MP-AP participa de ações estratégicas da agenda da Primeira Infância do Estado do Amapá

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) participou, na sexta-feira (19), na Assembleia Legislativa do Estado (Alap) de vasta programação organizada pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Primeira Infância da Região Norte e Bancada Federal do Amapá, que promoveram a Assinatura do Pacto pela Primeira Infância no Estado e um curso de capacitação para os Conselheiros Tutelares de todos os municípios amapaenses.

Pela manhã, o promotor de Justiça Miguel Angel, com mais de 15 anos de atuação da Promotoria da Infância e Juventude de Santana, representou o MP-AP na solenidade de assinatura do Pacto pela Primeira Infância no Estado, realizado no Plenário da Alap. O evento foi organizado pela coordenadora da Bancada Federal do Amapá, deputada Aline Gurgel.

A parlamentar explicou que o Pacto pela Primeira do Estado do Amapá tem por objetivo reduzir a vulnerabilidade social e garantir os direitos das crianças de zero a seis anos e já conta com a adesão de inúmeras instituições públicas e agentes privados, que firmaram compromisso de tornar efetivas as políticas públicas de promoção, atenção e defesa dos direitos das crianças.

“Muitos entraves ainda separam as nossas crianças de um cenário onde todas elas possam desenvolver todo seu potencial e receber o afeto que precisam. São obstáculos – novos e antigos – que permeiam as áreas socioeconômicas, educacionais ou mesmo as que envolvem saúde ou políticas públicas. Entretanto, essas barreiras serão derrubadas por nossa rede em prol da primeira infância”, disse a deputada.

Para o promotor Miguel Angel, a assinatura do Pacto consolida o compromisso de todas as instituições em fazer cumprir a legislação. “Para proteger nossas crianças e adolescentes, especialmente as que se encontram em total situação de desamparo e vulnerabilidade, é preciso muito compromisso com a causa e dedicação. Que possamos unir forças e esforços no sentido de garantir que esses direitos não fiquem apenas no papel. Atuamos cotidianamente no MP-AP com esse propósito e fico feliz de presenciar este momento”.

No período da tarde, o promotor de Justiça da Infância e Juventude de Macapá, Alexandre Monteiro, atualmente secretário-geral e chefe de gabinete (em exercício) do MP-AP, foi um dos palestrantes na capacitação para os Conselheiros Tutelares, que teve por objetivo fortalecer a atuação destes agentes e debater a importância do Marco Legal da Primeira Infância (MLPI), a Lei nº 13.257, de 8 de março de 2016.

O promotor Alexandre, acompanhado do promotor Miguel Angel, discorreu sobre “A importância da atuação dos Conselheiros Tutelares para a Garantia dos Direitos”. Ao iniciar, relembrou o surgimento da instituição Conselho Tutelar, que descentralizou uma série de tarefas e atribuições que antes eram de exclusividade do Judiciário.

Na sequência, enfatizou que o legislador do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) teve a preocupação de dar ao Conselho Tutelar a capacidade de uma atuação precoce, para tentar evitar que a violência chegue aos casos mais extremos. “Houve, ainda, a opção de se fazer um processo de escolha, justamente para aproximar a comunidade da atuação do Conselho, um órgão de caráter permanente. Nesse sentindo, o que se espera é que ele atue de forma rápida, zelando pela proteção da criança e adolescente”, explicou.

A importância da capacitação

O promotor de Justiça Miguel Angel destacou que o Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude do MP-AP promove, há muitos anos, capacitação com duração de uma semana, corpo técnico qualificado e metodologia aperfeiçoada a cada treinamento, unindo teoria e experiências práticas. No Estado, o Centro acaba sendo referência nesse processo de capacitação permanente. No cronograma deste mês, por exemplo, estão agendados cursos nos municípios de Itaubal do Piririm, Ferreira Gomes, Porto Grande e Cutias do Araguari.

Representatividade

A assinatura do Pacto pela Primeira Infância no Estado contou com a presença de representantes dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo, empresas e entidades da sociedade civil organizada, além da secretária Nacional Assistência social, Maria Yvelonia; da secretária Nacional de Atenção Primeira Infância, Luciana Siqueira Lira Miranda; e do secretário Nacional Renda e Cidadania, Atila Brandão. Na capacitação, estavam presentes conselheiros tutelares de todos os municípios do Estado.

Saiba mais:

A Lei Federal nº 1325 7/2016, que instituiu a Política Integrada da Primeira Infância, assegura à criança o direito de brincar, de ser cuidado por profissionais qualificados em primeira infância, de ser prioridade nas políticas públicas; direito de ter a mãe, pai e/ou cuidador em casa nos primeiros meses com uma licença-maternidade e paternidade. Toda criança tem o direito de receber cuidados médicos consistentes, especialmente os que estão em condições de vulnerabilidade. As crianças de até seis anos de idade devem ser envolvidas na formação de políticas públicas. A Lei prevê, ainda, direitos e responsabilidades iguais entre mães pais e responsáveis; atenção especial e proteção à mãe que opta por entregar seus filhos à adoção e gestantes em privação de liberdade.

