Bar em Bar: 4ª edição do festival de gastronomia de boteco de Macapá começa na quinta-feira (11)

Mercado Central de Macapá, onde está localizado o Bar du Pedro, onde será a abertura do Festival. Foto: Nilson Reis.

Com abertura programada hojea (11), o maior festival de gastronomia de boteco, o Festival Bar em Bar, terá como palco de abertura o Bar Du Pedro, no histórico Mercado Central e, nesta 4ª edição o tema ‘Saúde, vamos brindar a vida!’, alusivo ao enfrentamento à pandemia de Covid-19.

Na edição de 2021, o festival acontecerá de 11 a 21 de novembro e tem como um dos critérios a criação de uma receita nova entre frituras, carnes, frios, hambúrgueres, defumados e petiscos deliciosos diferentes do que já é oferecido no cardápio.

Este ano o Bar em Bar traz uma novidade, o prêmio ‘Papudinho 2021’, para o primeiro cliente que completar o circuito com fotos degustando os 25 petiscos. Uma categoria para que os clientes possam participar do festival de forma mais integrada.

Além disso, os estabelecimentos participantes receberão a visita dos críticos gastronômicos oficiais dos concursos gastronômicos no estado. Ao final, as avaliações serão computadas e destacados os vencedores.

O evento é realizado no Amapá pela Abrasel, Prefeitura de Macapá por meio do Instituto Municipal de Turismo (Macapatur) e Sebrae, com o apoio do Sicred, 99Food e patrocínio da Devassa.

Serviço:

Festival Bar em Bar 2021
Quinta-feira, 11 de novembro – às 19h
Local: Em frente ao Mercado Central

Viviane Monteiro
Assessoria de comunicação
Contato: (96) 98104-5010

Poesia de agora: SOBRE OS DIAS – Pat Andrade

SOBRE OS DIAS

há dias em que preciso traduzir-me
para mim mesma
mas não encontro
quem fale a minha língua

há dias em que o espelho não me vê
e não posso me olhar
de longe não me vejo
e de perto não me suporto

há dias em que o sol não me alcança
e não me aquece
e sou nublada e fria
como uma manhã de inverno

há dias em que me procuro em vão
devo estar perdida
em pensamentos náufragos
em ilhas de solidão

Pat Andrade

Poesia de agora: Exórdio – Lara Utzig (@cantigadeninar)

Exórdio

a primeira vez que te vi
foi o Big Bang
o fogo, a roda
olhei os dinossauros em fila
e os mamutes com suas trombas
saudavam tua chegada

na primeira vez que sorriste
pangeia se fragmentou
pirâmides eu levantei
e em uma escrita ainda não inventada
já te fazia poemas de amor

na primeira vez que falaste comigo
caiu Constantinopla
Vesúvio eructou
Jesus chorou
[na cruz
e Da Vinci pintou

na primeira vez que me beijaste
estava na arquibancada
das Bacantes
aplaudi Shakespeare
e assisti Méliès
[com Le voyage dans la Lune

e quando me deixaste
fui à câmara de gás
à queda do muro de Berlim
servi no Vietnã
fui ser catequizada pelos jesuítas
colonizada em capitanias

então todas as minhas histórias
foram esquecidas, amada
na primeira vez que me vi
[enfim
não havia descoberto nada

Lara Utzig

Programação do Mês da Diversidade da 21ª edição de Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Amapá continua com ´Quarta Lilás´

Um dos tradicionais eventos da programação da 21ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+, é a ´Quarta Lilás´, que traz uma noite de muita músicas, performances e poesias, embaladas pelas mulheres LBTI+ de Macapá. O encontro será nesta quarta-feira, 10, a partir das 18h, no Quilombo Sankofa, localizado na Rua Rio Beira Rio, nº 1.530, Orla do Santa Inês. Após o lançamento da 21 ª edição de Parada do Orgulho LGBTQIA+ na capital amapaense, que traz como destaque debates culturais voltados a mulheres, negros e empreendedores locais, a programação segue até o dia com o evento principal, abordando o tema ‘Verás que um filho teu não foge à luta: Resistir para poder existir’.

