Jornalista e escritora/poeta Alcinéa Cavalcante gira a roda da vida. Feliz aniversário, querida amiga! – @alcinea

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amor ou amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Neste décimo nono dia de fevereiro, a jornalista, professora e escritora/poeta, Alcinéa Cavalcante, gira a roda da vida e lhe rendo homenagens.

Alcinéa Cavalcante é brilhante em tudo que se propõe a fazer. Jornalista, escritora premiada, uma das maiores poetas amapaenses, ativa militante cultural, respeitada blogueira, fotógrafa, numismática, apreciadora da Lua, experiente e perspicaz repórter, imortal da Academia Amapaense de Letras (AAL), amante de carnaval e integrante da Escola de Samba Maracatu da Favela (apaixonada por sua verde & rosa), degustadora de Chandon, mestre em produzir lindos origamis, entre outras muitas coisas porretas que a Néa é.

Mas ela desempenha ainda melhor os papéis de esposa do gentil e gente boa Soeiro, mãe do meu querido amigo Márcio Spot, avó amorosa da Alice, irmã da Alcilene, Alcione, Zoth, entre outros que não conheço, além de amada amiga deste editor.

Há décadas, com sua escrita ímpar, Alcinéa faz arte e comunicação de forma sublime. No compasso suave das palavras tecidas com esmero, sua poesia se entrelaça com a história do Amapá. E seu jornalismo franco, contundente e responsável revelam verdades e colorem os dias neste nosso lugar no mundo.

Néa herdou o talento de seu pai, o lendário Tio Alcy Araújo (um cara que eu queria ter conhecido). Literalmente o toque dela, por onde vai, faz a diferença no mundo. Com seus mágicos origamis, espalhava poesia pela cidade na época do seu Poesia na Boca da Noite. Com ela, a palavra vira poema ou notícia, informação coesa e responsável, pautada pela sua marca pessoal, a credibilidade. Dia a dia vira retrato de uma paisagem antiga, que a gente não quer esquecer.

Seus passos são marcados pelas veredas da cultura e do jornalismo. E ecoam como cânticos de resistência, pois Alcinéa pavimentou o caminho para muitos passarem, como eu.

Adoro quando vou até ela e a gente fica batendo papo no escritório de sua casa, uma mistura de biblioteca e sala de estar aconchegante. Ou quando vamos ao barzinho que fica quase em frente à sua residência, tomar um chopp e molhar a palavra. Quando passo tempos sem ir, ela me ameaça e fala que irei para seu caderninho de ex-amigos. Logo dou um jeito de dar as caras, colocar a conversa em dia e rir bastante em sua companhia.

Ah, Néa sempre nos atualiza, nos ensina e diverte. Para mim, Alcinéa é conselheira, incentivadora, confidente e protetora (sim, ela protege e é extremamente fiel aos seus).

Já escrevi muitos textos sobre a Alcinéa Cavalcante e sempre repito: Néa é um misto de doçura e acidez. Quando jornalista, suas colocações inteligentes, com pontos de vista diferenciados, o leve humor ácido e a abordagem refinada sobre qualquer tema, fascina leitores. Quando poeta, desperta as melhores sensações em quem lê ou escuta seus lindos poemas, pura ternura.

Em resumo, se é que dá pra resumi-la em um texto de felicitações: Nea é uma pessoa sensacional. Uma mulher do bem, mas que combate o mal com força (e ela é forte pra caramba, pensem numa caneta pesada). Não à toa, nós, seus amigos, a amamos. E é impossível ser diferente.

Alcinéa, querida. Parabéns não somente pelo seu dia, mas por ser essa pessoa lindeza que és. Sou grato pelo apoio mútuo e pela amizade que construímos. É uma honra pra mim ser querido por alguém como você . Que teu novo ciclo seja repleto de luz, saúde, harmonia e paz. Que tua vida seja longa. Que sigas alegrando nossas vidas com teus poemas, sacadas, ironia fina e amor. Sou feliz pela tua existência orbitar a minha. Agradeço sempre pelo apoio contínuo e aprendizado. Que sigas, por pelo menos mais uns 100 fevereiros, com essa alegria, energia e força contagiantes.

Parabéns pelo seu dia, Néa. E feliz aniversário, querida amiga!

Elton Tavares (mas tenho certeza que falo também em nome da publicitária Bruna Cereja, minha namorada e também amiga da Néa).

Professor e cantor, Armando Cavalcante, gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo!

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Uma dessas pessoas é o Armando Cavalcante. Ele gira a roda da vida neste décimo nono dia de fevereiro e lhe rendo homenagem, pois além de educador competente e artista talentoso, é uma brother gente fina!

