Prefeito Clécio apresenta prioridades do seu último ano de gestão na abertura do ano legislativo na Câmara Municipal de Macapá

A mensagem do prefeito Clécio Luís marcou a abertura do ano legislativo na Câmara Municipal de Macapá na última quinta-feira, 6. O chefe do poder Executivo municipal fez um amplo balanço sobre as conquistas da cidade durante sua gestão e uma projeção para o seu último ano de governo. Ele disse que esta missão de administrar a cidade, que considera a sua casa, é o lugar de construção de sonhos e histórias.

O presidente do poder Legislativo municipal, vereador Marcelo Dias, deu as boas-vindas iniciais. Dias reafirmou que todos que fazem o Palácio Janary Nunes possuem o compromisso de trabalhar em parceria com o Executivo, em desenvolvimento de ações, nas mais diversas áreas, em benefício da cidade de Macapá e sua população. “Sempre recebemos muito bem as propostas e projetos que chegam aqui, e damos os devidos encaminhamentos, de modo que, tudo que for para beneficiar a cidade Macapá, nós estaremos prontos para votar”, comentou o presidente, instantes antes de abrir o espaço na tribuna para o pronunciamento do prefeito.

Do mesmo modo, o prefeito Clécio Luís iniciou sua mensagem agradecendo a parceria firmada com a Câmara Municipal de Macapá, que, ao longo desses sete anos de seu governo, tem trabalhado na aprovação de projetos importantes para o desenvolvimento da cidade, como também auxiliando a administração pública em vários aspectos, principalmente apontado problemas, cobrando e auxiliando nas soluções viáveis. Em sua mensagem, o prefeito relembrou como encontrou a prefeitura, devastada quando assumiu em 2013, no seu primeiro mandato, e destacou as diversas ações em praticamente todas as áreas que compõem a administração pública, mas, principalmente, os projetos estruturais de educação, saúde e obras, que receberam grandes investimentos ao longo dos anos, especialmente em 2018 e 2019.

“Falar da nossa capital é fazer um resgate do início de nossa gestão em 2013, onde pegamos uma cidade devastada, com mais de 20 milhões de reais de salários atrasados, em dívidas, das mais diversas, que somavam mais de 240 milhões de reais. Uma cidade sem coleta de lixo. Um caos! uma prefeitura totalmente inadimplente com o Governo Federal. Hoje, totalmente adimplente. Transformamos caos em equilíbrio financeiro, porque só gastamos o que podemos pagar. Tornamos os serviços mais eficientes, porque criamos uma gestão técnica, mas, também, participava, com engajamento, planejamento, cuidado e cobrança de resultados”, explicou.

Destaque na Educação, a Prefeitura de Macapá revitalizou nos últimos dois anos 47 escolas, tanto na zona urbana quanto na zona rural. As unidades escolares receberam serviços na parte estrutural, reforma de telhado, melhoria dos banheiros, recuperação da parte elétrica, pintura nas áreas interna e externa, melhorias na área da cozinha, dentre outros serviços. “Nossas entregas não são apenas obras de concreto, são entregas com significados, cheias de sentimentos, detalhes, que fazem o cidadão macapaense ser parte integrante de todo processo de melhorias e evolução de uma educação humanizada.

Na área da Saúde, a prefeitura manteve as Unidades Básicas de Saúde funcionando e ampliou em 40% a atenção básica, com medicamentos e equipes. Foram capacitados 2.873 profissionais do município que atuam no SUS. Foram feitos investimos em academias, e serão entregues mais 10 academias ao ar livre e uma academia de saúde ainda em 2020. Outra grande entrega foi a UBS Fluvial “Dra. Célia Trasel”, carinhosamente chamada de “A Doutora”, que realiza serviços de consultas médicas, de enfermagem, atendimento odontológico, vacina, coleta de PCCU, curativo e dispensação de medicamentos às comunidades mais distantes, como as do arquipélago do Bailique.

A UBS Fluvial, em 2019, realizou mais de 12 mil atendimentos nas regiões ribeirinhas. “Fizemos nosso dever de casa: reformamos, ampliamos e construímos diversos equipamentos de saúde. Iniciamos o ano de 2020 com entregas fundamentais que ficarão marcadas, como a entrega do primeiro Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de Macapá, que fará procedimentos endodontia, periodontia, odontopediatria, radiologia e, em breve, prótese dentária. Nos primeiros dias deste ano, também entregamos a UBS Pacoval, totalmente revitalizada, um ambiente moderno e com acessibilidade. Com estas duas entregas, contabilizamos – até o momento – 55 equipamentos de saúde à disposição dos macapaenses”, destacou.

Até o fim do ano, serão entregues reformadas as Unidades Básicas de Saúde Pedrinhas, Álvaro Correa, Marabaixo, Rosa Moita, Leozildo Fontoura e Perpétuo Socorro; além do Canil Municipal. Ainda vamos entregar três novas unidades que já estão em fase final de construção: UBS BR-210, UBS Santa Luzia do Pacuí e Novo Horizonte. Clécio ressaltou ainda o papel da bancada federal durante esses 7 anos e para os próximos anos o prefeito fez um agradecimento especial aos senadores Randolfe e Davi, responsáveis por emendas que possibilitaram a construção e reforma de Unidades Básicas de Saúde (UBS’S), pavimentação asfáltica; reforma de símbolos importantes, PAC Mobilidade.

“Neste segundo mandato, a meta da nossa gestão é pavimentar 60 quilômetros de vias. Essa meta deve ser ultrapassada até agosto deste ano. Já pavimentamos mais de 45 km e atingiremos cerca de 80 km até o fim de 2020”, concluiu. Dentre as diversas obras em execução, destacou-se ainda a reforma e modernização do Gigante da Favela, o Estádio Glicério Marques, que passará a ser um grande complexo esportivo, reunindo 23 modalidades olímpicas. Bem como a construção de várias arenas de grama sintética que serão entregues ao longo ano. Como a obra do Shopping Popular, que vai abrigar 138 operações de negócios diversos, o que inclui feiras e lanchonetes.

