Marielle Vive! – Hoje completam dois anos da execução e um ato cultural cobra justiça pelas morte de Marielle Franco e Anderson Gomes

Marielle Franco era mulher, negra, LGBT, Mãe, Socialista, Feminista, defensora dos Direitos Humanos, militante do PSOL e em 2016 eleita vereadora do Rio de Janeiro, sendo a 5ª mais votada na cidade, foi assassinada no dia 14 de março de 2018, depois de uma atividade sobre Mulheres Negras moverem estruturas, junto com ela morreu Anderson Gomes, que dirigia o carro. Esperavam calar Marielle e tudo que ela representava, mas mal sabiam que éramos semente. Hoje completam dois anos da execução e apesar dos assassinos terem sido presos há somente alguns dias, os mandantes do crime permanecem impunes.

Não iremos nos calar! Seguimos em luta por Justiça para Marielle e Anderson, pela vida das Mulheres. Mostraremos nossa força nas ruas e nas lutas!

SERVIÇO:

Evento: dois anos da execução: ato cultural cobra justiça pelas morte de Marielle Franco e Anderson Gomes
Data: 14 de março de 2020
LOCAL: Praça Floriano Peixoto
HORA: 16h

Assessoria de comunicação

Hoje é o Dia Nacional da Poesia (meus parabéns aos poetas do Amapá e Brasil)

Hoje é o Dia Nacional da Poesia. A data é comemorada em 14 de março por ser o dia do nascimento de Castro Alves, em 1847. Poeta do romantismo, ele foi um dos maiores nomes da poesia brasileira.

A palavra “poesia” tem origem grega e significa “criação”. É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.

Antigamente, os poemas eram cantados acompanhados pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isso, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico. Hoje, os poemas podem ser divididos em quatro gêneros: épico, didático, dramático e lírico.

Sou fã de poesia e poetas. Adoro Ferreira Gullar, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, entre outros tantos poetas brasileiros, mas gosto mesmo é dos poeteiros amigos. Sim, os que admiro tanto quanto estes nomes aí de cima.

O poeta autor/trovador escreve textos do gênero que compõe uma das sete artes tradicionais, a Poesia. A inspiração, sensibilidade e criatividade deste tipo de artista retrata qualquer situação e a interpretação depende da imaginação dele próprio, assim como do leitor.

Admiro os poetas, sejam cultos, que usam refinados recursos de linguagem ou ignorantes, que versam sem precisar de muita escolaridade. Eles movimentam o pensamento e tocam corações. Não é a toa que as pessoas têm sido tocadas pela poesia há séculos. E nem interessa se o escrito fala de sensatez ou loucura. Tanto faz. O que importa é a criatividade, a arte de imprimir emoções em textos ou declamações.

Não tenho o nobre dom de poetizar, sou plateia. Mas apesar de não existir poesia em mim, uso a tal “licença poética”, para discorrer sobre meus devaneios e pontos de vista.

Hoje, minhas homenagens são para os poetas que são meus amigos. Desde o Fernando Canto, Obdias Araújo, Luiz Jorge Ferreira, Juçara Menezes, Lara Utzig, Carlos Nilson, Alcinéa Cavalcante, Paulo Tarso Barros, Tãgaha Luz (In Memoriam), Thiago Soeiro, Pedro Stkls, Bruno Muniz, Andreia Lopes, Annie de Carvalho, Flávio Cavalcante, Bernadeth Farias, Marven Junius Franklin, Carla Nobre, Mary Paes, Maria Ester, Andreza Gil, Ivan Daniel, Patrícia Andrade, Júlio Miragaia, Kiara Guedes, Jaci Rocha, Mary Rocha, Weverton Reis, entre outros tantos. Além de todos os compositores brothers, que transformam poesia em música, como Osmar Júnior, Val Milhomem e Naldo Maranhão.

Também saúdo todos os movimentos que fazem Poesia no Amapá, que realizam encontros em praças, bares, residências, etc. Enfim, saraus para todos os gostos. Portanto, meus parabéns aos poetas, artistas que inventivos que fascinam o público que aprecia a nobre arte poética.

Viva a poesia!