Armando é e sempre foi um cara paid’égua! Ele foi professor de várias gerações do Colégio Amapaense – instituição de ensino onde o cara também foi diretor. O aniversariante nunca foi um educador comum e, a exemplo do saudoso Edésio, fez de seus alunos amigos. E assim levamos o brother no coração. Sim, ele é um cara pai d’égua. Apesar de irreverente, todos os seus alunos e colegas professores o respeitam.

Um dia, ao comentar sobre a minha amada avó Peró, Armando disse: “foi minha vizinha por muitos anos. Eu morava ao lado da Farmácia Popular, próximo ao shopping Macapá. Minha mãe era amiga dela e do seu João (saudoso avô deste jornalista). Teu pai frequentava um bar do meu pai (Claro, né, Zé Penha?), o “Sinuca Quintandinha Bar”.

É assim mesmo, em Macapá: as famílias mais antigas da cidade possuem ligações curiosas.

Armando sempre foi um incentivador. Lembro dele sempre presente nas gincanas, competições esportivas, Feiras de Ciências ou qualquer outra programação que envolvesse os alunos do CA. O cara sempre foi nosso chapa e até hoje é considerado pela minha geração (de nós-cegos) do velho colégio.

Por tudo o que fez, foi e é, a gente (eu e a galera do CA) adoramos o Armando. Ah, ele até me deu uma moral e comprou meus livros. Como já disse, o cara sempre foi um incentivador e agradeço por isso. Não à toa, Bruno e Saulo, seus filhos e também amigos meus, são dois figuras paid’éguas, pois seguiram o exemplo do pai.

Ah, além de professor, bom pai e bom amigo, ele é foda no canto, no teclado, como músico e cantor. Armando sempre anima festas de seus amigos com sua voz porreta, repertório escolhido a dedo e notas do fina da MPB. É porreta quando ele embala esses momentos.

Armando (CDM), querido amigo, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que sigas com essa sabedoria e coragem. Que tudo que couber no teu conceito de sucesso se realize. Que a Força sempre esteja contigo. Saúde e sucesso sempre. Parabéns pelo teu dia, brother. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Cerimonialista, jornalista e pastora, Tanha Silva gira a roda da vida. Feliz aniversário, queridona! – @tanhasilva

Com Tanha Silva.

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amor ou amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Neste décimo oitavo dia de fevereiro, a Tanha Silva gira a roda da vida e lhe rendo homenagens, pois trata-se de uma pessoa especial, bondosa e muito porreta.

Ela foi minha chefa, quando gerente de comunicação do Ministério Público do Amapá (MP-AP), instituição que trabalhei na equipe da Ascom. Aliás, Tanha me substituiu nessa função (onde atuei por três anos), em janeiro de 2020 e foi uma líder melhor que eu daquele grupo de profissionais.

Certa vez, ela mesma disse, no natalício de outra amiga: “O dia do nosso aniversário é uma senha entre a terra e os céus, uma data em que estamos mais propícios a receber bênçãos”. Concordo, pois adoro aniversários e tento sempre parabenizar os meus afetos, como a própria dona da frase.

Tanha também é jornalista, mestre de cerimônias, especialista em assessoria de eventos, pastora na Igreja Portas Abertas e empresária no ramo de Cerimonial. Aliás, não conheço melhor cerimonialista que ela.

Tanha Silva, querida amiga, em 2023

Trata-se de uma mulher inteligente, educada, elegante e, sobretudo, do bem. E, ainda, um exemplo de como é ser um (a) cristão(a), de fato. Ah, Tanha é muito dedicada à sua família. É bonito ver o tratamento e ouvir como ela fala amorosamente dos seus afetos.

Antes de trampar com ela, eu a conhecia de vista e de fama, pois sua reputação de gente fina e competente a precede. Tanha Silva me substituiu na gerência da Ascom MP-AP e a vida ficou melhor em todos os sentidos. Ela não somente melhorou o desempenho da equipe, como manteve o grupo unido. Sua fé sempre nos contagiou e seremos sempre gratos pelo produtivo período de convivência.

De acordo com o Tratado sobre Gratidão de São Tomás de Aquino, existem três níveis de gratidão: superficial, intermediário e profundo. O primeiro é o reconhecimento. O segundo do agradecimento, de dar graças a alguém por aquilo que esse alguém fez por nós. E, o terceiro, e mais poderoso, é o do vínculo, é o nível do sentirmos vinculados e comprometidos com essas pessoas.

Agradeço à Tanha no terceiro nível, por tudo que fez por mim em nosso período de intensa convivência. Graças a ela, não pedi demissão na época. Graças a ela, que trouxe paz para o ambiente de trabalho, tudo deu certo, durante os anos de pandemia. Quem sabe toda a história, só elogia essa profissional e sua capacidade de contemporizar.

