Se vivo, Renato Russo faria 60 anos hoje. Viva o maior poeta do Rock brasileiro!

Renato Manfredini Júnior não foi só mais um carioca que cresceu em Brasília (DF). Renato Manfredini Júnior nasceu em 27 de março de 1960 no Rio de Janeiro. Ele viveu parte da infância com a família em Nova York e, aos 13 anos, se mudou para Brasília. O cara foi um cantor e compositor sem igual. Liderou a Legião Urbana (composta por ele, Marcelo Bonfá, Dado Villa Lobos e Renato Rocha) e obteve um enorme sucesso de público e crítica. Se estivesse vivo, hoje o maior poeta do Rock brasileiro faria 60 anos.

A Legião foi e sempre será a maior de todas as bandas deste país. Eles venderam 20 milhões de discos durante a carreira, mais de uma década após a morte de Renato Russo, a banda ainda apresenta vendagens expressivas. O som dos caras me remete ao passado, à situações, pessoas, alegrias e perrengues; enfim, foi a trilha sonora da adolescência de minha geração. Renato foi genial, sereno e místico. Um melancólico poeta românico, quase piegas, mas visceral. Era capaz de compor canções doces, musicar a história cinematográfica do tal João do Santo Cristo, cantada na poesia pós-punk de cordel (159 versos e quase 10 minutos) intitulada Faroeste Caboclo ou melhorar Camões (desculpem a blasfêmia lírica), como em Monte Castelo.

Como disse meu sábio amigo Silvio Neto: “Renato Russo foi Poeta pós-punk, de toda uma Geração Coca-Cola. Intelectual, bissexual assumido desde os 18 anos de idade, ele foi uma espécie de Jim Morrison brasileiro, não pela sua beleza física, mas pela consistência de suas letras que poderiam muito bem ter sido publicadas em livro sem a necessidade de ser musicadas”. Cirúrgico!

Em 11 de outubro de 1996, Renato Russo morreu, vitimado pela Aids. E como ele mesmo dizia: “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”, pois o para sempre não dura muito tempo. A Legião Urbana acabou oficialmente no dia 22 de outubro de 1996 e reuniu-se novamente 20 anos depois, em 2016, com outro vocalista e saiu em turnê pelo Brasil. Mas essa é outra história.

A força e universalidade das composições de Renato emocionaram toda uma geração e continuam mexendo com a gente. Acho que será sempre assim. Não sei o que Renato teria feito se tivesse mais tempo, mas com o pouco tempo que teve, fez muito. Fez demais pela música e arte nacional. O artista foi um dos nossos heróis (ainda tem quem não goste ou reconheça, mas paciência). Pena que o futuro não será mais como foi antigamente. Por tudo isso e muito mais, hoje homenageio Russo, que se eternizou pela sua música, poesia e atitude.

Valeu, Renato. Força sempre!

Elton Tavares

Feliz aniversário, Janine! – @janinedcruz

Hoje é aniversário da jornalista, admirável cronista, renomada assessora de comunicação, fotógrafa, blogueira (volte com sua página), gremista, mãe dedicada de duas lindas meninas, apaixonada por Rock and Roll e pela sua praia natal, surfista, maluca e amiga muito querida deste gordo, Janine Cruz.

Sabem, antes de conhecê-la, eu já escutava só coisas boas sobre a Janine. A paideguice e competência dela a precedem. Ela é uma daquelas pessoas que tem fama de caralhentamente foda no trampo e estupidamente gente fina. De fato. Quando começamos a conviver, no início de 2013, foi brodagem aguda à primeira vista.

Essa figura é um amor de pessoa. Uma mulher bonita por dentro e por fora. Não à toa, é querida por todos na imprensa, família, colegas de trabalho e por mim, que a adoro. Sim, ela é foda!

Janine é uma gaúcha que escolheu o Amapá como casa há 14 anos. Ela é dona de um olhar brilhante, um jeito meigo, uma fala com sotaque gostoso de escutar. Também é amável, gentil, bem humorada e psicodélica. É firme dividir uma redação com a Jan. Mais firme ainda uma mesa de bar.

Por tudo isso, tenho o orgulho e a gabolice de ser seu amigo. Janine, queridona, desejo que tudo que couber no seu conceito de felicidade se realize. Que tenhas ainda mais sucesso nessa nossa louca profissão e saúde pra curtir tudo que tens direito nessa vida. Meus parabéns e feliz aniversário!

Obs: sinto saudades de tudo dito/escrito acima, Jan.

Elton Tavares

Hoje é o Dia do blogueiro – Viva nós!

