Senador Randolfe vai apresentar pedido de impeachment de Temer – Via @alcinea

Por Alcinéa Cavalcante

O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) disse agora a noite que nas próximas horas vai protocolizar o pedido de impeachment do presidente Michel Temer. Ele considerou “gravíssima” a delação dos donos da JBS contra Temer.

Em sua conta no facebook, Randolfe postou um vídeo onde faz este apelo:

“Apelo neste momento para o que ainda tem de bom senso por parte do senhor Michel Temer: renuncie imediatamente à presidência da República, poupe o país de mais uma gravíssima crise com consequências improváveis para o nosso destino”.

Ou Temer renuncia ou Randolfe fará tudo que puder para que ocorra o impeachment.

Fonte: blog da Alcinéa.

Assista ao pronunciamento do senador Randolfe:

Feliz aniversário, Lorena Kubota! – @LorenaKubota

Com as jornalistas Denise Muniz (loira) e Lorena Kubota (japa querida).

Hoje é aniversário da mãe da linda Isabela, fã de Rock and Roll, fã alucinada dos Beatles, competente editora chefe do G1 Amapá, especialista em jornalismo impresso e webjornalismo, além de querida amiga deste editor vos escreve, Lorena Kubota.

A “japa” é muito querida por mim e por todos os que sabem o quanto ela é gente boa. Senhora de seu ofício, Lorena comanda a página eletrônica da Globo no Amapá e dirige uma equipe eficiente. Trata-se de uma mulher de bom trato, bonita, muito inteligente, talentosa e gente finíssima

Antes de conhecer a Kubota, sua competência a precedia. Nossa amizade não é tão antiga, mas é sincera. A gente se dá bem mesmo. Além disso, ela e sua equipe sempre me deram apoio por onde passei. Gordão aqui é muito grato a ti, japa.

Lorena, que tenhas sempre saúde e sucesso na tua jornada. Que sejas assim, de bem com a vida e que possas sempre a curtir junto dos teus amores. Gosto muito de ti.

Meus parabéns e feliz aniversário!

Elton Tavares

AINDA SOMOS OS MESMOS…Por – @WalterJrCarmo

1976 foi um ano mágico. Era Janeiro. Uma paixão me levou à São Paulo e ao Teatro Bandeirantes para ver o show Falso Brilhante, de Elis Regina.

O show contava a história, vida e carreira da pimentinha, sem deixar de lado as críticas à ditadura militar brasileira; tudo isso num ambiente circense. Era o auge da carreira de Elis Regina Carvalho Costa. “Falso Brilhante”, estreara em dezembro de 1975 deixava plateias boquiaberta e aplaudindo de pé já no primeiro ato. Amparado pelo show, o disco homônimo, lançado em fevereiro, estourava. Todos os holofotes eram dela.

Corajosa, teimosa, visceral, Elis não somente negou o falso brilhante, o vil metal, mas concebeu algo completamente inovador e moderno no show business brasileiro. Um espetáculo revisitando a própria vida.” Assim descreveu Fernando Figueiredo Mello no blog Efemérides do Efemello, o show, 40 anos depois.

O musical teve mais de 1200 apresentações e ficou em cartaz entre o final de 1975 e o início de 1977, tornando-se assim um sucesso absoluto e lendário na história da MPB.

O disco, considerado revolucionário, transgressor e antológico, trazia músicas de João Bosco, Aldir Blanc, Violeta Parra, Atahualpa Yupanqui,Chico Buarque, Ruy Guerra e outros ícones. Foi considerado o maior sucesso da cantora.

No show, duas músicas me atingiram como uma mordida raivosa na alma e o disco perpetuou essa marca profunda.

Abrindo, com a tal mordida, Como Nossos Pais, uma mistura de rock com MPB num lirismo profano e em plena ditadura militar, a música falava da falta de esperança na juventude acomodada que queria mudar o mundo, mas ficava no mesmo conforto de seus lares observando os aflitos de longe.

A música passa a ser um soco no estômago de muita gente que queria ficar parada no tempo, a espera de um milagre qualquer.

A música foi um adendo para que Belchior, o compositor, virasse estrela de primeira grandeza e, sem querer, Elis gravaria Velha Roupa Colorida, uma extensão da primeira, mas sem a carga depressiva e autoritária que ela carregava.

Embalado pelo furacão Elis, o segundo disco Alucinação (Polygram, 1976), explodiu , resgatou o primeiro LP, Palo Seco, e consolidou a carreira do cantor e compositor cearense.

O Alucinação trazia um punhado de canções de sucesso, como Velha roupa colorida, Como nossos pais, e Apenas um rapaz latino-americano. Outros êxitos incluem Paralelas (lançada por Vanusa) e Galos, noites e quintais (regravada por Jair Rodrigues). Outros artistas também regravaram sucessos de Belchior, entre eles Roberto Carlos e Elis Regina (“Mucuripe”) e Engenheiros do Hawaii (“Alucinação”).

Belchior foi símbolo de toda uma geração e de muitas vidas. É uma roupa que não nos serve mais, mas permanece vestindo e embalando o nosso espírito.

Teu infinito sou eu… Dizia ele.

