Conservadores e progressistas – Por Gian Danton – @giandanton

Por Gian Danton – @giandanton

Há uma famosa charge do cartunista norte-americano Gary Larson, no qual dois homens das cavernas observam jovens passando com arco e flecha e comentam, inconformados: “Olhe só para isso! Bons tempos aqueles em que os homens carregavam um tacape e tinham o cérebro do tamanho de uma castanha”. A charge representa bem o embate entre conservadores e progressistas, que existe desde que o mundo é mundo.
Progressistas são aquelas pessoas, geralmente jovens, inconformadas com as maneira como as coisas são e que querem realizar mudanças, fazer coisas diferentes, de maneira diferente e, no rastro, mudar o mundo.
Exemplo disso são um grupo do século XIX, criado a partir das ideias do Conde Cláudio Henrique de Saint Simon (1760-1825), os samsionistas. Influenciados pelo iluminismo, eles sonhavam mudar o mundo através da ciência e da tecnologia. Essa doutrina ajudou a criar a crença na importância social da ciência e da técnica e influenciou poderosamente o desenvolvimento industrial. Até mesmo a construção do Canal de Suez se deve aos samsionistas.
O escritor francês Júlio Verne era praticamente um porta-voz do samsionismo. Em sua obra ele mostrava um mundo em que maravilhas eram possíveis graças à ciência, uma sociedade diferente e utópica, em que existiam aviões, submarinos e se podia dar a volta ao mundo em apenas 80 dias.
Capitão Nemo, o protagonista do mais famoso livro de Verne, 20 mil léguas submarinas, era um revolucionário que se exila no fundo do mar por não suportar a guerra e a opressão. Nemo sempre se coloca a favor dos oprimidos e chega a financinar os gregos em sua luta contra o domínio turco.
Aqui, uma explicação necessária. A luta da Grécia pela liberdade foi uma das causas que conquistaram os liberais do século XIX. O poeta Lord Byron chegou a ir lutar a favor dos gregos. Delacroix, o mesmo que viria a pintar o quadro “A liberdade guiando o povo”,símbolo de todas as revoltas, fez um quadro denunciando o massacre de Chios, em que turcos dizimaram uma vila grega que nem mesmo havia se levantado contra eles, matando 20 mil pessoas. Uma das cenas mais chocantes é do bebê que tenta mamar no peito da mãe morta.
Outra inquietação social visível na obra de Verne é a abolição dos escravos. Em diversos livros, mas especialmente em “Um capitão de quinze anos”, ele mostra a escravidão como uma chaga que deveria ser eliminada da sociedade.
O fim da escravidão foi outra causa que colocou em lados opostos conservadores e progressistas. Figuras libertárias, como o jornalista e cartunista Ângelo Agostini, empreenderam uma luta árdua contra os escravocratas, que achavam que o fim da escravidão seria uma ameaça à sociedade e à família tradicional. Aliás, foi no seio dessas mesmas famílias tradicionais que surgiram jovens abolicionistas, muitos dos quais financiavam e davam suporte para a fuga dos escravos.
Outro exemplo: o visionário Steve Jobs, criador da Aple. Jobs mudou tudo, praticamente criando o mundo em que vivemos. Sua proposta de computador pessoal permitiu que milhões de pessoas no mundo inteiro tivessem acesso à era da informação. No final dos anos 1990 os celulares estavam se tornando cada vez menores. Alguns eram pouco maiores que uma caneta. Então Jobs bolou o I-phone, um celular repleto de recursos, inaugurando a era dos smartphones. Depois criou os tablets, que já vendem mais que os notebooks e permitem às pessoas acessarem informações a qualquer momento. “Aqui é o lugar dos malucos, rebeldes e desajustados. São as pessoas loucas o suficiente para pensar que podem mudar o mundo que realmente o fazem”, diz Jobs, na sua recente cinebiografia.
Jobs achava que mudanças tecnológicas estavam diretamente relacionadas a mudanças sociais. Influenciado pelos hippies e pela contracultura, ele acreditava que o acesso à tecnologia permitiria uma melhor participação política por parte da população, dando voz a grupos que normalmente não tinham voz.
O famoso comercial da Aple, exibido uma única vez, em 31 de dezembro de 1983, no super bowl, exemplifica esse aspecto político da tecnologia. Numa clara referência ao livro 1984, de George Orwell e os dois minutos de ódio, em que a população era doutrinada, vemos dezenas de pessoas sentadas passivamente. Todas vestem o mesmo uniforme e são todas iguais. À frente delas, em uma tela, uma figura autoritária, referência ao Big Brother do romance de Orwell, diz: “Hoje celebramos o primeiro glorioso aniversário da diretiva de purificação da informação. Nós criamos, pela primeira vez na história, um jardim de pura ideologia, onde cada trabalhador poderá florescer longe das pestes que causam pensamentos contraditórios. A unificação de pensamento é uma arma mais potente do que qualquer frota ou exército da terra. Somos um povo único, com um desejo único, uma resolução, uma causa! Nossos inimigos falarão até a morte e nós os enterraremos em suas próprias confusões”. No final, o narrador contropõe: “Em 24 de janeiro de 1984 a Aple lançará o Macintosh. Então você verá por que 1984 não será como 1984”. Ou seja: para Jobs era a tecnologia de informação que evitaria que o mundo se tornasse um regime totalitário.
Como Jobs imaginava, as tecnologias foram apropriadas pelas novas gerações como forma de mobilização política. Jovens utilizam computadores pessoais, tablets e smartphones para marcarem protestos, seja no mundo árabe ou no Brasil. Protestos com muitas vozes, em que a multidão de pessoas com cartazes diferentes, com reinvidicações diferentes, lembra o fluxo de um fluxo de uma rede social.
São o sonho de Jobs.
Juventude, progresso social e tecnológico sempre andaram de mãos dadas. E geralmente são eles que triunfam sobre os conservadores. Ainda bem, ou ainda viveríamos em cavernas e andaríamos por aí carregando clavas.

