Feliz aniversário, Berna! (@BernadethFarias)

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Hoje é aniversário da super mãe do Joab, esposa dedicada e apaixonada do Job, cozinheira, cinéfila, excelente repórter, tuiteira bem humorada, turista nas horas vagas, produtora, apresentadora, mestre de cerimônias, leitora compulsiva, assessora de comunicação (uma das cinco melhores do Amapá) e jornalista competentíssima, devoradora de camarão do Lamaru, charque do Empório do Índio e a maior beberrona de água mineral no boteco (não toma birita de jeito nenhum). além de minha amiga queridona Bernadeth Farias, a popular e amada “Berna”.

A Berna é perfeccionista, exigente, ponderada e sábia. Uma pessoa prática, que parece ter todos os movimentos friamente calculados. Ela conseguiu o que muita gente passa a vida tentando: respeito, reconhecimento e felicidade profissional e pessoal.

Líder nata, conduz uma equipe jovem de excelentes profissionais, todos lapidados de acordo com o padrão Berna de jornalismo-assessoria de comunicação. Admiro isso. Vez ou outra, ela puxa a minha orelha. E vocês acham que fico chateado? Não, nunca. Todos os ralhos que a Bernadeth me deu até hoje foram para a o meu bem.

De acordo com o Tratado sobre Gratidão de São Tomás de Aquino, existem três níveis de gratidão: superficial, intermediário e profundo. O primeiro pelo o reconhecimento. O segundo do agradecimento, do dar graças a alguém por aquilo que esse alguém fez por nós. E o terceiro e mais poderoso é o do vínculo, é o nível do sentirmos vinculados e comprometidos com essas pessoas.

Agradeço à Berna no terceiro nível, por tudo que fez e faz por mim. Queridona “obrigado” pela oportunidade, comprometimento, diálogo, conselhos e toda a contribuição que você dá ao meu trabalho. Volto a dizer: amizade não se agradece, mas faço sempre questão de dizer que sou imensamente grato a você.

Berna, tu és uma daquelas que mora no meu coração. Amo você, irmã. Que continues feliz, saudável, com todo esse merecido sucesso pelo que és. Meus parabéns e feliz aniversário!

Elton Tavares

Depois de 29 anos, o “Barão” sai de cena

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Depois de 18 mil reportagens, Evandro Luiz se aposenta e deixa um legado para a nova geração

Por Seles Nafes

Evandro Luiz é jornalista com “J” maiúsculo, e não apenas por milhares de reportagens que produziu na televisão, muitas em situações arriscadas, especialmente em aventuras no interior do Estado. Mas pelo exemplo de perseverança e de entusiasmo pelo jornalismo, profissão que o fez faltar ao trabalho raríssimas vezes em 29 anos de Rede Amazônica.

Nesta sexta-feira, 29, em processo de aposentadoria, ele se despediu de amigos na redação da TV Amapá (afiliada da Rede Globo), usou seu computador pela última vez, recebeu homenagens, abraços, e se emocionou várias vezes. Vários colegas também foram às lágrimas. Foram muitos dias juntos.

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Entrevistando Leonel Brizola, então candidato à Presidência, em 1987. Foto: Arquivo Pessoal

Evandro Luiz é muito conhecido como “Barão”, porque era assim que ele próprio chamava os colegas. Sai de cena aos 63 anos, deixando um legado para o jornalismo do Amapá e, claro, saudades.

SELESNAFES.COM

Você tem ideia de quantas reportagens produziu em toda a sua carreira na Rede Amazônica?

EVANDRO LUIZ

Durante mais de 20 anos eu fiz 3 matérias todos os dias. São mais de 18 mil reportagens que me caracterizaram muito como repórter comunitário, porque eu ia muito pros bairros. Isso sem contar as reportagens especiais e os documentários.

SN: Você deixou uma carreira promissora na Polícia Militar para estudar comunicação social. Valeu a pena?

EL:Valeu, sim. São duas famílias que eu deixo: a polícia e o jornalismo da TV Amapá. Foi uma encruzilhada na minha vida onde eu fiz uma opção. Escolhi o que eu queria mais fazer. Não me arrependo, mas tenho a honra de ser da primeira turma de sargentos da PM e o primeiro jornalista formado da TV Amapá. Deixo bons amigos nas duas instituições.

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Com o cinegrafista Inival Silva. 18 mil reportagens

SN: Você descobriu que está com Parkinson há quanto tempo?

EL: Há dois anos, mas tenho mantido sobre controle e agora terei mais tempo de me cuidar.

SN: Vai fazer o que agora?

