O assessor sim senhor – Crônica de Edi Prado (@PradoEdi)

Crônica de Edi Prado

Por definição clássica, o assessor é o assistente, adjunto, auxiliar; coadjutor; ajudante. Pessoa colocada como adjunto ou assistente ou participante de funções de outrem. Mas deve estar havendo a inversão de função. O assessor, talvez por desconhecer o significado da função, o princípio, ou não está preparado para o cargo, figura muitas vezes, como o personagem mais importante que o assessorado. E quase sempre é uma barreira de acesso ao assessorado. Na verdade o assessor está sendo o algoz que tira a liberdade e apaga os holofotes, para poder conduzir o assessorado em direção ao ostracismo, quando ele ainda é o ator principal.

O assessor faz quase tudo o que não deveria e se esquece de preparar para cumprir com a função dele, que é o de assessorar, informar, subsidiar com informações inerentes às atividades profissionais dele. É quase como o dar o passe perfeito para o gol. A relação com a imprensa se complica ainda mais, porque ao esmerar-se em proteger o chefe cria tantas dificuldades que fica mais cômodo pautar outra pessoa.

O pior é quando mais se precisa ouvir uma declaração ou até mesmo conceder a oportunidade de defender-se durante o ataque, o assessor informa que ele não pode atender por estar em eternas reuniões ou pede para “passar amanhã”. Só que amanhã a imagem já estará manchada e tarde demais. E muitas das vezes o chefe nem sabe o que está se passando, porque as informações não chegam ou chegam distorcidas ou muito torcidas, quando a realidade é catastrófica e bem avessa a que chega, quando era mais prudente prevenir do que tentar remediar.

As notícias dos meios de comunicação estão fartas de exemplos. Como a de um prefeito de uma grande capital, por estar blindado contra informações desconfortáveis, resolveu visitar um bairro onde a imagem dele era o símbolo do descaso. O assessor não pode impedir a constrangedora situação e ganhou, como brinde, algumas ovadas no paletó impecável. Ficou com a imagem literalmente suja e mal cheirosa. Situação que poderia ser evitada se houvesse preocupação com o protegido dele e com ele, mesmo.

O bom assessor não é o que “filtra” a notícia. É o que leva junto as sugestões para contornar a situação, depois de ouvir outras pessoas mais experientes. Mentir é desaconselhável. Haverá sempre alguém para instigar e “esticar” o assunto. Assumir o erro e garantir o reparo afasta especulação e dá o assunto como encerrado, aconselham os consultores, depois de passar por situações embaraçosas.

O assessor que se preza e pretende manter-se no cargo, não deve jamais se incompatibilizar com a imprensa nem deixá-la sem informações, nem que seja sobre outro assunto interessante. Chá de banco nem pensar. Cada repórter tem no mínimo três pautas. E se a espera for a causa do repórter “furar”a pauta dele fique certo de que o assessorado terá tratamento “vip” no primeiro tropeço.

O assessor deve ter uma relação de camaradagem com a imprensa; facilitar ao máximo o trabalho do repórter. Garantir o acesso para fotos e imagens, quando o encontro não for aberto à imprensa. Nada de exageros nem protecionismo. O que está ocorrendo e de forma ostensiva são assessores cão de guarda rosnando para a própria sombra. A continuar assim, não se queixe que a imprensa não dá importância ao assessorado, a empresa ou o órgão que ele representa.

O problema pode está sendo você, assessor, que não compreendeu que não é o astro. Apenas um lanterninha que conduz o assessorado para a poltrona individual e indivisível. Caso você nunca esteve do outro lado, na redação, cuidado: você ainda pode ir para lá. E mais cuidado ainda com os colegas de trabalho. Um dia, quem você atrasou a vida, pode ser o seu chefe.

Quarta é dia de Café Feminista apresentado por Ana Girlene – @anagirlene

O “Café Feminista” comandado por Ana Girlene e Alzira Nogueira é uma edição especial do renomado programa de rádio “Café Com Notícia” em parceria com o Projeto “Quarta de Arte da Pleta” de Andréia Lopes. Durante a edição, exibida na primeira quarta-feira do mês, transmitido ao vivo, das 17h30 às 19h através das redes sócias e pela rádio Diário FM (90.9 FM) do espaço Eco Casa de Arte e Cultura Africana SANKOFA.

O Café Feminista é um espaço de diálogo sobre questões de gênero, raça e sexualidade, política e economia, arte e cultura e tem o objetivo de fazer ecoar as vozes das mulheres sobre suas lutas diárias contra os preconceitos, desigualdades e os seus direitos. É um espaço dinâmico que reúne mulheres feministas, artistas e ativistas dos direitos humanos da população negra e LGBT para que possam expor ideias e debatê-las com a comunidade.

Na edição desta quarta-feira, 04 de março, o Café Feminista receberá Professora Mary Cruz, Professora Mestra Mariana Gonçalves; Professora Mestra Elane Carneiro Albuquerque e as artistas Fernanda Canora, Hayam Chandra e Negra Aurea, além da convidada especial a Profª Dr.ª Euciana Peloso da Silva para realizar o lançamento do seu livro “Caboclo Félix – Negras mãos entre o seringal e a arte”, produzido através de pesquisas que resultaram em uma literatura que transita entre biografia familiar e a investigações acadêmicas.

A Prof.ª Euniciana Peloso da Silva destaca sempre que “como uma Mulher Afroindígena da Amazônia, que está em São Paulo busca contribuir com as Lutas das Mulheres priorizando a Luta contra as diversas formas de Violência que atinge as mulheres”.

Sobre a autora

Euniciana Peloso da Silva possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal do Pará (1979), especialização em Família Dinâmicas e Processos de Mudanças pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1998) , especialização em Formação em Coordenação de Grupos pelo Instituto Pichon Riviere (1995) , mestrado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1994) e doutorado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006) . Atualmente é Assistente Social da Secretaria da Administração Penitenciária e Coordenação de projeto da MAKAÚBA, Associação de Promoção de Cidadania e Solidariedade. Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Serviço Social Aplicado. Atuando principalmente nos seguintes temas: Direitos, Renda Mínima, Famílias, Assistência Social.

sobre as convidadas

Professora Elane Carneiro de Albuquerque graduada em Artes Visuais e Pedagogia com mestrado em Mestra em Educação pela Universidade Federal do Ceará -UFC.

Prof.ª Mestre Mariana Gonçalves do curso de História da Universidade Federal do Amapá

Sobre o programa Café com Notícia

Apresentado por Ana Girlene Oliveira, na rádio Diário FM (90.9), é um programa radiojornalístico focado no serviço à coletividade, abordando temas de interesse público, com linguagem qualificada e equilibrada, que traduz um jornalismo livre desde o ano de 2009.

Sobre a Quarta de Arte da Pleta

O projeto Quarta de arte da Preta é um encontro de amor e arte sem fins lucrativos que acontece toda quarta-feira hoje ocpando e resistindo no espaço Eco casa de cultural SANKOFA conduzido pela produtora cultural Andreia Lopes e estúdio Naldo Amara Tattoo juntamente com os artistas nominados “Os de sempre”: Erick Pureza; Fernanda Canora; Hayam Chandra; kássia Modesto; Wendel Cordeiro; Edu Lobo ; Laura do Marabaixo; Ricardo Yraguani; Peterson Assis. Recebendo toda quarta feira artistas da musica; cinema; dança; teatro; artes cênicas; literatura. O Sankofa realiza parceiras com pessoas, entidades, órgãos empresas que tenham interesse na produção autoral e construção político cultural.

