Randolfe alerta que criação do TRF6 prejudicará o Amapá

Crítico à criação de um novo Tribunal Regional Federal, em meio à pandemia, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) fez um alerta que o novo tribunal deverá prejudicar o Amapá e estados da região norte do Brasil, na prestação de serviços jurisdicionais.

De acordo com o parlamentar, o PL 5.919/2019, aprovado na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (26) e que cria o TRF6 com sede em Belo Horizonte (MG), irá enxugar a estrutura do TRF1 que tem sob sua jurisdição o Amapá.

“Enxugará a estrutura da nossa justiça federal, em um estado que precisamos e muito da prestação jurisdicional federal”, criticou o senador.

Se implantado, o TRF da 6ª Região irá abranger apenas o estado de Minas Gerais e contará com 18 juízes, cujos cargos serão criados por transformação de outros 20 cargos vagos de juiz substituto do TRF da 1ª Região, além de cerca de 200 cargos em comissão.

Randolfe disse também que irá apelar ao presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM), para não pautar a matéria no Senado, classificada por ele como imoral e inoportuna.

“Eu sempre estarei apoiando Minas Gerais, mas este não é o momento de criar mais um tribunal seja qual for. Este não é o momento de ter aumento de cargos. Este não é o momento de ter aumentos de despesas. Este não é o momento para fazer isso, quando brasileiros estão desempregados, quando outras centenas de milhares de brasileiros estão adoecidos pela pandemia, quando outros perderam familiares. Muitos brasileiros estão vivendo e dependendo do auxílio emergencial. Não é o momento de criar tribunal”, disse Randolfe.

JÚLIO MIRAGAIA
ASCOM SENADOR RANDOLFE RODRIGUES (REDE-AP)

Paulo Tarso Barros gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo poeta!

Eu, com os escritores e poetas, Fernando Canto e Paulo Tarso Barros (nosso querido aniversariante). Foto: Sal Lima

Gosto de parabenizar amigos em seus natalícios, pois declarações públicas de amor, amizade e carinho são importantes pra mim. Além disso, o Amapá precisa preservar, reconhecer e homenagear seus grandes nomes em todas as áreas de atuação. Esse texto, além de ser uma felicitação, é um momento de reconhecimento.

Quem gira a roda da vida neste vigésimo nono dia de agosto, é o professor, escritor, contista, poeta, servidor público, membro da União Brasileira de Escritores (UBE), da Associação Amapaense de Escritores e da Academia Arariense-Vitoriense de Letras e imortal da Academia Amapaense de Letras (AAL), militante cultural e amigo deste editor, Paulo Tarso Silva Barros.

Nascido em Vitória do Mearim (MA), Paulo chegou ao Amapá com 18 anos e escolheu Macapá como lar. É um marido e pai dedicado de duas filhas (uma delas, minha querida Ingrid). Tarso é um escritor premiado, autor de várias obras e de centenas de crônicas e artigos na imprensa do Amapá, Pará, Maranhão, São Paulo, Pará e Rio de Janeiro. Paulo é um cara que começou a escrever com 13 anos. Publicou poemas em jornais, criou grupo de teatro, escreveu e dirigiu peças, produziu literatura de cordel e panfletos.

Além disso, é um incentivador da Literatura e de novos escritores. Hoje ele chega aos 59 anos, bem lidos, bem escritos e bem vividos. Pelo grande cara que Paulo de Tarso é e por tudo que ele fez pela cultura do Amapá, hoje lhe rendo homenagens.

Amigo, que seu novo ciclo seja ainda mais produtivo. Que tenhas sempre saúde e ainda mais sucesso junto aos seus amores. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

Programa “Conhecendo o Artista” recebe Vinícius Piedade

Por Marcelo Luz

Hoje (29), a partir das 21h, no Programa “Conhecendo o Artista” (transmitido pelo perfil @srta.modesto, na rede social Instagram), Kássia Modesto entrevistará o ator, diretor e escritor Vinicius Piedade, que falará sobre suas obras e vida.

Vinicius Piedade é Ator, Diretor e escritor desde 2003 percorre o Brasil e o mundo com suas apresentações. Com seus espetáculos já se apresentou em dezoito países dos cinco continentes. Participou do Projeto Solos do Brasil, aprofundando estudo sobre técnicas de teatro solo. Estudou Direção Teatral com nomes de peso da cultura nacional como, Antônio Abujamra e Gianni Ratto, Interpretação com Telma Vieira entre outros. Escreveu, dirigiu e atua no espetáculo solo “Carta de Um Pirata” que percorre todo país desde 2003.

