Poesia de agora: Monólogo de ontem – Marven Junius Franklin

Imagem: fotógrafo sueco Tommy Ingberg

Monólogo de ontem

Nessa mesa de bar
apreciando fulanos que passam
com suas sacolinhas de compras
e arrogantes sorrisos amarelados

(que dobram de rua
ao me ver ali – na mesma disposição – desde ontem).

Ah, pobre de mim!
Mero observador do cotidiano
que passa horas esperando
a passagem de um trem imaginário.

E que meu brother Daniel Pedro
me entenda – é que eu não conseguir
largar a latinha da mão.

Dia de tez escura
e burburinhos nos mercados

(de pessoas amanhecidas de silêncio
e repletas de horas que não correm nunca).

Ah, esqueço sempre
de olhar o relógio!

(e assim as verdades decorrem e partem
– desobedientes – abduzidas
por mãos afoitas da solidão).

Marven Junius Franklin

Desconfortáveis encontros casuais – Crônica de Elton Tavares – (do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”)

Encontro um velho conhecido.

Ele: “cara, você tá muito gordo!”. Eu, (em pensamento, digo eu sei caralho, vai tomar no cu!): Ah, cara, sabe comé, sem exercícios físicos, sem tempo pra muita coisa, muita cerveja e porcarias gordurosas (que amo).

Sem nenhum assunto, fico em silêncio.

Ele: virei médico e você?

Eu: sou jornalista.

Ele: ah, legal (com um ar de desdém que vi ao encontrar outros velhos conhecidos advogados, administradores, contadores, ou alguma outra profissão mais rentável).

Aí um de nós subitamente diz que está atrasado e marca uma gelada qualquer dia com nossas respectivas esposas ou namoradas e vamos embora. Com certeza, passaremos mais 10 anos sem nos falarmos, graças a Deus.

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em setembro de 2020.

Mais um dia de rebeldia – Crônica de Ronaldo Rodrigues

Crônica de Ronaldo Rodrigues

Acordo despreocupado com a perspectiva de enfrentar mais um dia. A gente acaba se acostumando. Esta é a vida que se foi construindo até aqui. Vida feita de vontade de romper com o mundo, apesar de omissões e covardias.

Romper com o mundo. Pensei nisso aos 12 anos, aos 18, aos 35. Agora, aos 56 anos, já não tenho ânimo nem de lembrar que um dia tive arroubos de rebeldia.

Ultimamente tenho pensado nessa coisa de rebeldia e vou usar aqui um palavrão do momento: ressignificar. É isso que venho fazendo: ressignificando tudo. É um exercício, um aprendizado. Já ressignifiquei o Círio de Nazaré, o Natal, o fim/começo de ano… Ressignifiquei sentimentos, valores e pessoas. Mudei de casa, de relacionamento e de ideias. Mudei apenas para que eu possa continuar sendo um novo homem. E esse novo homem que sou é o mesmo homem que sempre fui. Uma criança que nasce cada vez que abre os olhos para um novo dia.

Sim, ressignifiquei minha rebeldia. Se o “normal” é burlar a lei, a rebeldia está justamente em fazer o contrário: seguir a tal da lei, obedecê-la. Por isso eu atravesso na faixa destinada aos pedestres. Por isso eu jogo o lixo dentro da lixeira. Por isso a primeira coisa que faço ao entrar num carro é colocar o cinto de segurança. Por isso não furo fila. Continuar sendo honesto em meio ao mar de corrupção, isso é rebeldia. E nem é algo sobrenatural. Quem é assim não sabe ser de outro jeito. Mesmo que os seres honestos possam ser chamados de atrasados e até de otários, faz bem insistir. Na verdade, faz toda a diferença.