Nesta edição, a Parada tem como madrinha a advogada Jeanny Raiol e o Sistema Diário de Comunicação como padrinho, pelo histórico de relação com o movimento social. A programação do Mês da Diversidade busca movimentar a economia, promover a cidadania e oferecer um espaço de diálogo sobre respeito à vida de todos os componentes da sociedade amapaense.

Confira o que vai rolar na ‘Quarta Lilás´: apresentação da madrinha da 21ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+, a advogada Jeanny Raiol; Marabaixo, com o grupo O Rufar das Açucenas; Poesia, com Joanne Costa; Música ao vivo, com Sandra Lima; Música ao vivo, com Michele Maycoth; Música ao vivo, com o Grupo Pagodelas; Performance, com Alexia Leblok; Discotecagem, com a Dj Black.

Programação do Mês da Diversidade:

10 de novembro (quarta-feira)
Quarta Lilás

17 de novembro (quarta-feira)
Parada Preta

24 de novembro (quarta-feira)
Feira da Diversidade

26 de novembro (sexta-feira)
4ª Marcha das Mulheres LBTI+

28 de Novembro (Domingo)

21ª edição de Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Amapá

Serviço:

Lilian Monteiro-Jornalista
Assessora de Comunicação da 21ª edição de Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Amapá
Contato: 99170-3733

Produção de curta independente sobre o apagão no Amapá faz rifa para custear filmagens

Protesto de moradores de Macapá durante o apagão de novembro de 2020 — Foto: Maksuel Martins/Estadão Conteúdo

Por Laura Machado

A crise energética que atingiu o estado do Amapá em novembro de 2020 virou tema do curta-metragem independente “A Escuridão Sorrateira”. A produção do filme criou uma rifa para ajudar a custear as gravações, que devem começar na segunda quinzena de novembro.

Todos os prêmios da rifa são todos relacionados ao audiovisual e a cultura. Ao todo, cinco prêmios serão sorteados:

• 1 ensaio ou comercial (até 60 segundos);
• 1 ensaio fotográfico;
• 1 pintura autoral;
• 1 comissão/ilustração digital;
• 1 pintura emoldurada de um amigo da família/vídeo poético de até 3 minutos (tema livre).

Lucas de Carvalho, diretor de arte do curta, conta que a ideia da rifa surgiu para cobrir os gastos com equipamentos e transporte da equipe até as locações.

“Fomos muito longe com nosso primeiro filme ‘Ausência’, sem orçamento algum. Agora queremos avançar ainda mais. ‘A Escuridão Sorrateira’ é um trabalho muito ambicioso, com um grupo maior e mais qualificado, além das pessoas que estão nos ajudando de forma voluntária, por acreditarem em nosso potencial. Queremos mostrar o poder do cinema independente local”, justifica.

O sorteio está previsto para 15 de novembro e a rifa custa R$ 4. Para comprar e ajudar no financiamento da produção, é necessário preencher um formulário e aguardar a confirmação. As doações podem ser feitas através do Pix: [email protected].

Sobre o filme

O curta-metragem é uma ficção que narra o período do apagão no Amapá. A história fala sobre a protagonista Cecília, que se depara com a escassez de suprimentos durante a crise energética, enquanto tenta lidar com a ideia de um assassino que está solto na cidade.

O filme tem a direção de Igor Cardoso e Kleber Wandel; produção de Kleber Wandel, Igor Cardoso e Lucas de Carvalho; e roteiro de Ian Vitor Reis, Igor Cardoso e Kleber Wandel.

“Nossa ideia é entrar em vários festivais e jogar o filme no Brasil todo, além de disponibilizar o curta na internet, assim como fizemos com produções anteriores”, completa Lucas.

Fonte: G1 Amapá.