Hoje, 20 de março, é o Dia do Blogueiro. A data foi escolhida em 2004 pela Blogueira CarmenC do blog No Armário da Ca (a página eletrônica não existe mais), isso num tempo em que levar um blog como profissão ainda era um ofício tido como brincadeira (apesar de muitos pensarem assim ainda hoje). A escolha foi baseada na mudança de estação, como uma sugestão para que a ideia sobrevivesse com o tempo.

Quando perguntam qual a minha profissão, digo que sou jornalista, assessor de comunicação e editor de um site, mas que, um dia, gostaria de ser escritor. E acredito mesmo ser um bom profissional.

Neste site, que antes foi um blog por cinco anos, gosto de divulgar cinema, teatro, poesia, atrações musicais, arte, enfim, cultura e todas as suas vertentes. Além de informações relevantes para a sociedade onde vivo, no caso minha Macapá e meu Estado. Ou seja, serei um eterno blogueiro.

O importante é que os nós, jornalistas profissionais, editores de sites e blogueiros, agilizam a velocidade da notícia e divulgação da cultura. Claro que é preciso ter responsabilidade e checar sempre a veracidade da fonte, pois não faltam disseminadores de boatos e mentiras, no afã de agradar o chefe ou dar a notícia em primeira mão.

Além de jornalista, repórter, assessor de comunicação, fotógrafo amador, entre outras coisas, editor do De Rocha, fui e ainda me acho blogueiro. Adoro escrever sobre tudo. Não procuro ser imparcial, isso fica (ou deveria) para os veículos de comunicação formalizados. Aqui dou o meu pitaco, afinal, a bola é minha, mas sempre com responsa.

Ser blogueiro é partilhar experiências, divulgar, elogiar, criticar e emitir opinião, dar e receber conhecimento ou até mesmo bobagens legais.

Certa vez, escutei de um colega jornalista: “no meu ponto de vista, blogueiro é uma pessoa que quer ser famosa”. Não se trata disso, esse abestado nem sabe escrever direito…

O De Rocha é um espaço para opinião, divulgação de eventos, fomentação de cultura e entretenimento. E, se possível, de divulgação comercial também. Aliás, sou compulsivo em atualizar minha página. Não à toa, hoje também é o Dia do Contador de Histórias. Apropriado!

Portanto, quando gostarem de algum texto ou acharem uma merda, concordarem ou discordarem, comentem, curtam, compartilhem! É isso que dá gás para escrevermos.

Meu muito obrigado aos três mil e tantos leitores que todos os dias acessam este site. Valeu, mesmo!

Ah, um feliz Dia do Blogueiro aos jornalistas Fernando Canto (mestre, volte com o blog); Alcinéa Cavalcante; Chico Terra; Alcilene Cavalcante; Seles Nafes; Anderson Calandrini; Mary Paes; Lorran Souza (Amapá no Mapa); Gilberto Almeida (ArtAmazon); João Lázaro (Porta Retrato); Thiago Soeiro (Por Dentro do Poema); Evelyn Pimentel (Desatino); Ana Girlene (Café com Notícias); Anita Flexa (Urucum); Ivan Carlo (Ideias Jeca Tatu); Flávio Cavalcante (Pedra Clarianã); Camila Ramos e Marcelle Nunes (Bem Tucuju) e Cléber Barbosa e todos blogueiros brothers. E, por fim, mas não menos importante, parabéns aos meus colaboradores, companheiros que ajudam esta página com poemas, fotos, causos e etcétera. Obrigado e viva nós!

Elton Tavares

Viva São José, o nosso santo padroeiro!

São José de Macapá, em cima da Pedra do Guindaste – Foto: Márcia do Carmo

Hoje é o Dia de São José de Nazaré, esposo de Maria, pai de Jesus Cristo e padroeiro do Amapá. Por conta da profissão do santo, hoje também é Dia do Carpinteiro e Dia do Marceneiro. São José, que também é padroeiro dos trabalhadores e padroeiro da Bélgica.

Amo o Amapá e Macapá. Nasci e me criei aqui. Por isso, peço a “São Jusa” que interceda contra a criminalidade e trânsito pirado, tudo em larga escala para uma capital tão pequena, entre outras mazelas que assolam essa terra.

São José não protege somente a nós, amapaenses, mas todos que para cá vem viver e contribuir para a melhoria de nossa terra. Pena que, como santo, ele não pune os que só sugam, saqueiam e ainda desdenham da nossa linda Macapá.

O feriado

Desde a criação de Macapá, São José sempre foi o padroeiro da capital amapaense, mas uma Lei Estadual de 2012 oficializou o santo padroeiro do Amapá, o que fez do dia 19 de março feriado em todo o Estado.