Elton Tavares

Prefeitura de Macapá monitora caso suspeito de coronavírus

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, monitora um caso suspeito de coronavírus em Macapá. O caso em questão é de uma mulher de 27 anos, que veio da Tailândia. Em Macapá, ela buscou atendimento na UBS Lélio Silva, onde foi avaliada por um médico e efetuou a coleta de exame de escarro na própria unidade. O material já foi encaminhado para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), que dará os resultados.

A paciente foi liberada para isolamento familiar por não apresentar sintomas graves da doença, recebeu kit de máscaras e recomendações sobre os cuidados básicos, e será acompanhada por uma equipe da vigilância municipal, até que se tenha o resultado do exame.

Ao Município cabe a avaliação de casos com sintomas da doença em todas as unidades de saúde. Como parte do Plano de Enfrentamento ao Covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde apresentou aos profissionais das UBS’s o fluxo de atendimento a casos suspeitos de coronavírus. O protocolo trata das providências a serem tomadas quando pacientes suspeitos da síndrome respiratória buscarem atendimento em uma unidade do Município.

Coleta de exames

Em Macapá, as amostras biológicas dos pacientes serão colhidas pela Unidade Básica de Saúde Lélio Silva e enviadas para análise no Laboratório Central de Saúde Pública. Os exames são feitos a partir da coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou coleta de secreções da boca e nariz) e os dados oficiais registrados pelos municípios em um sistema de notificação do Ministério da Saúde.

Monitoramento

A Secretaria Municipal de Saúde orienta que os pacientes com os sintomas da doença procurem o serviço de saúde mais próximo, caso apresentem febre, dificuldade para respirar, tosse ou coriza, associados a aspectos epidemiológicos como histórico de viagem em área com circulação do vírus ou contato próximo a algum caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para coronavírus.

Dicas de prevenção

Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar; Utilizar lenço descartável para higiene nasal; Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; Não compartilhar objetos de uso pessoal; Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado; Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool; Deslocamentos não devem ser feitos enquanto a pessoa estiver doente; Quem for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com pessoas doentes, animais e a circulação em locais com grande fluxo de pessoas.

Jamile Moreira
Assessora de comunicação/Saúde

No mês de março, torcedoras terão acesso gratuito aos jogos do Campeonato Profissional do Amapá

Março é o mês dedicado às mulheres e à busca por direitos e respeito na sociedade. Para fomentar a luta por essa causa, a Federação Amapaense de Futebol (FAF) e os clubes profissionais do Amapá decidiram liberar o acesso de todas as torcedoras ao Estádio Zerão durante os jogos do Campeonato Amapaense de Futebol Profissional que acontecem até o fim do mês.

O campeonato está em sua primeira rodada e reúne seis clubes profissionais. O terceiro jogo da disputa acontece neste sábado, 14, com confronto entre Ypiranga e Macapá, às 18h.

Além de demonstrar apoio às causas de luta das mulheres e repúdio à violência e ao feminicídio, a iniciativa da gratuidade quer também estimular a presença de torcedoras no estádio. A entrada para elas será liberada durante todo o mês de março.

Para o público em geral, as entradas para as partidas custam R$10 inteira e R$5 meia e são vendidas na bilheteria do Zerão. Os jogos também estão sendo transmitidos ao vivo pela FAF TV no aplicativo MyCujoo.

Marcelle Nunes
Ascom FAF

Secult/AP dispõe de Sistema virtual para artistas e produtores culturais acessarem editais públicos

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult/AP) disponibiliza aos artistas e produtores locais o Sistema Estadual de Informações e Indicadores Culturais (SEIIC), uma plataforma digital que vem integrar os editais públicos do setor. Sendo um dos instrumentos de gestão do Sistema Estadual de Cultura (SEC), o ambiente garante a participação dos agentes nas políticas públicas da cultura. O SEIIC está disponível no site: www.secult.ap.gov.br

Nos últimos anos, a Secult/AP tem ampliado a sua política de editais públicos para a seleção dos segmentos culturais que participam dos eventos organizados dentro do Estado. Com esse novo instrumento, desenvolvido em parceria com o Centro de Gestão da Tecnologia da Informação (PRODAP), os agentes culturais terão mais um ambiente para acessar e se informar sobre os editais voltados ao setor.

Para ingressar no SEIIC é necessário realizar um cadastro com as informações solicitadas pelo Sistema, ativando um perfil pessoal para ter acesso ao ambiente virtual da plataforma. Com mais esse elemento, a Secult tem conseguido cumprir as suas políticas culturais, acessando recursos federais e usufruindo do fundo de cultura, garantindo de forma ampla a participação dos segmentos.