Em 2010 fez sua primeira turnê pela Europa com apresentações de CARTA DE UM PIRATA e CÁRCERE na Suíça (Zurique e Berna) e na Alemanha (Berlin, Stuttgart e Munique). Autor dos livros: “Trabalhadores de Domingo”, “Essas Moças que me Causam Vertigem”, “Cárcere”, “Identidade”, “4 estações”. Ministrou oficinas no projeto DRAMATURGIA do SESC nacional em abril de 2007. Assistente de direção do espetáculo “Um forte Cheiro a Maçã”, estreado em julho de 2007 em Vitória-ES. Dirigiu e atua no espetáculo CARCERE que conta com texto em coautoria com Saulo Ribeiro e Trilha Sonora de Manuel Pessoa de Lima, estreado em 2008 e que continua em repertório. No ano de 2011 teve seu texto, CARCERE, editado em alemão pela editora Zuckerhut Theaterverlag.

Em outubro de 2012 fez sua primeira apresentação nos Estados Unidos, em Nova York, com o referido espetáculo (traduzido como JAILHOUSE). Diretor Artístico de shows como MOSAICO FOTO-PROSAICO da cantora Mirianes Zabot estreado em 2009, RESPIRO do cantor e compositor Cassio Carvalho que aconteceu em São Paulo e em Buenos Aires em 2011. Em 2013 apresenta-se na África (Cabo Verde), Bolívia, em Portugal, Alemanha, França, Espanha, índia, Lituânia, Turquia, Angola e ainda China no festival Internacional de Macau.

Dos seus trabalhos mais recentes, Vinícius lançou o livro de contos MEU MUNDO IRREAL e ganhou o PROAC de Obras Inéditas do estado de São Paulo para montagem do mais recente espetáculo solo HAMLET CANCELADO.

É hoje! O programa Conhecendo o Artista aguarda você para esse grande encontro!

Apresentadora: Kássia Modesto
Roteiro: Marcelo Luz
Produção: Wanderson Viana
Arte: Rafael Maciel
Artista Convidado: Vinícius Piedade

Estação Lunar: Live leva poesia, artes plásticas, Marabaixo e muita música regional (E hoje rola Estação Rock, veja a programação aqui)

Na última quinta-feira, 27, a prainha da Fazendinha foi o cenário da Live da programação do Macapá Verão 2020, com mas um projeto Estação Lunar. Houve apresentação musical, declamação poética, exposição de artes plásticas e muito Marabaixo para quem assistiu de casa.

A programação contou com exposição de artes plásticas do artista visual Ivan Amanajás, dando ênfase às belezas naturais de nossa terra. No palco, subiram Roni Moraes, Cleverson Baía, Helder Brandão e Beto Oscar, Rambolde Campos, além de Brenda Melo cantando canções regionais.

Para o compositor e músico Rambolde Campos, a emoção é grande em poder levar cultura a todos, mesmo de forma online. “Não temos muito costume, pois Live é uma coisa nova, vem crescendo de 3 anos para cá. Mas veio se intensificar agora nesse período da pandemia, uma forma muito interessante de divulgar nossa música. Hoje, o coração bateu forte mesmo, minha alegria é a música, a minha canção é autoral. Nosso objetivo é emocionar as pessoas. Essa é uma Live maravilhosa que apresenta as expressões da cultura amapaense e valoriza os artistas locais”, destacou.

O show teve também apresentação literária com declamações das poetisas Carla Nobre e Pat Andrade. “Este espaço para a Literatura é fundamental, é um segmento importante da cultura local, e o Amapá é repleto de bons escritores. Tenho 21 anos morando no Amapá, e essa é minha segunda participação no Macapá Verão, por meio da produtora OCA. Sinto-me feliz de levar conhecimento e emoção para as pessoas em suas casas”, destacou a poetisa Pat Andrade.

E quem levou os “ladrões” da expressão maior da cultura amapaense foi a Associação Cultura Devotos de São José Batuque e Marabaixo da Juventude, formada por 60 integrantes entre 11 e 25 anos, com o intuito do resgate religioso e cultural. “Somos jovens, alguns são descendentes de famílias tradicionais do Marabaixo e batuque, outros entraram porque gostam. Temos cinco anos de associação, e já realizamos várias apresentações, além de fazermos festas tradicionais. Queremos transmitir a outros jovens esses valores, mostrar nossa cultura e nossa fé, para mantermos vivas por muitos anos”, ressaltou a presidente da Associação, July Costa.

O Macapá Verão 2020 segue em sua versão online nesta sexta, 28. Tem Estação Rock a partir das 19h, com transmissão pela página da Prefeitura de Macapá e Youtube.

Estação Rock HOJE – 28 de agosto (sexta-feira):

19h às 23h – CEU das Artes

19h – Brenda Zeni (música)

19h30 – Tia Biló (música)

20h – Stereovitrola (música)

20h30 – Mini Box Lunar (música)

21h – Dezoito21 (música)

21h30 – Keona Spirit (música)

22h – Nova Ordem (música)

22h30 – Vennecy (música)

Secretaria de Comunicação de Macapá
Pérola Pedrosa
Assessora de comunicação
Fotos: Gabriel Flores

Procura-se um pen drive – Conto de Alcinéa Cavalcante – @alcinea

Conto de Alcinéa Cavalcante

– Hedynus vai lançar um CD, mas ainda é segredo. Confidenciou José a Dona Maria.