Walter Júnior

Elton Tavares – um jornalista “de rocha” – Por @alcinea (fiquei feliz com o reconhecimento)

Por Alcinéa Cavalcante

Um dia perguntei a ele:

Por que escreves?

A resposta foi curta e direta: “Escrevo para não deixar meus pensamentos parados”.

E escreve muito, todo dia, toda hora, sobre tudo. É compulsivo. Poderia ser um administrador de empresas. Mas isso não combina com ele. Daí que largou o curso de administração no quinto semestre. Quis ser advogado, mas não passou no vestibular para Direito e foi classificado para Comunicação com habilitação em Jornalismo. Sorte nossa que ganhamos um bom jornalista ético, responsável, cuidadoso com a informação e com a gramática e que joga atua bem em todas as posições: assessorias, redações de jornais e no seu bombado blog, o De Rocha, que é o veículo de comunicação que dá mais visibilidade e maior espaço para os artistas e eventos culturais.

A melhor coisa, para mostrar meu trabalho e escrever com liberdade,foi criar o meu blog, o De Rocha

Polêmico? Sim; às vezes. Autêntico? Sim. Sempre. Amigo? Sim. De rocha, daqueles para os quais os amigos não tem defeitos pois são bênçãos divinas.

Ah, poderia ser rockeiro e estar nos palcos tocando guitarra. Mas não aprendeu a tocar um instrumento, em compensação “batuca muito bem as pretinhas”.

O jornalismo foi amor à primeira pauta

Ele escreve crônicas deliciosas, que chama de “devaneios”. Aliás, já está na hora de reunir esses devaneios em livro e lançar lá no Bar do Índio, onde é comum encontrá-lo rodeado de amigos no fim da tarde quando sai do trampo.

Bati um papo rapidinho com ele, o Elton Tavares, esses dias. Acompanhe as perguntas e respostas. E se alguma coisa deixou de ser perguntada, pode fazer sua pergunta na caixa de comentários que ele jura que responde.

Vamos lá:

O que te levou a escolher a profissão de jornalista?

Sempre gostei de cultura, informação e principalmente música. Queria escrever sobre isso, já que nunca aprendi a tocar nada. Além disso, lia blogs de amigos e jornalistas amapaenses como o seu. A gota d´água veio por acaso, quando fiz o vestibular para Direito. Não passei, mas me classifiquei para Comunicação com habilitação em Jornalismo. Aí larguei o quinto semestre de Administração e segui. Foi amor à primeira pauta.

Há quanto tempo?

Estou no jornalismo há 11 anos. Confesso que não imaginava que daria tão certo.

Teve alguma influência? De quem?

Li muita coisa do Nelson Mota, artigos e livros; Marcelo Rubens Paiva, entre outros grandes jornalistas que são escritores e cronistas no Brasil. Aqui no Amapá sou fã do Bonfim Salgado e dos meus amigos Fernando Canto e Alcinéa Cavalcante.

Onde já trabalhou?

Fui estagiário da Rede Amazônica, passei pelo Portal Amazônia, jornal Correio do Amapá, Assessorias de comunicação do Governo do Estado, Prefeitura de Macapá, TRE-AP e senador Randolfe Rodrigues, onde atuo desde fevereiro deste ano.

Qual a matéria ou fato inesquecível?

Não sei precisar, escrevi textos importantes sobre ministros no Amapá, primeira administração do prefeito Clécio, algumas do senador Randolfe, a inaugurações de obras importantes no meu estado ao longo dos anos e fiz uma série de denúncias no meu site. Não dá pra escolher só uma.

Que matéria/entrevista gostaria de ter feito e ainda não fez?

Quero entrevistar astros de Rock and Roll. Essa linha do jornalismo cultural sempre me fascinou. Gosto muito desse tipo de matéria.

Qual o maior mico que já pagou?

Brigar com amigos por besteira. Discutir por falsas ideologias e tals. Hoje sei bem separar as coisas e respeitar opiniões contrárias, desde que sejam embasadas e não mentiras escritas para ludibriar o leitor.

Uma coisa muito legal dessa profissão é …

A coisa mais legal é você escrever algo que ajude alguém ou um grupo relevante para a sociedade. Outra é olhares para teu texto e pensar: esse ficou bom. E assim repercutir. Isso sem falar no barato que é reunir com os jornalistas amigos, seja nas pautas da vida ou nos botecos da cidade.

Como é teu dia a dia?

Acordo cedinho, apesar de dormir tarde, atualizo o meu site e saio para trabalhar. Cumpro uma jornada de dois ou três horários, a depender da agenda do dia. Em alguns finais de semana, também trabalho.

Fala um pouco sobre teu bombado blog

O De Rocha nasceu em 2009, ainda como um blog, por incentivo de uma ex-namorada. Me viciei em atualizá-lo, onde divulgo cultura e informes relevantes para o Amapá. Sou compulsivo por mantê-lo sempre atualizado, aprendi em um curso de webjornalismo que fiz, em 2008, em Manaus (AM), que a velocidade da informação e atualizações de uma página eletrônica durante o dia todo, despertam interesse. Deu certo. Em 2014, o blog virou site e já dá frutos, como anunciantes. Me dedico a ele e o resultado são quatro mil acessos ao dia.