Junior: O Maestro – Por Marcelo Guido

 


Por Marcelo Guido

Ele aprendeu a jogar bola na praia, conquistou os gramados do Brasil e foi mostrar na Europa a classe do nosso futebol.

Com talento transcendental, quase impossível para um ser vivo, a bola era sua companheira dentro de campo. Defendeu as cores do Torino e Pescara na Itália, mas escreveu com sangue, suor e talento uma brilhante história no Flamengo. Falo nada mais nada menos de Leovegildo Lins da Gama Junior, o Maestro.

Junior era a magnitude soberba do futebol – talento em estado bruto. Em um time de feras, conseguia se destacar pela seriedade com que entrava em campo; para ele não existia bola perdida.

Ambidestro, começou na lateral esquerda, onde abria caminho nas encostas verdes do gramado para servir atacantes. Sua visão cirúrgica do jogo o fez logo evoluir para meio campo, onde – como um verdadeiro Cristo – fazia-se onipresente em toda área de talento dentro das quatro linhas. Dos seus abençoados pés saíam jogadas que os Deuses do futebol em seus melhores dias haviam planejado.

Fez o mundo se render ao Flamengo, trazendo junto de Zico o campeonato mundial para Gávea. Participou de uma das melhores seleções de todos os tempos 1982, um time que realmente jogava por música, “Voa Canarinho” de sua autoria, embalava aquele selecionado recheado de craques do mais puro quilate, o caneco não veio, mas o reconhecimento ficou, Junior honrou como poucos a camisa amarela.

Na Itália, contratado a peso de ouro pelo Torino, conduziu o time grená ao vice-campeonato logo no ano de estreia; atuando mais avançado, marcou sete gols e foi eleito o melhor jogador do “cálcio”, deixando para trás gente da estirpe de Maradona, Platini, Zico e Falcão. Ídolo máximo da torcida em Turim, sofreu com racismo em um derby contra a Juventus, conotações racistas sobre a cor de sua pele e seu vistoso “Black Power” vindos da torcida juventina fizeram com que os grenás gritassem em coro, mas antes “negro que juventino”.

Primeiro estrangeiro a defender o pavilhão do Pescara – de quebra, carregou a faixa de capitão – foi o segundo melhor jogador estrangeiro do campeonato.

Em 1989, volta para sua casa. Um pedido do filho que nunca o tinha visto atuar com o manto rubro negro, fez Junior voltar para os braços da nação. De 1989 a 1993 foram dois títulos nacionais e um estadual pelo Mengão.

Um caso de amor do gênio com clube – recíproco, com certeza absoluta. A magnética sabia que em campo não existiria ninguém melhor para trajar vermelho e preto. Foram 847 vezes que o Maestro utilizou o manto para dar espetáculo, o atleta que mais vestiu a camisa rubro negra em partidas oficiais.

Em 1992, o destaque. Junior era a lembrança dos tempos áureos do Flamengo em campo. Redesenhou o paradigma de que o jogador com mais de 35 anos já deveria se aposentar. Ganhou alcunha de “Vovô Garoto” e capitaneou um time de novos talentos ao título nacional. E no melhor palco possível: o Maracanã, contra um grande rival carioca. Naqueles dois jogos, Junior transpirou talento, gols nas duas batalhas. E na segunda partida, um gol de falta que, de tão perfeito, deveria estar exposto na principal parede do Louvre em Paris. Aquilo sim, foi uma obra de arte.

Tal perfeição em suas atuações o fizeram ser eleito o melhor jogador brasileiro do ano – isso aos 38 anos de idade. Realmente, Junior era como vinho: quanto mais velho, melhor.

Sem dúvida alguma, um dos seres rubro-negros mais importantes de todos os tempos; um craque de primeira linha que foi, laureou apenas uma camisa no Brasil, respeitou sua gente e criou a mística em cima do vermelho e preto.

O “Capacete” parecia ser predestinado a conquistas; seu rico repertório de inesquecíveis jogadas jamais o deixaria como coadjuvante, aonde quer que jogasse, mas seu coração o fez ser o Flamengo.

A história de Junior, o Maestro e do Flamengo se unem em uma só. Consagrada por títulos, futebol arte e alegria.

*Marcelo Guido é jornalista, amante do futebol, pai da Lanna Guido e do Bento Guido e maridão da Bia.

24 anos da morte dos Mamonas Assassinas

Há exatos 24 anos, morreram os integrantes da banda Mamonas Assassinas. Os músicos faleceram em um trágico acidente aéreo, em 1996. Os caras eram irreverentes , faziam um som escrachado e divertido. Naquela manhã, não acreditei ao ver no noticiário que o avião deles tinha caído na Serra da Cantareira, nos arredores de São Paulo. Inevitavelmente, a comoção tomou conta do Brasil e eu, também fã, fiquei triste pela morte de todos os integrantes daquele grupo que fazia a alegria de todos.

Mamonas Assassinas, lançado em 1995, foi o único álbum oficial de estúdio lançado pela banda brasileira Mamonas Assassinas. O álbum vendeu mais de três milhões de cópias e receberam o Disco de Diamante da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD).

Durante uma das apresentações, realizada em julho de 1990, os músicos entraram em contato com Alecsander Alves (Dinho). Ele se comprometeu a subir ao palco para cantar “Sweet Child O’ Mine”, do Guns N’ Roses. Através do novo vocalista, os demais integrantes conheceram Júlio Rasec, que tornou-se o tecladista do Utopia. Paralelamente a isso, o “Utopia” passou a se apresentar na periferia da cidade de São Paulo. Aos poucos, seus membros decidiram abandonar os covers e introduziram uma série de parodias nos shows.

Após o lançamento do primeiro e único disco, entraram em contato com o produtor Rick Bonadio. Aconselhados por ele, mudaram o nome do grupo para “Mamonas Assassinas do Espaço”. Felizmente a ideia não vingou, e o nome adotado passou a ser “Mamonas Assassinas”. Alguns dias depois, o grupo decidiu, enfim, enviar uma fita demo para as gravadoras Sony e Emi. No material, estavam contidas as músicas “Robocop Gay”, “Jumento Celestino” e “Pelados em Santos”.

Lembro da primeira vez que eu e Edmar ouvimos “Pelados em Santos” lá no Xodó, em 1995. Rimos muito daquele som. Era só o início da hilariante trilha sonora que os Mamonas nos proporcionaram.

Os Mamonas Assassinas não foram só irreverentes, subversivos e palhaços. Eles foram brilhantes. Eles satirizaram os Beatles, os Metaleiros, o Pagode e a homofobia. Os caras passaram rápido por essa vida. Sacanearam geral e fizeram a alegria do povo brasileiro. A eles, nossas eternas saudades e reconhecimento.

