Poema de agora: DESPUDORADA LUA!! – Patricia Cattani

DESPUDORADA LUA!!

Desavergonhada lua!
Que vaga na noite escura,
Desfila na passarela orbital,
Oferecendo-se toda nua. Vai amoral!
Romântica e desejada lua universal!
Oh! Desvairada Lua.

Fogosa Lua!
Presente nos ardentes desejos,
Sucumbida de infinitos beijos,
Regalo de todos os amantes,
Pensas até que és um brilhante,
OH! Pretensiosa lua!

Incontestável Lua
Quanto mais gorda, mais bela e nua.
Míngua em arco, esbelta, quase uma atleta.
Seminua se mostra ao poeta.
Oh! Formosa Lua!

Sedutora lua!
Musa de cantores e poetas,
Produto de tantas promessas,
Recitada em versos de poesia,
Musicada nas mais belas rimas,
pelos boêmios nas noites frias.
Provocante e Promíscua Lua!

Apreciável Lua!
Seja mulher, homem velho ou criança,
Lua se mostra sem pedágio ou cobrança.
Sem preconceito, seja amor branco ou preto,
Faz-se bela e admirada no leito.
Adorável lua!

Prometida Lua!
Ao amor rico, ao amor pobre, seja plebeu eu nobre,
Seja de ouro ou de cobre, serás a oferta do dia.
Não chores!
Desfrutável lua!

Descolorida e acinzentada lua!
Sem cor, sem calor, sem pudor.
Descolore amores, sem piedade ou dor,
Oh! Implacável lua!

Investigável lua!
Conquistada sem consentimento,
Nas guerras do mundo imenso,
Neil Armstrong na corrida espacial,
Ou na espada de São Jorge e coisa e tal.
Mística Lua!

Ditadora Lua!
Dita a hora de fecundar a semente.
O instante do rebento nascente.
Norteou civilizações antigas.
Maias, Astecas e Incas.
Oh! Sabedora e conhecedora lua!

Lua das luas de mel.
Que leva os noivos aos céus,
Depois te mancharam o branco véu,
Te esconjuraram como réu,
Deram-te dissabores em fel,
Oh! Difamada e condenada Lua!

Lua das dores do mundo, dos moribundos vagabundos
Lua do jovem soldado aspirante, que já sem esperança e com temor errante,
Na cama de campanha da batalha, na ausência da noiva resguardada
Fez-te lua, a última amada.
Oh! Generosa Lua!

Lua dos acalantos
Da Magia dos encantos, Lua de todos os santos.
Dos descontentamentos e lamentos.
Cortejada pelos poetas loucos em desvarios,
Lua vazia e fria cai em risos,
Pois eles a tem como única amada.
oh! Debochada lua desalmada!

Lua desnuda e crua.
Lua de tantos amores,
Brindada com licores.
Lua de poucas cores,
Na noite se deixa como uma gueixa,
Muda e calada jamais se queixa.
Oh! Submissa lua!

Amável lua!
Faz-se bela, como nunca, mirada da janela ou da rua.
Namorada dos homens, perseguida pelos lobisomens.
Tantos amores em seu roll, mas quem a faz brilhar é o rei sol.
Oh! Misteriosa e eclipsada lua!

Mas és de fato dos amantes.
Sua tarefa mais importante,
Seja culta ou crua,
Oculta, nua ou obscura,
És sem dúvida alguma
A soberana. Lua de tantas luas,
ÉS A MAIS NOBRE DAS PUTAS
OH! DESPUDORADA LUA!!

Patricia Cattani

Poema de agora: LOUCA LUCIDEZ – Patricia Cattani

LOUCA LUCIDEZ

Que eu perca a infância, perca o cascão da ferida, lambida,
Perca a brincadeira de roda e a boneca mais querida
Que eu perca o dia já perdido na preguiça
e a madrugada mergulhada na pesquisa.

