Feira Afro Empreendedora movimenta comércio no Encontro dos Tambores em Macapá

A Prefeitura de Macapá, por meio do Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir), realizou nesta sexta-feira (19) a Feira Afro Empreendedora, que segue até quinta-feira (25) na União dos Negros do Amapá (Una), de 18h às 23h. Em suas barracas, os artesãs e artesãos negros comercializam suas criações, aproveitando a movimentação cultural do maior evento afro do estado.

Os visitantes encontram grafismo africanos, brincos, acessórios, artesanato, bonecas de marabaixo, e tudo isso feito com garrafas de vidro, pet e outros produtos em geral que valorizam a cultura afro amapaense.

A Feira Afro Empreendedora busca ainda a redução de impactos econômicos pré e pós pandemia. “O Improir tem buscado fomentar o afro-empreendedorismo, pois reconhecemos a sua importância na dinâmica das relações comerciais de Macapá. No Encontro dos Tambores, a Feira Preta estimula não apenas o consumo de produtos e serviços oferecidos por afro empreendedores, como também a valorização da negritude e o sentimento de pertencimento social da população preta”, afirma Priscila Santos, chefe da Divisão de Empreendedorismo e Fomento do Improir.

“A Feira Afro Empreendedora já é tradicional no Encontro dos Tambores. Ficamos felizes de fomentar o afro empreendedorismo amapaense”, finaliza Maria Carolina Monteiro, diretora-presidente do Improir.

Alexssandro Lima
Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Poema de agora: Encontro dos tambores – Ricado Iraguany

Encontro dos tambores

Bate um batuque no meu coração
Feito o toque da caixa
Gengibirra que baixa
E levanta as sais rodadas
Pelas negras canções
Zimba, batuque,sairé, marabaixo
Ninguém fica parado
Fica até abismado
Quando o negro tocar
No rufar dos tambores
Vem de kinbanda, umbanda, todos babalorixás
Tambor de mina, menina
E um terço pra rezar
Ao divino espírito santo
E a santíssima trindade

Ricado Iraguany

“Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”: segundo livro de Elton Tavares visita paisagens da memória, boemia, poesia e cotidiano Amapaense.

Arte: Nina Ellen
A nova obra assinada pelo jornalista e editor do site De Rocha chega aos amapaenses no dia 22 de novembro. O livro conta com recursos da Lei Aldir Blac, executados pela Secult/AP – Arte: Nina Ellen

Viradas do cotidiano intenso e surpreendente povoam as páginas do segundo livro do jornalista Elton Tavares, fundador e editor do site De Rocha, portal mais do que enraizado nas buscas de internet dos amapaenses e fonte de cultura desde 2009. O lançamento de “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo” acontece no dia 22 de novembro, em um dos ambientes mais visitado e revisitado pelo autor, Bar e Restaurante Station 57.

Assim como na primeira coletânea, lançada em 2020, o jornalista volta a envolver o leitor em histórias que acontecem no dia a dia de Macapá e em sua vida pessoal. Com linguagem coloquial que aproxima e convida o leitor a mergulhar na narrativa dessa construção repleta de tanta verdade, que é possível se sentir dentro das “estórias”. Assuntos inusitados, porém vivenciados, como a reclamar por ter que usar uniforme, como também, sonhando com uma máquina do tempo cinematográfica ou sentindo o cheiro da educada, elegante e sábia, vó Peró. Relatos e mistérios surpreendentes que somente a boa literatura poderia revelar.

Como grande é o universo descrito nas páginas do “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, ainda maiores são os integrantes desse projeto liderado por Elton. As ilustrações são do artista plástico Ronaldo Roni, projeto gráfico e diagramação são assinados pelo publicitário Andrew Punk, projeto do produtor cultural e jornalista Daniel Alves e revisões da poeta Jaci Rocha e jornalista Marcelle Nunes.

