Intercâmbio cultural: hoje rola Amapá Guiana Music no Sankofa

Nesta quinta-feira (27), a partir das 21h, no Sankofa, vai rolar “Amapá Guiana Music”, um intercâmbio cultural entre a música amapaense e guianense. A noite contará ainda com apresentações do multi-instrumentista e produtor Fineias Nelluty, a talentosa cantora Deize Pinheiro, ambos amapaenses e os cantores franceses e Pierre-Marrie Levailant, Nadine Louise.

Os artistas serão acompanhados por renomados músicos locais como Nelson Dutra (baixo), Vinicius Bastos (guitarra), Paulinho Queiroga (bateria). O show com consiste em mais um evento “Ponte Cultural Amapá Guiana”, que promove a troca de experiências musicais e reforça os laços que existem entre o Amapá e a Guiana Francesa no viés cultural.

Serviço:

Amapá Guiana Music, com os artistas Fineias Nelluty, Deize Pinheiro, Pierre-Marrie Levailant, Nadine Louise.
Data: 27/02/2020
Local: Sankofa, localizado na Rua Beira Rio 1488, Orla do Santa Inês, zona sul de Macapá.
Hora: a partir das 21h.
Mais informações pelo telefone: 96 9115-1774 (Fineias Nelluty).

Entrada franca (de grátis, galera). 

Elton Tavares, com informações de Fineias Nelluty

Centro Cândido Portinari oferta 210 vagas em cursos de artes visuais

Foto: Arte: John Barroso

Por Wellington Costa

O Centro de Educação Profissional em Artes Visuais Cândido Portinari lançou edital de chamada pública para os cursos de formação inicial e continuada ofertados pelo Centro. São 210 vagas, disponíveis e distribuídas em 5 cursos. A matrícula acontecerá somente nos dias 27 e 28 de fevereiro, obedecendo a ordem de chegada dos candidatos.

Para mais informações, confira aqui o edital.

A matrícula será na secretaria escolar do Cândido Portinari, de 8h às 11h e das 14h às 17h. O Centro funciona na Avenida Cônego Domingos Maltês, 1976, bairro Santa Rita. Não será permitido que o candidato se inscreva em mais de um curso, mesmo sendo para turno diferente.

Cursos

São cinco cursos ofertados pelo Centro, variando de 160 a 200 horas de carga horária, com início das aulas programado para o dia 2 de março. A duração dos cursos é de um semestre.

Confira os cursos e número de vagas ofertadas:

Artesão de Pintura em Tecidos: 75 vagas

Ilustrador: 90 vagas

Serígrafo: 15 vagas

Cartonageiro à Mão: 15 vagas

Iniciação Artística: 15 vagas

Para os cursos de ilustrador; artesão de pinturas em tecido; serígrafo e de iniciação artística é exigido que o candidato tenha concluído o ensino fundamental de 1º ao 5º ano completo ou esteja cursando o 6º ano do fundamental II.

Foto: Ascom GEA

Para a matrícula, é necessário apresentar os seguintes documentos:

Certidão de Nascimento ou Casamento

Documento de Identidade

CPF

1 foto 3×4

Documento de Escolaridade

Comprovante de Endereço

Cartão do SUS

Um classificador transparente

Festa de São José 2020: missa de envio das equipes e homenagem aos patrocinadores acontece neste sábado, 29

Por Márcia Fonseca (Pascom)

Como parte da programação da festa em honra ao padroeiro São José, acontece neste sábado, 29, às 19h, na Catedral São José a missa de agradecimento aos patrocinadores e envio das equipes que irão servir durante festividade.

Após a celebração, serão entregues lembranças de reconhecimento e agradecimento a cerca de 100 instituições, pessoas públicas e empresas que colaboraram para a realização do evento, em 2019, e a benção de envio das equipes da liturgia, peregrinação, social, procissão, ornamentação, segurança, sonorização e comunicação.