Com a Tanha, em 2024

Em resumo, Tanha Silva é um ser de luz. Uma mulher admirável e totalmente do bem. Ela sempre foi muito profissional, justa e uma lindeza de pessoa de se conviver. A gente não anda junto fora do trampo, mas gosto demais dela e boto fé que é recíproco.

Querida ex-chefa e amiga, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua, produtivo, próspero e que tenhas sempre saúde e sucesso junto dos teus amores. Que tua vida seja longa; que sigas com essa sabedoria e fé que lhe é peculiar; que tudo que caiba no teu querer se concretize. Todo o amor dessa vida pra ti. Que essa data se repita por pelo menos mais uns 100 fevereiros.

Tanha, você sempre está no meu coração. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

Cantor, músico e compositor Alan Yared gira a roda da vida. Feliz aniversário, brother!

Eu, Alan Yared e Black Sabbá – 16/02/2015 – Foto: Fernando França

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Uma dessas pessoas é o Alan Yared. Ele gira a roda da vida neste décimo sétimo dia de fevereiro e lhe rendo homenagem, pois além de artista talentoso, é uma brother gente fina!

Cantor e compositor, Alan Yared é macapaense, e a arte sempre esteve presente em sua vida. Aos 10 anos já se apresentava em programas de calouro, foi um dos primeiros roqueiros a entender o estilo como um movimento.

Nos anos 80, Alan é foi um dos precursores do movimento de rock na capital amapaense com a banda Ura, na década seguinte, integrou a banda Flor de Laranjeira. Depois iniciou a carreira de compositor no ano 2000, em 2004, realizou uma turnê pelo Estado com o show Tributo a Legião Urbana. Em 2005 integrou o grupo Imã e ganhou o festival “Sescanta”, promovido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc/AP).

O cara também se apresentou no festival autoral “O Grito do Rock em 2006 e lançou o CD single “Sai fora Tio Sam”, a música foi executada em rádios de São Paulo (SP) e Belém (PA). Após completar 35 anos de carreira profissional e 50 de idade, Alan Yared lançou três singles que fazem parte do álbum Avenida Fab, uma coletânea de doze canções autorais e em parcerias.

Eu e Yared, em um encontro no início de 2024

Conheço Yared desde moleque e fiz amizade com ele há muito tempo. Alan é também um cara dedicado à família, pois pelo que sei, é bom pai, irmão e filho. Enfim, gosto do Alan. É um cara que curte o meu trabalho e é recíproco. Sem falar que toda vez que nos encontramos é festa.

Yared, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que sigas com essa garra, sabedoria, coragem e talento em tudo que te propões a fazer. Que a Força sempre esteja contigo. Que tudo que couber no teu conceito de sucesso se realize. E que tua vida seja longa, repleta de momentos porretas. Parabéns pelo seu dia, Alan. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Arquiteta Silvana Sena gira a roda da vida. Feliz aniversário, prima querida!

Silvana, eu e Bruna

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amor ou amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Neste décimo sexto dia de fevereiro, minha muito querida prima, Silvana Sena, gira a roda da vida e lhe rendo homenagens.

Silvana é arquiteta, empresária, fazendeira, já trampou com decoração de festas, entre outras coisas (ela é virada pra trabalhar). Remista convicta, festeira, eterna motorista da rodada e viajante do mundo, essa mulher é minha amiga desde que me entendo por gente. É uma querida com quem dividi muitos momentos porretas de nossas vidas e alimentam minha memória afetiva.

Mas o melhor papel que Silvaninha realiza é de mãe do talentoso Felipe, esposa do caralísticamente gente fina, Adriano e filha dedicada da tia Sanzinha. Ah, ela conta com a ajuda essencial da nossa amiga Cila para essas funções. Todas essas pessoas são do meu coração.

Com Silvaninha, minha prima linda e querida.

Já disse e repito: Silvana é uma daquelas pessoas que posso passar meses sem ver, mas sei que posso contar com ela. Coisas de amor de primo, meio irmão. A gente sempre se deu bem demais. Tenho certeza que nosso amor e “consideramento” é recíproco. Sim, somos amigos a vida toda e isso é raro. Também já disse que ela fica chateada por minha ausência em festejos e reuniões em sua casa, mas ela sabe que o gordo aqui é estranho.

Também volto a dizer que Silvana zerou o jogo da vida. Ela tem uma bela família e é feliz. Além disso, tira onda com o tempo, pois segue tão linda quando quando tinha 20 e poucos anos. Além disso, é sempre gentil, sorridente, bem humorada, prestativa e, sobretudo, uma pessoa do bem. Ah, é é politizada do jeito certo, pois assim como eu, ela é contra o nosso perverso mandatário nacional (sim, é preciso dizer isso sempre que temos oportunidade).