Autor de diversas obras e lenda da cultura tucuju, o escritor Fernando Canto assina o prefácio do livro, deixando claro que se trata de uma experiência de imersão: “Ele fala de si mesmo como se colocasse palavras nas nossas bocas leitoras, latentes bocas do inferno, bocas devoradoras de letras e de pensamentos Tavarianos”.

As 43 crônicas que compõem o novo livro de Elton Tavares foram publicadas originalmente em seu site, o De Rocha. A obra foi realizada com recursos da Lei Aldir Blanc, executados pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult). “Há 12 anos o portal faz parte da vida cultural e política do amapaense, fico muito satisfeito em ver que o virtual é palpável e virou um segundo livro. Agradeço à Secult e ao secretário Evandro Milhomen pelo suporte e confiança, à equipe que me ajudou nesse trabalho e ao amigo Fernando Canto pelo apoio e incentivo”, ressaltou o autor.

Para Elton, a obra tem o intuito de materializar o imaginário e dar vida diária à memória e à identidade que todos os amapaenses carregam. “É isso que o De Rocha realiza há 12 anos: o olhar de muitos observadores, suas vivências, realidades e o modo de dizer meu, do Amapá e tudo que faz parte da construção histórica da nossa cultura, espero que gostem, é isso”, conclui.

Lançamento

O lançamento acontecerá no dia 22 de novembro, no restaurante Station 57. Bem frequentado, o aconchegante espaço reúne boa culinária, cervejas incontestavelmente geladas, vívida playlist e atendimento impecável. Localizado no coração de Macapá, a escolha do lugar para o momento é parte da garantia de uma noite agradável de confraternização entre amantes das palavras bem escritas.

Serviço:

Lançamento do Livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo” de Elton Tavares
Dia: 22/11/2021 (segunda-feira)
Local: Station 57
Endereço: Rio Plaza Shopping – Central, Macapá.
Horário: das 19h às 21h
Entrada franca
Apoio: Secult – Secretário Evandro Milhomen

Marcelle Nunes – Jornalista

Poesia de agora: EMBUSTE DE LIBERDADE – Arilson de Souza

Arte: Ascom MP-AP

EMBUSTE DE LIBERDADE

Oh, ansiada liberdade!
com asas de Ícaro [rumo ao sol] voaste!
Perpetuada pelos pigmentos da Carta Áurea,
te fizeste pseudo, e à própria sorte nos jogaste.

Oh, cobiçada liberdade!
Por quanto nosso povo te clamou,
Mas vieste em des[vida]
e às mínguas nos largou!

Porém, quem nos deu des[esperança]
em seu pre[conceito] se afogou
Pois, NEGRO é vida em abundância!

Viva, NEGRO!
NEGRO,viva!
Viva a liberdade, na sua essência viva!

Arilson de Souza

Lei Aldir Blanc: edital Mauro Guilherme seleciona quase 400 propostas artísticas no Amapá

Publicado na semana passada , o edital 002/2021 – Mauro Guilherme é o mais recente da Lei Aldir Blanc para premiar propostas artísticas no Amapá. O documento seleciona, ao todo, 385 projetos e é conduzido pela Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult/AP) que já realizou outros processos de premiação com recursos oriundos da lei para fomentar a cultura no estado durante 2020.

As propostas podem ser inscritas entre até o dia 23 de novembro, exclusivamente pelo e-mail oficial da Secult/AP: [email protected]. A divulgação da lista de selecionados está prevista para dezembro, sem data definida. Poderão ser apresentadas propostas nas categorias:

Espetáculos como os teatrais, podem se inscrever — Foto: Comunidade católica Shalom

– Multilinguagens;
– Cultura Popular/Folguedos juninos;
– Cultura Gospel;
– Música Autoral;
– Multilinguagens/Novos talentos (voltados para artistas em início de trajetória artística com idade entre 18 e 29 anos).