De acordo com o secretário de estado da cultura, Evandro Milhomen, “o ambiente virtual democratiza a participação dos artistas e produtores locais, além de garantir a promoção de capacitações voltadas a prestação de contas para as entidades que trabalham as vertentes artísticas-culturais do Amapá. Isso as incentiva a se manterem fortes no cenário cultural nacional”, afirma.

SEIIC

O sistema faz parte dos instrumentos de gestão do Sistema Estadual de Cultura (SEC), criada pela lei 2.137, sancionada em 2017. Dessa forma, abrange os planos estadual e municipal de cultura, fundos do estado e municípios, além dos conselhos de cultura. Com esses elementos, as políticas públicas culturais poderão ser desenvolvidas. O sistema é interligado ao nacional e aos municipais, trazendo as diretrizes e estratégias para o segmento.

Galeria Trokkal receberá exposição coletiva de artes plásticas “Vivências, cores e formas”

A exposição coletiva de artes visuais “Vivências, cores e formas” ficará disponível para a apreciação do público no período de 13 a 30 de março, a partir das 19h, na Galeria Trokkal, um espaço criado para as artes na Praça Veiga Cabral, no Centro de Macapá. Mais de 50 artistas confirmaram presença na exposição, que será formada por um conjunto de mais de 50 obras de artes plásticas com temas diversos.

Cronograma

13/03 – sexta-feira

19h – cerimônia de abertura do evento;
Oficinas de desenho, caricaturas e pintura.

14/03 – sábado

8h – montagens da exposição;
Oficinas de desenho, caricaturas e pintura;
13h – Encerramento.

17 a 21/03 – terça-feira a sábado

8h – montagens da exposição;
Oficinas de desenho, caricaturas e pintura;
19h – Encerramento.
24 a 28/03 – terça-feira a sábado

8h – montagens da exposição;
Oficinas de desenho, caricaturas e pintura;
19h – desmontagens.

30/03 – segunda-feira

8h – montagens da exposição;
Oficinas de desenho, caricaturas e pintura;
19h – Encerramento da exposição e desmontagens.

Kelly Pantoja
Assessora de comunicação/Fumcult
Contato: 98410-1330

A SORVETEIRA DE AMARELO – Crônica de Rui Guilherme

Crônica de Rui Guilherme

Cor que se destaca no pincel furioso de Vincent van Gogh é o amarelo. Aparece nos girassóis, nos trigais batidos de vento, no autorretrato com chapéu de feltro, na casa amarela.

Ninguém desconhece que o negro é a ausência de cor; o branco, a fusão de todas elas; o azul, o vermelho e o amarelo são as cores base, aquelas que dão origem aos demais matizes. Por exemplo, junte ao amarelo o azul, e terá o verde; o vermelho, e terá o laranja; o azul ao vermelho, o roxo; o vermelho, o azul e o amarelo, o marrom. Juntando o branco às cores fundamentais e seus tons intercambiantes, estes ficarão mais claros; juntando o preto, ficam mais escuros; e assim vai.

Ora, bem. Saindo do espectro de Newton, voltemos a van Gogh; e do genial holandês, vamos, neste fim de tarde luminoso do equador, sob um cintilante céu anil, para uma esquina da rua Padre Júlio Maria Lombaerd, em Macapá. Movimentadíssima em dias úteis, naquele fim da tarde de sábado, o comércio fechado, apenas um persistente comerciante permanece sentado à porta de seu estabelecimento. Sentado em uma grade vazia de cerveja, a camisa aberta a exibir impudente barrigão, colocou um CD de brega no som que mantém a seu lado: aumentou exageradamente o volume do equipamento (ora, bolas! Não tem ninguém na rua para reclamar!); aproveita a brisa e sorve a goles generosos a cerveja da latinha.

Homem prevenido, tem à mão um isopor cheio de louras geladas, gostosamente refrescantes. – “Ora, bolas!”, volta meu comerciante a refletir. – “A mulher, esta hora, não deve estar em casa. O filho já saiu com a turma dele. Minha filha achou de casar, e não dá sinal de querer voltar da lua de mel no nordeste… Que diabos vou fazer em casa sozinho?” Filosoficamente, aumenta mais um pouquinho o brega e cata mais uma birra estupidamente gelada no isopor, olhando-a amorosamente. Leva-a à boca. O gole é quase um ultraje público ao pudor.