Festa de São José 2020

A missa solene em honra a São José ocorre no dia 19 de março, na Catedral, às 7h30, seguida de procissão até a igreja Jesus de Nazaré. Após a procissão acontece a Festa dos Devotos com a programação social. Este ano, a festa traz o tema “A missão começa em casa!” e o lema “Se o Senhor não construir a casa, em vão trabalham os que a constroem; se o Senhor não guarda a cidade, em vão vigia aquele que a guarda” (Sl 127, 1).

Serviço:

Missa de Envio e homenagem
Data: 29 de fevereiro (sábado
Hora: 19h
Local: Catedral São José
Endereço: Rua General Rondon, Centro

Diocese de Macapá
Pastoral da Comunicação: (96) 99139-0682 | (96) 98414-2731

Cult Sci – um café geek em Macapá – Via @giandanton

 


O público nerd de Macapá ganhou um espaço especial, o Cult Sci. O café está localizado no bairro Santa Rita, na Avenida Mendonça Furtado 2278, na esquina com a Santos Dumont (ao lado do INFOR). O espaço é todo decorado com itens da cultura pop, como quadros, bonecos e outros itens de colecionador.

Outras paixões também aparecem no espaço, como ciência (as mesas são identificadas por cientistas, reais ou ficcionais) e até moedas raras. E o melhor: a comida é muito boa com preços acessíveis. O chá maté com limão é simplesmente delicioso. Recomendo.

Fonte: Ideias Jeca-Tatu

Poema de agora: Frevando nas Quartas de Cinzas

Frevando nas Quartas de Cinzas

Rodando a saia. Por toda a rua. O sol se espraia.
…Eu vou.

Cuspindo ao vento.Areia e tempo. Fagulhas e nós.
Malinando calado.Com o próprio diabo.Que gago se empolga
Na orla,na hora,na bronca. No ronco já tonto. Dos passos do frevo. Xinga o Governo, e a Cruz.

Eu lero lero, eu Putz Grillo. Engilho o engilhado ao lado oculto da lua.
Enrugo o lado Norte da vida.Ferido…abro a ferida e cuspo.Dou um play instantâneo.
Castigo os joelhos com pulos e uivos.Desalinhados com os pelos.Desavisados do apelo. Desencravados das unhas.

Calado eu canto um frevo maneiro.
Embora a Fevereiro, nem ame, nem goste.
Mas amo estar estranho esse ano.
No meio da chuva, beijando a ruiva, mascando chiclete, uivando serelepe, dizendo asneira, gritando ‘me castra’, batendo a tabaca, falando das Rosas, troçando dos troços, cuidando do fosso, zanzando com os ossos, mexendo com as ancas, invernando os trópicos, nevando o Saara, armando bobeira, salgando a festança, virando criança, ungindo de leso, pondo o feriado dos mortos na terça, cheio de mosquitos, soltando um grito, atrás de vocês.
Atras dos dez reis.Beijando pasteis. Subindo as escadas. Correndo p’ro nada.
…E tem gente p’rá Dedéu !

O padre mocinho….no vocal….E tem gente p’rá Dedéu…BIS.BIS.BIS. E tem gente p’rá Dedéu.

Luiz Jorge Ferreira

* Do Livro Pizza Literária (2017) – Da Sobrames SP. Brasil.

Após quatro anos, seguimos no topo: Piratão é bi-campeão. Viva o Rei do Carnaval! – @PiratasBatucada

Torcida do Piratão comemorando o 1º lugar no carnaval do Amapá — Foto: Caio Coutinho/G1

O Rei do Carnaval amapaense se manteve no topo e sagrou-se campeão novamente. Aliás, a Associação Recreativa e Cultural Escola de Samba Piratas da Batucada é Bicampeã. Minha agremiação do coração fez bonito e conseguiu nota dez em quase todos os quesitos avaliados pelos jurados, com 269,4 de pontuação alcançada nesta quarta-feira de cinzas amarela e azul.

Foto: Philipe Gomes

O Piratão, como é conhecida, chegou ao 18º título. Como disse o presidente da escola, Marcelo Zona Sul, a Piratas da Batucada nunca parou de trabalhar, mesmo com quatro anos sem o desfile da Escolas de Samba do Amapá (…”pirateando o tempo e indo além do que a mente alcança”…). A vantagem foi de um ponto sobre a segunda colocada, a Maracatu da Favela – foi pouco.

