Amapaense coordena primeiro projeto de acesso à internet em aldeias afastadas de Moçambique

O Instituto de Investigação portuguesa Fraunhofer Portugal AICOS irá implementar uma solução para o acesso à Internet nas zonas rurais de países em desenvolvimento, permitindo melhorar a qualidade de vida das comunidades e reduzir a exclusão digital. Durante uma semana, uma equipe de profissionais visitou a província da Zambézia, onde será implementado o projeto Aldeias Sustentáveis para o Desenvolvimento em Moçambique (SV4D-MZ). O pesquisador amapaense, Waldir Aranha Moreira Júnior, de 36 anos, é gestor e coordenador do projeto.

A maioria das aldeias em áreas remotas de países em desenvolvimento ainda não tem acesso a serviços de Internet banda larga, o que limita sua capacidade de crescimento social e econômica. Muitas aplicações podem resolver problemas particulares nestas aldeias, mas dependem da Internet. A Fraunhofer Portugal AICOS, em parceria com a Associação de Reguladores de Comunicações e Telecomunicações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (ARCTEL-CPLP) e o Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM), está a trabalhar no primeiro piloto de aldeias sustentáveis para o desenvolvimento com acesso à Internet banda larga. Os distritos de Mocuba e Alto Molócuè, na província da Zambézia, vão receber algumas praças digitais no contexto deste projeto.

Enquanto alguns cidadãos nestes locais têm smartphones e possuem conhecimento suficiente para usar a tecnologia e entender o seu propósito, a maioria da população desconhece completamente o uso da tecnologia. A marcação de uma consulta médica ou o acesso a e-books são apenas dois exemplos de serviços que podem ser implementados através da infraestrutura de comunicação fornecida pelo SV4D-MZ, permitindo que qualquer utilizador acesse facilmente os serviços, independentemente do nível de conhecimento tecnológico. As Aldeias Sustentáveis para o Desenvolvimento permitirão aos cidadãos o contato com a Internet, provando que a barreira entre dispositivos digitais e acesso à informação pode ser superada. Além disso, a qualidade de vida dessas populações será melhorada.

A avaliação do local de implantação é a primeira etapa do projeto. Locais de alta densidade de usuários, como escolas, centros de formação, campus universitários, hospitais e mercados, estão entre os locais considerados para implantação das praças digitais, que fornecerá conectividade à Internet aos cidadãos de Mocuba e Alto Molócuè. Soluções de Pesquisa e Desenvolvimento podem então ser testadas e implementadas, aplicando Tecnologias de Informação e Comunicação para o Desenvolvimento (ICT4D) e projetos como o Malaria Scope, Vigilância Epidemiológica, Agricultura Hidropónica e Bibliotecas Digitais.

A equipe SV4D-MZ foi apresentada às autoridades locais, a fim de compreender as necessidades específicas das zonas rurais em Moçambique. O objetivo destas reuniões era adaptar o projeto às condições reais dos locais, visando aumentar a taxa de sucesso da implementação.

Waldir Aranha

Waldir Aranha

Local de trabalho: Fraunhofer Portugal Research Center for Assistive Information and Communication Solutions (Fraunhofer AICOS), Porto, Portugal.

Waldir é um brother das antigas e um profissional competente. Ele, que é PhD em Telecomunicações pelas Universidades do Minho, Aveiro e Porto, reside há oito anos em Portugal (POR). Aranha foi contratado em setembro de 2016 pela Fraunhofer AICOS para atuar na área das tecnologias da informação e comunicação para países em desenvolvimento (ICT4D).

Parabéns e sucesso, mano velho!

Elton Tavares, com informações do Waldir Aranha.

TJAP premiou as três melhores redações no concurso cultural “Macapá, Como Posso Cuidar?”

A Justiça do Amapá premiou os três melhores textos que concorreram no concurso interno de redação com o tema: “Macapá, Como Posso Cuidar”. Realizado como mais uma programação alusiva aos 259 anos de fundação da capital tucuju, o concurso avaliou os melhores conteúdos produzidos pelos Bolsistas do programa de Complementação Educacional lotados na Sede do Tribunal, Fórum de Macapá, Juizados Zona Sul e Zona Norte e Juizados Virtuais.