Serviço

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Ana Girlene
E-mail: [email protected]
Contato: (96) 3198-1616

Semed entrega a partir de terça-feira (23) Cartão Merenda aos estudantes que ainda não receberam o benefício

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) irá iniciar a entrega do 2° lote do Cartão Merenda aos estudantes que ainda não haviam recebido o benefício. O cronograma de entregas é de 23 de novembro a 1° de dezembro e prevê dias específicos para que os pais e/ou responsáveis por estudantes de cada escola sejam atendidos.

O horário de atendimento será de 8h às 12h e 14h às 17h, no prédio administrativo da Semed, situado na Avenida Almirante Barroso, S/N, esquina com a Rua Hildemar Maia, bairro Santa Rita.

Os cartões que serão entregues estão com as 3 parcelas que já foram liberadas até o momento. Auxílio é no valor de R$ 400,00, divido em quatro parcelas.

Apenas estudantes com matrícula ativa em escolas municipais – e que ainda não receberam o cartão – terão direito aos valores. Esses alunos estavam enquadrados na categoria de ‘matrícula condicional’, de acordo com dados obtidos no Sistema de Gestão Escolar Proesc, indicando a falta de dados importantes no cadastro da criança. Portanto, esta etapa é destinada a quem realizou a atualização cadastral e a entrega dos documentos que estavam pendentes.

Apesar de não estarem no planejamento inicial do benefício, a Semed inseriu também os estudantes que ingressaram na rede municipal de ensino após o lançamento do benefício até a presente data.

Para receber o Cartão Merenda é preciso levar um documento de identificação com foto e CPF do responsável e do estudante. A entrega será exclusiva ao responsável legal do estudante registrado no momento da matrícula, sendo proibida a entrega de qualquer um dos cartões a terceiros, mesmo que conhecidos.

A prefeitura gerou o benefício no CPF da criança, com base nos dados cadastrados nas escolas. O Cartão Merenda possui saldo acumulativo, ou seja, caso o pai e/ou responsável não utilize todo o saldo referente àquele mês, o que sobrar será somado ao do próximo mês.

Cada cartão vem com um código QR no verso. A partir dele pode ser baixado um aplicativo para celular, para pagamentos on-line.

Suporte e Denúncias

A administradora do cartão disponibilizou um serviço de suporte ao cliente que pode ser acessado pelo WhastApp, através do número (91) 99166-4802. O atendimento ocorre no horário comercial, de 8h às 18h, apenas pelo aplicativo de mensagens.

Denúncias podem ser enviadas para a Ouvidoria da Semed, através do WhatsApp (96) 98801-9732.

Sobre o benefício

Com R$ 400,00 por aluno, a iniciativa está injetando aproximadamente R$ 13 milhões na economia local. O valor foi dividido em quatro parcelas de R$ 100,00 cada e serve para realizar compras de alimentos nos pequenos e grandes comércios credenciados da capital.

O benefício é voltado aos estudantes da rede municipal de ensino, como complemento da merenda escolar que já é servida nas escolas, visando a segurança alimentar dos alunos dentro e fora da escola.

Além disso, por reconhecer que a merenda escolar é fundamental no dia a dia, a prefeitura continuará ofertando a alimentação nas escolas, para os estudantes autorizados a frequentar as aulas no modelo presencial ou híbrido.

Lázaro Gaya
Secretaria Municipal de Educação

Poesia de agora: Uma cidade no meio do mundo – Pat Andrade

Fotos: Raimundo Manoel Fonseca

Uma cidade no meio do mundo

a cidade que mora em mim
reside entre a igreja e o teatro
se reflete nas águas do lago
caminha pela serrano
e corre pela independência
até o meio do mundo

essa cidade
embriaga-se de rio
e renasce na floresta
toma açaí do grosso
come camarão no bafo
mata a sede com água de poço

é essa cidade
que ama as mulheres do igarapé
dança marabaixo e batuque
no largo dos inocentes
e dorme tranquila
nos braços de São José

Pat Andrade

Membros do MP-AP acompanham inaugurações de novas unidades da Polícia Rodoviária Federal no Amapá

Na última quinta-feira (18), a promotora de Justiça Samile Alcolumbre, titular da Promotoria de Ferreira Gomes, esteve em ato oficial de inauguração da mais nova unidade operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Amapá, localizada no km 474, da BR 156, no município de Tartarugalzinho. Representando a procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Ivana Cei, a promotora destacou a relevância da moderna estrutura entregue pela PRF.

“Foi muito bom ver policiais do país inteiro prestigiando essa inauguração. Sem dúvida, veio para melhorar a segurança no município e dos usuários que utilizam a estrada. Estamos muito felizes com a entrega de mais esse equipamento de segurança pública, reforçando a estrutura de prevenção e combate ao crime”, disse a promotora.