Na adolescência, fui um rebelde diferente do rebelde que sou hoje. Ou mais igual ao que se espera de um ser minimamente revoltado. Minha rebeldia me fazia renunciar à ingestão de Coca-Cola, reconhecendo nela a bandeira do imperialismo ianque fincada no território dos nossos intestinos. Eu andava com um prego, de tamanho considerável, riscando os carros da burguesia sempre que surgia uma oportunidade. Naquela espécie de insurreição solitária, eu jurava que estava dando a minha contribuição à revolução, vandalizando um pouquinho a propriedade privada. Não me arrependo. Mas lembro também de uma rebeldia tola, de quando eu tinha 18 anos: mijar na pia do banheiro dos bares, e não no vaso sanitário. Uma transgressão que admito, hoje, ser só babaquice mesmo. Tive minha fase de rebeldia filosófica e não foram poucas as vezes em que arremeti contra Deus a minha ira santa, elegendo Lúcifer como o primeiro guerrilheiro a enfrentar a tirania divina, que teve de amargar exílio e maldição. Hoje, Deus e o Diabo estão devidamente ressignificados e os dois convivem muito bem.

Por isso, hoje, sou rebelde de verdade. E parece que mais terrível, pois os inimigos não estão preparados pra enfrentar quem luta com a verdade estampada em cada gesto. Honrar compromissos, cumprir a palavra, ter boa vontade são ofensas a quem só compreende atitudes espúrias, pra quem acha natural que um sujeito enriqueça em sucessivos mandatos públicos sem ter que trabalhar. Podendo até chegar ao mais alto posto da nação.

Obedecer à lei da consciência, ter sonos tranquilos, despertar com bom-humor, estar atento ao sentido de justiça e jamais deixar de perceber o canto de um pássaro. E querer bem, querer o bem, sempre o bem. Dos outros e de todos. Eis a minha rebeldia de hoje.

Show de humor, de Adilson Alcantara, acontece nesta quinta (24), em Macapá

Músico, humorista, cantor e compositor Adilson Alcantara – Foto: arquivo pessoal do artista.

Nesta quinta, feira, 24, tem show “Quem quer rir comigo” do humorista, cantor e compositor Adilson Alcantara, a partir das 19h, no espaço cultural Gastrobar Farofa Tropical, em Macapá.

O humorista paraense está de volta a Macapá e na apresentação contará com o humo amapaense Nilson Borges, conhecido pelo seu personagem Vardico da dupla que fazia com seu irmão Lurdico, dos Cabuçus, como participação especial.

Na parte musical terá os músicos Enrico de Miceli e Fineias Nelluty, este último além da parte musical, também conta com a veia humorista.

O show foi lançado em setembro de 2021 em Belém, um mix de humor e música, divido em 12 atos, em que cada um faz referência a um mês do ano e a partir de datas marcantes surgem histórias, causos e paródias, mostrando o cotidiano.

“O show é recheado de humor e música, por 4 anos com o colega de humor Epaminondas Gustavo, que faleceu vítima de Covid-19. E voltei a fazer e estou estendendo ele a outras cidades e estados, como Manaus, agora Macapá e toda a região Norte”, explica o artista.

Dirigido pela jornalista Márcia Freitas, o show marca mais um desafio na carreira de Adilson Alcântara: cantar e fazer humor ao mesmo tempo de forma leve a partir de situações vivenciadas no dia-a-dia das pessoas.

Serviço:

Show “Quem quer rir comigo” do humorista Adilson Alcantara
Data: 23-03 e 24-03
Horário: a partir das 20h
Local: Farofa Tropical
Endereço: Rua São José,1024, Centro
Informações e reservas: 98137-3130

Fonte: Blog da Alyne Kaiser.

Monólogo ( Aos dois) – Texto poético de Luiz Jorge Ferreira

Depois de doze anos que ambos haviam completados 90 anos.

…Ela olha em sua direção…e diz.
– Tomara que chova.

… Ele põe o pé direito no chinelo…no par esquerdo…que está imprensado entre a parede, e as pernas da cadeira.
….E se chover que se demore.

Feche a janela para que não molhe o relógio.
E se molhar o relógio… não molhe as horas…e se molhar as horas… não molhe os dias…e se molhar os dias… não molhe os meses…e se molhar …

Ela disse … olhando amorosamente em sua direção…
Doutro lado da sala repleta de plantas, besouros, joaninhas, e sanguessugas, e morcegos…ele lá.

