Poesia de agora: Extra – @juliomiragaia

Extra

Quanto que cabe de fome
Nessa fria e exclusiva
Promoção de osso?

Quanto que cabe de osso
Na sopa de fome
Desse prato de exclusão?

Quanto que custa
A promoção no estômago
Nesse deserto de feijão?

Quanto que sobra
Nesse deserto de bolso
Do osso da gasolina?
Do osso da conta de luz?

Júlio Miragaia

A Prefeitura de Santana, por meio da Secretaria Municipal de Educação, iniciou as entregas dos livros didáticos regionalizados às escolas da rede

Os livros adaptados à realidade amapaense são importantes para que o aluno se identifique com o contexto utilizado, facilitando a compreensão do assunto abordado.

O material educacional foi elaborado por profissionais da educação do Amapá, trazendo a linguagem, o cenário e a cultura amapaense. Os novos livros didáticos contemplam alunos do 1° ao 3° ano do Ensino Fundamental, em fase de alfabetização.

Comunicação – Prefeitura de Santana

Poema de agora: Ele é Sol (Do poeta Pedro Stkls para o jornalista Elton Tavares) – @stkls

ELE É O SOL

para Elton Tavares

o sol queima silenciosamente
a luz que floresce
que colore as palavras
quando um poeta sonha
o sol nos é de um todo
a iluminura que invade
as pequenas rachaduras
por onde a luz escapa
o que quer dizer mesmo

Eu e o Poeta Azul, Pedro Stkls.

é que somos feitos
desses feixes
que é por ali que saramos
quando tudo pesa
como se carregássemos
uma porção infinita de água
encontrar o sol
tocar o sol com o que podemos ser
é uma tarefa única e exclusiva nossa
como esse poema
que aquece o teu dia
no mundo.

Pedro Stkls

*Pedro é um artista talentoso e querido amigo deste editor. 

Poema de agora: Uma cidade no meio do mundo – Pat Andrade

Fotos: Raimundo Manoel Fonseca

Uma cidade no meio do mundo

a cidade que mora em mim
reside entre a igreja e o teatro
se reflete nas águas do lago
caminha pela serrano
e corre pela independência
até o meio do mundo

essa cidade
embriaga-se de rio
e renasce na floresta
toma açaí do grosso
come camarão no bafo
mata a sede com água de poço

é essa cidade
que ama as mulheres do igarapé
dança marabaixo e batuque
no largo dos inocentes
e dorme tranquila
nos braços de São José

Pat Andrade

Poema de agora: DESLUGAR – Ori Fonseca

Ilustração: fotografia UFPA de frente para o rio Guamá (Google).

DESLUGAR

Izabel, quem foi, quem foi que te viu
Lá no rio, sentada à beira do céu?
Lá no céu, sentada à beira do rio?
Onde eu rio de ouvir teu riso, Bebel.

Ei, Bebel, por que fugiste pro frio,
Onde abril te dá flores a granel
E o pincel te traz cores do Brasil?
E o Brasil será sempre a tua Babel.

Ah, sei lá! Tudo agora vai passando
Só deixando rastro do que era amar,
Um lembrar de um que nem se sabe quando.

Um desquando de desonde a esperar,
Num lugar e tempo onde estou morando,
Te esperando à beira do rio Guamá.

Ori Fonseca

Angelita Produções lança e-book “Sonhos de Assis e Jonielson: Um Livro Pra Chamar de Meu”, gratuito em plataforma digital

O 13 de setembro é um marco histórico para os amapaenses, data em que comemoramos a criação do ex-Território Federal do Amapá a partir de uma região desmembrada do Pará por motivos estratégicos e de desenvolvimento econômico, em plena Segunda Guerra Mundial. E por isso, a Angelita Produções escolheu essa data para o lançamento oficial do e-book “Sonhos de Assis e Jonielson: Um Livro Pra Chamar de Meu”.

