Cabanagem: novo livro de Gian Danton busca apoio no Catarse – @giandanton

1836. A cabanagem foi derrotada em Belém e se espalhou pelos rios da Amazônia. Um pequeno grupo de índios, negros e mestiços liderada pelo misterioso Chico Patuá se dirige para o Amapá singrando os pequenos igarapés da região. No seu encalço, o governo regencial mandou soldados comandados por um psicopata assassino, Dom Rodrigo. Em meio a essa disputa, soma-se outra, quando os seres da floresta resolvem tomar partido na contenda.

Essa é a trama de Cabanagem, romance de fantasia histórica de Gian Danton, que está na plataforma de financiamento coletivo Catarse. A obra mistura fatos reais com mitologia amazônica e terror.

O livro é ilustrado por grandes como Andrei Miralha, Otoniel Oliveira, Rafael Senra, Roberto Oliveira, Antonio Eder, Romahs e Igun D´jorge. Os originais dessas ilustrações serão disponibilizadas como recompensas para os apoiadores.

Para quem não conhece, o Catarse funciona como uma espécie de vaquinha: os apoiadores ajudam o autor a publicar seu livro e recebem recompensas. Há recompensas de 19 reais a 523 reais.

O link do projeto é: https://www.catarse.me/cabanagem_a9fd?ref=project_link

 

Neste sábado (29) e domingo (1ª): Amapanime realiza Dia Nacional do RPG 2020, na Biblioteca Pública Elcy Lacerda

Os amantes da cultura Geek (e Nerd) celebram hoje (29), a partir do meio-dia, na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, o Dia Nacional do RPG. A programação, que encerrará neste domingo, 1ª de março, contará com jogos, fantasias, comercialização de produtos, exibição de muitos filmes e palestras. O ingresso será qualquer tipo de material de escritório, que será doado à própria Biblioteca. A realização é do Amapanime Space.

A Programação voltada a pratica de jogos de interpretação de personagens, jogos de tabuleiros, card games, literatura e cultura, palestras, exibições de filmes e documentários, videogames, venda de produtos, swordplay, oficinas e muito mais.

Sobre o Dia Nacional do RPG

Comemorado no dia 24 de fevereiro, o Dia Nacional do RPG surgiu em 2007. O objetivo da data é celebrar os jogos junto com a comunidade RPGista.

A data foi escolhida por ser o aniversário de Douglas Quinta Reis, um dos fundadores da Devir e grande responsável pela chegada e introdução do Role Playing Game (RPG) no País.

Programação contará com diversas atividades como:

○ Live Action
○ Concurso de Melhor caracterização estilo Steampunk
○ Exposição Sobre a vida e Obra de Júlio Verne
○ Mesa de jogos interpretativos
○ Jogos de Tabuleiro
○ Cardgames
○ Exibição de filmes e documentários
○ Palestras e oficins
○ Pratica de Swordplay
○ Salas Temáticas
○ Teatro
○ Videogames dentro do tema
○ Venda e exposição de produtos
○ e muito mais

CRONOGRAMA

• DIA 29/02

12:00 – Filme: Robur O Conquistador do mundo (1961)
12:00 – Pratica de Swordplay
12:30 – Videogame Machinarium (PS3)
13:00 – Abertura de Boardgames diversos
13:00 – Cardgames diversos
13:40 – Filme: Jornada Através do Improvável (1904)
14:00 – Mesa: Um anel com mestre Daniel Coimbra
14:00 – Mesa: Changeling (O Sonhar) com mestre Glauber Lopes
14:00 – Mesa: Masmorras Esquecidas com mestre Alan Sampaio
14:00 – Mesa: The Black Hack com mestre Iam Carlos
14:00 – Mesa: D & D 5ª ed. com mestre Romerison Junior
14:00 – Oficina: Montagens e customizações de itens para Swordplay com Kleber “Enginner”
14:00 – Filme: Tempos Modernos (1936)
15:30 – Filme: Abril e o mundo extraordinário (2015)
16:00 – Videogame: Alice Madness Returns (PS3)
16:00 – Palestra: “Por que jogar RPG de mesa é tão divertido?” com mestre L. C.. Castro
17:15 – Filme: As misteriosas Explorações Geográficas de Jasper Morello (2005)
17:45 – Filme: Planeta Tesouro (2002)
19:30 – Concurso e desfile de visual Steampunk

• DIA 01/03 – Domingo

12:00 – Filme: 20000 léguas submarinas (1954)
12:00 – Pratica de Swordplay
12:30 – Videogame: Bioshock The Collection (PS4)
14:00 – Magic Champ Open House
14:00 – Mesa: Star Wars X-Wing mini Battle com Mestre Daniel Coimbra
14:00 – Mesa: Abismo do Infinito com mestre Alan Sampaio
14:00 – Mesa: The Black Hack com mestre Iam Carlos
14:00 – Mesa: D & D 5ª ed com mestre Romerison Junior
14:00 – Mesa: Savege World com Mestre Willian Tassis
14:00 – Palestra: “Século XIX a era de ouro da Fantasia: do Gótico a Ficção Fantástica” com mestre Yan “The Masterchief” Amarã
14:05 – Filme: A viagem a Lua (1902)
14:20 – Filme: O Castelo no céu (1986)
16:00 – Videogame: Wild Guns Reloaded (PS4)
16:00 – Oficina: Battletech Mechwarrior (clássico) com mestre Glauber “Kahn” Lopes
16:25 – Filme: Gothan City 1889 Um conto de Batman (2018)
18:00 – Live Action:: As viagens Rumo ao Extraordinário: Céu e Mares … Espaço e Tempo

Lanchonete no evento para evitar transtornos ou entrada de alimentos ou produtos etílicos ou entorpecentes.