Fonte: Ideais Jeca-Tatu.

Cazuza faria 64 anos hoje – Viva o gênio! #RockBrasileiro #Cazuza

Se vivo, hoje Agenor de Miranda Araújo Neto, o “Cazuza”, completaria 64 anos de idade. Lembro bem daquele 7 de julho de 1990, quando ele morreu, pois estava de férias com minha família em Natal (RN). O gênio da poesia tinha somente 32 anos.

O artista, filho de João Araújo, produtor fonográfico, e de Lucinha Araújo, nasceu em berço de ouro e conviveu, desde muito cedo, com grandes nomes da cultura brasileira.

Ele foi influenciado por Cartola, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa, Maysa e Dalva de Oliveira. Cazuza foi um privilegiado, por causa de seu pai, cresceu convivendo com grandes nomes da MPB, Gilberto Gil, João Gilberto, Novos Baianos, Caetano Veloso, Elis Regina e Gal Costa.

Cazuza apaixonou-se pelo rock and roll quando morou em Londres, em 1972. Passou no vestibular para Comunicação em 1976, mas abandou o curso, meses depois de começar a estudar. Cazuza participou de peças teatrais no Circo Voador, local que aglutinava a nata da cultura cênica e musical do Rio de Janeiro, na década de 80.

Logo depois, indicado pelo cantor Léo Jaime (que recusou os vocais do Barão), juntou-se a Roberto Frejat (guitarra), Dé Palmeira (baixo), Maurício Barros (teclados) e Guto Goffi (bateria). Nascia o Barão Vermelho, uma das maiores bandas do rock nacional.

O produtor musical Ezequiel Neves gostou do som da banda e convenceu o pai de Cazuza a lançar o Barão. Os maiores sucessos do Barão foram as canções “Todo Amor Que Houver Nessa Vida”, “Pro Dia Nascer Feliz”, “Maior Abandonado”, “Bete Balanço” e “Bilhetinho Azul”.