Escrito por Angela de Carvalho e ilustrado por Mario Baratta e com Projeto Gráfico de Karollinne Levy, o projeto é apoiado pela Secretaria de Estado da Cultura (SECULT), com recursos provenientes da Lei Federal nº 14.017 de 29 de junho de 2020 (Lei Aldir Blanc), no segmento do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas.

Em suporte digital na plataforma issuu de acesso gratuito, os leitores do mundo inteiro poderão acessar o novo livro de Angela de Carvalho. “O livro é ferramenta de provocação da curiosidade dos jovens leitores para novas leituras como as que são citadas ao longo da narrativa e outras mais. Seu conteúdo, também serve de mote para incrementar e fomentar o debate sobre a importância da implementação dos Planos Municipais e Estaduais de Leitura, Escrita e Biblioteca. Vislumbra a possibilidade futura de passagem da ficção à realidade, uma vez que o enredo pode ser inspiração para projetos e programas de realização de feiras e festivais literários, evidencia a importância dos encontros interestaduais e intermunicipais para troca de conhecimento entre adolescentes através da narrativa de histórias locais acontecidas ou de ficção, inicia os jovens em sua formação leitora e cidadã, destaca a autora.

O enredo dá continuidade ao primeiro livro de Angela, “Pescadores de Sonhos” (2017), as personagens: Assis e Jonielson, dois meninos ribeirinhos que vivem intensamente o encanto das histórias e da leitura, voltam a encontrar-se com o Saci Aladim em“Sonhos de Assis e Jonielson: Um Livro Pra Chamar de Meu”. Agora que são assíduos frequentadores das Bibliotecas, sonham com um encontro interestadual – Salão Literário, onde acontece a distribuição de livros e a troca de narrativas de todos os cantos do Amapá, na voz de crianças contadoras de histórias, representantes dos 16 municípios do estado.

A pandemia do novo coronavírus pode ter obrigado por longo tempo as livrarias e bibliotecas a fecharem as portas ou realizarem atendimento com restrições de público. Mas a fome dos leitores por novas histórias abriu novas janelas. Enquanto isso, a equipe de Angelita Produções formada por ilustradores, pesquisadores, produtores culturais, revisores e técnicos se encarregou da tarefa de criação de um novo livro, agora em formato digital que pode ser lido em smartphones, tablets e computadores, podendo contribuir com os mediadores de leitura em escolas que poderão adotar o e-book “Sonhos de Assis e Jonielson: Um Livro Pra Chamar de Meu” para compor o repertório de leitura e estudos nas redes de ensino.

Esta iniciativa é uma forte aliada para estimular e manter e o hábito da leitura durante o confinamento e pós-confinamento necessários para o combate e prevenção da pandemia da covid-19, permitindo que estudantes, crianças, adolescentes e jovens tomem o gosto pela leitura e se tornem potenciais apreciadores e divulgadores da literatura produzida no Amapá.

Sobre Angela de Carvalho

Angela Maria Oliveira de Carvalho é formada em Ciências Sociais, Livreira, Promotora da Leitura, Contadora de Histórias ou simplesmente Mediadora de Leitura e Coordenadora do “Angelita – Projeto Encontrar, Contar e Encantar”, desenvolve atividade permanente de incentivo a leitura com enfoques nas Políticas Públicas da Leitura e Literatura voltadas para o Público Infantojuvenil e Sustentabilidade, dentre outras temáticas voltadas para a Proteção do Direitos da Criança, foi membro do FEPETI- Amapá – Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil no príodo de 2013 a 2020, autora do livro “Pescadores de Sonhos” (Cortez Editora, 2017).