Tomara que não chova! Completou.

…ele voltou o rosto para o lado que o arco-íris descorado se prendia ao alpendre…e sorriu…

Ela lentamente cuspiu em direção ao gato de porcelana cochilando na terceira janela.
…e se chover…que venha de Oeste…pois a Leste tem a Tabacaria.

Ele balbuciou uma Mandala que aprendera na Caxemira…
Provavelmente Outono lhe traria de volta a audição, o olfato, e o paladar…Quiça a ereção.

Ela se ergueu…e caminhou nua em direção ao pequeno atracadouro… lotado de Canoas apodrecidas.

Ele lamentou que começasse a chover… exatamente agora.

Luiz Jorge Ferreira.

Secult/AP: feira e apresentações marcam reinauguração do espaço Sabores do Amapá e Casa do Artesão

Foto: Giordano Santana

Após fechar, há dois anos, por conta da pandemia e obras, o espaço Sabores do Amapá e Casa do Artesão volta a funcionar em Macapá. A reinauguração conta com uma vasta programação que iniciou no sábado (19) e deve ir até domingo (27). O local tem espaço para receber apresentações e atrair novos consumidores. Veja a programação no final da matéria.

A Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult/AP) está dando suporte na realização da programação, do dia 25 ao dia 27, quando acontece a Feira do Artesanato. Durante esses dias, o evento contará com apresentações artísticas e culturais.

De acordo com o titular da Secult/AP, Evandro Milhomem, o local é importante para a história do Amapá e para o mercado do artesanato. “Não podemos virar as costas para este marco da cultura do nosso estado. Além de servir de memória, também é um vetor muito importante na geração de renda destes artesãos”, declarou.

PROGRAMAÇÃO

DIA 21/03/2022 – SEGUNDA-FEIRA
15h00 – Lançamento de Programa aos Artesões
15h30 – Música Ambiente
16h00 – Cadastramento de Artesãos
17h00 – Palestra (Artesanato Uma Ideia Sustentável – Palestrante : Mário Loureiro

DIA 23/03/2022- QUARTA-FEIRA
15h00- Espaço CT/SINE – (cadastramento SINE)
15h30- Música Ambiente
16h00- SINE (Oficinas)
17h00-Oficina de Portifólio CE

DIA 24/03/2022- QUINTA-FEIRA
15h00 – Bem Estar (massagens, limpeza de pele, verificação pressão e glicemia)
15h30- Música Ambiente
16h00 – Oficina CE
17h00- Assinatura do Contrato e Entrega do Regulamento da Praça Sabores do Amapá

DIA 25/03/2022 – SEXTA- FEIRA
16h00 Feira de Artesanato
17h00- Apresentação Cultural
19h00- Atração Musical
22h00- Encerramento

DIA 26/03/2022 – SÁBADO
16h00- Feira de Artesanato
17h00- Apresentação Cultural
18h00- Inauguração da Praça Sabores do Amapá
18h00- Entrega das Chaves dos Boxes
18h30- Inauguração Casa do Artesão
18h30- Apresentação das Urnas Funerárias
19h00- Apresentação Musical
22h00- Encerramento

DIA 27/03/2022 – DOMINGO
16h00- Feira de Artesanato
19h00- Apresentação Musical
20h30- Desfile
22h00- Encerramento

De Santana-AP, Relson Cardoso sobe nos maiores palcos da comédia de São Paulo

As risadas das plateias já acompanham o santanense Relson Cardoso desde 2019, quando iniciou sua trajetória na comédia Stand Up, mas agora vão além do público conquistado entre seus conterrâneos e ecoam das maiores casas de shows de São Paulo (SP), onde o humorista passa a primeira temporada interestadual de sua carreira.

A princípio eram dias para conhecer o cenário e fazer contatos, mas Relson já ganhou notoriedade e pôde se apresentar nos comedy’s paulistas. “Viemos passar 15 dias para conhecer a cena e fazer networking com os comediantes daqui. Já consegui me apresentar em alguns locais aqui e um deles, inclusive, é a maior casa de comédia do Brasil, mesmo palco que já pisaram Whindersson Nunes, Afonso Padilha, Thiago Ventura, entre outros”, conta.