Com Silvana e Adriano, vivi muita coisa bacana e inesquecível aqui em Macapá e em Belém (anos 90). Meu saudoso pai os tinha como irmãos. Eu da mesma forma.

Silvaninha, tenho orgulho de ser seu primo e amigo. Tenho sorte de tua existência orbitar a minha e de ter o mesmo sangue que você. Tu sabes, você está sempre aqui dentro deste meu coração transloucado. Que teu novo ciclo seja ainda mais iluminado, produtivo e que tudo que caiba no teu querer se concretize. Que teu novo ciclo seja ainda mais porreta. Que tu tenhas sempre saúde pra trabalhar, viajar, amar os seus e que ainda partilhemos vários momentos lindos com nossa família. Todo o amor dessa vida pra ti. Meus parabéns pelo teu dia. Feliz aniversário!

Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar” – Machado de Assis.

Elton Tavares

Hoje é Dia do Repórter (meus parabéns aos colegas)

Hoje é o Dia do Repórter, celebrado no Brasil em todo 16 de fevereiro. A data homenageia o profissional que faz de tudo para elaborar matérias com ética, celeridade e responsabilidade. Essas qualidades são tão essenciais a esse cargo exercido por profissionais da comunicação que têm a função de investigação, pesquisa, entrevista e produção das notícias, sejam para a TV, impressos, rádio ou internet.

Trata-se de uma emocionante profissão; sempre em busca da melhor fala, de novidades ou de novos dados, repórteres estão sempre na investigação de algo para reportar.

Todo repórter é jornalista, mas nem todo jornalista é repórter. Este peculiar tipo de comunicador cobre a pauta de sua editoria. Existem os que atuam em política, esportes, educação, cidades, mundo, economia, cultura, entre outros, além dos repórteres fotográficos.

E quando o repórter é foca? Nossa, coitados dos novatos, pois as gafes são inevitáveis.

O bom repórter apura (ouve os dois lados) e noticia o fato ou ação. Essa coleta de dados nem sempre é fácil; na verdade, dependendo do assunto, é bastante trabalhosa. Mais que uma profissão, é uma missão!

Não atuo como profissional da imprensa aberta e sim como assessor de comunicação. Dentro dessa nobre atividade, respeito quem faz assessoria sem bajulação e tento apurar os fatos da melhor forma, o que também me faz um repórter.

Aliás, este site atende à necessidade que sinto de não escrever somente textos institucionais, mas também escritos que fogem a qualquer regra, com todos os neologismos e achismos que me dão na telha.

Já tive boas experiências com webjornalismo e impressos, mas acredito que TV e rádio são trampos para os jedis – por conta da correria (que é foda, mas vicia) – pois, além de talento, é preciso muito improviso. Admiro os colegas (muitos deles amigos) que viram bicho atrás de matérias diferentes, complexas ou polêmicas.

Enfim, nossas homenagens e parabéns aos repórteres – estes brilhantes profissionais que reportam e nos trazem as notícias do dia-a-dia.  Aos sérios e responsáveis, meus parabéns!

Elton Tavares

Em dias de chuva… – Crônica de Elton Tavares – Do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”

Choveu muito ontem e hoje, em Macapá. Acho que vai chover novamente. Hoje o sol está entocado, iluminando somente o suficiente. Amo dias chuvosos! Em dias de chuva dá vontade de ficar na cama até mais tarde. Ou o dia todo, né não? Claro que desde que não seja demais e alague ruas, pois a gente fica feliz com prejuízos e sofrimento alheio.

Dia bonito pra mim é dia chuvoso. Noite idem. Gosto por não suar e bebo cerveja sem problema, pois o frio me agrada profundamente. Em dias de chuva dou valor até no trânsito (deve ser por não dirigir).

Em dias de chuva, como hoje, lembro quando morávamos em pequena casa de madeira, cheia de goteiras. As poucas panelas eram espalhadas pela casa, para armazenar a água do pinga-pinga. É, no dia cinzento de hoje vejo como melhoramos de vida, pois temos que desligar o ar-condicionado e fazer o esforço para levantar da cama.

Ilustração de Ronaldo Rony

Quando era moleque, em dias de chuva, jogávamos futebol debaixo de temporal e dávamos muito valor naquela parada. Também lembro do meu velho e saudoso pai, que nos ensinava a ensaboar os vidros do carro para que não embaçassem. É, a chuva me traz mil memórias, a maioria muito boas.

Gosto do som da chuva, do barulho dos pingos no telhado. Os dias chuvosos me trazem uma paz imensa. A chuva anuncia: finalmente o inverno chegou.