Serviço:

Dia Nacional do RPG
Local: Biblioteca Pública Elcy Lacerda
Data: sábado (29) e domingo (1ª)
Horário: de 12h às 20h nos dos dias de evento
O ingresso será qualquer tipo de material de escritório, que será doado à própria Biblioteca(mini bloquinhos de papel A4 / material de escritório / Lampadas de Led).
Mais informações: 96 98126-9982
Classificação: Livre

Elton Tavares, com informações do Amapanime.

MOSTRA DE TURISMO NO AMAPÁ GARDEN COMEMORA DIA MUNDIAL DO TURISMO ECOLÓGICO

O Amapá Garden Shopping realiza neste fim de semana a 1ª Mostra de Turismo Ecológico. O evento busca reunir os principais profissionais que atuam no segmento, para divulgar roteiros de turismo ecológico no estado. A programação acontece nos dias 29 de fevereiro e 1º de março, a partir das 17h, no espaço Idealiza com exposição de arte, roda de conversa, exibição de documentário, degustação, vendas de roteiros, mostra de técnicas verticais, Kit Surf e Stand Up Paddle.

Os documentários que serão exibidos fazem parte do Inventário de Folias Religiosas do Amapá realizado pelo Ponto de Cultura “Povo de Fé e de Festa” da Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular, e retratam as festas tradicionais de São Pedro, na reserva extrativista do Rio Cajari, no município de Mazagão, e a festa de Santa Maria, no Parque Nacional do Cabo Orange, no município de Oiapoque. O evento dará ainda aos participantes certificado com hora/aula.

O evento conta com a parceria do Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular, Ponto de Cultura Povo de Fé e Festa, Néctar Consultoria e comunidade do Mel da Pedreira, Galeria Samaúma, Associação de Guarda-Parques do Amapá, Club do Stand Up, Mais Ponto Com e Equatorial Hotel.

Dia Mundial do Turismo Ecológico

Dia 1 de Março é considerado o Dia Mundial do Turismo Ecológico. Ou dia Mundial do Ecoturismo. Este é uma prática de turismo de lazer, esportivo ou educacional, em áreas naturais, que se utiliza de forma sustentável do patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação, promove a formação de consciência ambientalista e garante o bem-estar das populações envolvidas.

No Amapá o ecoturismo pode ser praticado em espaços reservados na Floresta Nacional do Amapá, Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, Área de Proteção Ambiental do Rio Curiaú, Reseva do Patrimônio Particular Natural Revecom e Área de Proteção ambiental da Fazendinha.

Programação

29/2 (Sábado)

17h – Exposição de arte – Galeria Samaúma

19h – Roda de conversa: Roteiros de turismo ecológico no Amapá – Guia Norte Turismo

19h30 – Mostra de técnicas verticais – Mais Ponto Com: treinamentos profissionalizantes

20h – Documentário: “Soldados de Pedro” – Ponto de Cultura “Povo de Fé e de Festa”

1º/3 (Domingo)

17h – Exposição de arte – Galeria Samaúma

18h30 – Roda de conversa: Acessibilidade e Turismo ecológico – Associação de Guarda-Parques do Amapá

19h – Mostra de Stand Up Paddle e Kit Surf no Amapá – Club do Stand Up

19h30 – Roda de conversa: Patrimônio Cultural e Turismo Ecológico – Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular

20h – Documentário: “Folias de Santa Maria do Cunani” – Ponto de Cultura “Povo de Fé e de Festa”

Serviço:

Mostra de Turismo Ecológico
Data: 29/2 e 1/3
Local: Amapá Garden Shopping
Hora: 17h
Endereço: Rodovia Jk, 2141, Universidade
Contato: (96) 99121-5973 / 98406-1379

Discos que Formaram meu Caráter (Parte 46) – “Sobrevivendo ao Inferno” – Racionais MC`S (1997) – Por Marcelo Guido

Por Marcelo Guido

Muito bem moçada esperta!

Estamos de volta da batalha, andando vagarosamente pelo caminho torto das notas, rifs e viradas. A nave louca do som está presente novamente para tentar salvar a vida de vocês do tédio minguante que a vida adulta traz. Por menos normal que pareça, venho de longe com esta digníssima bolacha…

É com muita honra que apresento a vocês:

“Sobrevivendo ao Inferno” – segundo álbum dos caras do Racionais MC’s.

Por favor, todos de pé.

Corria o ano de 1997. No Brasil, o rock nacional estava em alta, com o Planet Hemp, O’Rappa, dentre outros, seguindo o caminho que os Raimundos tinham aberto nas rádios e nas grades de TV. A MTV Brasil fazia o seu papel muito bem, apresentando bandas que caíam no gosto da juventude; os medalhões do Rock Nacional, pareciam ter reencontrado o tesão para fazer discos bons. Realmente, o clima estava muito legal.

Dentro deste contexto, a molecada com a mente aberta começa a experimentar outras vertentes e o movimento musical brasileiro começa a abrir os olhos para outros conceitos e algo quase esquecido nos anos 80 começa a sair das cinzas: o Rap pede passagem.

