Aí o sol foi ficando moreno, foi ficando pequeno, e se mudou pra lua. Aí não tinha mais o dia, nem existia a noite; tinha o sereno queimando na pele. Aí são Jorge ficou nu, a primavera dava manga, chovia margarida. Então eu comprei um óculos de lua e fui à praia vazia; conheci tanta gente legal!
Mas de tanto calor, a lua se cansou: – Você tá me sufocando. – És tão bela, pena que acordas a cada dia numa fase diferente. E o sol decidiu se mudar. Então a lua fez-se cheia, minguante, crescente; se enfeitou de estrelas, mas o amor ja tinha se partido. Nessa partilha, não se sabe ao certo quem foi mais triste ou mais alegre. Sabe-se que esse amor eterno se acabou na primeira manhã minguante. Vai ver que de certo na vida, sejam só as noites; sejam só os dias; mas se um eclipse te aparecer, aproveita. Vai ver só vai acontecer de novo daqui a cem mil anos. Vai ver o segredo do ser-pra-sempre possa estar escondido entre a humildade de nos reconhecermos frágeis e a vaidade de sermos tão fortes, mas tão dependentes da felicidade.
Não brigo com Deus Porque minha impressora quebrou. Nem procuro a memória no dedal em que escondi um caroço de uva. Pisco para acender a luz interior E ponho as palavras em fila do Alpendre desbotado da Av. Ernestino Borges… Descendo descalças pela beira do rio. Amo a parte em que saio de mim, e sou outros. O passado, o depois, o dia que vinha, o ontem que foi.
Quando os vermes parasitas atemporais, inundarem com suas mandíbulas químicas, minhas células cerebrais, se embriagarão de poesia. Os pluricelulares, alvissareira, declamarão. Os mono celulares, acharão um absurdo, achar que o sol é tudo. Quando há lua, chuva, amor, paixão, destino, e intestino. A impressora quebrada, continuará oxidada.
As palavras nascerão em outras paragens, vindas de bocas, afoitas, e corações apaixonados. Os bisnetos, dos bisnetos, dos unicelulares, que disseram versos, porque neles não cabem. Acharão doce a palavra amor. E com ela subirão pela aorta até o coração. Onde terei deixado o desenho da palavra paz.
O oceano não é longe Eu não o enxergo…mas o amo As vezes ele repleto de planos e sonhos se deixa vazar pelos meus olhos, e trás seu sal até a minha boca que se atordoa e esboça um ui…muito tímido Eu quase me afogo mergulhando tímido em seu interior. É lá que encontro comigo , me abraço, me finjo, me ignoro, e dissipo a vida, como quem atira fora caroços de uva, e na verdade são vidas presas aos seus extinguives dias.. Porque de noite ninguém vive…só reproduz sonhos em outros sonhos, pura magia em que o maior truque é a inconsciência, que grava tudo.
Tenho um mar em mim. E um deserto incrédulo ao derredor. Tenho um vôo atônito sobre as cordilheiras de picos congelados, e nelas um bando de Condores fazem com seus olhos ágeis, selfies da minha chorosa cara.
…as tartarugas do quintal batem em Morse, agradecimentos, eu os recebo, e meço a extensão de um coletivo abraço. Eu lhes jogo fatias de mangas, nacos de laranja, e folhas de alface.
Temos vidas paralelas, uns a tem curtas, outros longas, e disso ela não sabe… Nem do Oceano de tristeza que carrego em meu coração. Triste com o mundo destroçando suas crianças sob balas, explosões, e baionetas. Cristo lamenta…e se lembra quando no sopé dos montes reunia crianças, e lhes distraía imitando com assovios todos o cantar dos pássaros que elas conheciam…
Hoje lhes dá a mão e as guia em farrapos a outra dimensão, elas vêm que ele chora… Todos os seres na superfície da terra choram.. Um sou eu, outras as minhas Netas que imaginam Deus um pássaro Blue, outros as tartarugas que me olham ansiosas por um the end.
A decomposição de minha vida É o que compôs meu ser e meu estar. Cada célula a se desintegrar Integrou o que sou, em contrapartida. Pois me construí em cada ferida, Em cada pedaço a se descolar; Sim, perdi-me para poder me achar Fazendo da chegada uma partida. Com isso, horrorizei os horrorosos E lhes bati na cara a minha porta, E decepei-lhes o duto da aorta Com os cacos de meus ossos porosos, E sufoquei seus pulmões ambiciosos Com a poeira de minha pele morta.
