Poesia de agora: Semáforo Amazônia – @julio_miragaia

Foto: Júlio Miragaia

Semáforo Amazônia

Os meninos e as meninas
Do semáforo Amazônia
Cruzam a rua-rio,
Entre os ventos
E as águas
do ParaAmapá;

Partem em canoas,
Anfíbias e vagorosas,
Desafiando e vencendo
A desenvoltura das ondas
Barrentas e imparáveis;

Os meninos e as meninas
Do semáforo Amazônia
Brincam de encantaria e de solidão,
À espera das embarcações;

Pequenos deuses da mata,
Trajados de sol e de chuva,
A receber quem parte de Santana,
A receber quem volta de Belém;

Os meninos e as meninas
Do semáforo Amazônia
São passagem e espera
A quem os é pela lonjura;

Resgatam do rio
Qualquer coisa semelhante
A caridade e tradição, lançadas
Por urbanas mãos de viajantes;

Pelas veias abertas da floresta, vê-se o colorido de roupas em solitários varais de dezembro. A embarcação se distancia das crianças encanoadas, que se enfileiram atrás da estrutura férrea que segue em direção ao oriente.

Júlio Miragaia

Abrasel lança concurso para chefs de cozinha do Amapá

Foto: Diário do Amapá

Por Luíza Nobre

A Associação Brasileira de Bares e restaurantes (ABRASEL), lançou na manhã da quarta, 26, o edital para o concurso de chefs de cozinha do Amapá. A edição 2022 traz novas categorias, sendo elas Chef Burguer, Chef Pâtisserie, Chef Pizzaiolo e Chef Bartender. Na categoria Chef Profissional, o ganhador se classifica para a etapa nacional do prêmio Dólmã, no mês de agosto.

Para participar, o candidato precisa comprovar um ano de experiência na categoria de inscrição e desenvolver uma receita autoral para a prova prática. No caso da competição profissional, precisa comprovar a experiência mínima de cinco anos de atuação com gastronomia. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do link: https://doity.com.br/concursoenchefsap2022.

“O Primeiro festival gastronômico 100% delivery do mundo foi no Amapá, em 2020. Agora, a nossa pretensão, após avanço da cobertura vacinal, é retomar os festivais presenciais na cidade, tanto o Brasil Sabor quanto o Bar em Bar. Semana passada lançamos o edital do Brasil Sabor e em menos de 24h as vagas foram preenchidas”, diz Sandro Bello, vice presidente da Abrasel Amapá.

De acordo com a ABRASEL, o setor de alimentos representa 2,3% do PIB do estado do Amapá, gerando mais de 15 mil empregos ao ano. Depois da Expofeira, os festivais gastronômicos são os eventos que mais movimentam público na região metropolitana.

Fonte: Diário do Amapá.

CAMALEÕES URBANOS – Crônica porreta de Fernando Canto

Crônica de Fernando Canto

Por morar próximo a mata da Infraero minha casa vive cheia de passarinhos e abelhas em busca de alimento e água. Vez por outra uns sapos dão as caras. Mas um dia desses apareceu um camaleão que ficou hospedado mais de três dias entre o jardim e um açaizeiro, vindo, talvez, por um terreno baldio atrás do meu quintal.

O bicho parecia um dinossauro saído de um filme de Spilberg, com seu andar imponente. De repente corria rápido, fugindo ao olhar curioso dos habitantes da casa. Ficou dias no alto do açaizeiro, contemplado até pelas visitas que o admiravam sem incomodá-lo, ali, impressionantemente imóvel, olhando o tempo, aventando uma possibilidade de fugir pelo muro alto ou talvez do faro esperto dos cachorros da rua. Ao meio do quarto dia sumiu. Mas não sei se sobreviveu, pois a sua cauda de cerca de um metro e meio estava com a ponta quebrada e assim mesmo ele reagia aos que chegavam muito próximo para lhe fotografar, abanando-a com violência para se defender.

O interessante é que veio logo à memória um “ladrão” de Marabaixo muito cantado e antigo, cujos versos dizem:

“Eu vim neste Marabaixo
Você não me dá alimento
Eu não sou camaleão
Que enche o papo de vento”

A estrofe do cantador-compositor mostra logo o seu protesto contra o festeiro de alguma comunidade distante da sua, que deve ter lhe oferecido comida, bebida e todas as mordomias da festa para que ele fosse cantar, e não lhe deu o essencial na hora da fome, querendo dizer que vento não enche barriga.