Foto: Max Renê

O Piratão fez a Passarela do Samba no Meio do Mundo, na Rua Victa Mota Dias, amarelar na segunda noite de desfile. A descontração dos seus milhares de componentes não deixou de ser organizada. Tava todo mundo cantando, dançando e evoluindo dentro de seu espaço, como deve ser.

Foto: Ana Girlene

Quando o Piratão entrou, a multidão levantou. E eu chorei, ali, fantasiado, semi-rouco de tanto cantar o samba-enredo (“…Nunca esqueça, carnaval é fantasia. Então deseje que a alegria. Seja o tic-tac do seu coração…”). Aliás, chorei hoje de novo, com o título. É muito amor por essa escola. A Piratas da Batucada passou fantasticamente e caralhisticamente brilhante.

Foto: Max Renê

Os carros alegóricos estavam perfeitos. A comissão de frente, harmonia, mestre-sala e porta-bandeira, tudo redondinho, lindo de ver. Sim, Piratão deu show e mostrou como se faz Carnaval.

Foto: Ana Girlene

E a comunidade fez o mesmo. Todos agitaram suas bandeiras, balançaram suas mãos e embarcaram na viagem da imaginação e foram/são felizes no Piratão. Vencer é mais emoção ainda. Quem é pirata sabe como é sensacional desfilar ou torcer pela Escola. Somos apaixonados e felizes.

Foto: Ana Girlene

Quando os ritmistas da Bateria Majestosa Pura Cadência faziam paradinhas, nossos corações seguiam na cadência. E com uma imponente rainha à frente, que não teve piedade, botou pra quebrar.

Como comentou uma amiga e colega jornalista: “Piratão é foda, mano, galera vai ter que correr muito atrás“. E é verdade. As pessoas que assistiram às duas noites de de files foram unânimes em dizer que o título seria nosso.

Foto: Max Renê

O enredo mágico dizia : “…Sonhar é crer que o nunca pode acontecer…”. Cremos, teve Carnaval (aliás, obrigado aos que se empenharam para tal), fomos e vencemos. Afinal, aqui é Piratão. Valeu, gente!

“…Nunca vou deixar de amar
Teu amarelo, glorioso imortal
A zona sul vem sambar
Com o rei do carnaval…”

Elton Tavares – Jornalista e pirata da batucada desde 1990.

*Texto escrito com o samba tocando no repeat.

Depois do Carnaval a gente recomeça (Crônica sensacional de Fernando Canto)

Por Fernando Canto

Não tenho nenhuma dúvida que quem gosta do carnaval é hedonista, e nesse caso guarda a obrigação para depois do prazer. O carnaval é o tempo em que se tira o uso da carne, no seu sentido literal do latim carnelevamen, mas que é tempo também em que se promove a licenciosidade, a crítica, o erotismo e a voluptuosidade.

Deixar as coisas para depois desse grande acontecimento na vida do brasileiro é prática normal. Tudo se resolve depois do carnaval. O tratamento daquela gastrite, a construção da calçada, o pagamento da luz e do cartão de crédito e até o abastecimento da geladeira. – Ora, ainda tem muita coisa pra se aproveitar na despensa. Pensa o guerreiro fantasiado. – Depois a gente resolve isso, fica frio, diz o chefe da repartição. O Governo abre o orçamento bem pertinho do carnaval, mas só depois é que as ações deslancham e se encaixam, após a imprescindível curtição da ressaca. Às vezes até adianta o pagamento dos funcionários públicos para que estes possam ser felizes e não se esquecerem jamais o quanto os governantes são legais. Depois que acaba o dinheiro do salário, o folião não tem o menor pudor de pedir fiado no mercantil da esquina, no boteco da praça e até no ambulante que conheceu um dia desses no ensaio da escola de samba. Pagará depois, se assim o dono da birita ou da comida aprovar.