E assim a galera do Racionais MC`S apresenta seu segundo disco de estúdio. Na batalha desde 1989, Mano Brow, Edi Rock, KL Jay e Ice Blue já tinham mostrado ao que tinham vindo, com o espetacular “Raio X do Brasil” de 1993, e hits como “Fim de semana no Parque” e o clássico “O Homem na Estrada” já tinham caído no gosto popular e era difícil alguém naquela época que não conhecesse pelo menos um verso dessas duas bombas.

O desafio para o segundo disco era algo que não assustava os caras do Capão Redondo. Com certeza havia muito o que falar ainda, os temas recorrentes de uma realidade miserável que muitos eram testemunhas no dia-a-dia.

A denúncia presente nas letras deste disco, vem de encontro com a imagem que o Brasil vendeu durante muito tempo; ter a pobreza como enredo, o racismo que é mascarado em nossa sociedade, a truculência policial e vida ceifada de milhares de jovens – em sua maioria negros ou pardos. Realmente a nossa sociedade tinha mesmo que engolir esse disco.

Afiados como lanças, os caras não se comediam em mostrar seu descontentamento com a situação social brasileira, o abismo crescente entre ricos e pobres, onde a maioria sucumbe a uma realidade que sempre favorece a uma pequena parcela, as classes A e B tinham que escutar o grito que vinha das massas periféricas e o Racionais tomaria a cena na marra, mais uma vez.

Com letras que mostravam a verdade de um país desigual, onde o sol brilha para poucos, onde o Apartheid social é uma política extraoficial do estado, mas acaba sendo a realidade de uma maioria.

Sem mais delongas, vamos esmiuçar esta obra prima da música brasileira:

O disco começa a todo vapor com “Jorge da Capadócia”, resgatando esse clássico do Jorge Ben Jor. “Genesis”, litúrgico, uma introdução na voz de Mano Brow. “Capítulo 4 Versículo 3”, a ressureição da fúria negra, o dia comum na quebrada, a luta diária pela sobrevivência em uma dura realidade, o esforço para se manter bem e um lugar onde o fracasso é comum e sempre esperado. “Tô ouvindo alguém me chamar”, história de Guina, alguém que era parceiro, professor no crime, conseguiu tudo, o sistema nos pés, mas o fim trágico que sempre o aguarda. “Rapaz Comum”, o encontro com a morte em mais um dia comum. “Instrumental”, para relaxar. “Diário de um Detento”, olhar por dentro de uma das maiores tragédias da humanidade, o massacre do Carandiru. “Periferia é Periferia (Em qualquer lugar)”, uma verdadeira viagem pelas periferias de todo país, são iguais em todo lugar. “Qual mentira vou acreditar”, uma ode ao racismo disfarçado do Brasil. “Mundo Mágico de Oz”, o singelo olhar de quem quer que sua realidade seja um sonho .

“Fórmula Mágica da Paz”, como encontrar a paz em uma realidade que não te oferece isso, um estado de guerra todo tempo. “Salve”, uma lembrança a todas as comunidades.

Putaquepariu, que disco realmente fantástico! Sem dúvida alguma, uma aula de história do Brasil. Cumpre com maestria seu serviço didático de mostrar uma realidade que infelizmente continua escondida para muitos.

Quem não conhece, além de nunca conseguir uma medalha de foda, sinceramente merece ser deitado na porrada. Ultrapassou fácil os números de um milhão e quinhentas mil cópias logo no lançamento, algo realmente foda para um disco gravado e distribuído por uma gravadora independente.

Com certeza, formador de caráter.

Conheci esse disco ainda bem cedo, no ano de seu lançamento; abriu minha mente para outras realidades e fez ser quem eu sou. A voz dos excluídos precisa ser sempre ouvida.

Musicalmente falando, um verdadeiro show de batidas e grooves, que foram harmoniosamente bem pensados para que nenhum erro fosse cometido.

É, com muita justiça, considerado o álbum mais importante de todos os tempos do Rap Nacional, virou leitura obrigatória para o vestibular da Unicamp, e é literatura, pois virou livro. Sem contar que foi o presente dado por Fernando Haddad – então prefeito de São Paulo – para o Papa Francisco.

Na lista da Rolling Stone, é um dos discos mais importantes da música brasileira.

Organizado: como movimento litúrgico, te tira da bolha em que vive e te convida para uma reflexão, que pode te acompanhar para o resto da vida. Atemporal: mesmo depois de mais de 20 anos de seu lançamento, continua atual. Muitos brasileiros passaram a se reconhecer como seres humanos ouvindo “Sobrevivendo ao Inferno”

Muito obrigado ao Racionais MC’S.

*Marcelo Guido é jornalista, pai da Lanna Guido e do Bento Guido, além de maridão da Bia.

Reconhecimento: MP-AP celebra 24 anos do primeiro concurso para servidores da instituição

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) celebrou nesta sexta-feira (28), na Procuradoria-Geral de Justiça – Promotor Haroldo Franco, os 24 anos do primeiro concurso para servidores efetivos do órgão ministerial. Os pioneiros do quadro efetivo da instituição foram homenageados em uma solenidade com a participação de membros e servidores.

Ao todo, foram mais de seis mil inscritos no certame, com 106 pessoas aprovadas no pleito. Os efetivos foram empossados em cinco etapas. Em 31 de janeiro de 1996, 55 pessoas, entre auxiliares, técnicos e analistas ministeriais, foram empossados no MP-AP, ingressando na carreira da instituição. Nos anos de 1997, 1998, 2000 e 2004, os demais aprovados no certame foram sendo chamados, de acordo com a necessidade da instituição.