“Fui convidado pra uma tal de suruba, não pude ir Maria foi no meu lugar. Depois de uma semana ela voltou pra casa, toda arregaçada não podia nem sentar!” — Assassinas, Mamonas.

Elton Tavares

Continuam abertas as inscrições para I Congresso Macapá 300 anos

A Prefeitura de Macapá lançou em fevereiro deste ano o edital para inscrições de trabalhos científicos do I Congresso Macapá Rumo aos 300 Anos. O evento, realizado em parceria com a Universidade do Estado do Amapá (Ueap) e Universidade Federal do Amapá (Unifap), tem o objetivo de coletar e divulgar estudos de vários temas no âmbito do município que possam contribuir na construção da Macapá a curto, longo e médio prazo dentro do Projeto Macapá 300 Anos. As inscrições podem ser feitas pelo site http://300anos.macapa.br/congresso/ até o dia 26 de março.

A primeira edição do congresso está dividida em quatro eixos temáticos: Gestão e Finanças Públicas Municipais, Desenvolvimento Humano e Social da Cidade, Desenvolvimento Econômico de Macapá de Agora e para o Futuro e o Desenvolvimento Ambiental e Urbano.

O congresso acontecerá nos dias 20, 21 e 22 de maio de 2020. Pesquisadores, acadêmicos, professores que queiram divulgar seus estudos, pesquisas, publicações, trabalhos de conclusão de curso de graduação e especialização, dissertação de mestrado, tese de doutorado ou pós-doutorado, em formato de artigo científico, terão a oportunidade de apresentar seus trabalhos.

Serviço:

Data: 03/03 (terça-feira)
Local: Sempla

Amelline Borges
Assessora de comunicação/PMM
Contato: 981042352

Os Olhos do Cacique aos Olhos de Daniel no Lago dos Leões – Crônica de Fernando Canto

Cacique Waiãpi (Foto: Daniel Andrade/Gaia, 1991)

Cacique Waiãpi (Foto: Daniel Andrade/Gaia, 1991) – Crônica de Fernando Canto

Os olhos do cacique Waiwai me incomodam, amiúde, ali naquela parede. São olhos fixos de uma entidade captada por outra por meio de uma máquina enfeitiçada; olhos brilhantes, às vezes zâimbos, olizarcos, quando não olhorridentes que me fitam e que me sondam, cobrando uma atitude incompreensível, considerando a hipótese de eu ter em mim um certo percentual de sangue indígena.

Eles me acompanham ao movimento fugitivo desta sala. Olham-me nos olhos – olhiagudos – e, olhizainos, se voltam ao nicho dimensional desse retrato.

Eu absorvo a tese de que um olho é uma voz silente/ que traz o ralho do mundo./ Astro cintilante/ caverna que abriga enchentes./ Enchente só de quebranto/ memória de um rio de gente./ Imagine a hora do click,/ quando o tempo parou no próprio tempo,/ mas não capturou só a alma do vivente./ Trouxe imagem, forma e jeito/ que desmonta o mundo.

O homem arrebatou-lhe a alma e a encarcerou num caroço de tucumã, onde vivem os males do mundo; prendeu-a na caixa pandemônica – pandoriana morada de palavras e de imagens nascituras. Ah, ali o índio envidraçado se revolta e pede uma saída para a quarta dimensão: largura, altura, densidade e espaço/tempo indissolúvel do andar da Via – Láctea. O cacique encarcerado sabe as voltas do tempo em espiral, de sua história circular no tempo mítico.

Mas seu apelo morre no franzir da testa.

Cacique Waiãpi (Foto: Daniel Andrade/Gaia, 1991)

De onde vem, então, essa intenção anormal;/ obscuro intento de raptar dentro de dentro;/ maligno destino planejado há séculos,/ quando a ordem formal era obedecer a lei?/ De onde vem a lida da vindita/ escrita pelas mãos dos homens?/ Olho por olho, armas compulsórias de luta atrozes?/ De onde se origina a captação da alma pura?

De um cemitério de imagens, talvez, tu me respondes. De um sufoco de calor – brasa nos pés, fornalha babilônica sete vezes mais ardente, onde três caldeus renitentes condenados cantam. E os servos do rei alimentam o forno com a mais grossa veia do betume, com estopa, pez e feixes de videira. E a labareda se levanta quarenta e nove côvados acima da casa de fogo insólito. E já entre nós, dizem os três homens incólumes, não há príncipe, nem há capitão, nem profeta, nem holocausto, nem oblação, nem incenso, nem lugar em que te ofereçamos nossas primícias (Quem narra é testemunha aflita do tempo de Nabucodonosor).

Mas de onde se origina a retenção da alma pura?

De um sonho interpretado, talvez, eu te respondo. Em uma cova de um lago povoado por leões, selado pelas pedras e por anéis de poderosos, onde por duas vezes as feras não te atacam. E ali tu te alimentas do pão inesperado. E vês nascer em ti a visão das quatro bestas, a imagem das alimárias do destino apocalíptico, dois mil anos antes de João, dois mil depois de João (E é a tua biografia que conta).

Um olhar me sonda. Mira-me em certeiro alvo: os olhos meus. Oulhar/aolhar/Oolhar. Ourolhar. Cercado de tranças e colares sobre a pele rija, aureolado de diadema de penas coloridas, imagino eu, no meu delírio em preto-e-branco. E o índio ali. Fixo. Olhar atônito. Envidraçado na parede da sala.

Waiwai é o próprio Ianejar a caminho das estrelas contando sua viagem para além da borda do final do mundo, onde mora acompanhando as borboletas, panãs desfalecidas em seus casulos.

Waiwai é quase um herói, um deus como Ianejar, que se desespera e pede a Ianejar os cataclismas. Novamente o fogo se espalha na floresta. É uma fornalha viva fora da grande casa de barro – Mairi. Olhem, olhem: quarenta e nove mil côvados de altura para além das maiores samaumeiras, as labaredas.

Depois vem o dilúvio lavar as cinzas dos desejos, do medo e da mudança. E Mairi, a casa de argila, sobrevive ao fogo e ao frio e aporta sobre as águas caudalosas do Grande Paraná, onde os ancestrais dos waiãpi se salvam para contemplar um novo e espiralado tempo. Tempo que virá. De novo.

Ah, mas os olhos do cacique ainda me sondam. Fitam-me de fato. Eivados de líquidos diluvianos e de cataclismáticas centelhas de um dia, que por serem opostos se respeitam, se atraem e se anulam, se amam e se desprezam;fugazes-duradouros / descartáveis-necessários/; olhinegros/olhialvos. Olhos envidraçados, quintessenciados na imagem como os leões da cova do lago aos olhos de Daniel.

*Publicado no blog “O Canto da Amazônia”, em março de 2011.

Dia do Turismo Ecológico: de parques a ilha, conheça 5 roteiros para conhecer mais do Amapá

Recanto da Aldeia, praia que fica na Ilha de Santana, no Amapá — Foto: Marcelo Sá/Arquivo Pessoal

Por Victor Vidigal

O Amapá, como estado com área mais preservada do Brasil, tem muito a oferecer a quem procura a natureza, que valorize o meio ambiente e a cultura dos povos tradicionais e ribeirinhos. Pensando nisso, o G1 preparou, neste domingo (1º), Dia do Turismo Ecológico, um guia com 5 opções de passeios no estado.