O depois do carnaval pode ser espichado para muito longe, depende do valor do fiado, dos interesses do chefe da repartição ou do Governo, que sempre aproveita essa época para encaminhar projetos ao Legislativo, sem alarde, porque o povo nem vai saber. O povo não está nem aí, quer curtir o carnaval. E só. Se souber, diz: – Depois a gente pensa no assunto e tenta resolver.

Soube pelo jornal que o Governo e a Prefeitura vão mudar o secretariado logo que termine a quadra momesca, porque se mexer muito agora pode ter prejuízos políticos. Desde pequenos damos ouvidos a expressões idiomáticas como “Não se deixa para depois o que se pode fazer hoje” e “Deus ajuda quem cedo madruga”, que ensejam a necessidade do trabalho bem feito, com tempo e disposição ou aquela que trata do mau trabalho, daquilo feito com má vontade, onde o tempo também é elemento necessário: “o preguiçoso trabalha duas vezes”. Ideólogos dizem que elas são frases carregadas do espírito capitalista que desde o início da colonização tentou mudar o rumo da vida brasileira a dizendo que o índio era indolente.

Que besteira, dizem uns, por que iria querer trabalhar feito um cão para ganhar dinheiro se a natureza dava tudo a ele? O peixe, as caças, as frutas da floresta, a água… Talvez por isso tenha sido escravizado em algumas regiões. Mal sabiam, porém, os portugueses, que eles mesmos iriam introduzir o carnaval do Brasil e com isso deixar a festa rolar. Assim abandonaram a grosseria do entrudo para depois, em 1852, trazerem a novidade do Zé Pereira, que era “um conjunto de bombos e tambores capitaneados pelo sapateiro português José Nogueira de Azevedo Paredes”, segundo o musicólogo Edigar de Alencar. Por ser ruidoso e contagiante logo se alastrou pelo Rio de Janeiro e depois por todo o país.

Para muitos de nós, brasileiros, as resoluções que tomamos no ano novo só iniciam mesmo depois dessa festa, quando pensamos em criar vergonha e caminhar para perder uns quilinhos, quando decidimos sobre o que precisamos e queremos há tempos, para depois realizarmos algumas ações hipocritazinhas como se nada tivesse acontecido no carnaval, embora sempre haja a conivência de alguém. Eu poderia ir bem mais longe com estas elucubrações, porém hoje é dia de desfile e a minha escola me chama.

Não posso deixar esse desfile tão esperado por um ano para nele faltar, assim vão falar mal de mim até depois do carnaval. Talvez nem venha a concluir este artigo, por causa da agitação que precede um acontecimento importante como este, onde minha agremiação é uma das favoritas para ser a campeã. Também não posso de jeito nenhum deixar de assumir minha responsabilidade que é escrever este artigo. Mas hoje é sábado e posso concluí-lo mais tarde. Ou talvez depois das 12h00 da quarta-feira de Cinzas quando me recolho, como milhões de outros brasileiros, a uma quase santa meditação.

Fernando Canto, no bloco A Banda 2020- Foto: Alcinéa Cavalcante

É que vem o tempo da Quaresma e depois da Semana Santa, no Domingo da Páscoa, rompendo a Aleluia, inicia o ciclo do Marabaixo.

*Publicado em 2008. Jornal do Dia

Apuração dos desfiles das escolas de samba acontece nesta quarta-feira

Depois de dois dias de desfiles das escolas de Samba, é chegada a hora de saber saber quem será a campeã do carnaval 2020. A apuração acontecerá nesta quarta-feira, 26, às 15h, na rua Victa Mota Dias, no meio do Mundo.

Durante os dois dias de desfile, os julgadores avaliaram nove quesitos técnicos: harmonia, evolução, Enredo, Samba-Enredo, Alegorias e adereços, Fantasias, Mestre-Sala e Porta Bandeira, Comissão de Frente e Bateria. E este ano, a primeira colocada do Grupo de Acesso subirá para o Grupo Especial, porém não haverá rebaixamento.

Para o carnaval do ano que vem as regras mudam. Haverá, portanto, sete escolas no grupo especial e três no Grupo de Acesso, sendo que uma germinação de acesso subirá e duas do Grupo Especial serão rebaixadas.