No dia seguinte, Dona Maria já tinha espalhado na aldeia toda que Hedynus ameaçava lançar um CD.

Uns ficaram torcendo para que o “evento cultural” não tardasse a acontecer naquela aldeia carente de programações culturais. E sonhavam com um grande show em praça pública, sorteio de CDs e apresentação do cantor Mascarado – que anos atrás animou um comício político e fez todo mundo rir com suas palhaçadas no palco.

Um fã de carteirinha até lembrou das palavras de Hedynus na abertura do show: “Eu canto porque o momento existe e só depende de você ser alegre ou triste”. Uau!

Outros ficaram preocupados diante da ameaça de ouvir dia e noite nas emissoras de rádio aquele tipo de música. Fora isso, o CD tocaria a todo volume nas domingueiras dos clubes e rodaria a aldeia de madrugada nos carros dos pleiboizinhos.

Um crítico musical, numa rodada de cerveja no bar do turco, perguntou:

– Não se oferece nada que preste aos jovens dessa aldeia?

Foi aplaudido por uns e contestado por outros.

As opiniões na aldeia se dividiam. “Aquilo não é arte“, diziam uns. “Deixa o cara cantar, tem gosto pra tudo”,diziam outros. E tinha aqueles que falavam “é ruim pra ouvir, mas é bom pra dançar.” E não faltava quem dissesse que era uma boa sugestão de presente para o inimigo.

Pois bem, durante algum tempo na pequena aldeia a ameaça ou anúncio de um novo CD de Hedynus era assunto em todas as rodas.

Depois outros assuntos entraram na pauta e o CD caiu no esquecimento.

Mas eis que de repente o assunto volta à baila.

Foi numa manhã chuvosa. Quem ligou o rádio de manhã cedinho, ouviu o cantor chorando copiosamente informando que um pen drive com suas músicas inéditas (as tais músicas do próximo CD) tinha sumido da sua casa.

E todo mundo começou a especular.

– Isso é jogada de marketing
– Ele tem uns amigos larápios, vai ver que foi um desses amigos que roubou
– É isso que dá andar mal acompanhado
– Graças a Deus estamos livre da ameaça
– Dizem que a polícia confundiu com droga e apreendeu.

Foi tanta coisa que falaram. Chegaram até a suspeitar de uma autoridade. Lá mesmo, no bar do turco, um maledicente disse que o sonho da tal autoridade era ser cantor de sucesso, aparecer no Fantástico e no Faustão, por isso inventou uma tal de operação que invadiu a casa do astro com a desculpa de investigar uma denúncia, mas na verdade era para afanar o pen drive de músicas inéditas para se apropriar delas e quando se aposentar sair por aí, por esse Brasilsão fazendo shows nos melhores teatros e quiçá na Europa.
Todos se calaram quando adentrou o bar do turco um fã de Hedynus com o rosto molhado de lágrimas.


O moço contou que as paredes do seu quarto são cobertas com posters do cantor. “Mais jovem, porém com a mesma boniteza”, ressaltou. E propôs, ali mesmo no bar, que fosse feita a campanha “Devolve o pen drive”. Pregariam cartazes com essa frase em todos os postes, árvores, muros, escolas, mercearias e bares da aldeia.

Ninguém contestou. Não porque apoiasse a campanha, mas porque o amor do fã pelo seu ídolo deixou todos emocionados. Um vereador, para animar o fã, disse: “Se fosse comigo eu diria: me tirem o mandato, a honra, a vida, se preciso, mas devolvam meu pen drive.”

E enquanto o fã, munido de pincel atômico e cartolina, preparava os cartazes, o ídolo se embalava tristemente numa rede folheando um surrado exemplar de “Quem mexeu no meu queijo”, obra que por muito tempo foi seu livro de cabeceira.

Membros da administração superior do MP-AP acompanharam a posse virtual no STJ

A procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (PGJ/MP-AP), Ivana Cei, e o chefe de gabinete, João Furlan, acompanharam, na última quinta-feira (27), a posse do presidente e vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministros Humberto Martins e Jorge Mussi, que irão conduzir a corte no biênio 2020-2022. A cerimônia foi realizada por videoconferência, com transmissão ao vivo pelo canal do STJ no YouTube.

Os magistrados também assumiram a presidência e vice-presidência do Conselho da Justiça Federal (CJF). Entre as autoridades presentes estavam o presidente da República, Jair Bolsonaro; o vice-presidente, Hamilton Mourão; os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli; e o procurador-geral da República, Augusto Aras.

O ministro Humberto Martins foi eleito por aclamação, em maio, e deixa a Corregedoria Nacional de Justiça pela presidência do STJ, em substituição ao ministro João Otávio de Noronha. Já o ministro Jorge Mussi deixa a 5ª Turma para ocupar a vice-presidência, substituindo a ministra Maria Thereza de Assis Moura, acumulando também o cargo de Corregedor da Justiça Federal.