Com direito a certificação e valores em dinheiro, entregues pela presidente do TJAP, desembargadora Sueli Pini, pelo prefeito de Macapá, Clécio Luis Vilhena Vieira, e juíza Priscylla Peixoto, as vencedoras do concurso foram:

1º lugar – Leiriane Brito Soares (bolsista no programa Pai Presente).
2º lugar – Dáfini Cristelle (bolsista da Biblioteca do TJAP).
3º lugar – Luana Thais dos Santos Magalhães (bolsista do Gabinete da Presidência).

Um total de 56 redações foi entregue à organização do concurso, com 54 delas dentro do prazo e efetivamente concorrendo à premiação, sob a análise da servidora Simone Menezes (Biblioteca), da colaboradora Ângela Carvalho e do servidor José Machado (DEGESP). Todos os participantes, incluindo as três primeiras colocadas, receberam certificado de participação.

Segundo a desembargadora Sueli Pini, “a premiação em dinheiro, nos valores de 100, 80 e 50 reais, é um gesto para distinguir os três primeiros lugares e busca reconhecer o esforço que cada vencedor fez de se esmerar e se destacar, sendo isso fundamental para o crescimento pessoal e profissional de todos nós”.

“Vimos nesse resultado que as meninas se destacaram, mas espero que em uma próxima edição consigamos premiar os meninos também. Que todos os integrantes do programa leiam e se interessem por escrever bem, aumentando assim suas chances de premiação em outras oportunidades”, concluiu a desembargadora.

Para o prefeito Clécio Luis, iniciativas como este concurso promovido pelo TJAP são fundamentais para estimular uma postura cidadã nos jovens macapaenses. “A provocação feita aqui não só estimula a reflexão antenada com os novos tempos, mas capta as ideias de mentes ainda cheias de energia criativa que serão os nossos profissionais em um futuro muito próximo”, complementou.

De acordo com a colaboradora Ângela Carvalho da prática “Jovens Construindo o Futuro: do direito ao deleite de ler e escrever”, que funciona integrado ao Programa de Complementação Educacional, o Concurso de Redação foi restrito à Capital devido ao curto prazo, e o próprio tema foi escolhido para homenagear os 259 anos de Macapá. “Tivemos uma boa adesão de bolsistas e esperamos que o concurso tenha servido como uma provocação aos concorrentes, que tiveram que refletir sobre seu papel individual no aprimoramento de nossa cidade”, complementou.

Ângela lembrou ainda que “ao escrever, investimos esforço e compromisso com o tema, o que tem grande potencial de despertar nossa atitude diante da sociedade em que estamos inseridos – nossa esperança é que os efeitos sejam profundos e duradouros nos nossos jovens”, concluiu.

Com o tema, “Macapá, Como Posso Cuidar”, para concorrer o bolsista precisava entregar o texto manuscrito na Biblioteca Juiz Francisco Souza Oliveira (TJAP), até 02 de fevereiro. Cada redação também precisava atender a critérios estabelecidos: redação escrita à mão, no formulário do concurso ou em papel almaço (uma lauda); com mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.

Assessoria de Comunicação Social do Tjap

Foto Nunes realiza primeira edição do projeto Janela Fotográfica

No próximo dia 11/2, o Foto Nunes realizará a primeira edição do projeto Janela Fotográfica. A iniciativa busca colocar em debate temas relevantes para a fotografia amapaense. A primeira edição do evento terá a presença do jornalista e fotógrafo amapaense Gabriel Penha, autor do projeto “Povo de Fé e Cultura” que foi premiado no ano de 2016 por edital do Itaú Cultural. Em seu projeto, Penha produziu uma revista-catálogo com fotografias de sua autoria realizadas ao longo de 10 anos. As imagens têm como tema principal o rico calendário de festividades religiosas da comunidade de Mazagão Velho.