O evento contou com a presença do diretor-geral da instituição, inspetor Silvinei Vasques, do governador do Estado, Antônio Waldez Góes da Silva e do prefeito de Tartarugalzinho, Bruno Mineiro, entre outras autoridades. Também participaram do evento o superintendente da Polícia Federal, Anderson de Andrade Bichara, o capitão dos portos do Amapá, Kaysel Costa Ribeiro, e o secretário da SEJUSP, José Carlos Correa de Souza.

De acordo com o Governo Federal, com as novas instalações, a PRF fortalece sua presença no interior do estado, aumentando a efetividade no combate ao crime e proporcionando um maior alcance das ações educativas relacionadas à segurança viária.

Na sexta-feira (19), foi o subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos e Institucionais do MP-AP, Nicolau Crispino, que representou a PGJ Ivana Cei na entrega da nova Delegacia da PRF em Macapá, localizada no KM 8 da BR 210, contendo estande de tiro e cobertura de fiscalização. Houve entrega, ainda, do Projeto Estratégico Rádio Digital na Superintendência da PRF-AP, além dos atos de lançamento da pedra fundamental da nova sede da PRF no município de Amapá e da Direção de Armamento para policiais civis e militares.

De igual modo, o procurador Nicolau Crispino parabenizou a instituição, colocando o MP-AP sempre de portas abertas para ações conjuntas, que visem o combate ao crime e a defesa da sociedade.

“É com enorme felicidade que acompanhamos hoje a entrega desses novos equipamentos e projetos de modernização. São investimentos extremamente necessários e importantes para o Estado do Amapá, especialmente por garantir a presença da PRF nas mais distantes localidades, aumentando a sensação de segurança e, dessa forma, contribuindo para a proteção de toda a comunidade”, manifestou o procurador.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Ana Girlene
E-mail: [email protected]
Contato: (96) 3198-1616

Illan do Laguinho terá exposição no Encontro dos Tambores

Quem quiser conhecer parte da história do músico e compositor Illan do Laguinho, o Centro de Formação Político e Cultural que tem o seu nome, estará levando até o Centro de Cultura Negra do Amapá, no Laguinho, no dia 20 de novembro, a partir das 18h, como parte da programação do Encontro dos Tambores, o memorial Illan do Laguinho.

Dentro do memorial os visitantes encontrarão registros fotográficos, acervos e peças originais do artista como; vestuário, discos, letras de músicas, instrumentos musicais, CDs, DVDs, entre outros.

O Memorial Illan do Laguinho tem seu espaço permanente no Bairro São Lázaro, onde o artista morou, e hoje, é onde fica localizado o Centro de Formação Político e Cultural Illan do Laguinho, projeto idealizado pelo seu irmão, hoje vereador Claudiomar Rosa.

Histórico Illan do Laguinho

Aparado pelas mãos da parteira tia Izabel Cardoso do Nascimento, mãe da saudosa “Tia Fé”, nascia em Macapá, no dia 12 de maio de 1960, nos campos do Laguinho, aos redores do “Poço da Boa Hora, José Illan Rosa da Silva.

Pai de cinco filhos e casado com a dona Maria das Graças, desde 1985, Illan trilhou vários caminhos na vida pública, começando em 1982, como motorista e chegando ao cargo de policial civil, incentivando a graduar-se no curso de bacharel em direito, em 2007, e pós-graduando em práticas processuais.

Em 2011, Ilan é eleito conselheiro tutelar da zona norte de Macapá, chegando em 2014, a assumir a presidência do colegiado.

Seus primeiros passos no universo artístico foram dados a partir dos sete anos e aos doze de idade, Illan participou do concurso de calouros do programa de rádio apresentado por Arnaldo Araújo, na Sede dos Escoteiros do Trem.

Já no carnaval, estreou como ritmista dentro de Piratas Estilizados, e em 1984, dentro da agremiação, venceu como compositor seu primeiro festival de samba, com o enredo em homenagem ao bairro do Laguinho. A partir daí, participou de diversos festivais, dentro do carnaval amapaense e também carioca, na Imperatriz Leopoldinense, onde fazia parte da ala dos compositores.

Illan é autor da música “negro de nós”, escrita exclusivamente para a banda do mesmo nome. A música que foi dada pelo poeta, tinha a princípio, o título de “Dandara”, e que, a pedido da banda, virou “Negro de Nós”, tornando-se um sucesso no Brasil.

Um de seus últimos trabalhos é o samba de exaltação à Boêmios do Laguinho, gravado ao lado de Francisco Lino, Osmar Jr., Meio Dia da Imperatriz e Claudiomar Rosa. Illan nos deixou em 10 de maio de 2015.