Ah, não gosto de usar guarda-chuva, gosto do respingo, do frescor, de me molhar. Aliás, nunca gostei de “chove não molha” e sempre avisei: “pode tirar o cavalo da chuva”.

É isso!

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em 2020.

A Banda Paralela no universo do folião amapaense – Crônica de Elton Tavares

Foto: Elton Tavares

Crônica de Elton Tavares

Na última terça (13), o tradicional desfile do bloco “A Banda” foi adiada em Macapá, por conta de chuvas intensas que atingiram a cidade desde a madrugada e por boa parte do dia. A Prefeitura de Macapá decretou situação de emergência no município e muita gente ficou desabrigada ou prejudicada de alguma forma por conta da tempestade.

Em decisão conjunta com órgãos de governo e do município, a coordenação do maior bloco de sujos do norte reagendou o desfile da Banda, para o dia 3 de março de 2024.

Foto: Elton Tavares

Como A Banda é do Povo e o poder público está na assistência das pessoas e segurança da população, muita gente foi para as ruas na terça-feira gorda sim. Eu estava entre as centenas de pessoas que fizeram uma espécie de bloco paralelo, na contramão da ordem do Gabinete da Tristeza de São Pedro, que arriou toda aquela chuvarada desnecessária aqui no meio do mundo.

Mesmo com o adiamento do evento decretado, centenas de foliões estiveram presentes na Rua Cândido Mendes. Eu entre eles. Pois a fome e sede de Carnaval, foi saciada no churrasco de alguns amigos, que tinham se reunido para ver A Banda passar, “cantando coisas de amor”.

Foto: Elton Tavares

Sim, uma porrada de gente fantasiada ou com abadás aproveitaram a bateria da Império da Zona Norte e caixas de som que embalavam o festejo na casa em que os caras se confraternizavam e lá se esbaldaram.

A justificativa, embora nobre em sua essência, não foi atendida pelos amantes do Carnaval. Claro que ninguém ficou feliz com o problema das pessoas atingidas com as chuvas torrenciais, mas o Estado, Prefeitura e demais autoridades cuidaram da situação.

Foto: Elton Tavares

Afinal, era a semana mais esperada do ano, um período de liberdade e celebração onde as tradições se sobrepõem até mesmo às preocupações mais pragmáticas. Ir contra isso era como tentar segurar o ímpeto das ondas com as mãos nuas.

“A Banda paralela” não deixou a desejar em nada a irreverência e alegria contagiante de seus foliões sujos de purpurina. Os tambores continuaram a ecoar pelas ruas, os carros de som improvisados surgiram em cada esquina e as manifestações da quadra momesca encontraram espaços para florescer na Rua Cândido Mendes, em frente ao Teatro das Bacabeiras e no Mercado Central de Macapá.

Tradição foi difícil ir contra. Uma boa parte da população ganhou as ruas e curtiu cada batucada, cada carro de som e cada manifestação da quadra momesca que rolou. Afinal, a chuva não apagou o fogo sagrado do Carnaval. Para mim, foi a expressão mais genuína da alma de um povo que encontra na festa uma forma de reinventar e de afirmar sua identidade cultural diante de qualquer tempestade que possa surgir.

Eu e Kledson Mamed, o Jesus que operou o milagre da Banda Paralela

“...A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira…” – A Felicidade – (Vinícius de Moraes).

Jornalista Vanessa Albino gira a roda da vida. Feliz aniversário, broda!

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Também sempre digo que o jornalismo me trouxe muitos amigos. Alguns inimigos, é verdade, mas isso faz parte. Uma dessas pessoas é a Vanessa Albino. Ela gira a roda da vida neste décimo quinto dia de fevereiro e lhe rendo homenagem, pois além de profissional competente, é uma broda gente fina!

Vanessa Albino é jornalista, assessora de comunicação, fotógrafa, social mídia, cantora, gente boa, inteligente, responsável, trabalhadora, batalhadora e amiga deste editor. Além de competente profissional, ela é filha amorosa da Claudia e irmã parceira da Valeska. Uma pessoa dedicada à sua família.

Albino foi integrante da comunicação do Ministério Público do Amapá (MP-AP) e, na época, minha colega de trampo. Quando foi estagiária do MP-AP, fui seu chefe. E acompanhei sua vontade de aprender sempre e nada de preguiça de trabalhar (o jornalismo/assessoria de imprensa não tem hora ou dia, a gente trampa sempre que é preciso. Quem não entende isso nunca se garantirá nessa louca e linda profissão).

Conheci a Van em 2019, quando ela chegou para trabalhar conosco. De lá pra cá, ela se mostrou competente, comprometida, solícita, profissional e de bom trato. Desenrolada, boa de trampo e não tem medo do trabalho, além de um bom humor e sagacidade porreta.