Mas quem é esse réptil que a televisão mostrou servindo de alimento a famílias flageladas na mais recente seca do Nordeste? Quem é esse inofensivo animal, cujos ovos, chamados “ovas de camaleoa”, são tão apreciados na dieta alimentar de pessoas aqui na Amazônia? O Aurélio nos diz que se trata de um réptil lacertílio, da família dos iguanídeos. A maioria tem uma prega mento-faríngea capaz de se encher de vento, crista serrilhada no dorso, língua curta, grossa e não protrátil. É arborícola e muda de cor e também é conhecido por papa-vento, senembi, sinimbu, tijibu, etc. Por desconhecerem a sua importância para o equilíbrio ecológico das nossas florestas, caçam-no e lhes comem a carne impiedosamente. No sentido figurado é o indivíduo que assume o caráter conveniente aos seus interesses; o indivíduo que adapta sua opinião ao interesse do momento.

E neste justo momento que vivemos um processo de transição política é que surgem, sem dúvida, bandos de camaleões políticos infiltrados nas diversas campanhas. Oportunistas, traíras (coitado do peixe!) e cães (“coitado do melhor amigo do homem”!) subservientes, sem terem nada a contribuir, a não ser com fofocas e intrigas, enchem o papo de vento para dar a impressão que tudo sabem. Entretanto querem mesmo é a atenção dos líderes políticos para poderem viabilizar seus interesses econômicos, políticos e até familiares, posto o exemplo das oligarquias decadentes do Amapá.

Já vi esse filme. Certamente não se chamava “O Camaleão Invisível” nem era algum documentário ecológico sobre mimetismo. Era, talvez, a arte de grudar dissimuladamente em qualquer campanha política, cujos protagonistas estejam viajando na penumbra sem que disso saibam.

Então, rendo aqui minha homenagem ao camaleão visitador do meu quintal pelo seu porte aparentemente grotesco; louvo a forma crassa em que ele veio ao mundo e pelo seu grau na escala evolutiva dos animais, que desconheço. Ora, eu não o admiro apenas pelo papel que exerce no meio da floresta. Eu o tenho na memória como um extraordinário ser que, imóvel, acompanhava o sol na sua trajetória todos os dias aqui entre os perigos da cidade, sem que soubesse que homens inescrupulosos roubam-lhe o nome e suas características naturais para se darem bem na vida.

Nota de Esclarecimento da Cia Supernova

A Cia Supernova informa que o espetáculo Novo Amapá que estava previsto para ser encenado neste Sábado (29) e domingo (30) será ADIADO.

O adiantamento é devido ao aumento dos casos de COVID-19 e de síndromes gripais no estado. Além de atender ao decreto 0203 do Governo do Estado do Amapá, publicado dia 17, que traz diversas restrições até o dia 31 de janeiro.

Uma nova data será divulgada posteriormente. Pedimos desculpas a todos que acompanham o nosso trabalho. Agradecemos a compreensão.

Professora e alunos da Unifap lançam livros sobre desenvolvimento sustentável e ressacas de Macapá

A Universidade Federal do Amapá (Unifap) irá lançar no dia 16 de fevereiro os livros “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Tempo de Pandemia: Desejamos um Mundo melhor para 2030” e “Habitação Popular na Amazônia: O caso das ressacas na cidade de Macapá”. A live de lançamento será transmitida às 19h pelo canal oficial da Unifap no YouTube.

O livro “Habitação Popular na Amazônia: O caso das ressacas na cidade de Macapá” traz os resultados da pesquisa de doutorado da autora da publicação, profa. Dra. Bianca Moro, defendida na na Universidade Autónoma de México em 2015. A obra analisa os assentamentos precários da cidade de Macapá conhecidos como ressacas, enfocando a exclusão social e as configurações urbanas que as cidades brasileiras e latinoamericanas têm adquirido. A publicação está disponível em português desde o início de 2020 e seria lançado em março daquele ano, mas o evento foi impossibilitado pela pandemia de covid-19.