A decana, procuradora de Justiça Clara Banha, que coordenou a realização do primeiro concurso do MP-AP, ressaltou a seriedade e lisura do processo seletivo. Já a corregedora-geral do órgão ministerial, procuradora de Justiça Estela Sá, destacou o desafio da administração nos primeiros anos e o papel primordial dos servidores na formação do órgão ministerial, como ele é hoje em dia, e lembrou dos serventuários que também contribuíram e já estão aposentados ou não se encontram mais nesta vida, citando o servidor Fernando Cézar, in memorian.

O procurador de Justiça Jair Quintas declarou-se feliz por ter acompanhado o ingresso de cada turma na instituição e elogiou o empenho de cada um dos homenageados. Por sua vez, o secretário-geral, promotor de Justiça Paulo Celso Ramos, destacou as dificuldades e vitórias dos homenageados. “Esses servidores foram desbravadores, pois ajudaram a construir nossa instituição. Somos gratos por auxiliarem nos avanços alcançados pelo MP-AP”, salientou.

Um servidor de cada ciclo de nomeação representou na homenagem os efetivos do primeiro do concurso: Malena de Souza (1996); Dinalice Alves (1997); Raimundo Cristino dos Santos (1998); e Eliana Pinho (2000). Também homenageado, em nome dos que tomaram posse em 2004, o servidor Marcos Ravel, que não pôde estar presente.

Os servidores Marinete Rocha e Gilberto Almeida enalteceram o reconhecimento da administração para com os pioneiros do quadro efetivo do MP-AP.

“Este reconhecimento é merecido para nós que vestimos a camisa do Ministério Público do Amapá e ajudamos esta instituição a trabalhar em prol da população amapaense”, comentou Gilberto Almeida.

“Encontrar esses colegas e amigos faz com que eu viva uma retrospectiva. É uma honra para todos nós fazermos parte da história desta instituição, pois tenho muito orgulho de trabalhar e fazer parte da trajetória do MP-AP”, frisou Marinete Rocha.

A procuradora-geral de Justiça do MP-AP, Ivana Cei, ressaltou a importância da data e a importância destes servidores para o órgão ministerial.

“Hoje comemoramos e homenageamos cada um destes efetivos do primeiro concurso. Não existe nenhuma entidade sem memória e estes servidores ajudaram a construir a história do Ministério Público. Não foi fácil, mas com a ajuda destes pioneiros, conseguimos consolidar o MP-AP como uma instituição de excelência no serviço público amapaense e também nacionalmente. Parabenizo a todos pela passagem da data. A eles, meu agradecimento pelos relevantes serviços em favor da sociedade amapaense”, pontuou a PGJ.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Elton Tavares
Coordenação: Gilvana Santos
Contato: (96) 3198-1616

Conselho Municipal de Saúde fará eleição para entidades e movimentos sociais

O Conselho Municipal de Saúde (CMS) abrirá no dia 2 de março, na própria sede, as inscrições para a eleição de entidades que irão compor o órgão colegiado no biênio 2020/2021. Poderão se inscrever no processo entidades governamentais e não governamentais, além de movimentos sociais sem personalidade jurídica nos segmentos usuário, trabalhador na saúde e gestor ou prestador do SUS. A eleição ocorrerá no dia 13 de março, em reunião extraordinária do CMS.

As inscrições serão feitas por meio de requerimento dirigido à comissão eleitoral, na sede do conselho, na Avenida Procópio Rola, nº 713, bairro Central, no período de 2 a 6 de março, das 8h às 14h, onde estará disponível o edital e o kit eleição com termo de indicação e modelo de requerimento. As entidades de movimento social devem comprovar, por meio de documentos públicos, sua existência, sendo necessária a apresentação de ata da atual diretoria com registro em cartório e relatório anual.

Para participar é necessário que as entidades e movimentos apresentem documentos como requerimento à comissão eleitoral, solicitando sua inscrição para concorrer ao assento no conselho, assinado pelo representante legal da entidade que representa; cópia do atual contrato de prestação de serviço com o Município, devidamente registrado ou documento equivalente que comprove o vínculo com o SUS/municipal; cópia da ata de fundação ou de ato legal registrado em cartório; termo de indicação da entidade apresentando o candidato e respectivo suplente, subscrito pelo seu representante legal, cópia da cédula de identidade do candidato e suplente, dentre outros.

O CMS conta com a participação de 16 entidades, sendo 8 do segmento usuário, 4 do trabalhador e 4 do gestor. Após a eleição das entidades, será feita, em nova data, a eleição para a mesa diretora. O Conselho Municipal de Saúde é um órgão colegiado, de caráter permanente, deliberativo, consultivo e normativo que atua na formulação de estratégias e no controle da execução da Política de Saúde no município de Macapá, inclusive, nos aspectos econômicos e financeiros.

Confira o edital e regulamento no link:

http://macapa.ap.gov.br/noticias/transparencia/editais-publicacoes.

Jamile Moreira
Assessora de comunicação/Semsa
Contato: 99135-6508

Semsa aponta redução de atendimentos de urgência e emergência no carnaval

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) realizou 3.616 atendimentos no feriado prolongado de carnaval. O balanço tem como base acolhimentos a partir de meia-noite de sexta-feira, 21 de fevereiro, até as 14h de quarta-feira, 26, nas duas Unidades Básicas de Saúde que fizeram atendimento estendido de urgência e emergência na capital.