Comunicação – Cláudio Rogério

A cantora e o violonista – Conto meio crônica de Elton Tavares

Conto meio crônica de Elton Tavares

Ele tocava. Ele era bom com seu violão, dedicado e tals, mas ela… Ela era fantástica! A moça cantava as músicas que escrevia e ainda revisava as composições dele. E sempre as melhorava. A cantora e o violonista faziam uma ótima dupla. Até saíram em turnê. Fizeram a alegria de quem os assistia e acompanhava. E foram eternos enquanto durou aquela parceria.

Tantas canções, tanta prosa e poesia! Muita música e muito amor. Aí, um dia, começaram a brigar por tudo. Cancelaram shows, tentaram carreiras, fracassaram. Depois voltaram a se apresentar juntos e se separaram novamente.

Apesar de bons espíritos e grandes corações, eles eram incoerentes, estúpidos, insensatos, orgulhosos e morais (demais). Um pouco cômico, um tantinho comovente e muito irritante!

Ele com sua personalidade marginal, história tumultuada e talento pra arrumar confusão. Ela era um furacão formado de talento, inteligência, ironia, amor e teimosia. Uma fórmula perfeita de destruição.

Ah, mas como foram impecáveis! Eles escreviam fragmentos de tudo, juntavam, gravavam e, voilá, mais um sucesso! É, era assim. Inegável.

O casal era uma mistura de MPB e Rock and Roll, com muita influência literária. Aqueles doidos criaram seu próprio estilo musical. Entre tantos casamentos, namoros e rolos entre músicos, deles é que sempre lembro. Mesmo quando deveria ter esquecido, de tão improvável.

Alguns até pensaram que se tratava de mais um dos zilhões de casais apaixonados pelo mundo afora. A maioria deles fabricados, contudo, sem a mesma inspiração e piração da linda cantora e do músico doidão.

Acredito que nem tocam mais tão bem. Muito menos aquela velha canção dos doidos. E como cantou um poeta: eles partiram por outros assuntos, mas no meu canto estarão sempre juntos.

Hoje em dia cada um vive com relativo sucesso. Enfim, as carreiras solo “deram certo”. E, de longe, eles se observam. E, às vezes, até sentem saudades dos tempos que misturavam blues e jazz. Agora ela enlouquece calmamente e ele pira sedado.

Feira Afro Empreendedora movimenta comércio no Encontro dos Tambores em Macapá

A Prefeitura de Macapá, por meio do Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir), realizou nesta sexta-feira (19) a Feira Afro Empreendedora, que segue até quinta-feira (25) na União dos Negros do Amapá (Una), de 18h às 23h. Em suas barracas, os artesãs e artesãos negros comercializam suas criações, aproveitando a movimentação cultural do maior evento afro do estado.

Os visitantes encontram grafismo africanos, brincos, acessórios, artesanato, bonecas de marabaixo, e tudo isso feito com garrafas de vidro, pet e outros produtos em geral que valorizam a cultura afro amapaense.

A Feira Afro Empreendedora busca ainda a redução de impactos econômicos pré e pós pandemia. “O Improir tem buscado fomentar o afro-empreendedorismo, pois reconhecemos a sua importância na dinâmica das relações comerciais de Macapá. No Encontro dos Tambores, a Feira Preta estimula não apenas o consumo de produtos e serviços oferecidos por afro empreendedores, como também a valorização da negritude e o sentimento de pertencimento social da população preta”, afirma Priscila Santos, chefe da Divisão de Empreendedorismo e Fomento do Improir.

“A Feira Afro Empreendedora já é tradicional no Encontro dos Tambores. Ficamos felizes de fomentar o afro empreendedorismo amapaense”, finaliza Maria Carolina Monteiro, diretora-presidente do Improir.

Alexssandro Lima
Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Poema de agora: Encontro dos tambores – Ricado Iraguany

Encontro dos tambores

Bate um batuque no meu coração
Feito o toque da caixa
Gengibirra que baixa
E levanta as sais rodadas
Pelas negras canções
Zimba, batuque,sairé, marabaixo
Ninguém fica parado
Fica até abismado
Quando o negro tocar
No rufar dos tambores
Vem de kinbanda, umbanda, todos babalorixás
Tambor de mina, menina
E um terço pra rezar
Ao divino espírito santo
E a santíssima trindade

Ricado Iraguany

O Poder do Tambor – (crônica demais paid’égua de Fernando Canto) – @fernando__canto

Foto: blog do Márcio Batista

Crônica de Fernando Canto

Não é de hoje que vejo – e ouço – algumas associações de sincretismo entre o catolicismo e os ritos de origem africanos no Amapá como o Candomblé e o Tambor de Mina.

Nunes Pereira, uma das raras referências etnográficas do folclore amapaense, disse em seu livro “O Sahiré e o Marabaixo” (Fundação Joaquim Nabuco, Recife, 1989, pág. 101/115), que quando esteve no Laguinho e no Curiaú em 1949, observou que os tambores utilizados não exerciam claramente sobre os negros o poder transfigurador que os instrumentos de percussão têm na África ou do tipo usado nos terreiros Mina-Gêge de São Luís do Maranhão. Mesmo assim registrou os mais estranhos e emocionantes movimentos de dançarinos no Marabaixo.

