Hoje é o Dia Nacional da Poesia (meus parabéns aos poetas do Amapá e Brasil)

Hoje é o Dia Nacional da Poesia. A data é comemorada em 14 de março por ser o dia do nascimento de Castro Alves, em 1847. Poeta do romantismo, ele foi um dos maiores nomes da poesia brasileira.

A palavra “poesia” tem origem grega e significa “criação”. É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.

Antigamente, os poemas eram cantados acompanhados pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isso, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico. Hoje, os poemas podem ser divididos em quatro gêneros: épico, didático, dramático e lírico.

Sou fã de poesia e poetas. Adoro Ferreira Gullar, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, entre outros tantos poetas brasileiros, mas gosto mesmo é dos poeteiros amigos. Sim, os que admiro tanto quanto estes nomes aí de cima.

O poeta autor/trovador escreve textos do gênero que compõe uma das sete artes tradicionais, a Poesia. A inspiração, sensibilidade e criatividade deste tipo de artista retrata qualquer situação e a interpretação depende da imaginação dele próprio, assim como do leitor.

Admiro os poetas, sejam cultos, que usam refinados recursos de linguagem ou ignorantes, que versam sem precisar de muita escolaridade. Eles movimentam o pensamento e tocam corações. Não é a toa que as pessoas têm sido tocadas pela poesia há séculos. E nem interessa se o escrito fala de sensatez ou loucura. Tanto faz. O que importa é a criatividade, a arte de imprimir emoções em textos ou declamações.

Não tenho o nobre dom de poetizar, sou plateia. Mas apesar de não existir poesia em mim, uso a tal “licença poética”, para discorrer sobre meus devaneios e pontos de vista.

Hoje, minhas homenagens são para os poetas que são meus amigos. Desde o Fernando Canto, Obdias Araújo, Luiz Jorge Ferreira, Juçara Menezes, Lara Utzig, Carlos Nilson, Alcinéa Cavalcante, Paulo Tarso Barros, Tãgaha Luz (In Memoriam), Thiago Soeiro, Pedro Stkls, Bruno Muniz, Andreia Lopes, Annie de Carvalho, Flávio Cavalcante, Bernadeth Farias, Marven Junius Franklin, Carla Nobre, Mary Paes, Maria Ester, Andreza Gil, Ivan Daniel, Patrícia Andrade, Júlio Miragaia, Kiara Guedes, Jaci Rocha, Mary Rocha, Weverton Reis, entre outros tantos. Além de todos os compositores brothers, que transformam poesia em música, como Osmar Júnior, Val Milhomem e Naldo Maranhão.

Também saúdo todos os movimentos que fazem Poesia no Amapá, que realizam encontros em praças, bares, residências, etc. Enfim, saraus para todos os gostos. Portanto, meus parabéns aos poetas, artistas que inventivos que fascinam o público que aprecia a nobre arte poética.

Viva a poesia!

Elton Tavares

Galeria Trokkal receberá exposição coletiva de artes plásticas “Vivências, cores e formas”

A exposição coletiva de artes visuais “Vivências, cores e formas” ficará disponível para a apreciação do público no período de 13 a 30 de março, a partir das 19h, na Galeria Trokkal, um espaço criado para as artes na Praça Veiga Cabral, no Centro de Macapá. Mais de 50 artistas confirmaram presença na exposição, que será formada por um conjunto de mais de 50 obras de artes plásticas com temas diversos.

Cronograma

13/03 – sexta-feira

19h – cerimônia de abertura do evento;
Oficinas de desenho, caricaturas e pintura.

14/03 – sábado

8h – montagens da exposição;
Oficinas de desenho, caricaturas e pintura;
13h – Encerramento.

17 a 21/03 – terça-feira a sábado

8h – montagens da exposição;
Oficinas de desenho, caricaturas e pintura;
19h – Encerramento.
24 a 28/03 – terça-feira a sábado

8h – montagens da exposição;
Oficinas de desenho, caricaturas e pintura;
19h – desmontagens.