“O livro sobre as ressacas é resultado de muitos anos de pesquisa sobre esta temática. O material original está disponível em espanhol de forma gratuita na internet, mas era importante que estivesse em língua portuguesa para contribuir para a continuidade das pesquisas sobre o tema, pois ele contém uma importante investigação de campo que ocupa um capítulo inteiro, no qual constam 13 variáveis que revelam importantes características dessas áreas que envolve habitabilidade, perfil dos moradores, mobilidade, acessibilidade, posse, etc. São informações relevantes para o planejamento urbano da cidade”, observa Bianca Moro.

Bianca Moro desenvolve trabalho com as comunidades em áreas de ressacas há mais de dez anos. Desde 2009 a autora realiza um projeto de extensão na Unifap denominado “Planejando com a comunidade”, que leva alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo a trabalhar nas áreas de ressacas de Macapá. “Esses 12 anos de projeto permitiu dar visibilidade e voz para essas comunidades que estavam “invisíveis” na cidade. Era um verdadeiro tabu falar sobre esse assunto há uma década. Atualmente existe a conscientização de que este tema precisa fazer parte das prioridades nas políticas públicas de moradia para alcançar o tão almejado direito à cidade”, avalia.

Desenvolvimento Sustentável – A coletânea “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Tempo de Pandemia: Desejamos um Mundo melhor para 2030”, organizada pela profa. Dra. Bianca Moro e por João Dias de Carvalho Júnior, conta com a participação de alunos da graduação de Arquitetura e Urbanismo da Unifap e é resultado da disciplina “Gestão e Políticas Públicas”, ministrada em 2021 pela docente. A publicação está disponível no final desta matéria e no dia do lançamento a obra ganhará também um site.

“Na coletânea escrita com os alunos fomos motivados por um tema que abordamos em sala de aula, o documento “Transformando o nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”. Diante desta experiência perguntei: como podemos pensar em um mundo melhor para 2030? Que tipo de projeto você faria para ser incorporado às políticas públicas para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? Senti uma enorme motivação de todo o grupo, mesmo em um momento difícil, provocado pela pandemia, a vontade e união coletiva prevaleceu”, afirma Bianca Moro.

Segundo a docente, a coletânea permite que as pessoas da área de planejamento de cidade e autoridades públicas saibam o que os jovens pensam sobre o assunto. “A geração do século XXI é diferente dos que foram educados no século XX. Cada pessoa é um indivíduo, nós (professores) temos que descobrir o que eles querem fazer, e qual é o sonho desta pessoa. Temos que configurar um processo para que eles consigam realizar seus sonhos. O sonho do aluno do século XXI é contribuir para o mundo com sua singularidade. A educação na atualidade não pode ser apenas reprodução de conteúdo, mas um guia, um orientador incentivando os estudantes na criação de conteúdo e conhecimento”, adita Moro.

SINOPSES

Habitação Popular na Amazônia: O caso das ressacas na cidade de Macapá – O tema das favelas brasileiras tem sido estudado por muitos investigadores, contudo a Amazônia brasileira, especificamente o estado do Amapá, possui um tipo de produção de habitação popular em áreas úmidas, chamadas localmente de ressacas, que carecem de estudos. Estas são áreas favelizadas onde predominam moradias precárias do tipo palafita, conectadas por pontes de madeira. Grande parte da população que habita esses lugares é originária da região do arquipélago do Marajó. Esse processo de migração foi intensificado com a criação da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana nos anos de 1990.

A presente obra procura investigar e analisar a experiência de moradia popular em Macapá, no marco da política de habitação no Brasil. A moradia popular nessa cidade é analisada desde o enfoque da pobreza, da exclusão social e da forma urbana que têm adquirido as cidades no Brasil e na América Latina. O período analisado abarca o lapso temporal de 1990 a 2015, no qual ocorreu um notável crescimento das ressacas em um contexto de mudanças na Administração Pública ao nível nacional, que se reflete na política de habitação e no papel dos municípios nesses processos urbanos.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Tempo de Pandemia: Desejamos um Mundo melhor para 2030 – Como podemos pensar em um mundo melhor para 2030? Que tipo de projeto você faria para ser incorporado às políticas públicas para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030? Essas perguntas foram feitas a 48 alunos participantes da disciplina Gestão e Políticas Públicas da Universidade Federal do Amapá (Unifap) em janeiro de 2021. Durante um semestre atípico, repleto de dúvidas e dor, os alunos foram orientados a escreverem mensagens para diversos setores da sociedade. Essas mensagens estão nos artigos apresentados nesta coletânea de ideias.