Que eu perca a janta enrolado na manta
e a longa espera da minha esfomeada pança.
Que eu perca a fome, perca o nome
o talher e o sobrenome

Que eu perca a carteira na cabeceira
perca meu mísero vintém
perca tudo que me convém
perca a expressão de horror, de pavor, torpor
perca a novela e até a hora do “Jô”

Que eu perca a hora, minuto, segundo e terceiro
também o quarto, a cozinha e o banheiro
Que eu perca o alvo, a mira
a régua, a métrica e a rima

Que eu perca o debate, a réplica e a tréplica
perca o vício e a verdade concreta
Que eu perca sua cueca samba-canção- da-américa
perca o passo, compasso da música, da dança,
Que eu perca a salsa, a valsa, o bolero e o baião
Baião de dois, arroz e feijão

Que eu perca a linha, a linha do tempo, a linha da vida impressa na mão
perca a linha da pauta, a aspas e o travessão
Que eu perca o trema, a vírgula, o sujeito e o predicado
perca a oração… a Oração de Santo Olegário

Que eu perca a viagem, a passagem, a bagagem
perca o riso raso, o sorriso largo, e o olhar profundo
Que eu me perca dançando quadrilha no meio do mundo.

Que eu perca o passo, passado, futuro e presente
perca a risada, e o sorriso amarelo contente
Que eu perca a largada já por mim antecipada na topada do percurso
perca a juventude, zelando por meu rebento, como um urso

Que eu perca a carona na ida e na volta,
perca a engrenagem, e a chave de roda,
perca o sapato, e a rabiola
perca minha parafuseta da rebimboca

Que eu perca a visão, audição, que eu perca a ilusão
perca o pudor, a roupa, a voz e a vergonha
Que eu perca o rumo, o prumo e me torne pamonha

perca a vaidade e a idade

Que eu perca a ingenuidade, a malandragem
perca a seriedade e a mediocridade
Que eu perca a coragem do acordar do dia que já não mais existia
perca a vida já inserida na morte tão sentida.

Porém, contudo, entretanto, aliás, todavia…
que nunca me falte… por mais complexa que seja a vida
que nunca me falte
digo mais uma vez
Que nunca me falte…
a minha mais perfeita e LOUCA LUCIDEZ

Patricia Cattani

Poema de agora: ESPANTALHO (Luiz Jorge Ferreira)

ESPANTALHO

Estou nu, mesmo coberto de pele, de pelo, de pó.
Estou azul, mesmo colorido da nódoa do tempo.
O que desboto, empilho em monte de ferrugem, e dor.
O que estilhaço, amarro em feixes de lágrimas, e saudades.
O que mastigo, engulo em noites de insônia.
Estou sem cor, sem cheiro, sem tato,sem olfato, e sem paladar.
Estou no mesmo lugar sempre, embora a vida toda eu vague.
De dentro para fora de mim, de mim para fora do dentro.

Sou um Espantalho.
Mantenho os braços abertos para um abraço eterno, com sol e lua.
Tenho um sorriso calado e um grito amordaçado, enormementes pequenos.

Talvez se eu gritar, eu fale, talvez se eu falar, eu grite.
Eu sou um Espantalho, que amo as coisas ao contrário.
A água, o rio, a chuva, o silêncio, a balbúrdia dos Quero-Queros, a solidão da semente, a doçura da serpente, colorida e traiçoeira.
Eu recebo o pouso, dos insetos, das abelhas, e das folhas secas.
Eu sou uma ratoeira, e eu próprio caio nela.

Estou palha, e estou barro.
Estou indo, e estou parado.
Estou cercado de nada, e até o nada me incomoda.
Até que o nada sou eu, e até que eu sou o nada.

Quando me dispo da palha, do chapéu, e do olhar.
Quando me deixo, e me espalho, e me perco mais de mim.
Aí, eu sou o Espantalho, aí eu sei o que valho.
Mas aí.
É tarde demais.

Luiz Jorge Ferreira

 

* Do Livro O Avesso do Espantalho. Scortecci / 2010/ São Paulo.Brasil.

Música amapaense: hoje, a partir das 19h, rola apresentação de Naldo Maranhão, na quarta noite do Festival Solidário “Live Cult Tucuju”

Hoje (13), a partir das 19h, o Festival Solidário “Live Cult Tucuju” tem sequência com apresentação de Naldo Maranhão. O show será transmitido pela página do Facebook do artista: https://www.facebook.com/naldo.maranhao.921

Nossa intenção é de ajudar amigos músicos que estão passando por dificuldades neste momento de quarentena… Queria pedir o apoio no compartilhamento de nossa live para que possamos alcançar o maior número de pessoas e, quem sabe, apoiadores através do aplicativo Vakinha”, comentou o músico Fineias Nelluty – idealizador do festival – que abriu o evento no último dia 10 de abril.