30/03 – segunda-feira

8h – montagens da exposição;
Oficinas de desenho, caricaturas e pintura;
19h – Encerramento da exposição e desmontagens.

Kelly Pantoja
Assessora de comunicação/Fumcult
Contato: 98410-1330

Professores amapaenses fazem noite de autógrafo no lançamento do livro “Vivendo na beira: Teoria e prática pedagógica no ensino de história no Amapá”

As missões jesuíticas no Oiapoque, educação patrimonial, memórias da Segunda Guerra no Estado e possibilidade de ensino de história local no Amapá. Esses são alguns dos capítulos do livro “Vivendo na beira: Teoria e prática pedagógica no ensino de história no Amapá”, que será lançado na próxima sexta-feira, 13, de março, na biblioteca Pública Elcy Lacerda. O lançamento terá também autógrafo com os autores.

“Possibilidades de ensino de história local no Amapá”

A obra é composta de onze artigos dos alunos da primeira turma do Mestrado Profissional em Ensino de História da Universidade Federal do Amapá (Unifap). O volume é resultado de dois anos de pesquisa para a finalização do trabalho de conclusão do mestrado.

O exemplar traz propostas para a História ensinada na sala de aula no Amapá. Os autores apresentam aqui resultados da experiência por eles acumulada ao longo de vários anos de trabalho no “chão da escola”.

O exemplar será comercializado no lançamento ao preço de R$ 60, e já está sendo vendido também nas livrarias on line das editoras Autografia, Amazon e Martins Fontes.

Sinopse da obra

O livro enfoca o ensino de história indígena no capitulo “As fronteiras da fé: missões jesuíticas no Oiapoque e ensino de História”, de Bruno Nascimento; a “Educação patrimonial e cultura Maracá: possibilidades educativas para o ensino de história”, de Jackeline Maciel; “De volta à Mairi: Narrativas míticas, História e Ensino de História”, de Vitor Ferreira da Silva; “Memórias em sala de aula: uma análise das entrevistas realizadas pela Comissão Estadual da Verdade do Amapá e suas potencialidades para o Ensino de História”, de Danilo Pacheco.

Além de destacar a abordagem de Arleno Correa em “Uma base para o Ensino de História: memórias da Segunda Guerra na Amazônia”; o “Projeto Guia Histórico de Macapá: uma proposta metodológica para o ensino de história local”, de Angela Nascimento; “Novos modelos educacionais e a história do Buritizal” é o capítulo de Walbi Pimentel.

Os demais capítulos da coletânea nos convidam a pensar sobre a exploração de diferentes linguagens na educação histórica. Orione Vilhena, apresenta o texto “História, cinema e Ensino de História: anotações acerca das possibilidades quanto ao uso de filme em sala de aula”. “Em Laranjal do Jari: possibilidades para o ensino de história local no Amapá”, de Marília Nascimento. Danilo Sorato, em “A Questão do Amapá e as possibilidades de uso de imagens no Ensino de História”. E a articulação entre linguagens visuais e aprendizagem histórica no capítulo “Heteronormatividade e estigmatização na cultura escolar do Amapá (1988-2018)”, de Josean Silva.

Serviço:

Lançamento do livro e noite de autógrafos
Data: 13/03 (Sexta-feira)
Hora: 19h
Local: Biblioteca Pública do Amapá Elcy Lacerda

Cássia Lima
Assessora de comunicação
Contatos: 981049355

Papo Casal: fui o primeiro a comprar o livro

Há exatos 12 anos, em 11 de março de 2008, visitei o Ronaldo Rodrigues, que também é Rony. Era noite. Ele morava na casa da Floriano Peixoto (a galera sabe onde) e estava feliz. Tinha chegado os exemplares de seu livro ‘Papo Casal’.