As dicas vão desde lugares próximos da capital, como a Ilha de Santana, até os com mais dificuldade de acesso, como o Cabo Orange.

Cada roteiro conta com um comentário do guia de turismo Marcelo de Sá Gomes, especializado em turismo ecológico no Amapá. Ele deixa algumas dicas de passeios e uma média de custo, que pode variar dependendo da estação do ano, número de pessoas e objetivo da viagem.

Recanto da Aldeia tem praia para o Rio Amazonas — Foto: Marcelo Sá/Arquivo Pessoal

Ilha de Santana

A 23 quilômetros do Centro de Macapá essa é uma das opções mais próximas da capital para aos amantes da prática de “trekking”. Durante o percurso de mais de 3 quilômetros o turista tem contato com ecossistema de mata de várzea e cerrado, além de árvores como a Samaúma. A trilha não é formatada, mas tem um caminho usado pelos comunitários.

Atrativo principal: Ao final da trilha, chega-se ao Recanto da Aldeia, uma espécie de praia com areias claras, em uma das margens do Rio Amazonas.

Acesso para a Ilha de Santana pode ser feito de catraia — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

O guia de turismo Marcelo de Sá Gomes descreve que nesse roteiro o visitante pode conhecer a vivência da comunidade amazônica que conta com extrativismo de açaí, agricultura familiar, plantações de frutas e carpintaria naval.

“Lá ele ainda vai ter contato com extrativismo do açaí, agricultura familiar,plantações de acerola, bacaba, mandioca, caju, taperebá. Na parte oeste de ilha tem também a carpintaria naval, além de poder conhecer a pesca de camarão e duas espécies de botos”, disse Gomes.

Acesso: é considerado fácil, pela Rodovia JK. É feito de carro, motocicleta ou ônibus até o Porto do Grego, em Santana. De lá, o turista consegue ir de catraia à ilha. O tempo médio de deslocamento partindo do Centro de Macapá varia de uma a duas horas, dependendo do transporte escolhido.

Média de custo: de acordo com o guia de turismo, um passeio de um dia custa em média R$ 150 por pessoa, com transporte e guiamento. O trajeto só de catraia pode sair mais barato, R$ 2, da sede do município à ilha, mas é necessário conhecer a região para poder fazer a trilha.

Vila de Mazagão Velho guarda muito da história do Amapá — Foto: Gabriel Penha/Arquivo G1

Mazagão Velho

Ótima opção para quem busca conhecer mais sobre a religiosidade, história e cultural do Amapá. A vila, construída durante a época do império português, ainda guarda um pouco da arquitetura colonial em algumas casas, e um cemitério com restos mortais das pessoas que moravam na região.

Atrativo principal: uma escavação feita 2006 de um grupo de arqueólogos da Universidade Federal de Pernambuco que mostra as ruínas da primeira Igreja de Nossa Senhora de Assunção, construída no século 18.

Marcelo de Sá aponta outras atrações como um centro de cerâmica das culturas Maracá e Cunani, as mais tradicionais do estado, além de um passeio até o foz do Rio Mutuacá, que passa em frente a cidade, que deságua no Rio Amazonas. Ele ainda destaca a riqueza cultural da região.

Ruínas da primeira igreja em honra à Nossa Senhora de Assunção, em Mazagão Velho, no Amapá — Foto: Marcelo Sá/Arquivo Pessoal

“Cada época que a gente vai no Mazagão tem uma manifestação cultural. Não é só a festa de São Tiago, o resto do ano todinho tem muitas festas no município, como a festa de São Gonçalo, em janeiro”, disse o guia de turismo.

Acesso: é considerado fácil, pela AP-010. A cidade fica a cerca de 70 quilômetros de Macapá. Pode-se chegar por meio de carro, motocicleta ou ônibus, por estrada asfaltada. O tempo médio de deslocamento do Centro de Macapá até a cidade também varia de uma a duas horas, dependendo do transporte escolhido.

Centro de Cerâmica Maracá e Cunani em Mazagão Velho — Foto: Marcelo Sá/Arquivo Pessoal

Custo: de acordo com o guia de turismo um passeio de um dia custa em média R$ 90 por pessoa, com transporte e guiamento. Sem auxílio de guia, o passeio pode ser gratuito, já que as atrações não cobram valor para entrada.

Trilhas podem ser feitas na Floresta Nacional do Amapá (Flona) — Foto: Alex Silveira/O Globo

Floresta Nacional do Amapá

Para fazer a visita é necessário ter autorização do Instituto Chico Mendes da Preservação da Biodiversidade (ICMBio), contactar um guia que conheça o local e ser acompanhado por alguém da comunidade. A floresta com mais de 450 mil hectares é uma das Unidades de Conservação do estado.

Principal atrativo: a rica biodiversidade do local com espécies de animais e árvores ainda não catalogadas pela ciência.

O guia de turismo Marcelo de Sá Gomes explica que a Flona oferece diferentes roteiros desde caminhadas pela floresta, banhos e produtos artesanais. O turista pode decidir qual encaminhamento dar ao passeio.

“A gente apresenta o roteiro e ele [turista] escolhe aonde quer visitar. Além da floresta com várias árvores gigantescas, dentro desse roteiro tem cachoeiras, tem corredeiras e até a visita a uma cooperativa da região que trabalha com sabonetes e pastas de andiroba, copaíba, breu branco e fava”, explicou Gomes.

Turistas durante viagem à Floresta Nacional do Amapá — Foto: Marcelo Sá/Arquivo Pessoal

Acesso: a dificuldade é mediana. O principal acesso é feito pelo Rio Araguari partindo de Porto Grande, município a 102 quilômetros de Macapá (o acesso é pela BR-210). O tempo de deslocamento da capital até a Flona varia de 3 a 5 horas, dependendo da estação do ano.

Custo: de acordo com o guia de turismo um passeio de três dias dia custa em média R$ 1 mil por pessoa, contando transporte, guiamento. É recomendável que o turista leve material de acampamento e alimentação, pois no local não há hotel e nem restaurante.

Vila Brasil, em Oiapoque, e Camopi, comunidade fica do lado francês do Rio Oiapoque — Foto: Guillaume Feuillet/Parc amazonien de Guyane

Vila Brasil e Camopi

No extremo Norte do estado fica a Vila Brasil, um distrito de Oiapoque. Estando na área, é fácil também conhecer de bônus a comunidade Camopi, pertencente ao território da Guiana Francesa. Ambas as localidades estão na área do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, o maior do país.

Principal atrativo: intercâmbio cultural entre a população indígena brasileira e francesa.

Visitas a florestas precisam de guia — Foto: Rede Globo

Marcelo de Sá fala que a visita é mais do que um passeio, e sim uma expedição. As comunidades têm pousadas, o que facilita a vida do turista, mas durante a entrada em regiões de floresta não há infraestrutura.

Ele também ressalta que o turista precisa estar com passaporte regularizado por se tratar de um território estrangeiro. Também é necessária autorização do ICMbio para entrar no parque.

