29 anos sem Gonzaguinha

Foto encontrada no site Cultura Brasileira

Hoje (29) é aniversário da morte (estranho estes termos juntos) do cantor e compositor Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o “Gonzaguinha”, que morreu em um acidente automobilístico em 29 de abril de 1991, aos 45 anos, em Renascença (PR). Eu tinha 15 anos e lembro bem da notícia de sua morte.

São 29 anos sem o artista carioca, filho do lendário cantor e compositor Luiz Gonzaga (não biológico, mas registrado), o “Rei do Baião”, e Odaléia Guedes dos Santos, cantora do Dancing Brasil. É como dizia o próprio Gonzaguinha: “Venho de Odaléia uma profissional daquelas que furam cartão e de vez em quando sobem no palco; ela cruzou com meu pai e de repente eu vim”.

A mãe morreu de tuberculose aos 22 anos de idade, quando Gonzaguinha tinha somente dois anos, e o pai, por conta dos shows Brasil afora, o deixou com o padrinho Henrique Xavier – o baiano do violão das calçadas de Copacabana, do pires na zona do mangue no morro de São Carlos – e sua esposa, a madrinha Dina. “Foram eles que me criaram e por isso eu toco violão”. (Gonzaguinha)

Do pai, recebia o nome de certidão, dinheiro para pagar os estudos e algumas visitas esporádicas. Imerso no dia-a-dia atribulado da população, Gonzaguinha ia aprendendo a dureza de uma vida marginal, a injustiça diária vivida por uma parcela da sociedade que não tinha acesso a nada.

Gonzaguinha foi um dos melhores compositores de sua geração. Ele iniciou a carreira na década de 1960, no Rio, convivendo com artistas como Ivan Lins e Aldir Blanc. Com ambos fundou o Movimento Artístico Universitário (MAU). Em 1970, começou a participar de festivais.

O seu primeiro LP foi lançado em 1973. No mesmo ano, Gonzaguinha participou do programa Flávio Cavalcanti apresentando a música Comportamento Geral num dos concursos promovidos pelo programa. Na canção, ele alfinetava a atitude complacente e medrosa daqueles que abaixam a cabeça para tudo e para todos: “Você deve lutar pela xepa da feira / e dizer que está recompensado”. O júri do programa destruiu sua música e cobriu Luiz Gonzaga Jr. de ameaças. Um dos jurados o chamou de terrorista; outro sugeriu sua deportação.

Foto encontrada no site Memória da Ditadura

Apesar de toda a perseguição, Gonzaguinha nunca deixou de divulgar seu trabalho: quer seja em discos, onde driblava os censores com canções alegóricas, quer seja em shows onde, além de cantar as músicas que não podiam ser tocadas nas rádios, Gonzaguinha não se continha e exprimia suas opiniões e sua preocupação com os rumos que a nação tomava.

Visceral e talentosíssimo, compôs músicas lindas e doídas, de tão fieis aos amores, dissabores e dores que sentiu. Seus maiores sucessos foram: “Grito de Alerta”, “Explode Coração ou Espere por mim, morena”, “Comportamento Geral (censurada)”, ‘Começaria Tudo Outra Vez”, “Lindo Lago do Amor”, “Redescobrir” (na voz de Elis Regina), “É” e “O Que É, O Que É”, “Recado”, “Eterno Aprendiz”, entre outras.

Em 2017 Gonzaguinha foi tema do carnaval da Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, com o enredo “É! O Moleque desceu o São Carlos, pegou um sonho e partiu com a Estácio!”.

Gonzaguinha casou três vezes e teve quatro filhos. Ele gravou 19 discos e vendeu milhões de cópias. Foi um gênio da MPB e símbolo da indignação com o sistema. Parte de sua história foi retratada no filme “Gonzaga – de pai para filho”.

Gonzaguinha e Gonzagão 1979 – Foto: Amicucci Gallo

O cara foi um símbolo de rebeldia e talento. Este post é uma pequena homenagem ao gênio da poesia. Valeu, Gonzaguinha!

Elton Tavares, com informações dos sites Memória da Ditadura, Musicaria Brasil e Mais Cultura Brasileira!

Hoje é o Dia Mundial do Livro

Hoje, 23 de abril, é o Dia Mundial do Livro. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), no ano de 1995, em Paris (FRA), durante o XXVIII Congresso Geral. O objetivo é encorajar as pessoas – especialmente os jovens – a descobrirem os prazeres da leitura, disseminar a cultura e fazer com que o maior número de pessoas conheçam a contribuição dos autores de livros através dos séculos. Hoje também é celebrado o Dia dos Direitos de Autor.