O Janela Fotográfica é um evento gratuito. Os interessados em participar devem, no entanto, realizar inscrição prévia enviando um e-mail com seu nome completo e contato telefônico para [email protected] garantindo, dessa forma, que sua vaga seja reservada.

Após a explanação inicial de Gabriel Penha sobre os bastidores de seu trabalho, o público presente poderá realizar perguntas ao fotógrafo e também adquirir exemplares da revista-catálogo que será comercializada durante o evento por R$ 20,00.

Alexandre Brito – Fotógrafo, professor de Fotografia e jornalista.

Televisão: um destino traçado na minha infância – Por @WalterJrCarmo

Por Walter do Carmo Júnior

Era um desses domingos de 1962. O Natal estava chegando, mas ainda se respirava a conquista do bicampeonato mundial de futebol. O auditório da Rádio Marajoara estava completamente lotado. Calor intenso. Gritaria ensurdecedora de centenas de crianças. No palco, um menino dublava uma música do Jerry Adriani. Momentos antes, a menina que dublou Babalú, o mega sucesso de Ângela Maria, havia sido aplaudida de pé. Eu, que já havia tentado subir ao palco três vezes, sem sucesso, estava pronto para mais uma tentativa.

A apresentação do “Jerry Adriani” terminou. O volume dos aplausos anunciava que a briga pelo primeiro lugar seria disputadíssima. Aproveitei um descuido dos seguranças e subi ao palco. Fui segurado por um palhaço, que me carregou no colo e já se encaminhava para me colocar fora do palco, quando o animador interveio.

Agoooora vamos ouvirrrrr a opinião do Nequinho!

Fui passado para os braços de um outro palhaço, o Alecrim. Ele me colocou no chão e me pediu para descer, pois o palco estava muito cheio. Mais um golpe de sorte: fui convidado por uma assistente para participar de um show de mágica do grande professor Chamon. Fui conduzido aos bastidores com o coração aos pulos. Enquanto aguardava a apresentação, comecei a explorar aquele teatro. Entrei em um corredor, passei por uma sala onde um técnico operava os equipamentos, responsáveis pela transmissão do programa de auditório. Era um dos maiores sucessos da época. Os principais artistas locais se apresentavam ali. Havia muita brincadeira com a participação das crianças que lotavam o auditório da rádio na avenida Nazaré, mais ou menos onde fica hoje o Banco Real.

De repente, abri uma porta e saí nos fundos do teatro. Comecei a andar em direção à avenida São Jerônimo, hoje governador José Malcher. Os restos de cenários de programas, de carruagens, me chamaram a atenção. Entrei em um imenso estúdio, onde estavam montando um ringue, não sei ao certo se era para o Luvas de Ouro, que mostrava lutas de boxe ou para o Duelo de Titãs, de Luta Livre. Eram dois programas semanais apresentados pelo Ivo Amaral, um dos galãs da época. Ele também apresentava o programa Todos os Esportes, patrocinado pelo Guarasuco.

A emoção era muito grande. Em outro local, a Isis Oliveira, uma das estrelas da TV Marajoara, ensaiava um comercial. Naquele tempo, como não existia o vídeo-tape, muitos comerciais eram exibidos ao vivo ou através de slides com um locutor de cabine, lendo ao vivo os textos dos reclames. Os outros comerciais eram feitos em filme. Saí do estúdio atordoado, sem entender porque os operadores ficavam “abanando” as imensas câmeras. Tempo depois descobri que, para evitar que o tubo da câmera ficasse marcado, o operador era obrigado a ficar balançando a câmera.

Subi uma escada, passei pelo complexo exibidor e entrei numa sala, de onde vinha uma voz inconfundível na época: a do Pica Pau. Era a sala onde os filmes eram revisados. Alguém entrou lá e me viu sentado, fazendo um monte de perguntas para o operador. O desconhecido perguntou se eu sabia ler. Respondi que sim e ele pediu que o acompanhasse até uma outra sala, onde um grupo de pessoas estava ensaiando um auto de Natal.