EL:Rico não vou ficar mais, então vou cuidar da minha saúde e da minha família, além de viajar o máximo que eu puder. Não descarto a possibilidade de voltar a trabalhar de novo, mas se voltar não seria em nenhuma emissora de televisão. O fato é que esse futuro ainda vai depender muito do meu corpo. Se eu sentir que não vai dar, não vou forçar.

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Recebendo placa de homenagem prestada pela Rede Amazônica, nesta sexta-feira, 29

Meu comentário: Evandro Luiz é um grande cara. Tive uma passagem curta pela Rede Amazôniza, mas o experiente jornalista nunca me tratou como foca. Pelo contrário, sempre teve apreço por mim. Quando descobriu que sou neto do delegado Espíndola (que já virou saudade), disse: “cara, trabalhei com teu avô na Guarda Territoral, ele é meu amigo”. Com mais um pouco de convivência, ele disse ainda que na juventude namorou uma tia minha.

Enfim, um dos grandes repórteres e pioneiros do jornalismo amapaense pendura as chuteiras. Parabéns, Seles. Bela homenagem. Ao Evandro, meu respeito e gratidão por ele ter ajudado a pavimentar a estrada pra todos que vieram depois dele, passarem. Valeu, Barão!

Fonte: SelesNafes.Com

Sem pauta é osso!

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A pior coisa para um jornalista, seja de impresso, rádio, TV, web ou assessoria, é não ter pauta. Isso é mais corriqueiro do que se imagina, todos os profissionais da comunicação passam por isso. Claro que uns com mais frequência que os outros.

O pior é quando não é só você que passa por isso na redação, quando vê todo mundo na pressão, ligam, tantam apurar, enchem o saco de Deus e o mundo para executar o trabalho diário. É a maior onda!

Hoje a coisa está assim. Pena que não dá para psicografar um texto. Sobre isso, um colega me contou uma história , que ouviu de um chefe de redação, no seu antigo trampo, a seguinte pérola:

Cara, eu não quero nem saber se o pato é macho, quero saber dos ovos”. É, ossos do ofício, quem mandou ser jornalista. Vamos em frente!

Elton Tavares

Feliz aniversário, Walter Junior! – @WalterJrCarmo

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Hoje (8) é aniversário do jornalista, publicitário, empresário, presidente do Instituto Memorial Amapá (grupo histórico/cultural que trabalha no resgate e valorização da memória amapaense) e diretor proprietário da Revolution Multicomunicação, além de um dos maiores fãs dos Beatles que conheço, Walter do Carmo Junior. Um profissional ultra inteligente, criativo e competente.

Walter é filho do pioneiro homônimo, o cara que abriu as estradas do Amapá e irmão da minha amiga querida e melhor fotógrafa com quem trabalhei, Márcia do Carmo.

WJ possui uma trajetória impressionante na área da comunicação. Foi gerente Geral da TV Amapá, entre 1981 e 1983 (quando foi inaugurada a então nova instalação da emissora afiliada a Rede Globo, na Av. Diógenes Silva); repórter, diretor de Jornalismo, chefe de Reportagem, editor chefe da TV Liberal em Belém (PA) e Coordenador de Comunicação Social da Prefeitura da capital paraense.

Walter chegou a trampar com oceanógrafo, mergulhador, cineasta e inventor francês, Jacques-Yves Cousteau, quando a equipe da Rede Globo que faria uma cobertura para o Fantástico, nos anos 80. Uma marca que não é pra qualquer jornalista. 12511977_10204326442995941_1389369584_n

Trabalhamos em conjunto há alguns anos e ele sempre tinha uma boa sugestão ou conselho sobre as matérias.

Hoje em dia, além de comunicação, ele trabalha para resgatar a história do Amapá à frente do Memorial, tarefa da qual já obteve sucesso, pois mobilizou pioneiros e familiares nessa missão hercúlea. Walter é um amigo que sempre me tratou com respeito e consideração, mesmo quando muitos que eu pensava que iriam se posicionar da mesma forma, falharam.

Portanto, meus parabéns, Walter. Que sigas com saúde, pois do resto tu dá conta, bicho. Feliz aniversário!

Elton Tavares

*Nas fotos, cedidas pela Márcia do Carmo, Walter Júnior está com seus filhos.

Obs: Porra, Walter, preciso fazer uma foto contigo. 

PONTE: Com linguagem popular, rádio aproxima o Judiciário do cidadão

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Por André Silva

O Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) inaugurou no início do ano um estúdio de rádio que fica no prédio da instituição. A Rádio Judiciária Mário Kaskelis, como foi batizada, tem o objetivo de aproximar o Poder Judiciário da população, levando informações do dia a dia da Justiça utilizando uma linguagem clara e popular.