Com o escritor, poeta e amigo Fernando Canto, quando o mesmo me presenteou com seu livro “Mama Guga”.

Origem do Dia Mundial do Livro

A Unesco escolheu a data do Dia Mundial do Livro, por ser o dia da morte de três grandes escritores da história: William Shakespeare, Miguel de Cervantes, e Inca Garcilaso de la Vega. Essa é também a data de nascimento ou morte de outros autores famosos, como Maurice Druon, Haldor K.Laxness, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo.

Com a escritora, poeta e amiga Alcinéa Cavalcante, quando ela me presenteou com seu livro “Paisagem Antiga”.

Uma tradição catalã ligada aos livros já existia no dia 23 de abril, e parece ter influenciado a escolha da Unesco, pois tradicionalmente, no dia de São Jorge (23 de abril), é costume dar uma rosa para quem comprar um livro. Trocar flores por livros já se tornou costume em outros países também.

Presentes via correio que ganhei do escritor, poeta e amigo Luiz Jorge: seus livros “Thybum”, “Antena de Arame” e “Cão Vadio”

Quando perguntam qual a minha profissão, digo que sou jornalista, assessor de comunicação e editor de um site. Mas que, um dia, gostaria de ser escritor. Bom isso tá muito perto de se realizar (depois conto em outro texto).

Apesar de não ter lido nem metade do que deveria e gostaria, ainda acredito na velha máxima: “ler para ser”. Pois sei que é fundamental para fertilizar as ideias, principalmente na minha profissão. Que tal começar ou terminar um livro hoje?

Elton Tavares
Fonte: Calendar Brasil

Há seis anos, morreu Rubin Carter, o “Hurricane” (Furacão), símbolo de liberdade

Rubin Carter, o Furacão – Foto: Estadão

Há exatamente seis anos, em Toronto (Canadá), morreu o ex-boxeador Rubin Carter, o “Hurricane” (Furacão). Ele tinha 76 anos e lutava contra um câncer de próstata. O cara foi um símbolo de liberdade.

Em junho de 1966, ele era um forte candidato ao título mundial de boxe, mas foi preso no mesmo ano, acusado de assassinato em primeiro grau de três pessoas brancas.

Quando as três pessoas foram assassinadas num bar em Nova Jersey (EUA), Hurricane passou, de carro, próximo ao local do crime. Carter foi erroneamente preso como um dos assassinos e condenado à prisão perpétua, por motivação racista: os jurados eram brancos. Anos mais tarde, o Furacão publicou um livro chamado “The 16th round”, em que conta todo o caso.

Rubin Carter e Muhammad Ali (foto: reprodução Geledes)

A obra inspirou um adolescente do Brooklyn e três ativistas canadenses a juntarem forças com Rubin para lutar por sua inocência.

Ele foi declarado inocente e libertado em 1985. A Associação de Defesa das Vítimas de Erros Judiciais (AIDWYC), da qual “Hurricane” Carter foi diretor executivo de 1993 a 2005, afirmou em seu comunicado sobre o falecimento do Furacão: “Descansa em paz Rubin, teu combate terminou, mas nunca será esquecido”.

Música e Cinema

Bob Dylan visita Furação na prisão.

Depois de ler a autobiografia publicada enquanto Carter ainda estava preso, Bob Dylan escreveu em 1975 a canção “Hurricane” sobre a vida de Carter, que virou um símbolo da injustiça. Bob Dylan foi processado pela Patty Valentine, por ter usado seu nome na música.

A história também inspirou um filme do diretor Norman Jewison, “Hurricane: O Furacão” (1999), com a atuação brilhante de Denzel Washington como Rubin Carter, rendeu ao astro do cinema o Globo de Ouro de melhor ator e uma indicação ao Oscar.

Além do filme e canção, a história rendeu alguns livros.

Hurricane foi campeão mesmo não disputando o cinturão. Ele lutou contra algo muito mais poderoso, que assola não só o seu país, mas o mundo.

O racismo está presente sempre e são caras como Rubin Carter que nocauteiam tais idiotices. É, o Furacão foi um grande cara. É isso.

Fontes: Estadão, UOL e minha cachola.

Hoje é o Dia da (o) Ex-namorada(o) – Um abraço pra essa galera!

Esse pessoal inventa cada coisa, inclusive dias comemorativos, se é que se pode chamá-los assim. E este site possui uma sessão “datas curiosas”. Bom, hoje, 18 de abril, é o Dia da (o) Ex-Namorada(o)? A ideia de comemorar a data surgiu do Exército da Salvação, que foi fundado na Inglaterra, em 1865, por William Booth e sua esposa Catherine.