Mandaram-me ler umas frases de um roteiro, rodado em mimeografo. Li as frases e fui aprovado no teste. Começava aí a minha paixão pela televisão. Participei do auto de Natal, dirigido pelo Cláudio Barradas, Contracenei, ao vivo, com o Lindolfo Pastana e a Carmem Eunice, espécies de Tarcisio Meira e Glória Meneses da época. Virei celebridade na escola.

Em seguida, peguei o papel principal em uma novela. A mãe do meu personagem dava a luz a uma menina e o pai, como não tinha condições de sustentar uma família grande, o doava para um grupo de ciganos que passava pela cidade. O dramalhão fez muito sucesso, mas o personagem cresceu e fui substituído pelo Lindolfo Pastana.

Aliás, a TV Marajoara abria um grande espaço na programação para a teledramaturgia. Às terças e quintas havia um programa chamado “Videorama”. As segundas, quartas e sextas, outro sucesso: o “TV Romance”. Tudo ao vivo e em preto e branco. Para isso, a emissora contava com um grande elenco: Nilza Maria, Mendara Mariani, Tacimar Cantuária, Iracema Oliveira e muitos outros. E possuía grandes realizadores como a Maria Silvia Nunes e a Maria Helena.

Fui escalado para participar de uma campanha patrocinada pelo Toddy. Quem comprasse o produto, preenchesse um cupom e fosse sorteado ganhava um uniforme completo dos Patrulheiros do Oeste ou do Zorro, duas séries de maior sucesso naquele tempo. Uma hora aparecíamos vestidos de patrulheiros. No outro comercial, vestidos de Zorro.

Para mim era tudo uma brincadeira. Mas pude testemunhar um trabalho apaixonante nos bastidores da TV Marajoara, canal 2, a única emissora de televisão do Pará na época. Não cansava de participar do programa do Nequinho e do Alecrim. Entre um ensaio e outro assistia ao hilariante desempenho do Armando Pinho. Até hoje não esqueço do Armando vestido de mulher, dublando a música “Querido Papai Noel” da Maria Regina Cordovil. Além de participar da “TV Comédia”, um programa humorístico escrito pelo Raymundo Mário Sobral, Armando Pinho comandava o programa O Mundo Alegre de Armando Pinho.

Aos domingos havia o “Notícias a Rigor”, reunindo um time de apresentadores vestidos com reluzentes smokes. Entre eles, José Maia, Ivo Amaral, Abílio Couceiro, Joaquim Antunes, Armando Pinho e o Habib Frahia Neto. O José Travassos fazia a narração em off do programa. O “Notícias a Rigor” seria o que hoje é o Fantástico .

Um outro grande sucesso daquele tempo era o Programa do Ubiratan D’Aguiar: Pierre vê, ouve e informa. Perambulando pelos estúdios vi um cantor desconhecido que me chamou a atenção. Ele cantava uma música engraçada que falava da paixão dele por um calhambeque. Ele estava sozinho num canto do estúdio aguardando para entrar em cena. Apresentei-me e fiz um monte de perguntas a ele. O nosso papo foi interrompido quando ele foi chamado para se apresentar no programa do Abílio Couceiro. O rapaz de violão azul e calça jeans Faroeste era, nada mais nada menos do que, o Roberto Carlos.

Catorze anos depois eu entrei para a TV Liberal, convidado pelo Ronald Junqueiro, editor do “Jornal Hoje”. Mas aí já é uma outra história que qualquer dia desses eu conto.

HOJE: show ‘Eu Sou Daqui’ vai homenagear os 259 anos da cidade de Macapá

Por Fabiana Figueiredo

Macapá será homenageada com a 3ª edição do show “Eu Sou Daqui”. O evento cultural será no dia 3 de fevereiro, na véspera do aniversário de 259 anos da capital, em um bar no Centro da capital amapaense. Os músicos Amadeu Cavalcante e Brenda Melo comandam o palco, com quatro convidados.

Em duas horas de show, os músicos vão entoar canções clássicas, como as “Oh! Macapá”, “Tô em Macapá” e “Coração Tropical”, além de produções inéditas. Foram convidados para subir ao palco a Banda Placa, e os músicos Zé Miguel, Rambolde Campos e Nani Rodrigues.

