Jornalista denuncia censura na Assembleia Legislativa do Amapá


De acordo com o jornalista Édi Prado, está proibido o acesso do público e da imprensa na Assembleia Legislativa do Amapá (ALE/AP) durante as sessões que tratam das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Amapá Previdência (Amprev) e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). 

“Fui barrado hoje (16), só entrei porque mostrei crachá e disse que estava trabalhando. Como jornalista e cidadão tenho direito ao acesso. Os militares cumprem ordens. Não tem culpa de nada. De quem partiu este absurdo de impedir o acesso para acompanhar os que está sendo investigado nas CPIs?” questiona o jornalista. 

Édi Prado explicou que, nas segundas e quartas-feiras, às 15h, são realizadas as sessões da CPI da Amprev e nas terças e quintas-feiras, as da CPI da Saúde.

“Alguém mandou colocar os cones nas escadas e impedir o acesso. Os militares não podem ser acusados de nada. Quando há censura é porque é bom todo mundo saber o que está se passando. Não acredito que os deputados sabem disso. Mas a ordem existe e os militares apenas obedecem. Se eles não sabem é bom que saibam o que está ocorrendo na Casa do Povo”, concluiu Édi Prado. 

Elton Tavares

Verba indenizatória: uma lição de cidadania


Se no passado nossos pais lutaram contra a ditadura para nos garantir o direito à liberdade de expressão, hoje, os que foram na segunda, 9, e terça-feira, 10, para a frente da Assembleia Legislativa exigir a redução da verba indenizatória de R$ 100 mil e das diárias de R$ 2,6 mil pagas aos deputados, mostraram que aquela batalha travada no passado não foi em vão, e certamente encheram de orgulho os que sobreviveram nos tempos de chumbo e glorificaram os anônimos que morreram lutando contra o sistema.

O valor pago aos parlamentares do Amapá ainda é imoral. R$ 50 mil continuam sendo a maior verba indenizatória do Brasil, mas já houve avanços, conseguimos obter uma vitória nesta interminável batalha, mas neste artigo queria abordar o valor das diárias.

No Portal da Transparência (http://www.transparencia.ap.gov.br), os valores das diárias para os municípios do interior do Estado e zona rural de Macapá variam de R$ 148,61 a R$ 72,00.

Já os valores das diárias para outras Unidades da Federação variam de R$ 320,77 a R$ 150,67. Detalhe: em ambos os casos o valor integral da diária só é pago caso ocorra a pernoite no local, do contrário o servidor recebe tão somente 50% deste valor.

Já os deputados ganhavam por dia numa viagem R$ 2,6 mil. Agora, com a pressão popular, o valor caiu para R$ 1,6 mil. Ainda sim, é desrespeito com o dinheiro do cidadão, que trabalha o mês inteiro para ganhar R$ 640,00.

Sem contar um detalhe: a diária do servidor é para bancar alimentação e hospedagem e para ser muito sincero, meu pai que é servidor público, diz que muitas vezes nem dá. Mas, no caso dos deputados, eles ainda podem se valer para pagar essa conta da tal verba indenizatória, ficando com o valor integral da diária.

O fato é que no futuro, nós que estivemos na luta, teremos uma história para nossos filhos. Podemos dizer que no passado, nossos pais lutaram contra os generais, e nós, ainda que em minoria, nos erguemos contra os homens que estavam saqueando e envergonhando nosso Estado.  

Mas, atenção: por enquanto é preciso estar vigilante, se manter na trincheira, pois a luta ainda está longe de acabar.
Ricardo Santos é estudante de publicidade e comerciário

A voz que emana do povo diz que…


O político com cargo eletivo representa o povo, certo? Pois bem, em tese a ele deve obediência. Então, se assim fosse, a questão da verba indenizatória de R$ 100 mil ou das diárias de R$ 2,6 mil pagas aos deputados estaduais do Amapá estariam resolvidas. A manifestação da última segunda-feira, 9, em frente à Assembleia Legislativa bastaria para que os deputados obedecessem àqueles que o elegeram, mas na prática a coisa não funciona bem assim.