De acordo com o secretário da pasta, Evandro Milhomem, todos os segmentos culturais do estado serão atendidos e garantiu que a Secult/AP trabalha para oferecer uma ampla gama de atendimentos aos produtores culturais.

Há uma exigência básica que é 4 anos de atividade cultural, menos os novos talentos, e nós temos uma curadoria formada por professor da Universidade Federal do Amapá. Estamos promovendo um edital que contempla a todos os segmentos artísticos, com o intuito de atender a necessidade dos fazedores de cultura e continuar movimentando economicamente o setor cultural, tendo em vista que a crise sanitária ainda afeta o público artista”, ressaltou.

Mauro Guilherme – Foto: arquivo pessoal do escritor.

Promotor Mauro Guilherme

Mauro Guilherme foi promotor de justiça, escritor, poeta e nasceu no interior do Pará. Juntamente à carreira de membro do MP-AP, Mauro Guilherme também contribuiu para o desenvolvimento da arte. Por meio de sua atuação como músico e escritor publicou diversas obras que mereceram destaque no meio literário do Amapá, dentre elas: “Reflexões Poéticas” (1998); “Humanidade Incendiada” (poemas 2003); “Destino” (romance 2007); além da recente coautoria no livro de crônicas intitulado “Cronistas na Linha do Equador”.

Era cidadão amapaense, com título concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Amapá, em 1997. Vítima da covid-19, Mauro Guilherme partiu, em 4 de maio de 2021, deixando amigos, família e a instituição que tanto se dedicou, nos quase 30 anos de trabalho.

Poema de agora: Quimera – Naldo Maranhão

Quimera

Quem mais me amou e mimou, mais me estragou.
Quem mais me odiou e me fez mal, mais me elevou.
E não venha dizer:
PORQUÊ.
Porque ainda não terminou.
Às razões; as emoções:
Os sentimentos, que daí vem, vem com tudo meu bem e vem sem medo, pois, em terreno inclinado sou eu que escolho; descer, subir ou ficar parado.
Amor e ódio, duas caras na mesma moeda.
Se recebo em soberba, pago então com a outra face.
Tomo por ser muito séria esta brincadeira de roer os ossos e olhar nos olhos daqueles que devoro ou dos que por quem sou devorado.

Naldo Maranhão

O Tratado Noturno em uma mesa de bar  – Crônica de Lorena Queiroz – @LorenaadvLorena

Crônica de Lorena Queiroz

Como todo ser noturno que ama habitar à meia luz da boêmia, andando pelos caminhos incertos das garrafas verdes e marrons, já me deparei analisando várias vezes este mundo que, a princípio, parece a alguns, fútil e vazio de perspectivas. Ora, se você pensa assim deve ser um daqueles sujeitos estranhamente sóbrios que nunca contou um segredo a um garçom considerado, aquele que te apresenta a conta quando o dia nasce e que sabe mais da tua vida que a tua própria mãe. Agora vou mentir um pouco dizendo que não te julgo, pois todos sempre o fazem, dizer que cada ser sabe da própria felicidade e que os caminhos são próprios de cada um, mas na verdade, que vida incompleta penso eu ser a sua. Concordo com o pensamento Bukowski quando diz que ser são é fácil, mas pra ser bêbado tem que ter talento.

O fato é que a mesa de bar é um divã, um confessionário onde embalado pelo álcool e os petiscos que entupirão nossas artérias e nos trarão um péssimo dia seguinte, despejamos uma parte significativa de nós. Uma porção que nunca daríamos em outro lugar. Talvez a boemia tenha que ser promovida a religião, pois eu nunca contei para um padre o que já disse desavergonhadamente em uma mesa de bar. E se Jesus multiplicou o vinho, eis aí o aval de que eu precisava.