Sua carreira solo também foi fantástica; Cazuza flertou com a MPB, misturou-a ao rock e gravou as canções “Exagerado”, “Codinome Beija-Flor”, “Ideologia”, “Brasil”, “Faz Parte Do Meu Show”, “O Tempo Não Pára” e “O Nosso Amor A Gente Inventa”. O resto é história.

Literatura e cinema

Em 2004, foi lançado o filme “Cazuza – O tempo não pára”, baseado no livro “Só as mães são felizes”, de Lucinha Araújo, mãe do cantor – que, no longa foi interpretado pelo ator Daniel de Oliveira. O filme narra a vida de Cazuza pela ótica da mãe desde o início da carreira, até sua morte.

Em 1989, declarou ser soropositivo e a Aids o levou há 33 anos. Cazuza foi um dos maiores artistas da música brasileira. O cara é um símbolo de rebeldia, pelo seu talento e sua loucura. Este post é uma pequena homenagem ao gênio da poesia. Viva Cazuza!

Elton Tavares

Desembargador Gilberto Pinheiro participa de conversa sobre o Dia do Caboco

Para celebrar a figura daqueles que vivem às margens de rios, igarapés e lagos, acontece na segunda-feira (4), às 18h30, a Prosa de Caboco. Com participação especial do amazônida, desembargador Gilberto Pinheiro, do professor marajoara e juiz de Direito de Roraima, Gursen de Miranda e mediação de Juliana de Castro, a live é transmitida pelo canal oficial da Academia Brasileira de Letras Jurídicas Agrárias (ABLJA) no YouTube.

O momento busca discutir sobre o sujeito caboco e seu papel na cultura, história e a realidade jurídica da Amazônia. Caboco é o termo designado às pessoas que formam a comunidade ribeirinha amazônica, moradores do Norte do Brasil. Vivendo em suas casas de palafitas, seu principal meio de sobrevivência é a pesca, agricultura e caça.

Como amapaense, o desembargador Gilberto Pinheiro busca dar visibilidade às causas do ribeirinho, trazendo seus anseios para a pauta, colocando o caboco como figura importante no contexto do Direito Ambiental, sobretudo amazônico.

Serviço:

Carla Fabíola
Assessoria de Comunicação do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá
Contato: (96) 98406-5721

Música & Cultura:  a “Barca do Iraguany” e convidados se apresentam neste domingo (3), no bar Farofa Tropical

Neste domingo (3), a partir das 20h, bar Farofa Tropical, vai rolar show da banda “A Barca do Iraguany”. O grupo é formado pelos músicos Ricardo Iraguany, Peterson Assis no violão,  Neiton percussão e eletro reggae, Edu Gomes na guitarra, Laura Do Marabaixo voz e percussão.

A noite contará com participação especial dos renomados Enrico Di Miceli, Roni Moraes e a poesia do Coletivo Juremas. A produção da Quarta da Arte da Pleta, assinada pela competente Andreia Lopes.

Mais sobre a Barca do Iraguany

Ricardo Iraguany é músico e criou a Barca do Iraguany para o Círio de Nazaré, há oito anos, com o propósito de reunir artistas de vários segmentos da arte, como música, dança, poesia, entre outros, para fazerem uma anunciação da festa. Desta forma, começou a fazer a alegria em bares e casas de shows da nossa cidade com muito batuque, marabaixo, entre outros ritmos nossos.

Serviço:

Show  da “Barca do Iraguany” e convidados

Data 03/04/2022

Hora: 20h

Local: Farofa Tropical Gastrobar, localizado na Rua São José 1024, centro.