O humorista do Amapá conta que o momento do encontro com Whindersson Nunes ficará marcado em sua história, assim como a resposta de Thiago Ventura em uma de suas piadas.

“O ponto alto dessa nossa turnê por aqui, sem dúvida, foi ter encontrado com o Whindersson, ter conversado um pouco com ele. Outra coisa muito legal que aconteceu foi o Thiago Ventura ter curtido e comentado um vídeo meu que eu postei no meu Instagram”.

Tudo começou com as publicações do seu cotidiano como eletricista, o tom bem-humorado de Relson conquistou novos espaços e chegou aos vídeos produzidos na sua conta no Instagram (@relsoncardoso) obtendo mais de 100 mil visualizações em algumas postagens. O humorista também já se apresentou em diversos shows em Macapá e Santana, todos com casa cheia e a resposta de gargalhadas garantida.

Agora, o santanense tem percorrido as casas de shows paulistas sob a orientação da agência que compõe. A ideia central é justamente divulgar seu nome e abrir portas.

“Nesse tempo aconteceu muita coisa boa. Conheci muitos comediantes que antes eu só via pelo YouTube. Quando a gente fala que é do Amapá, eles dão muita atenção. São muito simpáticos, na sua maioria. Já dividi o palco com humoristas que tem no currículo participações em shows na Netflix”, conta.

O amapaense segue na temporada em São Paulo, mas tem planos para o futuro: “Fiz uns contatos muito importantes por aqui, com produtores de artistas a nível nacional. Voltarei com uma bagagem de conhecimento muito vasta”, conclui.

Marcelle Nunes – Jornalista
Contato: (96) 98106-4232
Assessoria de comunicação

Honraria da Câmara de Vereadores levará o nome de “Tia Biló”

Foto: Gabriel Penha

É de autoria do vereador Claudiomar Rosa, o projeto de Decreto Legislativo nº 112/2021, que dispõe sobre o nome da honraria “Mérito Personalidade Negra” que passará a ser intitulado como: “Mérito Personalidade Negra Tia Biló”.

Este decreto foi aprovado na manhã de hoje, 22 de março, durante a 5ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Macapá, contando com votos unânimes dos vereadores e vereadoras.

Benedita Guilherma Ramos, conhecida popularmente como Tia Biló, nasceu em 10 de fevereiro de 1925, no antigo Território do Estado do Amapá, filha de Januária Simplícia Ramos e Julião Tomaz Ramos o “Mestre Julião”, uma das maiores personalidades negras do Amapá, quando o assunto é marabaixo.

E foi a partir deste legado de Julião Ramos, que Tia Biló deu continuidade às tradicionais rodas de marabaixo nos campos do Laguinho. Mulher negra que sustentou seus filhos e netos, desenvolvendo suas funções na labuta da roça, como lavadeira, quituteira, depois se tornando funcionária pública no governo Janary Nunes.

Tia Biló, matriarca da família Ramos, assumiu a responsabilidade de salvaguardar, perpetuar e valorizar esta manifestação cultural e toda sua ritualística, a pedido de seu pai no leito de morte, onde tomou a responsabilidade de repassar aos seus filhos, netos e bisnetos.

Foi também sócia fundadora da Associação Raimundo Ladislau, entidade criada com o intuito expandir, valorizar e realizar os festejos relacionados ao ciclo do marabaixo, em louvor ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade.

Benedita Guilherma Ramos, nos deixa em 18 de setembro de 2021, aos 96 anos, deixando um silêncio nos tambores do batuque e marabaixo, com um imenso vazio no Bairro do Laguinho e em todo o Estado do Amapá.

“Hoje rendemos esta homenagem à Tia Biló, e é com muito orgulho que apresento este decreto, e a partir desta aprovação, Tia Biló terá seu nome guardado para sempre na história, na memória e no coração do povo amapaense”, disse o vereador Claudiomar Rosa.