Poesia de agora: Sobre o amor que eu quero – Pat Andrade

Sobre o amor que eu quero

cansei do amor não vivido
quero o amor declarado
explícito
chega do amor platônico
quero o amor da carne,
do espírito

nada de amor virtual
quero o amor ao vivo
em tempo real
nunca mais o amor que sofre
quero o amor que se alegra
sem igual

também não quero o amor calado
quero o amor que canta,
apaixonado

quero o amor insano,
o louco amor dos desesperados

o amor maior, você e eu,
de braços dados.

Pat Andrade

Poesia de agora: DEUSAS DE MÁRMORE – Marven Junius Franklin

Imagem: Pinterest

DEUSAS DE MÁRMORE

no bar da esquina
a cerveja quente
imita meus versos mornos
— nada, nada mais à frente

(o tempo viaja, corre
feito o voo esdrúxulo
da challenger).

ah, as múltiplas formas me seduzem
— deusas de mármore
me iludem com hinos maviosos

(nada além
— tempo corre, viaja
pela cais de arrimo
de uma cidade de fronteira).

Marven Junius Franklin

Poesia de agora: Décimo Primeiro Mês – Lara Utzig (@cantigadeninar)

Décimo Primeiro Mês

Quanto tempo faz, que já nem lembro?
Quanto tempo falta para demorar?
Ando sem lenço nem documento,
Só um GPS para te encontrar.

Quanto tempo faz? Já foi novembro…
Quanto tempo falta para superar?
E eu decorei cada momento:
Uma pasta de imagens para recordar.

Mas o tempo está a me atropelar.
Quanta vida me resta gastar?

Quanto amor eu dei sem vencimento?
Qual lastro eu tinha para usar?
Acho que cheguei nos 100%
E o meu estoque já vai transbordar.

Quanto amor cabe dentro de um incenso?
Quem sabe, de repente, eu possa queimar.
Talvez ele vire pó, e lento,
Possa enfim, meu peito, sossegar.

Mas o amor está a me afogar.
Quanto ainda consigo respirar?

Pela ampulheta caem cinzas
Em vez de areia para me guiar.
Os ponteiros marcam horas findas
Em vez de uma chance de recomeçar.

Lara Utzig

SESC realiza o I Seminário Nacional de Arte e Educação

O evento é gratuito e acontece virtualmente.

O Serviço Social do Comércio — SESC realiza o I Seminário Nacional de Arte e Educação, visando discutir questões relacionadas aos múltiplos modelos de mediação e desenvolvimento cultural. Além da mesa de debates, o evento também contará com cursos online que abordarão temáticas como racismo nas redes, arte pública e educação.

A arte somada à educação existe nas atividades culturais do SESC como ferramente de troca de experiências e conhecimentos entre as instituições e o público. O Seminário Nacional de Educação Artística objetiva promover discussões sobre questões relacionadas à diversidade, acessibilidade, diferenças intergeracionais e territorialidade, como significado necessário do diálogo e da ampliação do conhecimento.

Confira abaixo a programação completa:

23/11/2021:

• 14h00 às 14h00: Abertura
• 14h30 às 16h00: Mesa de Debate I Território Literário e as relações com os públicas.
• 16h00 às 16h30: Lançamento da Publicação: Educação em Rede – Volume 8 – Com(A)rtes: diálogos entre arte, educação e cultura.
• 16h30 às 18h00: Mesa de Debate II Mediação e formação: a ação educativa em espaços plurais.

24/11/2021:

• 14h00 às 14h00: Case de Ações em cultura.
• 14h30 às 16h00: Mesa de Debate III: A fruição cultural mediada por recursos de acessibilidade.
• 16h00 às 16h30: Diálogos sobre o Marco Referencial Arte Educação no Sesc.
• 16h30 às 18h00: Mesa de Debate IV: Arte Educação e as relações com os públicos: as artes, culturas e mediações.