“Magistratura forte, cidadania respeitada”, com essa expressão o presidente Humberto Martins encerrou seu discurso de posse, onde acenou para uma gestão participativa e agregadora, lembrando que o cidadão é o dono do poder e que a transparência e a sustentabilidade são imprescindíveis para o gestor público.

Perfil do presidente

O alagoano Humberto Martins é formado em direito pela Universidade Federal de Alagoas. É especialista em Direito Civil e em Direito Constitucional. Foi promotor de Justiça adjunto até 1982 e exerceu a advocacia até 2002, quando ocupou o posto de procurador do Estado de Alagoas. No mesmo ano, ingressou no Tribunal de Justiça alagoano como desembargador, pelo quinto constitucional da advocacia. Em 2006, tomou posse como ministro do Superior Tribunal de Justiça

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Gilvana Santos
E-mail: [email protected]

Bioparque da Amazônia passa a fazer parte do roteiro turístico de Macapá

A capital do Amapá acaba de ganhar mais um belo e importante atrativo turístico, não só para o visitante que chega à cidade, mas também para o amapaense que precisa conhecer e valorizar as riquezas da terra tucuju. Reinaugurado há quase um ano, o Bioparque da Amazônia Arinaldo Gomes Barreto, na rodovia JK, passa agora a integrar o roteiro turístico de Macapá.

Esta semana, agentes de viagem e guias de turismo fizeram uma visita técnica no Bioparque para conhecer os atrativos do local. A ideia é comercializar as mais de trinta atrações do parque nos pacotes turísticos oferecidos pelas agências de viagens.

Participaram da visita técnica representantes das agências de viagens Poroc Turismo, Life Turismo, Cunani Turismo e Cupuaçu Turismo. “Iremos incluir o Bioparque no pacote de serviços de turismo receptivo de Macapá. O turista vai poder comprar a entrada da Bioparque na própria agência de viagem”, disse Sandro Borges, da agência de viagem Cunani Turismo.

Atrativos

O Bioparque da Amazônia possui uma área de 107 hectares de florestas, no meio do centro urbano de Macapá. O espaço é formado por ecossistemas que integram floresta de terra firme, cerrado e campos inundados (áreas de ressaca). Oferece muitas atrações e uma rica biodiversidade, com exposições de espécies da flora e da fauna amazônica.

Circuito da Bioaventura ganhou novas modalidades radicais e isto tem sido o grande atrativo de visitantes. Além da tirolesa, a trilha está composta agora por Arborismo (escalada em árvore), parede de escalada, Arvorismo (trilha suspensa nas árvores) e passeio caboclo (canoagem). O espaço ainda oferece a trilha da bike, onde o visitante faz o agendamento, leva a sua bicicleta e pode se aventurar pelo meio da floresta.

Diferenciado

O pacote de serviços de turismo receptivo de Macapá inclui a Casa do Artesão, Fortaleza de São José de Macapá, Mercado Central, orla da cidade, Museu Sacada e o monumento Marco Zero do Equador. É o conhecido city tour – passeio pelos principais pontos turísticos da cidade. Segundo as agências de viagem, o Bioparque da Amazônia vai compor um pacote diferenciado.

“Iremos oferecer o Bioparque como um produto voltado mais para o turismo ecológico e de aventura. Temos muitos atrativos aqui, onde o turista pode passar de três a quatro horas de visitação. Faremos o descritivo de todos os atrativos do parque e oferecer essa maravilha aos nossos clientes”, ressaltou Sandro Borges.

Bioempreendedorismo

Para o diretor do Bioparque, Richard Madureira, um dos objetivos do espaço é fomentar e desenvolver o bioempreendedorismo, por meio da cadeia do turismo, gerando oportunidades, emprego e renda. Neste sentido, o Bioparque da Amazônia se coloca como um instrumento para fomentar a economia local, além de revelar as belezas naturais que temos em nossa capital.

O parque é hoje um dos principais pontos turísticos e de visitação de Macapá. “É importantíssimo esse atrativo fazer parte do roteiro turístico de Macapá. De outubro de 2019 a fevereiro de 2020, o Bioparque recebeu cerca de 112 mil visitantes, tanto locais quanto de outros estados e países. Todos interessados em conhecer a nossa rica biodiversidade”, destacou Richard.

Secretaria de Comunicação de Macapá
Volnei Oliveira
Assessor de comunicação

População do Amapá ultrapassou os 861,7 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE

Vista aérea de Macapá, capital do Amapá — Foto: Rogério Lameira/Rede Amazônica

Por Fabiana Figueiredo

A população do Amapá ultrapassou os 861,7 mil habitantes em julho, segundo estimativa feita anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Numa sequência de crescimento populacional todo ano, o estado teve aumento de quase 2% no número de moradores em relação a 2019.

No ano passado, eram 845.731 pessoas morando no estado e, em 2020, são 861.773 habitantes. O estudo com as estimativas das populações residentes nos 5.570 municípios brasileiros até 1º de julho foi divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (27).