Comunicação
Vereador Claudiomar Rosa
96 99141-8420

Nunca fui…(uma crônica megalomaníaca de Elton Tavares) – Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”.

Ilustração de Ronaldo Rony

Crônica megalomaníaca de Elton Tavares

Nunca fui sonhador de só esperar algo acontecer. Sou de fazer acontecer. Não sou e nunca serei um anjo. Não procuro confusão, mas não corro dela, nunca!

Nunca fui de pedir autorização pra nada, nem pra família, nem para amigos. No máximo para chefes, mas só na vida profissional.

Nunca fui estudioso, mas me dei melhor que muitos “super safos” que conheci no colégio. Nunca fui prego, talvez um pouco besta na adolescência.

Nunca fui safado, cagueta ou traíra, mesmo que alguns se esforcem em me pintar com essas cores.

Nunca fui metido a merda, boçal ou elitista, só não gosto de música ruim, pessoas idiotas (sejam elas pobres ou ricas) e reuniões com falsa brodagem.

Nunca fui “pegador”, nem quis. É verdade que tive vários relacionamentos, mas cada um a seu tempo. Nunca fui puxa-saco ou efusivo, somente defendi os trampos por onde passei, com o devido respeito para com colegas e superiores.

Nunca fui exemplo. Também nunca quis ser. Nunca fui sonso, falso ou hipócrita, quem me conhece sabe.

Nunca fui calmo, tranquilo ou sereno. Só que também nunca fui covarde, injusto ou traiçoeiro.

Nunca fui só mais um. Sempre marquei presença e, muitas vezes, fiz a diferença. A verdade é que nunca fui convencional, daqueles que fazem sentido. E quer saber, gosto e me orgulho disso. E quem convive comigo sabe disso.

Elton Tavares

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, de minha autoria, lançado em novembro de 2021.

Sesc Amapá e Coletivo Juremas lançam projeto de Poesia em Macapá 

O Sesc Amapá e o Coletivo Juremas lançam no próximo dia 25 de março (sexta-feira), um novo espaço para a poesia no Amapá.

O projeto Sextou com Poesia tem como objetivo um tripé importante para a arte como um todo, que envolve rodada de diálogos, apresentações artísticas e apoio à retomada do setor cultural após a pandemia da Covid-19.

A poeta Carla Nobre, membro do Coletivo Juremas, comenta que o Sextou com Poesia vai além de um espaço de arte e cultura, é mais uma oportunidade de dialogar sobre a cadeia produtiva da cultura, bem como criar laços e elos para fortalecer o setor no Amapá, quem sabe ampliando o projeto para edições nos demais municípios, nos quais o SESC possua atuação aqui no estado.

Na Edição de março, o Sextou com Poesia, traz a Rodada de diálogo “Reencontro Traçando Palavras” com a facilitadora Andreia Lopes, “Performance Dança do Ventre” com a professora Samanda Nobre, recital “Poemania” com Hayam Chandra, Suane Brazão e Laura do Marabaixo e o show “O Amor Mora Aqui” com os Poetas Azuis Pedro Stkls e Thiago Soeiro. Esse formato de evento permite ao público dialogar sobre a arte produzida no Estado, curtir espetáculos memoráveis e, de quebra, matar a saudade dos amigos, que em outros tempos frequentavam assiduamente os eventos realizados no SESC Centro.

As edições do Sextou com Poesia acontecerão toda última sexta-feira do mês, sempre no restaurante do Sesc Centro, a partir das 19h, em Macapá.

O projeto é uma realização do SESC-AP e Coletivo Juremas, com apoio do projeto Quarta de Artes da Pleta, O Charme da Poesia e O Blog da Mary.