Pouco mais adiante, Vincent Willem van Gogh surge em todo seu esplendor diante de meus olhos. É uma vendedora de sorvete. O carrinho é amarelo berrante; da mesma cor, o enorme guarda-sol. Amarelo vangoguiano é o uniforme da moça, como falsamente louros são seus longos, lisos e amarelos cabelos, soprados com doçura pela brisa do entardecer.

Ela está sentada em um banquinho de plástico (amarelo, da cor do carrinho, precisa dizer?). Dirige-me, esperançosa, seu olhar gateado, na esperança de que lhe compre ao menos um sorvete. Mas eu não estava lá movido pelo desejo de tomar nada gelado. Perguntei-lhe sobre um feirante que faz ponto naquela esquina, de quem eu queria comprar um banquinho de macacaúba. A pintura de van Gogh olhou-me como se eu fosse um alienígena. Devia estar se perguntando o que é que este idiota vem fazer aqui neste fim de tarde em que não tem ninguém na rua, se ela mesma estava ali de teimosa e apenas para não perder o emprego: só estava autorizada a empurrar o carrinho de volta para a empresa depois das dezenove horas, e ainda nem deram as seis, caramba! Além de tudo, continuava a mulher de amarelo a cismar, será que o babaca não notou que a rua está deserta, que só o carro dele parou?

Informa, enfim, o óbvio: não, o vendedor nunca fica até aquela hora na rua, porque não vai vender nada para clientes que simplesmente não existem. No sábado, depois que as lojas fecham, a Padre Júlio fica um cemitério.

– “Está quente, não está? Um sorvetinho, com esse calor…” -, fala, sem conseguir se conter. – “Sabe, meu turno começou duas horas. A essa hora, o comércio já fechou, e não tem movimento nenhum aqui na Padre Júlio. Não consegui vender nada até agora…” E piscou seus longos cílios, dirigindo-me cintilações douradas para ver se conseguia pelo menos tirar o zero.

– “Pois é, né? Pena que o diabetes não me deixa tomar sorvete…”

Não comprei meu banquinho de macacaúba. A mulher de van Gogh mentalmente rogou-me uma praga: não tirara o zero, e só depois das dezenove poderia devolver à firma o carrinho cheio de sorvete. O céu continuava escandalosamente azul, já ao longe se anunciando um por de sol muito bonito.

Só o comerciante de camisa aberta e barrigão ao vento, certo de que não ia achar ninguém em casa, teimosamente colocou no equipamento mais um disco de brega; aumentou um tiquinho o volume; tirou do isopor mais uma lata de cerveja, olhando-a com paixão. O jeito como chegou a latinha à boca era cena digna de um filme pornô.

*Macapá, 30/08/2015

Discos que Formaram meu Caráter (Parte 47) – “London Calling” …The Clash (1979) – Por Marcelo Guido

Por Marcelo Guido

Salve moçada do bem!

A nave deu pane, mas estamos de volta.

A batalha contra o tédio constante não pode parar e o viajante das notas e riffs não poderia abandonar vocês por muito tempo. Vagando sem rumo pelo mundo dos discos e espaço avante, trago para vocês mais uma bolacha histórica.

É com muito orgulho que vos apresento: “London Calling” – o terceiro trabalho dos caras do The Clash.

Todos de pé!

Corria o ano de 1979 e as coisas não estavam nada bem no mundo; na Inglaterra, uma recessão escrota pra cacete; a sombra da mesmice parecia não querer sair da cabeça dos caras; a juventude em polvorosa já tinha explodido contra o sistema; o movimento Punk colhia os bons frutos de sua sagaz rebeldia.

No Irã, a crise com os reféns americanos; era petróleo vazando a rodo no golfo do México, o barril do óleo negro nas alturas e a crise enérgica atingia o mundo capitalista como há muito tempo não se tinha notícia.

Dentro desse contexto todo, Joe Strummer, Mick Jones, Paul Simonon e Nicky “Topper” Headon, participantes ativos da primeira onda punk britânica, entraram em estúdio em agosto de 79, cheios de inspiração e conceberam tal obra prima.