Caminha o louco O céu do louco tem cor permanente A alma do louco acoita canções que muitos cantas sem conhecer O louco não gosta de flores Aliás, nunca viu fores genuínas , nem mulheres, nem meninos, nem nunca foi menino Não tem casa, não tem leito, não tem relógio Só tem a rua A rua branca e sincera do seu mundo Nesse momento, o louco chora Porque lhe disseram que há loucos que se curam
Ivo Pontes Torres, poeta amapaense.
* Ivo Torres foi poeta falecido em 2023, também foi escritor, jornalista e um precursor da arte literária no Amapá.
Na última sexta-feira (6), na Escola Estadual Mário Quirino, recebi o Troféu Esmeraldina Santos (escritora quilombola do Curiaú, que dá nome ao prêmio). A honraria rolou durante o primeiro dia da II Edição do Festival Literário de Macapá (Flimac). Fui agraciado com o Troféu por conta de meu trabalho literário de apoio e divulgação da cultura há mais de 13 anos, neste site.
Será que dei valor? Sempre fui um jornalista comprometido com a cultura da minha terra e entusiasta da boa literatura produzida no Amapá.
Outras pessoas também receberam a homenagem. Entre elas os poetas imortais da Academia Amapaense de Letras (AAL) Osvaldo Simões (que representou o presidente da AAL, meu querido amigo Fernando Canto, no evento) e Rostan Martins, além de políticos, como o senador Randolfe Rodrigues, principal incentivador e patrocinador desta edição do Flimac.
O evento noite não foi somente de festa e reconhecimento, mas um grande encontro de gente querida, de pessoas fantásticas com Marabaixo, Estátuas vivas, declamação de poesia e música.
Com o tema ‘Literatura e Amazônia: territórios e saberes’, o Flimac é realizado pelo Coletivo Juremas e a produtora cultural Ói Noiz Aki e tem o objetivo de celebrar a literatura e a arte, reunindo talentos locais para compartilhar obras e expressões artísticas, e assim, estimular a produção artística, literária, cultural, intelectual e editorial do Estado do Amapá de forma gratuita. Este ano o Festival acontece oficialmente do dia 17 a 21 de outubro.
Durante os dias de programação, o debate será em torno do fortalecimento de um espaço para as artes e literatura na capital amapaense. Você pode acompanhar a programação na íntegra, saber as atrações confirmadas e outras informações pelo instagram @coletivojuremas_oficial.
Aqui deixo meu agradecimento à poeta Carla Nobre, idealizado e organizadora do Flimac, pelo reconhecimento do trabalho de disseminação da literatura amapaense no De Rocha. Também sou grato à poetisa Andreia Lopes, que fez a apresentação e a publicitária Bruna Cereja, minha namorada, por estar comigo naquele momento.
Gratidão, define aqui. Valeu!
“Escreva sobre sua aldeia e você pode tornar-se universal” – Leon Tolstói
“Há quem ache que escrever é um mistério, que poetizar é um tipo de magia que torna o escritor um ser diferenciado. Talvez sim, talvez não, pois cada um demonstra sua própria verdade no que cria ou faz. Essa é a sua responsabilidade” – Fernando Canto.
Encontro com Fernando Canto, parece que foi Ontem esses dez anos. Aumentamos o grau dos Óculos. Estou ileso, chamuscado , teso e ‘liso’, porém pareço eterno. Ele fala. Eu falo. Bebe-se. O tempo adoece.
Conversamos então sobre a solidão pousada no prato de azeitona, temo que sejamos herdeiros da mesma angústia que fala de canoas. Digo-lhe que amaremos a mãe de nossos filhos, ele acha que Cuba pode vir a produzir mamão Papaya. Divagamos sobre o fim de Tróia, e a glória de estarmos embriagados. Bebo Conhaque e lhe segredo que sempre amei Helena. Ele refere-se as Sereias como Sardinhas. Diz que Deus é brasileiro, acho que tudo começou com um Símio. Conhece uma Marcha Turca que termina em palmas, canta e eu aplaudo ritmicamente.
Belém está afônica. Ele imita Sancho, eu imito o Capitão Gancho e Brizola. Um Padre passa para a Igreja, atiro nele um caroço de azeitona. Fernando vê-me menino, eu o vejo imberbe, fazendo poemas para as meninas do Colégio. Digo-lhe que amaremos os netos de nossos filhos. Ele acha que postumamente.