“Hoje é conosco. Pessoal durante muito tempo eu sobrevivi de música, e a realidade era a seguinte: Tocava num dia pra comer no outro. Portanto essa live de hoje é pra arrecadar uma quantia que possa amenizar o sofrimento daqueles que não estão podendo trabalhar. A meta estipulada foi 3.000 R$, falta menos da metade, contamos com a sua sensibilidade“, frisou Naldo Maranhão.

O festival já teve apresentação dos cantores e compositores Osmar Júnior, no último sábado e Nivito Guedes, no Domingo de Páscoa. Você pode acompanhar, através deste link, o quanto já foi arrecadado e fazer sua doação: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/live-cult-tucuju-em-prol-dos-profissonais-que-vivem-exclusivamente-do-trabalho-musical

Sobre Naldo Maranhão

No início dos anos 90, no tempo em que os jovens de Macapá despertavam de vez para a música regional, surgiu a banda Raízes Aéreas, grupo formado pelos músicos Naldo Maranhão, Helder do Espírito, Beto Oscar, Alan Yared, Helder Brandão, Black Sabbá, Hemerson Melo e Alexandre, sob a influência luxuosa de Antônio Messias.

Na época, foi o grupo de maior expressão, chegando com músicas próprias, talento e atitude – todos os elementos para o sucesso, e ainda a experiência de alguns dos integrantes em outras bandas alternativas de Macapá.

Após o fim da banda, Naldo Maranhão despontou como compositor, com sucesso dentro e fora do Amapá. Antes do Raízes Aéreas, o artista integrou a banda de rock Mizantropia.

Com mais de 20 anos de carreira e três discos gravados em sua trajetória solo (“Colheitando em mim mesmo”, “Feira Maluca” e “Várias Idades”), Naldo Maranhão possui muitos parceiros em suas composições. Entre eles estão Antônio Messias, Osmar Júnior, Rambolde Campos, Ademir Sanches, Black Sabbá, Rebecca Braga e Ademir Pedrosa, .

O Naldo Maranhão é um dos melhores cantadores que tive a alegria de conviver e conhecer. Sou muito fã do seu trabalho autoral e do grande potencial artístico que carrega na veia musical. Eu indico, será uma bela live“, afirmou o cantor e compositor Rambolde Campos.

Como disse o Ronaldo Rodrigues Ronaldo Rony: “A nau que veio do Maranhão” é um dos grandes da nossa música. Além de ser fã do cara, ele é meu amigo e está entre os gênios da MPA. Bora assistir e contribuir com a causa nobre.

Programação completa do Festival:

– Sexta dia 10: Fineias Nelluty e Bia Nelluty
– Sábado dia 11: Osmar Junior
– Domingo dia 12: Nivito Guedes
– Segunda dia 13: Naldo Maranhão
– Terça dia 14: Brenda Melo e Alan Gomes
– Quarta dia 15: Rambolde Campos
– Quinta dia 16: Nani Rodrigues
– Sexta dia 17: Amadeu Cavalcante
– Sábado dia 18: Poetas Azuis
– Domingo dia 19: Val Milhomem
– Segunda dia 20: Joãozinho Gomes
– Terça dia 21: Enrico Di Miceli
– Quarta dia 22: Nonato Santos.

Prestigie nossa cultura!!!

Fale de sua aldeia e estará falando do mundo” – Leon Tolstói.

Elton Tavares

Poema de agora: AS REFERENCIAS PERDIDAS – Patricia Cattani

AS REFERENCIAS PERDIDAS

As referencias perdidas.
Quantas historias deixarão de serem contadas aos netos.
E os segredos entre avos e netos? quantos não serão mais compartilhados?
As experiencias de vida, das vidas que agora se vão, milhares delas, todos os dias, por todo o mundo.
Quantas historias não serão mais ouvidas?
Historias alegres e tristes
De guerras, de amores,
historias de vida, contadas por seus protagonistas
Historias de um cotidiano tão diverso do nosso, mas ao mesmo tempo tão nosso, quanto deles foram.