Tenho orgulho de ter sido o primeiro comprador da obra. Nela, RR ironiza o cotidiano e situações comuns dos casais de forma inteligente e divertida. Tenho o livro até hoje, pois a publicação é atemporal.

Elton Tavares

III Semana Amapaense de Teatro – Captta

No período de 25 a 29 de março, Macapá será palco da III Semana Amapaense de Teatro – Campanha de Popularização do Teatro no Amapá!

A programação inclui no dia 25/03 Mesa de Abertura no Sankofa, atividades de formação e rodas de conversa nos dias 26/03 e 27/03 no auditório da Biblioteca Pública Elcy Lacerda e Escola Estadual Maria Ivone de Menezes. Apresentação de espetáculos para os públicos adulto e infantil nos dias 27/03 (no Céu das Artes), 28/03 (Residencial São José) e 29/03 (Teatro das Bacabeiras), totalmente grátis.

Esta é uma iniciativa do CAPTTA – Coletivo de Artistas e Produtores e Técnicos em Teatro do Amapá, em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura, Fundação Municipal de Cultura,Sankofa e Café com Noticia Diario FM 90.9.

Fonte: fanpage da III Semana Amapaense de Teatro

Galeria Trokkal receberá exposição coletiva de artes plásticas

A exposição coletiva de artes visuais “Vivências, cores e formas” ficará disponível para a apreciação do público no período de 13 a 30 de março, na Galeria Trokkal, um espaço criado para as artes na Praça Veiga Cabral, no Centro de Macapá. Mais de 50 artistas confirmaram presença na exposição, que será formada por um conjunto de mais de 50 obras de artes plásticas com temas diversos.

Algumas obras serão expostas no interior da galeria e outras na Praça Veiga Cabral. “O projeto surgiu após algumas reuniões, com a presença de vários artistas, professores e apreciadores. Porém, o movimento não está ligado a nenhum grupo ou coletivo de artistas. A intenção é fomentar a participação de espectadores das artes plásticas e incentivar a produção, sobretudo dos novos artistas, demonstrando o compromisso educacional com a juventude e a sociedade”, diz o curador da exposição, professor Dr. Rostan Martins.

Segundo a presidente da Fundação de Cultura, Marina Backman, o objetivo é valorizar a arte, a cultura da Amazônia. “Além de valorizar o artista amapaense, a intenção é impulsionar as artes plásticas e fazer com que a população tenha contato com os trabalhos dos nossos artistas locais”, ressalta.

Kelly Pantoja
Assessora de comunicação/Cultura

Marabaixo, batuque e 10 dias de festa organizada por jovens celebram São José, em Macapá

Festividade de São José completa 5 anos na Zona Central de Macapá — Foto: Divulgação/Marabaixo da Juventude

Por Caio Coutinho

Uma programação de 10 dias foi prevista para o 5º ano da festividade organizada por um grupo de jovens para o padroeiro de Macapá e do estado do Amapá, São José. Com atividades religiosas e culturais, a festa inicia na terça-feira (10) e segue até o Dia de São José, 19 de março.

A cada dia, uma novena acontecerá na cada de amigos e dos organizadores do evento, nos bairros Laguinho, Jesus de Nazaré e Santa Rita, ambos na Zona Central da capital.

No dia dedicado ao santo, há uma procissão da Catedral de São José até o Barracão da Tia Gertrudes, no bairro Santa Rita. Por lá acontecem apresentações de batuque e marabaixo, e a derrubada do mastro, além do encerramento com um grande jantar ofertado para a comunidade.

A festividade é comandada pelo Marabaixo da Juventude, formado por jovens artistas que reproduzem a cultura amapaense e que escolheram o santo como padroeiro do grupo. De acordo com a presidente da agremiação, July Costa, a organização já possui mais de 60 membros.