De acordo com o estudo, a capital Macapá tem a maior concentração da população, com 512.902 habitantes (um aumento de 1,9% em relação a 2019); seguida por Santana (123.096 habitantes); e Laranjal do Jari (51.362 habitantes). Veja a estimativa por município, em 2020, segundo o IBGE:

A maior taxa de crescimento populacional foi registrada no município de Pedra Branca do Amapari: 3,4% (no ano passado, esse município também teve a maior variação do estado, 3,6%). O número de moradores saiu de 16.502 para 17.067 em um ano.

A menor variação é do município de Amapá: 0,9%, passando de 9.109 para 9.187 habitantes.

Na região

O Amapá é o penúltimo estado mais populoso tanto da região Norte quanto do país:

Pará – 8.690.745
Amazonas – 4.207.714
Rondônia – 1.796.460
Tocantins – 1.590.248
Acre – 894.470
Amapá – 861.773
Roraima – 631.181

No Brasil

A população brasileira foi estimada em 211,7 milhões de habitantes em 5.570 municípios, segundo o IBGE. O número representa um aumento de 0,77% na comparação com a população estimada do ano passado. Em 2019, o instituto estimou um total de 210,1 milhões pessoas.

Roraima foi mais uma vez o estado com maior crescimento populacional na comparação com o ano anterior: um crescimento de 4,19% frente a 2019, chegando aos 605,7 mil habitantes. De 2018 para 2019, havia crescido 5,1%.

São Paulo permanece como a unidade da federação mais populosa: 46,2 milhões de pessoas, concentrando 21,9% da população do país.

As estimativas populacionais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos.

O IBGE ressalta que essas populações dos municípios são estimadas por um procedimento matemático e são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos municípios.

O método baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010). As estimativas municipais também incorporam alterações de limites territoriais municipais ocorridas após 2010.

Fonte: G1 Amapá

Embrapa inicia nova fase de capacitação on line para jovens agroextrativistas do Marajó

A Embrapa Amapá iniciou na última quarta-feira, 26/08, uma nova série de quatro módulos do Programa de Formação em Políticas Públicas e Inclusão Digital, voltado para jovens agroextrativistas do município de Afuá (PA), região do Marajó. Realizado por meio do Projeto Bem Diverso, e parceria da Emater-Pará, do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Afuá (STTR) e de associações dos assentamentos agroextrativistas, a formação é composta de módulos com temas abordando agricultura familiar, saúde, educação e inclusão digital.

O webinar do módulo “Agricultura Familiar” reuniu inicialmente 12 participantes na plataforma virtual Jitsi Meet. Ao longo do dia, os conteúdos em textos, imagens, áudios e vídeos foram compartilhados em ferramentas digitais para acesso individual, acompanhados de momentos de tutorias. “Devido às dificuldades estruturais de conexão de internet na Amazônia, a Embrapa está inovando testando junto ao seu público alvo, jovens produtores agroextrativistas, novas formas de treinamento para a transferência de conhecimentos e tecnologias”, destacou a pesquisadora Engenheira Florestal Ana Euler. Ela atuou como moderadora do webinar, junto com o consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Engenheiro Florestal Carlos Augusto Ramos, Mestre em Manejo Florestal Comunitário.

Em 2018 o Projeto Bem Diverso lançou o programa de formação de jovens agroextrativistas com foco no empreendedorismo da cadeia de valor do açaí e no monitoramento das políticas públicas relacionadas à agricultura familiar. Foram realizados até o momento quatro módulos de formação, e estão previstos mais quatro até o final deste ano. “Neste momento de pandemia Covid-19, iniciamos uma nova etapa do processo de formação com foco na inclusão digital como veículo para acesso às políticas públicas, projetos e redes que promovam respostas locais aos desafios que estão postos”, destacou Ana Euler.

Um dos participantes é Wemerson Moraes Miranda, 24, da comunidade São Raimundo (Rio Serraria Grande). Ciente da realidade diferenciada, advinda com a pandemia do novo coronavírus, ele considera a internet “uma ferramenta de grande valor profissional, como também econômico” e ressalta a necessidade de investimento em inclusão digital voltada para seu potencial de uso em atividades de apoio ao desenvolvimento econômico e a cursos profissionalizantes.

Para essa nova etapa, realizada 100% online, são apresentadas novas ferramentas de navegação e participação em eventos, novos canais de acesso e divulgação de conteúdo, indicadores para avaliação dos impactos da pandemia nas comunidades, desde as práticas do agroextrativismo, passando pelo acesso a serviços de educação e assistência em saúde. “Além disso, junto com o STTR-Afuá, será realizada uma ampla consulta online às famílias sindicalizadas para entender as limitações de acesso à internet e como potencializar esse veículo como instrumento de inclusão socioprodutiva”, acrescentou a pesquisadora.

A presidente do STTR-Afuá, Marlubia da Silva Santos, 30, também participa da capacitação. “Em meio a tudo isso que estamos vivendo, a internet passou a ser nosso principal meio de comunicação e entretenimento. Mais do que nunca, é de suma importância para nós, ribeirinhos, apesar de grande parte das comunidades ainda não terem acesso a internet em suas casas. Com certeza será um grande instrumento para o desenvolvimento de ações em prol das nossas comunidades”.