São José é o santo que nunca cansou de ficar de pé na Pedra do Guindaste, de frente para o Amazonas, sempre “vigiando” a nossa capital, contra maldades exteriores.

Enfim, não sou muito religioso, mas respeito a crença de todos. Como diz o poetinha Osmar Junior: “Ô São José da Beira Mar, protegei meu Macapá…”.

Viva o santo carpinteiro, valei-me meu São José!

Elton Tavares

26 anos da morte de Charles Bukowski, o genial velho safado!

O saudoso escritor marginal, bebum e pervertido em tempo integral, também conhecido como “velho safado”, Charles Bukowski, subiu há exatos 26 anos. Ele morreu em 9 de março de 1994, em decorrência do excesso de goró, vítima de pneumonia, na cidade de San Pedro. O genial poeta sacana tinha 74 anos e é considerado o último escritor “maldito” da literatura norte-americana.

Henry Charles Bukowski Jr. nasceu em 16 de agosto de 1920, na cidade de Andernach, na Alemanha, filho de um soldado americano e de uma jovem alemã. Ele foi levado, aos três anos de idade, para morar nos Estados Unidos. Espancado pelo pai, viciado em birita desde adolescente e formado na marginalidade de Los Angeles, onde morou por mais de 50 anos, Buk escreveu sobre sua própria e longa vida (boemia e desgraça).

Obsceno como poucos, Buk fez a alegria de muita gente, pois possui milhões de fãs ao redor do mundo. Seus livros são cheios de situações inusitadas e chocantes, sempre com muita birita, aflições, jogos de azar, sexo e putaria. Vários devaneios e realidade do dia-a-dia dos malucos.

Há anos, minha prima Lorena me apresentou ao poeta e romancista americano. Sua obra tarada, anticonvencional e ofensiva a moral e bons costumes é genial. Sobretudo para fãs da literatura sacana e escrachada como eu. Li somente quatro livros do velho Buk, “Numa Fria”, “Misto-quente”, “Hollywood” (1989) e “Pulp”. Mas me deleitei com vários artigos e crônicas do cara.

O que se pode dizer? Citar Bukowski é trazer todos aqueles bares pelos quais passou, seus bêbados e seus problemas que eles afundam no copo. Como ele mesmo gosta de se vangloriar em suas histórias, um médico disse que, se ele não parasse de beber, morreria em trinta dias: nada aconteceu. Depois desse episódio, Bukowski deu a guinada na sua vida literária, começando a escrever poesia. Dizer Bukowski invoca ao leitor o sabor de cerveja, vinho e outras coisas; citá-lo nesta lista não é uma obrigação, é uma honra.

Claro que o goró estimula a criatividade, é só lembrar dos fascinantes papos que batemos durante uma simples reunião etílica. Ainda não sou escritor, quem sabe no futuro? Mas sou um biriteiro assumido e já que berber e escrever tem tudo a ver, sigo na esperança de um dia publicar um livro (risos).  Um brinde ao velho safado, esteja ele onde estiver!

“A gente devia encher a cara hoje, depois a gente fala mal dos inúteis que se acham super importantes” – Charles Bukowski

Elton Tavares

Como ser um grande escritor, por Charles Bukowski

você tem que trepar com um grande número de mulheres
belas mulheres
e escrever uns poucos e decentes poemas de amor.

não se preocupe com a idade
e/ou com os talentos frescos e recém-chegados;

apenas beba mais cerveja
mais e mais cerveja

e vá às corridas pelo menos uma vez por
semana

e vença
se possível.

aprender a vencer é difícil –
qualquer frouxo pode ser um bom perdedor.

e não se esqueça do Brahms
e do Bach e também da sua
cerveja.

não exagere no exercício.

durma até o meio-dia.

evite cartões de crédito
ou pagar qualquer conta
no prazo.

lembre-se que nenhum rabo no mundo
vale mais do que 50 pratas
(em 1977).

e se você tem a capacidade de amar
ame primeiro a si mesmo
mas esteja sempre alerta para a possibilidade de uma derrota total
mesmo que a razão para esta derrota
pareça certa ou errada

um gosto precoce da morte não é necessariamente uma cosa má.

fique longe de igrejas e bares e museus,
e como a aranha seja
paciente
o tempo é a cruz de todos
mais o
exílio
a derrota
a traição

todo este esgoto.

fique com a cerveja.

a cerveja é o sangue contínuo.

uma amante contínua.

arranje uma grande máquina de escrever
e assim como os passos que sobem e descem
do lado de fora de sua janela

bata na máquina
bata forte

faça disso um combate de pesos pesados

faça como o touro no momento do primeiro ataque

e lembre dos velhos cães
que brigavam tão bem?
Hemingway, Céline, Dostoiévski, Hamsun.

se você pensa que eles não ficaram loucos
em quartos apertados
assim como este em que agora você está

sem mulheres
sem comida
sem esperança

então você não está pronto.

beba mais cerveja.
há tempo.
e se não há
está tudo certo
também.