“Não temos local fixo ainda, fazemos onde está disponível. Nós contamos com a ajuda da família da dona Nair Sena, mas muitas pessoas têm ajudado na organização, como amigos de outras comunidades do interior e outros grupos aqui da cidade. A cada ano vamos ganhando mais força e mais colaboração”, explicou.

Festividade tem programação com fé e devoção durante 10 dias — Foto: Divulgação/Marabaixo da Juventude

Marabaixo da Juventude

A Associação Cultural Devotos de São José – Batuque Marabaixo da Juventude foi fundado em 27 de 2014 e tem o objetivo de difundir a cultura tradicional amapaense, como o batuque e o marabaixo, entre as comunidades, através de adolescentes e jovens.

No dia da criação, os membros escolheram São José como padroeiro e protetor, como uma forma de fortalecer a festa do padroeiro, que ocorre anualmente no dia 19 de março.

Formação dos primeiros membros do grupo Marabaixo da Juventude em 2014 — Foto: Divulgação/Marabaixo da Juventude

Programação:

Levantamento do Mastro e Santa Missa na Igreja São Benedito
Data: 10 de março (terça-feira)
Local: Barracão da Tia Gertrudes (Avenida Duque de Caxias, nº 1203, Santa Rita)
Hora: 19h

Novena na casa da Família Silva Santos
Data: 11 de março (quarta-feira)
Local: Rua General Rondon, nº 722, Laguinho
Hora: 18h30

Novena na casa da Sra. Raimunda Ramos e família
Data: 12 de março (quinta-feira)
Local: Rua Eliezer Levy, nº 300, Laguinho
Hora: 18h30

Novena na casa da Sra. Maria Ramos e Família
Data: 13 de março (sexta-feira)
Local: Rua Eliezer Levy, nº 308, Laguinho
Hora: 18h30

Novena na casa da Sra. Conceição Videira e família
Data: 14 de março (sábado)
Local: Rua Eliezer Levy, nº 463, Laguinho
Hora: 18h30

Novena na casa da Sra. Raimunda Lina e família
Data: 15 de março (domingo)
Local: Rua Eliezer Levy, nº 638, Laguinho
Hora: 18h30

Novena da casa da Tia Zefa e família
Data: 16 de março (segunda-feira)
Local: Avenida Ernestino Borges, nº 763, Laguinho
Hora: 18h30

Novena na casa da Sra. Eunice e família
Data: 17 de março (terça-feira)
Local: Avenida José Tupinambá, nº 1096, Laguinho
Hora: 18h30

Novena na casa da Família Gonçalves
Data: 18 de março (quarta-feira)
Local: Avenida Carlos Gomes, nº 270, Jesus de Nazaré
Hora: 18h30

Dia do Padroeiro São José
Data: 19 de março (quinta-feira)
Missa e procissão solene, dentro da programação da diocese
Local: Catedral de São José (Rua São José, Central); a procissão vai até o Barracão da Tia Gertrudes
Hora: 7h

Marabaixo e Batuque
Local: Barracão da Tia Gertrudes
Hora: 16h

Cortejo
Local: Barracão da Tia Gertrudes
Hora: 17h30

Derrubada do Mastro e Ladainha
Local: Barracão da Tia Gertrudes
Hora: 18h
Jantar
Local: Barracão da Tia Gertrudes
Hora: 20h

Fonte: G1 Amapá

Guitar Hero – Texto sensacional de Régis Sanches

Régis, o “Beck” ou “Anjo Galahell”, um dos melhores guitarristas que vi tocar – Fotos: Elton Tavares

Por Por Régis Sanches

Hoje me preparei para escrever sobre a vida errante dos guitarristas. Pensei nos menestréis, com seus alaúdes, levando alguma alegria para o festim dos lúgubres burgos ao redor dos castelos medievais. E não poderia deixar de reverenciar a memória de Django Reinhardt, o cigano belga que criou o naipe de duas guitarras, tendo seu irmão Joseph empunhando a base e ele próprio no solo. Reinhardt vestia-se a caráter. Em plena segunda guerra mundial, enquanto os foguetes alemães V-1 e V-2 explodiam nos céus de Paris, sua banda animava os sobreviventes do conflito no Clube de France.

