Resenha do livro “ O jogo da amarelinha”, de Julio Cortázar – (Por Lorena Queiroz – @LorenaadvLorena)

Por Lorena Queiroz

Primeiramente aviso ao leitor que nunca me chegou nada de descrição tão difícil como esta obra. Você tem que se despir de todas as regras que conhece do que entendemos como romance e a própria literatura. No jogo da amarelinha Cortázar rasga com muita inteligência suas vestes literárias e te joga neste mundo. Trata-se de um clássico da literatura hispano-americana publicada em 1963 e escrita pelo argentino Julio Cortázar.

O autor apresenta opções para a leitura do livro que se divide em duas partes: os capítulos prescindíveis e imprescindíveis. O leitor pode optar pela leitura dos capítulos imprescindíveis e ler do capítulo 1 ao 56. Ou opta por seguir o esquema proposto pelo autor, onde lerá combinando capítulos prescindíveis e imprescindíveis. Fiz a leitura das duas formas e na terceira leitura fiz minha própria amarelinha. É importante esclarecer que cada leitor retirará do livro sua própria estória, mas não no formato início, meio e fim. Você encontrará inícios, meios e fins, e acima de tudo e a depender de você, muitos e muitos meios. Portanto, agora, o livro que eu li:

O tema central do livro é Horácio Oliveira, um intelectual argentino que se auto exilou em Paris devido a situação política da Argentina na época. A vida de Horácio Oliveira divide-se em dois momentos entre Paris e Argentina. Em Paris ele vive um romance com Lucía, uma uruguaia que mostra-se como contraponto à Oliveira, a quem ele apelidou de Maga e por quem ele seguirá procurando. Horácio faz parte do Clube da serpente, um grupo de intelectuais no exílio também em Paris. Horácio vive em meio a este clube onde discutem música, literatura, metafísica e, onde também, viviam menosprezando Maga. Horácio tem uma relação de encontros e desencontros com Maga. Ele está sempre preocupado com seus dramas e questionamentos pessoais, enquanto Maga estava preocupada em viver. O que percebi que gera bastante inveja parte de Oliveira. De volta à Argentina, Oliveira continua sua procura por Maga e se envolve em um triângulo amoroso com Talita e Traveler.

Como já disse, é um livro de muitos meios onde encontramos nos capítulos prescindíveis, complementos, trechos de escritos de Morelli, um autor fictício que crítica e comenta o jogo que você lê. Segundo Davi Arrigucci Jr., o autor de O Escorpião Encalacrado, onde ele faz um estudo sobre Cortázar, o autor tinha uma paixão por Jazz e a música é uma influência dentro no universo ficcional de Cortázar. Um homem que encarou a literatura como uma forma de se arriscar, tal como um músico que leva a improvisação até que ela se esgote. Cortázar dizia que gostaria de escrever textos como tomadas de Jazz, o exercício do artista diante da linguagem musical em seus extremos. Ele não se limita a apenas contar uma trama, ele acredita que sem a participação do leitor não há obra. Você se debruça na discussão de textos e concebe sua própria estória. O professor Arrigucci diz que a idéia é de que o leitor passe de um mero consumidor e se torne um consumador, aquele que vai em busca de um céu a partir do inferno, empurrando sempre uma pedra no rumo do desejo. E assim é A Amarelinha, a busca onde a pedra depende de fatores diversos para que se alcance o céu, por mais habilidades que você tenha em atirar uma pedrinha, sempre conte com o vento.

Ao fim do livro você encontra cartas enviadas por Cortázar à amigos, onde ele conta sua experiência naquela escrita. Uma das cartas que ele enviou à Paco Porruá, esclareceu minhas certezas no seguinte trecho: “…para mim não é tão importante que você tenha achado o livro bom -ainda que isso tenha uma enorme importância pra mim, sem dúvida; o que realmente conta é que você tenha ficado tão desconcertado, tão “remexido”, tão desvairado e tão a beira do limite como está o pobre do Oliveira, como eu, quando me pegava aos socos com Oliveira em cada capítulo do livro. “

Meu conselho é que leiam Cortázar, mas não se engane, em determinado momento você vai sentir que ele está lhe pregando uma peça. Então jogue com ele, descubra Cortázar e, acima de tudo, deixe ele acabar de fumar

* Lorena Queiroz é advogada, amante de literatura, devoradora compulsiva de livros e crítica literária oficial deste site.