Querida Van, sabes que te considero uma amiga. Nessa louca e feliz profissão é preciso parceria, e você já provou seu valor como pessoa inteligente, trabalhadora, batalhadora e sem frescura. Boto fé em ti como profissional e como pessoa.

Vanessa, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que sigas com essa garra, sabedoria, coragem e talento em tudo que te propões a fazer. Que a Força sempre esteja contigo. Que tudo que couber no teu conceito de sucesso se realize. E que tua vida seja longa, repleta de momentos porretas. Parabéns pelo seu dia. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Hoje é o Dia da Amizade (crônica de agradecimento aos meus incríveis amigos) #diadaamizade

Hoje (14), sei lá porque, é o “Dia da Amizade”. Sempre escrevo aqui sobre datas curiosas e sua origem, mas mesmo sem saber o motivo, vos digo: todo dia é dia da amizade. Quem consegue conquistar minha amizade sabe que é algo que cultivo, se for recíproco, claro.

Segundo pesquisa, “o Dia Internacional da Amizade”, inicialmente foi adotado em Buenos Aires na Argentina, através de um decreto. A data aos poucos passou a ser comemorada em diversas partes do mundo, e atualmente, quase todos os países acabam festejando esta data especial“.

Bom, os amigos são a família que escolhi, o meu povo, os meus amados (e às vezes odiados). Afinal, as brigas fazem parte da coisa. Por causa dos amigos, já me meti em brigas, fofocas, me endividei, bati e apanhei. Não me arrependo de nada, eles fizeram por mim também. É na hora que o bicho pega que vemos quem é quem. Ah, uma verdade absoluta sobre mim é: NUNCA SACANEIO OS MEUS AMIGOS.

Li em algum lugar que “Amigo é aquele que o coração escolhe”. Em outro, que “não fazemos amigos, os reconhecemos”. Em outros casos, uso a frase de Paulo Sant’Ana: “tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos”. É, gosto demais de uma galera que considero pra caralho! Uma coisa é certa, a amizade é um bem precioso. E como é!

Tenho amigos de infância, amigos doidos varridos, amigos velhos, amigos jovens, tenho amigos pra caralho (só assim pra vencer uma porrada de inimigos que possuo). Difícil é nomear todos, mas lhes rendo homenagens aqui neste site sempre que trocam de idade. Sobretudo, enfatizo a minha família (mamãe, irmão, namorada, alguns tios e alguns primos), eles sempre foram e sempre serão os meus melhores amigos.

Sempre que precisei muito dos meus verdadeiros amigos, fui atendido ou socorrido. Afinal, sempre brinco (e falo sério) quando digo que tenho mais inimigos que o Batman. Sou grato à todos. Ah, que fique registrado: amo vocês, comparsas.

Por tudo isso, hoje agradeço a Deus pelos meus verdadeiros amigos (que são muitos, de todas as classes sociais, ideologias políticas, héteros, gays, raças e crenças). Vocês que fazem parte da minha vida e a tornam muito mais feliz e feliz pra cacete! Sei que me aturar não é fácil.

A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro” – Platão.

Elton Tavares

Fotógrafo Márcio Pinheiro gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo!

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Alguns desses, encontro somente no trabalho, durante as coberturas jornalísticas. É o caso do fotojornalista Márcio Pinheiro, que gira a roda da vida neste décimo quarto dia de fevereiro.

Adoro fotografar, mas sou somente um apertador de botões. Tenho sorte de ser amigo de bons fotógrafos – o Márcio é um deles. Vez ou outra, preciso de fotos e recorro aos amigos, que sempre me salvam. Pinheiro já safou muitas vezes e sou grato por isso.

Márcio Pinheiro é um pai e um marido apaixonado. Um amigo de fala mansa, bem humorado, tranquilo e de área luminosa. Fotógrafo competente, foi integrante da equipe da Assessoria de Comunicação do Governo do Amapá e hoje em dia, é o fotojornalista oficial do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Goés. Sim, o careca é um cara talentoso, parceiro e gente fina. Um retratista com olhar diferenciado e apaixonado pela fotografia. Dou muito valor nesse figura.

Não lembro quando conheci o Márcio, mas faz tempo. Ele era operador de áudio em uma rádio da cidade e, desde aquela época, sempre foi porreta comigo. Há cerca de duas semanas, encontrei com esse brother. Mais uma vez ele foi paid’égua e me ajudou. Na ocasião, lhe presenteei com meu livro, pois o “consideramento” é mútuo!