Certa noite, a cidade-luz às escuras, Django retornou para casa, exaurido, após mais um show. Ele deitou-se em sua cama, os fumos do sono o absorveram por completo. Sua mulher havia esquecido uma vela acesa, a tênue chama tremulou e alcançou os lençóis. O guitarrista cigano sobreviveu, mas teve sua mão direita lesionada pelo fogo. Nas raras imagens desse precursor das modernas bandas de rock, podemos vê-lo com as cicatrizes do incêndio. Ele nunca desistiu de retirar das seis cordas o lamento necessário para cicatrizar as feridas da vida.

No início desta manhã, eu estava eletrizado pelo som metálico da minha guitarra. Lembrei de uma frase de Eric Clapton, chamado de Deus em pichações nas paredes do metrô de Londres, no final da década de 1960. “Ninguém consegue tocar blues honestamente de barriga cheia”. Mister Clapton é a alma dos guitarristas, uma espécie de Fênix que sobreviveu a todas as tragédias. Como mestre de George Harrison, roubou a mulher do melhor amigo. Transtornado, mergulhou e emergiu do mundo negro das drogas. Certa ocasião, seu filho caiu da janela do apartamento. Seu coração ficou dilacerado. Mas a resposta veio na forma da sublime “Tears in Heaven”.

O melhor de Eric Clapton pode ser sorvido, ouvindo-o executar a belíssima “White room”, de Robert Johnson. A poesia que descreve a solidão – “um lugar onde o sol nunca brilha/onde as sombras fogem de si mesmas” – só encontra dueto à altura no lirismo poético dos riffs arrancados pela slowhand do velho bluesman.

Poderia citar uma legião de guitarristas: Chuck Berry, B. B. King, Jimi Hendrix, Jimmy Page, Jeff Beck… Seria em vão. Os verdadeiros guitarristas, nós podemos contá-los nos dedos de apenas uma das mãos. Os homens de verdade sabem que há duas coisas no mundo que não se vende, nem se empresta: a mulher e o carro. Incluo no rol a minha guitarra. Pois aqueles que tiveram a sorte de nascer com a alma de guitarrista hão de concordar. Na essência de todo guitarrista, além da sensibilidade, da disciplina e de uma dose exagerada de humildade, existe uma tragédia iminente rondando o destino desses modernos menestréis. Vida longa a Eric Clapton!

Meu comentário: Régis Sanches é o jornalista com um dos melhores textos que conheci na vida e um dos maiores guitarristas que vi tocar (Elton).

Teatro das Bacabeiras completa 30 anos de existência como principal palco cultural do Amapá

Foto: Alex Silveira

O Teatro das Bacabeiras, principal palco da Cultura amapaense, completa 30 anos de fundação nesta segunda-feira (9). Nestas três décadas de existência, a história da casa de espetáculos se confunde com a própria trajetória da arte tucuju e dos artistas locais.

O Teatro das Bacabeiras teve sua construção iniciada em 1984 e concluída em 1990. Em sua inauguração, foi denominado de Cine Teatro de Macapá. Somente em 9 de março de 1992, passou a ser chamado de Teatro das Bacabeiras.

Foto: Alex Silveira

De acordo com o sociólogo, escritor, jornalista e compositor Fernando Canto, a alcunha “Teatro das Bacabeiras”, pelo fato de trazer o nome que supostamente originou a palavra Macapá, foi escolhida democraticamente pelos artistas amapaenses para nomear o principal teatro de Macapá. Portando, a denominação se identifica com a nossa terra.

Localizado no centro de Macapá, na Rua Cândido Mendes e ao lado da Praça Veiga Cabral, o Bacabeiras é o centro das manifestações artísticas e culturais do povo amapaense. O teatro possui singular beleza arquitetônica, com 705 poltronas na plateia, palco, sala de dança, sala de imagem e som, camarins individuais e coletivos, projetor de filmes, tela panorâmica e outros recursos.