Já tendo abalado as estruturas na terra da Rainha, com os excepcionais “The Clash” (1977) e “Give ‘Em Enough Rope” (1978), os caras já mostravam serviço. As letras anarquistas – de cunho político – eram a sua marca. Mas, de repente, a ilha já não era suficiente para acolher toda a fúria; estava na hora do passo seguinte, o mundo precisava da verve do Clash.

Com uma proposta única na época de expor o caos mundial, a intenção do disco é claramente mostrar uma transmissão de rádio de um futuro distópico, onde o medo e a insegurança dominam as mentes e corpos dos seres humanos depois de anos de crise. Um futuro onde o protagonismo não é dos vencedores, e sim dos derrotados.

Flertando com diversos ritmos musicais, que vão do reggae e funk ao Rockabilly, os caras acabaram gravando um disco que realmente mudou de vez a história do rock and roll no mundo.

Vamos ao que realmente importa e tentar entender esta maravilhosa bolacha negra:

O disco começa logo a mil com “London Calling”; a faixa título originalmente chamada “Ice Age” é uma mostra do caos que está por vir; cita um acidente nuclear e também zomba daquilo que o movimento punk tinha se tornado: um caça-níqueis. “Brand New Cadillac” cover de uma canção de Vice Taylor, cantor popular na Inglaterra que fez uma longa jornada no deserto por conta de seu vício em álcool e drogas. “Jimmy Jazz”, uma clara menção à barbaridade na aplicação das leis pelos policiais. “Hateful”, uma narração de uma relação ambígua entre o narrador e o negociante. “Rudie Can’t Fail”, a insegurança que o adolescente tem em se tornar um adulto responsável. “Spanish Bombs”, aborda desde a guerra civil espanhola, até os atentados do Ira em solo britânico. “The Rigth Profile”, o caos pessoal dentro de alguém que vê a realidade escondia. “Lost In The Supermarket”, o consumismo incessante que pode te deixar escravo. “Clampdown”, uma crítica feroz ao sistema, que te faz trabalhar e pensar igual a ele, te tornando preconceituoso, sombrio. “The Guns Of Brixton” outra ode à violência do estado contra os menos favorecidos. “Wrong ‘Em Boyo”, desonestidade, trapaça; você acaba desconhecendo os limites em saber o que é errado. “Death or Glory”, morte ou glória, são apenas opções. “Koka Kola” uma ode às drogas “Coca adiciona vida onde não há”, a propaganda mundana. “The Card Cheat”, a carta na manga que todos temos. “Lovers Rocks” um toque de amor dentro da destruição. “Four Horsemen”, tristeza, miséria, desesperança e ódio, as quatro companhias. “I`m Not Dow”, vitórias diárias sobre nossos desafios. “Revolution Rock”, cover do Jamaicano Dany Rey. “Train in Vain”, promessas não cumpridas.

Que puta disco, nada mais nada menos que foda. Singular em sua forma, arrebatador em tudo.

Quem não conhece, nem merece estar vivo.

Com esse fenomenal disco, o The Clash ganhou o mundo. Não é nem preciso dizer que foi o cartão de visita dos caras neste lado do mundo; abriu as portas do mercado americano e vendeu pra caralho.

Considerado o maior sucesso dos caras, sem perder o caráter revolucionário, o Clash, obrigou a gravadora a vender o disco que é duplo, por preço de álbum simples, para que a mensagem chegassem a todos.

A capa, um caso à parte, a imagem icônica de Simonom arrebentando sua fender ao chão do palco, e a tipografia, uma simbólica homenagem ao álbum de estreia de Elvis. Tão histórico, que virou selo postal em 2010.

Há mais de 40 anos de seu lançamento, um disco revolucionário desde a capa, até as letras e a sinfonia. Um verdadeiro monumento à boa música. Está entre os 500 melhores discos já feitos na lista da Rolling Stone, e em 2007 entrou para lista dos 200 álbuns definitivos do Rock and Roll Fame.

Conheci esta linda conjuntura de músicas, nos meus 16 anos, no longínquo ano de 1996. Desde então, ela faz parte de mim. Foi um verdadeiro soco na cabeça, onde pude receber uma alternativa social em minha vida.

Este disco deu voz aos excluídos e posso considerá-lo uma partitura sagrada do Punk Hardcore. No mais, fica sempre uma pergunta no ar:

Será que existe futuro?