Atualmente, a rádio conta com dois programas: Conciliando as Diferenças, gravado e transmitido toda quarta-feira das 17h às 18h pela Rádio Universitária; e Nas Ondas do Judiciário, que vai ao ar toda sexta-feira, de 11h às 12h, com transmissão simultânea pela Rádio Difusora de Macapá para todo Amapá e ilhas do Pará pela Diário FM .

Os apresentadores são os jornalistas Sérgio Bringel e Bernadete Farias. Eles dizem que para chegar ao público, usam uma linguagem simples e popular para que os ouvintes possam entender o recado. O público participa através de telefone, mensagens de celular e whatsapp.

“Muitas vezes temos que improvisar no meio do programa, aí acaba saindo algumas coisas que, na minha opinião, quebram o gelo que talvez o nome do programa possa gerar. A gente se diverte muito fazendo os programas. Mas é claro que nesse processo não deixamos de passar as informações de modo sério e responsável”, resume Bernadete.

Nos programas são apresentadas matérias não só do meio Judiciário, mas de assuntos que interessam e que fazem a diferença no dia a dia da população. A rádio conta, além dos dois apresentadores, com mais sete jornalistas que fazem intervenções ao vivo no programa.

No programa desta sexta-feira, 6, a presidente do Tjap, desembargadora Sueli Pini, falou das iniciativas que o tribunal está desenvolvendo e vai desenvolver até o fim do ano. Ela ressaltou a importância da rádio.

“Acho lindo a gente chegar na região ribeirinha e ver que o rádio tem o seu lugar de honra dentro da casa. Inovações como internet e televisão a cabo vão surgindo, e o rádio permanece. Esse veículo se torna importante para nós porque serve como ponte de comunicação entre o judiciário e o cidadão”, comentou a desembargadora.

Fonte:SelesNafes.Com

Judiciário realizou simpósio para os profissionais da área da comunicação

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O 1º Simpósio de Direito para Jornalistas, que aconteceu no plenário do Tribunal de Justiça, proporcionou para mais de 130 profissionais da comunicação e acadêmicos do jornalismo do Amapá maior entendimento e esclarecimentos do sistema judiciário nacional e estadual, sua linguagem e estrutura organizacional.

É por meio da imprensa que as ações do Judiciário chegam à sociedade. E, para fluir bem essa aproximação, a preocupação da Justiça é que a informação jornalística seja compreensível, sem destoar do conteúdo jurídico a ser levado ao conhecimento público.simposiotjap_69

A esse respeito, o vice-presidente do TJAP, desembargador Raimundo Vales, ressaltou, na abertura, a importância do aprofundamento, pelos jornalistas, dos fatos jurídicos, uma vez que muito se percebe em textos jornalísticos o uso de termos inadequados.

Sem tirar a responsabilidade do Judiciário, o desembargador afirmou: “É preciso que os jornalistas estejam inteirados sobre a linguagem. Mas também não tiramos nossa culpa. A Justiça também tem responsabilidade nisso. Precisamos facilitar a compreensão dos termos. Em boa hora o CNJ lançou campanha para simplificar e facilitar a linguagem judicial. Nós defendemos esse posicionamento para que todos compreendam e fique fácil de interpretar. Por esse motivo, a realização deste primeiro de outros simpósios que virão”.simposiotjap_47

A estrutura organizacional do Poder Judiciário foi tema da palestra inicial do corregedor do TJAP, desembargador Carmo Antônio de Souza. Ele destacou o evento como de relevante oportunidade para se conhecer a estrutura e o funcionamento da Justiça. O desembargador explicou determinados termos jurídicos que podem ser confundidos pelos jornalistas. Ao final, o corregedor convidou os participantes para que acompanhem os julgamentos, como momento de aprimorar o conhecimento sobre os termos jurídicos.simposiotjap_44

A secretária de comunicação do Conselho Nacional de Justiça, Gyselle Siqueira, em seu momento, falou sobre a política de comunicação do Judiciário e dos 10 anos de atuação do CNJ. Também explanou sobre as ações que acontecem em parceria com os tribunais da Justiça brasileira e dos mecanismos para facilitar que as informações da justiça sejam com uma linguagem de fácil compreensão, para os jornalistas e para a sociedade.

O consultor do Núcleo Permanente dos Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos do TJAP – NUPEMEC, Mário Mendonça, fez a palestra motivacional, chamando os jornalistas à motivação em suas atividades e no labor do dia a dia e para que sejam parceiros do Judiciário na divulgação das boas práticas da mediação e da conciliação.simposiotjap_24

O evento permitiu aos participantes um diálogo e maior entendimento da matéria jurídica, conforme explica a jornalista Denyse Quintas, presidente do sindicato dos jornalistas do Amapá. “Louvável a iniciativa do Tribunal de Justiça de proporcionar aos jornalistas esse momento de formação e capacitação. O jornalista faz a leitura dos fatos e, nem sempre, os termos interpretados são os mais corretos. Em nome do Sindjor, agradecemos essa oportunidade muito proveitosa para a classe”.