O mais triste, disso tudo, é que a declaração dos nobres parlamentares na imprensa soa como se a política fosse um sacerdócio, e de certa forma até é, porque se trabalha – ou pelo menos deveria – pelo bem comum, mas no caso deles é hipocrisia.

Pena que ainda vivemos numa sociedade, na qual políticos desonestos conseguem chegar ao poder se valendo da desgraça alheia e ainda conseguem trocar votos por cestas básicas, dinheiro, etc… E aos que vendem sua única arma de combate à corrupção aí está o resultado: uma Assembleia desgastada, cujo presidente ainda tem coragem de dizer que não vê nada de errado em pagar uma diária de R$ 2,6 mil ao deputado, quando um trabalhador comum ganha R$ 640 por um mês inteiro de trabalho, duro e suado.

Infelizmente não temos força para ocupar todos os dias a frente da Assembleia e dizer aos políticos que ali estão que não concordamos com nada do que eles fazem; que eles nos envergonham e empobrecem ainda mais o nosso Estado, mas, diferente deles, temos muito o que fazer, mas fique registrado que a maioria da população diz não a tudo que é praticado ali dentro, que essa legislatura se mostra ser uma das piores e refletiremos mais nas próximas eleições.

E por fim, quero declarar aqui: por enquanto a Assembleia Legislativa do Amapá só serve, durante o dia, de referência como o lugar mais corrupto do Brasil, e à noite como ponto de encontro para prostituição. Resumindo: um lugar sem nenhum pudor.

Ricardo Santos, publicitário e comerciário

Vergonha e indignação no Fantástico

Fantástico (vídeo acima) – 08/04/2012
Na Assembleia Legislativa do Amapá, os 24 deputados recebem, por ano, 15 salários de R$ 20 042,00 Segundo o IBGE, o estado é um dos que menos contribuem na soma do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, apenas 0,2% Mesmo assim, em menos de um ano, os deputados do Amapá subiram a verba indenizatória de R$ 30 mil para R$ 100 mil mensais, ou seja, cada deputado tem à disposição R$ 1,2 milhão por ano para cobrir gastos extras Para receber o dinheiro, basta apresentar notas fiscais e pedir reembolso.

A Polícia Federal e o Ministério Público estão investigando o uso dessas verbas. “Como as verbas ainda não têm a comprovação de seus gastos, nós não podemos dizer que elas são regulares, que elas são legais. Nós achamos que é muito alto o valor para uma comunidade como a nossa, num estado como o nosso”, diz a procuradora-geral da Justiça, Ivana Lúcia Cei.

Em um dos postos de combustíveis que presta serviços à Assembleia Legislativa do AP, foram emitidos, em apenas um ano e meio, mais de R$ 500 mil em notas fiscais para os deputados que pediram reembolso com a verba indenizatória. Entre os sócios da empresa está um deputado, Michel Houat Harb, conhecido como Michel JK. Ele aparece no contrato social do posto, mas o gerente nega que ele seja sócio do estabelecimento.

Já o deputado Edinho Duarte apresentou notas fiscais para pedir reembolso com despesas de divulgação em vídeo e em um jornal local. Segundo relatório da Polícia Federal, a produtora de vídeo pertence à esposa do deputado, e o jornal, ao filho dele – e as duas empresas ficam no mesmo endereço. A equipe do Fantástico tentou falar com os deputados Edinho Duarte e Michel JK, mas eles não ligaram de volta.

Segundo o Ministério Público, os deputados amapaenses têm ainda o direito à maior diária do país durante as viagens. São até R$ 2.600 por dia, se a viagem for dentro do próprio estado. Segundo a Polícia Federal, em um ano, os deputados chegaram a receber quase R$ 4,5 milhões nas viagens pelo estado.

Fonte: http://www.chicobruno.com.br/noticia.php?n=38314

Meu comentário: Depois emitem nota que diz que “Todo poder emana do povo”. Isso não é fantástico, é vergonhoso e imoral. 