25/11/2021:

• 14h00 às 14h00: Case de Ações em cultura.
• 14h30 às 16h00: Mesa de Debate V: “Arte no Universo Digital”
• 16h00 às 16h30: Lançamento da publicação: Educação em Rede – volume 8 – Mediação Cultural em Arte Educação.
• 16h30 às 18h00: Mesa de Debate VI Arte e Cultura no século XXI: ações para um novo mundo.

O evento acontece entre os dias 23 e 25 de novembro. A ação é voltada para profissionais da cultura — educadores, artistas, críticos, curadores, produtores e profissionais da educação — professores de dança, artes visuais, música e teatro engajados no trabalho da educação básica para expandir ideias práticas, conceito e método intermediário cultural.

De cunho socioeducativo, o Seminário Nacional de Arte Educação possui papel formativo, tomando a diversidade, acessibilidade, geracionalidade, interseccionalidade e territorialidade como sentido necessário do diálogo com o público, como meio necessário de expansão de conhecimento e saberes.

Os interessados em participar podem se inscrever entre os dias 1 e 15 de novembro. As oficinas serão transmitidas pela plataforma Teams e ocorrerão no período da manhã. As inscrições são gratuitas, porém limitadas. Para se inscrever acesse o link https://linktr.ee/Sesc.

Colaboração de texto: Zenaide Castelo (Estagiária de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021)

 

Resenha porreta do livro “O Estrangeiro”, de Albert Camus – (Por Lorena Queiroz – @LorenaadvLorena)

Por Lorena Queiroz

O estrangeiro é um dos livros da trilogia do absurdo, de Albert Camus. A obra inspirou a música “killing an Arab”, da banda The Cure. O livro conta a estória de Mersault, um homem que vive completamente alheio á importância das coisas ao seu redor. O protagonista é indiferente a tudo, sendo que uma das palavras mais usadas por ele é ” tanto faz”.

No início do livro, Mersault, recebe a notícia do falecimento da mãe. E ele não sabe, sequer, precisar se a mãe morreu ontem ou hoje. Ficando claro o fato de que, pra ele, pouco importa quando o fato se deu, já que a morte é, irremediavelmente, o destino de todos .

Mersault não demonstra apego ou afeto por ninguém, mas ajuda um amigo, a fazer uma emboscada para uma mulher. Pra ele pouco importava se o ato era certo ou errado. O que me fez refletir se os danos causados pela maldade são equivalentes aos causados pela indiferença.

No enterro da mãe, Mersault, age com a sua costumeira mania de não se importar com a perda, aceitando, inclusive, um café que lhe foi oferecido e cochila durante o velório. Isso causa estranheza aos presentes. Mersault é o tipo de pessoa que vai ao cinema e assiste uma comédia no dia do enterro da mãe. Sim, ele faz isso.

Apesar de não demonstrar apego ou apreço por alguma coisa, fica evidente que ele gosta da vida que leva, pois não aceita uma promoção de trabalho que ocasionaria melhoras em seu orçamento, mas que, também implicaria em mudanças.

O ponto principal do livro é o assassinato cometido por ele. Mersault mata um árabe na praia. A vítima havia tido um desentendimento com um amigo de Mersault. O que pode levar a pensar que teria sido uma legítima defesa. Ocorre que, Mersault, desfere cinco tiros no Árabe, e o faz, com o corpo já imóvel. A única explicação dada por Mersault é que o dia estava muito quente. Durante o julgamento de Mersault, não é questionado como o crime foi praticado. Todo o questionamento se dá a cerca do comportamento de Mersault. Como alguém não chora no enterro da mãe?. Como pode, em sociedade, alguém ser tão indiferente ao que se classifica como “normal “?.