Texto: Edson Carvalho
Fotos: Adson Rodrigues e Daniel Cordeiro
Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça do Amapá

Hoje o programa Tuiteria Show entrevista a jornalista Mariléia Maciel – @MarileiaMaciel

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Hoje, às 20h, na rádio 102FM, o Programa Tuiteria Show entrevistará a jornalista especialista em assessoria de comunicação e empresária, Mariléia Maciel. O programa investe na criatividade e aborda temas em pauta nas redes sociais humor debatendo. A entrevista será no quadro “TweetMoney”.

A equipe do Tuiteria Show é formada pelas jornalistas Jack Carvalho, Naiane Feitoza, e Sharlot Sandim. Também integram a equipe a publicitária Bruna Cereja e o irreverente acadÊmicode Direito Sandro Santiago.

Mariléia é uma das melhores profissionais da área de comunicação do Amapá. Além de militante cultural e apoiadora de arte em todas as vertentes. Ela falará um pouco sobre o mercado.

Certa vez, Mariléia disse: “Elton, bons profissionais não devem temer o mercado”. Trago isso comigo desde então e realmente não temo nenhum desafio nessa louca e apaixonante profissão. Com ela aprendi a ser mais maleável, qualidade fundamental para nós, assessores de comunicação. Sou grato à Léia por isso.

Vou escutar o programa e recomendo!

Elton Tavares

TJAP abre inscrições para o I Simpósio de Direito para jornalistas

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O Tribunal de Justiça do Amapá promoverá o I Simpósio de Direito para jornalistas. O evento está marcado para o dia 08 de outubro, no horário das 15h30 às 19h00, no Plenário do TJAP. Serão 200 vagas destinadas a jornalistas e acadêmicos de jornalismo. As inscrições gratuitas poderão ser feitas no site do TJAP https://sig.tjap.jus.br/eventos_form_inscricao/

Os participantes terão direito a certificado e material didático sobre as palestras.

Os palestrantes serão o corregedor-geral de Justiça, Desembargador Carmo Antônio de Souza, que abordará “A Estrutura Organizacional do Poder Judiciário”; a Secretária de Comunicação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Giselly Siqueira, que falará sobre “A Política de Comunicação Institucional do Judiciário” e a instrutora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC), Sônia Regina Ribeiro, que palestrará sobre “O Papel do Jornalista na Difusão dos Métodos Consensuais de Resolução de Conflitos”.

O Desembargador Carmo Antônio de Souza explicou que apresentará uma ideia geral da estrutura dos Poderes dentro de uma República, dando ênfase principalmente no Poder Judiciário e tirando as dúvidas dos jornalistas presentes no evento.

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“A informação deve chegar de forma clara, transparente e acima de tudo que corresponda à realidade. Esse Simpósio vai ajudar nesse aspecto, será a abertura de um diálogo do Tribunal de Justiça com os jornalistas que com certeza terá o prosseguimento em futuros Simpósios”, complementou o magistrado.

“O caminho hoje é a pacificação, e sendo o Judiciário um verdadeiro pronto socorro de conflitos, é necessário que o jornalista tenha pleno conhecimento do funcionamento, pois ele é a nossa ligação com o cidadão. O jornalista tem o papel fundamental de repassar a informação do Poder Judiciário sem a perda da qualidade jurídica”, informou Sônia Ribeiro.

Para a preside--preparasimposio_8nte do TJAP, Desembargador Sueli Pini, o Simpósio possibilitará ampliar a qualificação dos profissionais de comunicação do Estado do Amapá, dando ênfase a esse direito tão fundamental de todo o cidadão, que é a informação.

“A Comunicação correta é essencial, pois quando destorcida ou equivocada traz um desserviço enorme a sociedade. Eu não tenho dúvida que esse Simpósio vai prestar um serviço muito significativo para o segmento da Comunicação como um todo, e também vai trazer melhor compreensão do Judiciário”, enfatizou a magistrada.

A Diretora do Departamento de Assessoria de Comunicação do TJAP--preparasimposio_5, jornalista Bernadeth Farias, ressaltou que essa oportunidade vai ser de fundamental importância para os profissionais da área e também para os acadêmicos de jornalismo conhecerem um pouco mais de como funciona o sistema de Justiça, sua linguagem, liturgia e estrutura organizacional.

“Nem sempre temos a experiência e até mesmo tempo, por conta da correria das redações, de nos especializarmos em uma única área da notícia. No dia a dia o jornalista cobre todos os setores. O Simpósio vem exatamente para dar esse auxílio de como melhor entender a linguagem jurídica.”

A presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amapá (SINDJOR/AP), Denyse Quintas, parabenizou a iniciativa e falou dos desafios diários que os profissionais da comunicação enfrentam para exercer seu trabalho com qualidade.--preparasimposio_11

“Parabenizamos o TJAP e a coordenação do Simpósio que nos oportunizará o intercâmbio de informações entre os jornalistas e os palestrantes, integrando conhecimentos do Direito e da Comunicação. Essa é uma oportunidade aos profissionais de imprensa que enfrentam diariamente desafios e até mesmo ameaças à liberdade de expressão e aos direitos de informar e dar a notícia”, ressaltou a jornalista.

Assessoria de Comunicação do TJAP

Infâmia e Jornalismo – Por @emanoelreisAP

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A utilização do Jornalismo para enaltecimento pessoal e desmonte de adversários políticos é bem antiga. Segundo historiadores, começou com o lendário imperador romano Caio Júlio César (140 a.C. a 85 a.C.) que, além de excelente general, também foi ótimo marqueteiro. Para divulgar suas conquistas e informar o povo da expansão do império (obviamente fazendo muita propaganda pessoal e alfinetando adversários), Júlio César criou a Acta Diurna, primeiro periódico com circulação regular. Tratava-se de publicação oficial do império romano, criada por César no ano 59 a.C. O jornal divulgava acontecimentos recentes do império, e noticiava, principalmente, cultura, ciência e política. Para escrevê-lo, surgiram os primeiros profissionais de jornalismo do mundo, os chamados correspondentes imperiais.

Em terra brasilis, entre os precursores do antijornalismo político destaques especiais para os jornalistas Carlos Lacerda (1914 – 1977) que, no comando do seu jornal Tribuna da Imprensa, ganhou a alcunha de Corvo, o “demolidor de presidentes”, e para David Nasser (1917 – 1980), o repórter mais famoso de seu tempo – entre os anos 1950 e os 1970. Conforme a biografia “Cobras Criadas – David Nasser e O Cruzeiro”, o jornalista era exímio manipulador de fatos, adequando-os aos interesses de suas reportagens. Para tanto, não relutava em inventar declarações e alterar a realidade somente para obter os efeitos necessários para vitamizar seus escritos. Era mais importante do que a notícia – opinião corroborada por seus companheiros de trabalho – tanto por aqueles que dele gostavam quanto pelos que o detestavam -, pelos amigos íntimos e pelos parceiros circunstanciais. Era um homem de imenso talento para escrever e com capacidade inesgotável de trabalho.

Emanoel Reis – Jornalista e Publicitário

Fonte: O Estado do Amapá

Nós, os jornalistas, e nossas arrogâncias

Vejam isso!
Parem por apenas uns cinco minutos e vejam.
É fantástico.
Trata-se de trecho de documentário de 2014, dirigido pelo Jorge Furtado, chamado “O Mercado de Notícias”.
Mostra como nós, jornalistas, somos arrogantes e nos elevamos ao pedestal dos infalíveis, contentando-nos, muitas vezes, com a aparência definitiva do que consideramos “fatos definitivos”.
E mais: só esse trechinho do documentário revela como o “mercado de notícias” avançou perigosamente para esta virtualidade de hoje, em que celulares são invadidos por dez “notícias” a cada 10 segundos.
Todas no estilo “Quadro de Picasso adorna sala do INSS”.
Hehehe.
Para quem estiver interessado em assistir ao documentário na íntegra, clique aqui.

Fonte: Espaço Aberto

Tributo a Alcy Araújo pelo seu “Autogeografia” – Por Fernando Canto

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Alcy Araújo – Foto: Blog da Alcinéa

Cinco escritores amapaenses realizaram ontem uma homenagem sui generis ao cinquentenário de lançamento do livro “Autogeografia”, do poeta Alcy Araújo. Esse livro foi o primeiro do mais importante autor que passou pelo Amapá, lançado em julho de 1965.

A homenagem foi feita exatamente às 12h00, em quatro pontos da cidade e sob o monumento Marco Zero do Equador, quando todos leram ao mesmo tempo trechos da obra Alcyniana. Os escritores escolheram esse momento místico para fazer a leitura de textos do livro a partir de quatro lugares da cidade, em direção ao Marco Zero do Equador, a fim de realizar uma Pirâmide Mental direcionada ao vértice desse extraordinário ponto de convergência, receptor de energia astral da cidade de Macapá, que tanto o poeta amava.