PHOTOGRAPH: TIM PLATT/GETTY IMAGES

Historias de honras, de dignidades, de felicidades e dificuldades de outrora.
Dos bailes antigos, das charretes, dos bondinhos, dos croches, das profissões que já não mais existem, das telefonistas, das praças…
Os sábios conselhos e experiencias que tanto nos ajudam em nossas escolhas.
Estamos perdendo as caminhadas lentas com eles, nas praças e calçadões, que tanto nos ensinam a ter paciência.
Estamos perdendo os laços com o passado, que nos mostram de onde viemos e o quanto tem deles no nosso presente
Estamos perdendo eles…
Perdemos pais e avôs para as guerras, agora estamos perdendo mães e avós…
Sinto que estamos perdendo a linha do tempo… enquanto a linha do novelo de lã é esquecida na cadeira de balanço que permanece solitária.
teremos um mundo mais jovem e mais perdido, sem referências.


Não estamos perdendo idosos para o covid-19.
Estamos perdendo a sabedoria do mundo, estamos perdendo nossas mais preciosas referências, Estamos perdendo uma parte valiosa de nos.

Patricia Cattani

Malhando os malhadores (Crônica porreta de Ronaldo Rodrigues)

Semana Santa. Sempre que chega esta data fico pensando no sentido de justiça de certas pessoas. Elas pegam Judas e fazem o diabo com ele. Malham o cara de todo jeito. Dizem que é a única forma de fazê-lo pagar pelo crime de ter traído Jesus. Isso é o que mais me preocupa. Se tudo já estava escrito, segundo a própria Bíblia, qual é a culpa de Judas? Se há culpa, é de quem escreveu.

Prefiro acreditar que Judas foi um elemento para que a história se cumprisse da forma que se cumpriu. Judas foi um aliado de Jesus e agiu daquela forma para que tudo saísse segundo o roteiro do Todo (Todo é como chamo o Todo-Poderoso na intimidade). Ora! Parem com esse negócio de associar o nome de Judas à traição. E parem de fazer essa justiça esquisita que comporta todo tipo de torpeza que vocês veem no cara, que condenam nos outros, mas que em vocês é aceitável.

Traidores são vocês! Traidores da palavra de Deus! (vocês são quem vestir a carapuça). Na verdade, sou a favor da reabilitação de todas as figuras malditas da Bíblia, pelo mesmo motivo: não foram elas responsáveis por seus destinos. Como dizem os árabes: maktub! (estava escrito!).

Portanto, Judas, Caim, Lúcifer, Barrabás, Pilatos, Herodes etc. devem ser vistos como personagens desempenhando seus papéis. Aí algumas pessoas dizem que há o livre-arbítrio, que esses personagens poderiam ter tomado outro caminho. E como ficaria a palavra do Todo?

Na verdade, os cristãos (a maior parte deles) confundem tudo. Esse papo de dizer que Jesus morreu para nos salvar acho exagero e injusto com o cara. Cada um tem que fazer por si, pela sua salvação, e não achar que está tudo bem, bastando ir à igreja rezar que – abracadabra – estamos salvos. Muito confortável, não acham?

Agora vou me despedir porque tem uma multidão de fanáticos correndo atrás de mim querendo me linchar. E olha que eles nem leram esta linhas. É que estou com barba e cabelo grandinhos e estão me confundido, claro, com Judas. Por que não me confundem com Jesus Cristo? Ah, daria no mesmo! Só que, em vez de me linchar, eles me colocariam na cruz. Ó my God!

Ronaldo Rodrigues

Estamos em casa e sem se desconectar da nossa rede de amor e arte ♥️

Amigos! Em meio a essa pandemia, todos nós de algum modo mudamos hábitos. E o mais importante deles é ficar em casa pois esta é a melhor alternativa para minimizar a taxa de contágio pelo Coronavírus. Podemos estar em casa, mas não vamos ficar desconectados, e por isso o meio virtual será nosso espaço de encontro. Porque o mais importante também é não deixarmos de nos amar e cuidar da nossa rede de afeto.