Vida de jornalista é…

É uma delícia. Apesar de contratempos e dificuldades, mais diversas no Amapá do que no resto do Brasil, amo essa vida louca do jornalismo. A profissão ainda precisa ser mais respeitada por aqui, mas acredito que bons profissionais (os sérios) possuem seu espaço garantido.

Não me acho e nunca me achei superior a ninguém, muito menos especial. Mas levo a sério esse ofício. Já trabalhei ou sou amigo de ótimos profissionais desta área, com quem aprendi muito e sigo no aprendizado. Assessorei secretarias de Estado e do município, dois governadores, um prefeito, dois desembargadores, um Tribunal e agora um senador. Continuar com espaço e respeito é um prêmio pelo esforço ao longo dos anos. Continuo convivendo com figurões e anônimos, sem deslumbre ou desdém, pois é assim que deve ser. A gente precisa aplaudir boas práticas, sobretudo culturais e criticar sempre que necessário.

Que dicas você daria para quem está começando agora?

Para ser um bom jornalista, além de ler e ter bom relacionamento com os colegas, é preciso ser competente. É a única maneira de você não se tornar um puxa-saco, pois será respeitado pelo trabalho e postura.

O que fazes fora do trampo?

Me divirto (risos). Vou a bares, shows, cinema, restaurantes, casas de amigos e familiares. Também um pouco de leitura para fertilizar o cérebro, que também é diversão.

E eu acrescento: brinca o carnaval, sai na escola de samba Piratas da Batucada; é o Rei Momo do bloco “Me imprensa que eu te jogo na rede”, viaja pra qualquer lugar do Brasil pra assistir shows de suas bandas de rock preferidas; paparica a sobrinha, a mãe e a avó e não dispensa uma gelada com os amigos no fim de tarde ou comecinho da noite.

Fonte: blog da jornalista Alcinéa Cavalcante

Meu comentário: sempre admirei a Alcinéa. Tanto pelo jornalismo, quanto como escritora e poeta. Por besteira minha, tive embates com ela, mas ficou no passado, graças a Deus. Construímos uma amizade bacana, com muito respeito e parceria. Eu sigo a admirá-la. E fico grato pela moral. Na verdade, emocionado pelo reconhecimento. Valeu, Néia!

Feliz aniversário, Seles Nafes! – @selesnafes

Com o Seles Nafes: brother!

Quem também roda o calendário neste 8 de abril é o jornalista, editor e dono de site, ex-âncora da Globo local, pai e marido dedicado, profissional competente e meu brother, Seles Nafes. O manda chuva da página eletrônica homônima a ele é um cara que respeito e nutro amizade.

Em 2016, após 18 anos de atuação no jornalismo da Rede Amazônica, o cara se despediu da empresa. Lá ele foi repórter, editor, produtor e apresentador dos jornais da emissora. Seles é paraense e mora em Macapá desde os anos 90. Para cá ele veio, viu e venceu. Mesma década em que começou a trabalhar em jornais impressos da capital amapaense.

Seles Nafes sempre foi bacana comigo. Tive uma passagem curta pela Rede Amazônica, mas ele nunca me tratou como foca (jornalista iniciante) . Ao contrário, costumava repetir que gente nova traz inovações. Por conta do gosto comum por Rock e cinema, começamos a bater papos descontraídos.

Duas coisas são inegáveis sobre o Seles Nafes: ele sempre me deu apoio e é bom jornalista. Claro que ao longo dos anos, discordamos, discutimos uma vez e nos “encaralhamos” um com o outro algumas poucas vezes, mas até isso foi com respeito. Afinal, faz parte.

Volto a dizer, gosto do cara. Como não dar valor a alguém que lhe apoia sem ganhar nada em troca? Reconhecimento não é regra geral, infelizmente.

Ele conseguiu, com muito trabalho, seu espaço no webjornalismo amapaense. Não sei dizer se o SelesNafes.com ou G1 Amapá possuem mais acessos, mas certamente são as duas páginas eletrônicas de maior sucesso deste lado do rio Amazonas. Fico feliz com esse sucesso, pois também sigo na estrada deste mercado e quanto mais, melhor. Além disso, o cara gera emprego e dá oportunidade a outros jornalistas. E isso é muito firme!

Enfim, pelo profissional e amigo que Seles é e sempre foi, hoje lhe rendo homenagens. Agradeço o apoio, amizade e respeito que ele sempre teve para comigo. Nafes, mano, que Deus lhe dê muita saúde e ainda mais sucesso. Tu te garantes. Meus parabéns e feliz aniversário!

Elton Tavares

Declaração de amor cabocla ou Carta à Noca – Por Hélio Pennafort (contribuição de Fernando Canto)

Fernando-2BCanto-2Be-2BH-C3-A9lio-2BPennafort-2C-2Bem-2B1976.-2B-1-

Hélio Pennafort, é um dos maiores ícones do jornalismo amapaense. Ainda jovem eu saía com ele pelo interior na companhia de Odilardo Lima e Manoel João, o “Papa-arroz”, fazendo matéria para “A voz Católica” e para a Rádio Educadora no início dos anos 70. Numa dessas viagens Hélio colheu (segundo ele!!?) essa bonita declaração de amor a uma cabocla. Trata-se da “Carta à Noca”, uma poesia pura apesar de toda a ingenuidade que faz os corações apaixonados dizerem o que dizem. O texto foi extraído do livro “Micro Reportagem”, DIO/GTFA, Macapá, 1980″, Fernando Canto.

capa_helio

“AMOR, POESIA E PRECONCEITO”

“Querida Noca escrevo-te somente esta porque não aguento mais a cuíra de saber de nossas difíceis notícias, Noca.