Para colocar a ideia em prática, a agência WMcCann criou uma campanha na tentativa de incentivar doações de tudo aquilo que lembre um ex-namorado. A Campanha do Exército da Salvação foi intitulada de “Que pena que acabou, mas já que acabou, doe”.

Bom, eu já namorei mulheres legais e outras não tão legais. Como tudo serve de experiência de vida, está valendo (com o perdão do gerúndio). Afinal, aprendemos com nossos erros e acertos (eu fui o erro de muitas delas). Não que eu me preocupe com a vida das mesmas e tals. Claro que não, tô muito feliz solteiro, é só um post sobre a curiosidade de hoje.

Com algumas até vivi como marido e mulher, ou seja, vivendo a rotina de casado e tals. Foi legal. Só me arrependo de ter namorado umas três meninas. Não desejo mal algum a elas, mas as quero bem longe. Acho que três ou quatro também não gostariam de ter se relacionado comigo, mas faz parte. Tenho a consciência que limpa sobre isso, pois sempre as tratei bem.

Então, não tenho contato nenhum com a maioria das minhas ex, acho que quatro são minhas “amigas” no Facebook e só. Entre elas, uma é broda mesmo. Dessas que posso contar e sou grato por isso. Mas enfim, meu plano agora é não namorar tão cedo, bora ver se consigo.

Brincadeiras à parte, gosto da maioria das minhas ex, ao todo são 11 mulheres com as quais dividi muitas alegrias, tristezas e aprendi muita coisa. Torço pelo sucesso de quase todas.

Já a minoria que não curto, nem quero saber, que sigam suas vidas em paz. Valeu, meninas! Feliz Dia do Ex pra quem ainda rói essa pupunha. Que não é o meu caso (risos).

Elton Tavares

Se vivo, Renato Russo faria 60 anos hoje. Viva o maior poeta do Rock brasileiro!

Renato Manfredini Júnior não foi só mais um carioca que cresceu em Brasília (DF). Renato Manfredini Júnior nasceu em 27 de março de 1960 no Rio de Janeiro. Ele viveu parte da infância com a família em Nova York e, aos 13 anos, se mudou para Brasília. O cara foi um cantor e compositor sem igual. Liderou a Legião Urbana (composta por ele, Marcelo Bonfá, Dado Villa Lobos e Renato Rocha) e obteve um enorme sucesso de público e crítica. Se estivesse vivo, hoje o maior poeta do Rock brasileiro faria 60 anos.

A Legião foi e sempre será a maior de todas as bandas deste país. Eles venderam 20 milhões de discos durante a carreira, mais de uma década após a morte de Renato Russo, a banda ainda apresenta vendagens expressivas. O som dos caras me remete ao passado, à situações, pessoas, alegrias e perrengues; enfim, foi a trilha sonora da adolescência de minha geração. Renato foi genial, sereno e místico. Um melancólico poeta românico, quase piegas, mas visceral. Era capaz de compor canções doces, musicar a história cinematográfica do tal João do Santo Cristo, cantada na poesia pós-punk de cordel (159 versos e quase 10 minutos) intitulada Faroeste Caboclo ou melhorar Camões (desculpem a blasfêmia lírica), como em Monte Castelo.

Como disse meu sábio amigo Silvio Neto: “Renato Russo foi Poeta pós-punk, de toda uma Geração Coca-Cola. Intelectual, bissexual assumido desde os 18 anos de idade, ele foi uma espécie de Jim Morrison brasileiro, não pela sua beleza física, mas pela consistência de suas letras que poderiam muito bem ter sido publicadas em livro sem a necessidade de ser musicadas”. Cirúrgico!

Em 11 de outubro de 1996, Renato Russo morreu, vitimado pela Aids. E como ele mesmo dizia: “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”, pois o para sempre não dura muito tempo. A Legião Urbana acabou oficialmente no dia 22 de outubro de 1996 e reuniu-se novamente 20 anos depois, em 2016, com outro vocalista e saiu em turnê pelo Brasil. Mas essa é outra história.

A força e universalidade das composições de Renato emocionaram toda uma geração e continuam mexendo com a gente. Acho que será sempre assim. Não sei o que Renato teria feito se tivesse mais tempo, mas com o pouco tempo que teve, fez muito. Fez demais pela música e arte nacional. O artista foi um dos nossos heróis (ainda tem quem não goste ou reconheça, mas paciência). Pena que o futuro não será mais como foi antigamente. Por tudo isso e muito mais, hoje homenageio Russo, que se eternizou pela sua música, poesia e atitude.

Valeu, Renato. Força sempre!

Elton Tavares

Hoje é o Dia do blogueiro – Viva nós!