Elton Tavares

Após três anos à frente da pasta, Evandro Milhomen deixa Secult/AP e faz balanço positivo da gestão

Secretário Evandro Milhomen, prestando contas da Cultura na Câmara de Vereadores de Macapá – Foto: Clay Sam

No dia 12 de março de 2019 o sociólogo Evandro Milhomen foi efetivado como titular da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Após três anos à frente da pasta, o gestor deixa Secult/AP e faz balanço positivo de sua gestão. Foram muitos resultados positivos, mesmo a pandemia que assolou o Amapá, Brasil e Mundo.

Começando o balanço pelo ano de 2019, quando MIlhomen assumiu, a Secult/AP investiu quase R$ 700 mil em editais de Chamada Pública, com pagamentos de cachês de atrações artísticas com o objetivo de fomentar atuações em eventos municipais e estaduais, como os editais da Semana Santa e o Credenciamento de Artistas, o que rende, ao todo, 352 atrações.

Ainda neste ano ocorreu a implantação do Sistema Estadual de Informações e Indicadores Culturais (Seiic), que tem a finalidade desenvolver e ampliar a variabilidade do número de artistas, deixa-los conhecidos para a grande população, criando e gerenciando o quantitativo exato de indicadores culturais. Hoje o sistema possui 5 mil perfis ativos.

Em 2019 aconteceu a retomada de celebração de fomentos com as Organizações da Sociedade Civil (OSCs), que incentivam e promovem a cultura amapaense e que também foram beneficiadas com convênios para a realização dos eventos tradicionais, totalizando R$976.615,86 em investimentos.

Já no ano em que a pandemia chegou ao Amapá, o estado contou com novos projetos desenvolvidos pela Secult, como o Projeto Ao Vivo Lá em Casa, que tece a divulgação de trabalho cultural de artistas amapaenses, através de plataformas digitais ou páginas de redes sociais, onde atendeu 250 agentes culturais nas mais diversas áreas, como dança, circo e teatro. O valor do investimento foi de R$ 500 mil.

Evandro Milhomen agradeceu à todos os servidores e colaboradores da Secult em sua despedida, nesta sexta-feira (1).

Além deste projeto, também ocorreu a distribuição dos recursos da Lei Aldir Blanc, que se dividiu em 9 editais na categoria de Fomento e Premiação a todos os profissionais que produzem, promovem e trabalham com cultura e arte em todo o território do Amapá. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 15 milhões em quase 1,5 mil projetos.

O ano de 2021 contou o edital de Chamada Pública para compor eventos do estado, com 918 habilitados. Outros destaques deste ano também foram o edital de chamada pública da Lei Aldir Blanc – com R$ 2,1 milhões distribuídos em 385 projetos; Decreto regulamentando o Fundo Estadual de Cultura; Criação do comitê que fará os estudos de reformulação e regulamentação Da Lei De Incentivo à Cultura para sua execução no estado do Amapá; Revitalização da Fortaleza de São José – GEA / BNDS, no valor de R$ 26 milhões; e Implantação do parque da Residência.

Por fim, os principais destaques de 2022. Começando pela execução do Projeto Circula Amapá, com 137 premiações; Reforma do Teatro das Bacabeiras; Reforma do Museu Joaquim Caetano; Reforma do Sambódromo – Complexo Marco Zero, Implantação do Mis – Antigo Cine Territorial.

Dentre os maiores destaques deste ano também se evidencia a organização de editais para a execução da Lei Paulo Gustavo. O projeto determina que o montante de R$ 3,862 bilhões virá do atual superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura (FNC). O valor terá de ser liberado por meio de medida provisória a ser editada pela Presidência da República. O projeto de lei faz uma homenagem ao ator Paulo Gustavo, que morreu vítima de Covid-19 no começo de maio de 2021, depois de quase dois meses internado.

Este projeto conta com R$ 22 milhões previstos para o estado do Amapá e R$ 7,5 milhões para os municípios.