A unidade que teve maior número de atendimento foi a Lélio Silva, na zona sul, que registrou 1.840 procedimentos. Um dos mais procurados foi a administração de medicamentos. A UBS Rubim Aronovitch, que em alguns momentos funcionou 24 horas, teve 1.776 usuários recebidos, onde foram feitos, na maioria, administração de injetáveis, nebulização e curativos.

De acordo com a secretária de Saúde, o movimento foi considerado tranquilo, dentro do estimado. “No mesmo período de 2019, foram mais de cinco mil atendimentos. Este ano, menos de quatro mil, uma redução que mostra que a população tem buscado aproveitar o carnaval com mais prudência”, comentou Silvana Vedovelli.

Também no atendimento dos foliões duas ambulâncias do Samu estavam de prontidão nas programações carnavalescas, como no percurso da “Banda”, onde foram atendidas onze ocorrências, sendo nove decorrentes de coma alcoólico ocasionado pela ingestão em excesso de álcool; um caso de torção e outro de lesão corporal. “Dentro do público total da ‘Banda’, que é de aproximadamente 200 mil pessoas, as ocorrências foram bem pequenas, característico de um carnaval tranquilo”, destacou o coordenador de urgência e emergência, Donato Farias.

Jamile Moreira
Assessora de comunicação/Semsa

Poema de agora: Terça-feira Gorda – Jaci Rocha

Terça-feira Gorda

Deixo a flor do amor despetalar
E ir…Como o sol que cai
No fim de tarde alaranjado
Como o tempo que muda
Porque é outra estação…

Deixo-me ir com ele
A0 menos um pouquinho…
Só para essa tarde lembrar
Que a gente se amou.

Depois, renasço…

Afinal,
Nenhuma primavera é igual
Assim como nenhum dia,
Nem mesmo eu…

– A vida não é uma comédia romântica, afinal.

Mas é bela…
Colombina na janela contempla…

Sim, a vida é bela.
Com toda sua crueza, inconcretude,
dualidades: riso e dor
E também cada forma de ser amor…

Pessoas se afinam
Ou desafinam
Feito canção.
E isso é fato

Já não sou eu no retrato ao teu lado
É apenas meu rosto
Que, longe do cenário decomposto
Tem outros novos traços

(Um vinco a mais no lábio
É a decepção)

Foto: Elton Tavares

Apesar disso, a banda vai passar
Tem tanta gente feliz pelas ruas
Eu também posso brincar e ir lá
Esquecer que o amor se vai
Feito o fim de tarde…

Jaci Rocha

* A poeta juntou um pouquinho da lenda do Pierrot e da Colombina ao Bloco de Sujos ‘A Banda’.

 

Fantasia real – Crônica de carnaval do Ronaldo Rodrigues

Crônica de Ronaldo Rodrigues

No Carnaval, saí fantasiado de mim, de eu, de eu mesmo. Ninguém me reconheceu. Andei pelos lugares que frequento, pelo Caos, pelo Formigueiro, pelo Bar do Nego, pelo Underground. Nessa ordem. Eu estava com minha fantasia intitulada “Eu, Eu, Demasiadamente Eu, Absolutamente Eu” e ninguém sacou quem era aquela pessoa ali fantasiada. Quase cheguei ao ponto de gritar para aquela multidão de foliões:
– Ei! Sou eu que estou aqui!

Só não fiz isso porque achei que, mesmo assim, não se levantaria um cristão sequer a me apontar o dedo pra fazer a revelação que eu precisava, gritando no mesmo tom do meu grito:
– Olha só! Descobri quem está por trás dessa fantasia! É ele!

Acompanhei a Banda, na esperança quase desesperada de que alguém me descobrisse, e nada. Quando, finalmente, rasguei a fantasia, me desnudando totalmente, mesmo assim não ouvi o que tanto desejava há tantos Carnavais. Que alguém, se descobrindo, me descobrisse:
– Sou eu! É ele!

Ao fim do Carnaval, que se estendeu pra muito além do calendário, desisti da ideia de que me revelassem. Voltei pra casa, já quase em cinzas, e um cachorro de rua chegou a mim, retornando também de sua quadra carnavalesca. Tirando a fantasia de cachorro e ainda permanecendo cachorro, ele rosnou de uma forma que não sei se foi de raiva, carinho, surpresa ou alerta. Ou todas as respostas anteriores. Esse rosnado eu traduzi assim:
– Ei! Eu sei quem tu és!

Ele se calou, contrariando a minha vontade de que aquele cachorro fizesse um comentário mais longo, mais abrangente. Ficamos em silêncio e o nosso segredo se sagrou, sangrou, se cristalizou. Quem sabe se, no próximo Carnaval, a gente se revela…

Sobre a última vez que teve Carnaval de Escolas de Samba e a importância do Carnaval

Foto: Alcinéa Cavalcante

O Carnaval é a maior alegria do povo. E nem me venham com o lance de “pão e circo”, isso é argumento furado de quem não entende que essa é a maior festa popular do Brasil. Em 2020, voltaremos a ter o Desfile das Escolas de Samba. Vou falar um pouco da última vez que rolou e que o atual campeão venceu.

O Piratas da Batucada, minha escola do coração, sagrou-se campeã na última vez que teve Carnaval de Escolas de Samba no Amapá, em 2015. A barca aportou no título do Carnaval Amapaense. Mesmo com essa triste lacuna de anos no coração do folião amapaense, lembro como se fosse ontem e vou contar pra vocês.