Asterix, na edição “Astérix e a Transitálica”, previu o “Coronavírus”

Adoro gibi, sempre gostei. Fui leitor fanático de várias sagas de diversos personagens do universo dos quadrinhos. Meu amigo Fernando Bedran, que é aficionado pelos quadrinhos de Asterix – o herói gaulês, mostrou-me dia desses que na edição “Astérix e a Transitálica”, os gauleses previram o “Coronavírus”.

Ah, para quem não saca: “Asterix é uma série de quadrinhos, francesa, que conta a história de uma aldeia de gauleses (antepassados dos franceses) que teima em resistir ao invasor romano – enquanto toda a Gália já se rendeu. A aldeia de Asterix resiste graças a poderes especiais conferidos por uma poção mágica”.

“Astérix e a Transitálica” foi a 37ª edição da revista, lançada em mais de 25 países, em 1977. Curiosamente, em uma parte da história, quando os irredutíveis gauleses visitam a Itália, um cocheiro (de máscara) fala “Coronavírus!” “Coronavírus!”, para seus cavalos negros que puxavam a biga do mascarado (na verdade é um elmo dourado, mas a gente contextualiza como máscara por causa da doença da moda no nosso mundo louco).

A HQ tem enredo de Jean-Yves Ferri e arte de Didier Conrad, com supervisão de Albert Uderzo. Asterix é uma criação de René Goscinny (falecido em 1977) e Albert Uderzo, e sua primeira aventura começou a ser publicada em 29 de outubro de 1959, nas páginas de revista Pilote # 1.

O mundo está em polvorosa por conta da enfermidade. A doença já chegou ao Brasil e bate na porta do Amapá via Guiana Francesa. Espero que, como no gibi, o Coronavírus seja domado e sigamos nossas vidas sem esse alarde ou medo de qualquer relincho/espirro.

Elton Tavares

Max Renê gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo! – @max_rene

Sempre digo que o jornalismo me deu muitos amigos. Sim, trouxe inimigos também, mas pra estes eu não ligo. Hoje, uma dessas figuras paid’éguas com quem tive a honra e o prazer de trabalhar, muda de idade. Gira a roda da vida, nesta terça-feira (3), o excelente fotógrafo Max Renê Santana.

Talentoso fotojornalista, funcionário público, pai amoroso de dois caras, marido apaixonado, vascaíno sofredor convicto e meu parceiro, Max já me ajudou incontáveis vezes e sou grato por isso.

Renê é um figura discreto, trabalhador (cai dentro do trampo como poucos que conheço), sereno, bem humorado, ultra-prestativo, batalhador e muito responsável. Assim como eu, Renê cumpre as missões dadas e gosto de profissionais assim.

Conheci o brother em 2011. Trabalhamos juntos na assessoria de comunicação do Goverdo do Amapá e construímos uma relação recíproca de brodagem e paideguice.

O cara é tão bom como fotógrafo institucional , quanto publicitário, pois Renê é um cara que estuda a fotografia. Acompanhei seu crescimento como retratista e o amigo se tornou mestre no ofício de congelar momentos com pixels Ele é Phoda!

Sempre brinco com Max sobre uma vez que ele quase me matou, mas é uma história impublicável, sobre uma presepada engraçada. A gente sempre ri dessa merda (risos).

Max Renê é, sobretudo, um homem de caráter, companheiro fiel e um cara do bem. Sua amizade é preciosa pra mim. Mesmo que a gente passe tempos sem nos vermos ou nos falarmos, sempre torço pelo sucesso dele. Ah, se alguém falar mal dele, desconfie dessa pessoa, pois esse doido é demais de boa.

Quem sabe um dia trabalharemos juntos novamente. Seria mesmo muito porreta!

Uso a citação de outro querido amigo, o experiente jornalista Édi Prado, sobre meu sentimento em relação a pessoas como Max Renê: “a gente não sabe quais os motivos dos nossos encontros nessa vida ou quais os motivos que nos levar a gosta de alguém. Mas acho que o que vale mesmo é o sentimento de carinho e demonstração de amor enquanto estamos vivos. Se o que temos pra lembrar são os momentos e as fotografias“.