Domingo, no ucuubal, como eu te mandei dizer, não deixa de falar comigo, porque eu quero falar contigo, Noca.

Eu gosto do teu amor, da tua paixão, dos teus carinhos, tão bem como o buritizeiro que adora a mãe lua, quando ela tange com o seu clarão as nuvens que não querem deixar o seu luar tocar os brotos das palmeiras, mexer com o siriubal ou alegrar o furo do Jenipapo.

Ainda me lemHelio1-246x300bro, Noca, da primeira vez que te vi na reza da casa do tio Macário. Enxerguei teus cabelos, Noca, clareados pela lamparina, mais bonito do que as espigas de milho da roça do Zé Manduca. Teus olhinhos, Noca, eram uma graça… Brilhavam mais do que duas porongas de pesqueira, na noite escura, chuventa e panema de peixe…

Tudo em ti é belo, linda Noca, por isto eu gosto de ti. E tu também gosta de mim? Quando já… Eu não sou suficiente nem tenho competência para possuir o amor da garota mais faceira que existe em toda a extensão do Cassiporé. Mas espero um dia ao menos poder te tocar, te acariciar, te cheirar, te beijar… Noca”.

Feliz aniversário, Régis Sanches!

Hoje aniversária o jornalista, contista, cronista, poeta e músico Régis Sanches. Um dos loucos varridos mais inteligentes que eu conheço. Um ótimo redator e um repórter nato, dono do melhor texto do que li deste lado do Rio Amazonas, além de guitarrista foda. Um velho e querido amigo.

O Régis, o “Beck” ou “anjo Galahell” (demônio para alguns), é um dos caras mais Rock and Roll que conheci na vida. O figura chega aos 56 anos de idade. Um profissional expert em apurar um fato, redigir uma história com riqueza de detalhes e arrancar acordes sensacionais de um violão.

Jornalista investigativo dos bons, nos anos 80 e 90, trabalhou nas redações d, da Revista IstoÉ e dos jornais O Pasquim, Estado de Minas, Hoje em Dia, O Tempo, O Globo e Folha de São Paulo. Aqui foi assessor de comunicação do Governo do Amapá e escreveu para os jornais A Gazeta e Tribuna da Cidade.

Era um garoto que sempre amou menos os Beatles que os Stones. Nasci nas Águas de 17 de Março de 1961, em Anajás, Arquipélago do Marajó (PA). Registrado em Macapá, aprendi a andar, falar e escrever ouvindo Bossa Nova & Rock and Roll, além de Johann Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig Van Bethoven & afins”, escreveu uma vez o Régis Sanches.

Já fiquei com raiva do Régis algumas vezes, mas ele é um daqueles caras que não conseguimos ficar bolados por muito tempo. Gosto muito de conversar com o sacana e escutar suas sacadas sarcásticas. Há alguns anos, Régis vaga melancólico e maluco, mas o que prejudica Sanches é sua loucura, mas quem sou eu para julgá-lo?

Que o Beck tenha saúde e uma vida longa, seja a que ele escolheu ou a que nós, amigos, torcemos que ele viva. Três vivas para o Sanches, feliz aniversário, brother!

Elton Tavares

O Resumo da Ópera (uma história de jornalismo) – Por @WalterJrCarmo

Durante três dias dedilhei uma Olivette no escritório da Construtora Carmo , em Belém. Trabalhava no resumo da peça teatral do magistral escritor amazonense Márcio Souza: A Maravilhosa História do Sapo Tarô Bequê, a ópera sobre uma lenda da floresta com animais e humanos nativos, onde o Urubu Rei era o grande tirano pretendente a dominar e comandar e o Sapo Tarô-Bequê, o paladino ecológico descarado, ladino e libidinoso.

Era o ano de 1977, eu havia feito um curso profissionalizante de teatro e cursado engenharia civil no Rio de Janeiro e agora estava de volta a Belem, onde havia conquistado a classificação no vestibular da UFPA. Matriculado, de férias, aguardava o início das aulas.

Assistindo o Jornal Hoje, da TV Liberal, vi um anúncio de um grupo de teatro recrutando atores para uma peça épica, uma ópera amazônica.

“Há muito tempo, no início do mundo, depois do sereno e do orvalho, choveu muito…

Do alto do rio Negro, Amazonas ecoa uma lenda: Tarô-Bequê é sapo e é gente!”

Era uma ópera longa que exigiria um investimento muito alto. Foi esta a conclusão que o diretor João Mercês, o Ronald Junqueiro, o Luis Pardal e outros, cchegamo após alguns ensaios. Uma das saídas seria resumir o roteiro.