Muitas obras estruturantes foram inauguradas nos últimos seis meses em Macapá, como a nova Feira Maluca, a reabertura do Parque Zoobotânico, após 20 anos fechado, a Prefeitura de Macapá entregou ao povo o espaço. Outro símbolo histórico que foi devolvido a Macapá, no início deste ano, foi o Mercado Central, totalmente ampliado, revitalizado.

O prefeito Clécio encerrou seu discurso agradecendo aos vereadores e vereadores de Macapá, toda a equipe da prefeitura. “Sem o comprometimento e responsabilidade desta Casa, nessas duas últimas legislaturas, não teríamos avançado na transformação da cidade, essa que caminha a passos largos rumo aos seus 300 anos. Ajudamos a quebrar um estigma: de que o prefeito reeleito relaxa e apenas espera acabar o mandato. Graças ao trabalho em equipe e aliados, nos tornamos uma das gestões que mais cumprem promessas de campanha do Brasil, conforme levantamento feito pelo G1. Isso muito me orgulha e me faz nunca parar de sonhar com a Macapá que merecemos. Dormimos e acordamos pensando na cidade, na nossa casa que é Macapá”, enfatizou.

“Ser prefeito é a missão que desenvolvo com a maior felicidade, dedicação, compromisso e amor. Mas também tem muito sofrimento, angustia, renúncia, ameaças e percalços. Porém, nunca fui tão feliz na vida pública. Poder testemunhar todos os dias, por onde passo, na cidade que amo, o resultado do trabalho de nossa gestão, é realmente muito gratificante. Os avanços concretizados e os sonhos ainda por realizar são muitos. Por isso, seguiremos firmes no propósito de cada dia dar o melhor à nossa população. Tenho a sorte de contar com um time de profissionais comprometidos, competentes e aguerridos, preparados tecnicamente e de boa vontade política, retos no comportamento e que se importam com a cidade e suas pessoas”.

“Meus companheiros e companheiras de luta, sempre ao meu lado, uma verdadeira equipe. Agradeço a Deus, aos servidores da Prefeitura Municipal de Macapá, aos vereadores, aos aliados, parceiros, aos que torcem, oram, velam pelo nosso sucesso, que é o sucesso de Macapá. Aos que abraçam, devolvem sorrisos e trocam olhares de bem querer. À população pela generosidade, paciência e crédito a mim dado nos últimos anos. Feliz 2020, Macapá”, encerrou Clécio Luís, prefeito de Macapá.

Lilian Monteiro
Assessora de comunicação/PMM
Fotos: Max Renê

Mercado Central terá batalha de confetes neste sábado, 8

Foto: Márcia do Carmo

O Mercado Central terá uma programação de batalha de confetes e serpentinas neste fim de semana. A festa iniciará às 17h, em frente ao monumento, neste sábado, 8. As marchinhas de carnaval serão embaladas pela Banda de Música da Guarda Civil Municipal de Macapá.

Além da programação externa com a banda completa com a formação de instrumentos de metal, palhetas, percussão e elétricos como baixo, guitarra e violão, haverá também um campeonato de xadrez.

Serviço:

Data: 08/02 (sábado)
Hora: a partir das 17h
Local: Em frente ao Mercado Central de Macapá

Cássia Lima
Assessora de comunicação/GCMM
Contatos: 981049355

Cultura e cotidiano dos amapaenses inspiram filmes lançados pelo governo

Foto: Márcio Pinheiro

O cinema amapaense vive um momento histórico nesta quarta-feira, 5. O Governo do Estado lançou nove produções cinematográficas que retratam a cultura, a história e o cotidiano do povo do Amapá.

A programação de exibições faz parte das comemorações do aniversário de Macapá. O primeiro dia do evento ocorreu na sala Cine João XXIII, do Cine Imperator. Já na quinta-feira, 6, o evento segue no Teatro das Bacabeiras.

Profissionais da indústria cinematográfica, entre atores, produtores e diretores, participaram do lançamento. Além desse público, também foram convidados: autoridades, imprensa e personagens que inspiraram as produções.

Presente na cerimônia, o governador Waldez Góes frisou que o projeto valoriza a cultura amapaense e movimenta a economia local através da indústria cinematográfica – foram gerados empregos 300 diretos e outros 800 indiretos.

Foto: Márcio Pinheiro

“Temos características que nos permitem fazer cinema como as riquezas culturais, exuberância de nossa natureza e profissionais preparados. E todo esse processo traz reflexos na economia local”, disse.

Além dessas nove produções, outras três ainda serão lançadas até o fim do ano. Os trabalhos são frutos do 1º Edital de Audiovisual do Amapá, projeto lançado em 2017. Ao todo, são R$ 2 milhões de investimento Agência Nacional de Cinema (Ancine) e R$ 1 milhão de contrapartida do Governo do Estado.

O produtor Aron Mirando, 29 anos, dedicou um terço da vida para o trabalho no audiovisual. Ele participou da produção dos curtas “Solitude” e “Passar a Chuva” e do telefilme “A Montanha Dourada”.

“É um momento histórico para o cinema amapaense, resultado de uma luta das pessoas que trabalham nesse processo. É muito bom estar numa sala de cinema assistindo produções nossas, com as quais as pessoas daqui vão se identificar”, destacou.

Depois do lançamento, os nove filmes serão exibidos na TV Cultura do Pará. Ainda não foi definido as datas para essa difusão.

Foto: Márcio Pinheiro

Segundo dia

Aberto ao público, a programação de exibições das nove produções cinematográficas será realizada na quinta-feira, a partir das 19h, no Teatro das Bacabeiras. A classificação é livre.