Premiação

As primeiras colocadas, tanto do grupo de Acesso quanto Especial receberão R$ 4 mil e R$ 8 mil, respectivamente, mais troféus. As classificadas em segundo e terceiro lugar receberão troféu.

Fonte: Café com Notícias

O Pastelão – Por Marcelo Guido

Foto: Elton Tavares

Por Marcelo Guido

Se estiver andando na rua, ou em um pátio de escola ele vai estar lá, acomodado em estufas, nem sempre ligadas, esperando por você.

Formato triangular, com dobras de massa e possivelmente um presente escondido no meio, onde até saborear com dentadas vorazes pela massa com sabor de sonho, encontrarás um naco de queijo, apresuntado e, acreditem, já fui agraciado até com uma linda e formosa rodela de calabresa.

Foto: Elton Tavares

É amigos, falo do pastelão. Como não se apaixonar por tal iguaria, um ícone que não sai de moda, talvez por que nunca tenha entrado. Inesquecível como “Pirocóptero” e as formosas damas desnudas que estampavam os velhos calendários de bolso, que nos eram dados como brinde, geralmente no fim de ano.

Umas das primeiras regras que aprendemos na escola – não nas aulas – no recreio é: coxinha é bom, é gostosa e cheira bem. Mas o Pastelão é tudo isso e enche.

Por isso se destaca sobre aquela formosa bolinha de massa suculenta com recheio de frango, que alguns infelizes insistem em dar a primeira mordida no bico, quando sabem que o correto é sempre na bundinha. Coxinha com recheio de outra coisa é Rissole.

Pastelão com coca KS, coisa rara em minha cidade (infelizmente) é a combinação perfeita. Quem nunca se viu sentado em uma cadeira de ferro, apoiado em uma mesa bamba, com os cotovelos mordendo o pastelão e sugando através de canudos coloridos o saboroso liquido preto do capitalismo.

Existem seus primos, feitos da mesma linhagem de massa, com recheios aparentes e outro formatos esses são os enrolados, mas eles não têm o charme do nosso herói. Herói sim, pois sacia fome, te deixa satisfeito e te recoloca na caminhada da vida.

Foto: Alê Moutinho

O segredo de como fazer deve ser aqueles bem incautos, fico imaginando uma ordem emblemática que se reúne todas as quintas-feiras em templos onde poucos cidadãos escolhidos a dedo podem compartilhar tal informação, devem ser os Grãos Mestres Pasteleiros, da ordem cristã “SALVE PASTELÃO”.

Falo isso por que quem sabe fazer não passa a receita e quero que fique assim, não quero ninguém metido a besta inventando algo como “Pastelão Gourmet”, isso seria um verdadeiro desastre.

Em minhas andanças, certa vez o encontrei em outra cidade e lá o batizaram como folheado. Triste para algo tão bem nomeado, paulista não sabe nem comer pizza, vai lá saber nomear salgado. Perdoe, eles não sabem o que falam.

Pastelão é isso, quanto mais gorduroso melhor. Mata a fome, tem gosto de infância, te faz refletir sobre situações diárias. Com coca cola, combinação perfeita, um free depois para arrematar.

Foto: Marcelo Guido

Faça a experiência, chegue cedo, mas cedo mesmo às sete da manhã, vá na padaria do bairro – não naquela coisa sem graça do supermercado – peça um da primeira linhagem do dia, primeira edição. Quentinho, acompanhe com uma bela coca gelada, se não tiver KS peça em lata. Irás sentir, sem sombra de dúvidas, a melhor sensação do dia. Como o beijo da pessoa amada.

Felicidade, teu nome é Pastelão.

*Marcelo Guido é jornalista, pai da Lanna Guido e do Bento Guido e maridão da Bia, além de fã de pastelão.

Sobre a quarta-feira de cinzas

Hoje é quarta-feira de cinzas. Trata-se do primeiro dia da Quaresma (quarenta dias antes da Páscoa, sem contar os domingos) no calendário Cristão ocidental (Católico). Neste dia, os católicos rezam, silenciam, pagam alguma penitência, fazem caridade e até jejum. Os carolas, claro.