A conclusão de toda leitura, na minha opinião, é extremamente pessoal. Até mesmo porque esta obra não tem o compromisso de explicar muita coisa. Fica muito ao encargo do leitor entende-la. Foi um livro que me fez refletir sobre o julgamento de comportamentos, onde o sujeito tem que se adequar ao todo. Mersault é julgado pelo seu comportamento no enterro da mãe. Julgado não por ser um assassino, mas por ser diferente do que está estabelecido em sociedade. O “tanto faz ” de Mersault, que foi tão danoso aos olhos de todos no enterro, é usado pelas pessoas mediante ao assassinato que originou o próprio julgamento, já que o tema central do evento é o comportamento dele no enterro. Pois mais importante que o assassino era o cidadão que se negava a agir com um comportamento estabelecido socialmente. Teria sido absolvido se tivesse um comportamento usual?. Se tivesse feito uso de um choro hipócrita?. Temos Mersault julgado por ser diferente e não por ser um assassino.

É um livro curto, aproximadamente 120 páginas que não carregam firulas ou enfeites. É extremamente conciso,mas que traz uma reflexão enorme a cerca de vários questionamentos filosóficos.

Olhamos ao redor e julgamos pessoas e fatos sob a ótica comum, na perspectiva do que é aceito como normal ou anormal na esfera social. E muita coisa é mascarada e fica submersa no interior de cada um que reflete sobre a própria existência.

* Lorena Queiroz é advogada, amante de literatura, devoradora compulsiva de livros e crítica literária oficial deste site, além de prima/irmã amada deste editor.

Poesia de agora: Poeminha Cansado – Pat Andrade

POEMINHA CANSADO

parei de fazer promessas
que não posso cumprir
minha alma está cansada

evito pessoas e lugares
ignoro frustrações
sublimo dores
sobrevivo aos dias
ouço as mesmas canções

do ácido ao lírico
tudo vira delírio

de agora em diante
sob alheios olhares
preparo calmamente
rascunhos descartáveis
de frenesi e poesia

Pat Andrade

Hoje é o Dia Nacional da Cultura ( que este site sempre divulgou, divulga e divulgará)

Hoje, 5 de novembro, comemora-se o Dia Nacional da Cultura. A origem da celebração é que, neste dia, nasceu o jurista, político, escritor e diplomata brasileiro Rui Barbosa (1849-1923). Ele foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL), presidindo a Instituição entre 1908 a 1919.

O Brasil é um país de formação multirracial e nossa cultura foi formada por brancos, índios e negros, tendo também a influência oriental. Nossa música, gastronomia, artes plásticas, dança, religião, artesanato, pintura etc são um mix de tudo que é lugar do mundo.

Falar de cultura é muito amplo. A publicidade sobre o tema, em todas as suas vertentes, sempre foi o principal objetivo do De Rocha.

Sim, há quase 12 anos, divulgo todo tipo de movimento cultural no Amapá neste site. Desde acontecimentos pomposos e com estrutura, aos do “submundo”, realizados graças ao esforço dos produtores culturais. Também passam por aqui aqueles feitos na correria e viração de agentes culturais cheios de vontade de fazer valer.

Aqui no Amapá predominam as tradições herdadas de escravos e indígenas. E, se levarmos em conta a história de Mazagão Velho, temos tradições vindas do Marrocos. São muitos os elementos que compõem a cadeia cultural do Amapá. E essa diversidade agrega valores para a riqueza de nossa cultura.

Assim, eu por exemplo, que adoro Rock e MPB, também gosto de Marabaixo e Batuque. Isso não é uma escolha, é entender minha origem e nossa identidade cultural. Entendo também que cultura não é só aquilo que se gosta, mas um conjunto de aspectos que estão em constante transformação. Enfim, viva a Cultura Brasileira, em todas suas formas e vertentes. É isso!

Elton Tavares

Hoje é o Dia Nacional do Designer – Meus parabéns aos, em sua maioria, brilhantes profissionais! #diadodesignergráfico

Há 23 anos, em 1998, o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, assinou um decreto estabelecendo o dia 5 de novembro como o Dia Nacional do Design. Esta data foi instituída em homenagem a um defensor do design no Brasil, o advogado, artista plástico, designer e planejador brasileiro Aloísio Magalhães.