Produções

Os trabalhos apresentados retratam desde histórias de garimpos do interior amapaense ao cotidiano de moradores da periferia da capital. Confira neste link as sinopses das produções!

Entre os nove produtos cinematográficos, há dois curtas-metragens de ficção:

Para Sempre
Açaí
Quatro curtas-metragens documentários:

Utopia
Passar a Chuva
Encantados do Cri-u
Sacaca -A Lenda
Um curta-metragem de animação:

Solitude
Dois telefilmes:

A Montanha Dourada e
Super Panc Me

Assessoria de comunicação do Governo do Amapá

Em reunião promovida pela Promotoria da Educação, moradores do Lontra da Pedreira aprovam local para construção da Escola Estadual Nazaré da Pedreira

Na última segunda-feira (3), a Promotoria de Defesa da Educação do Ministério Público do Amapá (MP-AP) reuniu com a comunidade do Lontra da Pedreira, distante 36 quilômetros de Macapá, para discutir e decidir junto aos moradores e gestores públicos, o melhor local para a edificação da Escola Estadual Nazaré da Pedreira, que funciona há oito anos na sede do Centro Comunitário.

A realização dessa reunião foi decidida no dia 22/01/2020, por sugestão da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf), com a anuência da Promotoria da Educação, secretarias de Educação do Estado (Seed) e do Município (Semed), além da comunidade, com o objetivo de definir, coletivamente, o local onde o educandário deverá ser edificado.

A área escolhida pela comunidade é um terreno de 480 m2, doado pelo senhor Santos Machado da Gama, morador local. Conforme decisão judicial, em ação movida pelo MP-AP, com obrigações para o Estado e Município, a obra deverá ser entregue até fevereiro de 2021. O titular da Promotoria da Educação, promotor de Justiça Roberto Alvares, explicou os detalhes da sentença, mas pediu que população continue fiscalizando até o dia da inauguração.

“Deve estar nos orçamentos do Estado e Município o dinheiro suficiente para construir a escola, em 360 dias. Caso isso não aconteça, sabemos o que fazer com os atos judiciais. A decisão, com trânsito em julgado, não pode mais ser discutida. Cumpra-se! Não tem recuo. É daqui para frente. Precisamos que a comunidade fiscalize e denuncie eventuais atrasos ou paralisações na obra. O que não estiver acontecendo, vamos buscar os meios para fazer acontecer”, reforçou.

O subsecretário da Semed, Belcivaldo Pimentel, assegurou que serão feitos reparos e adaptações no Centro Comunitário para assegurar melhores condições aos alunos e funcionários. “Enquanto a obra não fica pronta, vamos revitalizar esse espaço para que a educação continue avançando”, disse.

“Tenho certeza que agora vai. A escola dessa comunidade já teve até área destinada, realização de aterro, e, entretanto, a unidade foi construída na localidade de Santo Antônio. E, para não ficarmos sem assistência aos alunos daqui, utilizamos o centro comunitário”, relembrou o professor José Lopes, diretor da E. E Nazaré Pedreira.

Roberto Alvares acrescentou que, no procedimento em trâmite no MP-AP, consta ofício da Seed encaminhando às secretarias estaduais de Infraestrutura (Seinf), Planejamento (Seplan) e Central de Licitações, o Plano de Necessidades, com o detalhamento da estrutura necessária para a nova escola.

“Serão quatro salas de aula, com capacidade para atender até 250 alunos dos anos iniciais do ensino fundamental (nos turnos da manhã e tarde). Possibilitará, ainda, que seja implementada Educação de Jovens e Adultos (EJA) no turno da noite”, explicou Belcivaldo Pimentel, ao ser questionado sobre a oferta de vagas.

Participação da comunidade é fundamental

Após expor os detalhes do processo, o promotor Roberto Alvares passou a palavra aos moradores e comunidade escolar para ampliar o debate. “Já estávamos esperando pela solução desse problema há dez anos. Fomos ao MP e conseguimos esse avanço, por isso, hoje é um dia histórico. Agradecemos a todos por essa grande força”, manifestou Delmacy Santos.

A professora de educação especial, Madalena Barbosa, relatou que, devido ao forte calor, precisa atender seus alunos na área do refeitório, um pouco mais arejada, apesar do teto baixo, coberto com folhas de brasilit. “É insuportável o calor dentro da sala de aula. Não aguentamos mais”, desabafou.

“Temos que ficar atentos, vigiando essa construção. Eu anotei aqui tudo o que ele falou e nós vamos cobrar, porque já chega, minha gente, das nossas crianças sofrerem. Somos um humilde agricultor, mas a gente merece ter uma escola de qualidade. Não tenho mais filho aqui, mas tenho um neto, e sempre foi um sonho nosso ter uma escola no Lontra. Nos unimos e vamos continuar lutando”, frisou um antigo morador local, senhor José Moacir Santana .

Participaram, ainda, da reunião: o agente distrital, Jonas Picanço; a equipe da Semed, composta pelo subsecretário Municipal de Educação, Assessoria Jurídica e Rede Física; bem como a comunidade do Lontra da Pedreira. Os representantes da Coordenadoria de Rede Física da Seed justificaram a ausência por problemas mecânicos no veículo durante o percurso para o Distrito, enquanto que a equipe da Seinf não compareceu.

SERVIÇO:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente: Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Coordenação: Gilvana Santos
Texto: Ana Girlene – assessora técnica
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

Macapá 262 anos: missa, encontro das bandeiras e cortejo do Banzeiro Brilho de Fogo marcam manhã de festa na cidade

O batuque das caixas de Marabaixo animou a manhã em Macapá. A cidade já amanheceu em festa nesta terça-feira, 4 de fevereiro. As comemorações iniciaram cedo com a salva de canhões na Fortaleza de São José e seguiram com a missa em ação de graças, encontro das bandeiras e cortejo do Banzeiro Brilho de Fogo da igreja de São José até a Praça Floriano Peixoto.

