A palavra poema Mora dentro da emoção O corpo dança a ciranda das palavras
Inerente como um passarinho bate as asas…
O poema vive de horizontes De gente que vibra as cores e sente mais Pois sabe que a vida – longe de imagem/cenário- é feita de coisas reais…
é uma pena quando o poema sai para ser mero adereço de teatro porque a rima carece mesmo é de ser sentida longe de luzes artificiais, confete e espetáculo
Poema é sede, é dor, amor Magia, necessário ninho! Como a garganta, após a lida, precisa de um bom vinho
A rima precisa estar bêbada Daquilo que se é: sonhos e gente quente Que, mais do que letras tem a bondade como semente
-O poema é muito mais que lindo Quando nele bate um coração porque o verso é mais que verbo, é palavra bendita, oração
Na última sexta-feira (22), a Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult/AP) estendeu, pela segunda vez, o prazo de inscrição para o Edital “Circula Amapá”, que busca premiar 137 iniciativas da cadeia produtiva da cultura e das artes em todo Estado. A medida visa garantir a participação do maior número de segmentos culturais. A expectativa da Secult é receber propostas que propiciem experiências artísticas a população amapaense. A submissão dos projetos segue de forma on-line, no site – http://www.secult.ap.gov.br/.
A chamada pública foi lançada no dia 18 de março pela Secult, por meio de emenda federal articulada pelo senador do Amapá, Davi Alcolumbre, com o intuito de valorizar e fortalecer a cultura amapaense, incentivando a produção local com políticas ampliadas para os projetos que favorecem a circulação de bens, produtos e serviços artísticos e culturais em âmbito local, estadual, nacional e internacional.
Deste modo, o edital contemplará os múltiplos campos da cultura no Estado, abrangendo os segmentos popular, tradicional e identitária; teatro; arte circense; dança; artes visuais e/ou plásticas; artesanato; audiovisual; livro, leitura, literatura e biblioteca; e música. Poderão participar Microempreendedores Individuais (MEI) e pessoas jurídicas de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos, que comprovem tempo de atuação de acordo com sua área pleiteada.
O projeto atenderá diversos profissionais do setor artístico, como, por exemplo, artistas, produtores, grupos, companhias, associações e demais agentes da cadeia produtiva da cultura. As premiações variam entre cinco e dez mil reais, de acordo com critérios estabelecidos no edital, totalizando um investimento na cultura de 938 mil reais. Com essa medida, a pasta quer reconhecer o trabalho desenvolvido pelos empreendedores da cultura do Estado.
Atendendo o segmento da cultura popular, tradicional e identitária, o edital contemplará grupos de marabaixo e/ ou batuque, grupos ou comunidades tradicionais, entidades juninas tradicionais ou estilizadas e grupos de capoeira. Já na vertente da leitura, literatura e biblioteca, podem participar escritores (poetas, contistas, cronistas), contadores de histórias, mediadores de leitura e demais agentes.
Segundo o secretário da Secult/AP, Evandro Milhomen, a ideia do edital é ampliar o acesso à cultura, uma política que a pasta sempre colocou como prioridade e, agora se torna ainda mais fundamental com a crise de saúde pública. “Com esse incentivo aos segmentos culturais do Estado, ganham os profissionais da cultura, mas principalmente a população do Amapá. Nesse momento triste que o mundo está vivendo, a arte irá restaurar as esperanças e mostrará um novo caminho para todos nós”, ressaltou.
Como participar
Os interessados devem realizar o cadastro no Sistema Estadual de Informações e Indicadores Culturais – SEIIC, sendo pré-requisito para participar do edital. A Secult/AP disponibiliza em seu site vídeos explicando aos interessados sobre o funcionamento do Edital e como proceder no ato da inscrição. Além disso, os técnicos da Secretaria também estarão à disposição dos artistas e produtores culturais para sanar quaisquer dúvidas sobre o certame, por meio de ligações e WhatsApp no número – (96) 98808-0736. O acesso também pode ser via o e-mail da Secult/AP: [email protected].
As borboletas não desistem, inconscientes de seu nome impróprio. As estações renovam-se sem erro e teimas ainda em te certificares| de que não é pecado dizer: ó beleza, sois a minha alegria. Abre-te, Jonathan é apenas um homem, se lhe torceres o lábio zombeteira a lança dele reflui. Um inseto esgota a razão toda, rói com sabedoria as sumas, uma gota de seiva mata um homem. Portanto entrega-te ao que te faz tão bela quando ris. A ópera não é bufa, é só um não-saber rasgado de clarões. Se Jonathan for deus estarás certa e se não for, também, porque assim acreditas e ninguém é condenado porque ama.