As cinzas que os Cristãos Católicos recebem neste dia, durante uma missa, são um símbolo para a reflexão sobre conversão, mudança pra melhor e ponderação sobre a fragilidade da vida humana em relação à morte.

A data que inicia a Quaresma varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa. Pode ser do começo de fevereiro até a segunda semana de março. Sempre depois do carnaval.

Sabem, não sou religioso. Mas acredito na força de codinome Deus, que rege tudo isso aqui. Tenho muitos amigos que se dizem ateus. Respeito a opinião deles. E outros que são religiosos em demasia. Assim como Rubem Alves, “eu achava que religião não era para garantir o céu, depois da morte, mas para tornar esse mundo melhor, enquanto estamos vivos.”

Quem for à missa hoje receber suas cinzas, boa reza. Afinal, cada um de nós deve rezar, orar ou proceder como lhe aprazia.

Para mim, hoje é o dia que o Carnaval acabou. Hora de guardar as fantasias e esquecer a ilusão. O ano começou de fato e com ele a realidade cotidiana, após alguns dias distante dela.

Ainda bem que a Semana Santa não demora a chegar, graças a Deus!

“…A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira…”

Elton Tavares

Blocos de rua marcam o carnaval de Pedra Branca do Amapari

O Carnaval de Pedra Branca do Amapari foi marcado pela diversidade de blocos carnavalescos e irreverência dos brincantes. O ponto mais alto aconteceu na terça-feira gorda, com a apresentação de bandas locais e regionais em evento organizado pela Prefeitura Municipal que contou com a presença dos órgãos de segurança pública e de proteção da criança e adolescente.

A programação carnavalesca do município iniciou na noite de sexta-feira, dia 21/2, com a Batalha de Confetes Algodão Doce para o público infantil, realizada pela Escola de Música. Já nos dias seguintes, os festejos ficaram por conta dos blocos independentes da Amizade e Me Leva, encerrando com o já tradicional futebol à fantasia seguido pelo cortejo do Bloco da Boa.

Em todos os eventos, a Guarda Civil Municipal e Demuttran garantiram a segurança dos brincantes, que também foram acompanhados do Conselho Tutelar e Polícia Militar.

Assessoria de comunicação da Prefeitura de Pedra Branca do Amapari

O desfile do Piratão foi, literalmente, uma “Viagem à Terra do Nunca”. A gente arrebentou e atrevo-me a afirmar: seremos campeões mais uma vez! – @PiratasBatucada

Foto: Max Renê

No último sábado (22), na Passarela do Samba no Meio do Mundo, na Rua Victa Mota Dias, rolou o segundo dia de Desfile das Escolas de Samba do Amapá. Somente agora tive tempo de escrever sobre a nossa marcha alegre daquela noite/dia (já que amanhecemos por lá), devido à extensa agenda carnavalesca (risos).

Foto: Max Renê

A Associação Recreativa e Cultural Escola de Samba Piratas da Batucada, atual campeã do carnaval amapaense e minha agremiação carnavalesca do coração, defendeu o título conquistado em 2015 de maneira brilhante.

Foto: Max Renê

Quando o Piratão entrou, a Avenida explodiu. A multidão amarela se levantou e a mágica aconteceu. O enredo trouxe a magia do Carnaval. A Bateria Majestosa Pura Cadência foi, como sempre, extraordinariamente perfeita.

Foto: Max Renê

“A terra do nunca pode ser você
Basta acreditar
Crie esse mundo pra morar
Sinta que é possível conquistar
Amor, paz e igualdade
Não se paga pra sonhar…”

Foto: Max Renê

A harmonia foi nota dez, assim como a comissão de frente e nenhum de nossos carros quebrou. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente e rainha da bateria foram impecáveis. As fantasias foram as mais brilhantes da noite. Chegamos emocionados na dispersão com aquele sentimento de termos feito um grande desfile.