Durante a missa, o prefeito agradeceu, para o conhecimento de todos, o papel que Dom Pedro teve no Sínodo da Amazônia, a defesa do povo, cultura e tradições junto ao Papa Francisco. “Reafirmo aqui a nossa gratidão por sua obra, bispo Dom Pedro José Conti. Relembro de uma pesquisa feita, em 2013, que tinha um dado muito importante. Apenas 25% dos entrevistados diziam ter orgulho de Macapá́. Grande parte era indiferente. E a imensa maioria sentia vergonha de ser da nossa cidade. Hoje, essa realidade mudou, se inverteu. 78% das pessoas dizem ter orgulho de viver em Macapá́”, destacou.

“Óbvio que isso não significa que estamos, nós, o povo, satisfeitos com a velocidade do enfrentamento dos problemas da cidade. Todos sabem que há desemprego e desalento, que a violência preocupa todo mundo, e que ainda carecemos de alternativas sólidas para o desenvolvimento econômico de Macapá e do Amapá. Mas esse dado recente mostra que hoje o macapaense gosta de viver aqui, gosta das mudanças boas que a cidade passa, e mais, tem orgulho de morar em Macapá”, completou o prefeito.

Para a moradora de Macapá Raimunda Lino da Silva, 70 anos, a mensagem do prefeito foi especial pela fala e pela passagem do aniversário de Macapá. Ela contou que, desde criança, é tradição da família participar da santa missa em ação de graças a cidade. “É um momento muito especial, de renovação e esperança. Desde criança, é tradição da família e, mesmo minha mãe estando doente este ano, não poderia deixar de vim agradecer as bênçãos sobre essa cidade maravilhosa. Parabéns Macapá e parabéns ao prefeito que cuida com tanto carinho dessa cidade!”, desejou a moradora.

Logo após a missa, houve o tradicional encontro das bandeiras com os grupos Marabaixo da Juventude, Marabaixo Tia Sinhá, Marabaixo Movimento Cultural Ancestrais, Marabaixo Filhos do Criaú, cortejos artísticos com carroça da alegria e bonecos gigantes e o cortejo do Banzeiro do Brilho de Fogo. “Essa festa está muito linda. O pessoal do banzeiro organizado, a música boa e ritmada, dá muito orgulho de ver isso parando o centro de Macapá, porque é muito linda mesmo”, disse a vendedora Jaiane Silva. Após a chegada do cortejo, a festa seguiu com exposição de artes visuais do Capitão Açaí, feita pelo artista Ronaldo Rony, e muita música com Osmar Júnior, Amadeu Cavalcante, Zé Miguel e Negro de Nós.

“A gente se orgulha de viver em Macapá. Temos a nossa cultura. O nosso jeito. E temos também uma constante cobrança do que fazemos na gestão para que todos façam, pelo menos, a sua parte. O lema da prefeitura já diz que ‘cidade melhor é dever de todos’. E com o tempo a gente descobriu que quem cuida da cidade se orgulha dela. E quem se orgulha de Macapá́ também ajuda a cuidar”, destacou o prefeito Clécio Luís.

A festa foi acompanhada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre; pelo senador Lucas Barreto; pelo governador Waldez Góes e o vice Jaime Nunes; e deputados estaduais, vereadores, secretários, imprensa e muitos macapaenses que já tem a tradição de ir à festa. As comemorações do aniversário de Macapá seguem no dia 6 de fevereiro com o lançamento do 1° edital de produção audiovisual do Amapá, GEA e Ancine; e no dia 9 com o Torneio de Futlama.

Cássia Lima
Assessora de comunicação/PMM
Fotos: Gabriel Flores

Em comemoração ao aniversário de Macapá, GEA lança filmes produzidos no Amapá

Lugares e personalidades amapaenses como o Curiaú e o mestre Sacaca são inspiração para filmes produzidos no Amapá. O lançamento acontece nesta quarta-feira, 05, a partir das 18h, na sala Cine João XXIII, do Cine Imperator, em comemoração ao aniversário de Macapá. Ao todo são nove produções locais selecionadas pelo 1º edital de Produção Audiovisual do Amapá.

Para a produção dos curtas-metragens, filmes de curta duração, o Governo do Estado do Amapá, em parceria com a Ancine, por meio do Fundo Setorial Audiovisual, investiu R$ 3 milhões. Em um ano e meio de trabalho no segmento audiovisual, mais de 750 empregos, entre diretos e indiretos, foram gerados no Amapá.

Para o lançamento foram convidados autoridades e apoiadores do segmento.

“É um momento histórico para o segmento do audiovisual, um edital sonhado há mais de uma década e hoje é realidade”, afirmou a gerente do Núcleo de Produção Digital do Amapá, Ana Vidigal.

Na quinta-feira, 06, a exibição dos curtas ocorrerá no Teatro das Bacabeiras aberto ao público com entrada gratuita.

Ana Vidigal, gerente do Núcleo de Produção Digital (NPD) – Foto: Revista Digital Tajá

CONFIRA A SINOPSE DOS CURTAS:

1 – Para Sempre – Curta Metragem Ficção – Amora Filmes

Sinopse

Num lugar ermo e belo, Roberto começa a reformar um velho casebre onde ele pretende morar com Amanda, amor de sua vida. Os dois se conheceram quando o rapaz trabalhou como ajudante de pedreiro na casa dela. Por ela ser uma garota de família rica, Roberto entendeu que única forma de ficarem juntos era fugindo. O esforço da reforma, no entanto, é árduo, e as dificuldades o fazem se perguntar se todo aquele sonho não passa de uma grande loucura.