Rimos a ‘bandeiras despregadas’. Mais ou menos de pé, cantamos o hino, despidos como nascemos. O dono do bar, nos xinga. É Domingo, saímos do bar, para a Missa.
A escritora Pat Andrade se apresenta neste domingo, 8 de outubro, na 52ª Expofeira, com a intervenção poética intitulada Entre a Flor e a Navalha, um trabalho que traz seus encantamentos e questionamentos diante da vida e do sistema, com poesia falada, experimentações em audiovisual e acessibilidade em LIBRAS garantida.
Pat Andrade é escritora, artista plástica e produtora cultural. Tem mais de 30 livros artesanais e seis livros virtuais publicados, participação em dez coletâneas e participação em revistas literárias. Em dezembro de 2021 publicou O avesso do verso – pela Lei Aldir Blanc e, em janeiro de 2023, lançou O peso das borboletas. Seu trabalho mais recente é o livro artesanal intitulado Poesia para alguma coisa ou para coisa nenhuma.
Colaboradora do Site De Rocha, membro do coletivo Urucum, do Sarau do Recomeço e do grupo Café e os Poetas, Pat Andrade leva poesia para ruas, praças e cafés; visita comunidades, escolas e universidades e participa de eventos literários e culturais, os mais diversos.
Para quem for assistir Entre a Flor e a Navalha, Pat garante que será “uma experiência sensorial, onde o público poderá de fato ‘sentir’ a poesia”. “É um jeito diferente de me apresentar”, conclui.
Intervenção poética Entre a Flor e a Navalha
Data: 8 de outubro de 2023
Hora: 19:30h
Local: Mini-teatro Caboco – Parque de Exposições da Fazendinha
Intérprete em Libras : Wesley Ribeiro dos Santos
Eu uso a língua dos Anjos para falar com os Abutres. Tenho pressa, pois as lágrimas que tenho estão secas e tem sede. Voam a Lua, voam ao Sol, e retornam sós com azuis no olhar. Lembram de coisas podres, de peixes sujos no mar. E sempre convidam para que eu corra na chuva. E ela lave a solidão que em mim cresce como uma corcunda. Eu apenas coloco o despertador para que toque as 5:45.
Embrulho meus sonhos com um Ededron Lilás. Fecho a janela, e deixo o Sol preso na veneziana. Apago então os Abutres com uma borracha escolar. Depois como cachorro não late, e a casa está vazia. 0 silêncio sobe as escadas, e desliga a televisão.
O Festival Literário de Macapá (FLIMAC), realizado pelo Coletivo Juremas e a Ói Nóiz Aki, está com inscrições abertas para interessados em participar do Prêmio FLIMAC de Poesia, novidade desta segunda edição do festival. O concurso vai selecionar até 30 escritores locais para compor o livro “Amapá 80 anos: A pátria das águas”. Este ano o festival será realizado do dia 6 a 11 de outubro e conta com o patrocínio do Senador Randolfe Rodrigues, do Governador do Amapá, Clécio Luís, e da Secretária de Cultura, Clicia Di Miceli.
Para participar, basta realizar gratuitamente a inscrição de um poema com o tema “Amapá 80 anos: A pátria das águas” através de formulário online para avaliação da comissão julgadora até as 23h59 do dia 30 de setembro. Cada candidato poderá submeter apenas um poema, inédito, de sua própria autoria. Podem participar do concurso escritores acima de 18 anos e residentes de qualquer município do Estado do Amapá.
Premiação
A premiação dos poemas selecionados será realizada no dia 11 de outubro, durante o II FLIMAC. Além dos 30 autores selecionados para compor um livro, também serão premiados, com valor em dinheiro, os 3 melhores poemas escritos, os 3 poemas mais bem interpretados e o poema mais popular. Já o lançamento do livro vai ocorrer em 2024, no 3º FLIMAC.
Na categoria escrita, o 1° lugar será premiado com o valor de R$ 1.500,00, o 2° lugar com R$ 1.000,00 e o 3° lugar com R$ 500,00. Já pela interpretação do poema, o 1° lugar receberá o prêmio no valor de R$ 1.000,00, o 2° lugar R$ 800,00 e o 3° lugar R$ 500,00.
O poema mais popular, por eleição do público, também será premiado com o valor de R$ 500,00.