Hoje, 20 de março, é o Dia do Blogueiro. A data foi escolhida em 2004 pela Blogueira CarmenC do blog No Armário da Ca (a página eletrônica não existe mais), isso num tempo em que levar um blog como profissão ainda era um ofício tido como brincadeira (apesar de muitos pensarem assim ainda hoje). A escolha foi baseada na mudança de estação, como uma sugestão para que a ideia sobrevivesse com o tempo.

Quando perguntam qual a minha profissão, digo que sou jornalista, assessor de comunicação e editor de um site, mas que, um dia, gostaria de ser escritor. E acredito mesmo ser um bom profissional.

Neste site, que antes foi um blog por cinco anos, gosto de divulgar cinema, teatro, poesia, atrações musicais, arte, enfim, cultura e todas as suas vertentes. Além de informações relevantes para a sociedade onde vivo, no caso minha Macapá e meu Estado. Ou seja, serei um eterno blogueiro.

O importante é que os nós, jornalistas profissionais, editores de sites e blogueiros, agilizam a velocidade da notícia e divulgação da cultura. Claro que é preciso ter responsabilidade e checar sempre a veracidade da fonte, pois não faltam disseminadores de boatos e mentiras, no afã de agradar o chefe ou dar a notícia em primeira mão.

Além de jornalista, repórter, assessor de comunicação, fotógrafo amador, entre outras coisas, editor do De Rocha, fui e ainda me acho blogueiro. Adoro escrever sobre tudo. Não procuro ser imparcial, isso fica (ou deveria) para os veículos de comunicação formalizados. Aqui dou o meu pitaco, afinal, a bola é minha, mas sempre com responsa.

Ser blogueiro é partilhar experiências, divulgar, elogiar, criticar e emitir opinião, dar e receber conhecimento ou até mesmo bobagens legais.

Certa vez, escutei de um colega jornalista: “no meu ponto de vista, blogueiro é uma pessoa que quer ser famosa”. Não se trata disso, esse abestado nem sabe escrever direito…

O De Rocha é um espaço para opinião, divulgação de eventos, fomentação de cultura e entretenimento. E, se possível, de divulgação comercial também. Aliás, sou compulsivo em atualizar minha página. Não à toa, hoje também é o Dia do Contador de Histórias. Apropriado!

Portanto, quando gostarem de algum texto ou acharem uma merda, concordarem ou discordarem, comentem, curtam, compartilhem! É isso que dá gás para escrevermos.

Meu muito obrigado aos três mil e tantos leitores que todos os dias acessam este site. Valeu, mesmo!

Ah, um feliz Dia do Blogueiro aos jornalistas Fernando Canto (mestre, volte com o blog); Alcinéa Cavalcante; Chico Terra; Alcilene Cavalcante; Seles Nafes; Anderson Calandrini; Mary Paes; Lorran Souza (Amapá no Mapa); Gilberto Almeida (ArtAmazon); João Lázaro (Porta Retrato); Thiago Soeiro (Por Dentro do Poema); Evelyn Pimentel (Desatino); Ana Girlene (Café com Notícias); Anita Flexa (Urucum); Ivan Carlo (Ideias Jeca Tatu); Flávio Cavalcante (Pedra Clarianã); Camila Ramos e Marcelle Nunes (Bem Tucuju) e Cléber Barbosa e todos blogueiros brothers. E, por fim, mas não menos importante, parabéns aos meus colaboradores, companheiros que ajudam esta página com poemas, fotos, causos e etcétera. Obrigado e viva nós!

Elton Tavares

Viva São José, o nosso santo padroeiro!

São José de Macapá, em cima da Pedra do Guindaste – Foto: Márcia do Carmo

Hoje é o Dia de São José de Nazaré, esposo de Maria, pai de Jesus Cristo e padroeiro do Amapá. Por conta da profissão do santo, hoje também é Dia do Carpinteiro e Dia do Marceneiro. São José, que também é padroeiro dos trabalhadores e padroeiro da Bélgica.

Amo o Amapá e Macapá. Nasci e me criei aqui. Por isso, peço a “São Jusa” que interceda contra a criminalidade e trânsito pirado, tudo em larga escala para uma capital tão pequena, entre outras mazelas que assolam essa terra.

São José não protege somente a nós, amapaenses, mas todos que para cá vem viver e contribuir para a melhoria de nossa terra. Pena que, como santo, ele não pune os que só sugam, saqueiam e ainda desdenham da nossa linda Macapá.

O feriado

Desde a criação de Macapá, São José sempre foi o padroeiro da capital amapaense, mas uma Lei Estadual de 2012 oficializou o santo padroeiro do Amapá, o que fez do dia 19 de março feriado em todo o Estado.