O site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br) anunciou nesta sexta-feira, dia 29, os selecionados para o edital Poesia Surda, quarto da série Arte como respiro: múltiplos editais de emergência, voltado exclusivamente para poetas surdos ou com deficiência auditiva.Foram contemplados 100 trabalhos de todos as regiões do Brasil– 77 deles na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e 23 em Visual Vernacular (VV), recurso artístico e poético próprio das línguas de sinais, também conhecido no Brasil como Libras 3D.
Dentre os contemplados está a amapaense Jaqueline Freitas de Miranda.
“Acredito que este seja o primeiro edital neste modelo, voltado para a produção poética de pessoas surdas ou com deficiência auditiva e ficamos muito satisfeitos com o resultado”, observa Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural. “Este chamamento é mais um passo em nossa política de acessibilidade, que iniciamos há oito anos tendo como foco o protagonismo das pessoas com algum tipo de deficiência”, completa.
O processo foi iniciado em 2012 com a contratação de um educador surdo e a oferta de videoguias nas exposições. Até antes da pandemia, além dos espetáculos, palestras e debates – presenciais e transmitidos pela internet – contarem com interpretação em Libras, todas as exposições apresentavam mecanismos de inclusão, como audiodescrição, audiovisuais em Libras, piso e objetos táteis. Neste período de suspensão social, os instrumentos acessíveis acompanham a organização em sua programação e conteúdos 100% digitais. Do mesmo modo, já estão sendo repensados os protocolos e meios para retomar as medidas adotadas nas atividades presenciais.
Seleção
Sobre o processo de seleção dos trabalhos recebidos no edital Poesia Surda, Valéria Toloi, gerente do Núcleo de Educação e Relacionamento do Itaú Cultural, destaca a diversidade de temas dos poemas recebidos e sua origem. “Recebemos poesias potentes de todo o Brasil, e pudemos contemplar nessa seleção todas as regiões do país”,comemora ela. Tais resultados também possibilitam ao Itaú Cultural efetuar um mapeamento desta produção cultural e de quem e o que está sendo produzindo no universo desta linguagem literária.
De norte a sul e leste a oeste do país, as 100 poesias selecionadas vem de 16 estados: Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás,Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. Os temas são variados abordando a atualidade vivida pela ação do Coronavírus, o empoderamento feminino, empoderamento surdo, identidade, liberdade de expressão, diversidade de corpos, entre outros.
Os autores contemplados receberão, cada um,o valor bruto de R$ 2,5 mil. Fica a cargo do Itaú Cultural a sua forma de exibição, podendo chegar ao público por meio da grade de programação virtual da organização,por suas redes sociais ou, ainda, pelos canais e mídias dos próprios artistas.
“gente morre todo dia mas agora tudo é covid racismo trans e homofobia ninguém morre mais de morte morrida”
a troco de nada tantas estatísticas não são números são vidas APAGADAS nomes não-registrados no abecedário do negacionismo reacionário
não apenas cêpêefes corações pulsantes de sonhos com o peito arfante sem ar jamais serão esquecidos por nós ou afogados nesse mar de desespero e lodo onde estamos todos tentando nadar
tem a memória que do outro lado da porta brinca de molhar os pés é sempre um jeito de me dizer que o rio barrento é como um milagre que é um amor que é uma passagem de Deus aqui ao menos o rio será o tempo um relógio de marés-minutos que a todo instante quer beber a cidade o corpo da cidade como tudo isso nasceu eu não sei dizer esse ruído de rio esse rio que pula muro esse rio que já esteve aqui dentro do peito da cidade agora é um quintal onde são josé brinca faz suas travessuras sobe nas árvores adoça a boca com fruta e volta a olhar a ilha o sol quando nasce no rio é partícula de poesia e vai ficando cheio de sol e tudo de repente é poesia vira um poema de rio vira um poema de verão penso que se jogar a rede agora pesco um paneiro cheio de poemas pesco… o rio outro dia estava solitário de maresia e um barco passando fez uma linha bem na sua aorta o rio não revidou o rio fechou os olhos cansado do dia o rio sonhou que era um menino correndo brincando nas poças da chuva você rio maior da poesia visto do espaço é um caminho sem fim um cabelo emaranhado linhas e linhas de água riscadas pelas canoas rio amazonas, no princípio tinha um poema ilhado para uma cidade submersa recortes de histórias pessoas mistérios e lendas agora é um caminho sem volta a cidade sempre fui eu você me submergiu cresceu poesia em mim
Hoje (30), a partir das 16h, será realizado o segundo dia do Festival “Arte na Janela”. Ao todo, mais de 20 pessoas entre artistas e profissionais da área da saúde estão envolvidos no evento online. O grupo litero-musical Poetas Azuis está entre as atrações deste sábado.