Para a coordenadora do festival, Carla Nobre, a premiação incentiva os escritores amapaenses e traz a oportunidade de revelar novos nomes no cenário cultural local. “O Prêmio FLIMAC de Poesia é uma forma de valorizar a produção literária local, não apenas de autores já conhecidos, mas também uma oportunidade de novos nomes se consolidarem e conquistarem seu espaço. Além disso, o FLIMAC atua na manutenção e abertura constante de diálogos com escritores, educadores, gestores, artistas e moradores da região. O reflexo disso é o festival seguir para a sua 2ª edição e já temos planos para a 3ª!”, comenta Carla.
Programação
Com o tema “Literatura e Amazônia: territórios e saberes”, o evento conta com apresentações artísticas e culturais, exposições audiovisuais e mesas de diálogos. Durante os 6 dias, o debate será em torno do fortalecimento de um espaço para as artes e literatura na capital amapaense.
O FLIMAC inicia oficialmente no dia 6 de outubro, às 8h30, no Museu Sacaca e terá performance artística e exibição audiovisual como primeira atividade. As programações serão realizadas em diversos espaços da cidade, como o Museu Sacaca, Amapá Garden Shopping, Pier do Santa Inês, Sesc Amapá e escolas públicas de Macapá.
Nomes como Senador Randolfe Rodrigues, Fernando Canto, Ivaldo Cunha, Lu de Oliveira e Brenda Zeni já estão confirmados na programação que envolve palestras, apresentações artísticas, mostra audiovisual, coordenada pela Maia Filmes, e muito mais!
Essa edição conta com o apoio da Prefeitura de Macapá, Sesc Amapá, Amapá Garden Shoppping, Pedal sem destino e da produtora cultural e agência de comunicação Amapá nas Entrelinhas. O objetivo é celebrar a literatura e a arte, reunindo talentos locais para compartilhar obras e expressões artísticas, e assim estimular a produção artística, literária, cultural, intelectual e editorial do Estado do Amapá de forma gratuita.
Serviço:
Festival Literário de Macapá – FLIMAC
Marketing e Comunicação: Hendrew Rodrigues: (96) 99123-4074 – Mayra Carvalho: (96) 98143-6526
Instagram: @coletivojuremas_oficial
A escritora Pat Andrade foi selecionada para participar do Circuito de Autores do projeto Arte da Palavra – Rede de Leituras do Sesc e cumprirá agenda em Bauru/SP e em Vitória/ES, nos dias 26, 28 e 29 de setembro de 2023.
O Circuito é voltado para promover, por meio de uma itinerância de âmbito nacional, autores de diversas categorias da literatura brasileira, valorizando essas vozes, fazendo circular obras e ideias, possibilitando que diferentes vertentes literárias sejam conhecidas em diversas regiões.
No bate-papo, intitulado “Arte da Palavra: Uma Prosa nas Entrelinhas”, a escritora Patrícia Andrade, ao lado de Thaise Monteiro, de Goiás, falará sobre sua escrita e processo criativo, sobre autores e autoras que a inspiram e ainda como o envolvimento com outras expressões artísticas contribuíram para sua formação.
Durante as mesas de debate, que ocorrerão em várias unidades do Sesc, as escritoras terão ainda a oportunidade de apresentar seus livros aos alunos de escolas públicas de cada local e discutir aspectos inerentes à fruição literária, fomentando o gosto pela leitura e escrita. As obras também são divulgadas com antecedência em clubes de leitura desenvolvidos em cada localidade, o que promete enriquecer o debate.
Pat Andrade afirma que está satisfeita por ter sido selecionada entre escritores de todo o Brasil e afirma que “poder mostrar um pouco do que escrevo para outros públicos é uma forma de colocar meu trabalho à prova e também de expandir horizontes para a nossa literatura”. Na bagagem, ela leva três dos seus títulos mais recentes: O peso das borboletas, Entre a flor e a navalha e Poesia para alguma coisa ou para coisa nenhuma, sendo os dois últimos, livros artesanais, que caracterizam boa parte da sua obra.