Evandro Milhomen – Foto: GEA

Evandro Milhomen

“A cultura gera para nosso país mais de R$ 8 milhões de empregos. É significativo para nós ver R$ 8 milhões de pessoas trabalhando naquilo que gosta e que aprendeu a fazer. A cultura tem esse papel importante. Foram mais de R$ 14 milhões investidos em plena pandemia, além disso tivemos o investimento próprio do governo, que ultrapassa R$ 10 milhões de, para que nós pudéssemos pagar estrutura e cachês, o que faz parte de uma cadeia e economia criativa”, relatou Milhomen.

O ex-secretário é ex-vereador de Macapá e ex-deputado federal pelo Amapá por várias legislaturas. Também já atuou como gestor de outras pastas no Poder Executivo estadual e municipal ao longo dos anos, como nas áreas de trabalho, emprego, social e, recentemente, secretário municipal de Relações Institucionais.

Articulado, inteligente e sempre aberto ao diálogo, transita por vários grupos políticos com destreza e credibilidade. Portanto, experiência e competência são sua marca.

Brenda Zeni lança o Disco Goma na Argentina

A artista amapaense Brenda Zeni está na Argentina para fazer o show de lançamento do disco Goma, que leva o selo Natura Musical, via projeto Pororoca Sound. O disco saiu em fevereiro e a cantora está em turnê desde então. Passou por Belém na casa de cultura Gueto Hub, voltou para Macapá onde realizou um show no evento Virada Feminista do Coletivo Juremas e seguiu para La Plata, capital da província de Buenos Aires. Lá o show será no dia 08 de abril na casa de cultura Colibri.

O convite para apresentar-se na Argentina veio de Mayara Rodrigues, amapaense que reside em La Plata. Na ocasião, a produtora estava de férias em Macapá e conheceu Brenda Zeni e o seu trabalho.

No show na casa Colibri, Zeni fará músicas do disco novo – Goma – do disco anterior – Quebra do Feitiço – e também cantará singles lançados em 2020, como Minas Armadas. Também incluirá em seu show canções amapaenses populares das rodas de marabaixo, que fazem parte de seu novo disco.

Sobre o Natura Musical

Natura Musical é a plataforma de cultura da marca Natura. Desde seu lançamento, em 2005, o programa investiu cerca de R$ 174,5 milhões no patrocínio de mais de 518 projetos – entre trabalhos de grandes nomes da música brasileira, lançamento e consolidação de novos artistas e projetos de fomento à cenas e impacto social positivo.

Os trabalhos artísticos renovam o repertório musical do País e são reconhecidos em listas e premiações nacionais e internacionais. Em 2020, o edital do Natura Musical selecionou 43 projetos em todo o Brasil e promoveu mais de 300 produtos e experiências musicais, entre lançamentos de álbuns, clipes, festivais digitais, oficinas e conferências.

Em São Paulo, a Casa Natura Musical se tornou uma vitrine permanente da música brasileira, com uma programação digital contínua que inclui lives, performances, bate-papos e conteúdos exclusivos.

Sobre a artista

Cantora, compositora e instrumentista radicada no Amapá, a roqueira produz desde 2010. Em 2015 conheceu seu produtor, Alan Flexa, da Zarolho Records, que tornou possível a gravação do trabalho da artista. Começou a lançar músicas autorais em 2017 e seguiu produzindo e viajando para dentro e fora do Amapá. Além de apresentar seu trabalho em Belém no Pará e na Argentina, já esteve em Palmas no Tocantins.

Acompanhe o trabalho da artista em suas redes sociais. Acesse www.brendazeni.com.

Rock and Roll: neste sábado (2), rola “Especial Charlie Brown Jr.” no Davuk Rock Bar

Neste sábado, 02 de Abril, a banda Macho Véio juntamente com o vocalista Helden Duarte realizarão o Especial Charlie Brown Jr no Davuk Rock Bar.