Não, caro leitor, não quero que você se torne um alcoólatra que acabará em alguma sarjeta com a cara lambida por algum vira-lata marrom e amistoso. Mas é como nosso velho safado disse, você precisa ter talento para se meter com os seres noturnos e se você não possui tal traquejo, beba sua água com gás e faça caminhadas quando o sol te agredir menos a pele. Eu gosto da filosofia da mesa de bar, esse tratado em que todos se entendem mesmo quando o peso do álcool torna as coisas desconexas, onde um sujeito só julgará o outro se este tiver bebido menos, assim, certamente estará ele no lugar errado. São momentos de liberdade e de amores que duram a eternidade que os minutos te proporcionam, e isso é bom, pois também é bom esquecer ou simplesmente não lembrar de tudo.

Portanto, seja paciente com os bêbados, seja gentil com a noite, mesmo se você for um ser diurno. Somos feitos de filosofia, histórias e saudade. Nossos devaneios nunca incomodarão ninguém, pois eles se esvaem quando fechamos a conta e o dia. Por fim, siga o conselho do poeta francês Charles Baudelaire: “Para não ser escravos martirizados pelo tempo, embriagai-vos, embriagai-vos, sem cessar! Com vinho, poesia ou virtude, a vossa escolha.”

*Lorena Queiroz é advogada, amante de literatura, devoradora compulsiva de livros e crítica literária oficial deste site, além de prima/irmã amada deste editor.

Clipe em animação de Todo Música será lançado nesta sexta-feira, aquecendo o público e mercado digital

Videoclipe do disco Todo Música é apresentado ao público em formato de animação digital mostrando a diversidade da exploração artística de uma obra e as inovações e possibilidades que contribuíram para que os projetos e atividades culturais não parassem totalmente durante a pandemia. Todo Música é um disco do cantor e compositor Enrico Di Miceli, e a gravação clipe foi premiado através da Lei Aldir Blanc, que fomentou o prêmio Siney Sabóia, instituído pela Secretaria de Estado da Cultura (SECULT).

O alcance social e cultural da Lei Aldir Blanc

A Lei Aldir Blanc foi criada em 2020 para fomentar a arte e cultura brasileira durante a pandemia, e premiou artistas e produtores culturais, que, a exemplo de Enrico, estão ajudando a movimentar a cadeia produtiva do setor artístico e de criação. O videoclipe em animação foi produzido por uma equipe de arte formada por profissionais do Amapá. Bianca Liane, roteiro, direção de arte e ilustração; Giorgio Moura, direção de fotografia e Nichola Batista, editor, compõem a equipe e estão sob a coordenação da idealizadora do projeto, Clicia Vieira Di Miceli e da Duas Telas Produções responsável pela produção executiva.

“Esta iniciativa do prêmio é um reconhecimento importante para os artistas, valoriza o nosso trabalho e está fomentando vários setores dessa rede de profissionais, como os setores de produção e transmissão de lives, músicos, assessorias de comunicação, fotografia, designer, e neste caso de Todo Música, o setor de arte digital, criação e animação. O artista é contemplado, mas faz o investimento circular. Desta vez apostamos em uma ideia com uma linguagem que alcançará novo público, os apreciadore do audiovisual no seguimento animação ”, afirma Enrico.

Todo Música: criatividade e inovação na produção e divulgação

O videoclipe foi uma alternativa que a produção do artista utilizou como estratégia de promoção de acordo com as limitações de segurança para saúde, porém o trabalho vem sendo explorado desde sua concepção, seguindo o planejamento pensado por uma equipe que não abre mão da criatividade, estilo e inovação, nos shows, apresentação para a imprensa e público e live. Todo Música foi lançado em 2019 atendendo ao público que prefere o tradicional CD e os antenados em tecnologia, que tem a opção de ouvir as músicas nas plataformas digitais e redes sociais.