Soluções locais para os impactos da pandemia

Como resultados desta capacitação, os jovens multiplicadores ampliam o conhecimento sobre políticas públicas e indicadores para o monitoramento da produção agroextrativista em Afuá, incluindo orçamento público destinado ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), PNAE e PGPMBIO, Pronaf; sobre o percentual de reforma agrária no município; e sobre a importância da cadeia de valor do açaí na economia das comunidades. Também vão elaborar propostas de soluções com relação ao monitoramento dos impactos da pandemia Covid-19.

A programação constou de temas da realidade dos jovens participantes, por exemplo, como tem sido esse período de pandemia para eles e seus familiares, qual a expectativa para a safra do açaí esse ano em termos de preço e volume de comercialização. Durante a capacitação também foi apresentado o estudo IV Baliza do Extrativismo do Açaí no Afuá, disponível para dowload neste link: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/213100/1/CPAF-AP-2020-Quarta-baliza-agroextrativismo.pdf. Neste artigo, são descritos os ciclos do desenvolvimento rural dos assentamentos agroextrativistas do município de Afuá de 1980 a 2019, dividindo-os em três balizas.

As respostas às questões de quais os ganhos socioeconômico das famílias ao longo das quatro décadas, e qual a importância dos produtos florestais na vida dos trabalhadores e trabalhadoras agroextrativistas, têm como base estudo diagnóstico realizado pela Embrapa Amapá e PNUD, em parceria com as associações locais, no Projeto de Assentamento Agroextrativista Ilha do Meio, localizado no município de Afuá-PA. O uso do termo “Baliza” para analisar os ciclos do extrativismo em Afuá, é explicado no Artigo. Esta palavra tem como significados “marco, poste ou outro sinal que indica um limite”, e na Engenharia Florestal é utilizada para demarcação de áreas e alinhamento do traçado das trilhas. Para o planejamento de estradas e verificação do caminho planejado. A direção da quarta baliza, apontada no Artigo, como futuro desejado, dependerá do equilíbrio entre tradição e cultura comunitária e fatores externos como mercado e cenário político.

O Projeto Bem Diverso é executado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). Atende seis Territórios da Cidadania em vários estados. No Estuário Amazônico (Amapá e Pará) o projeto é desenvolvido no Território da Cidadania do Marajó, com foco nas espécies açaí e andiroba. Os coordenadores locais são Ana Euler (Embrapa Amapá) e Raimundo Nonato Teixeira (Embrapa Amazônia Oriental).

Se você não deseja mais receber nossos e-mails, fique a vontade para nos informar, para o devido cancelamento no nosso mailing. Obrigada!

Dulcivânia Freitas, Jornalista DRT/PB 1063-96
Núcleo de Comunicação Organizacional
Embrapa Amapá
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Macapá/AP

Dirigentes do MP-AP participam de reunião virtual com CONAMP, CNPG e conselheira do CNMP

Na última quinta-feira (27), a procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Ivana Cei, subprocurador-geral para Assuntos Administrativos e Institucionais, Nicolau Crispino, e demais dirigentes da instituição participaram de reunião virtual com o presidente da Associação Nacional do Membros do Ministério Público – CONAMP, Manoel Murrieta; a conselheira Sandra Krieger, do Conselho Nacional dos Membros do Ministério Público (CNMP), e o presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), Fabiano Dallazen.

Também estavam na reunião online, os procuradores-Gerais de Justiça do Acre, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues; do Amazonas, Leda Mara Nascimento Albuquerque; e de Roraima, Janaína Carneiro Costa. Na ocasião, foram discutidos assuntos administrativos, que visam aperfeiçoar o trabalho da instituição.

A reunião online foi acompanhada, ainda, pelo chefe de gabinete do MP-AP, promotor de Justiça João Furlan; pelo secretário-geral, promotor Alexandre Monteiro e pelo promotor Vinicius de Carvalho, chefe do Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro – LAB-LD.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Coordenação: Gilvana Santos
Texto: Ana Girlene
Contato: [email protected]

Festa de Formatura Virtual reunirá 30 mil estudantes de todas as regiões do País

Estácio promove evento com a participação de alunos por meio de depoimentos e fotos e homenagens de familiares e atletas renomados

O ano de 2020 será lembrado pela sociedade do século XXI como o período em que a “Terra parou”, como dizia Raul Seixas. Após 5 meses de distanciamento social, por conta do novo coronavírus, a humanidade foi obrigada a se reinventar: pacientes foram atendidos por vídeo-chamadas, milhares de pessoas trabalham em regime de home-office, peças de teatros e shows sendo transmitidos pelas lives na internet e, acredite, casamentos sendo realizados em espaços drive-in, popularizados por conta das sessões de cinema dentro dos carros. No dia 29 de agosto, a partir das 20h, a Estácio também promoverá um feito inédito: o Evento Formou Virtual, grande festa de formatura para 30 mil estudantes de todo o Brasil por meio da internet, com transmissão ao vivo pelo Facebook. A iniciativa permite que estudantes, familiares e convidados celebrem a conquista juntos. A comemoração virtual seguirá todos os protocolos de uma formatura tradicional e todos os recém-formados participarão com depoimentos e fotos. Para animar esse dia tão esperado, o cantor Thiago Martins e a DJ Carol Emmerick prometem não deixar ninguém parado. A jornalista Fernanda Gentil será a Mestre de Cerimônia e Djamila Ribeiro a Patronesse dos alunos.