Foto: Max Renê

“…Nunca vou deixar de amar
Teu amarelo, glorioso imortal
A zona sul vem sambar
Com o rei do carnaval…”

Foto: Max Renê

Tudo com muita vibração, organização, luz, cor, alegria, magia e amor. Senti meu coração disparar e bater no compasso da bateria. Foi emocionante! Sim, Piratas da Batucada fez de seu 31º desfile um show de magnitude e esplendor que transformou a Terra do Nunca em realidade. Um verdadeiro presente do Rei do Carnaval ao público que assistiu, e a toda a comunidade da Zona Sul da capital.

Com a Mari, Teresa e Ita, da família Simões. Todas piratas. Comecei a desfilar com elas, na primeira metade dos anos 90, na Avenida Fab.

“… Nunca esqueça, carnaval é fantasia
Então deseje que a alegria
Seja o tic-tac do seu coração…”

Meu grande amigo Anderson Miranda feliz da vida me olhando e eu emocionado pra caralho. Égua do desfile foda!

Na noite anterior, o Piratas Estilizados fez bonito e deve ser o segundo colocado após uma disputa ponto a ponto com o Piratão. Já o Boêmios, que passou na mesma noite, fez o mais do mesmo. E eu achei ruinzinho (que me perdoem os amigos boemistas).

Foto encontrada no blog Repiquete no Meio do Mundo

Maracatu da Favela desfilou no sábado, mas minha querida amiga e jornalista que manja muito de Carnaval, Alcinéa Cavalcante, disse: “Na minha modesta opinião, o título de campeão vai pro Piratão. Sou Maracatu mas reconheço a grandiosidade do Piratão”. Com uma declaração dessas, da ilustre foliã verde-rosa, fico ainda mais feliz.

Foto: Max Renê

O Piratão passou lindo com seus mil integrantes, carros alegóricos majestosos e nove alas. Eu tava lá, mais uma vez, na ala dos palhaços. Foi um daqueles momentos da vida de muita alegria e reencontro de amigos.

Foto: Gabriel Penha

Quem é pirata sabe como é sensacional desfilar ou torcer pela Escola. Somos apaixonados e felizes. E atrevo-me a afirmar: seremos campeões de novo!

Foto: Max Renê

…Agite a bandeira, balance a mão
Embarque na viagem da imaginação
Vem ser feliz no Piratão…vencer é emoção
Sonhar é crer que o “nunca” pode acontecer…

Elton Tavares – Jornalista e pirata da batucada desde 1990.

Maior bloco popular da Região Norte, “A Banda” promete arrastar mais de 220 mil foliões na terça-feira gorda de carnaval

Maksuel Martins

Neste carnaval, o maior bloco popular do Norte do país promete levar para as ruas uma multidão de mais de 220 mil brincantes. A banda ganha as ruas do centro da cidade no dia 25 de fevereiro em um percurso de aproximadamente 7 quilômetros.

Este ano, quando o bloco comemora 55 anos, a organização anunciou cinco novos bonecos para o desfile. Eles irão homenagear personalidades que fundaram “A Banda” e que contribuíram para o crescimento do Amapá. São eles: Amujacy Borges de Alencar, professor Antônio Munhoz Lopes, Alice Gorda, Mestre Sacaca e Léo Platon, que irão seguir o cortejo ao lado da tradicional Chicona, Iracema e dos veteranos Ari e Anhanguera.

Outra novidade é o lançamento do abadá, que traz a temática do prédio da “Banda” e a imagem dos cinco novos bonecos. “Os abadás serão vendidos ao preço de 15 reais, mas ressalto que o uso é opcional. Apenas mil unidades foram confeccionadas. A proposta é que o folião tenha uma lembrança da ‘Banda’ para guardar”, explicou Cláudio Junior, gerente de Projetos do bloco.

“Outro detalhe importante que queremos lembrar aos brincantes é a realização da terceira edição da ação social que disponibiliza atendimento médico, massagens, ergonomia, testes rápidos e diversos outros serviços. Tudo isso na programação que acontece das 8h às 12h30, na sede do bloco”, ressaltou Cláudio.