Observou que (aos negros) “Nem lhes faltaram, nas máscaras luzidias de suor, o fulgor das pupilas e nos ritus dos lábios carnudos, a expressão dramática, que a posse do Guia, Santo ou Vodum, lhe transmite, e a expressão sensual, que nasce dos sentidos, açulados pelas libações e pelos contactos dos corpos em festa”… Mais adiante ele viu “saltos elásticos de alguns jovens, tais os dos bailarinos acrobatas, ou negaças fulminantes de capoeiras” que lhe reafirmavam um justo conceito, não de antropólogo, mas “de um viajante fascinado”.

Nunes Pereira ficou mesmo encantado com a dança dos negros e mestiços que aos poucos se avolumava no salão sob o comando do Mestre Julião Ramos. E informa que se “nos lembramos das atitudes místicas dos Voduns Mina-Gêge, erguendo os braços para o alto ou baixando-os para abrir mãos que se diriam afagar a terra, também nos lembramos dos passos do frevo pernambucano e das marchinhas do carnaval carioca”. Sua descrição da dança arremata que “Mestre Julião, de súbito, como se fosse envolvido pela fascinação daquele ritmo e daquelas atitudes, entrou a substituir um dos tocadores das ‘caixas’, arrebatando-lhe o instrumento. E, então, pela expressão de sua voz e pela segurança de seus toques, a dança atingiu o seu Pathos. E nela fomos envolvidos também”.

Dizendo isso, suponho que ele tenha mergulhado na “mucura”, a bebida alcoólica muito utilizada no Marabaixo, pois nenhum antropólogo é de ferro.

Tradição: garoto toca caixa de marabaixo em Mazagão, Amapá – Foto: Julio Maria

Ele ainda tentou atrair as negras velhas para conversas sobre terreiros, sobre Mães de Santo e Vodus, mas elas se esquivaram discretamente, entretanto sem poder negar que tudo isso lhes era familiar.

Certa vez eu presenciei uma incorporação sob os tambores do Marabaixo, porém imediatamente retiraram o “cavalo” (uma mulher) do recinto, não dando chance para perguntas.

Sobre esse assunto fui informado de outro caso, provocado por uma bebida possivelmente alucinógena preparada com cachaça e a casca macerada do caimbé branco, árvore abundante no cerrado das cercanias de Macapá.

No Haiti, sincreticamente São Tiago é associado a Ogum, o deus daomeano, com seu ar feroz, barba hirsuta e espada erguida. Em Cuba Ogum se equipara a São Pedro por levar em suas mãos as chaves do céu que são de ferro e a Santiago dos castelhanos, que, a cavalo, os ajudava na guerra matando mouros. No Brasil durante as cerimônias, os “adosu” por eles possuídos assumem uma expressão feroz e durante as danças empunham uma espada e executam a mímica da guerra e dos combates. Segundo Pierre Verger, a assistência grita, saudando: “Ogum ye”. Seus adeptos, muito numerosos, usam colares de cores azuis-escuras e braceletes de ferro. Na Bahia ele é assimilado a Santo Antônio e no Rio de Janeiro a São Jorge, que é outra personagem, ou figura da Festa de São Tiago de Mazagão Velho

Não é de hoje, repito, que essas coisas estão ligadas ao Marabaixo. Mesmo que se diga que seus principais ritos sejam de origem católica, a ancestralidade comanda o inconsciente coletivo. E o toque do tambor é muito poderoso. Inderê, Olô!

20 de Novembro Dia da Consciência Negra – Por Marcelo Guido

Por Marcelo Guido

Por que precisamos desse dia?

Criada em 2003, a data nos remete ao passado e tem o intuito de fazer uma reflexão da inserção do negro na sociedade brasileira, escolhido o dia 20 de novembro não à toa , já que é a data atribuída à morte de Zumbí dos Palmares, um dos maiores e históricos lideres negros que já habitou nossa pátria.

Mas por que ainda hoje precisamos refletir se somos no papel um país multirracial, se nosso sangue miscigenado encantou o pai da seleção natural Charles Darwin, se nossa sociedade é tropical, abençoada por Deus e bonita por natureza ?

É amigos, quem nos dera não precisar! Vivemos um verdadeiro “apartheid” não oficial. Isso porque a política nefasta, que por muitos anos foi responsável pela segregação na África do Sul, é aplicada em nosso país na pior forma, a forma oculta.

A necessidade de uma data oficial como essa é para lembrarmos que a cada 100 vítimas de assassinatos no Brasil , 71 são negras, que a extrema maioria de nossa massa carcerária nos presídios é negra, que a maioria das famílias que vivem na miséria no Brasil é negra. Por isso a reflexão.