Foto: Maksuel Martins

O Teatro das Bacabeiras é vinculado à Coordenadoria de Ação e Difusão Cultural (CADC) da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). De acordo com a gerente do patrimônio cultural, Yana Castelo, a casa de espetáculos se mantém por meio por meio das taxas administrativas, que são utilizadas para a manutenção do prédio e para a compra de equipamentos – tudo com o aval da Secult.

Foto: Elton Tavares

A estrutura pessoal do Teatro das Bacabeiras é formada pelo Conselho de pauta, que possui dez conselheiros titulares, dois suplentes e o presidente; quatro técnicos (som, iluminação, técnica em geral); três pessoas na administração, o gerente, oito auxiliares de serviços gerais e dois vigilantes.

Fotos: Maksuel Martins

Os projetos desenvolvidos pelo Teatro como o Escadaria e o Desconcerto acontecem uma vez ao mês. Este ano, porém, ainda não os realizamos em função da indefinição da data para o fechamento do Teatro. O Bacabeiras recebe inúmeros eventos, tanto culturais como cívicos e institucionais. Ano passado o nosso público girou em torno de 85 mil pessoas. Estamos na iminência de recebermos recursos para sua melhoria. Estas benfeitorias deverão acontecer em breve. Talvez, até o final desse primeiro semestre”, frisou a gerente do Bacabeiras.

Foto encontrada no blog do jornalista João Silva.

Além de ser o centro cultural da capital amapaense, o Teatro também foi usado, ao longo dos anos, em diversas solenidades institucionais e privadas, como formaturas de várias faculdades, posses, entre outros eventos.

Segundo o titular da Secult, Evandro Milhomen, o Teatro das Bacabeiras passará por reformas interna e externa de modernização para tornar-se um marco visual da arte amapaense, bem no Centro de Macapá. A reforma contará com recursos provenientes do mandato do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, na ordem de R$ 2,3 milhões, além da contrapartida do Estado.

Foto: Fabiana Figueiredo

Sabemos da importância história do Teatro das Bacabeiras para a cultura amapaense. A modernização do Teatro prevê poltronas novas, iluminação cênica , sistema de refrigeração novo, cortinas , banheiros e camarim com acessibilidade , e no hall um café. Com isso, promoveremos geração de emprego e renda com as obras, e, também, depois que o espaço estiver concluído, porque a cultura gera emprego para o artista”,  pontuou o titular da Secult, Evandro Milhomem.

Poema de agora: OLHO NOS OLHOS* – Ori Fonseca

Ilustração: detalhe de São Jerônimo no Deserto, de Leonardo da Vinci.

OLHO NOS OLHOS*

Eu vejo a luz nos olhos de meu filho,
Aquele brilho, amado Deus, foi meu.
Não dei por mim de quando se perdeu,
De quando se fez treva o que era brilho.

O tempo em tudo é fogo de rastilho,
Trem sobre um trilho que se corroeu.
Não sei dizer de como se esqueceu,
Nalguma curva, de seguir o trilho.

Teus olhos, pobre filho, são passados,
Cheios do brilho que a loucura atrai,
Mas no pavio do tempo a luz se esvai.

Ontem, olhei meu pai de olhos cansados;
Hoje, os meus olhos são enevoados
Da mesma névoa que cegou meu pai.

Ori Fonseca

* A palavra “olho”, do título, não é substantivo, mas o indicativo presente do verbo “olhar” na primeira pessoa do singular.
16:44

Breve resenha do show “Psicomusical”, apresentado ontem (7), no Teatro das Bacabeiras

Sou fã de Renato Russo, Raul Seixas e Cazuza. Nessa ordem mesmo. Ontem (7), o psicólogo, produtor cultural, músico e cantor pernambucano Samuca Luna, apresentou o show “Psicomusical”, com projeções, poemas, músicas e muita curiosidades sobre os três saudosos ícones do Rock Nacional. Foi muito legal!