Serviço

Lançamento do Projeto Sextou com Poesia
Data: 25 de março (sexta-feira)
Hora: 19h
Local: Restaurante do Sesc Centro – R. Tiradentes, 920-1004 – Central, Macapá
Entrada Livre

Mary Paes
Assessoria de Imprensa
(96)98138-5712 | 99179-4950

Poesia de agora: ASA – Pedro Stkls ( @stkls)

ASA

eu sonhei que a poesia andava
na ponta da asa de uma borboleta
um dia trafegando o rio amazonas
a borboleta deixou com que a maré levasse
justo a parte onde a poesia observava o
mundo
um poeta vendo aquilo escreveu
que uma parte do rio era água
e a outra queria voar.

Pedro Stkls

Videoclipe da música “Encontro dos Tambores”, do disco Timbres e Temperos#timbresetemperos #amapa #musicabrasileira #musicapopularbrasileira #mpb #brasil

Que  álbum “Timbres e Temperos“, trabalho do violonista, compositor e cantor paraense Enrico Di Miceli, do poeta, escritor e cantor (também) paraense Joãozinho Gomes e da cantora amapaense Patrícia Bastos, sob direção musical do músico e compositor paulistano Dante Ozzetti, é recheado de músicas sensacionais, nós já sabemos. O disco, lançado há alguns meses, é realmente maravilhoso. Porém, agora eles lançaram o videoclipe da canção “Encontro dos Tambores”.

Encontro dos Tambores é um batuque cuja letra é de fácil compreensão, visto que ela descreve a movimentação do festejo homônimo que ocorre anualmente em Macapá, acrescentando algumas ideias poéticas, trazendo para o referido encontro alguns elementos de matriz africana cultuados em outras regiões brasileiras, uma espécie de convite a outros povos, a outros tambores. O evento tem como objetivo integrar as comunidades tradicionais em várias atividades culturais, onde, também, é rezada a Missa dos Quilombos em celebração ao Dia Nacional da Consciência Negra. O Encontro dos Tambores acontece no mês de novembro no Centro de Cultura Negra e União dos Negros do Amapá (UNA).

Assista essa lindeza e curta:


Sobre o videoclipe:

Direção, fotografia e finalização: Luan Cardoso
Produção: Clícia Vieira Di Miceli e Dante Ozzetti
Assistente de produção (Macapá): Pedro Ivo Gutto Pavull
Assistente de produção (São Paulo): Yasmin Milani
Edição: Beatriz Dantas
Drone: Giorgio Moura

Músicos:

Dante Ozzetti: sintetizador e efeitos
Edson Costa: Guitarra elétrica
Alan Gomes: baixo elétrico
Nena Silva: percussão
Trio Manari: Percussão
Gui Held: Guitarra elétrica

Ficha técnica:

Produção Musical e arranjos: Dante Ozzetti
Mixado por Luis Lopes no Estúdio Flap
Masterizado por Carlos Freitas (Classic Master)
Produção executiva: Clicia Vieira Di Miceli
Projeto Gráfico: Skipp
Assistência de Projeto Gráfico: Lala Tark
Fotografia: Johnny Sena

APOIO: Secretaria de Cultura do Estado do Amapá

Ifap lança Programa Primeiros Projetos: inscrições serão por meio de formulário eletrônico, no período de 16 de março a 3 de abril

Estudantes receberão bolsas mensais para participar de ações didático-pedagógicas articuladas à extensão ou à pesquisa

O Instituto Federal do Amapá (Ifap), através da Pró-Reitoria de Ensino (Proen), lançou o Edital n° 5/2022/Proen/Ifap, que institui o programa Primeiros Projetos, a fim de estimular os estudantes dos cursos técnicos de nível médio (integrados, Proeja e subsequentes) a participarem de ações didático-pedagógicas articuladas ao ensino, à extensão ou à pesquisa. São ofertadas 30 bolsas no valor mensal de R$ 350, no período de 12 meses. Para participar do processo de seleção, os estudantes devem fazer parte de uma Proposta de Projeto de Ensino, a ser coordenada e inscrita por um servidor do Ifap, professor ou técnico-administrativo do quadro efetivo. As inscrições serão por meio de formulário eletrônico, no período de 16 de março a 3 de abril.