A pandemia trouxe muita tristeza e revelou que a maneira como a humanidade vive é insustentável. O consumismo, a destruição de ecossistemas, a criação de tecnologias de destruição em massa, a falta de empatia e solidariedade têm colocado em risco o planeta. Este livro contém mensagens que surgiram de conversas e debates em uma sala de aula virtual. Os artigos foram escritos como cartas a serem colocadas dentro de uma garrafa lançada no oceano em busca de resgate. Trata-se de uma iniciativa coletiva e local para contribuir para o esforço global da Agenda 2030.

Fotos: Capas dos livros/Divulgação

SERVIÇO

Lançamento dos livros “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Tempo de Pandemia: Desejamos um Mundo melhor para 2030” e “Habitação Popular na Amazônia: O caso das ressacas na cidade de Macapá”.

Dia 16 de fevereiro de 2022, às 19h. A live de lançamento será transmitida pelo canal oficial da Unifap no YouTube.

CLIQUE AQUI E BAIXE SEU EXEMPLAR DO LIVRO.

Ascom Unifap

Poema de agora: Epílogo de uma história de amor – Pat Andrade

Epílogo de uma história de amor

quando o amor acabou
o andor se quebrou
o mingau desandou
o arroz queimou

pela primeira vez
foi João quem chorou
pediu e implorou
rezou com fervor
pra Jesus e Nossa Senhora

de nada adiantou

mesmo assim
Maria foi-se embora
não aguentava mais
pôs na mala os vestidos
a escova de dentes
e seu sorriso mais triste

partiu sem demora
sem olhar pra trás

no canal que enchia
jogou a chave fora

nem ela sabia
que era capaz

Pat Andrade

Porreta: curta amapaense ‘Utopia’ vence como melhor filme no Festival Olhar do Norte – Parabéns, @cinemanavegante!

O Curta amapaense ‘Utopia’ venceu como melhor filme no Festival Olhar do Norte, que está em sua quarta edição. A premiação aconteceu na noite da última segunda-feira (24) no Teatro Amazonas, em Manaus.

O filme é dirigido por Rayane Penha, e mostra sobre a busca da própria cineasta por histórias vividas pelo pai garimpeiro que faleceu no local de trabalho. O filme mostra arquivos sobre esse pai, fotos, vídeos e cartas que ele escrevia para a família relatando a vivência e as dificuldades do garimpo.

O documentário procura humanizar homens que dedicam suas vidas a terra, mais do que um registro o filme vem mostrar um relato íntimo e poético sobre a vida desses garimpeiros.

A diretora do filme Rayane Penha falou com muita emoção sobre o prêmio.

Ficha Técnica:

Documentário Utopia
Argumento, Direção e Produção Executiva: Rayane Penha
Direção de Fotografia: Régis Robles
1º Assistente de Fotografia: Cézar Moraes
Produção de Campo: Silvana Eduvirgens
Som Direto: Klebson Reis
Montagem: Rodrigo Aquiles Santos E Mc Super Shock
Chefe De Maquinário E Elétrica: Marivaldo Rocha
2º Assistente De Fotografia E Assistente De Maquinário: Victor Vidigal
Direção De Arte (Performances) e Makin Off: Luiza Nobre
Trilha Original: Aron Miranda
Mixagem e Masterização: Saturação
Imagens de Arquivo (Raimundo Penha): Cassandra Oliveira e Tami Martins
Colorização E Finalização: Saturação
Identidade Visual: Rogério Araújo (Casa Da Floresta)
Interpretação das Cartas Voz Off: Jones Barsou
Motorista: Cezar Torres

Diretora Rayane Penha – Foto: Diário do Amapá.