Poeta e letrista de Macapá, Bruno Muniz lança segundo livro

Cantor da banda Beatos Cabanos mostra referências do cânone literário na coletânea “Depois vá ver o mar”, que traz poemas “destacáveis”

A troca de cartas entre personagens compõe o mais recente livro do poeta Bruno Muniz. Chamada Depois vá ver o mar — Cartas para lembrar se nada acontecer, a coletânea é editada pela Kelps. Muniz vive em Macapá e é letrista e cantor do grupo Beatos Cabanos, conhecido na cena artística local.

Das 240 páginas do livro, 61 são poemas destacáveis. O livro é acompanhado de dois envelopes e de um marcador de páginas. Os leitores podem destacar os versos e enviar como cartões postais. O livro também traz ilustrações do artista plástico Igum Djorge.

Em seu segundo livro, o autor mostra influência de poetas do cânone literário brasileiro e estrangeiro. “A experiência de ler Olavo Bilac aos nove anos de idade me impactou e quis conhecer outros poetas”, diz o autor, que em 2016 estreou com Cem versos putos sobre mim. “Aos 12, me apaixonei por Fernando Pessoa. Li a obra completa dele várias vezes e ainda é meu preferido. Outra referência é o francês Arthur Rimbaud.”

DEPOIS VÁ VER O MAR — CARTAS PARA LEMBRAR SE NADA ACONTECER
Bruno Muniz
Ilustrações: Igum Djorge
Kelps
240 págs.

Fonte: Rascunho.

Vacinados contra a covid-19 chega a 5.401 em Santana

Do início da vacinação no município, no dia 19 de janeiro, até a últimasexta-feira (12), a Prefeitura de Santana já contabilizou 5.401 pessoas imunizadas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, o que corresponde a 67,8% da população pertencente à primeira fase da vacinação.

Do total, 2.078 profissionais da saúde já receberam a primeira dose da vacina. A segunda dose já foi aplicada em 1.035 pessoas, entre profissionais que atuam na área da Saúde, idosos e maiores de 18 anos com deficiência institucionalizados.

Esta semana, a imunização alcançou a população com 70 anos completos ou mais, estimada em mais de 1.400 idosos, de acordo com dados do sistema de Informações e Análises Epidemiológicas do Ministério da Saúde. Até o momento, 3.153 idosos já foram vacinados, sendo 475 de 85 anos, 694 com idade entre 80 e 84 anos, 1.421 idosos de 75 a 79 anos e ainda, 563 com idade entre 70 a 74 anos.

Nas últimas 24 horas, mais de 600 idosos foram imunizados com a primeira dose da vacina, em ações desenvolvidas pela prefeitura em sistema drive-thru, unidade de vacinação e atendimento domiciliar realizado pelas equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), a idosos que não conseguem se dirigir a um dos pontos de vacinação.

A campanha de vacinação contra a Covid-19 no município iniciou pelos profissionais da linha de frente no atendimento a pacientes e suspeitos da Covid, que atuam na Unidade Sentinela Maria Tadeu, Serviço Móvel e Urgência e Emergência (Samu) e Hospital Estadual de Santana. Em seguida, o município ampliou a vacinação à trabalhadores da área da saúde das demais unidades da Rede de Atenção Básica.

Locais de vacinação

A imunização para idosos acima de 70 anos acontece em dois pontos de vacinação. No drive-thru em frente à Prefeitura e na Policlínica Drº Alberto Lima, localizada a rua Cláudio Lúcio Monteiro com a travessa Moura de Carvalho, bairro Daniel. O atendimento ocorre nos horários de 9h às 12h e 14h às 17h.

O município de Santana recebeu 7.690 doses de vacinas contra a Covid-19 e organiza o cronograma de imunização de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde para esta primeira fase de vacinação.

Cadastro de idosos acamados

A Prefeitura de Santana disponibiliza o link para cadastro on-line de idosos com 60 anos ou mais, na condição de acamado ou com dificuldades de locomoção. O cadastramento pode ser feito acessando http://bit.ly/3pWlxcM ou na Unidade Básica de Saúde mais próxima de casa.