A dívida que se tem com o povo afrodescendente é mil vezes maior , foram 400 anos de escravidão, marca essa que para poder tirar de nossa história, precisaríamos ser redescobertos.

O Brasil foi um dos últimos países a deixar de ser escravista. Por isso a reflexão. Para mostrar para muitos que politica de cotas raciais, instituída no Brasil apenas em 2014, não trata-se de uma esmola, e sim de uma reparação histórica para com o povo negro. Por isso a reflexão.

Pra lembrar a todos que foi só a partir de 2003, mais exatamente no dia 09 de janeiro, com o advento da lei 10.939, que o currículo escolar brasileiro teve que colocar a temática “História da Cultura Afro –Brasileira” para que os alunos pudessem entender o por que do respeito com a cultura Afro.

Só por esses aspectos, o dia da consciência negra já se faz necessário.

Refletir sobre os erros para que nunca mais eles sejam repetidos, para que o jovem negro possa ter orgulho de sua raça, origem e cor. Por mais cabelos naturais e menos alisamentos nas meninas . Que o orgulho negro seja realmente reconhecido.

Precisamos deste dia para saber que ascensão social do negro não é um favor, e sim um direito. Para que as escolas, repartições e universidades sejam sim um espaço de ampla inclusão.

Zumbi vive em cada jovem médico negro, em cada advogado negro em cada ministro negro, em cada professor negro.

Para que intelectuais históricos, como Machado de Assis e Castro Alves possam ser referenciados como realmente foram.

Para que o elevador social que é quase um templo- já diria Jorge Aragão – seja esquecido e realmente fique no passado. Para que Wilson Simonal saia do limbo cultural o qual foi colocado.

Para que máximas como a do grande educador Paulo Freire , reconhecido mundialmente pelos serviços prestados à educação, sejam enterradas de vez: “os negros nascem proibidos de serem inteligentes” .

Para que nossa sociedade seja mais justa e menos hipócrita.

Viva Zumbi, Cartola, Ivone, Jovelina, Mano Brow , Ben Jor, Leci, Serginho Chulapa , D2, Tony Tornado, Tim Maia, Mussum e todos aqueles que um dia lutaram por igualdade, meu máximo respeito.

Um Salve para todos os negros.

*Marcelo Guido é Jornalista, Pai da Lanna e do Bento e maridão da Bia.

“Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”: segundo livro de Elton Tavares visita paisagens da memória, boemia, poesia e cotidiano Amapaense.

Arte: Nina Ellen
A nova obra assinada pelo jornalista e editor do site De Rocha chega aos amapaenses no dia 22 de novembro. O livro conta com recursos da Lei Aldir Blac, executados pela Secult/AP – Arte: Nina Ellen

Viradas do cotidiano intenso e surpreendente povoam as páginas do segundo livro do jornalista Elton Tavares, fundador e editor do site De Rocha, portal mais do que enraizado nas buscas de internet dos amapaenses e fonte de cultura desde 2009. O lançamento de “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo” acontece no dia 22 de novembro, em um dos ambientes mais visitado e revisitado pelo autor, Bar e Restaurante Station 57.

Assim como na primeira coletânea, lançada em 2020, o jornalista volta a envolver o leitor em histórias que acontecem no dia a dia de Macapá e em sua vida pessoal. Com linguagem coloquial que aproxima e convida o leitor a mergulhar na narrativa dessa construção repleta de tanta verdade, que é possível se sentir dentro das “estórias”. Assuntos inusitados, porém vivenciados, como a reclamar por ter que usar uniforme, como também, sonhando com uma máquina do tempo cinematográfica ou sentindo o cheiro da educada, elegante e sábia, vó Peró. Relatos e mistérios surpreendentes que somente a boa literatura poderia revelar.

Como grande é o universo descrito nas páginas do “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, ainda maiores são os integrantes desse projeto liderado por Elton. As ilustrações são do artista plástico Ronaldo Roni, projeto gráfico e diagramação são assinados pelo publicitário Andrew Punk, projeto do produtor cultural e jornalista Daniel Alves e revisões da poeta Jaci Rocha e jornalista Marcelle Nunes.

Autor de diversas obras e lenda da cultura tucuju, o escritor Fernando Canto assina o prefácio do livro, deixando claro que se trata de uma experiência de imersão: “Ele fala de si mesmo como se colocasse palavras nas nossas bocas leitoras, latentes bocas do inferno, bocas devoradoras de letras e de pensamentos Tavarianos”.

As 43 crônicas que compõem o novo livro de Elton Tavares foram publicadas originalmente em seu site, o De Rocha. A obra foi realizada com recursos da Lei Aldir Blanc, executados pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult). “Há 12 anos o portal faz parte da vida cultural e política do amapaense, fico muito satisfeito em ver que o virtual é palpável e virou um segundo livro. Agradeço à Secult e ao secretário Evandro Milhomen pelo suporte e confiança, à equipe que me ajudou nesse trabalho e ao amigo Fernando Canto pelo apoio e incentivo”, ressaltou o autor.