Foto: Marcelo Corrêa

O Piratão entrou na Ivaldo Veras com muita inspiração, vibração, talento, organização, imaginação, arte, luz, cores, alegria, magia e amor. Senti meu coração disparar e bater no compasso da bateria. Foi emocionante!

Além de falar de contos, o Piratão, em homenagem, mostrou seu amor, respeito e gratidão ao mestre Monteiro, falecido pai do meu amigo Serginho, que foi presidente e Mestre de Bateria da escola.

O investimento dos recursos, que resultaram em lindas e luxuosas fantasias, além de alegorias fantásticas, foi fundamental para o título daquele ano.

Foto: Marcelo Corrêa

Graças aos deuses do Carnaval, a bateria não errou e, como sempre, arrebentou. A harmonia foi perfeita, assim como a comissão de frente e nenhum de nossos carros quebrou. Chegamos emocionados na dispersão com aquele sentimento de termos feito um grande desfile.

Aliás, recordo que, antes de desfilarmos, brinquei com muitos amigos e disse que estava com saudades de ser campeão. Aí o Piratão entrou e levantou a multidão. O nosso desfile foi um show de magnitude e esplendor que transformou contos e sonhos em realidade. Um verdadeiro presente do Rei do Carnaval ao público que assistiu, e a toda a comunidade da Zona Sul da capital.

Foto: Abinoan Santiago

Sobre o que aconteceu na noite daquele domingo, 15 de fevereiro de 2015, no Sambódromo de Macapá, faço minhas as palavras da jornalista Alcinéa Cavalcante (experiente comentarista de carnaval e Maracatu da Favela roxa, ops, verde-rosa):

Com o enredo ‘Quem conta um conto aumenta um ponto’, Piratas da Batucada foi, sem dúvida, a melhor escola de samba da noite com suas bonecas de pano, sabugos de milho, cinderelas, branca de neve, soldadinhos de chumbo e demais personagens infantis. Homenageou não apenas Monteiro Lobato, mas também o saudoso mestre Monteiro, que foi presidente e diretor de bateria da agremiação. Piratas da Batucada foi impecável em todos os quesitos” – Alcinéa Cavalcante.

Eu, na ala das Bruxas do Piratão 2015 – Foto: Abinoan Santiago

Enfim, quem é Piratão sabe como é sensacional desfilar ou torcer pela escola. Somos apaixonados e felizes. Coisas que só sentem e entendem os amapaenses que têm o prazer de ser Piratas da Batucada – definitivamente, o Rei do Carnaval amapaense. E, é bom lembrar, o atual campeão!

Sobre a volta do Desfile, ressalto que, sem carnaval, a dispersão chega, mas o desfile nunca virá. Infelizmente, todos nós, amantes da festa, acabamos saindo em uma grande e unificada ala de palhaços tristes.

Cheio de memória, arte, homenagens, o desfile é muito mais que uma disputa entre agremiações numa grande passeata festiva. O Carnaval é inspiração, vibração, talento, organização, imaginação, arte, luz, cor, alegria, magia e amor. O Carnaval fala de nossos costumes, história e tradições. Um evento contagiante. Sem falar na rentabilidade.

Portanto, vamos curtir o Carnaval de escolas de samba, de blocos e bailes com muita alegria. Não o ter, é sofrer de desamor. É isso.

No Carnaval, esperança que gente longe viva na lembrança, que gente triste possa entrar na dança, que gente grande saiba ser criança” – Chico Buarque.

Elton Tavares

Poema de agora: SÓ DE BRINCADEIRA – Pat Andrade

SÓ DE BRINCADEIRA

andei brincando de não amar ninguém
até que o dia amanheceu diferente
e pude ouvir os passarinhos lá fora
e pensei que cantavam pra gente

andei brincando de caminhar sozinha
até que a estrada pareceu mais bela
e pude prender tua mão à minha
e me senti segura, dispensei a cautela

andei brincando de ignorar sentimentos
até que senti no teu peito um pulsar
e pude ver que ainda há em mim
um coração que quer brincar de amar

PAT ANDRADE

Série Carnaval 2020 em letra e melodia: conheça o samba de enredo da Escola Piratas Estilizados

Foto: Aydano Fonseca

Fundada em 5 de janeiro de 1974, no bairro Laguinho, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Piratas Estilizados surgiu inicialmente como bloco carnavalesco. Logo após sua criação como escola de samba, tornou-se campeã de todos os desfiles até o ano de 1979. Seu nome foi dado pela presidente, que já o utilizava no bloco de carnaval de salão nos clubes da cidade de Macapá. Tem como símbolo um menino pirata.

Foto: Márcia do Carmo

Foi campeã do Festival de Samba de Enredo deste ano e 2015, promovido pela Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap). O Piratas Estilizados levará para a Passarela no Meio do Mundo o tema “Xô preconceito, queremos respeito”. O enredo foi criado em 2016. “Estamos vendo que é um tema atual, a questão do preconceito. A intolerância religiosa, a violência contra a mulher, a homofobia, entre outras questões. A Piratas Estilizados, partindo disso, mostrará em forma de espetáculo, que repudia ainda no século XXI esse tipo de crime, esse tipo de intolerância e comportamento reprovável pelo ser humano”, conta o presidente da escola, Diego Picanço.