É necessário ter em mãos, documento de identidade, CPF, número do cartão do SUS, dados do endereço, telefone e e-mail do familiar ou responsável pelo idoso, para realizar o cadastro.

O cadastramento auxilia a Secretaria Municipal de Saúde no planejamento e posterior agendamento da vacinação contra a Covid-19, durante as próximas etapas de imunização dos grupos por faixa etária.

Comunicação – Prefeitura de Santana

PGJ do MP-AP participa de diálogo virtual com procuradoras-gerais de Justiça do Brasil em comemoração ao Dia da Mulher

A procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MPAP), Ivana Cei, participou na noite de quarta-feira (10), pela plataforma Zoom, da live “Diálogos com as Procuradoras-Gerais do Ministério Público Brasileiro: Desafios, Representatividade e Promoção de Igualdade”. O evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher foi organizado pelo Movimento Nacional de Mulheres do Ministério Público, Movimento do Ministério Público de Mulheres de Santa Catarina, Movimento de Mulheres do Ministério Público de Minas Gerais e do Movimento de Mulheres do Ministério Público da Paraíba.

Todas as mulheres que ocupam cargo de procuradoras-gerais dos MPs do Brasil (MPAP, MPAC, MPBA, MPDFT, MPES, MPPI e MPRR) participaram dos debates mediados pelas promotoras de Justiça Lívia Vaz (BA), Caroline Maresch (SC), Rosa Cristina (PB) e Sílvia Canela, coordenadora do Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas do MP-AP.

Lívia Vaz fez a abertura contextualizando a data e falando sobre os movimentos de mulheres do Ministério Público. Várias questões relacionadas ao universo feminino foram levantadas pelas mediadoras e debatidas com as convidadas, como machismo estrutural, violência contra a mulher, assédio sexual e moral contra a dignidade e espaços de poder, tanto na visão interna do Ministério Público, quanto na inserção e empoderamento da mulher na sociedade.

O primeiro bloco contou com a participação das procuradoras-gerais de Justiça: Kátia Rodrigues (Acre), Ivana Cei (Amapá), Norma Cavalcanti (Bahia) e Fabiana Costa (Distrito Federal e Territórios). No segundo bloco, as entrevistadas foram as procuradoras-gerais: Luciana Ferreira (Espírito Santo), Carmelina Maria Moura (Piauí) e Janaína Carneiro Costa (Roraima).

A PGJ do Amapá falou do empoderamento das mulheres no MP-AP, onde ocupam 73% dos cargos de chefia, por mérito, e respondeu ao questionamento relacionado à ancestralidade dos povos indígenas do Brasil, e mais especificamente do Amapá, fazendo uma contextualização sobre a mulher indígena na representatividade das instituições.

Destacou que o empoderamento da mulher indígena no Amapá, se deu principalmente a partir das assembleias nacionais que se discutiam os principais problemas enfrentados pelos povos indígenas no Brasil, resultando desses debates, a constituição de 1988. Na região do Oiapoque, os indígenas iniciaram o movimento, primeiramente pela demarcação das terras, surgindo a Associação dos Povos Indígenas do Oiapoque (APIO), e posteriormente, o Movimento das Mulheres do Oiapoque e a AMIM (Associação de Mulheres Indígenas em Mutirão), com objetivo de promover o respeito e a valorização das mulheres indígenas, participação das mulheres nas reuniões e assembleias promovidas pelo movimento indígena.

No encerramento, Sílvia Canela convidou as participantes para que fizessem juntas uma reflexão relacionando ancestralidade, justiça restaurativa e a força da mulher.

Nas considerações finais, a procuradora-geral de Justiça do MP-AP parabenizou as organizadoras pela iniciativa e oportunidade de discutir várias situações que atingem as mulheres no seu dia a dia e que servem para o fortalecimento na luta pela igualdade de oportunidades e respeito.

“O Empoderamento é o reconhecimento e autoconhecimento de nosso reflexo, da conscientização que somos iguais, temos direitos à sonhos, escolhas, somos capazes intelectualmente, responsáveis, corajosas e inovadoras, sem esquecer nossa ancestralidade de conexão com os nossos sentidos, a intuição, emoção, chave para abrir nossos canais de criação que é nossa principal característica”, pontuou Ivana Cei.