O lançamento oficial está marcado para o dia 13 de setembro (segunda-feira) 10h da manhã, com a realização de lives nas redes sociais do projeto. Link para acesso ao e-book “Sonhos de Assis e Jonielson: Um Livro Pra Chamar de Meu”: https://issuu.com/angelitaproducoes/docs/livro_pra_chamar_de_meu_postar_issu

Contatos

Angela de Carvalho
Telefone: 96 99148 2866
email: [email protected]
@angelitaproducoes

Poesia de agora: Me alimento de quadros vivos – Mary Rocha

Me alimento de quadros vivos

Me alimento de quadros vivos
e
telas frescas
que sempre esperam a pincelada final,
daqui da minha janela,
o tempo corre apressado
e o ano novo alvoroçado
quer a todo custo aparecer…

mas,
não é tão simples pintar em aquarela
o caminho da própria vida
a um minuto de acontecer…

então me rabisco,
me risco e
me apago

e nem sempre consigo me reescrever

é mais fácil
deixar que o vento leve… ou que me traga um
novo pedaço de papel vazio de vivências

melhor não aprofundar

é complicado inventar
grandes mudanças em uma tela iniciada

por vezes
é mais simples desistir…
só deixar ir
o que não se consegue encaixar em lugar algum…

sim…
é até compreensível abdicar de entender
e
ignorar o que tanto dói ao ponto de quase enlouquecer
melhor esquecer e
nem pensar qual o traço deixou a alma amassada

ainda que,
no meio da estrada
o mundo inteiro não fale nada

e esse silêncio seja devastador!

Mary Rocha

*Mary Rocha é advogada e poeta.

Gigantes – Conto porreta de Luiz Jorge Ferreira

Conto de Luiz Jorge Ferreira

Eu brincava com bolhas de sabão quando vieram os gigantes, cada um deles trazia outros pequenos gigantes, que pensei serem seus filhos, mas soube mais tarde que faziam parte de um circo, em que as pessoas nasciam sempre com mais de cinco metros. Eu vi quando um deles menorzinho, mas muito, muito grande, quebrou a torre da igreja e derrubou o sino que nos chamava para a missa nos dias de Domingo. O sino era verde por dentro, cheio de limo e espalhou este verde por muitos lugares.

Minha mãe assustou-se com a chegada dos grandes gigantes, não catou mais feijão, não se demorou mais indo ao poço apanhar água, nem foi mais a casa de Dona Maricota, que era pertinho então eu pensei que estavam de mal. O cego Faustino que costumava sacudir a cuia com moedas cantarolando gemidos e quase uivos, agora pedia com um mexer de lábios. Tinha medo de com os seus lamentos, acordar os gigantes. Eles ficavam na frente da televisão, riam e roíam as unhas e mexiam com as mãos entre os cabelos, depois atiravam no chão uns piolhões que possuíam o tamanho do carro de boi de Seu Jaime. Os piolhões corriam e começavam a cavar até desaparecem entre a terra que ficava fofa e amontoada formando um morro, que depois subíamos. Era tal como escalar uma montanha. Os gigantes apesar do fedor que exalavam, fomos nos acostumando com eles. Muitas vezes eu vi Seu Faustino entre os dedos dos seus pés, catando moedas. Até mesmo os cavalos dos que apeavam a frente da venda de Quele, pastavam encostados aos pelos de suas pernas. Eu voltei a brincar com as bolhas de sabão e mamãe voltou a atravessar dois quintais para ir a prosa com Maricota, bastava entardecer.

Eu já tecia paneiros que vendia para os pescadores do Porto, quando os gigantes foram embora. Os menorzinhos estavam pálidos e saíram arrastando os maiores e deixando enormes valados que acabaram por derrubar os montes abrir crateras e fazer com que aqueles piolhões pulassem de volta para o corpo deles. O cego iniciou a cantar lamentos para pedir moedas e eu comecei a tecer enormes caixões de cipós e folhas de açaí, de maneira que para quem olhava de longe já não enxergava mais minha casa e nem mamãe conseguia sair para ir ao poço apanhar água e nem ouvia mais Dona Maricota gritar.

– Ô vizinha!

– Ô vizinha!

Dentro de casa era sempre escuro porque os enormes caixões impediam a entrada da luz do sol. E eu não conseguia parar de tece-los Certa vez eu deitei dentro de um e morri.