“Que emoção escrever sobre esse momento, o sentimento de gratidão é imenso, mas um sentimento maior se sobressai, o de sucesso. Para mim sucesso sempre foi sobre o meu trabalho ser valorizado em casa, no meu lugar, nesta terra que me pariu, no meu Norte que me faz voar mesmo enquanto finco minhas raízes. E hoje o que eu sinto é sucesso, sucesso nesta semana em que o senhorzinho do mercadinho do bairro onde eu cresci me dizer que ouviu falar do Utopia e que queria assitir, em que um festival da nossa região faz jus a nos fazer sentir em casa, para mim isso é o sucesso e como estou feliz em sentir isso e partilhar isso com vocês. Muito obrigada Olhar do Norte por isso, todo o meu respeito e admiração!”, comemorou.

Fonte: Repiquete no Meio do Mundo.

Exposição fotográfica virtual marca os 31 anos da posse dos primeiros desembargadores do TJAP

Como dizia o fotógrafo francês e considerado o pai do fotojornalismo, Henri Cartier-Bresson: “a fotografia é capaz de captar uma eternidade instantânea”, e é por meios das fotos que eternizamos momentos e criamos histórias. Com este objetivo de relembrar memórias e de conhecermos um pouco mais a história do Judiciário Amapaense, inaugura hoje (25) a exposição fotográfica virtual “Primeiros passos da Justiça do Amapá” em comemoração aos 31 anos da posse dos seis primeiros desembargadores do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), marco inicial para a instalação da Justiça Estadual. Acesse aqui o link da Exposição.

Em formato de um site produzido pelos fotógrafos da Assessoria de Comunicação do TJAP, Flávio Lacerda e João Magnus, com fotos devidamente catalogadas e selecionadas por meio da curadoria dos servidores Marcelo Jaques de Oliveira (Historiador) e Michel Duarte Ferraz (Museólogo), a exposição apresenta ao grande público fatos históricos, como por exemplo, registros da sessão solene que instalou a Justiça do Amapá, realizada na sala do Tribunal do Júri do antigo Fórum de Macapá, localizado na Rua Independência, atual sede da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção do Amapá (OAB/AP), ocorrido em 25 de janeiro de 1991.

Na ocasião tomaram posse seis desembargadores: Dôglas Evangelista Ramos, Honildo Amaral de Melo Castro, Mário Gurtyev de Queiroz, Gilberto de Paula Pinheiro, Luiz Carlos Gomes dos Santos e Benedito Leal de Mira (falecido). A Corte foi complementada em março do mesmo ano, com a nomeação do sétimo desembargador, Marco Antônio da Silva Lemos, também oriundo da magistratura.

Estes instantes mágicos da Mostra convidam todos os internautas para uma viagem no tempo, na qual poderão prestigiar como foi o início do processo da Justiça de interiorização por meio da criação das comarcas, postos avançados e juizados itinerantes e como ampliou-se a prestação jurisdicional e hodiernamente com a aplicação de recursos modernos de gerenciamento e tecnologia.

“Nestes trinta e um anos, o Judiciário do Amapá passou por grandes mudanças e seguimos mirando em nossa missão dada em 1991 – de aplicar a lei, garantir direitos e promover a paz social. É um desafio grande e constante”, afirma o desembargador Gilberto Pinheiro, decano da Corte Amapaense.

Serviço:

Assessoria de Comunicação Social do Tribunal de Justiça do Amapá
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Poesia de agora: Não nos afastemos – @julio_miragaia

Não nos afastemos

Não nos afastemos, cantou um pássaro
Ou um poeta em uma noite asmática
De chuva em Macapá

Não mergulhemos na omissão
E nas bolhas intumescidas e líquidas
Desse tempo de multidão e de robôs

São homens que nada sentem
Além das próprias metamorfoses,
Frágeis
E alimentadas de árvores de medo

Não nos afastemos
Apesar da raiva invertebrada
Porque
O peito é um abismo que
Desaba

Enquanto a esperança
Espera nossa canhota coragem
Para caminhar

Não nos afastemos,
Todos cabemos
No labirinto do futuro,

No futuro
Que ainda nem se prometeu…

Júlio Miragaia

*Para os amigos que vivem e lutam por sonhos indestrutíveis.

Poesia de agora: Capitu – Lara Utzig (@cantigadeninar)

Capitu

Manhã de uma segunda qualquer,
Com a mochila nas costas,
Ela parou, menina-mulher
Para abraçar uma árvore
Que chora…

Tarde de uma terça divina,
Olhos de cigana oblíqua…
Pedalou, mulher-menina,
Na bicicleta, a estrada passou
Longínqua…

Capitu…
Cadê tu?
Capitu,
Cadê tu?