E, finalizou se despedindo com o pensamento de Ângela Davis: “Eu não estou mais aceitando as coisas que não posso mudar. Eu estou mudando as coisas que não posso aceitar”.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Gilvana Santos
Email: [email protected]
Contato: [email protected]

Gaeco e Núcleo de Inteligência do MP-AP apoiam operação da Polícia Federal para repressão do crime organizado no Estado

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP-AP) e o Núcleo de Inteligência do Ministério Público do Amapá (Nimp/MP-AP), apoiaram ação da Polícia Federal (PF) realizada na manhã desta quarta-feira (10). A operação “Concordia”, também contou com o apoio da Policia Militar do Amapá́ (PM-AP), e teve como objetivo reprimir grupo que atua no tráfico de drogas e em outros crimes violentos, seguindo ordens que partem de dentro do sistema penitenciário.

A investigação teve início após o cumprimento de mandado de prisão temporária e de busca realizados pela PF em operações passadas, que levantaram indícios sobre a atuação da organização investigada. Os envolvidos podem responder por tráfico de drogas e organização criminosa, estando sujeitos a pena de reclusão de até́ 23 anos, caso condenados.

Andréa Guedes, coordenadora do Gaeco-AP e Núcleo de Inteligência do MP-AP, coordenou as equipes que deram apoio à operação. “É imprescindível essa atuação interinstitucional para combater o crime organizado em nosso Estado”, ressaltou a promotora de Justiça.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Vanessa Albino
*Com informações da Ascom/ PF
Contato: [email protected]

Poema de agora: Como Charles me via – Pat Andrade

Como Charles me via

caía a tarde
quando o canto da cigarra
a fez lembrar
das noites bizarras que vivia
pelos colchões sujos
mãos sem braços
em suas coxas
bocas sem rosto

Arte de Emiliano Bruzzone

em sua boca
era toda solidão
e melancolia
langor e lascívia
entre gritos e gemidos
rezava pela luz do dia

Pat Andrade

*Charles é uma referência ao poeta e escritor alemão Charles Bukowski.

Cultura: em live, escritora Esmeraldina dos Santos lança seus livros “O Encanto do Boto” e “O sonho de uma menina” na terça-feira (9)

A escritora Esmeraldina dos Santos lançará, nesta terça-feira (9), de forma virtual, seus livros “O Encanto do Boto” e “O sonho de uma menina”. A live literária ocorrerá a partir das 16h, nas redes sociais da autora no Instagram (escritora_esmeraldina) e Facebook (Esmeralda Santos).

Durante o lançamento virtual, Esmeraldina discorrerá sobre seu envolvimento com a cultura regional e as suas experiências no âmbito da educação no Amapá. As obras literárias foram patrocinadas pela Prefeitura de Macapá, por meio do Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir).

Esmeraldina dos Santos – Foto: Facebook da artista

Sobre Esmeraldina dos Santos

Esmeraldina dos Santos, que nasceu no bairro do Laguinho, em Macapá, mas é moradora do Quilombo do Curiaú, também na capital amapaense, tem 61 anos. Ela é filha de Maximiano dos Santos (tio Bolão) e Francisca Santos (tia Chiquinha), ambos nascidos no Curiaú e reconhecidos mestres da cultura popular do Amapá já falecidos. A escritora estuda pedagogia e tem nas histórias de seus ancestrais sua principal fonte de inspiração. Por meio da produção literária revela a importância da valorização da cultura negra no estado.

Esmeraldina despertou para a literatura após voltar a estudar, depois de adulta. Repetindo a tradição de negros amapaenses que descreviam seu cotidiano nos “ladrões” (versos) de Marabaixo, ela escreve o dia-a-dia da família e de seu povo em livros e contos.

Dançadeira de marabaixo do Grupo Raízes do Bolão, poeta, escritora, artesã, sambista e artista, Esmeraldina é a cultura viva do Amapá. E que apresentará mais dois trabalhos literários de sua autoria.