Por causa das medidas de contenção, muitas pessoas tiveram suas atividades laborais interrompidas, paralisando, assim, sua fonte de renda. Nós, artistas, somos uma classe inteiramente atingida por esta ação e já têm famílias sem ter o que comer por  não poder manter nossas atividades laborais de cada dia, como dar aulas ou tocar nas casas noturnas.

Por esse motivo estamos em campanha É de pouco que se faz um monte♡.

“Me chamo Erick Pureza e venho através dessa  pedir sua colaboração com alimentos não perecíveis; produtos de higiene pessoal;  fraldas descartáveis ou transferências. Faremos nossas prestações de conta de cada cesta ou valor arrecadado através do Facebook e nossas lives no Instagran quarta_de_arte_da_pleta (exibida toda quarta feira a partir das 20h)”

Tem Quarta de Arte da Pleta hoje, dia 08 de abril, às 20h.
Nega Aurea – Hayam Chandra – Leka Denz – Tico Sousa – Cley Lunna – Edu Gomes –
Erick Pureza – Sousa – Wendell Cordeiro – Fernanda Canora

Instagran quarta_de_arte_da_pleta

Toda ajuda é bem vinda!
♡Sua doação pode significar o almoço de uma criança♡

Contato para doação:
Fone 991246160
Endereço: Barracão da Tia Gertrudes/ Banquer Desclassificaveis
Avenida Duque de Caxias, 1203 – Centro

Banco do Brasil
Conta Poupança
Agência: 261 – 5
Conta: 107188 – 2

Texto: Lilia Chaves

Boletim informativo COVID-19: Amapá chega a 107 casos confirmados

Foto: Arte: John Barroso/Secom

O Governo do Amapá atualiza nesta quarta-feira, 8, o boletim informativo sobre a situação do novo coronavírus no estado. Agora são 107 casos confirmados, 525 descartados e 670 suspeitos em investigação.

Do número total, 23 já foram curados e dois pacientes morreram. As informações foram atualizadas junto ao Ministério da Saúde (MS).

Dos 56 novos casos confirmados, 48 são de Macapá e 8 em Santana. Além da capital, que tem agora 95 casos, os municípios que confirmaram pessoas coma doença são Santana, agora com 11 casos, e Oiapoque, com 1 caso.

Por município, os números de casos suspeitos, são:

Macapá: 530
Santana: 96
Calçoene: 10
Cutias do Araguari: 01
Laranjal do Jari: 02
Oiapoque: 11
Pedra Branca do Amapari: 03
Porto Grande: 05
Serra do Navio: 09
Vitória do Jari: 03
Os dados são do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL/AP) e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), que auxiliam o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COESP) – dispositivo criado pelo Governo do Amapá para gerenciar a crise de COVID-19 no estado.

O número de casos suspeitos será atualizado no 2º Boletim Informativo, previsto para as 19h desta quarta-feira.

Assessoria de comunicação do Governo do Amapá

Música de agora: Song To Sing When I’m Lonely (Canção para cantar quando estou solitário) – John Frusciante

Song To Sing When I’m Lonely (Canção para cantar quando estou solitário) – John Frusciante

Uma canção para tocar quando estou sozinho
Ganhar e nunca jogar um jogo novamente
Ninguém vai notar quando eu cair
Prender firmemente aos sonhos que nunca se acabam

Eu vou ser você
Eu digo
Eu vou ser você
Ninguém está com medo de ser chamado por outro nome
Ninguém ousa ser posto onde não há cabimento

Em nenhum lugar está qualquer razão
Tudo morrendo e indo embora
Sem erros eu vou ser um bebê
Falsificando um movimento para ninguém perceber
Não é normal alguém encontrar novamente a paz jogada fora
Ninguém escolhe se humilhar

Símbolos perfuram me
Pessoas falham quando estão sendo desenhadas
Luz do sol acumula-se
Amando a dor de estar sendo aderido á

Por corpos luminosos
Só esperando por sinais que estejam errados
E retifique-nos
Em nenhum lugar no meu próprio tempo
Afogar-se e pensar que eu estou seco
Segurando os fatos que nunca serão provados
Fingindo as ações porque ninguém está olhando