“Mostraremos que todos somos iguais perante a lei de Deus e a lei dos homens. Nos nossos 19 volumes, que serão levados para a passarela do samba, a proposta maior é mostrar para a sociedade que todos somos iguais, cada um no seu espaço, mais todos iguais. Essa é a mensagem que nós repassaremos para a população em forma de espetáculo”, acrescenta Diego Picanço. A agremiação será a quarta escola a entrar na Passarela no Meio do Mundo, nesta sexta-feira, 21, às 2h45.

Foto: Aydano Fonseca

Enredo: “Xô preconceito, queremos respeito”
Autores: Aureliano Neck, Nonato Soledade e Meio Dia da Imperatriz
Intérpretes: Aureliano Neck (oficial), Tinga (Vila Isabel – RJ), Bakaninha (Beija Flor – RJ), Glauber Bianck, Vlad Júnior, Junhão Belém e Nilson Estilizados.

Letra:

Orquestra de Bambas toca esse tambor
Abra seu coração Estilizados chegou – Refrão
Batendo no peito, querendo respeito
Sai pra lá, xô preconceito

Tire o preconceito do caminho
Que o Estilizados vai passar
Trazendo paz, amor e carinho
Seja pra quem for, sem discriminar
Sem se achar superior a alguém
Injúria racial não cheira bem
Respeito todo mundo gosta
Crença, religião, não importa
Orientação sexual, necessidade especial
Mude o seu jeito de pensar
Ser diferente é normal

Meu corpo é fechado
Contra mau olhado, tenho um coração
Todo alaranjado, querido e amado – Bis
Mira vê se me erra, respeita meu pavilhão

A força dos ancestrais no terreiro
A luta das mulheres guerreiras
Heranças que jamais serão vencidas
O alto, o magro, o gordo
Criança, o pobre, o idoso
Não podem ser esquecidos
A humanidade precisa se entender
Desigualdade, pra quê?
Tenha consciência, diga não à indiferença

Vamos seguir na mesma direção
Toda sociedade, que a nossa voz
Seja a voz da igualdade

Karla Marques
Assessora de comunicação/PMM

Carnaval na Medida Certa: inspeção ambiental comprova que descarte de sobra de material da Cidade do Samba está correta

Cumprindo protocolo de atuação da Promotoria de Meio Ambiente no período carnavalesco, o promotor de justiça Marcelo Moreira realizou inspeção nesta quarta-feira, 19, nos barracões da Cidade do Samba e na Passarela do Meio do Mundo, onde acontecerão os desfiles das escolas de samba. A inspeção embasa as ações da Campanha Carnaval na Medida Certa, de iniciativa da Promotoria – neste ano, em parceria com a Prefeitura de Macapá e apoio de órgãos de fiscalização, licenciamento, segurança e saúde. Os desfiles das escolas de samba acontecem nos dias 21 e 22 de fevereiro. O promotor conversou com o secretário de gabinete da PMM, e coordenador de Carnaval, Sérgio Lemos.

O objetivo da inspeção foi verificar os cuidados com o material descartado pelas escolas de samba, e onde são acondicionados. Na Cidade do Samba estão em funcionamento os barracões de alegorias das dez escolas de samba que desfilam no carnaval amapaense. A preocupação do promotor é com o destino dado às sobras do material utilizado na confecção de carros e tripés, para evitar o que acontecia nos anos anteriores, quando restos de tecido, isopor, ferro, plástico, papel, TNT, e outros, formavam lixeiras localizadas. A falta de uma política de reaproveitamento das alegorias e seus materiais de armação e confecção por parte da Liga das Escolas de Samba do Amapá (Liesap) e escolas de samba, e a falta de fiscalização e conscientização do poder público ocasionaram estes fatos do passado.

Durante a inspeção, o promotor dialogou com coordenadores de barracões e trabalhadores, que explicaram os procedimentos das agremiações. Sandro Macapá, da escola Maracatu da Favela, informou que o material que sobra é colocado nos contêineres que a PMM disponibilizou para cada barracão, e são descartados nos locais corretos. Para ele, a responsabilidade é de todos, e com os contêineres, não há motivos para se formarem lixeiras ao redor da Cidade do Samba. Os trabalhadores questionados repassaram a mesma informação, e a maioria disse estar incomodada com ferragens de antigas alegorias que permanecem nos dois lados da Cidade do Samba.

Carnavalescos aproveitaram para pedir explicações a respeito dos fios de alta tensão que podem causar transtornos e acidentes no transporte das alegorias, caso a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) não tome providências. Sobre este assunto, Sérgio Lemos explicou que a PMM adotou medidas para evitar problemas – antes, durante e depois dos desfiles – e as alegorias serão transportadas para uma área segura – com vigilância eletrônica – para evitar furtos e depredação. O secretário afirmou que a PMM fez o serviço de iluminação pública, melhorou as condições asfálticas, e serão disponibilizados os plantões da CEA e Macapá Luz para casos de emergência.

A falta de agentes da Polícia Militar durante os ensaios técnicos também foi assunto tratado, e o promotor Marcelo Moreira comprometeu- se em pedir informações para a instituição sobre efetivo nos dias de desfiles. O promotor afirmou que a Promotoria irá continuar a acompanhar as programações de escolas de samba e blocos, e aguarda o relatório dos órgãos de fiscalização e segurança, para apurar as denúncias e casos confirmados de crimes ambientais nos locais de concentração de eventos da quadra carnavalesca. “A Campanha Carnaval na Medida Certa é capitaneada pela Promotoria de Meio Ambiente que divide a responsabilidade com a PMM e demais órgãos de controle. Começamos dois anos atrás somente com fiscalização ambiental, mas o sucesso da iniciativa fez com que ampliássemos o foco e, hoje, a campanha abrange outras áreas; mas as responsabilidades são de cada setor. Estamos fazendo a nossa parte”, declarou Marcelo Moreira.