Elton Tavares

Mulheres terão atendimento especial em Ação Itinerante no município de Santana

Na próxima segunda-feira (08) celebra-se o Dia Internacional da Mulher e a Prefeitura de Santana, por meio das Secretarias de Saúde e Assistência Social e Cidadania realizarão Ação Itinerante com a oferta de testes rápidos para covid-19 e atendimentos para acesso à programas e benefícios sociais, dedicada ao público feminino. A ação ocorrerá na Câmara de Vereadores de Santana, de 9h às 12h e 14h às 17h.

Além do teste rápido para o diagnóstico da Covid-19 que será disponibilizado às mulheres assintomáticas (sem sintomas) de qualquer idade, haverá o acolhimento de mães chefes de família para o cadastramento em programas sociais como o CadUnico, Bolsa Família, ID Jovem, Carteira do Idoso e Criança Feliz.

“A mulher tem o papel muito importante na sociedade e merece atenção especial em todas as áreas. Vamos fortalecer a prevenção entre elas no enfrentamento à Covid-19. Será uma ação totalmente dedicada a elas, com objetivo de levar orientação e promover o acolhimento de nossas mulheres santanenses”, acrescenta a secretária de Saúde, Ithiara Madureira.

Para fazer o teste rápido para a Covid-19, é necessário apresentar documento de identidade e cartão do SUS. Mulheres que tiverem interesse em realizar o cadastramento em programas sociais, será necessário ter em mãos os seguintes documentos: RG, NIS, CPF, título de eleitor, comprovante de residência, carteira de trabalho, certidão de nascimento da criança, declaração escolar da criança.

Comunicação – Prefeitura de Santana

Randolfe vota pela permanência do auxílio de R$ 600 e defesa dos trabalhadores

Em discurso contundente na manhã desta quinta-feira (4), no Senado Federal, durante a votação da PEC 186/2019, a PEC Emergencial, o senador Randolfe Rodrigues (REDE) fez a defesa da permanência do auxílio emergencial de R$ 600 e defendeu os trabalhadores da saúde e educação.

Em sua fala, Randolfe declarou também ser contrário ao teto de gastos de R$ 44 bilhões com o auxílio. O parlamentar chegou a defender um texto supressivo a esse tema na MP, que não foi aprovado. Segundo o senador, o valor é insuficiente para garantir o auxílio emergencial no valor de R$ 600, o que considera o mínimo para a garantir a cesta básica dos beneficiados.

“O teto de R$ 44 bi condenará a não ter um auxílio emergencial que não seja superior a R$ 250, que é um terço da cesta básica. Pergunto se esse valor socorrerá alguém que está desprovido, que está contaminado pelo covid a essa altura”, criticou.

Randolfe Rodrigues alertou ainda que a PEC nos moldes que foi votada poderá prejudicar profissionais da saúde e da educação.

“Os profissionais da saúde também serão condenados, no texto dessa PEC nos anos que virão, a sequer ter progressão ou ter algum prêmio. É a mesma coisa que na Segunda Guerra Mundial os EUA mandassem mensagem para seus soldados que estão no front de enfrentamento contra os nazistas que não receberiam soldo. (…) O debate aqui é entre o pacto civilizatório que nos une ou a barbárie” finalizou.

Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues

Max Renê gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo! – @max_rene

Com o Max, em 2013

 

Sempre digo que o jornalismo me deu muitos amigos. Sim, trouxe inimigos também, mas pra estes eu não ligo. Hoje, uma dessas figuras paid’éguas com quem tive a honra e o prazer de trabalhar, muda de idade. Gira a roda da vida, nesta quarta-feira (3), o excelente fotógrafo, Max Renê Santana.

Talentoso fotojornalista, pai amoroso de dois caras, marido apaixonado, vascaíno sofredor convicto e meu parceiro, Max já me ajudou incontáveis vezes e sou grato por isso. Renê é um figura discreto, trabalhador (cai dentro do trampo como poucos que conheço), sereno, bem humorado, ultra-prestativo, batalhador e muito responsável. Assim como eu, Renê cumpre as missões dadas e gosto de profissionais assim.

Conheci o brother em 2011. Trabalhamos juntos na assessoria de comunicação do Governo do Amapá e construímos uma relação recíproca de brodagem e paideguice.

O cara é tão bom como fotógrafo institucional , quanto publicitário, pois Renê é um cara que estuda a fotografia. Acompanhei seu crescimento como retratista e o amigo se tornou mestre no ofício de congelar momentos com pixels. Ele é Phoda!