Este texto é dedicado a Anderson Clayton.

*Marcelo Guido é Jornalista. Pai da Lanna Guido e do Bento Guido. Maridão da Bia.

Senador Randolfe propõe que Governo do Amapá tenha um plano de combate ao coronavírus

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Ontem (12), o senador Randolfe Rodrigues (REDE) protocolou um ofício ao Governo do Amapá ressaltando a importância da união e atuação conjunta de todas as autoridades no enfrentamento da pandemia do coronavírus (Covid-19) e a necessidade da elaboração de um plano de ação de combate ao vírus no Amapá. No Brasil já foram confirmados 73 casos da doença e passam de 930 o número de suspeitas.

“É necessária a rápida tomada de medidas preventivas para diminuir os riscos de contágio e proteger a nossa população”, explicou o senador.

Com o propósito de assegurar os recursos necessários para o enfrentamento dessa epidemia e das suas consequências sanitárias, sociais e econômicas, Randolfe defende que o Congresso Nacional abra mão do PLN4. O parlamentar também propôs uma PEC para suspender por dois anos o Teto de Gastos para que hajam medidas anticíclicas (investimentos em infraestrutura) e aumento do gasto em saúde para fazer frente à crise mundial econômica e de saúde causada pelo Coronavírus.

Rodrigues e também o autor do Projeto de Lei que obriga a inclusão na cobertura de seguros de vida, de óbitos decorrentes de epidemias ou pandemias.

No documento, o senador sugere a elaboração de um plano conjunto de enfrentamento do coronavírus que envolva as autoridades federais, estaduais e municipais do Amapá, bem como a abertura imediata do novo Hospital Universitário a fim de atender às emergências decorrentes da situação. A atenção especial para o controle de fronteira, além do envio de recursos para o Governo do Estado e para a Secretaria de Saúde do Amapá, também fazer o envio de profissionais de saúde contratados via “Mais Médicos” para o Estado do Amapá para atender às demandas da população.

“Assim como, a contratação, em caráter temporário, de profissionais para atuar nas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), assegurando a cobertura do território e a adoção da estratégia de Postos Avançados, que funcionariam em igrejas, escolas, etc, para atuarem como intermediários na captação de sintomáticos”, complementou Randolfe.

O senador propõe também a antecipação e ampliação da campanha de vacinação contra a gripe, o envio de kits de teste para a doença a fim de evitar a falta desse insumo essencial no Estado do Amapá, bem como ampliar a divulgação de informação para a população, inclusive no combate a fake news.

No ofício, é pedido ainda a disponibilização de um número telefônico no qual a população possa ligar para ser orientada. Há, por fim, a solicitação da adoção de medidas prioritárias de proteção aos idosos, diabéticos, portadores de doenças cardíacas e respiratórias, os grupos mais vulneráveis ao vírus.

“Estas e outras iniciativas precisam ser tomadas em quanto antes”, finalizou.

Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues

Abrasel lança edital de participação para 15ª edição do Brasil Sabor

Interessados devem ser inscrever nos dias 19 e 20 de março. A edição especial de 15 anos do Festival Brasil Sabor dispõem de apenas 16 vagas para expositores na feira gastronômica.

Pelo 15º ano consecutivo, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) lança edital com pré-requisitos para participação no maior festival gastronômico do planeta, o BRASIL SABOR, que acontece simultaneamente em todo país. Em Macapá, de 15 a 17 de maio, ocorre a feira gastronômica no Sebrae Amapá, com a degustação de 16 receitas totalmente inovadoras, cursos, oficinas, palestras, apresentações de música, comercialização de artesanato voltado para culinária, concursos de chefs de cozinha, homenagens, produtos do campo, network e todo roll de instituições, empresas e profissionais que incrementam os negócios no setor de alimentação fora do lar no Amapá.

Com o tema “Sabor de verdade, original do Brasil”, a proposta é que os restaurantes participantes utilizem o festival como um espaço de reflexão sobre o uso de produtos locais e o impacto positivo da alimentação saudável e saborosa em nossas vidas, testando junto ao público final o sucesso dessas criações, oferecidas a preços promocionais. Sendo uma oportunidade também, para inovar o cardápio, melhorar a visibilidade e o faturamento das empresas participantes.