Sesc Vitória
Data: 28 de setembro de 2023 Local: Sala da Palavra Horário: 9h Entrada Franca
Sesc Glória
Data: 28 de setembro de 2023 Local: Biblioteca Horário: 19h Entrada Franca
Sesc Linhares
Data: 29 de setembro de 2023
Local: Sala da Palavra
Horário: 9h
Entrada Franca
Sesc São Mateus
Data: 29 de setembro de 2023
Local: Sala da Palavra
Horário: 16h
Entrada Franca
Poesia, música e literatura vão tomar conta da cidade de Macapá entre os dias 3 e 7 de outubro, no II Festival Literário de Macapá (FLIMAC). Com o tema “Literatura e Amazônia: territórios e saberes”, o evento conta com apresentações artísticas e culturais, exposições audiovisuais e mesas de diálogos. Durante os 5 dias, o debate será em torno do fortalecimento de um espaço para as artes e literatura na capital amapaense.
O FLIMAC inicia oficialmente no dia 3 de outubro, às 9h, na E. E. Mário Quirino da Silva e terá performances artísticas como primeira atividade. As programações serão realizadas em diversos espaços da cidade, como o Museu Sacaca, o Pier do Santa Inês e escolas públicas de Macapá.
Novidade
Em sua segunda edição, o festival traz uma novidade! Este ano será realizada a cerimônia de entrega do Prêmio FLIMAC de Poesia, que vai até selecionar 30 escritores locais para compor o livro “Amapá 80 anos: A pátria das águas”.
A coordenadora do festival, Carla Nobre, explica que este ano o evento busca incentivar ainda mais a participação de escritores locais em eventos como esse. “O Prêmio Flimac de Poesia é mais uma ação para reforçar a importância da leitura literária na formação integral de cada pessoa. A literatura colabora para a expansão de experiências e contribui para o desenvolvimento de diferentes formas de expressão. Além disso, a nossa comunidade macapaense precisa ter acesso a eventos como este, sair de seus territórios cotidianos e ressignificar a vida através da arte”, afirma Carla.
Para participar, basta realizar gratuitamente a inscrição do poema com o tema “Amapá 80 anos: A pátria das águas” através de formulário online para avaliação da comissão julgadora até as 23h59 do dia 28 de setembro. Cada candidato poderá submeter apenas um poema, inédito, de sua própria autoria.
É importante que os candidatos se atentem ao regulamento do evento para confirmação de preenchimento dos pré-requisitos de participação.
A premiação dos poemas selecionados deve ser realizada em outubro. Além dos 30 autores selecionados para compor um livro, também serão premiados os 3 melhores poemas escritos e os 3 poemas mais bem interpretados. Já o lançamento do livro deve ocorrer em 2024.
Sobre o FLIMAC
O Festival Literário de Macapá é realizado pelo coletivo Juremas através da Associação Oi Noiz Aki. O objetivo é celebrar a literatura e a arte, reunindo talentos locais para compartilhar obras e expressões artísticas, e assim estimular a produção artística, literária, cultural, intelectual e editorial do Estado do Amapá de forma gratuita.
Em 2022, foi promovida a primeira edição do FLIMAC com uma programação intensa e itinerária, levando mais de 80 artistas amapaenses de diversos segmentos para escolas, áreas periféricas, universidades e conjuntos habitacionais.
Serviço:
Festival Literário de Macapá – FLIMAC
Marketing e Comunicação: Hendrew Rodrigues: (96) 99123-4074 – Mayra Carvalho: (96) 98143-6526
Instagram: @coletivojuremas_oficial
tá com a roupa tão larga e tão fora de moda a viola afinada, mas tão longe da roda a viagem marcada, o errado é a hora que se a vida se acaba sem amor nenhum lábio, mas onde eu compro um sorriso tanta fé nesse Deus mais de pão que preciso toda noite o meu sangue é doado às pragas e se a vida se acaba por tanta dor como carne em mercado eu tenho o meu preço pelo menos a vida bem sei que mereço e se ela termina sem ter um começo pois quem é que me salva ou me vira do avesso eu também como Cristo já fui açoitado ou então como Judas estou perdoado já perdi companhia e ganhei inimigos é que eu brinco com a vida e ela briga comigo penitente ou demente o que eu fiz foi tão pouco sou pedinte, indigente, o mais louco dos loucos e se a roupa é surrada é que a vida anda pobre e por tantos pecados não há quem me cobre…
Tãgaha Soares Luz
*Além de poeta, Tãgaha Soares Luz foi um grande jornalista e amigo querido. O cara viajou para as estrelas em 2016, mas como ele mesmo dizia: “gente do bem é outra coisa, passa e deixa rastros”.