“Convencendo Cainhamé de que era bom ser gente, o sapo virou humano e ainda encontrou uma moça, Juriti, para namoro…

“Teria que ser igual aos outros homens…” Agora toda vez que o verão rega as doces frutas com as poucas águas de agosto, Cainhamé se lembra da estória de Tarô-Bequê e suas aventuras com monstros, mitos e os encantamentos da floresta.”

As aulas da faculdade iniciaram e eu acabei não participando da peça, mas graças ao resumo do roteiro recebi um convite do Ronald Junqueiro para fazer um teste como redator na TV Liberal. Ele era o redator-chefe do Jornal Hoje, edição local.

Comecei redigindo notas para o Hoje. Na época, a TV Liberal possuía quatro telejornais: o “Bom Dia Belém”, “Jornal Hoje” e “Jornal Nacional”, edição local, e o “Jornalismo Eletrônico”.

O “Jornal Hoje” era apresentado pela Vera Cascaes e pelo Alex Fiúza de Melo. Tinha uma coluna social, apresentada pela Vera Castro. O “Jornal Nacional” trazia a dupla Aldo e Francisco César. Possuía um quadro chamado “O Bolso do Repórter”, apresentado pelo Joaquim Antunes. Após os telejornais, eu recolhia também os filmes com as reportagens, rebobinava e os enviava para o arquivo.

Naquele tempo, as matérias eram filmadas em 16 milímetros. A TV Liberal possuía duas Câmeras RCA e um laboratório, onde os filmes eram revelados. A maioria das matérias era em preto e branco. Só as reportagens especiais eram filmadas em cores. Os filmes eram montados em uma moviola de dois pratos, em que o Nélio e o Sávio Palheta faziam loucuras.

Era tudo ao vivo e artesanal. As matérias chegavam ao complexo exibidor aos pedaços. A abertura de video do repórter em um rolo de filme, o off em cartucho, as imagens que cobririam o off em um outro carretel, a entrevista em um carretel separado. As legendas eram preparadas em cartão preto, focalizadas por uma câmera e sobrepostas na imagem por meio de uma mesa de corte. Cada nome, uma cartela. A edição era feita com o jornal no ar. O Nélio Palheta, como um maestro, ia montado o quebra-cabeça. Um erro e todo o trabalho de um dia inteiro estaria comprometido. Haja adrenalina.

Um dia, na ausência de um repórter, fui convocado para cobrir o caso de um advogado acusado de assassinar a esposa, também advogada. O caso teve uma enorme repercussão na época.

Fui ao local do crime. Fizemos o registro. Soubemos que toda imprensa policial estava na porta do pai da vítima, um desembargador muito conhecido. Rumamos para lá. Ao chegar notei que toda a imprensa não havia conseguido passar pela portaria. Falei para o nosso cinegrafista: – Vou lá! Me espere no carro. E ele retrucou: “Walter, você não terá a menor chance. Aí estão os melhores repórteres policiais de Belém. Se eles não conseguiram entrar, você também nao irá conseguir.”

Fui passando no meio dos jornalistas: Ítalo Gouveia, do Jornal O Liberal; Adamor Filho, da Radio Marajoara e outros ícones do jornalismo policial. Eles eram conhecidos, eu não. Cheguei na portaria e falei ao porteiro: estou aqui em nome do seu Rômulo Maiorana e tenho uma mensagem do Grupo Liberal para o desembargador. O porteiro me olhou de cima a baixo – estava de terno – e me autorizou a subir.

Nervoso apertei a campainha do apartamento. A porta se abriu parcialmente, presa por uma corrente. Repeti a mesma história e a porta de abriu. Fui conduzido à sala de visita. Instantes depois surgiu o desembargador com rosto inchado e os olhos vermelhos revelando que havia chorado muito. Repeti a história: estou aqui em nome do seu Rômulo para lhe prestar a nossa mais profunda solidariedade e colocar o grupo Liberal à sua disposição. Caso,o senhor queira, o jornal, a rádio e a TV estão à sua disposição. Um silêncio ensurdecedor tomou conta do ambiente. Acrescentei: caso o senhor queira fazer um desabafo na TV… Ele me interrompeu e disse: – Eu quero!

Sai às pressas. Chamei a equipe no carro. Passamos pela portaria e subimos sob os protestos dos ícones.

Gravamos a entrevista. Entre lágrimas, o desembargador fez um desabafo emocionado e emocionante. Agradeci e saímos correndo para TV.

A matéria programada para o Jornalismo Eletronico das 22h, foi a reportagem principal do Jornal Nacional, edição local, o mais importante da emissora.

No dia seguinte o Jornal O Liberal estampou na capa a manchete da entrevista do desembargador, ilustrada com a foto retirada do fotograma do filme da nossa tepirtagem.

Foi a minha primeira matéria como repórter.

Na mesma noite da façanha. O jornalista Rômulo Maiorana montou uma equipe do jornal, da rádio e da TV Liberal. O meu nome estava na pauta como repórter da TV. O objetivo era sair à caça do acusado que estava foragido e encontrá-lo antes da . Eu iria trabalhar com os ícones do jornalismo policial. Mas essa é uma outra história. Em breve vou contá-lá.

Walter do Carmo Júnior – Jornalista e publicitário. 