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Alcy Araújo – Foto: Blog Porta Retrato

Alcy Araújo foi pioneiro do Território Federal do Amapá e aqui trabalhou como jornalista e servidor público, exercendo altos cargos no decorrer de sua vida profissional. Como escritor incursionou pelo campo da poesia, do conto e da crônica, entre outros. Era compositor e chegou a ganhar festivais de música por aqui. Mas foi a poesia que lhe marcou definitivamente e de forma gloriosa a sua carreira. Boêmio e amigo de todos, Alcy influenciou dezenas de poetas em suas criações, desafiando-os a produzirem e se aprimorarem. Era conhecido nas rodas boêmias como “Tio” Alcy. Deixou uma quantidade incontável de textos e poemas que precisam ser publicados e divulgados, pois sua poesia não perde a atualidade.

O Amapá tem o dever de preservar a memória criativa e cultural dos seus escritores, a fim de que eles possam ser conhecidos pelas novas gerações e pelas vindouras. O livro “Autogeografia” merece urgentemente uma reedição, bem como os outros livros que o poeta chegou a publicar como “Poemas do Homem do Cais” e “Jardim Clonal”. Seus contos e crônicas e contos precisam ser reunidos e estudados, entretanto nem a Academia nem os setores culturais oficiais mexem sequer um dedo para reacender essa memória escrita, preferindo a cultura de massa em detrimento da nossa formação intelectual.

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Poetisa Alcinéa Cavalcante, filha de Alcy Araújo, no Marco Zero do Equador – Foto: Fernando Canto

A pirâmide é o símbolo da ascensão. Ela, invertida sobre a ponta, é a imagem do desenvolvimento espiritual: quanto mais um ser se espiritualiza, mais sua vida se engrandece, se dilata à medida em que ele se eleva. Do mesmo modo no plano coletivo: quanto mais um ser se espiritualiza, maior é a sociedade de seres personalizados na vida dos quais ele participa. Convergência ascendente, consciência de síntese, a pirâmide é também o lugar de encontro entre dois mundos: um mundo mágico, ligado aos ritos funerários de retenção indefinida da vida supratemporal, e um mundo racional, que evocam a geometria e os modos de construção. Na pirâmide há, ainda, uma pulsação dinâmica que pode ser vista como o símbolo matemático do crescimento vivo, expressão esta que melhor exprime o simbolismo da pirâmide. Atribui-se a Hermes Trimegisto uma ideia análoga: o cume de uma pirâmide simbolizaria o Verbo demiúrgico, Força primeira não engendrada, mas emergente do Pai e que governa toda coisa criada, totalmente perfeita e fecunda.

O ato realizado pelos cinco escritores não objetivou caracterizar uma liturgia mística ou religiosa, mas uma ação respeitosa àquele que foi nossa maior referência poética e que precisa ser reconhecido cada vez mais pelo que fez e pelo legado intelectual e artístico que deixou. Os escritores foram: Manoel Bispo, Fernando Canto, Paulo Tarso Barros, Osvaldo Simões e Alcinéa Cavalcante (filha do poeta).

Uma forte emoção tomou conta de todos os cinco participantes na hora de realização do ato piramidal e poético, com a leitura dos textos abaixo. Em setembro, por ocasião do Equinócio da primavera, novo ato será realizado, desta vez com a participação de grupos poéticos e teatrais.

MENSAGEM – Alcy Araújo

O mar está ficando cada vez mais distante.
Já quase não divulgo o cais enevoado
que o mar vai levando
e o navio desapareceu em direção
ao outro lado do hemisfério,
deixando meus olhos inertes, sem lágrimas,
dentro da paisagem estacionária do espelho.

……………………………………….

Voltarei a me encontrar com o Mundo.
E, quando terminar este descanso, Amada,
será chegada a hora bíblica de enviar,
por um verso em demanda,
uma mensagem de encorajamento
ao povo nascente que habita
a terra em formação
na Latitude Zero.

TEXTO 2.

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Alcy Araújo – Foto: Blog da Alcinéa

Estou nu, como o sou diante do meu Anjo, desde a minha inauguração até o agora. Amanhã, talvez, terei mudado. Metamorfose ou metempsicose. Mas aí estas palavras e estes carinhos terão passado, por ser só este pouco o muito pouco que posso oferecer:

o meu humílimo gesto de poeta.

A você, poeta Alcy Araújo, a nossa gratidão!

Fernando Canto

Sobre o fim da Pororoca do Rio Araguari – Por @eltonvtavares

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Eu a a fotógrafa (além de amiga querida) Márcia do Carmo. Cutias do Araguari – 04/2013

Em abril de 2013, fui, acompanhado da fotógrafa Márcia do Carmo, cobrir uma campanha solidária em localidades de Macapá, próximas ao município de Cutias do Araguari. A ação distribuiu roupas, material escolar aos ribeirinhos carentes e com dificuldade em receber assistência, que vivem em regiões nas quais ocorria a onda mais longa do mundo, a Pororoca.