O Festival Online Arte na Janela, idealizado pelo cantor, Vini Gonçalves em parceria com a Gabrielly Cristiny, é um movimento artístico social que tem como intuito conscientizar sobre a importância da quarentena, por meio de lives com artistas e profissionais da saúde, promovendo debates sobre saúde mental e prevenção contra a covid-19. Cada artista tem 30 minutos de live, em suas respectivas redes sociais, para conscientizar, conversar com os seguidores e claro fazer sua performance.
Ontem (29), a abertura do Festival contou com a psicóloga Carla Madeira, Nathalia Nery e Ítalo Santos, Índ’go, Fernanda Canora, Maria Lopes, Ani Karoline, Indiegentes, Vini Gonçalves, Jhimmy Feiches.
Sobre os Poetas Azuis
O grupo litero-musical surgiu em junho de 2012 na capital amapaense e foi criado pelos poetas Pedro Stkls e Thiago Soeiro em parceria com o produtor musical Igor de Oliveira. A poesia-musical dos Poetas Azuis reúne elementos diversos tendo como principais influências o Folk, MPB, MPA e o Marabaixo (dança tipicamente amapaense). Suas letras abordam temas como o amor, a saudade, a solidão e as histórias do cotidiano.
Programação completa do Festival para este sábado:
16:00 – Acadêmico e técnico de enfermagem Lucas Rodrigues – Abertura no @_artenajanela, @_lucas_rodrigues_lr)
16:30 – Natália Tupinambá – live no @natalialob0_
17:00 – Anthony Barbosa – live no @thonny_barbosa
17:30 – Jovem Carvalho – live no @carvalh0_l
18:00 – Effy Anspach – live no @effyanspachart
18:30 – Joao Roberto – live no @joao_roberto_ribeiro
19:00 – Nicole Leone – live no @leone.niki
19:30 – Poetas Azuis – live no @poetasazuis
20:00 – Jessy Abreu – live no @jessyabreuu
“Fale de sua aldeia e estará falando do mundo” – Leon Tolstói.
O Festival Online Arte na Janela é um movimento artístico social que tem como intuito conscientizar sobre a importância da quarentena, por meio de lives com artistas e profissionais da saúde, promovendo debates sobre saúde mental e prevenção contra a covid-19. O festival acontece via Instagram no dias 29 e 30 de maio.
O festival foi idealizado pelo cantor, Vini Gonçalves em parceria com a Gabrielly Almeida , para eles a ideia é fazer tudo de uma maneira bem espontânea e sem aglomerações. Uma das regras do festival é que os artistas não podem gerar aglomerações nas lives, sendo permitido apenas um representante da banda durante a transmissão, exceções quando tiver pessoas que moram juntos. “Se vamos falar de conscientização é importante darmos o exemplo”, destaca Vini.
Eles contam ainda que cada artista terá 30 minutos de live para conscientizar, conversar com os seguidores e claro fazer sua performance. “Esse encontro online é para mostrar que a arte não é só entretenimento, mas ela também é luta, resistência e critica. Uma ferramenta de mudança no mundo, onde o artista tem sua voz”, comenta, Vini
Na dinâmica das lives do festival cada pessoa fará a transmissão no seu próprio instagram em uma hora marcada pela organização tendo o tempo de meia hora para fazer sua apresentação.
Programação:
Dia 29
16:00 – Psicóloga Carla Madeira – Abertura no insta @_artenajanela, @psicarlamadeira
16:30 – Nathalia Nery e Ítalo Santos – live no @orbita.neutra
17:00 – Índ’go – live no @indigo_ap
17:30 – Fernanda Canora – live no @canorafernanda
18:00 – Maria Lopes – live no @mariadasarte
18:30 – Ani Karoline – live no @_wir3s
19:00 – Indiegentes – live no @bandaindiegentes
19:30 – Vini Gonçalves – live no @vini_gonclves
20:00 – Jhimmy Feiches – live no @jhimmyfeiches
Dia 30
16:00 – Acadêmico e técnico de enfermagem Lucas Rodrigues – Abertura no @_artenajanela, @_lucas_rodrigues_lr)
16:30 – Natália Tupinambá – live no @natalialob0_
17:00 – Anthony Barbosa – live no @thonny_barbosa
17:30 – Jovem Carvalho – live no @carvalh0_l
18:00 – Effy Anspach – live no @effyanspachart
18:30 – Joao Roberto – live no @joao_roberto_ribeiro
19:00 – Nicole Leone – live no @leone.niki
19:30 – Poetas Azuis – live no @poetasazuis
20:00 – Jessy Abreu – live no @jessyabreuu
Que nasçam pequenos sóis dentro de você Para que as flores possam florescer Ainda que em tempos de pouca aquarela
E que a palavra esperança dance No seu dia e cotidiano Pois, mesmo em meio às mais profundas turbulências Ainda é preciso sonhar.