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Mariléia Maciel – Assessora Operacional – CAOP/AMB
Coordenação: Gilvana Santos
Contato: (96) 3198-1616

O MENDIGO E O ARCO-ÍRIS – Crônica de Wagner Gomes

Por Wagner Gomes

Manhã de carnaval, antiga Praia do Aturiá, Bar remanescente da sua Orla, sem denominação. Forte tempestade. O barulho dos trovões. A faísca dos raios. O aguaceiro é geral. As ondas do mar com toda sua fúria provocam medo. Inundam o recinto. Encontro-me só. Os amigos não apareceram. Como na música de Paulo Diniz: “pensaram que eu tivesse falido”… Peço o meu segundo uísque. Aproxima-se um cidadão maltrapilho, um mendigo. Pede para sentar. Digo que sim. Puxa conversa. A tempestade vai embora e surge um lindo arco-íris. Então, passo a contemplar a beleza dessa manifestação da natureza.

– É o símbolo que o criador escolheu para sua aliança com os homens: disse o mendigo, fitando o arco-íris. Acrescentando: está na Bíblia, no Gênesis: “E Deus disse: “Eis o sinal da aliança que Eu faço convosco e com todos os seres vivos que vos cercam, por todas as gerações futuras”. Ponho o meu arco nas nuvens, para que ele seja o sinal da aliança entre Mim e a Terra. Quando eu tiver coberto o céu de nuvens por cima da terra, o meu arco aparecerá nas nuvens, e Me lembrarei da aliança que fiz convosco e com todo ser vivo de toda espécie” (Gn 9, 12-15). Então, ofereci ao companheiro mendigo uma dose de uísque para que pudéssemos brindar o surgimento da aliança divina.

– É um guerreiro que paira intangível na atmosfera para confirmar a sua vitória sobre a tempestade, finalizou, se referindo ao fenômeno tecido com as sete cores primitivas. Sem dizer o seu nome, se despediu, deixando em minhas mãos uma página de uma revista, toda enrolada, com o texto que a seguir compartilho com os senhores:

“Quanto tempo perdido, quanta dor afligida, quanta lágrima caída, quanto sonho sonhado, quanta vida passada, quanta infelicidade parida, quanta culpa por nada, nesta vil caminhada, serpenteada por companheiros que apregoam de tudo, mas não te acompanham em nada, de tal arte a vida perder o tom, à existência a razão, os enamorados a esperança e a fantasia o encanto, por tudo, em função do nada, pincelado num auto-retrato meu/teu/nosso, alcunhado pela verve da cronista como auto-boicote, em que “(…) nossos olhos e corações, de tão aflitos, só enxergam e sentem angústias, tristezas e decepções… De modo a só valorizarmos o que de menor valor existe em nossas vidas, o que vai nos deixando amargos e frios… Ao ponto de, às vezes, questionarmos o que de mais belo existe dentro de nós, como a família e os amigos e, por outra nos fazendo, até mesmo, achar errado ser romântico, sensível, generoso, zeloso, amável… Apaixonado, daí não se compreender, porque outras pessoas, a quem permitimos fazer parte de nossas vidas, dizem sentir-se sufocadas, incomodadas, por serem alvo de nossa dedicação!

Como pode? É, mas pode… A palavra que estas pessoas não encontram para definir o que sentem, talvez, seja “culpa”. Culpa por saber que não merecem tanto amor… Por não gostar de si mesmas ao ponto de presentear-se com amor de alguém… Por estas e outras, é que deixamos de contemplar um lindo pôr-do-sol, a alegria do sorriso de um filho, de um sorriso ou de uma criança que nem conhecemos e que passa por nós instintivamente, nos mostrando aquelas “covinhas” que iluminam o dia de qualquer um.

De ganhar um carinho que só pai e mãe sabem dar, de passar um tempinho a mais ouvindo aquelas histórias que, já ouvimos um monte de vezes, mas que vó e vô contam como ninguém. De receber um beijo, um afago, um olhar de alguém que, de verdade, está apaixonado por você, e o melhor: gosta exatamente como você é… E que no fundo também te interessa, mas que inconscientemente você afasta… De aceitar a ajuda e conselhos dos amigos de verdade… Por quê? Será que temos sempre que nos sentir atraídos por quem não nos quer? Será que fizemos algum pacto com a infelicidade? Por que teimamos em querer quem não nos faz feliz? Pode até se ter um dia, mas nossa vida é hoje, o agora! Portanto, abandone e esqueça tudo que te impede de viver bem, e que, portanto, não tem valor.

Permita-se assistir o sol se pôr, aos colos de pais e mães, às doces palavras de nossas avós, dormir e acordar com alguém que de verdade adore seus beijos, carinhos e demonstrações de afeto e que valoriza e retribui isso… A descobrir quem são nossos poucos e verdadeiros amigos, àqueles em que podemos confiar… E viver nosso presente, como realmente merecemos… Felizes!”

Em tempo:

Ao perguntar ao garçom se aquela “figura” que estava comigo era frequentadora do ambiente, obtive como resposta: – “o senhor estava só, com dois copos de uísque na mão. Não tinha mais ninguém”. Calei-me.

P.S. O autor do texto também não estava identificado.

*Wagner Gomes é renomado advogado do Amapá, radialista, militante cultural e amigo deste editor.