Foram oito dias no Rio Encantado, quando conheci a Pororoca. Infelizmente, não sabia que era o último ano do fenômeno no Araguari.

Conforme a triste matéria que assisti na TV Amapá, a causa da “morte da Pororoca” foi a erosão do rio Araguari, originada pelo surgimento de canais causados pela criação desenfreada de búfalos na região. O resultado foi o assoreamento do Araguari. Outro motivo seria a construção da usina hidrelétrica no município de Ferreira Gomes.Pororoca_foto_M_RCIA_DO_CARMO

Na primeira vez que vi e vivi a Pororoca, foi lindo e emocionante. Melhor do que eu imaginava. Eu, a fotógrafa Márcia do Carmo e três colegas esperamos a onda na “Curva da Onça”, local onde a Pororoca arrebentou sobre nós. O fenômeno nos atingiu e logo alagou a enseada onde estávamos. Aliás, ficamos em um local frontal à onda. Foi sensacional!

PororocafotoElton (1)No dia seguinte, fomos novamente acompanhar a Pororoca, mas, agora, de cima de uma lancha voadeira. A adrenalina de estar literalmente na crista da onda foi incrível. As fotos falam mais que palavras.

O compositor e cantor Osmar Júnior disse que o Araguari é um rio encantado. Agora ele perdeu um pouco do seu encanto. A erosão que causou seu assoreamento acabou com a Pororoca e abriu um buraco no coração de todos nós, amapaenses ou não, que vimos o fenômeno de perto. Fomos pisoteados pelos búfalos da irresponsabilidade e “barreirados” pela ganância. Triste demais.

Elton Tavares

Dois anos de sucesso: meus parabéns ao G1 Amapá e Globo Esporte Amapá – @g1ap

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G1 e GE Amapá – Dois aos de sucesso – Foto: Rede Amazônica

Em 7 de junho de 2013, foi lançado o G1 Amapá. A página eletrônica da Rede Globo no Amapá, pertencente a Rede Amazônica. Na época, desejei sucesso pra equipe de jovens e destacados jornalistas que integravam a redação, há dois anos. Muitos deles, amigos meus. Simultaneamente, foi lançado o Globo Esporte Amapá, com igual qualidade técnica e vontade de fazer jornalismo com responsabilidade.

Sou leitor das duas páginas eletrônicas. Inclusive já tive o prazer e o aprendizado de trabalhar em um grande Portal de noticiais. Sei como é a correria e admiro toda essa galera pelo trabalho bem feito. Gosto de quase todos os colegas que trampam nos dois sites, todos profissionais sérios (apesar de alguns puxa sacos ou figurões dizerem o contrário).

Me dou bem com a maioria dos jornalistas do G1 e GE, mas tenho amigos por lá, que são: a talentosa Denise Muniz, o corajoso e competente Abinoan Santiago, Gabriel Penha (meu primo editor de Esporte e fotógrafo dos bons), a rocker Jessica Alves, Fabiana Figueiredo (de quem roubo matérias quase todos os dias, pois ela é a responsável pela maioria das matérias sobre Cultura) e a editora chefe, Lorena Kubota. Tudo “brodi”!

São dois anos de muito trabalho e credibilidade, com matérias que foram destaque no G1 nacional. E eu devo uma penca de presenças aos colegas, pois sempre atenderam minhas sugestões de pauta, principalmente nas Eleições 2014, quando trabalhei mais que garçom de formatura. Obrigado pela parceria!

Portanto, amigos, que estes dois sejam os primeiros da década, ou até quem sabe, centenário do principal portal de notícias do Amapá. Afinal, não é fácil viver de jornalismo, principalmente aqui. Meu parabéns e sucesso, sempre!

Elton Tavares

O DISCURSO DISCRIMINADOR DO MARABAIXO – Por Fernando Canto

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Foto: Elton Tavares

Diante de mais um fato etnocêntrico de um delegado que ameaçou parar as festas do Marabaixo, publico este texto conclamando todos os amapaenses a defender nossa cultura ancestral (F.C.)

O DISCURSO DISCRIMINADOR DO MARABAIXO (*)

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Foto: Gabriel Penha

Texto de Fernando Canto Para o amigo Herialdo Monteiro

Não é de hoje que o Marabaixo é discriminado. Aliás, as manifestações culturais de origem africana sempre foram vistas como ilegais ao longo da história do Brasil. Do samba à religião, seus promotores foram vítimas de denúncias que os boletins de ocorrências policiais e os processos judiciais relatam como vadiagem, prática de falsa medicina, curandeirismo e charlatanismo, entre outras acusações, muitas vezes com prisões e invasões de terreiros.