Acesso: é considerado difícil. É preciso ir até Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá, via BR-156. No município é feita uma viagem de barco, “subindo” o rio de mesmo nome da cidade. O deslocamento de Macapá até as comunidades leva em média 15 horas.

Custo: de acordo com o guia de turismo um passeio de 3 dias dia custa em média R$ 2 mil por pessoa, contando transporte e guiamento. Há viagens de ônibus com saída todos os dias da Rodoviária de Macapá rumo à sede de Oiapoque.

Vista do passeio feito de barco no Cabo Orange — Foto: Marcelo Sá/Arquivo Pessoal

Cabo Orange

Também uma região entre o Amapá e a Guiana Francesa, a viagem até o Parque Nacional do Cabo Orange é feita de barco pelo Rio Oiapoque. Até a chegada no parque, o turista passa por comunidades de pescadores e indígenas, além de regiões montanhosas na comuna francesa de Ouanary.

Principal atrativo: conhecer as montanhas do lado francês, e o ecossistema de manguezais, predominante na costa do Amapá.

O guia de turismo orienta que a saída de Oiapoque seja feita antes do amanhecer, para aproveitar a aurora e ver ecossistema “acordando” de dentro da embarcação. Ainda podem ser feitas caminhadas pelas montanhas de Ouanary.

Passeio no Cabo Orange, no Norte do Amapá — Foto: Marcelo Sá/Arquivo Pessoal

“Nesse percurso vai amanhecendo e a gente consegue visualizar a entrada de cardumes de peixes, revoada de pássaros, a gente conhece o ecossistema dos manguezais. Ficamos fazendo meio que zigue-zague entre Amapá e Guiana Francesa até a chegada no parque nacional, onde turista tira fotos e registra o momento da forma que preferir”, disse Gomes.

Acesso: também é considerado difícil e precisa do acompanhamento de um guia de turismo e autorização do ICMbio. A saída é feita pelo rio do município de Oiapoque até o Cabo Orange. O deslocamento de Macapá até o parque leva em média 15 horas.

Custo: de acordo com o guia de turismo, um passeio de 3 dias dia custa em média R$ 2 mil por pessoa, contando transporte e guiamento.

Fonte: G1 Amapá

Neste sábado (29) e domingo (1ª): Amapanime realiza Dia Nacional do RPG 2020, na Biblioteca Pública Elcy Lacerda

Os amantes da cultura Geek (e Nerd) celebram hoje (29), a partir do meio-dia, na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, o Dia Nacional do RPG. A programação, que encerrará neste domingo, 1ª de março, contará com jogos, fantasias, comercialização de produtos, exibição de muitos filmes e palestras. O ingresso será qualquer tipo de material de escritório, que será doado à própria Biblioteca. A realização é do Amapanime Space.

A Programação voltada a pratica de jogos de interpretação de personagens, jogos de tabuleiros, card games, literatura e cultura, palestras, exibições de filmes e documentários, videogames, venda de produtos, swordplay, oficinas e muito mais.

Sobre o Dia Nacional do RPG

Comemorado no dia 24 de fevereiro, o Dia Nacional do RPG surgiu em 2007. O objetivo da data é celebrar os jogos junto com a comunidade RPGista.

A data foi escolhida por ser o aniversário de Douglas Quinta Reis, um dos fundadores da Devir e grande responsável pela chegada e introdução do Role Playing Game (RPG) no País.

Programação contará com diversas atividades como:

○ Live Action
○ Concurso de Melhor caracterização estilo Steampunk
○ Exposição Sobre a vida e Obra de Júlio Verne
○ Mesa de jogos interpretativos
○ Jogos de Tabuleiro
○ Cardgames
○ Exibição de filmes e documentários
○ Palestras e oficins
○ Pratica de Swordplay
○ Salas Temáticas
○ Teatro
○ Videogames dentro do tema
○ Venda e exposição de produtos
○ e muito mais

CRONOGRAMA

• DIA 29/02

12:00 – Filme: Robur O Conquistador do mundo (1961)
12:00 – Pratica de Swordplay
12:30 – Videogame Machinarium (PS3)
13:00 – Abertura de Boardgames diversos
13:00 – Cardgames diversos
13:40 – Filme: Jornada Através do Improvável (1904)
14:00 – Mesa: Um anel com mestre Daniel Coimbra
14:00 – Mesa: Changeling (O Sonhar) com mestre Glauber Lopes
14:00 – Mesa: Masmorras Esquecidas com mestre Alan Sampaio
14:00 – Mesa: The Black Hack com mestre Iam Carlos
14:00 – Mesa: D & D 5ª ed. com mestre Romerison Junior
14:00 – Oficina: Montagens e customizações de itens para Swordplay com Kleber “Enginner”
14:00 – Filme: Tempos Modernos (1936)
15:30 – Filme: Abril e o mundo extraordinário (2015)
16:00 – Videogame: Alice Madness Returns (PS3)
16:00 – Palestra: “Por que jogar RPG de mesa é tão divertido?” com mestre L. C.. Castro
17:15 – Filme: As misteriosas Explorações Geográficas de Jasper Morello (2005)
17:45 – Filme: Planeta Tesouro (2002)
19:30 – Concurso e desfile de visual Steampunk

• DIA 01/03 – Domingo

12:00 – Filme: 20000 léguas submarinas (1954)
12:00 – Pratica de Swordplay
12:30 – Videogame: Bioshock The Collection (PS4)
14:00 – Magic Champ Open House
14:00 – Mesa: Star Wars X-Wing mini Battle com Mestre Daniel Coimbra
14:00 – Mesa: Abismo do Infinito com mestre Alan Sampaio
14:00 – Mesa: The Black Hack com mestre Iam Carlos
14:00 – Mesa: D & D 5ª ed com mestre Romerison Junior
14:00 – Mesa: Savege World com Mestre Willian Tassis
14:00 – Palestra: “Século XIX a era de ouro da Fantasia: do Gótico a Ficção Fantástica” com mestre Yan “The Masterchief” Amarã
14:05 – Filme: A viagem a Lua (1902)
14:20 – Filme: O Castelo no céu (1986)
16:00 – Videogame: Wild Guns Reloaded (PS4)
16:00 – Oficina: Battletech Mechwarrior (clássico) com mestre Glauber “Kahn” Lopes
16:25 – Filme: Gothan City 1889 Um conto de Batman (2018)
18:00 – Live Action:: As viagens Rumo ao Extraordinário: Céu e Mares … Espaço e Tempo

Lanchonete no evento para evitar transtornos ou entrada de alimentos ou produtos etílicos ou entorpecentes.

Serviço:

Dia Nacional do RPG
Local: Biblioteca Pública Elcy Lacerda
Data: sábado (29) e domingo (1ª)
Horário: de 12h às 20h nos dos dias de evento
O ingresso será qualquer tipo de material de escritório, que será doado à própria Biblioteca(mini bloquinhos de papel A4 / material de escritório / Lampadas de Led).
Mais informações: 96 98126-9982
Classificação: Livre

Elton Tavares, com informações do Amapanime.