Com uma proposta de dar um choque de ânimo nos eventos de rock da cena amapaense, a banda Macho Véio escolheu homenagear uma das bandas mais emblemáticas da história recente do país, também relembrando os nove anos da partida precoce do cantor Alexandre Magno Abrão, conhecido pelo público como Chorão, que ocorreu em Março de 2013.

Com o repertório pautado nos grandes sucessos da banda, mas contando com algumas belas surpresas, o sentimento de nostalgia estará bastante presente. O convite para cantor Helden participar foi bastante natural, pois ele costumeiramente faz participações nos shows da Macho Véio e em seu currículo musical conta com diversos shows fazendo covers de Charlie Brown Jr, sendo citado por Rafael Costta (vocal e guitarra) como o “Chorão Tucuju”.

O evento contará ainda com duas bandas de abertura, Viajantes e Slide, o que fará do mesmo uma verdadeira celebração do rock.

Haverá também sorteio de brindes durante o decorrer da noite.

O evento conta com o patrocínio de: Norte Rock, Donort’s Donuts, Ei Mana! T-shirts, Lojas Jumbinha, Chopp da Vovó e Agência Job.

Davuk Rock Bar está localizado na Rua Hamilton Silva, nº 2352, bairro do Trem. Esquina com Avenida Cônego Domingos Maltês.

Lançamento do 2⁰ box da série “Amapá em Letras” traz homenagem ao Mano Pedro

Nesta sexta-feira (01), acontece o lançamento do segundo box de livros da série “Amapá em Letras”, às 18h, no Museu Sacaca. A coletânea reúne as obras literárias: “Mano Pedro”; “Confiança no Amapá” e ” Fortaleza de São José de Macapá”. Os livros foram editados pelo Conselho Editorial do Senado Federal, por meio do senador Randolfe Rodrigues (Rede).

No evento de lançamento do box, duas das obras já haviam sido lançadas anteriormente. O “Confiança no Amapá”, do primeiro governador do estado, Janary Nunes, lançado em janeiro, em Macapá, que contará com a presença do filho de Janary, Rudá Nunes, representando a família. E também o livro “Fortaleza de São José de Macapá”, do escritor e pesquisador Fernando Canto, que contou com uma grande festa de lançamento no final de 2021.

Agora, o box traz como grande novidade a obra “Mano Pedro – Socioambientalismo, ecologia dos saberes e artesanias das práticas na Amazônia”, de Marco Antonio Chagas. O livro é uma compilação de textos e artigos sobre o camponês e líder ambientalista Pedro Ramos de Sousa, fundador do Conselho Nacional de Seringueiros, ao lado de Chico Mendes.

Ramos participou, durante o período em que o Amapá era Território Federal, na criação de diversos sindicatos e cooperativas de trabalhadores rurais amapaenses, além de atuar na linha de frente na luta pela Reforma Agrária e pela criação de assentamentos e reservas agroextrativistas.

“O Pedro Ramos, em 2021, foi a primeira pessoa a ser homenageada com o título de Doutor Honoris Causa na Universidade do Estado do Amapá (UEAP). A publicação dessa obra é mais uma forma de prestar honras a um grande nome e personalidade de nosso estado”, disse o autor do livro Marco Antonio Chagas.

A iniciativa faz parte da atuação do senador Randolfe Rodrigues, enquanto presidente do Conselho Editorial do Senado. “A ideia com a publicação destas e outras obras é resgatar importantes histórias e a cultura do Amapá, além de fomentar a literatura”, explicou o parlamentar.

Serviço:

Lançamento do 2⁰ Box da Série “Amapá em Letras
Data: 01.04.22 (sexta-feira)
Hora: 18h
Local: Museu Sacaca

Ascom do senador Randolfe Rodrigues

Poesia de agora: Sobre tanques – @julio_miragaia

01/04/1964 – Rio de Janeiro – Tanques tomam as ruas da cidade. Em poucas horas, o presidente João Goulert seria deposto. Iniciava-se a Ditadura Militar, que governaria o Brasil pelos próximos 21 anos. Foto: site Lente Histórica.