Olá quando estou eletrocutado
Sentir nada enquanto minha vida está passando pelos meus olhos

Vocês deveriam me massacrar
É o índice, tanto

Vocês deveriam me massacrar
É o índice, tanto

Vocês deveriam me massacrar
É o índice, tanto

Vocês deveriam me massacrar
É o índice, tanto

Famílias carentes recebem sopão solidário em Pedra Branca do Amapari

Moradores que ficaram sem renda e em situação de risco social devido às restrições da pandemia do novo Coronavírus foram assistidos com a distribuição de sopa nos bairros de Pedra Branca do Amapari. A ação foi promovida pela Prefeitura Municipal através da Secretaria de Assistência Social e Habitação (Semah) e aconteceu nesta sexta-feira, 3/4.

O projeto social sopão solidário conta com ingredientes da agricultura familiar, os mesmos que são usados na elaboração dos cardápios da merenda escolar. “A satisfação e o sentimento de gratidão eram visíveis nos semblantes dos moradores, que sempre nos agradecem pela iniciativa da prefeitura de garantir à população o direito a uma alimentação de qualidade. Nossa sopa tem um acompanhamento de nutricionista e os ingredientes são selecionados para fornecer uma alimentação saudável”, declarou a secretária da Semah, Lene Oliveira.

A entrega da sopa faz parte de um cronograma que atenderá todos os bairros onde as assistentes sociais priorizam famílias em situação de vulnerabilidade, informou a titular da Semah.

Assessoria de comunicação da Prefeitura de Pedra Branca de Amapari

Macapá registra 27 casos confirmados de Covid-19

O Município de Macapá registra 27 casos positivos de Coronavírus, neste sábado, 4 de abril. Ao todo, o Município já realizou 695 notificações. Deste número, 228 foram descartados, 27 confirmados e 440 suspeitos aguardam resultado dos exames.

Segundo o boletim divulgado pelo Governo do Estado do Amapá, os 8 novos casos são amostras analisadas pelo Laboratório Central do Amapá (Lacen/AP) e por testes rápidos.

Casos

O primeiro registrado é de uma mulher de 36 anos, que já passa bem. O segundo caso atestado positivo é do presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá, desembargador João Guilherme Lages, que também está bem. O terceiro é de uma mulher de 31 anos, que também se encontra em isolamento domiciliar e clinicamente estável.

O quarto caso positivo é de uma paciente de 36 anos. O quinto é um homem de 63 anos. Já o sexto é um homem de 45 anos. O sétimo caso é uma mulher de 38 anos e o oitavo é uma mulher de 36 anos. O nono e décimo casos são uma mulher e um homem, de 39 e 58 anos de idade.

Já o décimo primeiro caso positivo notificado é de um homem de 41 anos, que está em isolamento domiciliar. Um homem de 57 anos é o 12º infectado. Já os 7 novos casos são de 3 mulheres de 43, 57 e 66 anos, e 4 homens de 40, 76, 53 e 57 anos de idade.

Os oito novos casos são de homens de 32, 49, 58 e 60 anos e mulheres de 28, 29, 39 e 55 anos. Três casos foram confirmados por meio de exames no Lacen e outros são resultados de testes rápidos.

Secretaria de Comunicação de Macapá
Cássia Lima
Assessora de comunicação

Poema de agora: O AMOR EM TEMPOS DE LONJURA – Pat Andrade

O AMOR EM TEMPOS DE LONJURA

em tempos de lonjura
vale a memória da pele
o arrepio do pelo

vale o sabor da tua boca
o cheiro de nós dois
o gosto do suor

vale o calor dos teus braços
o brilho nos meus olhos
e nossa paz interior

vale o que fomos,
o que somos e vivemos
pra deixar chegar o amor

“O amor nos resgatará”

vale a vida lá de fora
o beijo que não foi dado
e o tempo que parou

Pat Andrade

Discos que Formaram meu Caráter (Parte 49) – “Adiós Amigos” – Ramones (1995) – Por Marcelo Guido

Por Marcelo Guido

Salve moçada!