Carregado de memória afetiva e mensagens bacanas sobre a vida, em alguns momentos, o show mexeu com os sentimentos do público. Em 2017, assisti o show “Cronovisor: Renato Russo, de corpo e alma”, também de Samuca, no mesmo local e igualmente porreta!

Em Psicomusical, Samuca Luna pontuou fases do psicológico dos três artistas, que resultaram em canções, todas sucesso de crítica e público. O psicólogo e músico descreveu a luta, os conflitos internos, vícios, medos e angústias de Renato, Raul e Cazuza que viraram música, tudo com som e imagem.

O projeto, visto por quase 30 mil pessoas em 8 países e todos os estados brasileiros (neste mês de março rolou em Belém (PA) e aqui, no meio do mundo, é premiado, pois venceu o concurso “Venda Seu Peixe”, do Banco Santander.

Além disso, Psicomusical foi indicado pela Revista Galileu com o projeto Musicalizando, entre os 10 melhores do mundo.

Quando o cara tocou “Vento no Litoral” e “Só por hoje” então, foi Phoda! A apresentação abriu gavetas da minha memória afetiva.

Eu queria que todos os meus amigos estivessem ali, ontem. Ainda bem que a jornalista e queridona por mim, Cíntia Souza, tava lá comigo. Enfim, foi tudo dentro de um feliz esquema de projeções e canções à altura da beleza do conteúdo musical, poemas e muita criatividade. Simples e bem produzido ao mesmo tempo. É foi assim.

Elton Tavares

Dois textinhos para eu não perder o emprego neste site (crôniquetas de Ronaldo Rodrigues)

 

Crôniquetas de Ronaldo Rodrigues

Sabe aqueles macacos que são usados como cobaias de experiências científicas? Zé Chimpanzé era um desses, um dos mais procurados por cientistas malucos de todos os quadrantes. Ele era um superstar da categoria. Seu cachê era o mais alto. Zé Chimpanzé ganhou tanta notoriedade que sua agenda vivia lotada. Zé Chimpanzé era uma celebridade, sua fama atravessava fronteiras, sua fuça era vista com muita frequência na National Geografic.

Mas um dia, cansado de tanta bajulação a que os grandes astros são expostos, entediado com os holofotes e já sem paciência com os paparazzi, Zé Chimpanzé isolou-se em seu castelo à beira-mar e nunca mais quis saber de ser cobaia de cientista maluco. Imitando Greta Garbo, Zé Chimpanzé repetiu a célebre frase da diva – “ I want to be alone!” – e entrou numa reclusão que dura até hoje.

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Sempre que Mona Lisa sorria enigmática, Leonardo errava a pincelada. A cada retoque, a Mona Lisa, a pintura, se parecia menos com a Mona Lisa, a mulher. Após dar por terminada a tela, uma das mais famosas do mundo, Leonardo teve que fazer uma cirurgia plástica na modelo, usando sua perícia como grande estudioso da anatomia humana, para que ela ficasse parecida com a figura retratada na pintura.

Foi tanta a euforia de Leonardo com a experiência que ele passou a se dedicar a retratos femininos, como o que fez de Marilyn Monroe, deixando para que Andy Warhol, já no extinto século 20 assinasse. Coisas de gênio.

Do Curiaú para o mundo: Clipe da música de Manoel Cordeiro será disponibilizado na internet a partir desta sexta-feira, 6 de março

O quilombo do Curiaú é o cenário do videoclipe que será lançado nesta sexta-feira, 6 de março em canal digital, e disponibilizado em redes sociais. O cenário escolhido foi a inspiração para que Manoel Cordeiro produzisse a música Curiaú, que rendeu o clipe, e os próprios moradores e convidados especiais são os personagens da produção, dirigida por Thomé Azevedo e André Cantuária. O clipe foi apresentado no último final de semana exclusivamente para o público do Itaú Cultural, em São Paulo, durante o show Guitar Hero Brasil, do artista Manoel Cordeiro, nome também do disco do reconhecido Mestre das Guitarradas.