São José é o santo que nunca cansou de ficar de pé na Pedra do Guindaste, de frente para o Amazonas, sempre “vigiando” a nossa capital, contra maldades exteriores.

Enfim, não sou muito religioso, mas respeito a crença de todos. Como diz o poetinha Osmar Junior: “Ô São José da Beira Mar, protegei meu Macapá…”.

Viva o santo carpinteiro, valei-me meu São José!

Elton Tavares

Os 238 anos da Fortaleza de São José de Macapá (maior fortificação da América Portuguesa)

Foto: Manoel Raimundo Fonseca

Hoje (19) a Fortaleza de São José de Macapá completa 238 anos de existência. Sua construção se estendeu por 18 anos. A fortificação foi inaugurada no ano de 1782. É a maior fortificação da América Portuguesa.

A Fortaleza foi construída com o objetivo de assegurar a conquista de terras ao norte da colônia brasileira. Ela integra uma cadeia de fortificações históricas construídas por Portugal, que passou a ocupá-la após o Tratado de Utrecht. O forte foi edificado em alvenaria de pedra e cal na margem esquerda do rio Amazonas. A obra teve início em 1764.

Foto: Elton Tavares

Após um longo período, a instituição voltou a ser ocupada pelo comando da Guarda Territorial do Amapá. O Governo Federal, em 22 de março de 1950, reconheceu a fortificação através de sua inscrição no livro do tombo histórico da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Foto: Elton Tavares

Enfim, o velho Forte de Macapá é a história viva do amapaense e o nosso maior monumento. Todas as vezes que passo por ele, dá vontade de fotografá-lo. Pena que muitos não dão o devido valor à Fortaleza de São José, que tanto embeleza e valoriza nossa capital.

Veja fotos legais da fortificação bicentenária:

Foto: Manoel Raimundo Fonseca
Foto: Elisama Jamile

Elton Tavares

Hoje é o Dia Nacional da Poesia (meus parabéns aos poetas do Amapá e Brasil)

Hoje é o Dia Nacional da Poesia. A data é comemorada em 14 de março por ser o dia do nascimento de Castro Alves, em 1847. Poeta do romantismo, ele foi um dos maiores nomes da poesia brasileira.

A palavra “poesia” tem origem grega e significa “criação”. É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.

Antigamente, os poemas eram cantados acompanhados pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isso, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico. Hoje, os poemas podem ser divididos em quatro gêneros: épico, didático, dramático e lírico.

Sou fã de poesia e poetas. Adoro Ferreira Gullar, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, entre outros tantos poetas brasileiros, mas gosto mesmo é dos poeteiros amigos. Sim, os que admiro tanto quanto estes nomes aí de cima.

O poeta autor/trovador escreve textos do gênero que compõe uma das sete artes tradicionais, a Poesia. A inspiração, sensibilidade e criatividade deste tipo de artista retrata qualquer situação e a interpretação depende da imaginação dele próprio, assim como do leitor.

Admiro os poetas, sejam cultos, que usam refinados recursos de linguagem ou ignorantes, que versam sem precisar de muita escolaridade. Eles movimentam o pensamento e tocam corações. Não é a toa que as pessoas têm sido tocadas pela poesia há séculos. E nem interessa se o escrito fala de sensatez ou loucura. Tanto faz. O que importa é a criatividade, a arte de imprimir emoções em textos ou declamações.

Não tenho o nobre dom de poetizar, sou plateia. Mas apesar de não existir poesia em mim, uso a tal “licença poética”, para discorrer sobre meus devaneios e pontos de vista.

Hoje, minhas homenagens são para os poetas que são meus amigos. Desde o Fernando Canto, Obdias Araújo, Luiz Jorge Ferreira, Juçara Menezes, Lara Utzig, Carlos Nilson, Alcinéa Cavalcante, Paulo Tarso Barros, Tãgaha Luz (In Memoriam), Thiago Soeiro, Pedro Stkls, Bruno Muniz, Andreia Lopes, Annie de Carvalho, Flávio Cavalcante, Bernadeth Farias, Marven Junius Franklin, Carla Nobre, Mary Paes, Maria Ester, Andreza Gil, Ivan Daniel, Patrícia Andrade, Júlio Miragaia, Kiara Guedes, Jaci Rocha, Mary Rocha, Weverton Reis, entre outros tantos. Além de todos os compositores brothers, que transformam poesia em música, como Osmar Júnior, Val Milhomem e Naldo Maranhão.