2 – Açaí – Curta Metragem – Grafitte Comunicação

Sinopse

Dionlenon, está acostumado com a vida que leva ao lado da mãe, com quem mora numa periferia de Macapá. Ele sai em busca de dois litros de açaí para almoçar, mas não conta com uma viagem tão distante assim do seu porto-seguro que é o seu mundo. Uma jornada de herói como todas as outras já contadas, mas a partir da realidade de uma periferia da região norte do Brasil. A predileção pelo açaí, mundialmente conhecido e o prato principal da mesa do amapaense, retratada de maneira cômica aqui nesta obra, é o grande motivador para tudo o que se segue na trama, destacando a enorme importância que o produto tem dentro da cultura local.

3- Utopia – Curta Metragem – produtora Rayanne de Almeida Penha

Sinopse

Utopia, o sonho de viver o eldorado e o sonho de viver o cinema. Registro documental da busca de uma filha por histórias vividas pelo pai garimpeiro já falecido. Histórias vividas em garimpos pelos interiores do Estado do Amapá e relatadas através de companheiros do oficio. Um documentário que soma o registro dessa procura, com arquivos sobre esse pai, fotos, vídeos e cartas que ele escrevia para família relatando a vivência e as dificuldades do garimpo. Em paralelo a busca o documentário procura humanizar esses homens que dedicam suas vidas a terra, mais do que um registro o filme vem mostrar um relato íntimo e poético sobre a vida desses garimpeiros.

4 – Passar uma chuva – Curta Metragem – Martins & Miranda Produtora

Sinopse

O documentário Passar uma Chuva é uma busca pela figura do violonista Raimundo Nonato Barros Leal, sua história e seu violão. Um filme que busca, um contato mais íntimo com o homem que inspirou gerações de violonistas amapaenses, falando sobre sua música, sua chegada ao Amapá dos anos 50 e sua trajetória ao longo de quase 60 anos no estado.

5 – Encantados do Cri-ú – Curta Metragem Documentário – JF PRODUÇÕES

Sinopse

O curta-metragem Encantados do Cri-ú traz narrativas da comunidade quilombola do Curiaú, comunidade localizada a 5 quilômetros do centro de Macapá. Narrativas de fenômenos sobrenaturais que estão na memória dos moradores da região.

6 – Sacaca – A Lenda – Curta Metragem Documentário – Kelly Pereira Santana

Sinopse

O File sacaca – A Lenda é baseado em fatos reais, Raimundo dos Santos Souza (Sacaca), homem que se tornou respeitado, através do domínio e manipulação de plantas e ervas da Amazônia. Neto de escravos, estudou até o terceiro ano primário, e dedicou sua vida a curar os males físicos e psicológicos dos habitantes da cidade de Macapá. Seus conhecimentos o fizeram ser reconhecido e virar uma referência para pesquisadores de todo o mundo. Acusado injustamente por tráfico de drogas, o homem é preso e provoca indignação da população.

7 – Solitude – Curta Metragem Animação – Castanha Filmes e Inventários Culturais

Sinopse

Na Amazônia, Sol, de 25 anos, se recupera do término de mais um relacionamento abusivo, enquanto sua Sombra foge para o deserto do Atacama por não aguentar ver seu sofrimento. Quando Sol, enfim, começa a retomar seus espaços e sonhos próprios, sua Sombra busca independência. Ambas travam jornadas em busca de amor próprio e autoconfiança para redescobrir em solitude o caminho de volta uma para a outra.

8 – A Montanha Dourada – Telefilme Documentário – Castanha Filmes e Inventários Culturais

Sinopse

O garimpo do Lourenço, no norte do Amapá, segue atraindo pessoas movidas pelo sonho do ouro, apesar do extremo desgaste de corpos e de almas que a atividade proporciona. Entramos neste mundo pelo relato coral de jovens e antigos garimpeiros, que compartilham a ideia de que “o ouro nunca acaba”, e dão suas vidas em busca dele, cavando, jatando e moendo as pedras da montanha que guarda uma das maiores jazidas de ouro da região. A montanha está cada vez mais ferida, mas segue brilhando, ajudando a reproduzir uma história que já é contada há mais de um século e que continua sendo vivida.

9 – Super Panc Me – Telefilme – Produzido pela Castanha Filmes e Inventários Culturais

Sinopse

Uma jovem vlogueira entregadora de açaí­ e apaixonada por carne aceita realizar um documentário de guerrilha no qual precisa passar 21 dias se alimentando apenas de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). Ela enfrenta os desafios da mudança brusca de hábito alimentar e da realização audiovisual, enquanto persegue um excêntrico e fugidio especialista na área, enfrenta os resultados de atitudes inconsequentes e descobre os fascínios do reino vegetal.

Serviço:

Data: 05/02/2020

Horário: 18h

Local: Cine Imperator do Vila Nova, na Av. Pres. Vargas, Centro.

Assessoria de comunicação do Governo do Amapá

Capitão Açaí no aniversário de 262 de Macapá

No aniversário de Macapá, uma vasta programação cultural acontece em diferentes pontos da cidade. Na Praça Floriano Peixoto, nesta terça-feira, 4, quem visitou o local pôde apreciar a exposição Capitão Açaí, do cartunista Ronaldo Rony.

Há 30 anos, o cartunista Ronaldo Rony retrata aspectos que envolvem o dia a dia da sociedade macapaense vivido pelo personagem Capitão Açaí. “É o meu personagem de quadrinho muito ligado a cidade. O Capitão Açaí tem a ver com esse nosso hábito de tomar açaí. Ele é um personagem meio atrapalhado, mas que, no final, resolve as coisas”, explicou.

Em comemoração aos 262 anos de Macapá, o Capitão Açaí tem uma edição especial. Envolvido em uma missão no estilo habitual do personagem, no final, ele também celebra o aniversário da capital amapaense. “Nessa exposição estou colocando algumas coisas diretamente ligadas ao aniversário da cidade e outros cartoons mais soltos, mostrando o conjunto que é o Capitão Açaí”, comentou Ronaldo Rony.