Aberto o edital de Cobertura Colaborativa da Mídia NINJA para o bloco A Banda 2017

Está aberto o edital de Cobertura Colaborativa da Mídia NINJA (Macapá) para realizar a cobertura 2017 da passagem do bloco “A Banda” pelas ruas do centro da capital. Você pode participar nas seguintes funções:

? Fotografia
? Vídeo
? Audio-direto
? Redação
? Produção

Estamos disponibilizando apenas 20 vagas, sendo 04 equipes composta de 05 pessoas. O resultado da seleção será publicado neste sábado (25/02) na page da Casa Fora do Eixo Amapá/NINJA.

O desfile sai tradicionalmente na terça-feira “gorda” de carnaval (28 de fevereiro) e espera cerca de 160 mil pessoas.

Mais informações: (96) 98112 5996 – (96) 98144 9258 – (96) 99125 1938 (wpp/telegram)
Inscreva-se: http://bit.ly/E ditalCoberturaCarnavalMacapá

Assessoria de comunicação da Casa Fora do Eixo

Meus parabéns, Alcinéa! (hoje é aniversário da querida poeta) – @alcinea

1979853_613824402003928_1480673681_n

Também aniversaria hoje a jornalista, escritora, poeta, militante cultural, blogueira, fotógrafa, experiente repórter, membro da Maracatu da Favela (enjoada quando o assunto é a verde rosa), esposa do Sr. Soeiro, mãe do meu amigo Márcio Spot, amante de carnaval e apreciadora de Chandon e mais nova avó amapaense, Alcinéa Cavalcante.

Antes de sermos amigos, eu lia e admirava a Alcinéa. Depois, por bobagem minha, tivemos um período de antipatia recíproca, mas felizmente é passado e hoje em dia posso me gabar que sou seu amigo.

A escritora reconhecida nacional e internacionalmente é uma artista,poetisa talentosa e uma das melhores jornalistas do Amapá. Sempre com fontes quentes, Alcinéa se gaba de “ ser chato ser bem informado”. É, contra fatos não existem argumentos, ela manja muito dessa doideira de jornalismo e realmente saca de apuração de fatos, como poucos.

Além do talento, admiro a coragem de criticar e a honradez de elogiar, sempre com coerência. Claro que alguns se mordem, pois tem gente que só sabe receber aplausos, o que não é função do jornalismo.

Alcinéa é dona de vasta cultura geral e juntamente com seu grupo poético, o Poesia na Boca da Noite, espalha poesia pelas praças, hospitais, ou qualquer lugar que um poema colore o dia de quem escuta ou lê.

Já disse e repito: a verdade é que Alcinéa é um misto de doçura e acidez. Ela faz parte de um seleto grupo de pessoas experientes que brilham pelo talento e possuem o respeito da maioria.

Quando jornalista, suas colocações inteligentes, pontos diferenciados, leve humor negro e abordagem refinada sobre qualquer tema, fascina leitores. Quando poeta, desperta as melhores sensações em que lê ou escuta seus lindos poemas.

Sou grato pelo apoio que Alcinéa me dá no campo profissional e pela relação bacana que construímos. Portanto, querida poeta, que tenhas sempre saúde, felicidades, amor, ainda mais sucesso (se possível).

Meus parabéns e feliz aniversário!

Elton Tavares

Repórter que é repórter não sai da rua – Por @maiarapires

Por Maiara Pires

No dia 16 de fevereiro, comemorou-se o Dia do Repórter, esta célebre profissão que nem todos os que se dizem jornalistas, conseguem de fato exercer. Esta carência de repórteres, em boa parte se deve ao comodismo que grudou como carrapato em certos seres. Ao invés de eles se apropriarem da tecnologia como uma aliada na celeridade da pauta, o que fazem é ir na ‘onda’ do “repassado de outro grupo” nos WhatsApps da vida.

O que tem de jornalista repassando informação seja de boca a boca ou por aplicativos de mensagens sem checar, é brincadeira! Perdeu-se o princípio básico de apurar tudo o que chega aos ouvidos. Como se não bastasse isso, ainda tem aqueles que querem disputar audiência com o internauta nas redes sociais.

Deixa eu te falar: se você sair um pouquinho do ar refrigerado da redação, vai perceber muita coisa acontecendo fora da internet. Tu não precisarás te ater a uma pauta gerada nas redes sociais, tá?! Aí, não precisarás ficar com aquela sensação de que perdeu para o internauta que deu a notícia primeiro que você. A diferença entre vocês dois, é que você não está ou não deveria estar no automático porque o (a) senhor (a) irá processar a informação antes de publicá-la.

Repórter é pra quem tem o instinto da apuração. Se tu não tens este senso, nem te habilita. Tu não és papagaio pra repetir o que falaram pra ti. Sabe aquele computador que precisa processar o comando operacional pra poder funcionar? Pois é. É mais ou menos assim que deve acontecer com o repórter. Ele ouve a informação, checa com o outro lado, liga os pontos e conecta no cerne da questão.

Mas, para desenvolver esta habilidade é necessário sair do casulo e ‘bater perna’ na rua. Pegar a luneta do ceticismo e olhar clinicamente para descobrir o que tem nas entrelinhas do acontecido. A curiosidade sempre será uma eterna aliada neste processo. Não deixa ela dormir, senão tu vais passar batido.