Também saúdo todos os movimentos que fazem Poesia no Amapá, que realizam encontros em praças, bares, residências, etc. Enfim, saraus para todos os gostos. Portanto, meus parabéns aos poetas, artistas que inventivos que fascinam o público que aprecia a nobre arte poética.

Viva a poesia!

Elton Tavares

Há sete anos, rolou o melancólico adeus de Chorão

Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr, foi encontrado morto na madrugada do dia 6 de março de 2013, no apartamento onde morava em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. Há exatos sete anos. O músico, batizado com o nome Alexandre Magno Abrão, completaria 43 anos em abril daquele ano.

Em 1997, quando escutei o CD “Transpiração Contínua Prolongada” e os caras do Charlie Brown jr. invadiram a cidade, nós nos achávamos peritos em anatomia e acreditávamos que manjávamos um pouco de inglês. E o couro comeu naqueles tempos. Aliás, bons tempos!

Este primeiro disco de Chorão, junto com Champignon (Luiz Carlos Leão Duarte Junior, baixista da banda que se suicidou em 9 de setembro de 2013), Thiago Castanho, Marcão e Bruno Graveto foi uma obra prima. Os caras misturaram cultura urbana, skate punk, ska, rap metal, rock alternativo e reggae. Gostei de poucas canções depois deste álbum, como “Vícios e Virtudes” e “Só Por Uma Noite”.

Confesso que meu lado brutamontes vibrou quando Chorão deu um murro na cara do Marcelo Camelo, o poeta barbudo da dor de cotovelo, dos Los Hermanos.

Chorão foi um poeta urbano, não era nada politicamente correto, mas era talentoso. Além de rockstar, era esportista e levantava a bandeira da prática de skate no Brasil.

Assim como ele, “às vezes faço o que quero e às vezes faço o que tenho que fazer”. É uma pena que o artista tenha partido daquela forma melancólica (“parecia inofensiva, mas te dominou”). Mas quem sou eu para julgá-lo?

Não fui um grande fã do roqueiro que partiu em 2013, teve vezes que o achei um babaca, confesso. Mas tenho respeito pela atitude e talento que ele tinha. Não sei se Chorão encontrou “Aquela Paz”, mas entrou pra história do Rock nacional.

Elton Tavares

Hoje é o Dia Internacional do Maçom (meus parabéns à Ordem e sobre os maçons da minha família)

Hoje é o Dia Internacional do Maçom. A data é celebrada em 22 de fevereiro por conta do aniversário do primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington. Ilustre Irmão Maçom e principal artífice da independência dos EUA. Inclusive, ao assumir o mandato, em 1789, prestou seu juramento constitucional sobre a Bíblia da Loja Maçônica na qual era Venerável Mestre.

O conceito de Maçom diz: “homens de bons propósitos, perseguindo, incansavelmente, a perfeição. Homens preocupados em ser, em transcender, num preito à espiritualidade e à crença no que é bom e justo. Pregam o dever e o trabalho. Dedicam especial atenção à manutenção da família, ao bem-estar da sociedade, à defesa da Pátria e o culto ao Grande Arquiteto do Universo”.

Maçonaria é uma sociedade discreta e, por essa característica, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam. Seus membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade. Além do aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática, filosófica, progressista e filantrópica.

Maçonaria no Amapá e meu avô maçom

A Maçonaria existe no Amapá desde 1947, quando foi fundada a Loja Maçônica Duque de Caxias, localizada na Avenida Cloriolano Jucá, Nº 451, no Centro de Macapá. Hoje existem 24 lojas maçônicas no Amapá. Destas, 13 são da Grande Loja do Amapá e 12 da Grande Loja Oriente do Brasil. Além da capital, os municípios de Mazagão, Porto Grande, Santana e Laranjal do Jari possuem uma loja cada.

João Espíndola Tavares, meu amado e saudoso avô.

Meu avô paterno, João Espíndola Tavares, foi maçom. Aliás, foi um homem dedicado à Maçonaria. Vou contar um pouco dessa história:

Em 1968, após ser observado pela sociedade maçônica de Macapá, João Espíndola (meu avô) foi convidado a ingressar na Loja Maçônica Duque de Caxias, onde foi iniciado como Maçom. Logo se destacou dentro da Ordem por conta de seu espírito iluminado. Foi um dos maiores incentivadores de ações filantrópicas maçônicas no Amapá.

João foi agraciado, em 1981, após ocupar 22 cargos maçônicos, com o Grau 33 e o título de “Grande Inspetor Litúrgico”. Ele sedimentou seus conhecimentos sobre literatura mundial lendo de tudo.

