste domingo (19), às 20h, e conta com a participação de Paulinho Bastos e do produtor musical Dante Ozzette.

As eliminatórias do 1º Fescam foram realizadas nos dias 17 e 18 de setembro, com apresentação de 20 artistas selecionados e transmissão pela página da prefeitura no Facebook, a partir das 20h.

Os jurados votaram nas 10 melhores canções para um álbum que será lançado posteriormente. Também serão eleitos os primeiros três lugares e as categorias de Melhor Arranjo, Intérprete e Música Popular no certame.

As inscrições para o festival ocorreram no mês de julho e o investimento é de aproximadamente R$18 mil para as premiações. O recurso é proveniente do Programa Macapá Tem Cultura, da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult). O Fescam tem organização da CIA. Oi Noiz Aki, representada neste festival pelo diretor artístico Cláudio Silva.

Show de encerramento

A cantora de timbre suave que apaixona o Amapá desde a adolescência será a apresentação final do festival criado para valorizar a música amazônica. Patrícia já participou de alguns festivais, conquistando prêmios no Festival da Canção Amapaense, em 1997, no Festival Internacional de Goiás (Festsinhá) e no Festival de Tatuí, cidade do interior de São Paulo.

Em 2014, no 25° Prêmio da Música Brasileira, foi premiada nas categorias “Melhor Cantora Regional” e “Melhor Álbum Regional – CD Zulusa”, além de seu CD ter sido indicado na categoria “Revelação”. Nesse mesmo ano, participou do Misty Fest, realizando turnê em Portugal nas cidades de Lisboa, Porto e Espinho. Em 2015, seu novo projeto “Batom Bacaba” foi um dos 6 contemplados no Edital Nacional Natura Musical.

Secretaria Municipal de Comunicação Social

Foto Gabriel Flores – flickr/prefeituramacapa

UNDERGROUND GANHA FORÇA COM MAIS UM PROJETO SONORO

Por Clarice Ventura

O underground tucuju ganha força com mais um projeto sonoro conduzido por Leal Cajari e Carlos Haussler. Trata-se da formação de parcerias para produção de música autoral.

Para esta primeira empreitada foram convidadas figuras insignes do underground amapaense, entre elas, Ruan Patrick (guitarrista e vocalista da Stereovitrola), Herleson Freitas (baixista da Resistência Pública) e Carlos Haussler (baterista da Rancor HC).

A primeira música produzida por meio dessas parcerias parte das provocações geopolíticas de Leal Cajari e Ruan Patrick, mesclando a diversidade linguística a elementos sonoros de vanguarda, inspirados pelo pós-punk e pela variedade da música percussiva regional. A letra da música conta, de forma fragmentada, uma saga que envolve muitas comunidades amazônicas, capturadas pelo sonho de prosperidade que se desmancha com o passar do tempo.

Esta música deu origem também ao nome do projeto – fértil quintal. Foi gravada e produzida por Ppeu Ramos na Casa Poliphonic. Ela faz, de maneira sagaz, uma crítica ao megaempreendimento de exploração mineral iniciado no Amapá nos idos de 1957.

“seremos uma linda Company Town / seremos um imenso fértil quintal”

Para promover este trabalho autoral, o projeto sonoro fértil quintal está produzindo um videoclipe tendo, como uma de suas locações, as ruínas dos trilhos que faziam o transporte de minérios de Serra do Navio a Santana. Na captação de imagens, o projeto fértil quintal conta com a participação de Fábio Fernandes (imagens), Carlos Haussler (roteiro, imagens, fotografia, produção e direção) e Ronaldo Rony (roteiro e produção). Para compor o videoclipe, alguns convidados muito especiais para atuar como personagens: Davi Borralho e Ronaldo Rony, além do próprio Leal Cajari. Como ainda estão captando imagens para o clipe, haverá outras participações, tanto na atuação em cena quanto na edição final do trabalho.