O projeto, idealizado pelos amapaenses Amadeu e Brenda, foi criado para demonstrar o amor por Macapá.

“Sempre a gente convida artistas que tem trabalhos que falam de Macapá. O show é temático, só com canções que falam da cidade. Vão vir novidades, com outras canções, algumas até inéditas, que não têm nem gravação, e vamos apresentar. Estamos em comemoração, a proposta é de declaração de amor pela cidade”, comentou Cavalcante.

Para Brenda Melo, que é de Brasília e mora em Macapá há mais de 20 anos, cantar sobre a capital do Amapá é um motivo de orgulho e alegria.

“O Amapá é minha casa, Macapá sempre foi meu chão, cresci aqui junto a minha família materna, esta cultura é minha identidade, esta terra é minha aldeia. Cantá-la, homenageá-la é sempre motivo de muito orgulho para mim”, disse Brenda.

A programação terá canções que falam sobre as belezas e o cotidiano da capital amapaense. O repertório terá músicas com ritmos locais, envolvendo sons característicos do batuque e do marabaixo.

Serviço

Show “Eu Sou Daqui”
Dia: 3 de fevereiro (sexta-feira)
Hora: a partir das 22h
Local: Bar O Barril (esquina da Av. Procópio Rola com a Rua Hamilton Silva, bairro Centro)
Mesa: R$ 100 (4 pessoas)
Mais informações: (96) 99126-6262 e 98119-2790

Fonte: G1 Amapá

Livro “Libertando a vida – a revolução das mulheres” é lançado em Macapá


O Setorial de Mulheres do PSOL e Fundação Lauro Campos, lançam nesta sexta-feira (03), a primeira tradução do livro “Libertando a vida – a revolução das mulheres”, de Abdullah Öcalan, que trata da participação das mulheres curdas na luta pela independência de seu povo.

Segundo informações publicadas no site da Fundação Lauro Campos, Öcalan, o autor, é a mais importante referência internacional do movimento curdo pela sua libertação e independência. No texto, ele discorre sobre aquilo que chama “jineologî”, a ciência das mulheres, e a imperativa tarefa da esquerda de promover instrumentos auto-organizados de mulheres nos partidos e no movimento social.

Na mesa do evento estará presente, Denise Simeão, que escreveu Prefácio do Livro e membro da Coordenação Nacional da Setorial de Mulheres do PSOL, Juliano Medeiros, presidente da Fundação Lauro Campos e Alzira Nogueira, Movimento de Mulheres, Coletivo Caboclas e NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro).

Data: 03 de Fevereiro
Hora: 18:30h
Local: Auditório da Fecomércio (Rua Eliézer Levi, 1097 – Centro, Macapá)

Batuqueiros do Banzeiro do Brilho-de-fogo saem nas ruas em cortejo para festejar o Aniversário de Macapá

No dia 4 de fevereiro, Macapá completa 259 anos de fundação, e o Banzeiro do Brilho-de-fogo mais uma vez homenageia a cidade com o Cortejo, que sai da frente da Igreja São José e encerra na praça Floriano Peixoto. Batuqueiros, mulheres do Cordão das Açucenas, crianças do Jardim do Banzeiro, e dançadeiras de marabaixo e batuque, estarão nas ruas do centro, em grande festa, chamando a população para seguir o cortejo de aniversário.

A preparação para este cortejo iniciou em janeiro, quando os batuqueiros recomeçaram os ensaios na praça Floriano Peixoto, juntando cerca de 250 instrumentistas novos e antigos do projeto, que, sob o comando o maestro Paulinho Bastos, demais coordenadores e instrutores, ensaiaram as músicas que formam o repertório do Banzeiro. Músicas do cancioneiro regional, de domínio popular, e canções próprias do projeto compõem a seleção musical que será acompanhada por tambores e metais durante o cortejo.