Para de bater palma pra quem tem obrigação de fazer e se vista de cidadão. Vai lá na barba da ‘otoridade’ e mete o corpo inteiro onde tu não fostes chamado. Porque se tu não foste chamado, é porque não querem que o povo saiba. Então, te manda pra rua. Porque é lá que é o teu lugar.

Transposição: empenho do senador Randolfe reduziu Folha de Pagamento do GEA em R$ 1,7 mi

Nesta quarta-feira (15), o Governo do Amapá (GEA) divulgou que a transposição de servidores do quadro efetivo do Estado reduziu em R$ 1.772.889,46 (um milhão, setecentos e setenta e setenta e dois mil e quarenta e seis centavos) a Folha de Pagamento do GEA. Até o fim do ano passado, 338 servidores migraram para o quadro federal, e com isso, passaram a ter suas remunerações pagas pela União. O Gabinete do Senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) acompanhou o trâmite e deu apoio aos servidores públicos no processo.

Além disso, mais 51 nomes foram publicados na última portaria do Departamento de Órgãos Extintos (DEPEX) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). De acordo com o DEPEX, ao todo, são sete mil processos aptos para a transposição, e a previsão é que ainda no primeiro semestre de 2017 as análises dos servidores do Amapá sejam finalizadas.

O juiz Anselmo Gonçalves, da 1ª Vara Federal, em Macapá, determinou que a Comissão Especial dos Ex-Territórios Federais analise os processos que envolvem os servidores dos grupos conhecidos como “992” e “1050”. O Gabinete do Senador Randolfe segue dando apoio aos servidores, que, juntamente com a Secretaria de Estado da Administração (Sead), faz o acompanhamento dessas análises. A Sead informará a Justiça Federal quanto ao deferimento ou não de cada caso.

“Graças aos 338 servidores transferidos, o Governo do Estado economiza mais R$1,7 milhão na folha de pagamento. Esses recursos economizados poderão ser destinados a políticas públicas, ou até mesmo para a contratação de novos servidores. Trabalhar em busca de recursos para o Amapá, seja para as prefeituras ou para o GEA, é parte do que temos feito e continuaremos fazendo!”, garantiu o senador Randolfe Rodrigues.

Elton Tavares
Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues
Telefone: 096 991474038 (também WhatsApp). – E-mail: [email protected]

Televisão: um destino traçado na minha infância – Por @WalterJrCarmo

Por Walter do Carmo Júnior

Era um desses domingos de 1962. O Natal estava chegando, mas ainda se respirava a conquista do bicampeonato mundial de futebol. O auditório da Rádio Marajoara estava completamente lotado. Calor intenso. Gritaria ensurdecedora de centenas de crianças. No palco, um menino dublava uma música do Jerry Adriani. Momentos antes, a menina que dublou Babalú, o mega sucesso de Ângela Maria, havia sido aplaudida de pé. Eu, que já havia tentado subir ao palco três vezes, sem sucesso, estava pronto para mais uma tentativa.

A apresentação do “Jerry Adriani” terminou. O volume dos aplausos anunciava que a briga pelo primeiro lugar seria disputadíssima. Aproveitei um descuido dos seguranças e subi ao palco. Fui segurado por um palhaço, que me carregou no colo e já se encaminhava para me colocar fora do palco, quando o animador interveio.

Agoooora vamos ouvirrrrr a opinião do Nequinho!

Fui passado para os braços de um outro palhaço, o Alecrim. Ele me colocou no chão e me pediu para descer, pois o palco estava muito cheio. Mais um golpe de sorte: fui convidado por uma assistente para participar de um show de mágica do grande professor Chamon. Fui conduzido aos bastidores com o coração aos pulos. Enquanto aguardava a apresentação, comecei a explorar aquele teatro. Entrei em um corredor, passei por uma sala onde um técnico operava os equipamentos, responsáveis pela transmissão do programa de auditório. Era um dos maiores sucessos da época. Os principais artistas locais se apresentavam ali. Havia muita brincadeira com a participação das crianças que lotavam o auditório da rádio na avenida Nazaré, mais ou menos onde fica hoje o Banco Real.

De repente, abri uma porta e saí nos fundos do teatro. Comecei a andar em direção à avenida São Jerônimo, hoje governador José Malcher. Os restos de cenários de programas, de carruagens, me chamaram a atenção. Entrei em um imenso estúdio, onde estavam montando um ringue, não sei ao certo se era para o Luvas de Ouro, que mostrava lutas de boxe ou para o Duelo de Titãs, de Luta Livre. Eram dois programas semanais apresentados pelo Ivo Amaral, um dos galãs da época. Ele também apresentava o programa Todos os Esportes, patrocinado pelo Guarasuco.

A emoção era muito grande. Em outro local, a Isis Oliveira, uma das estrelas da TV Marajoara, ensaiava um comercial. Naquele tempo, como não existia o vídeo-tape, muitos comerciais eram exibidos ao vivo ou através de slides com um locutor de cabine, lendo ao vivo os textos dos reclames. Os outros comerciais eram feitos em filme. Saí do estúdio atordoado, sem entender porque os operadores ficavam “abanando” as imensas câmeras. Tempo depois descobri que, para evitar que o tubo da câmera ficasse marcado, o operador era obrigado a ficar balançando a câmera.