Todos trancados em seus lares escolhendo quem matar para a economia não parar… O viajante dos sons está de volta para mais uma rodada de discos, músicas e afins.

Com a nave a toda velocidade, som na altura máxima, com orgulho apresento a vocês:

“Adiós Amigos”, o 14º álbum dos Ramones. Todos de pé!

Estamos agora em 1995, e os caras dos Ramones encaravam a velhice. Estava ou não na hora de se aposentar? A relevância da banda nunca esteve em xeque, mas os tempos eram outros.

Passando incólumes pelos tempos da discoteca, pelos anos 80, a “new wave”, o pós-punk, o grunge e outros caralhos, Joey e Jonhy já pareciam cansados da vida que escolheram.

Somando isso aos problemas de saúde de Joey (que teve em toda a sua vida adulta um constante entra e sai de hospitais), a idade e o estilo de vida começavam a cobrar um preço; Joey acabara de ser diagnosticado com um severo câncer linfático e, como bom Ramone que era, deixou a doença em segredo.

Com 13 discos de estúdio e discos ao vivo que pareciam transportar os fãs para os shows, reconhecimento formado por uma legião de fãs no mundo inteiro, sempre citados como referência por vários músicos e banda planeta afora, os caras já tinham salvado o Rock and Roll da ameaça do “Progressivo” com seus solos intermináveis e suas reflexões sem sentido de bons músicos que sabiam ler partituras. Os Ramones não deviam nada a ninguém.

A preocupação maior era não se tornar uma paródia de si mesmo e aceitar de uma vez que a estrada dos tijolos amarelos estava chegando no fim.

Os shows que nos tempos áureos chegavam a 150 no ano, tinham sido reduzidos a um terço, o acolhimento da América do Sul para os caras depois de “Mondo Bizarro” deu um gás na banda, os problemas de saúde de Joey já eram bastante latentes, ausências em parte das apresentações, máscara de oxigênio no palco, o Ramone que mais vestiu a camisa da eterna adolescência parecia realmente querer um descanso.

Os Ramones, estavam realmente em dúvidas quanto ao futuro e, talvez, as crises que todos nós temos tenham também chegado nos caras naquela época. As 13 faixas do disco trazem profundas reflexões sobre amor, dor, ódio e futuro, mas tudo muito rápido e intenso como só eles sabiam fazer e, sendo assim, por respeito a seus muitos admiradores, entraram em estúdio em fevereiro de 1995 e em junho do mesmo ano apresentaram este belo exemplar de som, anunciando que seria o derradeiro trabalho.

Vamos ao que interessa e dissecar essa bolacha:

O disco começa com “I Don`t Want To Grow Up”, cover do Tom Waits é desafiadora, uma franca negação do mundo real, incertezas sobre o futuro, dúvidas sobre a própria vida. “Maki Monsters For My Friends” a autocrítica feita, somos os nossos próprios monstros. “Its Not for Me to Know”, a desistência contra o que não pode ser evitado, você fez tudo o que era possível. “The Crusher”, composta por Dee Ramone, já tinha sido gravada no primeiro disco solo dele, ganhou nova roupagem na voz de Joey, mostra que ainda se tem disposição para lutar contra desafios. “Life`s a Gas”, simples, são daquelas canções que marcam pela intensidade, foi o single do disco. “Take the Pain Away”, pessoal, uma caminhada constante pelo alivio, você só quer acabar com a dor. “I Love You”, cover do Johnny Thunders , a simplicidade em falar de amor. “Cretin Family”, todos contra você uma resposta à o clássico “Pinhead”, se antes os Ramones era o lar dos desajustados, tinha agora tornado parte do Mainstrean. “Have Nice Day”, ironia nas saudações diárias, escuta se sempre um bom dia em uma derrota. “Scattergun”, a segurança que você se propõe a ter. “Got a Lot Say”, tudo a dizer, mas não sabe agora. “She Talks To Rainbows”, triste, mas verdadeira, mostra o lado desesperançoso de quem se entretém com tudo e com todos. “Born To Die in Berlin”, uma significativa ode aos entorpecentes.

Rápido, intenso e formidável que puta disco.