Os urubólogos

Como diz o adágio popular: “é melhor rir para não chorar”. Por isso, dou risada dos jornaleiros comprados, rio dos que só querem trabalhar em ano político e dos urubólogos de plantão, que apóiam loucuras como usurpação do poder público. O urubulógos tentam desconstruir ações concretas com factóides, falácias, miudezas, etc. 

Os urubólogos usam a “Liberdade de Expressão” para falar ou escrever sandices, pois são remunerados para desinformar. 

Trata-se de uma minoria impertinente e maldosa, ávida por dinheiro. Ainda bem que a percepção do cidadão melhorou. O povo não está mais sensível a falsas afirmações, debate político raso e afins. 

Ah, sobre os colegas que trabalham na comunicação institucional, seja de qual órgão for, o meu respeito. Pois eles informam ações de seus respectivos empregadores. Minha crítica é para os veículos que se dizem “imparciais”, mas que não se comportam como tal.

Para finalizar este post, que é somente um pequeno desabafo, faço minhas as palavras de um dos gênios do jornalismo brasileiro, Paulo Francis. Ele explica tudo: 

Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultos. Critico-as. É tão incomum isso na nossa imprensa que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica, às vezes é estúpida. O leitor que julgue. Acho que quem ofende os outros é o jornalismo em cima do muro, que não quer contestar coisa alguma. Meu tom às vezes é sarcástico. Pode ser desagradável. Mas é, insisto, uma forma de respeito, ou, até, se quiserem, a irritação do amante rejeitado” – Paulo Francis.

Portanto, fiscalizem, noticiem e, se preciso, denunciem. Mas não por motivações particulares, seja poder, mordição e, maior de todos os motivos, a falta do “jabá”, que tanto gostam de comer com o nosso açaí, mas pelo jornalismo em si. Como dizem, fica a dica.

Elton Tavares

JORZINHEIROS E COZINHISTAS, VAMOS COMEMORAR O NOSSO DIA!!!

Direto do blog “A vida é foda”, no endereço : http://avidefoda.wordpress.com/

                                                                                                       Por Silvio Carneiro
Hoje é 7 de abril. Portanto, convoco todos os JORzinheiros e cozinhISTAS para, juntos, prepararmos um bom prato e comemorarmos essa data tão importante não só para a imprensa (seja ela industrial ou caseira), mas para todas as cozinhas do Brasil (sejam elas industriais ou caseiras também)!


Ser jorzinheiro ou cozinhista é a atividade profissional que consiste em lidar com notícias do tipo feijão-com-arroz; dados factuais ao molho de sangue sensacionalista e divulgação de informações insípidas.


Também define-se como a prática de coletar pepinos e abacaxis, redigir receitas e fórmulas prontas, editar pirâmides invertidas e publicar informações quentes ou frias de acordo com o gosto do freguês. Tem para todos os gostos!


Ao profissional desta área, antigamente dava-se o nome de jornalista, porém, desde o dia 17 de junho de 2009, a partir de uma sapientíssima decisão do STF (Suprema Tolice Federal), dá-se também o nome de cozinheiro. Assim, sendo um misto de jornalista com cozinheiro, esse novo profissional pode atuar em várias áreas (inclusive a área de serviço e cozinhas domésticas) ou em veículos de imprensa…


Uma das principais figuras dessa profissão é o Chef (editor-chef; chef de reportagem, etc.). É o indivíduo que elabora os pratos a serem servidos ao público e organiza toda a cozinha, além de supervisionar os serviços dos jorzinheiros em hotéis, restaurantes, hospitais, delegacias, residências e outros locais sem amínima importância, planejando cardápios de pautas e elaborando o pré-preparo, o preparo e a finalização de bobagens que alimentam a sociedade, observando métodos de cozimento de fatos e padrões “globais” de qualidade.


Seu papel é fundamental para trazer os fatos e pratos importantes do cotidiano para a mesa do povo brasileiro – que, como diria o nosso querido presidente “Filho do Brasil”, “nunca na História desse país”, precisou tanto ficar de bucho cheio e cabeça vazia, para não ver os desmandos que andam ocorrendo por aí…


Assim sendo, comemoremos todos essa importante data do nosso calendário, antes que tudo vire caldo de batatas de uma vez por todas!