Vô João transitou por todos os cargos da Ordem. As cadeiras que ocupou foram sua ascendência à graduação máxima da instituição. Foi Vigilante, 2ª Mestre de Cerimônias, Venerável Mestre, 1º Experto Tesoureiro, Delegado do Grão Mestre para o 11ª Distrito Maçônico e presidente das Lojas dos Graus Filosóficos. Também foi um dos participantes do Círculo Esotérico da comunhão dos membros.

Meu avô é o primeiro da esquerda. Nessa foto, com outros maçons, entre eles o senhor Araguarino Mont’Alverne (segundo da direita para a esquerda), avô de amigos meus.

Ele também integrou o grupo de humanistas da instituição, que objetivava a assistência social e humanitária, oferecendo atendimento médico gratuito ao público. A entidade filantrópica também ministrava aulas preparatórias para candidatos ao exame de admissão ao Curso Ginasial, que hoje conhecemos como Ensino Médio.

Quando ele morreu, em 1996, em nota, a Maçonaria divulgou: “Durante sua estada entre nós, sempre foi ativo colaborador e possuidor de um elevado amor fraterno”.

Há 10 anos a Loja Maçônica do município de Mazagão, Francisco Torquato de Araújo, comemorou 20 anos de fundação. No evento, a instituição homenageou seus fundadores, entre eles o patriarca da minha família paterna, João Espíndola Tavares.

Tio Pedro, Venerável da Loja Duque de Caxias, ao lado do Anatal, Venerável da Loja Acácia do Norte.

Tio Pedro, o Venerável Mestre

Meu tio e querido amigo, Pedro Aurélio Penha Tavares, é o único maçom da minha família. Ele também é o atual Venerável Mestre da Loja Duque de Caxias, que ano passado completou 70 anos de fundação. Meu avô, lá nas estrelas, deve ter muito orgulho de seu filho, que seguiu seu caminho Maçônico.

Não sei se um dia terei perfil para ser um membro da nobre instituição, mas seria uma honra. Lembro de crescer com um certo fascínio sobre a Maçonaria por conta do meu avô. Além do vô João e tio Pedro, parabenizo todos os meus amigos maçons. Congratulações pela data!

“Fale de sua aldeia e estará falando do mundo” – Leon Tolstoi.

Elton Tavares

Hoje é o Dia Mundial do Compositor

Hoje é o Dia Mundial do Compositor. Música é primordial, ela tem o poder de nos emocionar. Tenho uma inveja branca de quem toca, compõe ou canta.

Já disse o genial escritor Friedrich Nietzsche: “Sem a música, a vida seria um erro”.

O Dia Mundial do Compositor, 15 de janeiro, surgiu no México em comemoração à fundação da Sociedade de Autores e Compositores do México (SACM), em 1945. No entanto, a data somente foi oficialmente celebrada no mundo a partir de 1983.

O conceito diz que: “compositor é um profissional que escreve música. Normalmente o termo se refere a alguém que utiliza um sistema de notação musical que permita a sua execução por outros músicos. Em culturas ou gêneros musicais que não utilizem um sistema de notação, o termo compositor pode-se referir ao criador original da música. Nesse caso, a transmissão para outros intérpretes é feita por memorização e repetição. Em geral, o compositor é o autor da música e, como tal, é o detentor dos direitos autorais. Atualmente as composições musicais são defendidas pela legislação de direitos autorais. Existem editoras especializadas em música e o compositor ou detentor dos direitos da composição recebem royalties sempre que uma nova gravação comercial ou execução pública é realizada”.

Arte: Hellen Cortezolli

É. Pessoas que escrevem as trilhas sonoras de nossas vidas, principalmente os meus heróis da música nacional e gringa, além dos compositores meus amigos como: Fernando Canto, Ricardo Pereira, Val Milhomem, Zé Miguel, Lula Jerônimo, João Amorim, Heluana Quintas, Jj Noones, Lara Utzig, Ana Martel , Wendril Rodrigues, Rebecca Braga, Ruan Patrick, Raoni Holanda, Naldo Maranhão, Joãozinho Gomes, Enrico Di Miceli, Cléverson Baia, Roni Moraes, Geison Castro, Fineias Nelluty, Osmar Junior, Helder Brandão, Jean Carmo, Zezinho, entre tantos outros compositores talentosos do Amapá.

Vocês são foda! Meus parabéns pelo Dia do Compositor. Desejo ainda mais sucesso a todos!

Elton Tavares

Hoje é o Dia do Leitor

Hoje é o Dia do Leitor. Li que a data surgiu por conta de ser o mesmo dia do aniversário do jornal cearense “O Povo”, fundado em 7 de janeiro de 1928, e foi uma sugestão do poeta e jornalista brasileiro Demócrito Rocha.