O Formou Virtual também contará com a participação especial de alguns Atletas do Time Estácio, que fazem parte do Pilar Esporte do programa de Responsabilidade Social Educar Para Transformar. Eles estarão presentes, parabenizando e enviando recados para os formandos. Os alunos receberão muitas homenagens, mensagens motivadoras, vídeos e fotos de momentos felizes, além de premiações e interações que vão tornar essa noite inesquecível.

Foi um semestre completamente atípico para todo o mundo. Por conta disso, o Evento Formou Virtual foi elaborado pela Estácio com o objetivo de minimizar os problemas causados pela pandemia. A Instituição fez questão de pensar em cada aluno, valorizando a jornada e entendendo a importância que a formatura tem na vida deles e de suas famílias.

— Estamos somando todos os esforços para realizarmos a tão sonhada festa de formatura, rito de passagem fundamental para os nossos alunos. Durante todo esse momento de turbulência, nós fizemos questão em apoiá-los em todos os sentidos para que eles chegassem ao dia da vitória. Com esse olhar empático, decidimos promover nosso pioneirismo, fazendo o uso da melhor tecnologia disponível para realizar um grande evento online — comenta Marcelle Lima, Gerente de Sites, Redes Sociais e Inbound da Estácio e uma das idealizadoras do evento.

Segundo Marcelle, muitos planos foram parados, rotas foram mudadas e a instituição precisava mostrar aos alunos que ela permanecia firme, se reinventando e que os sonhos dos alunos não poderiam ser adiados. Daí, a parceria com o Facebook vai permitir que esse grande “sonho real” fique gravado para sempre nas memórias dos 30 mil alunos da Estácio e de suas famílias e amigos. O Evento Formou Virtual poderá reunir de uma vez só mais de 150 mil pessoas entre estudantes, familiares, amigos e docentes.

O Facebook será o canal de transmissão da Live e também de divulgação do evento que será dividido em 3 fases para os formandos, amigos e familiares: pré-formatura; durante o evento e pós-formatura, cujos participantes terão acesso a todo o conteúdo gerado durante a festa.

O Evento Formou Virtual reunirá 30 mil formandos do período 2020.1 de diversas turmas, de várias carreiras. Entre as carreiras com mais formandos estão Direito, Administração e Gestão de Recursos Humanos.

Sobre a Estácio

A Estácio é uma das maiores e mais respeitadas instituições do setor educacional brasileiro. Há 50 anos, proporciona acesso a um ensino superior de qualidade em larga escala e de maneira única. Está presente em 23 estados e no Distrito Federal, por meio do ensino presencial, e em todo o Brasil com o ensino digital, contando com mais de 600 mil alunos matriculados. Atuante em projetos que contribuem para o desenvolvimento social e cultural do País, a Estácio apoia iniciativas ligadas ao Esporte, Escola, Cidadania, Cultura, Inovação e Empreendedorismo. O Programa de Responsabilidade Social Corporativa Educar para Transformar reflete o compromisso da instituição de oferecer uma educação acessível e de qualidade e, assim, gerar um impacto positivo para a construção de uma sociedade mais justa.

Diani Correa
Ascom Estácio Macapá

Central de Apoio Emocional da Prefeitura de Macapá funciona das 13h às 17h30

A Central de Apoio Emocional, formada pela Prefeitura de Macapá, já atendeu 200 pessoas desde o início da pandemia do novo Coronavírus. O canal segue com atendimento de escuta psicológica por telefone para pessoas que precisam lidar com o cenário atual da pandemia e o isolamento domiciliar na capital amapaense.

O serviço funciona exclusivamente por telefone de segunda a quinta, das 13h às 17h30. “Atendemos pacientes de quadros variados, entre ansiedade, síndrome do pânico, hipocondria, transtorno obsessivo compulsivo, medo, insônia, ideação suicida, luto, além de indivíduos que testaram positivo para a Covid-19”, explicou o psicólogo da Central, Jean Roger.

A proposta da central é ouvir e orientar a população sobre o cuidado com o excesso de informações ruins, os níveis de estresse com a rotina em casa, ansiedade, medo da doença e como isso pode desencadear comportamentos diversos e não muito saudáveis, seja por condição da pandemia e isolamento social, seja por sofrimentos decorrentes de outras causas, para serem escutados por um profissional da saúde mental.