Sobre tanques

Para Bertold Brecht, Leon Trotsky, Nahuel Moreno e Pussy Riot

O vosso tanque, General,
é um velho dicionário
retardado,
é uma parede de ignorâncias
tortas

o vosso tanque tem rodas
de mentiras,
tem balas
de burocracia

o vosso tanque, rouco general,
é conduzido
por um soldado cego
que atira
sob tuas ordens surdas

o vosso tanque é o caminho
inverso
do mundo
e que nós vamos derrubar

de Kiev a Caracas
os muros já não se cabem

multi_viralizamos
a ordem canhota no mundo
sem fascistas, reformistas, i-isistas

o nosso tanque, general,
é feito de homens-verdade
de roubar comida, caminho e amor
é feito de primavera
o nosso tanque dispara
revolta

pior,
cospe um velho
vento louco
de luta de classes
no peito podre
dos teus soldados

o nosso tanque
é de aço e futuro
o nosso tanque
é de tempo presente

O nosso tanque,
stalinista, solitário
e enrugado
general,
não é o vosso tanque

o nosso tanque
é de indignados
o nosso tanque
é de queda do muro
o nosso tanque
é vento e coração

Júlio Miragaia

*Poema do livro “O estrangeiro de pedras e ventos” – Belém do Pará, fevereiro de 2014.

Poema de agora: CORAÇÃO TRISTE – Pat Andrade

CORAÇÃO TRISTE

se ter um coração
era um castigo
alguém poderia
ter-me dito
eu estaria prevenida
e não sofreria tanto
ninguém ouviria meu grito
de horror e agonia
ninguém veria meu pranto
de dor e sofrimento
e talvez eu achasse
essa tal alegria
que se esconde de mim
e se espalha por aí
talvez eu ouvisse o bem-te-vi
que anuncia a chuva da tarde
e a prenhez de Maria
mas meu coração triste
só ouve a rasga-mortalha
que corta o céu e a noite
cantando a morte sem jeito
dos filhos do crime e da fome
nos barracos da ponte
que atravessa a cidade

PAT ANDRADE

Festividade de São Benedito em Santa Luzia do Pacuí recebe apoio da Prefeitura de Macapá

Festividade acontece nos dias 2, 3 e 9 de abril em Santa Luzia do Pacuí | Foto: Arquivo/PMM

A Festividade de São Benedito é a representação da tradição e fé ao padroeiro da comunidade de São Benedito do Pacuí, localizada no distrito de Santa Luzia do Pacuí, cerca de 113 quilômetros da capital. Neste ano, a Prefeitura de Macapá é parceria do evento religioso e cultural.

Marcado para acontecer nos dias 2, 3 e 9 de abril, a Festa de São Benedito contará com a estrutura de sonorização cedida pelo Município, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult).

A festividade religiosa e cultural expressa a devoção do povo da região do Pacuí a São Benedito, chamado popularmente de “Santo Preto”. A tradição existe há mais de 65 anos na comunidade local.

A programação conta com a derrubada do mastro, novenas, procissões, torneios de futebol, bingo e apresentações culturais.

Viviane Monteiro
Ascom da Fundação Municipal de Cultura

Poema de agora: A Banda do Sargento Só Eu – Luiz Jorge Ferreira

A Banda do Sargento Só Eu

O radio toca um Bolero
Eu saio do sério e danço imaginariamente com você na sala.
Não dou muitos volteios, estou de chinelos.
Na parede da sala você figurada na foto sobre a estante, por instantes parece sorrir.

A radio toca Creedence Clearwater Revival Band
retiro os chinelos, rodopio com meu próprio estilo, meio borboleta, meio Pardal…
Falo para o cão que me olha confuso…teria o humano …ganho um novo osso?

…Não…respondo.
Bebi orvalho das décadas passadas e Vodka Floral.
Muito bom…estalo os dedos…em sua direção
…que tempos meu irmão!