Márcio, mano velho, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que sigas com sabedoria e coragem. Que tudo que couber no teu conceito de sucesso se realize. Que a Força sempre esteja contigo. Saúde e sucesso sempre. Parabéns pelo teu dia, brother. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Cantor, músico e compositor, Enrico Di Miceli gira a roda da vida. Feliz aniversário, querido amigo!

Com Enrico Di Miceli, um cara porreta!

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Quem gira a roda da vida neste décimo segundo dia de fevereiro é o muito querido amigo, Enrico Di Miceli. Trata-se de um artista brilhante da música amazônida e um baita cara porreta. Ele chega aos 63ª fevereiros com uma jovialidade e alegria admiráveis. E por tudo que é, rendo-lhe homenagens.

Paraense radicado no Amapá, Enrico é um dos grandes nomes da música regional amapaense. O artista começou a tocar e compor no final dos anos 80, se apresentando em bares de Belém (PA) e festivais do Norte do Brasil. Com mais de 30 anos de carreira, compôs músicas em parceria com renomados compositores do Brasil.

Eu, Bruna, Enrico e Clicia

O cara gravou três álbuns: o “Amazônica Elegância” (2010), em parceria com o poeta Joãozinho Gomes, “Todo Música” (2019), solo com participações de vários renomados parceiros e “Timbres e Temperos” (2021). Sua música já cruzou a fronteira, através de shows realizados na Guiana Francesa (FRA).

Cantor, violonista, e parceiro de muitos, sua simplicidade, generosidade, talento, boa vontade, inteligência e bom humor faz dele um cara querido e considerado no meio artístico amapaense, paraense e nacional. Como me disse Fernando Canto: “Enrico é um compositor versátil, dono de uma harmonia ampla e elegante”. Exatamente.

Com Bruna, Enrico, Clécio e Priscilla Flores

Ele é, ainda, incentivador, divulgador e apoiador de todos os projetos nas mais diferentes vertentes artísticas. Um cara solidário, humano, gente boa demais.

Di Miceli também me deu uma moral nos lançamentos dos meus livros, em 2020 e 2021. Fiquei feliz por ele ter ido. Muito feliz mesmo. Sou fã do artista e do cara que ele é.

Eu, Bruna, Enrico e Clicia

Ele também desempenha com maestria o papel de marido da Clicia e pai do Gabriel e da Flor. Um cara Phoda na arte e um homem do bem. Ver Enrico interagir com seus familiares é testemunhar a essência pura do amor em ação. Aliás, sua família sempre me recebeu muito bem, pois são amigos queridões.

Enrico é um cara firmeza! Além de artista brilhante, é humanista, sorridente, bem humorado, gente fina em todos os aspectos. A música é, com toda certeza, a arte mais sublime, pelos menos para mim. Quem consegue escrever, tocar e cantar canções é iluminado. Di Miceli é um desses seres sonoros que fazem a nossa alegria.

Eu, Bruna, Enrico, Clicia, Fineias, Joãozinho e Rudá

Enrico do Amazônica Elegância é Todo Música. Seus Timbres e Temperos já renderam muitas Maniçobas Musicais. Ele é grande, igual a beleza da arte que emana. Todas as vezes que encontro com o cara é uma festa. Dono de um papo porreta, delicadeza, gentileza, coerência e uma constante felicidade contagiante.

Em resumo, Di Miceli é um verdadeiro mestre da música, da dedicação à arte e do compromisso com a disseminação da cultura. Além de um ser humano extraordinário.

Eu, Bruna, Enrico e Clicia

Enrico, mano velho, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que tu tenhas sempre essa cara de 50 fevereiros (risos) e que sigas com sabedoria, coragem e que tudo que couber no seu conceito de sucesso se realize. Que sigas pisando forte e fazendo essas lindezas, sejam elas músicas ou encontros porretas, que já são marcas das controadas contigo e Clicia. Que a Força sempre esteja contigo. Saúde e sucesso sempre, amigo. O mundo é um lugar melhor por ter você nele. Parabéns pelo teu dia, amigo. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Kledson Mamed gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo!! – @mamedmcp

Eu e Mamed, durante uma cobertura jornalística em 2023

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Também costumo dizer que o jornalismo me deu grandes amigos. Alguns inimigos também, mas faz parte. Neste décimo dia de fevereiro, Kledson Mamed gira a roda da vida e deixo aqui registrado que dou muito valor nesse cara, que chega aos 45 anos (tens durado, Lelis).

Kledson é meu colega de trabalho na Secretaria de Comunicação do Tribunal de Justiça do Amapá. Não lembro ao certo a época que conheci o Mamed, mas de certo faz mais de uma década. Em um ano de trampo juntos, o cara que era somente um conhecido, se tornou um amigo querido.