Projeto Banzeiro

O projeto Banzeiro do Brilho-de-fogo é de iniciativa de músicos e fazedores de cultura, e queiram colocar nas ruas uma orquestra de percussão que acompanhasse as músicas de artistas amapaenses, e homenageassem a cultura do Amapá. O projeto é dirigido pelos músicos Adelson Preto, coordenador geral, e Alan Gomes, Paulinho Bastos e Ricardo Iraguany. A artesã Melissa Silva coordena a parte visual, de vestimentas e adereços, que também valoriza as tradições amapaenses.

O Banzeiro tem a parceria da Prefeitura de Macapá, e não tem fins lucrativos. A proposta é incluir social e culturalmente pessoas de todas as idades através de uma brincadeira cantada. Ele iniciou em 2014, oferecendo oficinas de iniciação musical, de produção de instrumentos de percussão e adereços que compõem o conceito do projeto. As aulas das oficinas foram ministradas por instrutores, que continuam auxiliando os ensaios e introduzindo os batuqueiros na orquestra.

“A cada ano o Banzeiro reúne mais pessoas, que entram para o projeto como batuqueiro, para formar o Cordão das Açucenas, ou para o Jardim das crianças, e isso mostra a credibilidade do projeto. Todos querem sair pelas ruas cantando as músicas que retratam nossa cultura, rodando a saia de marabaixo, e tocando instrumentos decorados com arte regional”, disse Adelson Preto.

Trajeto

O cortejo sai após a Missa de Aniversário, na antiga Igreja São José. Os integrantes saem pela avenida Mário Cruz, seguindo pela Cândido Mendes, e dobram na Henrique Galúcio e Tiradentes. Para finalizar o cortejo, o Banzeiro entra na avenida Maracá até a praça Floriano Peixoto, onde acontece uma apresentação de artistas locais acompanhados pelos batuqueiros, e uma programação realizada pela Prefeitura de Macapá para festejar a data.

Serviços
Cortejo
Data: 4 de fevereiro
Concentração e saída: Frente da antiga Igreja São José
Hora: após o término da missa de aniversário

Mariléia Maciel
Assessoria de Comunicação/ Banzeiro do Brilho-de-fogo
Fotos: Lee Amil – Grafite Comunicação

Prefeitura de Macapá pede celeridade ao STF em julgamentos de ações municipais

STF – Supremo Tribunal Federal (Valter Campanato/Agência Brasil)

Por Bruno Nascimento

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu na manhã da última terça-feira, 31, prefeitos e vice-prefeitos de 15 municípios que estiveram pedindo a Corte à aceleração nos julgamento de ações que envolvem os municípios. Macapá está entre as cidades representadas pelas prefeituras que entregaram uma carta com 12 temas prioritários a serem analisados pelo STF, em busca de alivio financeiro.

Entre as discussões abordadas durante a reunião, estavam pautas que tratavam da judicialização da saúde, questões de educação envolvendo vagas em creches, ações que tratam do pagamento de precatórios e a regulamentação do acesso a depósitos judiciais, entre outros.

Sobre a judicialização da saúde, a busca dos prefeitos é que os juízes não imponham valores tão altos aos municípios e que tenham mais conhecimento nas implicações financeiras e da saúde. Pensando nisso, a ministra irá orientar que os juízes chamem primeiro a União, depois o Estado e por último os municípios, na intenção de que a União também assuma com esses gastos que sobrecarregavam os municípios.

Em relação aos depósitos judiciais, as prefeituras querem ter mais acesso e poder negociar com o judiciário mudando as datas para o prazo de pagamento dos precatórios, que são requisições de pagamentos expedidos pelo Judiciário aos municípios com determinados valores que são acima de 60 salários com o prazo de cinco anos para quitação das dívidas.

Em resposta aos prefeitos, a ministra Cármen Lúcia garantiu que dará prioridade a esses julgamentos e que há cerca de 700 mil processos tramitando no tribunal e 11mil são sobre municípios.

Estiveram presentes na reunião os prefeitos de Aracaju (SE), Belém (PA), Campinas (SP), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Macapá (PA), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Salvador (BA) e Vitória (ES). Porto Alegre (RS) e João Pessoa (PB) foram representados pelos vice-prefeitos.