Sempre brinco com Max sobre uma vez que ele quase me matou, mas é uma história impublicável, sobre uma presepada engraçada. A gente sempre ri dessa merda (risos).

Max Renê é, sobretudo, um homem de caráter, companheiro fiel e um cara do bem. Sua amizade é preciosa pra mim. Mesmo que a gente passe tempos sem nos vermos ou nos falarmos, sempre torço pelo sucesso dele. Ah, se alguém falar mal dele, desconfie dessa pessoa, pois esse doido é demais de boa. Quem sabe um dia trabalharemos juntos novamente. Seria mesmo muito porreta!

Uso a citação de outro querido amigo, o experiente jornalista Édi Prado, sobre meu sentimento em relação a pessoas como Max Renê: “a gente não sabe quais os motivos dos nossos encontros nessa vida ou quais os motivos que nos levar a gosta de alguém. Mas acho que o que vale mesmo é o sentimento de carinho e demonstração de amor enquanto estamos vivos. Se o que temos pra lembrar são os momentos e as fotografias“.

Com o Max, em 2019

Max, velho amigo, que tu sigas ilustrando a escrita da vida com tuas belas fotos, sempre com esse sucesso de espalhar a alegria com as pessoas que divides essa existência. Tu és um cara porreta e eu dou valor no senhor. Que teu novo ciclo seja ainda mais produtivo, rentável e paid’égua. Parabéns pelo teu dia. Saúde e sucesso sempre. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Polícia Federal interrompe remessa de moeda falsa no Amapá

 

Na manhã desta terça-feira, 02/03, a Polícia Federal interceptou, após realizar investigações prévias, um montante de R$ 20.200,00 (vinte mil e duzentos reais) em cédulas falsas, divididas entre notas de R$ 50,00 e R$ 100,00.

A carga fora enviada via postal de Belo Horizonte/MG e tinha como destino uma residência no bairro Marabaixo III, na capital amapaense. Uma moradora da região foi conduzida à Superintendência Regional da PF no Amapá para prestar esclarecimentos e, em seguida, liberada.

Um inquérito policial foi instaurado para apurar as responsabilidades pelo fato, além de já terem sido realizadas diligências iniciais na tentativa de identificação dos autores. A pena para o crime de moeda falsa pode chegar a 12 anos de reclusão, além do pagamento de multa.

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá
Instagram: @policiafederalamapa
[email protected] | www.pf.gov.br
(96) 3213-7500

Prefeitura de Macapá inicia ações de limpeza na cidade com reeducandos do Projeto Liberdade e Cidadania

Trinta e dois ressocializandos do sistema prisional do Amapá, beneficiados pelo projeto “Liberdade e Cidadania”, começaram a trabalhar na manutenção de praças e outros locais públicos na última segunda-feira (1). Eles atuam na limpeza de cemitérios, compostagem e paisagismo do aterro sanitário. O monitoramento é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Zeladoria Urbana.

A inclusão social e profissional é uma política pública favorecida pela Prefeitura de Macapá há 16 anos, através de uma parceria com o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), Vara de Execuções Penais (VEP) e Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).

O projeto busca alternativas para a melhoria das condições de sobrevivência, tendo a família do apenado como foco principal no restabelecimento dos vínculos e convívio na sociedade pela rede de promoção e proteção social.

O secretário municipal de Zeladoria Urbana, Jean Patrick Farias, explicou que, além da oportunidade de reingressarem no mercado de trabalho, os reeducandos ganham a remição de um mês da pena a cada três meses trabalhados e recebem auxílio financeiro pago mensalmente pela Prefeitura, no valor de 75% do salário mínimo, acrescido do valor financeiro de 22 vales-transportes mensais.

“A ressocialização e reinserção do apenado no mercado de trabalho e, consequentemente no seio da sociedade, são situações quase sempre cercadas de preconceito, embora muitos até desejem uma nova vida, não conseguem um futuro melhor por causa da discriminação. Diante dessa realidade a Prefeitura tem colocado em prática sua parcela de contribuição para um cenário inverso, com novas chances e perspectivas aos reeducandos”, ressalta o Secretário.