O trabalho é feito em revistas no estilo fanzine, sendo desenhados diretamente pelo cartunista, sem o uso de computador. Ronaldo destacou o espaço da programação concedido para artistas de diferentes segmentos. “Viram no meu trabalho um potencial em homenagear a cidade. Tem vários tipos de manifestações para reverenciar esse momento de afirmação de uma cidade rica em cultura, e é importante quando são valorizados”, concluiu.

Sávio Almeida
Assessor de comunicação/PMM
Foto: Gabriel Flores

Apoiamos a chapa 2 para o Conselho Regional de Serviço Social do Amapá

A chapa 2 para o CRESS Amapá trás como marca a arvore símbolo da Amazônia: a Samaúma.

Seu tronco prodigioso (e até habitável) é sustentado por raízes em forma de alas que se espalham horizontalmente parecendo braços que se alongam pela terra e que tocadas, repercute um som alto, possível de ser escutado a longas distâncias. Por isso, ela é chamada de “comunicadora” pelos povos da floresta. Solidária, suas raízes retiram a água das profundezas da várzea amazônica não apenas para abastecer a si mesma, mas também pra repartir com outras espécies.

Apesar de seu papel central na biodiversidade que envolve milenarmente os povos da floresta e das águas, a samaúma vem sendo ameaçada de extinção, assim como os direitos sociais da classe trabalhadora até então consolidados na Carta Magna brutalmente reformada, aumentando o contraste entre a riqueza natural e a população empobrecida que não dispõe de acesso a direitos fundamentais como educação, saúde, moradia, segurança pessoal, acesso à informação e sustentabilidade de seu modo de vida.

Como a Samaúma, ainda É PRECISO RESISTIR à imposição de “Projetos de Desenvolvimento para a Amazônia” que não cumpriram e não cumprirão a promessa do eldorado para a classe trabalhadora da nossa região.

Como a função de comunicação de suas raízes, É PRECISO SABER-FAZER ecoar os princípios do nosso Projeto Ético-politico e sua opção histórica vinculada ao processo de construção de uma ordem societária sem exploração, dominação de classe, etnia e gênero.

Como sua função solidária, É PRECISO ARTICULAR com o movimento de outras categorias profissionais que partilham dos mesmos princípios contidos em nosso Código de Ética e com a luta geral dos/as trabalhadores/as.

É da foz do grande rio Amazonas e do centro da linha do Equador que ecoamos nossa voz para pedir aos Assistentes Sociais o apoio e o voto na CHAPA 2 PARA O CRESS AMAPÁ e na CHAPA 1 PARA O CFESS.

#ResistirÉpreciso
#NossosDiretosSoaLutaFazValer
#MelhorIrAluta
#ComRaçaEclasse
#EmDefesadoServicoSocial

Texto : Ale Dias

Música de agora: Pedra do Rio – Osmar Júnior (Macapá 262 anos)

Pedra do Rio – Osmar Júnior

Pedra do rio
Encatará meu povo
Por isso é que o tempo exterminou
A fé que a água levou

Pedra do rio
Em água branda e lamentos
E o meu povo mudou
O tempo se passou

Ao raiar o dia
Tinha romaria
Arraiá que festa
Era noite e dia

Ao raiar o dia
Tinha romaria
Arraiá que festa
Era noite e dia (aa)

Outra pedra surgiu
Frente aquele horizonte
Mas ninguém tem mais fé
Na nova nova pedra do rio

Ao raiar o dia
Tinha romaria
Arraiá que festa
Era noite e dia

Ao raiar o dia
Tinha romaria
Arraiá que festa
Era noite e dia (aa)

Meu São José da beira-mar
Protegei meu Macapá
São José da beira-mar
Protegei meu Macapá

Meu São José da beira-mar
Protegei meu Macapá
São José da beira-mar
Protegei meu Macapá

Nos dê a fé
Nos dê a fé
Oh uh

Poema de agora: O Roubo do Velho Forte – Obdias Araújo (Macapá 262 anos)

Foto: Manoel Raimundo Fonseca

O Roubo do Velho Forte

Tu sabias
que a Fortaleza
foi toda construída
no Curiaú?
Diz que o Sacaca
o Paulino e o Julião Ramos
vieram em cima da Fortaleza
varejando até chegar na beira do Igarapé Bacaba
onde amarraram a bichona na Pedra do Guindaste
e foram tomar uma lá
no boteco do sêo Neco.
Diz que o o Alcy escreveu uma crônica
E o Pedro Afonso da Silveira Júnior leu
Oito horas da noite
no Grande Jornal Falado E-2.
Diz que, né?
Diz que o mestre Zacarias
vinha em cima do farol
tocando um flautim feito
com as aparas da porta de ébano…
E que Dona Odália vinha fazendo
flores de raiz de Aturiá
sentada no maior de todos os canhões
brincando com a Iranilde
que acabara de nascer.

Diz que o Amazonas Tapajós vinha
cantando ladrões de Marabaixo
-ele, o Edvar Mota e o Psiu.
E o João Lázaro transmitia tudo para a Difusora.
Diz que até o R. Peixe pintou um mural
-aquele que ficou no pátio da casa do Isnard
lá no Humilde Bairro de Santa Inês
de onde foi roubado pelo Galego e trocado
por duas garrafas de Canta Galo
e uma de Flip Guaraná, lá na Casa Santa Brígida…
Hoje Macapá amanheceu bem
mais triste que de costume.
Roubaram a Fortaleza!
Levaram o velho forte! De madrugada
Dois ou três bêbados remanescentes
viram passar aquela enorme coisa boiando
rumo norte, parecendo uma usina
de pelotização.

Andam comentando lá
pelo Banco da Amizade
que foi o Pitoca
a Souza
o Quipilino o Pombo
o Zee e o Amaparino…
E que o Olivar
do Criôlo Branco
e o Cirão
estão metidos nessa história.
Eu, hem!