A música Encontro dos Tambores virou um clipe produzido durante a Semana da Consciência Negra e a apresentação do disco foi por meio de um Pocket Show, com a cobertura da mídia e influenciadores digitais. A temporada de shows iniciou em Belém, de onde seguiu para Guiana Francesa para então chegar em Macapá, fechando o ano musical de 2019 com uma festa na praia de Fazendinha. A pandemia alterou o cronograma das apresentações programadas, mas não inviabilizou a divulgação, e um show foi transmitido via internet através de uma live e um documentário revelando ao internauta o processo de criação musical de Enrico Di Miceli e a produção do álbum que foi dirigido por Nilson Chaves.

“Durante o cumprimento de medidas de segurança muitos artistas conseguiram apoio para realizar shows online e receberam muito apoio do público também, que ajudou com contribuições de todas as formas, incluindo a financeira, mas principalmente a emocional. Nós também continuamos a promover o disco Todo Música, movimentado outros setores que estavam sofrendo economicamente com o isolamento social e ausência de shows e eventos, e a Lei Aldir Blanc é um estímulo importante para cultura e arte de modo geral. Tivemos que nos adaptar ao novo momento e abrir portas com muita criatividade e atitudes”, conclui Josimar Barros, da Duas Telas Produções.

O videoclipe de Todo Música estará disponível a partir de 21h desta sexta-feira, 19, no canal oficial de Enrico Di Miceli, no YouTube.

Assessoria de comunicação

Editais de cultura de Macapá somam 1.024 inscritos; aptos seguem para próxima fase

Prazo para inscrições encerrou na quinta-feira (18). Certame tem investimento de R$ 1,4 milhão da Prefeitura.

A Prefeitura de Macapá, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), encerrou na quinta-feira (18) o prazo para inscrição nos três editais em andamento voltados para novos talentos, arte presente e manutenção dos espaços culturais do município – todos amparados pela Lei Aldir Blanc – 14.017 de 2021.

As inscrições estavam abertas no período de 8 a 18 de novembro e contou com 1.024 inscritos no total, sendo 162 para o edital ‘novos talento’, 764 voltados à ‘arte presente’ e 98 artistas selecionados para o edital de ‘espaços culturais’.

A Fumcult tem em conta R$ 1,4 milhão, remanescentes de 2020, que será direcionado aos editais.

“O segmento cultural foi o primeiro a paralisar diante das medidas protetivas na pandemia, por isso a Prefeitura de Macapá fez o projeto de lei para utilização desse recurso remanescente e mandou para Câmara, que aprovou no dia 25 de outubro e dia 30 lançamos”, explicou diretor-presidente da Fumcult, Olavo Almeida.

Clique na imagem para visualizar melhor.

Todo o processo de inscrição aconteceu exclusivamente no Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais (SMIC).

As próximas etapas terão ainda a análise documental e análise técnica dos portfólios, que é a fase de confirmação da promoção de atividades culturais, fase essencial para a divulgação do resultado preliminar no dia 7 de dezembro, que antecede o resultado final, marcado para o dia 13 do mesmo mês.

Já o pagamento para os aprovados será efetuado até o dia 20 de dezembro, depositado em conta para o próprio artista ou em conta dos representantes legais dos mesmos.

Naiara Milhomem
Secretaria Municipal de Comunicação Social

Poesia de agora: Cantiga Número Dez – Luiz Jorge Ferreira

Cantiga Número Dez

Porquê fostes assim, silêncios e ruídos.
Porquê fostes assim…início…meio e fim.
Porquê fostes assim… a mão que fere e afaga.
Porquê plantas em mim…o que não vais colher…um ardor de não e sim.

Porquê vives assim…chegando de partida.
Porquê amo em ti o que nunca encontro.
Porquê ouso ferir o amor cicatrizado.
Porquê ando ao redor e volto aos pedaços.

Porquê amo a noite…inteira ou destroçada.
Porquê sempre receio a dor de uma saudade.
Porquê estás onde estás, eu mesmo não estando.
Porquê creio demais com
a fé que não possuo.