Mamãe gritou tanto que estranhamente voltarão os gigantes e os piolhões. Agora tão pequenos, que para vê-los, ela precisou da lente dos seus óculos, uma sobre a outra. Ela se afeiçoou a eles. Passaram o resto de suas vidas, falando da minha vida aventureira e cristã.

E tecendo minúsculos paneiros e caixões. Construíram um sino de cipó, que todos os Domingos toca. Mas ninguém escuta.

*Do livro “Antena de Arame”.

11 de setembro: A Torre e o Dragão da Contemporaneidade (20 anos do atentado) – Por @fernando__canto

Por Fenando Canto
 
“Quando o Terror chegar (e ninguém nega que ele chegará)/ degradando, exaltando/ quando a terra tremer/ e as montanhas se desmoronarem/ convertidas em pó disperso,/ então serás três grupos – Companheiros da Direita, Companheiros da Esquerda e os Vencedores (“Alcorão”. LVI, 1-55).
 
Por certo os prédios do World Trade Center não foram inspirados nos zigurates mesopotâmicos, que por sua vez inspiraram a torre de Babel. Os zigurates eram construções que simbolizavam a pretensão dos homens em igualar-se aos deuses, e que se imaginavam capazes de subir ao céu por meios materiais. Algumas dessas construções chegavam a cem metros de altura, elevando-se em até sete patamares cada vez mais estreitos. Elas facilitariam tanto a descida dos deuses à terra como a subida dos homens ao Céu. O simbolismo do zigurate tem relação com a montanha onde o peregrino que nela sobe busca a purificação espiritual gradual até encontrar a luz.
 
A torre de Babel foi construída com betume e tijolo cozido, mas apesar da aparente fragilidade sua fundação prolongava-se solo adentro, representando ainda a união de três “mundos”: Céu, Terra e Mundo Subterrâneo. Babel é a “Porta do Céu”, talvez a maior entre as tantas torres que dominavam as cidades babilônicas. Como eram sinais de politeísmo foram condenadas pelo monoteísmo hebraico. E foi Jeová, que a partir daí acabou com a uniformidade universal da língua dos homens, para confundi-los e dispersa-los no espaço, formando o caos da comunicação entre eles.
 
A Nova Iorque cosmopolita que abrigava o World Trade Center absorvia diariamente milhões de frases em centenas de idiomas, embora nas famosas torres gêmeas a linguagem prevalecedora tenha sido sempre a dos computadores vorazes, a do dinheiro e a do poder.
 
Nessa ótica, Babel existia na modernidade substituindo a necessidade de buscar o divino pela procura do poder incomensurável, aquele que decide a vida de milhões de seres humanos do planeta, no simples digitar de códigos num teclado de computador.
 
Os tristes episódios que marcaram a vida americana pelo terrorismo em 11 de setembro não só representam uma assumida “morte” simbólica do capitalismo e do poder bélico universal, como também apontam para uma espécie de tentativa de “frear” ações heréticas do ocidente em que tentam “igualar-se” a Deus, quando o homem ocidental constrói para a infinitude do Céu.
 
Como cada moeda tem duas faces, o outro lado da destruição das torres é a arma que a destruiu: o avião. Para Jung, nos sonhos dos homens contemporâneos os aviões substituem os animais fabulosos e os monstros dos tempos remotos. O avião pode ser o Pégaso, o cavalo alado dos mitos gregos que está relacionado à água e cuja significação simbólica leva em conta no seu eixo interpretativo ser “a nuvem portadora da fonte fecunda”.
 
O avião, ao decolar (no sonho), conduz ao êxtase, à “la petite mort”, antiga expressão coloquial que as mulheres usavam para o “orgasmo total”. Entre tantos aspectos analíticos, digamos, bastante complexos, o avião elevando-se também se assemelha ao comportamento da vida, sua aventura iniciática, tendo ou não carga ou combustível e mesmo ao chocar-se com outro avião ou obstáculo.. Nesse caso a análise revela tendências opostas ou choque de contrários. É Dialética, é ideologia povoando o inconsciente e o significado do “sonho”, registrado na memória histórica dos homens.
 