Portanto, considerado Max, que tu sigas ilustrando a escrita da vida com tuas belas fotos, sempre com esse sucesso de espalhar a alegria com as pessoas que divides essa existência. Parabéns pelo teu dia, querido amigo, Saúde sempre. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Pedro Aurélio Júnior gira a roda da vida. Parabéns, prim0. Te amo! – @P_Aureli0

Gira a roda da vida, neste segundo dia de março, um cara porreta, brother mesmo. Parceiro de noites etílicas, Pedro Aurélio Tavares Júnior é meu primo, amigo querido e uma espécie de irmão mais novo. Ao Pedrinho, rendo homenagens hoje

Bacharel e Direito e colaborador da Cunha & Tavares Consultoria, Pedro, neto mais novo da vó Peró, irmão do Marcelo, são-paulino sofredor persistente, amante de Rock and Roll, música eletrônica e cervejas especiais e esportista (já foi praticante de artes marciais, jogou bola, tênis e foi corredor de rua, hoje dia tira a cana do corpo em academias).

Sempre digo que eu já era adulto quando ele e Ana (nossa prima de mesma idade dele) chegaram e trouxeram ainda mais alegria pra nossa família. E foi assim mesmo. Amo os dois, que são tão diferentes, mas igualmente importantes para mim.

Pedro Júnior se tornou um companheiro de vida nos últimos anos. Me preocupo com o sacana e sempre uso o velho adágio popula com ele: “faça o que digo, mas não o que faço”, mas ele é “maluvido” e segue junto na doideira.

Primo, sabes que te amo. Às vezes, ficamos putos da vida um com o outro, mas isso também faz parte da coisa.

Que tu sigas esse cara bacana, prestativo e brother que és. Que sempre encontres o equilíbrio entre a loucura e a responsa e que Deus sempre ilumine o teu caminho. Que tenhas sempre saúde e muito sucesso. A tua jornada apenas começou e que teu novo ciclo iniciado hoje seja muito porreta.

Que a gente ainda beba, ria e pire muito juntos. Por pelo menos mais umas duas décadas (se eu der conta). Sabes que podes contar comigo. Te amo!

Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

FENAJ denuncia agressões a Vera Magalhães e escalada autoritária do governo Bolsonaro

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) alerta a sociedade, mais uma vez, para a sanha totalitária do governo de Jair Bolsonaro, que ganhou novo episódio nesta semana. Além de seguirem protagonizando e incentivando ataques às instituições democráticas, o presidente e sua equipe buscam a todo momento atacar os jornalistas e o Jornalismo feito no País.

São inadmissíveis as contínuas e sistemáticas agressões aos profissionais da imprensa, por simplesmente fazerem seu trabalho. Bolsonaro, seus filhos, ministros e parlamentares incentivam a perseguição aos jornalistas. A mais recente vítima foi Vera Magalhães, colunista do jornal O Estado de S. Paulo, após divulgar a notícia de que o presidente havia repassado por WhatsApp um vídeo que convocava para uma manifestação nacional contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.

A notícia foi publicada na noite de terça-feira de Carnaval, dia 25, e depois disso a jornalista sofreu uma série de calúnias, feitas por anônimos, grupos organizados e parlamentares. O Movimento Avança Brasil publicou uma montagem grosseira, com uma falsa troca de mensagens entre Vera e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sugerindo um acordo entre ambos para repercutir a notícia. Houve ainda fraude sobre os prints divulgados pela jornalista, manipulados para derrubar a credibilidade da profissional.

Vera também foi atacada por aliados de Bolsonaro, como a deputada federal Alê Silva, do PSL de Minas Gerais, que via twitter repetiu contra a jornalista as agressões misóginas e machistas do presidente contra a repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, do PSL paulista, filho do presidente, resgatou tweet antigo de Vera, incitando seus seguidores a atacarem a jornalista. A colunista de O Estado de S. Paulo também foi vítima da exposição de informações sobre seus filhos, e no twitter a hashtag #VeraFakeNews esteve entre as mais citadas na quarta-feira, dia 26, em um sinal de ataque coordenado com impulsionamento feito por robôs.

Na esteira dessa escalada autoritária, o jornalista Felipe Betim, do El País Brasil, foi ameaçado na noite desta quarta, dia 26, pelo deputado Daniel Silveira, do PSL-RJ. Pelo twitter, o repórter chamou atenção para uma postagem do parlamentar que sugeria ao Congresso Nacional não subestimar os “homens de botões dourados”, uma referência aos generais das Forças Armadas. O deputado, que é ex-PM, acrescenta na postagem que aos comunistas, “o método é menos ortodoxo que o do politicamente correto que os deixou tão imbecis”. Ao tweet do jornalista que replicou essa postagem, o deputado respondeu “Exatamente! É este o resultado! O terror de idiotas comunistas feito você. Não gostou? Já sabe”, em uma clara tentativa de intimidar o profissional.