A era e o poder do Twitter – Via @giandanton

O Twitter é um fenômeno mundial de dimensões grandiosas. Ele mudou a forma das pessoas se relacionarem e fazerem política. E mudou a forma das empresas se relacionarem com os clientes. Reflexo disso são duas publicações recentes voltadas para o uso microblog como ferramenta de Marketing: O poder do twitter , de Joel Comm (Gente, 268 p.) e A era do twitter, de Shel Israel (Campus, 274 p.).

Embora tenham objetivos semelhantes, são dois livros diferentes. O poder do twitter é uma espécie de manual, que ensina desde como criar sua conta à estratégias para conseguir mais seguidores. A era do twitter é mais um livro de cases, com histórias de sucesso e fracasso de empresas no mundo virtual. A origem do microblog é bem explicada nesse último. O twitter surgiu numa empresa chamada Odeo, de propriedade de Ev Williams, um ex-funcionário do Google e criador do Blogger, e Biz Stone, criador de um dos primeiros sites para desenvolvimento de blogs. O objetivo da empresa era fazer para o áudio on-line o que o Google fez para o texto on-line: ser um mecanismo de busca para arquivos de áudio e vídeo.

Mas a empresa enfrentava um problema sério: a maioria dos funcionários trabalhava em sua própria casa. Ninguém sabia exatamente quem estava fazendo o que. Convocar uma reunião, então, era um inferno: era quase impossível encontrar as pessoas quando se precisava delas. Quem trouxe a solução foi Jack Dorsey, arquiteto de software da Odeo. Quando era criança, ele ficou fascinado com a maneira como os veículos de emergência eram despachados – a tecnologia que direciona polícia, bombeiros, motoristas de ambulância para os locais em que fossem mais necessários. Para isso, ele resolveu usar o SMS, tecnologia mais popular de envio de mensagens de celular. Ele cortou vinte caracteres do tamanho do texto, de forma que as mensagens pudessem identificar o emissor. Mas a grande diferença é que os SMS eram enviados não a uma pessoa, mas a todo um grupo: se uma funcionária da Odeo postava, todos os outros funcionários saberiam que ela estava almoçando, a caminho do escritório ou trabalhando em casa. Era um microblog: “a conversa ia de uma pessoa a outra com facilidade e rapidez. A conversa fluía como um rio e logo foi chamada de tweetstream (ou apenas “stream” ou “fluxo”)”, conta Shell Israel.

A empresa ia registrar o serviço como Stat.us, mas o domínio já tinha dono. Acabou virando TWTTR seguindo a moda de suprimir as vogais, iniciada pelo Flickr. Logo se transformaria no TWITTER. O serviço, que havia sido criado para uso apenas interno, foi se alastrando. Os funcionários não conseguiam resistir à tentação de compartilhar essa nova ferramenta com os amigos, e logo uma multidão estava no serviço.

Qualquer outra empresa demitiria os funcionários que compartilhassem um serviço que deveria ser apenas interno, mas a Odeo não viu problemas nisso e logo o Twitter seria o principal sucesso da empresa e o acesso era tão grande que provocava bugs no site. Em conseqüência, surgiu um ícone popular: a baleia de manutenção, criação da artista chinesa Yi Yung Lu.

E logo o twitter teria papel fundamental para as novas empresas, seja para o bem, seja para o mal. Aliás, os melhores capítulos de A era do twitter são aqueles dedicados a empresas que se foram vítimas do microblog. Exemplo disso é a história da Motrin Mons, um analgésico. Em uma de suas campanhas, eles fizeram um vídeo para internet em que se mostrava como os acessórios para carregar bebês poderiam causar dores no corpo, que seriam aliviadas pelo analgésico. Era um anúncio divertido, para o público jovem. Mas uma mãe blogueira, Jessica Gottlieb, ficou indignada e afirmou no twitter: “É cruel fazer brincadeiras com mães de primeira viagem”. A partir daí, a indignação contra a empresa se espalhou com rapidez na rede. A hashtag #Motrin Moms entrou para o Trending Topic daquela semana. A campanha contra a empresa se alastrou por outras mídias e foi até para o Youtube, em que um vídeo satirizava o comercial da empresa, em que uma mulher com implantes de silicone dizia: “vou suportar a dor, porque é uma dor boa. É para o meu marido”.

O livro traz também bons exemplos, de empresas que estão se saindo bem usando o Twitter, mas essas curiosamente parecem menos interessantes, e muitas vezes o autor acaba perdendo a mão ao contar mais a história do responsável pelo sucesso da empresa no twitter do que o sucesso em si.

O livro de Joel Comm, embora seja bastante objetivo, traz sacadas interessantes. Uma delas que o Twitter é um ótimo veículo para pedir ajuda. Ele cita o caso, também relatado por Shel Israel, do estudante de jornalismo norte-americano que foi detido enquanto fotografava manifestações contra o governo do Egito. Uma única palavra (“Preso”) salvou-o da prisão. Uma rede internacional se uniu para pressionar por sua liberdade.

Um exemplo igualmente dramático é dado por Shel Israel. Em 20 de dezembro de 2008 a escritora Jean Ann Van Krevelem estava num avião pronto para decolar no aeroporto de Portland, Oregon, com seu marido e filhos. A região enfrentava uma nevasca, mas os passageiros foram orientados a ficar em seus lugares. Não havia água ou comida no avião. Duas horas e meia depois os passageiros foram liberados para desembarcarem. Dez minutos depois, os passageiros foram novamente direcionados para embarque. Poucos tiveram tempo de comer ou beber algo. Pensavam que já iam decolar, mas passaram mais duas horas e meia parados. Muitos passageiros precisavam tomar remédios que estavam nas bagagens despachadas, pois acreditavam que a viagem seria curta.

Conforme Jean tuitava, a notícia se espalhava pela rede. Logo as emissoras locais souberam do fato, correram para o local e, diante da pressão, a empresa permitiu que os passageiros desembarcassem. Quando a escritora desembarcou, todos os jornalistas queriam saber o que era o tal de Twitter.

Joel Comm explora a maneira como as empresas podem aproveitar essa característica a seu favor, oferecendo ajuda às pessoas. Um ponto os dois autores têm em comum: eles defendem que o twitter não deve ser usado para mensagens unidirecionais: “Todo o site age como um fórum gigantesco, no qual especialistas em toda sorte de assunto estão dispostos a oferecer seus conselhos a praticamente qualquer um que os solicite (…) Toda vez que você responde, contribuiu para a conversa de alguém. Isso faz com que você seja uma parte valiosa da comunidade”, escreve Joel Comm.

Ao comentar sobre uma empresa que usa o twitter apenas para enviar mensagens unidimensionais para seus clientes, Israel escreve: “Acho que Sinkov e eu tratamos ‘amigos próximos’ de forma diferente. Eu geralmente pergunto como as famílias vão, o que está acontecendo na vida deles. Meus amigos e eu falamos sobre esportes, livros, filmes e o tempo. Às vezes fazemos brincadeiras uns com os outros. Outras vezes, somos um ombro amigo e oferecemos apoio”.

Nesse sentido, os dois livros defendem que as empresas devem ter no Twitter abordagens pessoais e coloquiais, preferencialmente de forma que os seguidores saibam com quem está falando. E, principalmente, que participem da conversa, e não usem os outros apenas como platéia.