Obdias Araújo

Macapá 262 anos: Cidade Lançante (crônica de Fernando Canto)

Foto: Juvenal Canto

Por Fernando Canto

Esta baía é uma grande gamela de líquidas contorções, ondas que bailam sob a música do vento.

Esta baía não guarda mais o sangue inglês do comandante Roger Frey que pereceu sob a espada implacável do capitão Ayres Chichorro a 14 de julho de 1632, um dia claro, aliás, de verão amazônico, quando o sol derretia naus e o piche dos tombadilhos. Nem o sol, nem o vento, nem o oceano lá adiante cogitavam que naquela mesma data, dali a 157 anos o povo francês tomaria a Bastilha.

Foto: Max Renê

Na margem esquerda deste rio imensurável uma floresta úmida abrigava uns seres esquisitos, cabeludos e cheios de penas coloridas que os portugueses conheciam por Tucuju, Tikuju, Tecoju ou Tecoyen. Segundo ensina a mestra Dominique esse era um povo de origem Aruaque, ocupante da Costa Sul do Amapá que se tornou aliado dos holandeses, dos franceses e dos irlandeses. Por isso foi atacado impiedosamente por uma expedição do desbravador Pedro Teixeira no ano da graça de 1624. Sua história, no contexto da nossa, dá conta que após a façanha do capitão português esse povo procurou abrigo no Cabo do Norte, mas foi reduzido pelos jesuítas a uma missão no baixo Araguari e pelos capuchinhos no baixo Jari. É provável que um pequeno grupo tenha sobrevivido ao sul do município de Mazagão até o início do século XIX. Desse pequenino grupo restaram apenas as cinzas do tempo e um soluço quase imperceptível que morre a cada segundo na agonia de todos os silêncios.

Foto: Floriano Lima

Esta baía guarda estranhos segredos: uns são contados em língua morta, quando o hálito da madrugada sopra depois que a lua assim determina. Esses são de difícil entendimento. Os outros pairam nos escaninhos dos tabocais ou na boca das pirararas. Dificilmente serão contados.

O estuário deste rio dadivoso acelera a corrente de 2,5 quilômetros por hora para jogar no oceano cerca de 220 mil metros cúbicos de água por segundo. O inacreditável é que apenas o desaguar de 24 horas daria para abastecer de água potável uma cidade superpovoada como São Paulo por quase 30 anos. Números são números, diria o matemático. Nessa foz está a redenção de nossa terra, diz o sonhador sem perder sua utopia. Do barro e dos detritos aluviais se faz a vida. E ela está ali dentro das águas à espera da sustentação das mãos trabalhadoras.

Foto: Floriano Lima

Esta baía não se faz só de águas e barcos deslizando ao sabor das ondas. Ela abriga uma pequena joia nascida sobre a várzea dos aturiás, velada há dois séculos por uma fortaleza plantada em cima de falésias.

Macapá, velho pomar das macabas, carrega dentro de si a similitude de um éden tropical das narrativas dos antigos viajantes, até por ser banhada por tantos líquidos e cheiros advindos diariamente pela chuva refrescante e pela espuma das lançantes marés.

Macaba, Maca-paba:gordura, óleo, seiva do fruto da palmeira, vida e princípio desta terra, posto que a sombra traz a ternura e contrasta com o benefício da luz que se espraia por glebas de esperança.

Antiga terra da maleita e da febre terçã. Terra do “já teve” já não és. Mas alguns homens ainda jogam em teu traçado xadrez e, silenciosos, manipulam segredos e conspiram contra ti, a degradar-te e degredando teus verdadeiros sonhos e tua vocação para o abrigar da vida que se espera. Mesmo assim a felicidade bem insiste em se hospedar em ti.

Foto: Juvenal Canto

Embora batizada com nome de santo – especialíssimo no panteão católico – teus habitantes não ficam isentos dos perigos: pés se torcem ou se fraturam todos os dias nos buracos das ruas outrora bem cuidadas.

Agora eu fico aqui me perguntando: por que quando te fundaram ergueram um pelourinho? – “Símbolo das franquias municipais”, dirão os doutos e sisudos professores. Ora, quantos homens não castigaram seus escravos até à morte após a partida do governador Francisco, porque estes aproveitaram para fugir durante a solenidade.

Um tralhoto viu e contou ao Mucuim que diz-que o Ouvidor-Geral e Corregedor Paschoal de Abranches Madeira Fernando tomou um porre de excelente vinho do Porto ofertado a ele nesse dia pelo plenipotenciário capitão-general Mendonça Furtado, que daqui zarpou para o rio Negro para demarcar as fronteiras do reino, a mando de Pombal. Foi um dia de festa aquele 04 de fevereiro de 1758, porque nasceu naquele instante a vila de São José de Macapá.

Foto: Manoel Raimundo Fonseca

E ela cresceu e se fez linda e amada, pois os caruanas das águas vez por outra rondam em espirais por aí, passeando em livros abertos, nos teclados dos computadores, pelas portas e pelos filtros dos aparelhos de ar condicionado, nos protegendo das agruras naturais e das decisões de homens isentos do compromisso de te amar.

Parabéns, Macapá!

* Texto escrito em 2001.

HOJE: Diogo Nogueira fará show no aniversário de 262 anos de Macapá

Cantor Diogo Nogueira – Foto: Marcos Hermes

A Prefeitura de Macapá preparou uma grande programação gratuita para comemorar os 262 anos da capital do meio do mundo, com shows em vários pontos do município no período de 31 de janeiro a 9 de fevereiro. Destaque para o show do cantor carioca Diogo Nogueira, que se apresentará na Praça Floriano Peixoto, hoje (4), a partir das 21h30, exatamente na data de aniversário da cidade.