:: Para ler o Edital n° 5/2022/Proen/Ifap, clique aqui ::

:: Acesse o formulário eletrônico para se inscrever uma proposta ::

A proposta deve seguir o modelo disponível no edital, constando carga horária, cursos e turmas envolvidos, vinculação com disciplinas, locais e horários da realização, composição da equipe, incluindo o número e o quantitativo de alunos, apresentação de como o projeto será desenvolvido, descrição da articulação com pesquisa e a metodologia a ser utilizada na execução, além de especificar as ações a serem desenvolvidas pelos participantes da equipe, cronograma, infraestrutura e recursos financeiros. A proposta deverá ter o parecer do colegiado dos cursos aos quais o projeto estará vinculado.

O Projeto de Ensino deve ter somente um servidor do quadro efetivo do Ifap, que assumirá a função de coordenador e deverá dispor de quatro a oito horas semanais para o desenvolvimento das atividades. Em nenhuma hipótese, poderá ser conferido qualquer pagamento ou bolsa ao coordenador.

Cada proposta deve ter até cinco colaboradores internos e/ou externos, que contribuirão, de acordo com o plano de trabalho, com o desenvolvimento da proposta. Além dos servidores, poderão compor a equipe estudantes vinculados e egressos do Ifap, professores, técnicos administrativos e estudantes de outras instituições de ensino.

Somente os estudantes dos cursos técnicos de nível médio do Ifap podem ser bolsistas, devendo dedicar 20 horas semanais ao projeto. Cada projeto deve ter um bolsista. Poderão participar estudantes voluntários, que não receberão recurso financeiro e deverão dispor de 10 horas semanais para as atividades.

Serviço:

Texto: Suely Leitão, jornalista da Reitoria
Diretoria de Comunicação – Dicom
Instituto Federal do Amapá (Ifap)
E-mail: [email protected]

Histórias Guardadas: o novo trabalho autoral do músico amapaense Jean Carmo

O cantor, instrumentista e compositor amapaense, Jean Carmo, lançou, no último dia 14 de março, a música Histórias Guardadas. O novo trabalho autoral do músico é a expressão poética transformada em música, sobre experiências vividas pelo autor e de relatos de outras pessoas sobre um sentimento de recompensa e felicidade que se percebe, ao fazer viagens, conhecer pessoas e lugares.

A canção foi gravada no Estúdio Zarolho Records, produzida por Alan Flexa. A gravação contou com o baterista Paulinho Queiroga. Voz, violão, guitarra e baixo foram feitas por Jean Carmo.
e harmmond por conta do produtor Alan Flexa.

Jean do Carmo – Foto: arquivo pessoal do artista

Sobre Jean do Carmo

Além de músico, compositor e cantor, Jean Carmo é escritor. Começou seu trabalho musical aos 13 anos de idade, tocando em igrejas. Depois integrou a banda Silver boys. Após um longo período tocando covers de bandas como The Beatles, Nirvana, Ramones, Pink Floyd entre outras.

Iniciou sua carreira autoral em 2012, com canções direcionadas para temática regional como valorização cultural e histórica do povo amapaense, mitologia amazônica e a preservação ambiental. Jean tem estilo próprio, combinando o blues, o rock e o funk dos anos 60 e 70, com ritmos regionais como o Marabaixo. Suas canções tratam de temas conhecidos na cultura e região amazônica.

Escute Histórias Guardadas aqui: 

Singles lançados por Jean do Carmo: “Meu Senhor”/2016; “Ponderar”/2018; “Vamos preservar”/2018 e “Fortaleza do Santo José”, em junho/2021. Além do “EP Amazônidas”, de junho de 2016 e”EP Outras Canções”, de dezembro/2018.

Plataformas digitais do artista:
https://youtube.com/channel/UClb5pcANP32Ekx_GFfZu0SA
https://soundcloud.com/jeancarmo
https://www.palcomp3.com/jeancarmo/
Spotify, Apple, Deezer, Pandora, Tidal, Napster, Amazon, TikTok, VK Music, Boom, Anghami, Boomplay e muito mais.

Assessoria de comunicação de Jean do Carmo