Fonte: Jornal do Dia

Dia 2 de fevereiro tem Festival para Iemanjá no trapiche Eliezer Levy

No dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá, festejada em todo o Brasil, a Federação Cultural Afro-Religiosa de Umbanda e Mina Nagô (Fecarumina) programou um festival em sua homenagem na orla de Macapá, reunindo fiéis e admiradores de religiões de matriz africanas, e comunidades que realizam festejos tradicionais e culturais com raízes afro. No Amapá, cerca de 300 terreiros estão em funcionamento, e movimentam um grande número de pais, mães e filhos de santos, que cultuam entidades nascidas da natureza, simbolizadas por imagens.

Iemanjá é um Orixá africano, rainha dos mares, protetora dos pescadores e jangadeiros. Assim como outras entidades de terreiros, é professada no catolicismo, e chamada de Nossa Senhora da Conceição, uma das manifestações da Virgem Maria. Em suas festas, devotos e pagadores de promessas a homenageiam com canto, dança e orações, e jogando flores nas águas.


No dia 2, dedicado à ela, a programação inicia às 16h, e segue até 23h, em frente ao trapiche Eliezer Levy. Após a abertura, com a concentração de sacerdotes, tem apresentações de capoeira, makulelê, marabaixo, hip hop, rumpilê e do grupo Tambores Tucujus. Às 17h, as autoridades religiosas fazem um breve pronunciamento, e às 18h acontece o rufar dos tambores em homenagem à Iemanjá. A programação segue com a entrega de oferendas na água e banho de cheiro, e tambor de mina.

“É uma festa aberta para o público, de religiões de matriz africanas ou curiosos que queiram conhecer nossas tradições religiosas. Esta interação é muito importante para desmistificar e acabar com o preconceito por ignorância. Esta é nossa religião, estes são nossos costumes, e assim como as demais religiões, merece respeito. Todos serão bem recebidos e acolhidos”, disse a mãe de santo Iolete Nunes, da Fecarumina.

Mariléia Maciel
Fotos: Márcia do Carmo

Aniversário de Macapá: divulgado resultado do edital das programações artístico-culturais

A lista de classificação do edital de chamada pública para o aniversário da cidade de Macapá está disponível no site da prefeitura desde domingo, 29, no link: http://macapa.ap.gov.br/noticias/transparencia/editais-publicacoes. São 32 atrações que comandarão os festejos.

Conforme estabelecido em edital, os proponentes que não foram selecionados tiveram esta segunda-feira, 30, para apresentar recurso, por meio do e-mail: [email protected]. Os mesmos serão avaliados nesta terça-feira, 31, pela curadoria indicada pela Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) – a mesma responsável pela seleção.

Foram considerados na avaliação os quesitos excelência artística da proposta, qualidade técnica, currículo do proponente, criatividade e inovação, interação com a diversidade cultural amapaense e qualidade técnica do material apresentado. Segundo o diretor-presidente da Fundação, Sérgio Lemos, grande parte das eliminações se deu por falta de apresentação de documentos exigidos no certame.

A comemoração de aniversário da cidade de Macapá será dia 4 de fevereiro, iniciando-se com a tradicional missa na igreja matriz São José, seguido do cortejo do Banzeiro Brilho de Fogo em direção à Praça Floriano Peixoto, onde ocorrerá toda a programação cultural, com shows e outras atividades.

Rita Torrinha/Asscom Fumcult
Contato: 99189-8067

BACANA => Amapaenses iniciam gravações de longa-metragem sobre primeiro amor

Por Jorge Abreu

A produção do longa-metragem amapaense “A Ponte e o Tempo” iniciou as gravações das cenas no dia 20 de janeiro, com previsão de término para o final de fevereiro. Segundo os diretores, o enredo conta a história do primeiro amor de um jovem casal.

Além do romance, o filme aborda o cotidiano de moradores de pontes sobre áreas alagadas de Macapá, a importância de instituições que desenvolvem atividades para jovens e adolescentes em vulnerabilidade social e também o destaque da cultura amapaense na sociedade.