A Central de Apoio Emocional é gerenciada pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf). O atendimento continua de segunda a sexta, pelos números telefônicos: (96) 98813-9006 e (96) 98813-9007. Os psicólogos retornam caso à ligação caia ou a pessoa ligue a cobrar.

Secretaria de Comunicação de Macapá
Cássia Lima
Assessora de comunicação

Breve história do gato que falava esperanto – Conto de Lulih Rojanski

Conto de Lulih Rojanski

Do nada, o gato começou a falar esperanto. Desde suas primeiras palavras, ainda no berço, se recusava à língua natural dos gatos, falada pelo resto da ninhada de maneira espontânea. Para mamar, gritava em esperanto. Fazia cocô e chamava a mãe para limpar, em esperanto. Como ela entendia, não se sabe. Talvez apenas porque fosse mãe. De modo que o gato que falava esperanto passou uma infância solitária. Era um esquisito na sociedade. Sua vida social tornou-se menos difícil quando aprendeu a usar a esquisitice em seu próprio favor. Intermediava conflitos entre cães e gatos, além de dar aconselhamento amoroso para casais de siamês com egípcio, siberiano com birmanês, persa com azul russo…

Os gatos uniam-se em matrimônio ignorando absolutamente o que um dizia ao outro. Com o tempo, passada a semana da paixão tresloucada no telhado, percebia-se a barreira da língua. Era então que o gato que falava esperanto entrava. E tudo resolvia. Pelo simples fato de compreender a raiz de cada língua.

Fez-se respeitado. De cima do muro fazia discursos paroxítonos e nos modos indicativo, imperativo e subjuntivo. Katoj! Gritava, levantando a pata dianteira em clamor, e a gataria se empinava de orgulho diante daquela referência em substantivo plural. Quando se tratava de julgamentos peremptórios, aproveitava-se da ignorância da plateia para usar a morfologia, e abusava do acusativo e do nominativo, incutindo soluções ilusórias. A arquitetura sintética de sua morfossintaxe também era utilizada para receber comida de graça, lugares quentes para dormir e conquistar as mais belas namoradas. Ensinava esperanto às novas ninhadas e proclamava o sonho de que todos os bichos falassem uma segunda língua universal. No fundo, era um bom gato, apesar da malandragem que trazia na espécie. Andava com o Koncisa Etimologia Vortaro, um dicionário etimológico de esperanto debaixo do braço, e de lá, tirava palavras que satisfaziam à curiosidade de gatos que queriam saber como se diziam certos palavrões em esperanto, fingia arrancar poemas que na verdade improvisava – em esperanto, claro – deixando felinas lânguidas e boquiabertas. Quando se candidatou a presidente nacional dos gatos, foi apoiado pelos anarquistas, pelo Centro de Mídia Independente e pela escola Bona Espero*, mas não esperava encontrar um opositor no gato poliglota que falava inglês, chinês, espanhol e hindu, que era compreendido por milhões de pessoas e que recebia apoio em dólares. Foi sua derrota. E ele, que podia ter estudado medicina, foi engolido pelo imperialismo cultural que privilegia gatos que falam inglês. Implacavelmente perseguido, teve sua família dizimada por um gato german longhair, da Alemanha, e passou a viver nas sombras, onde podia ensinar esperanto a gatos marginalizados, engajados e revolucionários.

De certo modo, nunca fora tão feliz quanto agora. E nunca compreendeu porque nascera falando esperanto. Só o que sabia de si era o próprio nome: Zamenhof. O gato que falava esperanto ainda fala esperanto.

*A Escola Bona Espero, em Goiânia, abriga crianças carentes e lhes ensina esperanto. Conto publicado no livro Gatos Pingados – Escrituras Editora – 2018.

 

O Último Dia da Tua Vida – Conto de Mauro Guilherme

Conto de Mauro Guilherme

Ouvi passos na escada. A porta rangeu. Escutei um lobo a uivar. Meu quarto só era iluminado pela luz de um abajur. Um vento frio entrou pela janela aberta, balançando a cortina. E alguém continuava subindo as escadas, mas nunca chegava ao meu quarto.

E o lobo uivava, e o vento frio, de tempos em tempos, entrava pela janela. A porta rangeu novamente. Parecia um filme de terror. Eu iria ser morto, talvez. Mas não por um ladrão ou um assassino qualquer. Eu iria ser morto pelo Chuck, o Freddy Krueger, Jason, Drácula, ou uma outra assombração maligna.

Eu estava com medo, estava paralisado. Meus olhos arregalados fitaram o ambiente soturno. Eu esperava apenas. Olhava para a porta e para a janela, esperando o que ia entrar. De repente, ouvi uma voz apavorante: “Carlos!”…”Carlos!”…Meu nome não era Carlos. Foi o que gritei: “Meu nome não é Carlos!”

Imediatamente o vento da janela cessou, os passos na escada pararam, a porta deixou de ranger, o lobo não mais uivou. Tudo o que era fantasmagórico se foi. Eu respirei aliviado…Meia hora depois ouvi um grito assustador vindo da casa ao lado…