O respeito pelos fãs – algo que sempre foi uma marca dos caras – esteve presente neste álbum. Essencial na discografia de quem pretende gostar de Rock and Roll.

Medalha de ouro. Se tu não conheces, na moral, mereces ser deitado na porrada.

Um disco que, apesar de ter sido anunciado como último trabalho, não perdeu a “aura Ramônica” e, longe de ser um caça-níquéis, feito por caras cansados e desgostosos, soa como um verdadeiro “The best of”, de tanto esmero e vontade.

A capa, uma das mais horríveis e esdrúxulas já feitas, eram dois dinossauros com sombreiros, com o título em espanhol.

É sem dúvida alguma, um daqueles discos verdadeiramente pensados, com canções eternas; um daqueles que tu colocas pra tocar do começo ao fim sem medo.

Sim, foi o último e acabaram em grande estilo. O mundo teve que sobreviver sem os Ramones. “Não queremos nos estender além da conta”, declarou Joey Ramone.

E no final, a saída por cima; “Adiós Amigos” mostrou que máxima de Bruce Wayne é verdadeira: “Ou você morre como um herói, ou vive o bastante para se tornar um vilão”. Os Ramones foram simplesmente fodas do começo ao fim.

Este texto é dedicado a Renato Atayde, Luis “Espalha Lixo” Xavier, Fábio “Macumba” Evangelista e Alex “Skoria” Rodrigues que, assim como eu, também tiveram o caráter formado por Ramones.

Ramones Forever.

*Marcelo Guido é jornalista. Pai da Lanna Guido e do Bento Guido. Maridão da Bia.

Festival On-Line “FicaDiBubuia” segue nesta sexta-feira (27)

Nestas sexta-feira (27), a partir das 16h50, rolará o segundo dia do Festival On-Line “FicaDiBubuia”. Promovido pela produtora Duas Telas, o festival é totalmente independente e conta com artistas voluntários, sem nenhum tipo de remuneração.

A ideia é quebrar a sensação de distância gerada pelo isolamento comunitário por conta da prevenção ao coronavírus (Covid-19), e promover cultura por meio da internet, além de manter vivo o espírito criativo dos artistas locais. De 26 a 29 de março serão dezenas de apresentações ao vivo.

O Festival Cultural On Line será transmitido pelo perfil da Duas Telas na rede social @duastelasproducoesap, onde rolarão shows musicais e performances em formato pocket. Qualquer pessoa poderá acompanhar as programações e interagir com o evento e artistas.

Ontem, na abertura do Festival On-Line “FicaDiBubuia, se apresentaram Poetas Azuis, Joãozinho Gomes, Alan Yared, Enrico Di Miceli, Cley Lunna, Colibris, Roniel Aires, Nani Rodrigues, Laura do Marabaiaxo, Naldo Maranhão, Malabarista Flor, Grupo Guá, Rambolde Campos, João Amorim e Quarteto Casa Nova.

Hoje as aterações são: Kássia Modesto, Carla Nobre, Tem Deck?, MB Pop, Lohan Souza, Jimmy Feiches, André Medeiros, Erick Pureza, Nonato Santos, Val Milhomem, Osmar Jr., Roni Moraes, Amadeu Cavalcante, Negro de Nós e Finéias Nelluty

O festival cultural on-line é uma alternativa de entretenimento na quarentena. Uma maneira de estarmos juntos, conectados em uma corrente de empatia.

Sobre a expressão “dibubuia”

A expressão Bubuia vem do nosso “caboclês”, virou gíria popular, e é uma forma gentil de pedir: fica de boa, fica tranquilo, fica aí parado. É desse jeito jeito que pedimos a todos que fiquem em casa para segurança dos mais vulneráveis…

Então é isso. Vamos combater essa batalha com o melhor que podemos dar, com nosso amor pela cultura e pela responsabilidade de doar o que temos de mais precioso em nosso fazer diário: Nossa produção artística! POR FAVOR FICA EM CASA! #FicaDiBubuia … Não fica mufino! Espia nossa programação! #producao #arte #bubuia #musica #literatura #poesia #artista #amazonia #norte #corona #quarentena #amapa #macapa

E o melhor: é de graça! Assista e prestigie!

Patrícia Andrade e Elton Tavares