Segundo o presidente da entidade no Amapá, Yukio Nagano, a edição especial de 15 anos do Festival Brasil Sabor representa a consolidação das estratégias de promoção do setor, “é um evento divisor de águas da gastronomia, proporciona inovação, criatividade e desenvolvimento da cadeia produtiva, gerando inúmeras possibilidades de novos negócios. É a maior vitrine da gastronomia Brasileira, expõem da maneira mais deliciosa a diversidade cultural de um país com dimensões continentais. Venham escrever também junto conosco essa grande e deliciosa história repleta de aromas, sabores e degustações.”

Os interessados devem acessar o endereço eletrônico https://ap.abrasel.com.br/ com as informações necessárias para inscrição e participação.

Unifap lança edital de auxílio financeiro para participação de acadêmicos em eventos esportivos

Com objetivo de apoiar a participação de estudantes da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) em eventos esportivos nacionais, a Pró-Reitoria de Extensão e Ações Comunitárias (PROEAC) da Universidade Federal do Amapá (Unifap) abre edital para auxílio financeiro dos atletas desta universidade com bolsas de até R$ 1.350,00 reais, para eventos nacionais. Os atletas interessados devem solicitar o auxílio, no período de 15 de março a 10 de dezembro de 2020, pelo SIPAP (Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos).

Quem pode receber o auxílio financeiro esportivo?

O auxílio é destinado aos acadêmicos regularmente matriculados em cursos de graduação presencial da UNIFAP, exclusivamente para representação esportivas desta IFES em eventos nacionais universitários ou correlatos na condição de paratleta, e ainda atleta convocado pelo evento com a devida comprovação. O edital explica que a concessão de auxílio financeiro não abrangerá os estudantes matriculados nos cursos de Pós-Graduação, Ensino à Distância e beneficiários dos projetos de extensão que não são acadêmicos de cursos de Graduação da UNIFAP.

Confira o Edital AQUI.

Assessoria de comunicação da Unifap

Veja as vagas de emprego do Sine Macapá para o dia 13 de março

O Sistema Nacional de Emprego no Amapá (Sine-AP) oferece vagas de empregos para Macapá. O número de vagas está disponível de acordo com as empresas cadastradas no Sine e são para todos os níveis de escolaridade e experiência.

Os interessados podem procurar o Sine, localizado na Rua General Rondon, nº 2350, em frente à praça Floriano Peixoto. Em toda a rede Super Fácil tem guichês do Sine e neles é possível obter informações sobre vagas na capital.

Para se cadastrar e atualizar os dados, o trabalhador deverá apresentar Carteira de Trabalho, RG, CPF e comprovante de residência (atualizado).

Veja as vagas disponíveis de acordo com as solicitações das empresas:

auxiliar de chapeiro
auxiliar de pizzaiolo
auxiliar de churrasqueiro
consultor de vendas
manicure
mecânico de refrigeração
instrumentista de precisão
chefe de seção
vendedor pracista
vendedor pracista (pessoa com deficiência)
recepcionista (pessoa com deficiência)
técnico de suporte de TI (pessoa com deficiência)
auxiliar de produção (para pessoa com deficiência)
O Sine informa que as vagas oferecidas podem sofrer alterações de um dia para o outro, pois o sistema não contabiliza os atendimentos ao longo do dia realizado nas unidades Superfácil, que funcionam após o fechamento da agência central.

Fonte: G1 Amapá

Entre a vida e a vida – Crônica de Ronaldo Rodrigues

Crônica de Ronaldo Rodrigues

Fui diagnosticado com uma úlcera braba e uma gastrite meio leve. Mas calma aí, galera! Não estou aqui para me lamuriar. Vim para mostrar que pode haver coisas bacanas atrás de notícias ruins.

O médico foi taxativo ao olhar os exames e me encarar, falando sem rodeios:
– Você tem que fazer uma escolha entre duas coisas: a vida ou a vida!

– Como assim, doutor? – Tive vontade de perguntar, mas eu sabia muito bem o que ele estava dizendo.

– Sim! A vida ou a vida! – Ele continuou – Ou seja, a vida: o prolongamento da sua existência, a perspectiva de mais alguns anos entre os seus entes, a possibilidade de várias realizações. Ou a outra vida: essa vida louca de bebedeiras e madrugadas. As duas coisas não podem conviver!