Muitos políticos que entraram no twitter durante a última eleição deveriam ter lido ambos os livros.

Fonte: Ideias Jeca-Tatu

Neste domingo (1°), rola o Carnacult, carnaval com músicas amapaenses, com Joãozinho Gomes, Val Milhomem e Brenda Melo

Neste domingo (1°), vai rolar o Carnacult. A iniciativa visa reforçar e disseminar a cultura tucuju aliada à quadra carnavalesca. Fineias Nelluty, idealizador do CarnaCult, é o diretor musical do evento. Segundo o artista, “o intuito é fazer um carnaval com as nossas músicas, evidenciando a a cultura tradicional dos tambores”. O evento ocorrerá a partir das 17h, em frente à Casa do Artesão. Os artistas âncoras da noite são Joãozinho Gomes, Val Milhomem e Brenda Melo.

A iniciativa tem o apoio da Associação dos Músicos e Compositores do Amapá (Amcap), bem como do titular da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Evandro Milhomen.O projeto contou com quatro ensaios, realizados de 26 de janeiro a 16 de fevereiro de 2020, sempre com um artista âncora. João Amorim, Fineias Nelluty, Paulinho Bastos e os Grupos AfroBrasil e Raízes do Bolão puxaram a fila nos domingos anteriores.

Para o secretário Evandro Milhomem, o projeto promove entretenimento, lazer e cultura, incentivando a inclusão social e a geração de renda do mercado informal.

Neste domingo, o evento contará também com shows do Grupo Guá, João Amorim, Osmar Jr., Paulo Bastos, Grupo AfroBrasil, Enrico Di Miceli e Mayara Braga, com a participação luxuosa do Banzeiro brilho de fogo.

Serviço:

CarnaCult
Data: 01/03/2020
Hora: a partir das 17h
Local: em frente à Casa do Artesão, em Macapá.
Entrada: gratuita.
Realização: Fineias Nelluty, com o apoio da Secult e Amcap.

Elton Tavares

MOSTRA DE TURISMO NO AMAPÁ GARDEN COMEMORA DIA MUNDIAL DO TURISMO ECOLÓGICO

O Amapá Garden Shopping realiza neste fim de semana a 1ª Mostra de Turismo Ecológico. O evento busca reunir os principais profissionais que atuam no segmento, para divulgar roteiros de turismo ecológico no estado. A programação acontece nos dias 29 de fevereiro e 1º de março, a partir das 17h, no espaço Idealiza com exposição de arte, roda de conversa, exibição de documentário, degustação, vendas de roteiros, mostra de técnicas verticais, Kit Surf e Stand Up Paddle.

Os documentários que serão exibidos fazem parte do Inventário de Folias Religiosas do Amapá realizado pelo Ponto de Cultura “Povo de Fé e de Festa” da Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular, e retratam as festas tradicionais de São Pedro, na reserva extrativista do Rio Cajari, no município de Mazagão, e a festa de Santa Maria, no Parque Nacional do Cabo Orange, no município de Oiapoque. O evento dará ainda aos participantes certificado com hora/aula.

O evento conta com a parceria do Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular, Ponto de Cultura Povo de Fé e Festa, Néctar Consultoria e comunidade do Mel da Pedreira, Galeria Samaúma, Associação de Guarda-Parques do Amapá, Club do Stand Up, Mais Ponto Com e Equatorial Hotel.

Dia Mundial do Turismo Ecológico

Dia 1 de Março é considerado o Dia Mundial do Turismo Ecológico. Ou dia Mundial do Ecoturismo. Este é uma prática de turismo de lazer, esportivo ou educacional, em áreas naturais, que se utiliza de forma sustentável do patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação, promove a formação de consciência ambientalista e garante o bem-estar das populações envolvidas.

No Amapá o ecoturismo pode ser praticado em espaços reservados na Floresta Nacional do Amapá, Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, Área de Proteção Ambiental do Rio Curiaú, Reseva do Patrimônio Particular Natural Revecom e Área de Proteção ambiental da Fazendinha.

Programação

29/2 (Sábado)

17h – Exposição de arte – Galeria Samaúma

19h – Roda de conversa: Roteiros de turismo ecológico no Amapá – Guia Norte Turismo

19h30 – Mostra de técnicas verticais – Mais Ponto Com: treinamentos profissionalizantes

20h – Documentário: “Soldados de Pedro” – Ponto de Cultura “Povo de Fé e de Festa”

1º/3 (Domingo)

17h – Exposição de arte – Galeria Samaúma

18h30 – Roda de conversa: Acessibilidade e Turismo ecológico – Associação de Guarda-Parques do Amapá

19h – Mostra de Stand Up Paddle e Kit Surf no Amapá – Club do Stand Up

19h30 – Roda de conversa: Patrimônio Cultural e Turismo Ecológico – Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular

20h – Documentário: “Folias de Santa Maria do Cunani” – Ponto de Cultura “Povo de Fé e de Festa”

Serviço:

Mostra de Turismo Ecológico
Data: 29/2 e 1/3
Local: Amapá Garden Shopping
Hora: 17h
Endereço: Rodovia Jk, 2141, Universidade
Contato: (96) 99121-5973 / 98406-1379

Música amapaense: Barca do Iraguany, Laura do Marabaixo, Enrico Di Miceli, Alan Yared e Naldo Maranhão se apresentam hoje no Bar do Vila – @bardovilamacapa

Neste sábado (29), a partir das 20h, no Bar do Vila, vai rolar show da banda “A Barca do Iraguany”. O grupo é formado pelos músicos Ricardo Iraguany, Tico (baixista), Neilton (percussão), Paulo (bateria), Gerinaldo (violão), Ronaldo (trompete) e Sidnei (saxofone). A noite contará ainda com apresentação dos renomados artistas Laura do Marabaixo, Enrico Di Miceli, Alan Yared e Naldo Maranhão.

O Projeto Barca do Iraguany mistura sonoridades e acontecia somente em outubro, por conta do Círio da Virgem de Nazaré. A imagem que ilustra a barca faz alusão aos milagres da Santa.

Ricardo Iraguany – músico, compositor e poeta – ressalta que a Barca leva música, poesia e arte para as pessoas apreciarem. O artista reforça que a música regional e autoral é essencial, bem como abrir espaço para novos talentos.

A Barca do Iraguany” é um projeto artístico e cultural que busca reunir os diversos segmentos da nossa cultura como: música, teatro, dança, poesia, capoeira, entre outros”, frisou Ricardo.

As apresentações da Barca no Bar do Vila foram sucesso de público e crítica. Recomendo!

Serviço:

Show da A Barca do Iraguany e convidados
Local: Bar do Vila, localizado na Avenida Mendonça Furtado, Nº 586, no centro de Macapá.
Data: 29/02/2020
Hora: a partir das 20h

Elton Tavares, com informações de Ricardo Iraguany

Discos que Formaram meu Caráter (Parte 46) – “Sobrevivendo ao Inferno” – Racionais MC`S (1997) – Por Marcelo Guido

Por Marcelo Guido

Muito bem moçada esperta!