E que seu maior lar Seja seu corpo, seu templo Guardado, dentro do possível Para viver este maravilhoso mundo
Quando enfim, isso já for possível…
Que você seja generoso por dentro Sabendo que longe da partilha não há união E que tudo o mais é desnecessário Lição acentuada por este novo dia a dia
– Onde estar vivo É sempre a maior alegria.
Que fiques bem, com os seus… Que eles estejam guardados pela graça e poder do amor E que a vida seja generosa em te guardar Para que depois, num abraço,
Hoje comecei a ler aquele livro que há tempos me interessava Uma descoberta na internet um acaso tipicamente despretensioso guardado na memória afetiva Mas como sempre precisei de alguns dias até ganhar a concentração suficiente para ler um livro de poesia Era preciso acumular alguns dias de trabalho vencer todos os prazos de entrega ver aquele filme do fim da lista de coisas irremediáveis que no final deixou aquela sensação de um poema prestes a nascer aquela música cantarolada só na cabeça que acabamos de inventar um final alternativo para o filme que acabamos de ver É preciso saber a hora certa para se ler um livro de poesia assim como saber a hora da partida e a hora da chegada do poema Acabei de lembrar por quê comecei a ler o livro que há tempos me interessava Lembrei que gosto da bagunça de certos poemas que não precisam rimar o final ou falar explicitamente do amor “Isso é real life” ela disse Hoje atrasei mais um dia para escrever este poema.
O sarau é uma iniciativa da escritora Débora Menezes, autora do livro Amor Roxo por Manaus e Outras Histórias, e começou com escritoras (e alguns escritores) de Manaus no início da quarentena, em março deste ano, e é realizado sempre aos domingos. Os convidados são poetas da região Norte, entre eles, Silvia Grijó, Pricilla Conserva, Tainá Vieira, Priscila Pinto e Rafael Cesar de Manaus; Neto Freitas e Marcelo Freire de Roraima; Marcela Bonfim de Rondônia e Lara Utzig, Mary Paes, Fernanda Canora e Fernanda Magalhães do Amapá.
Agora, as próximas convidadas são as poetas Negra Áurea e Pat Andrade, ambas daqui de Macapá. Durante a live, muito bate-papo, troca de experiências, histórias de vida e, claro, poesia.
Sobre Negra Áurea
Maria Áurea dos Santos do Espirito Santo ou simplesmente “Negra Áurea” é uma poeta nascida em Igarapé-Miri no Pará. Como formação, possui Magistério, é pedagoga pela UNIFAP/AP, especialista em Gestão do Trabalho Pedagógico pela Faculdade Atual e Educação de Jovens e Adultos pelo IFAP/AP e Mestra pela Universidade Três Fronteiras no Paraguay. Mora em Macapá desde 1996 e trabalha na Educação do estado.
É uma das precursoras do Movimento Literário Afrologia Tucuju, que trata da historicidade, religiosidade, autoestima e subjetividade do negro. Um grande movimento literário com temáticas voltadas para a relação étnico-racial, no combate ao racismo, discriminação e preconceito e a consolidação pedagógica das leis 10.639/03 e a 11.645/08.
Sobre Pat Andrade
Pat Andrade é uma poeta amazônida. Atualmente, vive em Macapá. É acadêmica do curso de Letras da UEAP. Há mais de 13 anos, vende seus poemas em publicações que ela mesma produz. Já são mais de 25 livrinhos artesanais e pelo menos dois livros virtuais. A autora é colaboradora do Site De Rocha!; tem poemas publicados na coletânea Jaçanã – Poética Sobre as Águas e seu trabalho é estudado por acadêmicos do curso de Letras da Unifap e em algumas escolas da rede pública estadual de ensino.
Pat se considera uma militante da Literatura: visita escolas, universidades e participa de eventos literários e culturais, os mais diversos. Vai assim, semeando a palavra, colhendo brisa e plantando tempestades.
Neste domingo (24), às 20h, o Sarau O Norte é Forte será transmitido ao vivo, pelo Instagram.
eu menti pra você todas as vezes em que disse que te amo tudo o que um amor grande pode comportar não se pode medir um sentimento o amor não tem distâncias terminadas margens medidas contenções ordinárias o amor não se rende a prosaísmos poéticos é um sentimento imenso feito as águas correntes de um rio furioso não há olhar que o decifre mãos que o alcancem palavra que o detenha