Mamed e amigos da Secom TJAP

Kledson é talentoso editor de imagens, bom fotógrafo e repórter cinematográfico. Um excelente profissional e um cara trabalhador. Também é fervoroso flamenguista, pirata da batucada, sócio remido do Bar Cajueirinho, apreciador de música amapaense e rock and roll e amigo fiel aos seus brothers.

Kledson é aquele tipo de pessoa que está sempre pronto para ajudar, para dar um conselho sincero ou até mesmo uma bronca quando necessário. Mamed é uma figura com autenticidade, gente boa demais, batalhador e parceiro.

Com o Mamed, em uma das nossas divertidas reuniões etílicas

Esse mano tem nome e cara de árabe, bruto, é sincero e às vezes até sem noção, mas com grande coração, bom humor, sacadas hilárias e totalmente sem limites. Ah, ele também é filho, pai e irmão dedicado e amoroso, do seu jeito, à bruta.

Em resumo, o aniversariante é um doido varrido porreta pra caralho. Mamed, mano velho, “tu saaaabes…” Que teu novo ciclo seja ainda mais feliz, produtivo, iluminado e paid’égua. Que tenhas sempre saúde e grana. Que tudo que couber no teu conceito de sucesso se realize. Que a Força sempre esteja contigo. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

É Carnaval, é a doce ilusão, é promessa de vida no meu coração – (Crônica de Elton Tavares sobre a maior festa cultural brasileira)

Essa semana começa mais um Carnaval, a maior festa popular do Brasil. Amo a quadra carnavalesca, particularmente os festejos de rua. A “festa da carne” é paixão e amor, só entende quem sente. Para aqueles que acham tudo uma grande besteira, azar o de vocês, pois não sabem curtir a maior festa cultural brasileira.

Macapá já teve bons carnavais de clube. Na época, os foliões compravam temporadas (as mesas eram “bancas”) carnavalescas, bons tempos. Cresci no meio de gente alegre: meus pais, tios e os amigos deles. Todos “pulavam” nos bailes carnavalescos mais disputados da cidade. Eram realizados no Trem Desportivo Clube ou no extinto Círculo Militar (esse mais elitizado). Ainda adolescente participei de muitas dessas festas memoráveis.

Eu, Rei Momo

Esse ano, desfilarei mais uma vez pela minha amada Piratas da Batucada, como faço desde 1990. O lance é curtir o Carnaval, a emoção e a alegria que ele proporciona. Afinal, “todo mundo bebe, mas ninguém dorme no ponto”. Mentira, muitos passam sim, mas a gente gosta assim mesmo.

Não tenho ziriguidum, não toco surdo de repique, tamborim ou bumbo, tudo pra não atravessar o samba. Também não sou pierrô e nem palhaço, mas já fui Rei Momo e serei sempre pirata da batucada.

Eu, no Piratas da Batucada, em 2015 (como faço desde 1990) – Foto: Abinoan Santiago

Sim, sempre fui um folião fervoroso, pois não nasci em fevereiro, mas o Carnaval tá no meu coração. E nem me venham com o lance de ser “pão e circo”, pois isso é argumento furado de quem não entende que essa é a maior festa popular do Brasil. Cheio de memória, arte, homenagens, é muito mais que uma disputa de agremiações em uma grande passeata festiva. Ou “um bando de bêbados nas ruas”, como dizem os desavisados (ou burros mesmo).

O Carnaval é inspiração, vibração, talento, organização, imaginação, arte, luz, cores, alegria, magia e amor. Fala de nossos costumes, história e tradições. Um contagiante evento de luz, cor e muita alegria. Sem falar na importância que possui para a economia, pois faz o dinheiro circular e beneficia toda a cadeia produtiva, comércio formal e informal.

No ensaio aberto do Piratas da Batucada, com a Bruna Cereja, minha namorada – Fevereiro de 2024

Tô louco desfilar na minha amada escola de samba Piratas da Batucada e andar todo o percurso d’A Banda, a louca marcha alegre. Sim, também estarei no Piratão e naquela multidão de máscaras coloridas. Vamos botar pra quebrar nas ruas de Macapá. Como diz a velha marchinha do remador: “Se a canoa não virar, olê, olê, olá, eu chego lá”.

Enfim, o Carnaval é festa que contempla as tradições e a história afro-cultural brasileira e nos dá a falsa sensação de liberdade, música, suor e alegria. Como diz o samba: “É Carnaval, é a doce ilusão, é promessa de vida no meu coração”. O que resta é esperar a cor que virá depois do cinza. E ela virá (se Deus quiser). Afinal, a festa da carne é isso: ludicidade, beleza e esperança. Tenham todos um ótimo Carnaval!

Elton Tavares – jornalista, escritor e folião.