Para Elton, a obra tem o intuito de materializar o imaginário e dar vida diária à memória e à identidade que todos os amapaenses carregam. “É isso que o De Rocha realiza há 12 anos: o olhar de muitos observadores, suas vivências, realidades e o modo de dizer meu, do Amapá e tudo que faz parte da construção histórica da nossa cultura, espero que gostem, é isso”, conclui.

Lançamento

O lançamento acontecerá no dia 22 de novembro, no restaurante Station 57. Bem frequentado, o aconchegante espaço reúne boa culinária, cervejas incontestavelmente geladas, vívida playlist e atendimento impecável. Localizado no coração de Macapá, a escolha do lugar para o momento é parte da garantia de uma noite agradável de confraternização entre amantes das palavras bem escritas.

Serviço:

Lançamento do Livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo” de Elton Tavares
Dia: 22/11/2021 (segunda-feira)
Local: Station 57
Endereço: Rio Plaza Shopping – Central, Macapá.
Horário: das 19h às 21h
Entrada franca
Apoio: Secult – Secretário Evandro Milhomen

Marcelle Nunes – Jornalista

Conheça o significado e a Importância do mês da consciência negra

O Dia da Consciência Negra marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade social no país.

Instituído oficialmente pela Lei nº 12.519, de 20 de novembro de 2011, a data em comemoração ao Dia da Consciência Negra faz referência à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares — situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na Região Nordeste do Brasil. Negro e pernambucano, Zumbi nasceu livre, mas foi escravizado aos seis anos. Foi assassinado em 1695, na região de Alagoas. Sua vida, no entanto, foi marcada pela luta contra a escravidão, que terminou oficialmente 190 anos após sua morte — no dia 13 de maio de 1888, com a Lei Áurea.

Zumbi é considerado um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Após diversas tentativas de resistência, dados apontam que a morte de Zumbi teria ocorrido em 20 de novembro de 1695, em combate e fuga. E daí teria vindo a escolha do dia 20 de novembro como data de celebração do Dia Nacional da Consciência Negra no Brasil.

Consciência Negra no Brasil

Em 1971, o professor, escritor, pesquisador e militante negro Oliveira Silveira organizou um grupo de estudo e apreciação da cultura e da literatura negra em Porto Alegre com outras pessoas interessadas no assunto. Foi proposto então a criação de uma data comemorativa que simbolizasse a união e a luta do povo negro. O grupo sofreu certa perseguição, pois, na ocasião de seu nascimento, o Brasil vivia o auge dos chamados anos de chumbo da Ditadura Militar. No entanto, os movimentos sociais que atuavam em defesa da população negra cresciam cada vez mais em nosso país. Em 1978, inclusive, foi criado no Brasil o Movimento Negro Unido (MNU).

O termo “Consciência Negra”é uma referência e uma homenagem à cultura ancestral do povo de origem africana, que fora trazido a força e duramente escravizado por séculos no Brasil. A data escolhida significa o símbolo da luta, da resistência e a consciência de que a negritude não é inferior e que o negro tem seu valor e seu lugar na sociedade, como um misto de conscientização da importância do preto na sociedade, do reconhecimento do valor, da cultura e da luta de pessoas pretas contra o racismo.

“Zumbi dos Palmares” Foto/Imagem: Antônio Parreiras

Importância do mês da consciência negra

Além das questões que envolvem Zumbi e o Quilombo dos Palmares, o Dia da Consciência Negra é uma data significativa, pois traz à luz questões importantes: o racismo e a desigualdade da sociedade brasileira. O racismo está tão impregnado na cultura do brasileiro que até no vocabulário ele se manifesta. Expressões como “da cor do pecado”, “denegrir”, “mulato”, “cabelo ruim” (para se referir ao cabelo crespo), entre outras tantas, mostram claramente o racismo e surgiram do legado dos mais de 300 anos de escravidão no Brasil.

Vale lembrar que racismo é crime inafiançável e imprescritível, previsto na Lei nº. 7.716/89, com penas que podem variar de 1 a 5 anos. Há também a previsão no Código Penal da injúria racial, que consiste em ofender a honra de alguém se valendo de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem, e estabelece a pena de reclusão de um a três anos e multa.

A cultura religiosa originária dos negros africanos também sofre bastante com o preconceito no Brasil. Na década de 1930, as chamadas religiões de matriz africana eram proibidas no Brasi. Atualmente, apesar de a Constituição prever a liberdade religiosa, o que se vê em nosso país é que as religiões de matriz africana são intensamente perseguidas. Um fenômeno recente são as ações de vandalismo cometidas contra terreiros nos quais se praticam os encontros de umbanda e do candomblé.