“Design” é a palavra em inglês para desenho e o profissional que trabalha nesta área é chamado de designer. Estes profissionais são, em sua maioria, criativos e bons desenhistas gráficos. Eles são responsáveis por cuidar da identidade visual da instituição, empresa e produtos. Também atuam em peças, animações, embalagens, elaboram logotipos, formatam panfletos, outdoors, páginas da internet, games e dispositivos móveis, como celulares, smartphones e tablets, etc.

Existem várias ramificações dentro desta profissão, como Design gráfico, Design de produto, Design visual, Design de moda, Design industrial, Design de interação e Web Design.

Portanto, hoje rendo homenagens a estes engenhosos profissionais. Conheço alguns designers talentosos como Vandy Ribeiro, Marcelo Corrêa, Bruno Santos, Andrew Punk, Alex Silveira, Cybelle Andrade, Bruno Vinícius, Ricardo Toledo, Rogério Araújo, Kelly Pantoja, Rogério Queiroz, Camila Karina, Julyane Costa, Yasmin Brito, Ana Beatriz Santana, Ruan Cavalcante e Nina Ellen (trabalhei ou trabalho com a maioria dos citados). Entre outros amigos que não me vieram à memória neste momento.

Aos queridos competentes e criativos, que aliam a imagem ao texto ou ideia com muita sensibilidade e talento, meus parabéns!

Elton Tavares

Poema de agora: 10 variações sobre o infinito – Carla Nobre

10 VARIAÇÕES SOBRE O INFINITO

VARIAÇÃO 1
O infinito existe?

VARIAÇÃO 2
Algumas vezes já tentei tocá-lo
Quando eu era criança
Corria atrás do horizonte até cansar
Pra mim, o infinito era
Aquele pôr do sol que encerrava
O bairro do buritizal

Depois procurei o infinito
Como a maioria das pessoas –
Nas constelações de amor,
Nas constelações de guerra –
Como se ambas fossem
Separadas pelos deuses
Longe, muito longe da terra

Tentei ainda encontrar o infinito
Quando me afoguei
Mas sempre tinha alguém
Para me salvar da eternidade

Quando olhava um arco-íris
Lá estava eu buscando o infinito
Mas de repente, céu limpo
Minhas mãos vazias de novo

VARIAÇÃO 3
Até que ontem
Sem buscar, nem correr
Encontrei o infinito
Quando teu bigode roçava meu rosto
Naquele instante bonito do amor

Foi como se todo o horizonte
O arrebol lindo, alaranjado
Como se as constelações nunca inventadas
Estivessem nos pelos do teu bigode
Foi como se os mares
Nunca dantes navegados
Ou um inesperado arco-íris duplo
De repente entrassem em meu quarto

VARIAÇÃO 4
Ah, amor!
Eu sei que tudo vai se acabar
Até o nosso amor e teu bigode
Mas conhecer o infinito
É o jeito mais lindo de também dizer adeus

VARIAÇÃO 5
Acho que ontem criamos
A minha constelação de paz
Que te faz eterno em meu caderno aquarelável
Falerno precioso
em uma noite qualquer de novembro

VARIAÇÃO 6
Talvez o infinito não exista mesmo

VARIAÇÃO 7
Na verdade, tudo é finito, amor
Os meses do calendário
O vinho mais envelhecido
Júlio César e seu poder
Um esquecido pergaminho
Consumido no Vesúvio
Todas as histórias são feitas de pó e poeira

VARIAÇÃO 8
Até mesmo o oxigênio
Que envelhece nossas juntas
É finito

VARIAÇÃO 9
Mas ter o teu bigode em minha cama
Compõe o epigrama da minha vida inteira
“Onde nada foi
Tudo se faz”

VARIAÇÃO 10
E assim, Deus criou novamente
O primeiro homem e a primeira mulher
Como se o mundo de repente
Pudesse recomeçar
No inexorável infinito
De quem sabe amar

CARLA NOBRE