A FENAJ reitera que o ambiente democrático vem sendo corrompido no País, e os ataques a jornalistas e à imprensa são mais uma expressão do avanço de ideias e práticas totalitárias. Os ataques à democracia são incentivados pelo próprio presidente da República, que afronta a Constituição que deveria obedecer. Nunca foi segredo a admiração de Jair Bolsonaro pela ditadura militar que sufocou liberdades, censurou a imprensa, torturou e matou, inclusive jornalistas como Vladimir Herzog, assassinado brutal e covardemente em aparato da repressão militar, em 1975.

Diante dos fatos, nos solidarizamos com os jornalistas atacados e nos juntamos aos movimentos sindical e popular, às entidades da sociedade civil, organizações político-partidárias e órgãos públicos que zelam pela democracia, no sentido de buscar as ações cabíveis em defesa das liberdades democráticas, para interromper qualquer tentativa de golpe de Estado. Já se acumulam episódios em que o presidente Jair Bolsonaro fere o decoro do cargo e comete crime de responsabilidade. As instituições da República, em especial o Poder Legislativo e os partidos políticos que o integram, precisam agir de acordo com a Constituição brasileira para que a Presidência, uma das instituições republicanas, volte a ser exercida com decência, dignidade e respeito ao povo brasileiro.

Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ.

*Meu comentário: Sou integrante da FENAJ e concordo com o posicionamento da entidade. Me solidarizo com a jornalista agredida. Estamos nas trincheiras de dias sombrios e tenho fé que, pelo menos a maioria de nós, jornalistas, seguiremos no combate aos abusos noticiando qualquer agressão à sociedade brasileira.

Meus parabéns, Edmar. Feliz aniversário, Zeca!

Quando eu era um moleque prego, fui “estudar” no Colégio Amapaense e lá conheci peças raras que me ajudaram a me tornar o cara safo (e modesto) que sou hoje em dia. A maioria deles são meus amigos até hoje. Muitos desses figuras são verdadeiros irmãos de vida. É o caso do Edmar Campos Santos, que gira a roda da vida, nesta quarta-feira de cinzas (26).

Com o Zeca. A gente aprontou muito nessa vida.

O pai da Duda, marido da Eva, servidor público, administrador socioambiental, colaborador da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, filho caçula da dona Osvaldina, corredor de rua e meu irmão de coração, Edmar Campos Santos, o popular “Zeca”.

Eu e Edmar – 2016

Sempre digo que eu e ele já passamos por muita coisa juntos. Sim, a gente aprontou muito nesta vida. Nos conhecemos no Colégio Amapaense, em 1990. Mas nos tornamos parceiros mesmo em 1994.

Antigamente, o Zeca era doido, brigão, genioso, mas de bom caráter e sabido. Ele parecia sacar de tudo um pouco. Edmar já era politizado pra idade e me abriu os olhos para muita coisa. Edmar também foi um dos amigos que me deu apoio na época da morte de meu pai, em 1998. Sou muito grato por isso.

Edmar correndo; com a Duda e com Eva e filhota.

Eu e Zeca “gazetávamos” aula e íamos beber no Xodó. Escutávamos todas as histórias que Albino contava, ouvíamos suas músicas antigas, ríamos quando ele cortejava as garotas e fingíamos surpresa a cada vez que ele nos mostrava seu diploma em “couro de carneiro”. Nós adorávamos aquele saudoso coroa. Ele era divertido.

Com o Edmar, comemorei títulos do Flamengo (assistindo juntos, nunca perdemos uma final); dei porrada em babacas; curtimos carnavais e festas de Rock e Samba. Já bebemos mais cervejas juntos do que posso contabilizar, já tivemos um bar, já saímos no braço, já discutimos muito e, em várias situações complicadas, nos apoiamos. Nunca enfrentei tantos perigos com outro figura quanto com ele.

Edmar precisou se reinventar e hoje em dia vive feliz com sua linda família. Ontem (25), tive o prazer de revê-lo, na casa da minha avó Peró. Ele, sua esposa e filha viram A Banda passar lá com minha família. Foi porreta reencontrá-lo, ainda mais ali, em um local sagrado para mim.

Zeca, mano velho, “tu saaaaabes”, a gente pouco se encontra, mas o amor, respeito e consideração são para sempre. Temos uma história de amizade cheia de memória afetiva.