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Foto: Márcia do Carmo

Essa discriminação ocorreu – e ainda ocorre – em contextos históricos e sociais diferenciados, e veio produzida por instituições que tinham o objetivo de combater o que lhes fosse ameaçador ou que achassem associadas às práticas diabólicas, ao crime e à contravenção.

No caso do Marabaixo, há anos venho relatando episódios de confronto entre a igreja católica (e seus prepostos eclesiásticos e seculares), e os agentes populares do sagrado, estes que, por serem afrodescendentes, mestiços e principalmente por serem pobres, foram e são discriminados, visto o ranço estereotipado de que são “gente ignorante” e supersticiosa.

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Foto: Márcia do Carmo

É do século XIX a influência do evolucionismo que tomava como modelo de religião “superior” o monoteísmo cristão e via as religiões de transe como formas “primitivas“ ou “atrasadas” de culto. Para Vagner Gonçalves da Silva (Revista Grandes Religiões nº 6), nesse tempo “religião” opunha-se a “magia” da mesma forma que as igrejas (instituições organizadas de religião) opunham-se às “seitas” (dissidências não institucionalizadas ou organizadas de culto).

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Foto: Márcia do Carmo

É do século XIX também os primeiros escritos sobre o marabaixo. Em um deles um anônimo articulista o ataca, dizendo-se aliviado porque “afinal desaparece o o infernal folguedo, a dança diabola do Mar-Abaixo”.

Ele afirma que “será uma felicidade, uma ventura, uma medida salutar aos órgãos acústicos se tal troamento não soar mais…”. Na sua narrativa preconceituosa vai mais além ao dizer que “Graças ao Divino Espírito-Santo, symbolo de nossa santa religião, que só exige a prática de bôas acções, não ouviremos os silvos das víboras que dansam ao som medonho dos gritos dos maracajás (…), que é suficiente a provocar doudice a qualquer indivíduo”. Assevera adiante “Que o Mar-Abaixo é indecente, é o foco das misérias, o centro da libertinagem, a causa segura da prostituição”. E finaliza conclamando “Que os paes de famílias, não devem consentir as suas filhas e esposas frequentarem tão inconveniente e assustador espetáculo dessa dansa, oriunda dos Cafres”. (Jornal Pinsonia, 25 de junho de 1898)

Discursos de difamação do Marabaixo como este e a posição em favor de sua extinção ocorreram seguidamente. O próprio padre Júlio Maria de Lombaerd quebrou a coroa de prata do Espírito Santo que estava na igreja de São José e mandou entregar os pedaços aos festeiros. O povo se revoltou e só não invadiu a casa padre para matá-lo graças à intervenção do intendente Teodoro Mendes.

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Foto: Márcia do Carmo

Com a chegada do PIME – Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras – em Macapá (1948) o Marabaixo sofreu um período de queda, mas suportado com tenacidade por Julião Ramos, que não o deixou morrer. Tiraram-lhe inclusive a fita da irmandade do Sagrado Coração de Jesus, da qual era sócio fiel.

Nesse período os padres diziam que o Marabaixo era macumba, que era coisa ruim, e combatiam seus hábitos e crenças, tidos como hediondos e pecaminosos, do mesmo jeito que seus antecessores o fizeram no tempo da catequização dos índios. Mas o bispo dessa época, D. Aristides Piróvano, considerava Mestre Julião “um amigo” (Ver Canto, Fernando in “A Água Benta e o Diabo”. Fundecap, 1998)

O preconceito dos padres italianos com o Marabaixo tem apoio num lastimável “achismo”. Os participantes são católicos e creem nos santos do catolicismo, tanto que a festa é dedicada ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade e não a entidades e voduns como pensam. Nem ao menos há sincretismo nele.

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Colheita da Murta Foto: Fernando Canto: Arquivo pessoal

E se assim fosse? Qual o problema? Antes de emitirem um julgamento subjetivo sobre um fato cultural é preciso conhecê-lo. É preciso ter ética. Ora, sabe-se que todos os sistemas religiosos baseiam-se em categorias do pensamento mágico. Uma missa ”comporta uma série de atos simbólicos ou operações mágicas” (Vagner Silva op. cit.). Observem-se as bênçãos, a transubstanciação da hóstia em corpo de Cristo, por exemplo. Um ritual de umbanda comporta a mesma coisa. O Marabaixo tem rituais próprios, ainda que um tanto diferentes. Por isso e apesar do preconceito ainda sobrevive. Valei-nos, Santo Negro Benedito!

(*) Do livro “Adoradores do Sol – Novo Textuário do Meio do Mundo”. Scortecci, São Paulo, 2010

Fonte: O Canto da Amazônia