Noite de sexta que prometia,
Boca que embriaga…
Dançou, inocentemente vadia,
Preguiçosa, esparramou-se
Pela sala…

Madrugada, domingo dormente,
Com sua saia comprida…
Rodopiou, vadiamente inocente
E ao seu lado, senti-me
Preenchida…

Toda semana…
Café na cama.
Toda semana…

A gente se ama…

Lara Utzig

Escola de circo em Macapá abre inscrições para novos alunos

Por Luiza Nobre

Com 7 anos de atuação no campo artístico no Amapá, a Cia Casa Circo trabalha com formação circense e produção artística e de espetáculos teatrais. Após dois anos de portas fechadas, o espaço retoma as atividades e oficinas presenciais de forma adaptada às medidas sanitárias.

Através da Lei Aldir Blanc de incentivo à cultura, a Casa pode investir em novos aparelhos e reestruturar o espaço durante a pandemia. Entre as modalidades ofertadas estão as práticas aéreas lira acrobática, tecido acrobáticoe o trapézio; e as práticas em solo, como bola de equilíbrio, monociclo, acrobacias e malabarismo.

“Não são todos os lugares que você encontra essas atividades, e entendemos que precisamos atender o máximo de pessoas. Por isso, oferecemos bolsas, as mensalidades são acessíveis e as atividades diversificadas”, pontua Ana Carolina, fundadora, atriz e instrutora da Casa Circo AP.

A escola funciona no sistema modular e ao final de cada módulo, é organizada uma mostra de arte com os alunos , com direção artística do número de circo.

As inscrições podem ser feitas de maneira contínua em uma das duas turmas dispensáveis. Turma A, de segunda quarta e sexta, das 19h às 21h, no valor se R$100,00; e turma B, aos sábados à tarde, no valor de R$60,00.

O formulário de inscrição pode ser acesso via Instagram da Casa Circo: https://instagram.com/casacircoamapa?utm_medium=copy_linkc

Fonte: Diário do Amapá.

Comunicado da Secult/AP

Lei Aldir Blanc Amapá: Nos termos do item 4 – parágrafo único do Edital Nº 002/2021 – LEI ALDIR BLANC/SECULT – Promotor MAURO GUILHERME, indicação dos prazos para entrega do vídeo como CONTRAPARTIDA após repasse do prêmio.

Considerando a teor do art. 1º do DECRETO Nº 0203 DE 17 DE JANEIRO DE 2022, que suspende em todo o território do Estado do Amapá, a contar de 18 de janeiro de 2022 até a data de 31 de janeiro de 2022, a realização de shows artísticos, festas e eventos de carnaval, em ambiente aberto ou fechado, realizados pelo Poder Público estadual e municipal, bem como, pela iniciativa privada;

Considerando o grande surto de síndrome gripal e Covid-19 que vem aumentando no estado do Amapá, conforme dados disponibilizados no painel coronavírus do Amapá (painel.corona.ap.gov.br). Além de assegurar boas práticas de prevenção e cuidados aos fazedores de cultura que possuem produtos a serem produzidos para o cumprimento das regras estabelecidos no edital, informamos que:

I – Fica prorrogado até o dia 28/02/2022 (segunda-feira), o prazo para envio dos vídeos para análise da Comissão de Fiscalização nomeados que caberá o dever de atestar o seu devido cumprimento de entrega da contrapartida.

Macapá-AP, 24 de janeiro de 2022.

EVANDRO COSTA MILHOMEN
Secretário de Estado da Cultura do Amapá

Poesia de agora: Romaria – Lara Utzig (@cantigadeninar)

Romaria

O lado de lá
Que é o lado bom de se estar.
Pergunte ao seu orixá!
Aqui é só blablablá,
Apenas terreno lugar.
Um dia hei de voltar
Ao pó de onde vim
Que não é começo nem fim,
Somente parte de mim.
E como fênix ressurgir
Pronta para novamente partir
Até minha real origem,
Nem devassa nem virgem,
Mas viajante estelar.
Eis que já estou outra vez cá.
Oxalá!

Lara Utzig