Manoel Cordeiro é multi-instrumentista brasileiro, arranjador e produtor musical com mais de 50 anos de atuação, e uma marca expressiva de aproximadamente 1 mil discos produzidos. Com um pé no Pará e outro no Amapá, estados que inspiraram o artista com suas tradições e cultura, e serviram de fonte para centenas de produções, Manoel Cordeiro escolheu destes lugares, o Curiaú e a ilha do Combu para locação dos clipes. Morando atualmente em São Paulo, onde repercute sua arte e apresenta a música da Amazônia nos palcos e ruas, ele se destaca com seu segundo disco, Guitar Hero Brasil em shows e shows-bailes com o filho, Felipe Cordeiro e convidados.

Disco Guitar Hero Brasil

O disco, lançado em 2018, foi patrocinado pelo programa Natura Musical, por meio de incentivo da Lei Semear, e é um retrato musical de ritmos legítimos do Amapá e Pará, com passagem pelas ferveção sonora das ilhas caribenhas. Brega, marabaixo, batuque, lambada, guitarrada, carimbó, zouk compõe o universo rítmico da obra. Duas músicas do disco ganharam este complemento visual, Curiaú que é uma referência à rica vivência de Manoel no Amapá, e Kalamazoo, da experiência musical do Pará, que já foi lançado. O disco está disponível em plataformas digitais.

Videoclipe Curiaú

O clipe de Curiaú traz uma mistura de lambada e batuque, comuns nas festas tradicionais do Amapá, foi gravado no pedaço de terra da família de Tia Chiquinha, onde ainda preserva-se os costumes de quilombolas, de morar juntos, trabalhar, dividir as responsabilidades, cultivar a terra, criar animais, e preservam as rezar e festas para louvar santos. Com produção 100% amapaense, o roteiro reflete um costume muito comum no interior do Amapá, que é a celebração de um nascimento com festa, rodas de batuque e marabaixo, comida e gengibirra. No clipe, guitarra, amassador e dobrador se conectam, e a beleza natural os descendentes de Tia Chiquinha e Mestre Bolão, suas danças e vestes tradicionais completam o cenário.

O clipe teve a participação do grupo Raízes do Bolão; direção e produção é do diretor e ator Thomé Azevedo e do também diretor André Cantuária; direção de fotografia, Nildo Costa; produção de arte e montagem, Jhenni Quaresma; e teve participação especial de Otto Ramos, Mudith Medeiros, Helder Melo e Moisés Quaresma.

Primeiramente o clipe estará disponível no endereço https://www.youtube.com/channel/UCPfqPudcV9-eSXPUKPjPDew.

Mariléia Maciel
Assessoria de Comunicação

Pra te ver passar – A poesia musicada de Bruno Muniz

Pra te ver passar (Bruno Muniz)

Mas eu queria te falar uma coisinha:
eu não costumo me entender com a solidão,
e se você quiser sair,
eu posso não querer ficar;
é coisa minha, assim,
não gosto de chorar.

Mas se o acaso um dia te trouxer pra mim,
conte à certeza que eu vou estar aqui,
posso não ser do mesmo instante,
do mesmo sol que eu era antes,
mas o amor, eu sei, não cala de esperar.

Então a gente fica assim sem nem ficar,
eu posso até fazer de conta e nem ligar,
mas você sabe, meu amor,
meu jeito tanto de gostar,
e vez em quando eu volto pra te ver passar.

Pra te ver passar

*A música é baseada em um poema “Se não era pra ser, do livro “Cem versos putos sobre mim”, de Bruno Muniz.