Para quem curte o bom e velho Rock and Roll, fértil quintal entrará para a história do underground amapaense, por sua originalidade e identificação com a vanguarda da música tucuju.

Escute aqui a música:

Trem e Santos se enfrentam na final do Campeonato Amapaense 2021

Os adversários estão definidos e as finais do Campeonato Amapaense 2021 começam na próxima terça-feira (21). Entram em campo Trem Desportivo Clube e Santos/AP após 6 rodadas classificatórias. A disputa estadual é realizada pela Federação Amapaense de Futebol (FAF) e este ano reuniu sete clubes profissionais.

O Trem Desportivo Clube venceu o São Paulo/AP nas semifinais e chegou primeiro na classificação da final por questões relacionadas aos jogos envolvendo o Independente Esporte Clube, adversário do Santos acusado de entrar em campo com jogadores irregulares. As partidas entre o Peixe da Amazônia e o Carcará foram adiadas e só aconteceram após julgamento do Tribunal de Justiça Desportiva.

Na noite da sexta-feira (17), o Santos –AP venceu o Independente com placar de 4X3 e chegou à final. Após o jogo, o técnico Minga falou dos próximos passos da equipe: “A gente joga jogo a jogo, sem projeções. Viemos de uma semana intensa, agora é fazer um regenerativo para recuperar esses jogadores e encarar a grande final que vem pela frente”, disse.

Arbitragem

Os profissionais que atuarão nos jogos da final são integrantes da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (SENAF).

Jogo do dia 21/09/2021 às 20h

ARB: Antônio Dib Moraes de Sousa -CBF/PI
AA1: Rogerio de Oliveira Braga-CBF/PI
AA2: Marcio Iglesias Araújo Silva -CBF/PI

Jogo do dia 24/09/2021 às 20h

ARB: Dewson Fernando Freitas da Silva – MASTER/PA
AA1: Barbara Roberta da Costa Loiola- FIFA/PA
AA2: Hélcio Araújo Neves-CBF/PA

Transmissão

Os jogos da final acontecem nos dias 21 e 24 de setembro, às 20h, no Zerão. Com a proibição da torcida presente nas arquibancadas, as partidas serão transmitidas pela FAF TV, por meio do aplicativo Eleven Sports.

Serviço:

Marcelle Nunes
Contato: (96) 98106-4232
Assessoria de Comunicação da FAF

Cartões do Programa Alimento na Mesa serão entregues nesta segunda-feira, 20

A Prefeitura Municipal de Santana através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SEMASC), iniciará nesta segunda-feira, 20, a entrega dos cartões alusivos ao Programa Alimento na Mesa, auxílio alimentação do município que garantirá R$ 800,00 para famílias em vulnerabilidade social.

O marco de início das entregas será acompanhado por uma solenidade na Casa da Juventude, às 09h30, sendo transmitida ao vivo na página oficial da Prefeitura de Santana. Na ocasião estará presente as autoridades da Prefeitura de Santana, como o Prefeito Bala Rocha e a Secretária de Assistência Social, Priscilla Azevedo e o Senador Randolfe Rodrigues, responsável junto ao Deputado Luiz Carlos pelas emendas que garantem o recurso para a execução do programa.

A entrega do recurso será dividida em 3 parcelas, uma de R$ 300,00 e duas de R$ 250,00. Sendo assim, o beneficiário poderá apenas realizar compras de Gás, Comida e Remédios em estabelecimentos do município de Santana.

Os aprovados deverão receber seus cartões conforme o local e a letra inicial do seu nome:

A ao H – (Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SEMASC) – Avenida São Paulo nº 203, bairro Paraíso

I ao P – (Centro do Idoso) – Rua C3 S/N, bairro Vila Amazonas

Q ao Z – (Casa da Juventude) – Rua Euclides Rodrigues nº 1397, bairro Nova Brasília

Comunicação – Prefeitura de Santana