Little Big impedida de tocar, uma espécie de coito interrompido

Antônio Malária e Ronaldo Macarrão (respectivamente vocalista e baixista Little Big) impedidos de tocar ontem no Festival “O Grito do Rock”. Frustrante! – Foto surrupiada do Fecebook da Cíntia Souza

Ontem (10), durante o Festival O Grito do Rock, realizado no Macapá Hotel, a Polícia Militar impediu o show da Little Big. Vou explicar o motivo:  A última banda a se apresentar, de acordo com a programação, era a stereovitrola (e foi) e a Little faria o encerramento dentro do show da stereo. Entretanto, o festival atrasou por conta da chuva forte e a organização não tinha autorização para prolongar o piseiro até quase 1h da manhã, horário da intervenção policial.

Aos amigos da banda, Antônio e Ronaldo, peço que não esmoreçam e continuem ensaiando para fazer aquele som legal pra gente. E aos brothers que forem organizar, imploro que contem com o fator imprevisto, como a chuva. Esse papo de horário precisa ser acordado antes. 

Espero que este show da Little, impedido ontem e adiado por 10 anos, role logo. Foi uma pena, frustrante mesmo.

Fora isso, o Festival foi legal. Mas a Little Big impedida de tocar foi uma espécie de coito interrompido, foi palhoça demais. 

Elton Tavares

Direto do site do Corrêa



“Na quarta-feira, ontem, final de tarde, conselheiros do Conselho Estadual de Cultura, reunidos para tratar de áudio visual, viram entrar o ex-presidente do Conselho, João Popó, acompanhado por dois seguranças armados. Um pouco mais tarde houve um tumulto, provocado pelo ex-presidente, os conselheiros se sentiram ameaçados, e o caso terminou com uma queixa na Polícia. 


Os novos integrantes do Conselho Estadual de Cultura já estão começando a sentir a reação dos grupos que sempre controlaram a cultura no Estado, que não aceitam pacificamente perder espaço, e privilégios. Os acontecimentos ocorridos a partir do ano passado, que provocou protestos de grupos do segmento teatro, indicam isso. Há um projeto de correção de rumos que parece positivo. Resta torcer para que dê certo.”

Jornalista Corrêa Neto


‎”O audiovisual amapaense está preparado para esse momento. Temos argumentos de sobra. Temos cineclubes em pleno funcionamento, temos mais de quinze filmes produzidos só em 2011, temos o festival de cinema independente mais antigo do norte do país (oito anos de existência), temos certificação do selo Cultura viva do MINC, temos ações com resultados concretos (filmes) em mais da metade dos municípios do estado, impossível desqualificar esses dados eles são concretos e sólidos e mais que isso, são conquistas coletivas!” 


Alexandre Brito, jornalista, professor universitário, diretor do Museu da Imagem e do Som do Amapá (MIS/AP). 

A evolução do mau gosto


Como já escrevi antes aqui, nunca, nunca fui dado a hipocrisias. Por isso, confesso: em meados de 1993 e 1994, fui algumas vezes a pagodes. Afinal, eu era adolescente, ainda freqüentava lugares com trilhas sonoras tenebrosas. 

Também, pudera, minha geração andava de um lado para o outro na frente do “Novo Hotel”. Erros e bobagens da adolescência (época de auto-afirmação, onde fazemos cometemos alguns erros do tipo calça “begue”, cabelo com corte “sorvete” e freqüentar pagodes).

 Mas, há tempos, curto somente Rock and roll. Claro que também gosto de MPB e Samba (samba não é pagode).

Porém, as letras infames e versos mela-cuecas do pagodeiros não são tão irritantes quanto o tal sertanejo. Passadas as febres do axé e pagode, fãs de sertanojo, que se multiplicam como gremilis a cada chuva que cai em Macapá, principalmente o tal de incisivo sertanejo universitário. Cruzes!

Já disseram que isso é uma limitação minha, se for, amo tais limites. Outros me chamam de preconceituoso, não acho. Na verdade, brinco e afirmo que o que tenho é conceito, isso sim. Afinal, se eu gostasse de Brega, Pagode e Sertanejo, universitário ou não, seria “eclético” (desculpa recorrente do mau gosto musical de 9 entre 10 amapaenses). Pôta merda!