O avião, por pertencer ao domínio do ar, pertence ao domínio das idéias, do espírito e do pensamento. Quem nele vai pertence a Terra (Matéria) e quer se lançar em sonho ao Céu (Espírito). Ele tem a força materializada no elemento ar.
 
O avião é um dragão. O dragão é o guardião dos tesouros ocultos. Como símbolo do mal e das tendências demoníacas identifica-se com a serpente. Na realidade é um símbolo ambivalente. Para a doutrina hindu ele é o Princípio. Produz o soma, que é a bebida da imortalidade. Para os chineses os dragões voadores são Montaria de Imortais, eles os elevam até o Céu. É, ainda, associado ao raio (cospe fogo) e à fertilidade (traz a chuva), trata das funções e ritmos da vida que garantem ordem e prosperidade. Enquanto relâmpago simboliza o espírito e o esclarecimento da inteligência: é a fonte da verdade. Quando é raio desencadeado representa a cólera de Deus, a punição, o castigo, a autoridade ultrajada: é o justiceiro.
 
Obviamente que o fato ocorrido nos EUA. proporcionou uma grande soma de interpretações. Não é demais juntar a elas mais uma informação para se somar aos motivos gerais que moveram os suicidas na destruição do WTC e do Pentágono. É bem verdade que o mundo ainda está atônito com o acontecimento. Quem sabe um dragão não está imbricado nessa história, posto que faz parte de todas as culturas e religiões conhecidas, aparecendo das mais variadas formas, inclusive no materialismo dialético, simbolizando a luta de classes.
 
A torre foi destruída, mas o dragão é feito do elemento ar. Pode ressurgir. Do mesmo modo a nação atingida e suas aliadas também ousarão quando vestirem a armadura e a lança de São Jorge na eterna luta do bem contra o mal.
 
Texto de Fenando Canto. O escrito também faz parte do livro de crônicas “Adoradores do Sol”, Ed. Scortecci, 2010.

“Orgulho de Ser Amapá”: lançamento de box de livros, show e marabaixo marcam abertura da programação

Na sexta-feira (10), teve início, no Mercado Central de Macapá, a programação da campanha “Orgulho de Ser Amapá”.

O evento comemora os 78 anos de criação do Território Federal do Amapá e os 68 anos do Mercado Central de Macapá e é realizado pelo mandato do senador Randolfe Rodrigues, Prefeitura de Macapá, Assembleia Legislativa do Amapá e Tribunal de Justiça do Estado do Amapá.

A programação começou com show do cantor João Amorim e apresentações de marabaixo e de poesia. Em seguida, houve fala das autoridades presentes e o lançamento do box de livros “Amapá: História, Imagens e Mitos”, impresso pelo Conselho Editorial do Senado Federal.

Entre as autoridades presentes, participaram da cerimônia de abertura da campanha o senador Randolfe Rodrigues, idealizador do projeto, a procuradora-geral do MP-AP, Dra. Ivana Cei, o promotor de Justiça, Iaci Pelaes, o diretor-presidente do Instituto Municipal de Turismo (Macapatur), Benício Pontes, e os deputados estaduais Cristina Almeida, Paulo Lemos, Dr. Victor Amoras e Edna Auzier.

Em sua fala, o senador Randolfe Rodrigues destacou a importância das obras lançadas que valorizam a história e a cultura amapaense. Randolfe falou também sobre a programação de segunda-feira, quando será plantada uma cápsula do tempo na frente do Mercado Central e seu significado.