Podes agora exilar-me entre gritos e horas.
Podes agora cobrir-me com teu desdém.
Podes agora deixar-me exposto ao frio.
Podes agora falar-me do jeito mais vadio.
Podes agora derramar no chão todo o teu cio.
Podes agora esconder-te
profundamente em mim.
Podes agora te aprontar e ir.

Eu arrumo as sombras e os passos.
Eu arrumo o adeus e os retratos.
Eu arrumo os versos e os pratos.
Eu me arrumo inteiro com os pedaços.
Até enfim…terminar em mim.

Luiz Jorge Ferreira

Encerra nesta quinta-feira (18) prazo para inscrição em editais de cultura de Macapá

A Prefeitura de Macapá, através da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), lançou no dia (30) de outubro três novos editais, são eles: 003, voltado aos novos talentos; 004 direcionado para arte presente; 005 que atende a manutenção dos espaços culturais do município de Macapá – todos amparados na Lei Aldir Blanc, 14.017 de 2021, com recursos remanescentes de 2020.

Para complementação de recursos, a Fumcult tem em conta R$ 1,4 milhão que será direcionado aos editais.

Período para inscrições

Os certames tiveram o prazo estendido. Para participar, a inscrição deve ser finalizada dentro do período hábil exclusivamente no Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais (SMIC).

ACESSE OS DOCUMENTOS AQUI

Cronograma:

29/10/2021 – Publicação do Edital

03/11/2021 a 04/11/2021 – Prazo de impugnação do Edital

05/11/2021 a 08/11/2021 – Prazo de resposta da impugnação do Edital

08/11/2021 a 18/11/2021 – Período de inscrição conforme art. 9 do edital

19/11/2021 a 23/11/2021 – Análise documental dos proponentes

24/11/2021 a 03/12/2021 – Análise técnica dos portfólios

07/12/2021 – Divulgação do resultado preliminar de proponentes habilitados e inabilitados

08/12/2021 a 09/12/2021 – Prazo para recursos

10/12/2021 a 13/12/2021 – Análise dos recursos

13/12/2021 – Divulgação do resultado final da análise técnica dos proponentes

13/12/2021 – Publicação da portaria de convocação para apresentação de documentação

14/12/2021 a 16/12/2021 – Prazo para apresentação de documentação

17/12/2021 – Publicação da portaria de convocação para assinatura do termo de parceria/compromisso

20/12/2021 a 22/12/2021 – Prazo para assinatura do termo de parceria/compromisso

Esclarecimentos e informações poderão ser obtidos na Fumcult e pelo e-mail [email protected].

Naiara Milhomem
Secretaria Municipal de Comunicação Social

 

Crônicas e Poemas: escritor Carlos Nilson lança, hoje (17), livro “Antologia e iconografia poética” na Biblioteca Pública Elcy Lacerda

O professor, artista plástico, poeta, escritor e imortal membro da Academia Amapaense de Letras (AAL), Carlos Nilson Costa, lançará, HOJE (17), às 19h, na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, o seu primeiro livro, intitulado “Antologia e iconografia poética”. A obra contém parte da produção literária do autor. São poemas, contos e crônicas que falam sobre sua vida, seus amores, sua família e as recordações da Macapá de sua juventude.

A data do lançamento, organizado pela família do escritor, será o dia que o autor completa 80 anos de idade.

Carlos Nilson em Veneza (ITA) – 2014 – Foto encontrada no blog da Alcinéa.

Sobre o autor

O professor Carlos Nilson Costa nasceu em Monte Alegre (PA), no dia 17 de novembro de 1941, mas chegou ao Amapá ainda muito jovem e aqui estudou, constituiu a família e realizou seus projetos profissionais e pessoais. Artista plástico, poeta, professor e um admirável ser humano, Carlos Nilson é formado em Matemática e tem especialização em Planejamento. Foi Secretário Municipal de Educação de Macapá, Secretário de Estado da Educação e integrante do Conselho Estadual de Educação, dentre outras atividades que exerceu no serviço público com grande destaque, pela sua competência e dedicação, o que o coloca entre os mais notáveis educadores do nosso Estado.