Como ele soube que eu bebia muito? Ah, sim. Eu havia dito (rsrsrs). Achei que ele pegou pesado, mas melhor assim, pois o efeito foi imediato. Eu, que já havia deixado a cerveja e o cigarro para fazer os exames que ele solicitou, resolvi naquele momento prolongar o saudável jejum de álcool e nicotina.

Saibam, meus caros leitores, que estou seguindo à risca o que o médico aconselhou (ou ameaçou?), com os remédios receitados e também tirei da minha dieta itens como refrigerantes, sucos industrializados e agora estou só nos alimentos integrais, como pão, arroz, macarrão e comidas temperadas da forma mais natural possível. Para não ficar muito longe da cerveja, estou tomando cevada, que pode ser sorvida da mesma forma que o nosso precioso café.

Por falar em cerveja, parei de beber e até agora não sofri nenhuma crise de abstinência nem o desejo incontrolável por um trago. Também não estou evitando amigos que bebem nem fugindo de ambientes onde circula bebida. E aí me veio a constatação de que não sou alcoólatra, como suspeitava (e as muitas noites de bebedeira indicavam). O abandono do cigarro também não causou dependência física e também não preciso me afastar de amigos tabagistas. O que ficou abalado foi o Bar do Seu Jaime, pois as minhas noitadas de farra garantiam quase a metade do faturamento (rsrsrs). Mas ainda vou lá jogar bilhar, beber água e bater-papo com os parceiros.

E as receitas caseiras que me chegam? Basta saber que estou em tratamento de estômago que muita gente passa a me receitar chás, ervas e outras especialidades da medicina popular. É importante – dizem essas pessoas – não ficar só nos remédios da farmácia e no conhecimento dos médicos, mas inserir também a sabedoria dos nossos ancestrais. E o que acho disso? Eu boto fé!

E aqui vou eu experimentando a lombra da normalidade e, pode acreditar, tá sendo o maior barato! Saúde!

Ivana Cei é eleita vice-presidente do Conselho Nacional de PGJs para a Região Norte

A Procuradora-Geral de Justiça do MP-AP, Ivana Cei, foi eleita vice-presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) para a Região Norte, nesta quarta-feira (11), em Brasília-DF. O procurador-geral de Justiça do MP do Rio Grande do Sul, Fabiano Dallazen, foi eleito presidente do CNPG, para o biênio 2020-2022, e tomará posse em abril, com os vice-presidentes Regionais.

A Eleição foi o primeiro ponto de pauta da reunião ordinária conduzida pelo presidente do CNPG e PGJ do Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS), Paulo Cezar dos Passos. Na ocasião, também foram eleitos os novos integrantes das Comissões do Conselho. A PGJ do MP-AP participou da reunião, acompanhada do chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, promotor de Justiça João Furlan, e das assessoras do gabinete, Nalira Souza e Ana Priscila Coelho. Ela falou da satisfação em ocupar importante posto.

“Estou muito feliz com a escolha para representar os PGJs da Região Norte. Sei que a responsabilidade é grande, mas com o apoio dos procuradores-gerais de Justiça que detêm o conhecimento da realidade do nosso povo nortista, teremos condições de realizar um bom trabalho para que a instituição Ministério Público esteja sempre fortalecida em todo país”, declarou a PGJ.

Ivana Cei faz parte da bancada feminina de PGJs dos MPs e, junto com a procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Fabiana Costa de Oliveira Barreto, representa as mulheres na composição da Nova Diretoria do CNPG.

COMPOSIÇÃO DIRETORIA DO CNPG – Biênio 2020-2022

Presidente: Fabiano Dallazen, procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul
Vice-presidente da Região Norte: Ivana Cei, procuradora-geral de Justiça do Amapá
Vice-presidente da Região Nordeste: Francisco Dirceu Barros, procurador-geral de Justiça de Pernambuco
Vice-presidente da Região Sudeste: Antônio Sérgio Tonet, procurador-geral de Justiça de Minas Gerais
Vice-presidente da Região Centro Oeste: Aylton Flávio Vechi, procurador-geral de Justiça de Goiás
Vice-presidente da Região Sul: Fernando da Silva Comin, procurador-geral de Justiça de Santa Catarina
Vice- presidente do MPU: Fabiana Costa de Oliveira Barreto, procuradora-geral de Justiça do MPDFT

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