O projeto tem acompanhamento e apoio sistemático da Prefeitura de Macapá, serviço social da Vara de Execuções Penais e do Iapen, para apoiar a absorção do reeducando capacitado pelo mercado formal de trabalho.

Ronaldo Lino, coordenador do Liberdade e Cidadania na Zeladoria Urbana, explicou que acompanhar os serviços é importante para o rendimento das ações e avaliar o comportamento.

“Esse projeto mostra que é possível ampliar a mão de obra do serviço público por meio de projetos de inclusão social, o que resulta em diversas melhorias na cidade”. Embora esses ressocializandos tenham uma ficha negativa, todos merecem uma segunda chance e desde que começamos a trabalhar com eles, sempre obtivemos resultado positivo”, avaliou.

Em liberdade por já ter cumprido 11, dos 35 anos aos quais foi condenado, Ronaldo dos Santos Melo está em regime aberto domiciliar e ganhou a chance de voltar ao mercado de trabalho por meio do projeto. Há 4 anos e 7 meses presta serviços na Secretaria Municipal de Zeladoria Urbana e demonstra satisfação pela oportunidade que recebeu.

“Hoje vejo satisfação e alegria na minha família, meus filhos sabem que no fim do dia irei voltar pra casa com a certeza de que no dia seguinte terei a mesma liberdade, pois tenho vivido novas experiências no ambiente que trabalho e tenho aprendido o verdadeiro valor de ser livre”, concluiu o reeducando.

Mônica Silva
Secretaria Municipal de Zeladoria Urbana

Poema de agora: Habitabilidade – Luiz Jorge Ferreira

Habitabilidade

Dentro do meu coração vazio.
Passam as pegadas azuis de um destino ao léu.
Eu chamo por mim, e me amo.
Ouço entre os sons harmônicos que a brisa provoca ao soprar os lençóis dependurados na cerca.


Um Som de Guitarras tocando Renato e seus Blue Caps…
Ouço um som de passos, podem ser dos teus sapatos pisando na minha solidão.
Digo isso por serem ímpares e descompassarem meu coração,
que eu tinha acabado de embrulhar para presente.


Ando mais desligado que agora quando erro o acento tônico na última vogal.
Ando espalhando Creme Glostora nos cabelos da minha foto de 30 anos atrás.
Ando descobrindo ilusões nas ilustrações de Guernica.
Egoísta, guardo comigo um… “se lixa para a dor”…

Danço com minha sombra um Tango.
Noto que ela engordou…
Há de ver que abusou das balas de hortelã.
Ouve… e vai embora.
Continuo dançando, há horas que danço, e batem a porta…
Há de ser a lua, que da rua, ouviu, eu discutir com o meu coração.
Danço com ela… da janela o Sol observa, em um mormaço de dor e raiva.


Fecho a luz… Jogo Gardel
em Pessoa, rasgo as cortinas, com elas faço… asas.
Jogarei meu coração de cima de um penhasco para a felicidade geral das paixões.

Luiz Jorge Ferreira

 

*Osasco (SP) -27.02.2021, um chuvoso dia de sol.

Polícia Federal combate garimpo ilegal no Oiapoque/AP

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira, dia 26, a Operação Hunter-Russell*, no município de Oiapoque, extremo norte do Amapá.

Cerca de dez policiais federais, com apoio do Exército Brasileiro (EB) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), cumpriram um mandado de busca e apreensão, além de encerrar as atividades de um garimpo clandestino localizado às margens do Rio Cricou naquela cidade.

A ação da PF visa desarticular grupo criminoso que atua na prática de usurpação de bens da União e comete crimes ambientais. Tem ainda a missão de cessar imediatamente as atividades no local, com a destruição de maquinário, equipamentos, ferramentas e edificações (remoção) utilizados na atividade ilegal e que provocam dano ambiental.

A investigação se iniciou a partir de denúncias, além de ações da PF e outros órgãos de fiscalização em loco.

Os envolvidos podem responder por usurpação de bem da União, crimes ambientais e associação criminosa, com uma pena total de até 14 anos de reclusão.

*Hunter-Russell é o nome da síndrome provocada pela intoxicação nos seres humanos provocada por mercúrio, elemento altamente tóxico que ataca os pulmões, além de causar severos danos ao meio ambiente.

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá
[email protected] | www.pf.gov.br
(96) 3213-7500