Na imprensa publicou trabalhos nos jornais “Amapá”, “A Voz católica”, “A Fronteira”, “O Liberal” e “Jornal do Dia” e apresentou programas de música erudita nas rádios Difusora e Educadora.

Participou da antologia “Coletânea Amapaense”, de 1989.

Escritores e imortais da AAL Alcinéa Cavalcante e Carlos Nilson Costa, em frente ao também imortal da Academia, Fernando Canto. Foto: Aloisio Menescal – 2017

Serviço:

Lançamento do livro “Antologia e iconografia poética”, de Carlos Nilson Costa
Data: 17 de novembro de 2021 – Sexta-feira.
Horário: 19h
Local: Biblioteca Elcy Lacerda, que fica na Rua São José, 1800, centro de Macapá.
Entrada: franca.
Mais informações: 96-99177 1910 – (Regina Costa).

Carlos Nilson com meu livro nas mãos. Agradeço a moral. Foto: Carlos Nilson Júnior.

*Carlos Nilson foi amigo de meu falecido pai e também do meu saudoso tio Ita. Ele é pai dos amigos Carlos, Cláudio, Verê e Tainá, além de marido da querida Regina. Nas minhas mais antigas lembranças, recordo do professor, poeta e educador sempre coerente, muitíssimo inteligente e gentil. A ele, meus parabéns pelo conjunto da obra e pelo lançamento do livro  (Elton Tavares).

Elton Tavares, com informações do escritor Paulo Tarso Barros.

Parada Preta acontece nesta quarta-feira, (17) em Macapá no Sankofa

O evento surgiu para atender às demandas de representatividade dos corpos trans e negros

A Parada Preta acontece nesta quarta-feira, 17, às 17h30, no Bar Quilombo Sankofa, na Rua Beira Rio, N° 1.530, no bairro Santa Inês. O evento faz parte da programação da 21ª Parada do Orgulho LGBTQIA+. O evento surgiu para atender às demandas de representatividade dos corpos trans e negros que ainda não são contemplados na maioria dos eventos regionais e nacionais. A entrada é gratuita.

Para o Coordenador Geral da 21ª Parada, Bryan Oilveira, a parada preta é também um momento de acolhimento. “A Parada Preta é um espaço para acolhimento, emancipação, debates e também jogação, onde os corpos negros estejam à vontade. São 21 anos de uma construção coletiva, fruto da coragem, hasteando a bandeira arco-íris e enfrentando a discriminação de outros tempos. Além de movimentar a economia e o mercado local, os eventos promovem a cidadania e oferecem um espaço de diálogo acerca da necessidade de se respeitar a vida e a essência de irmãs e irmãos componentes da plural sociedade amapaense”, explicou o coordenador.

As atrações são: Maniva Venenosa, Naomi Kordec, Madame Satta, Brenda Zeni, Mc Deeh, José Simão, Lorran Ferreira, Batuque e Marabaixo da Juventude, Dj Insane, Filhos de Luanda.

A programação também terá a roda de conversa ‘Empoderamento Preto’, que será transmitida ao vivo pelo Programa Café com Notícia, na rádio Diário FM 90.9. O debate terá a participação da Assistente Social, Alzira Nogueira, professor Janilson Barbosa, advogada Maria Carolina, vereador Dudu Tavares, deputada estadual, Cristina Almeida e contará com a mediação da jornalista Ana Girlene e do professor Renan Almeida.

Serviço:

Data: 17/11/2021
Horário: 17h30
Local: Bar Quilombo Sankofa – Rua Beira Rio, N° 1.530 Santa Inês-

Lilian Monteiro-jornalista
Assessora de Comunicação da 21ª Parada do Orgulho LGBTQIA+
Contato: 99170-3733