Antes do cortejo, em frente à sede da associação, acontecerá a entrega dos bonecos e a distribuição do tradicional caldo de carne para os participantes. Em seguida, vem a concentração e os preparativos para o cortejo.

Trajeto da “Banda”

Às 13h30 ocorrerá a concentração na Avenida Presidente Vargas, na Praça Veiga Cabral. O bloco seguirá pela Rua Cândido Mendes; Av. Henrique Galúcio; Rua Tiradentes; Av. Feliciano Coelho; Rua Leopoldo Machado; Av. Ernestino Borges, com dispersão na Rua São José, Praça Barão do Rio Branco. O trajeto deve durar aproximadamente oito horas, caso não haja imprevistos, segundo a coordenação do evento.

Conheça os bonecos da “Banda”

Chicona: enfermeira conhecida na década de 1960 e um dos principais símbolos do bloco.

Iracema: segunda a integrar o bloco fazendo homenagem à primeira-dama do então Território Federal do Amapá, Iracema Nunes, esposa de Janary Gentil Nunes, governador do Amapá quando “A Banda” surgiu.

“Anhanguera”: nome da rua onde um dia um dos integrantes da “Banda” morou e quis homenageá-la.

Ari: que faz uma condecoração após a morte de um dos conselheiros do bloco.

Amujacy Borges de Alencar: um dos fundadores da “Banda”.

Léo Platon: engenheiro com importantes projetos construídos no Amapá.

Professor Antônio Munhoz: dedicou quase 60 anos à educação, poesia, música e história do Amapá.

Alice Gorda: eleita por anos a Rainha Momo do carnaval amapaense.

Mestre Sacaca: eleito Rei Momo do carnaval por muito tempo e especialista em produzir medicamentos com plantas da Amazônia.

Foto: blog Porta Retrato

História da “Banda”

O ano era 1965. Em meio a um cenário de ditadura militar, um grupo de amigos reunidos para festejar o carnaval é cerceado pelo governo. “O governador era general e era ano político. Ele indicou uma pessoa para ser candidato a deputado federal para representar o Território. Aí nós decidimos contrariar. Construímos a primeira boneca, a Chicona, e saímos pelas ruas do Centro. Fomos barrados na frente da casa do governador, e foi por isso que viramos resistência e decidimos transformar a ‘Banda’ em história”, lembra José Savino, fundador e presidente do bloco.

Ainda segundo o fundador, música de Chico Buarque de Hollanda, chamada “A Banda”, que era a canção do então candidato a deputado federal Janary Nunes, foi a mesma que deu nome e som ao bloco macapaense. “A resistência à proibição do governador foi o maior impulso, o que mais motivou para que continuássemos com ‘A Banda’. Assim fomos nos organizando e, em 1997, conseguimos nos tornar personalidade jurídica, nos tornamos uma associação e somos considerados patrimônio amapaense”, disse o fundador do bloco.

Mônica Silva
Assessora de comunicação/PMM

Carnaval: hoje rola“Bloco dos Minhocas” no Bar do Abreu

Com uma programação extensa no período de Carnaval, o Bloco dos Minhocas é mais uma opção para ao amapaense se divertir. A festa vai rolar HOJE (24), a partir das 18h, em frente ao Abreu – bar tradicional no centro de Macapá. O bloco é uma referência aos cantores da terra, que farão o carnaval mantendo as tradições. O abadá custa apenas R$20,00 – mas quem quiser, leva dois por R$30,00.

A festa vai ter marabaixo, batuque estilizado e músicas dos artistas regionais em ritmo de carnaval. O Bloco dos Minhocas contará com apresentações de vários artistas regionais, que farão a festa nesse Carnaval. O Bar do Abreu foi escolhido para receber os Minhocas por conta da longa parceria entre o dono do estabelecimento e os cantores, e por causa do apoio que estes sempre tiveram do proprietário.

Serviço:

Bloco: Bloco dos Minhocas
Data: 24/02 – segunda-feira
Local: Bar do Abreu, Av. Fab, Centro de Macapá