“Plantaremos com uma mensagem atual de pioneiros, de autoridades e de crianças ao Amapá de 13 de setembro de 2043. Uma mensagem que refletirá os dramas vividos hoje mas sobretudo a esperança, porque um povo não vive sem esperança. Essa terra, nossos ancestrais já ensinaram que o seu povo tem vocação para ser feliz. E será, temos confiança e crença nisso”, declarou.

Programação

A programação da campanha Orgulho de Ser Amapá continua na segunda-feira (13). A partir das 7h, haverá a Alvorada no Mercado Central, com participação da Banda da Guarda Municipal e a plantação de um amapazeiro e de uma cápsula do tempo.

A cápsula do tempo conterá cartas de crianças amapaenses dos 16 municípios e de autoridades e personalidades.

Em seguida, a partir das 9h, acontecerá na Assembleia Legislativa do Amapá uma sessão solene pelos 78 anos de criação do Território Federal. Entre as apresentações estão a da Orquestra Florescer e do Batuque Raízes do Cunani.

A cerimônia contará ainda com a participação de 24 amapaenses ilustres que ocuparão as cadeiras do parlamento estadual e a entrega de 14 medalhas Notável Edificador do Amapá, do Memorial Amapá.

Texto: Júlio Miragaia
Fotos: Lee Amil
Ascom do senador Randolfe Rodrigues

Membros do MP-AP participam da programação de abertura da campanha “Orgulho de Ser Amapá”

A procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Ivana Cei, e o promotor de Justiça Iaci Pelaes participaram na noite desta sexta-feira (10), no Mercado Central de Macapá, da abertura da campanha “Orgulho de Ser Amapá”, em alusão aos 78 anos de criação do Território Federal do Amapá e de 68 anos de inauguração do próprio mercado. A iniciativa é do mandato do senador Randolfe Rodrigues, em parceria com a Prefeitura de Macapá (PMM), Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) e Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (Tjap), para resgatar o amor do amapaense pelas coisas da terra, sua história, cultura, pessoas e monumentos.

Neste primeiro dia de programação ocorreu o lançamento e noite de autógrafos do box de livros: “Amapá: História, Imagens e Mitos”, impresso pelo Conselho Editorial do Senado Federal. O trabalho consiste numa caixa com 5 obras de autores amapaenses: Os Selos Postais da República do Cunani (Wolfgang Baldus); Amapá à francesa (Pauliany Barreiros Cardoso); Mitos e Lendas do Amapá (Joseli Dias); Um Cais que Abriga Histórias de Vida (Verônica Xavier); e Histórias de Oiapoque (Sonia Zaghetto).

O senador Randolfe fez uma breve contextualização histórica e destacou a importância das obras lançadas para valorização da história e cultura amapaense. O parlamentar falou também sobre a programação de segunda-feira, quando será plantada uma cápsula do tempo, na frente do Mercado Central, e seu significado.

O encontro contou com a participação do diretor-presidente do Instituto Municipal de Turismo (Macapatur), Benício Pontes; dos deputados estaduais: Cristina Almeida, Edna Auzier, Paulo Lemos e Victor Amoras; escritores, músicos e público em geral. No espaço, apresentações artísticas e culturais e, também, foram abertas para visitação exposições de fotos históricas.

“Parabenizo a todos os envolvidos nessa importante iniciativa de resgate histórico e valorização da memória do Estado do Amapá. Isso nos fortalece, nos dá identidade”, manifestou Ivana Cei.

13 de Setembro

O segundo dia de atividades será na segunda-feira (13), data dos 78 anos de fundação do Território Federal. A programação inicia com Alvorada no Mercado Central, com a banda da Guarda Municipal, plantação do pé de Amapazeiro e de uma cápsula do tempo com os sonhos de crianças amapaenses. Haverá ainda o anúncio, pelas autoridades, da segunda fase de revitalização do Mercado Central.