“CÉSAIRE, Aimé (1913-2008)” Foto/Imagem: Biblioteca rebeldemule.org

Negritude e Literatura

Segundo o IMDSC (Media, Diversity and Social Change Institute), entre os 100 filmes com maior bilheteria em 2016, apenas 29% dos personagens eram negros. Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) mostrou números alarmantes na literatura brasileira: 93,9% dos autores e 92,1% dos personagens são brancos. Essa porcentagem espanta, até porque 54% da população brasileira é declarada negra. Com um campo das artes dominado por obras produzidas por brancos, torna-se difícil o processo de empoderamento negro, uma vez que os negros acabam não tendo a devida representatividade na indústria cultural.

Apesar disso, podemos encontrar personalidades negras que ajudaram e ainda ajudam a mudar essa realidade, sendo nomes importantes quando se discute sobre identidade negra. Voltando para a história, como forma de trazer a riqueza da cultura africana para povo afrodescendente de países colonizados por europeus, e assim o empoderamento também, o poeta e escritor martinicano Aimé Césaire criou o termo negritude, que ao longo dos anos veio a se tornar uma corrente literária e movimento cultural.

Para marcar esta data, a Rádio e TV UNIFAP, indica obras clássicas e contemporâneas para compreender o porquê do Dia Nacional da Consciência Negra. Confira abaixo:

• Quarto de despejo – Carolina Maria de Jesus

• Clara dos Anjos – Lima Barreto

• Olhos d’água – Conceição Evaristo

• Negritude – Aimé Césaire

Colaboração de texto: Izabele Pereira (Bolsista de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021)

Poesia de agora: EMBUSTE DE LIBERDADE – Arilson de Souza

Arte: Ascom MP-AP

EMBUSTE DE LIBERDADE

Oh, ansiada liberdade!
com asas de Ícaro [rumo ao sol] voaste!
Perpetuada pelos pigmentos da Carta Áurea,
te fizeste pseudo, e à própria sorte nos jogaste.

Oh, cobiçada liberdade!
Por quanto nosso povo te clamou,
Mas vieste em des[vida]
e às mínguas nos largou!

Porém, quem nos deu des[esperança]
em seu pre[conceito] se afogou
Pois, NEGRO é vida em abundância!

Viva, NEGRO!
NEGRO,viva!
Viva a liberdade, na sua essência viva!

Arilson de Souza

Lei Aldir Blanc: edital Mauro Guilherme seleciona quase 400 propostas artísticas no Amapá

Publicado na semana passada , o edital 002/2021 – Mauro Guilherme é o mais recente da Lei Aldir Blanc para premiar propostas artísticas no Amapá. O documento seleciona, ao todo, 385 projetos e é conduzido pela Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult/AP) que já realizou outros processos de premiação com recursos oriundos da lei para fomentar a cultura no estado durante 2020.

As propostas podem ser inscritas entre até o dia 23 de novembro, exclusivamente pelo e-mail oficial da Secult/AP: [email protected]. A divulgação da lista de selecionados está prevista para dezembro, sem data definida. Poderão ser apresentadas propostas nas categorias:

Espetáculos como os teatrais, podem se inscrever — Foto: Comunidade católica Shalom

– Multilinguagens;
– Cultura Popular/Folguedos juninos;
– Cultura Gospel;
– Música Autoral;
– Multilinguagens/Novos talentos (voltados para artistas em início de trajetória artística com idade entre 18 e 29 anos).

De acordo com o secretário da pasta, Evandro Milhomem, todos os segmentos culturais do estado serão atendidos e garantiu que a Secult/AP trabalha para oferecer uma ampla gama de atendimentos aos produtores culturais.

Há uma exigência básica que é 4 anos de atividade cultural, menos os novos talentos, e nós temos uma curadoria formada por professor da Universidade Federal do Amapá. Estamos promovendo um edital que contempla a todos os segmentos artísticos, com o intuito de atender a necessidade dos fazedores de cultura e continuar movimentando economicamente o setor cultural, tendo em vista que a crise sanitária ainda afeta o público artista”, ressaltou.

Mauro Guilherme – Foto: arquivo pessoal do escritor.

Promotor Mauro Guilherme

Mauro Guilherme foi promotor de justiça, escritor, poeta e nasceu no interior do Pará. Juntamente à carreira de membro do MP-AP, Mauro Guilherme também contribuiu para o desenvolvimento da arte. Por meio de sua atuação como músico e escritor publicou diversas obras que mereceram destaque no meio literário do Amapá, dentre elas: “Reflexões Poéticas” (1998); “Humanidade Incendiada” (poemas 2003); “Destino” (romance 2007); além da recente coautoria no livro de crônicas intitulado “Cronistas na Linha do Equador”.

Era cidadão amapaense, com título concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Amapá, em 1997. Vítima da covid-19, Mauro Guilherme partiu, em 4 de maio de 2021, deixando amigos, família e a instituição que tanto se dedicou, nos quase 30 anos de trabalho.