Quanto a data, vale a pena celebrar a nobre prática, pois sigo a velha máxima “ler para ser”. Sei da importância da Leitura, de devorar um livro e sorver conhecimento, mas o advento da internet enfraqueceu a prática. Atualmente, a maioria das pessoas lê somente o resumo, a sinopse, a crítica e por aí vai. Isso, quando o faz.

Nunca fui um leitor inveterado, mas aprendi muito com os livros e, sempre que posso, leio. É fundamental na minha profissão. Por meio da leitura, viajamos, aprendemos, voltamos ao passado, imaginamos o futuro, exercitamos o cérebro.

Para os que não gostam ou tem preguiça de ler, digo: já fui como vocês. Cada um com seu tempo e aptidão. Porém, acreditem, não é legal ficar calado numa roda de leitores. Ademais, é muito prazeroso, estimula nosso raciocínio e criatividade. Quando você para de ler livros, você para de pensar.

Detesto os pseudointelectuais medonhos, que pagam de safos e não leem nem bula de remédio. Também não gosto dos que são leitores crônicos, mas por conta disso são “posers” (metidos a besta que se acham mais que os outros). Porém, as pessoas do segundo caso são uma minoria.

Os malucos mais interessantes que conheço são leitores. Já dizia Cícero, “uma casa sem livros é como um corpo sem alma”. Escrever de forma correta, abrir as ideias e convencer pessoas com bons argumentos são frutos da leitura. Ler fertiliza a cachola, assim como música, filmes e viagens.

Se você não se satisfaz com explicações fajutas e sempre vai atrás de conhecimento por meio da leitura, mesmo que não seja somente nos livros, meus parabéns. A mente do leitor pode ir até as estrelas ou além delas, ao lugar onde o livro e a imaginação nos permitirem ir.

Estou em uma fase de aumento das leituras e recomendo a todos o mesmo.

Feliz Dia do Leitor a todo o leitorado que visita este site diariamente. É isso!

Elton Tavares

Hoje é o “Dia da Gratidão” (sempre agradeça)

Hoje é o Dia da Gratidão. A origem da curiosa e relevante data se deu por conta do fato de 6 de janeiro também ser Dia de Reis. Para os católicos, é uma veneração aos Reis Magos, que a tradição surgida no século VIII converteu nos santos Belchior(ou Melchior), Gaspar e Baltazar, que segundo a Bíblia, presentearam Jesus Cristo em seu nascimento. Daí o agradecimento aos presentes ofertados ao Menino Jesus.

A gratidão é um conjunto de vários sentimentos: amor, ternura, amizade. Portanto, vou deixar registrados os meus agradecimentos.

Primeiramente, agradeço a Deus, ou seja lá qual for o nome dele, por tudo de bom que acontece em minha vida. Agradeço a minha mãe, Maria Lúcia, por todo o apoio e amor que ela me deu ao longo destes 42 anos (seus milhões de beijos, orações e abraços amorosos, além dos conselhos, apoio e cuidados).

Agradeço ao meu falecido pai, Zé Penha, por me ensinar a viver feliz independente de quem vai achar certo ou errado. Ele foi o meu herói.

Ao meu irmão, Emerson Tavares, por ele ser o cara que é comigo e com os outros, além de ter nos dado a Maitê (nisso também agradeço à minha cunhada, Andresa Ferreira). Às minhas avós pelo amor fraternal (a Peró, em especial), tias, tios, alguns primos e primas por serem uma família presente (sempre agradeço por estar neste grupamento de pessoas, um clã que tenho a honra de pertencer).

Aos meus amigos que fazem da minha vida muito melhor do que eu seria capaz sem eles. Agradeço também à todos que acreditam no meu trabalho, confiam em mim e contribuem para que minhas tarefas no trampo sejam executadas. Agradeço até a você, que já fez parte de tudo isso e por algum motivo não está mais perto, mas um dia me fez feliz.

Agradeço ainda aos queridos leitores desta página eletrônica por nos acompanharem, até mesmo os críticos e desafetos, que mesmo não gostando deste editor, nos leem (risos).

A gratidão é a percepção de que não somos os únicos responsáveis pela nossa condição. É o reconhecimento do outro como parte de nossa alegria. Resumindo, a vocês que fazem parte da minha vida e a tornam muito mais feliz (e feliz pra cacete!), muito obrigado!

Ah, lembrem-se sempre: se vocês possuem saúde, família, emprego, alguém que te ama, agradeça. Não somente hoje, mas sempre. Portanto, gratidão a todos vocês. Valeu!

Elton Tavares