Em seguida, na Assembleia Legislativa do Amapá, acontecerá sessão solene, com a participação da Orquestra Florescer, Batuque Raízes do Cunani e a entrega das Medalhas Notável Edificador do Amapá a 14 personalidades amapaenses, além da presença de 24 amapaenses ilustres que serão homenageados ocupando as cadeiras do parlamento estadual.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Gilvana Santos
*Com informações da Ascom do mandato do senador Randolfe
Contato: [email protected]

Poema de agora: Ela – Arilson Freires – @ArilsonFreires

Ela

Ela sempre me cobrou um poema
Uma carta de amor
Uma admiração extrema
Seja como for
O que posso dizer de tocante
Que não disse antes?
O amor é uma casa em construção
Não
É um vão na parede
Onde ato minha rede
Loucura e demolição
Brisa e mansidão
O amor é mais que duas ou quatro palavras
É o mundo com asas
Cabana na floresta
O sol por uma fresta
É o sono que nos resta
O dono da festa
Rima fácil
Indomável face
Onde repouso
E ouso dizer:
Quem protege os teus muros
Na tristeza ou na beleza?
Eu tenho uma fortaleza

Arilson Freires

Orgulho de Ser Amapá: programação de aniversário do Território Federal e do Mercado Central inicia nesta sexta-feira (10)

Nesta sexta-feira (10), a partir das 17h, o Mercado Central de Macapá recebe a abertura da programação da campanha “Orgulho de Ser Amapá, que ocorre em alusão aos 78 anos de criação do Território Federal do Amapá e de 68 anos de inauguração do próprio mercado.

De acordo com sua organização, a iniciativa busca resgatar o orgulho pelas coisas da terra, sua história, cultura, pessoas e monumentos e é realizada pelo mandato do senador Randolfe Rodrigues, Prefeitura de Macapá, Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) e Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (Tjap).

No primeiro dia de programação ocorre o lançamento do box de livros “Amapá: História, Imagens e Mitos”, impresso pelo Conselho Editorial do Senado Federal. O trabalho consiste numa caixa com 5 obras de autores amapaenses que abordam diferentes temas.

Os livros são os seguintes: Os Selos Postais da República do Cunani (Wolfgang Baldus); Amapá à francesa (Pauliany Barreiros Cardoso); Mitos e Lendas do Amapá (Joseli Dias); Um Cais que Abriga Histórias de Vida (Verônica Xavier); e Histórias de Oiapoque (Sonia Zaghetto).

Ocorre ainda na abertura do evento exposições de fotos históricas e atrações culturais locais, além da fala das autoridades presentes.

13 de Setembro

O segundo dia de atividades será na segunda-feira (13), data dos 78 anos de fundação do Território Federal. A programação inicia com Alvorada no Mercado Central, com a banda da Guarda Municipal, plantação do pé de Amapazeiro e de uma cápsula do tempo com os sonhos de crianças amapaenses. Haverá ainda o anúncio, pelas autoridades da segunda fase de revitalização do Mercado Central.

Em seguida, na Assembleia Legislativa do Amapá, acontecerá sessão solene, com a participação da Orquestra Florescer, Batuque Raízes do Cunani e a entrega das Medalhas Notável Edificador do Amapá a 14 personalidades amapaenses, além da presença de 24 amapaenses ilustres que serão homenageados ocupando as cadeiras do parlamento estadual.

Serviço:

Programação Orgulho de Ser Amapá
Data de início: 10/09 (sexta-feira)
Horário: 17h
Local: Mercado Central de Macapá

Júlio Miragaia
Assessoria de comunicação do senador Randolfe
Contato:(96) 99116-9665

Poema de agora: AVE NOTURNA – Patrícia Andrade

AVE NOTURNA

trago versos conturbados
atravesso as madrugadas
sem dormir
sonho acordada
com as coisas
que ainda não vivi

o pensamento voa
ganha vida própria
e sai por aí
invadindo áreas restritas
ruas desertas
casas alheias
corações vazios

há tempos
em que meu verso
é ave noturna
sem paradeiro ou destino
é pássaro triste
que rasga a mortalha
ao soarem os sinos

Patrícia Andrade