A direção e roteiro do longa é de Ana Vidigal. De acordo com o codiretor Thomé Azevedo, o lançamento da obra pode ocorrer em abril com exibição em um cinema de um shopping da capital. Para isso, a produção ainda busca firmar parcerias e conseguir patrocinadores.

O elenco e produção foram selecionados durante uma oficina de um curta-metragem que ocorreu em novembro, promovido pelo Sesc. Para Azevedo, a oficina foi uma ferramenta para descobrir talentos e trabalhar os atores para o cinema, que tem uma dinâmica diferente de outros que envolve a atuação.

“Fico encantado em ver que tem tanto talento em nossa cidade. Sinto-me revigorado com a energia e entusiasmo, com a dedicação de todos. Temos, na maioria, jovens de 16, 17, até mais velhos, de 40, 50 anos, e todos mergulhados em seus personagens”, ressaltou o diretor.

Fonte: G1 Amapá

Amapá possui o único açaí certificado do mundo

Por Joice Batista

O Amapá tem o único açaizal certificado pela Forest Stewardship Council (FSC) do mundo. A área de produção fica no Arquipélago do Bailique, distante cerca de 160 quilômetros de Macapá. Após a certificação, outros mercados poderão ser alcançados.

Esse reconhecimento veio em 15 de dezembro de 2016. Antes disso, os produtores da Associação das Comunidades Tradicionais do Bailique, responsáveis pela área de produção faziam vendas individuais e por um valor baixíssimo, em média R$ 0,30 por quilo do açaí. Mas agora pretendem alcançar preços melhores.

O FSC é um sistema de certificação florestal internacionalmente reconhecido que identifica, por meio de sua logomarca, produtos originados do bom manejo florestal.

Certificados, os produtores do Bailique podem explorar ainda mais o grande potencial do açaí em todo o mundo, pois o consumo desse produto está aumentando continuamente e está sendo utilizado em outras regiões do país, seja puro ou com xarope de guaraná. Além disso, o mercado internacional tem grande interesse no fruto.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2015, dos 13 produtos do extrativismo com variação positiva, o açaí foi o que apresentou o maior aumento na produção, quando comparado com 2014, com 9%. Em 2015, só o Pará colheu mais de 1 milhão de toneladas de açaí em uma área extrativista e cultivada de 154.486 hectares. A venda dos frutos injetou cerca de R$ 1,8 bilhão na economia em um ano.

Na comunidade do Bailique, parte da renda obtida da venda do açaí é reinvestida na Escola Família Agroextrativista, onde o filho do produtor além de estudar, aprende a colher, desidratar, processar e misturar o açaí de outras formas, gerando maior valor agregado ao produto.

Para a comunidade conseguir a certificação, oficinas de boas práticas no manejo de açaizais foram realizadas para que pudessem atender a requisitos pré-estabelecidos. As atividades foram promovidas com o apoio da Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (Oela) e do Grupo Trabalho Amazônico (GTA).

Atualmente, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking total do sistema FSC com 6,2 milhões de hectares certificados na modalidade de manejo florestal e envolve 118 operações de manejo, entre áreas de florestas nativas e plantadas.

Fonte: Jornal do Dia

Hoje rola Roda de Batuque na orla de Macapá


Neste domingo (29), a partir das 18h, entres os bares Beira Rio e Nêgo, rola mais uma edição do projeto Roda de Batuque. Idealizado pelo Grupo Bandaia de Batuque e Marabaixo e com direção musical de João Amorim, o evento visa o fortalecimento de ritmos, musicalidade e cultura locais. Os encontros são sucesso de público e crítica. A entrada é gratuita.

Então, hoje às margens do Rio Amazonas, tem essa ótima oportunidade para quem é de dança e quem curte Batuque, Marabaixo, Zouk e Cacicó.

Serviço:

Roda de Batuque no Bar do Nêgo
Local: Bar do Nêgo, localizado no Complexo Beira Rio, orla de Macapá, na Avenida Beira Rio (segundo quiosque de quem vem da Praça do Coco, em frente ao Macapá Hotel).
Data: 29/01/2015
Hora: a partir das 18h.

Elton Tavares