Edmar, que tenhas sempre saúde e sucesso junto aos seus amores. Que tua vida seja longa. Pelo menos por mais 46 fevereiros. Parabéns pelo seu dia. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Sobre a quarta-feira de cinzas

Hoje é quarta-feira de cinzas. Trata-se do primeiro dia da Quaresma (quarenta dias antes da Páscoa, sem contar os domingos) no calendário Cristão ocidental (Católico). Neste dia, os católicos rezam, silenciam, pagam alguma penitência, fazem caridade e até jejum. Os carolas, claro.

As cinzas que os Cristãos Católicos recebem neste dia, durante uma missa, são um símbolo para a reflexão sobre conversão, mudança pra melhor e ponderação sobre a fragilidade da vida humana em relação à morte.

A data que inicia a Quaresma varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa. Pode ser do começo de fevereiro até a segunda semana de março. Sempre depois do carnaval.

Sabem, não sou religioso. Mas acredito na força de codinome Deus, que rege tudo isso aqui. Tenho muitos amigos que se dizem ateus. Respeito a opinião deles. E outros que são religiosos em demasia. Assim como Rubem Alves, “eu achava que religião não era para garantir o céu, depois da morte, mas para tornar esse mundo melhor, enquanto estamos vivos.”

Quem for à missa hoje receber suas cinzas, boa reza. Afinal, cada um de nós deve rezar, orar ou proceder como lhe aprazia.

Para mim, hoje é o dia que o Carnaval acabou. Hora de guardar as fantasias e esquecer a ilusão. O ano começou de fato e com ele a realidade cotidiana, após alguns dias distante dela.

Ainda bem que a Semana Santa não demora a chegar, graças a Deus!

“…A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira…”

Elton Tavares

O desfile do Piratão foi, literalmente, uma “Viagem à Terra do Nunca”. A gente arrebentou e atrevo-me a afirmar: seremos campeões mais uma vez! – @PiratasBatucada

Foto: Max Renê

No último sábado (22), na Passarela do Samba no Meio do Mundo, na Rua Victa Mota Dias, rolou o segundo dia de Desfile das Escolas de Samba do Amapá. Somente agora tive tempo de escrever sobre a nossa marcha alegre daquela noite/dia (já que amanhecemos por lá), devido à extensa agenda carnavalesca (risos).

Foto: Max Renê

A Associação Recreativa e Cultural Escola de Samba Piratas da Batucada, atual campeã do carnaval amapaense e minha agremiação carnavalesca do coração, defendeu o título conquistado em 2015 de maneira brilhante.

Foto: Max Renê

Quando o Piratão entrou, a Avenida explodiu. A multidão amarela se levantou e a mágica aconteceu. O enredo trouxe a magia do Carnaval. A Bateria Majestosa Pura Cadência foi, como sempre, extraordinariamente perfeita.

Foto: Max Renê

“A terra do nunca pode ser você
Basta acreditar
Crie esse mundo pra morar
Sinta que é possível conquistar
Amor, paz e igualdade
Não se paga pra sonhar…”

Foto: Max Renê

A harmonia foi nota dez, assim como a comissão de frente e nenhum de nossos carros quebrou. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente e rainha da bateria foram impecáveis. As fantasias foram as mais brilhantes da noite. Chegamos emocionados na dispersão com aquele sentimento de termos feito um grande desfile.

Foto: Max Renê

“…Nunca vou deixar de amar
Teu amarelo, glorioso imortal
A zona sul vem sambar
Com o rei do carnaval…”

Foto: Max Renê

Tudo com muita vibração, organização, luz, cor, alegria, magia e amor. Senti meu coração disparar e bater no compasso da bateria. Foi emocionante! Sim, Piratas da Batucada fez de seu 31º desfile um show de magnitude e esplendor que transformou a Terra do Nunca em realidade. Um verdadeiro presente do Rei do Carnaval ao público que assistiu, e a toda a comunidade da Zona Sul da capital.

Com a Mari, Teresa e Ita, da família Simões. Todas piratas. Comecei a desfilar com elas, na primeira metade dos anos 90, na Avenida Fab.

“… Nunca esqueça, carnaval é fantasia
Então deseje que a alegria
Seja o tic-tac do seu coração…”

Meu grande amigo Anderson Miranda feliz da vida me olhando e eu emocionado pra caralho. Égua do desfile foda!

Na noite anterior, o Piratas Estilizados fez bonito e deve ser o segundo colocado após uma disputa ponto a ponto com o Piratão. Já o Boêmios, que passou na mesma noite, fez o mais do mesmo. E eu achei ruinzinho (que me perdoem os amigos boemistas).