Não creio que essa ligação entre sonhos…emoção…
música…ruptura de usos…moda…e costumes…e mil e uma coisas abruptamente…venha a se repetir…
…pareço ouvir um amigo longe…o Baixista do Sol do Meio Dia…gritar
…Acredito que NUNCA MAIS…

De dentro da fotografia, ela parece sorrir para o cão, tentando com o olhar afastá-lo do vazio na janela.


Lá fora a noite chega desastrada pronta para por um outro dia para chegar quando vier o amanhã.
Creedence…é silêncio.
Assovio Vênus e a Casa do Sol Nascente…faço a dublagem de Help sobre o eco melódico impregnado nas minhas memórias.
Repito comigo …em meio a um rodopio imenso e um súbito stop a la Michael Jackson.


…Que tempos meu irmão que tempos.
… pareço ouvir a lua espelhada na poça clara que se formou quando derrubei vodca no pires da xicara de café para o cão também beber.
Que tempos meu irmão…que tempos…
Nesses tempos a Terra era azul.

Luiz Jorge Ferreira

Poesia de agora: Barquinhos de Papel – @alcinea

BARQUINHOS DE PAPEL

Que sonhos transportam
estes barquinhos de papel
soltos pela gurizada
nos riozinhos formados pela chuva?
Em que porto da vida eles ancoram?
Em que altura da vida-rio eles naufragam?

Na infância (já tão distante)
também soltei barquinhos de papel
e quando a chuva cessava
saía correndo de casa para resgatá-los.
Uns encalhavam em alguma pedra na margem da rua
outros caiam na boca-de-lobo

e de lá, por conta própria, seguiam viagem
levando meus sonhos por todos os rios e mares
e perdiam a rota do retorno.

(Alcinéa)

“Eu sou a lenda:” Will Smith dá tapa em Chris Rock no Oscar 2022 – Égua-moleque-tu-é-doido!!

Ator Will Smith dá tapa no rosto de Chris Rock após piada durante a premiação do Oscar 2022 – Neilson Barnard/Getty Images

Uma cena no Oscar 2022 deixou o público de queixo caído. O ator Will Smith subiu ao palco para dar um tapa no comediante Chris Rock, que apresentava parte da cerimônia.

O tapa, apesar de parecer cenográfico, não estava no roteiro da premiação. Na ocasião, Will Smith exclamou palavrões, algo terminantemente proibido em eventos ao vivo na TV americana.

Will Smith reagiu a uma piada de Chris Rock sobre sua mulher, a atriz Jada Pinkett Smith, em tratamento contra uma doença autoimune chamada alopecia, que gera calvície. No palco, Chris Rock comparou Jada à personagem G.I. Jane, interpretada pela atriz Demi Moree no filme “Até o limite da honra” (1997). No longa, a personagem tem o cabelo raspado porque faz parte da Marinha.

Reação do público, na hora do tapa, no Oscar 2022: Imagem reprodução via rede social Twitter

Deixe o nome da minha mulher fora da p**** da sua boca”, gritou o ator, após dar o tapa na cara de Chris Rock e voltar para a plateia. Na sequência, Jada e Denzel Washington conversaram com Will Smith e o acalmaram. Ambos trocaram palavras sobre o ocorrido enquanto Jada se ajoelhava, em tom de desespero, diante do marido.

Imagem reprodução via rede social Twitter

Eu sei que em nossa profissão temos que ser capazes de aceitar abuso, ouvir loucuras, ouvir pessoas nos desrespeitando, sorrir e fingir que está tudo bem. Então Denzel Washington me disse, e eu adorei ouvir isso, que “nos meus melhores momentos, preciso ter cuidado, pois é aí que o diabo vem” — contou Will Smith, chorando, após a confusão. — Quero ser um caminho para o amor.

Meu comentário: Eu, que já era fã do Will, agora sou muito mais. Égua-moleque-tu-é-doido!!

Fonte: Exame.