Subi uma escada, passei pelo complexo exibidor e entrei numa sala, de onde vinha uma voz inconfundível na época: a do Pica Pau. Era a sala onde os filmes eram revisados. Alguém entrou lá e me viu sentado, fazendo um monte de perguntas para o operador. O desconhecido perguntou se eu sabia ler. Respondi que sim e ele pediu que o acompanhasse até uma outra sala, onde um grupo de pessoas estava ensaiando um auto de Natal.

Mandaram-me ler umas frases de um roteiro, rodado em mimeografo. Li as frases e fui aprovado no teste. Começava aí a minha paixão pela televisão. Participei do auto de Natal, dirigido pelo Cláudio Barradas, Contracenei, ao vivo, com o Lindolfo Pastana e a Carmem Eunice, espécies de Tarcisio Meira e Glória Meneses da época. Virei celebridade na escola.

Em seguida, peguei o papel principal em uma novela. A mãe do meu personagem dava a luz a uma menina e o pai, como não tinha condições de sustentar uma família grande, o doava para um grupo de ciganos que passava pela cidade. O dramalhão fez muito sucesso, mas o personagem cresceu e fui substituído pelo Lindolfo Pastana.

Aliás, a TV Marajoara abria um grande espaço na programação para a teledramaturgia. Às terças e quintas havia um programa chamado “Videorama”. As segundas, quartas e sextas, outro sucesso: o “TV Romance”. Tudo ao vivo e em preto e branco. Para isso, a emissora contava com um grande elenco: Nilza Maria, Mendara Mariani, Tacimar Cantuária, Iracema Oliveira e muitos outros. E possuía grandes realizadores como a Maria Silvia Nunes e a Maria Helena.

Fui escalado para participar de uma campanha patrocinada pelo Toddy. Quem comprasse o produto, preenchesse um cupom e fosse sorteado ganhava um uniforme completo dos Patrulheiros do Oeste ou do Zorro, duas séries de maior sucesso naquele tempo. Uma hora aparecíamos vestidos de patrulheiros. No outro comercial, vestidos de Zorro.

Para mim era tudo uma brincadeira. Mas pude testemunhar um trabalho apaixonante nos bastidores da TV Marajoara, canal 2, a única emissora de televisão do Pará na época. Não cansava de participar do programa do Nequinho e do Alecrim. Entre um ensaio e outro assistia ao hilariante desempenho do Armando Pinho. Até hoje não esqueço do Armando vestido de mulher, dublando a música “Querido Papai Noel” da Maria Regina Cordovil. Além de participar da “TV Comédia”, um programa humorístico escrito pelo Raymundo Mário Sobral, Armando Pinho comandava o programa O Mundo Alegre de Armando Pinho.

Aos domingos havia o “Notícias a Rigor”, reunindo um time de apresentadores vestidos com reluzentes smokes. Entre eles, José Maia, Ivo Amaral, Abílio Couceiro, Joaquim Antunes, Armando Pinho e o Habib Frahia Neto. O José Travassos fazia a narração em off do programa. O “Notícias a Rigor” seria o que hoje é o Fantástico .

Um outro grande sucesso daquele tempo era o Programa do Ubiratan D’Aguiar: Pierre vê, ouve e informa. Perambulando pelos estúdios vi um cantor desconhecido que me chamou a atenção. Ele cantava uma música engraçada que falava da paixão dele por um calhambeque. Ele estava sozinho num canto do estúdio aguardando para entrar em cena. Apresentei-me e fiz um monte de perguntas a ele. O nosso papo foi interrompido quando ele foi chamado para se apresentar no programa do Abílio Couceiro. O rapaz de violão azul e calça jeans Faroeste era, nada mais nada menos do que, o Roberto Carlos.

Catorze anos depois eu entrei para a TV Liberal, convidado pelo Ronald Junqueiro, editor do “Jornal Hoje”. Mas aí já é uma outra história que qualquer dia desses eu conto.

Aberta a Exposição Fotográfica Coletiva Mulher Real, na Unifap

Foto do cartaz: Sidney Cardoso.

Hoje (23), no Hall da Biblioteca Central da Universidade Federal do Amapá (Unifap), foi aberta a Exposição Fotográfica “Coletiva Mulher Real”. A mostra é fruto do trabalho dos alunos do curso de jornalismo da instituição.

Cada aluno da matéria expõe com uma foto 30×45 cm sobre o tema. A mostra ficará disponível para visitação até 23 de fevereiro, no local citado, de segunda a sexta, de 8h às 20h. A entrada será gratuita.

Os acadêmicos que exporão suas imagens na mostra foram orientados pela fotógrafa, publicitária, professora de fotografia e planejamento gráfico da Unifap, Luciana Macedo.

Serviço:

Exposição Fotográfica Coletiva Mulher Real
Local: Hall da Biblioteca da Unifap
Data: 23/01 a 23 de fevereiro de 2017
A entrada é gratuita.
Horário de visitação: de 8h às 20h.

Elton Tavares, com informações de Luciana Macedo.