Filho do saudoso sambista João Nogueira, Diogo sobe ao palco para apresentar canções de sua carreira como “Espelho”, “Fé em Deus” e “Deixa eu te Amar”. O cantor já lançou 9 DVDs, com mais de um milhão de cópias vendidas, sendo indicado a vários prêmios no Brasil e no exterior.

Antes da apresentação do cantor, outros artistas subirão ao palco como Meio-Dia da Imperatriz e Mauro Cotta. Antes, pela manhã, o público terá a oportunidade de ouvir o melhor da Música Popular Amapaense. Se apresentarão na Praça Floriano Peixoto Osmar Júnior, Amadeu Cavalcante e Negro de Nós, além de grupos de Marabaixo e exposição de artes.

Kelly Pantoja
Assessora de comunicação/Fumcult
Contato: 98410-1330

Macapá 262 anos: teatro e dança invadem palco das artes cênicas

Nem a chuva que caiu na cidade na tarde deste domingo, 2, afastou o público que foi prestigiar as apresentações de dança, teatro, música e palhaços no palco das artes cênicas da Praça Floriano Peixoto. As atrações artísticas e culturais fizeram parte da programação dos 262 anos da capital do Amapá, coordenada pela Fundação Municipal de Cultura (Fumcult).

Silvano Santos, professor de dança de salão, foi um dos artistas que arrancou aplausos do público. “Primeiramente, quero parabenizar a Prefeitura de Macapá e a Fundação Municipal de Cultura. Por essa programação maravilhosa, são 262 anos de tradição da nossa querida cidade. É importante a gente mostrar a nossa cultura, a música, dança, teatro, artesanato… E ver o público presente é muito gratificante. A comunidade precisa mesmo participar de eventos como este, onde temos a oportunidade de mostrar nossa arte. Mais uma vez, parabéns Macapá”, finalizou o professor de dança de salão, Silvano Santos.

A pedagoga Léia Oliveira trouxe o neto de Serra do Navio para prestigiar o espetáculo ao ar livre. “Eu vim com meu neto prestigiar o evento em comemoração aos 262 anos da cidade de Macapá. Ele está se divertindo muito com as apresentações e eu achei tudo muito bem organizado. A prefeitura está de parabéns”, elogiou a pedagoga, Léia Oliveira.

A praça também cedeu espaço para a Feira Colaborativa Mulheres que Fazem, com exposição e comercialização de produtos confeccionados por artesãos locais como tiaras, turbantes, laços, chapéus, pulseiras e muito mais. “A Praça Floriano Peixoto foi palco do lúdico, da magia dos palhaços, da dança, do teatro e de toda a encantaria das artes. A festa continua nesta segunda com muito rap, rock e blues na Floriano, também a partir de 17h”, informou a diretora-presidente da Fumcult, Marina Backman.

Confira a programação:

Segunda (03/02)

Véspera de Aniversário da Cidade – Praça Floriano Peixoto:

17h30 – Vini Gonçalves;

18h – Mc Zion Ops;

18h30 – Mc Super Shock;

19h – Banda Indigentes;

19h30 – Banda Índigo;

20h – Banda Nova Ordem;

20h30 – Banda Vennecy;

21h – Trio Canícula Blues;

17h às 20h – Dekko Matos – exposição de artes visuais.

Terça-feira (04/02)

6h – Salva de canhões – Fortaleza de São José de Macapá;

7h30 – Missa em ação de graças – igreja matriz de São José / Encontro das bandeiras;

8h30 – Marabaixo da Juventude;

8h30 – Marabaixo Tia Sinhá;

8h30 – Marabaixo Movimento Cultural Ancestrais;

8h30 – Marabaixo Filhos do Criaú;

9h – Cortejos artísticos – Carroça da alegria e bonecos gigantes;

9h – Cortejo do Banzeiro do Brilho-de-fogo;

10h – Capitão Açaí – exposição de artes visuais (Ronaldo Rony);

10h30 – Osmar Júnior;

11h30 – Amadeu Cavalcante;

12h30 – Zé Miguel;

13h30 – Negro de Nós;

18h30 – Meio Dia da Imperatriz;

19h30 – Mauro Cotta;

21h30 – Diogo Nogueira (atração nacional).

Almoço no Mercado Central de Macapá:

13h30 – Bebeto Nandes;

14h30 – Anthony Barbosa;

15h30 – Duo Amazofonia;

14h30 – Rosa Amaral;

17h30 – Intervenção poética com Hayam Chandra;

18h – Mayara Braga;

12h às 18h – Miguel Arcanjo – exposição de artes visuais.

Quinta-feira (06/02)

18h – Lançamento dos filmes do 1° Edital de produção audiovisual FSA do Amapá – GEA e Ancine – Cine Imperator do Shopping Vila Nova.

Domingo (09/02)

9h às 15h – Torneio de Futlama – Complexo do Jandiá.

Kelly Pantoja
Assessora de comunicação/Fumcult
Contato: 98410-1330

Música de agora: 4 de fevereiro – Enrico Di Miceli e Joãozinho Gomes

4 de fevereiro – Enrico Di Miceli e Joãozinho Gomes

No teu aniversário quis te dar um presente, mas faltou numerário. Fiquei descontente.

Quis te dar um rosário feito de tua semente e um confessionário pra ouvires tua gente.

No teu aniversário eu chorei pra diacho, sobre o teu calendário cujo a foto é um riacho.

Que com o choro diário de olhos tão lassos, vazou do calendário escorreu mar abaixo.

Pus os pés no teu chão e pisei mundo inteiro, eu e meu violão, é!

Pra que dinheiro. Com a tua proteção, José Marceneiro, chama-se essa canção 4 de fevereiro.

No teu aniversário eu baixei o meu facho, quase que solitário, meio que cabisbaixo, mas teu rio solidário me disse “ô macho, pra quê numerário, dê-lhe um Marabaixo”.