Foto encontrada no blog Repiquete no Meio do Mundo

Maracatu da Favela desfilou no sábado, mas minha querida amiga e jornalista que manja muito de Carnaval, Alcinéa Cavalcante, disse: “Na minha modesta opinião, o título de campeão vai pro Piratão. Sou Maracatu mas reconheço a grandiosidade do Piratão”. Com uma declaração dessas, da ilustre foliã verde-rosa, fico ainda mais feliz.

Foto: Max Renê

O Piratão passou lindo com seus mil integrantes, carros alegóricos majestosos e nove alas. Eu tava lá, mais uma vez, na ala dos palhaços. Foi um daqueles momentos da vida de muita alegria e reencontro de amigos.

Foto: Gabriel Penha

Quem é pirata sabe como é sensacional desfilar ou torcer pela Escola. Somos apaixonados e felizes. E atrevo-me a afirmar: seremos campeões de novo!

Foto: Max Renê

…Agite a bandeira, balance a mão
Embarque na viagem da imaginação
Vem ser feliz no Piratão…vencer é emoção
Sonhar é crer que o “nunca” pode acontecer…

Elton Tavares – Jornalista e pirata da batucada desde 1990.

Feliz aniversário, Maria Penha Tavares. Te amo, tia!

Gira a roda da vida, nesse domingo de carnaval (23), uma das primeiras pessoas que me amou e uma das grandes amigas que tenho na vida. Maria Penha Conceição Tavares troca de idade (com mais de 60 invernos amazônicos e com aparência de 50 aninhos), e a ela rendo homenagens.

Difícil escrever sobre alguém tão especial, mas sempre tento. A tia Maria é a filha mais dedicada, irmã preferida do meu pai (que encerrou sua jornada por aqui) e filha preferida da Peró e vô João (que também já seguiu para as estrelas).

Maria vive duas vidas: a dela e a da nossa matriarca, minha amada avó Peró. Quem conhece essa linda história sabe da nobreza e total compromisso da titia para com sua mãe. Tia também foi uma competente bancária durante décadas, é contadora e ex colaboradora da Cunha & Tavares Consultoria. Ela sempre foi empenhada, responsável e dedicada em tudo que se propôs e se propõe a fazer.

Não consigo enumerar quantas vezes ela me ajudou com conselhos, dinheiro, orações, puxões de orelha. Se alguém nesta vida cumpriu e cumpre tão bem suas missões familiares como filha, irmã e tia, é a nossa Maria.

Titia é íntegra, honesta, inteligente, batalhadora, e decente. Maria sempre foi um dos faróis (assim como mamãe e vovó Peró) na tempestade que sou, sempre foi umas das luzes do meu caminho. João Espíndola e Perolina tiverem a sorte de ter uma filha como ela. Assim todo os resto de nós, os Tavares.

Ela sempre esteve lá quando precisei, desde 1976. E nestes quase 44 anos da minha vida, agradeço por ela ter me apoiado tanto e ter aceitado minha forma anticonvencional de viver. Sim, me ama, louco e torto, gordo e explosivo, ausente ou presente, incondicionalmente. E sou tão grato por isso que não consigo nem expressar totalmente.

De acordo com o Tratado sobre Gratidão de São Tomás de Aquino, existem três níveis de gratidão: superficial, intermediário e profundo. O primeiro, pelo reconhecimento. O segundo, pelo agradecimento, do dar graças a alguém por aquilo que esse alguém fez por nós. E o terceiro e mais poderoso é o do vínculo, é o nível do sentirmos vinculados e comprometidos com essas pessoas.Agradeço à Maria Conceição Penha Tavares no segundo e terceiro níveis, por tudo que fez e faz por mim.

Já disse e repito: Maria foi minha amiga desde o início e seu um dia eu for pra Maitê a metade do tio que ela foi e é pra mim, a missão estará cumprida com sucesso. Costumo contar que Maria Penha foi a pessoa que me educou musicalmente. Graças a ela, gosto de música boa. Ela sempre foi uma espécie de mãe, madrinha, amiga, apoiadora, conselheira, parceira, entre outras tantas coisas maravilhosas que essa pessoa sensacional representa na minha existência.

Por ser essa pessoa lindeza de ser humano e um dos amores da minha vida, festejo hoje mais um ano contigo, Maria. Te amo demais. Obrigado por tudo e parabéns pelo teu dia. Feliz aniversário!

Elton Tavares (mas falo pelo Emerson Tavares também).

Elton Tavares