Estamos de volta da batalha, andando vagarosamente pelo caminho torto das notas, rifs e viradas. A nave louca do som está presente novamente para tentar salvar a vida de vocês do tédio minguante que a vida adulta traz. Por menos normal que pareça, venho de longe com esta digníssima bolacha…

É com muita honra que apresento a vocês:

“Sobrevivendo ao Inferno” – segundo álbum dos caras do Racionais MC’s.

Por favor, todos de pé.

Corria o ano de 1997. No Brasil, o rock nacional estava em alta, com o Planet Hemp, O’Rappa, dentre outros, seguindo o caminho que os Raimundos tinham aberto nas rádios e nas grades de TV. A MTV Brasil fazia o seu papel muito bem, apresentando bandas que caíam no gosto da juventude; os medalhões do Rock Nacional, pareciam ter reencontrado o tesão para fazer discos bons. Realmente, o clima estava muito legal.

Dentro deste contexto, a molecada com a mente aberta começa a experimentar outras vertentes e o movimento musical brasileiro começa a abrir os olhos para outros conceitos e algo quase esquecido nos anos 80 começa a sair das cinzas: o Rap pede passagem.

E assim a galera do Racionais MC`S apresenta seu segundo disco de estúdio. Na batalha desde 1989, Mano Brow, Edi Rock, KL Jay e Ice Blue já tinham mostrado ao que tinham vindo, com o espetacular “Raio X do Brasil” de 1993, e hits como “Fim de semana no Parque” e o clássico “O Homem na Estrada” já tinham caído no gosto popular e era difícil alguém naquela época que não conhecesse pelo menos um verso dessas duas bombas.

O desafio para o segundo disco era algo que não assustava os caras do Capão Redondo. Com certeza havia muito o que falar ainda, os temas recorrentes de uma realidade miserável que muitos eram testemunhas no dia-a-dia.

A denúncia presente nas letras deste disco, vem de encontro com a imagem que o Brasil vendeu durante muito tempo; ter a pobreza como enredo, o racismo que é mascarado em nossa sociedade, a truculência policial e vida ceifada de milhares de jovens – em sua maioria negros ou pardos. Realmente a nossa sociedade tinha mesmo que engolir esse disco.

Afiados como lanças, os caras não se comediam em mostrar seu descontentamento com a situação social brasileira, o abismo crescente entre ricos e pobres, onde a maioria sucumbe a uma realidade que sempre favorece a uma pequena parcela, as classes A e B tinham que escutar o grito que vinha das massas periféricas e o Racionais tomaria a cena na marra, mais uma vez.

Com letras que mostravam a verdade de um país desigual, onde o sol brilha para poucos, onde o Apartheid social é uma política extraoficial do estado, mas acaba sendo a realidade de uma maioria.

Sem mais delongas, vamos esmiuçar esta obra prima da música brasileira:

O disco começa a todo vapor com “Jorge da Capadócia”, resgatando esse clássico do Jorge Ben Jor. “Genesis”, litúrgico, uma introdução na voz de Mano Brow. “Capítulo 4 Versículo 3”, a ressureição da fúria negra, o dia comum na quebrada, a luta diária pela sobrevivência em uma dura realidade, o esforço para se manter bem e um lugar onde o fracasso é comum e sempre esperado. “Tô ouvindo alguém me chamar”, história de Guina, alguém que era parceiro, professor no crime, conseguiu tudo, o sistema nos pés, mas o fim trágico que sempre o aguarda. “Rapaz Comum”, o encontro com a morte em mais um dia comum. “Instrumental”, para relaxar. “Diário de um Detento”, olhar por dentro de uma das maiores tragédias da humanidade, o massacre do Carandiru. “Periferia é Periferia (Em qualquer lugar)”, uma verdadeira viagem pelas periferias de todo país, são iguais em todo lugar. “Qual mentira vou acreditar”, uma ode ao racismo disfarçado do Brasil. “Mundo Mágico de Oz”, o singelo olhar de quem quer que sua realidade seja um sonho .

“Fórmula Mágica da Paz”, como encontrar a paz em uma realidade que não te oferece isso, um estado de guerra todo tempo. “Salve”, uma lembrança a todas as comunidades.

Putaquepariu, que disco realmente fantástico! Sem dúvida alguma, uma aula de história do Brasil. Cumpre com maestria seu serviço didático de mostrar uma realidade que infelizmente continua escondida para muitos.

Quem não conhece, além de nunca conseguir uma medalha de foda, sinceramente merece ser deitado na porrada. Ultrapassou fácil os números de um milhão e quinhentas mil cópias logo no lançamento, algo realmente foda para um disco gravado e distribuído por uma gravadora independente.

Com certeza, formador de caráter.

Conheci esse disco ainda bem cedo, no ano de seu lançamento; abriu minha mente para outras realidades e fez ser quem eu sou. A voz dos excluídos precisa ser sempre ouvida.

Musicalmente falando, um verdadeiro show de batidas e grooves, que foram harmoniosamente bem pensados para que nenhum erro fosse cometido.

É, com muita justiça, considerado o álbum mais importante de todos os tempos do Rap Nacional, virou leitura obrigatória para o vestibular da Unicamp, e é literatura, pois virou livro. Sem contar que foi o presente dado por Fernando Haddad – então prefeito de São Paulo – para o Papa Francisco.

Na lista da Rolling Stone, é um dos discos mais importantes da música brasileira.

Organizado: como movimento litúrgico, te tira da bolha em que vive e te convida para uma reflexão, que pode te acompanhar para o resto da vida. Atemporal: mesmo depois de mais de 20 anos de seu lançamento, continua atual. Muitos brasileiros passaram a se reconhecer como seres humanos ouvindo “Sobrevivendo ao Inferno”

Muito obrigado ao Racionais MC’S.

*Marcelo Guido é jornalista, pai da Lanna Guido e do Bento Guido, além de maridão da Bia.

Intercâmbio cultural: hoje rola Amapá Guiana Music no Sankofa

Nesta quinta-feira (27), a partir das 21h, no Sankofa, vai rolar “Amapá Guiana Music”, um intercâmbio cultural entre a música amapaense e guianense. A noite contará ainda com apresentações do multi-instrumentista e produtor Fineias Nelluty, a talentosa cantora Deize Pinheiro, ambos amapaenses e os cantores franceses e Pierre-Marrie Levailant, Nadine Louise.

Os artistas serão acompanhados por renomados músicos locais como Nelson Dutra (baixo), Vinicius Bastos (guitarra), Paulinho Queiroga (bateria). O show com consiste em mais um evento “Ponte Cultural Amapá Guiana”, que promove a troca de experiências musicais e reforça os laços que existem entre o Amapá e a Guiana Francesa no viés cultural.

Serviço:

Amapá Guiana Music, com os artistas Fineias Nelluty, Deize Pinheiro, Pierre-Marrie Levailant, Nadine Louise.
Data: 27/02/2020
Local: Sankofa, localizado na Rua Beira Rio 1488, Orla do Santa Inês, zona sul de Macapá.
Hora: a partir das 21h.
Mais informações pelo telefone: 96 9115-1774 (Fineias Nelluty).

Entrada franca (de grátis, galera). 

Elton Tavares, com informações de Fineias Nelluty