Ontem (26), acompanhando o twitter, li a molecada efusiva comemorando a atração na domingueira de uma casa noturna local, uma dupla sertaneja. Aí pensei com os meus botões: “taqueparéu, é a evolução tucuju do mau gosto!”. Como diz o meu amigo jornalista Silvio Carneiro: “A vida é foda, mas é a vida”.

Elton Tavares

Desabafo da Mariléia Maciel

CAROS AMIGOS,

Nos últimos dias fui notícia na rede social twitter porque não foi conferida a fonte da informação por quem me atacou, e a veracidade da mesma por quem twittou. É do conhecimento de todos que mantenho relação de respeito com os profissionais da imprensa e de compromisso com meus assessorados. Ao longo dos anos tive a oportunidade de assessorar diversos políticos, entidades e eventos, sempre sendo leal e divulgando da melhor maneira as ideias e objetivos de meus contratantes.
Nunca passei por situações como ter que responder na justiça por qualquer texto por mim escrito, até porque enquanto não tenho a total confiança de quem me contrata, não ouso enviar informações sem autorização. Também até agora não aconteceu de ter que deixar um serviço porque faltou confiança da parte de meus assessorados ou por irresponsabilidade, com meus chefes anteriores tenho até hoje relação de amizade.
Atualmente assessoro o Governo do Estado, a Liga das Escolas de Samba do Amapá, sou diretora de comunicação da Universidade de Samba Boêmios do Laguinho e sempre que tenho tempo aceito convites de assessorar outros eventos culturais. A todos dedico o mesmo empenho, caso contrário prefiro não aceitar a proposta. Baseada nestas informações que repasso e asseguro, tenho a dizer o seguinte:
– Na Liesa sou subordinada a um conselho e à diretoria. Neste carnaval coube a mim a responsabilidade de repassar informações para a imprensa através de e-mail, telefone ou pessoalmente, agendar entrevistas e receber jornalistas.
– Estava ainda sob minha responsabilidade a presença da imprensa no Sambódromo, em especial na pista, que por determinação superior, no momento do desfile pertence às escolas de samba. Logo, se alguma agremiação sentisse que sua evolução foi prejudicada por alguém da imprensa, a responsabilidade seria totalmente minha.
– Tive que resolver problemas como a presença de pessoas que não trabalham em nenhum veículo de comunicação no Corredor da Imprensa. Me preocupei com o tratamento que seria dispensado e consegui, com apoio do GEA e da Liesa, dar uma sala e tratamento melhor que em anos anteriores.
– É de conhecimento de todos que não costumo me comunicar através de twiter, tenho um que consegui esquecer a senha. Minha comunicação dá-se de outras formas. Portanto a informação repassada pelo twitter da Liesa não partiu de mim e nem fui consultada se ela deveria sair. Como disse, sou uma simples assessora de comunicação.
– Assim que tomei conhecimento do que estava na rede social, procurei tomar as providências por conta própria e, logo depois, por determinação do presidente Orles Braga. Isso foi presenciado por diversos colegas de imprensa que estavam no Sambódromo.
– Entendo a paixão de colegas por ideologias, partidos, escolas de samba e futebol, mas não me conformo com o ataque injusto e imaturo de um colega brincante que me acusou de ser responsável pela informação do twitter e fui chamada de incompetente e outros adjetivos de baixo calão.
– Todas as informações saídas através de meu e-mail ou por telefone foram autorizadas pela direção da Liesa, assessoria jurídica e diretoria. Apenas um texto foi publicado de maneira incorreta, mas a informação repassada foi aquela. Assim que tomei conhecimento da falha, fiz a correção e pedi desculpas a algumas pessoas da agremiação que foi injustiçada.
– Recebi telefonemas de pessoas prestando solidariedade e mim, outros me incentivando a entrar na Justiça, inclusive de brincantes de Piratas da Batucada. Preferi me defender e esclarecer aqui o ocorrido.
Espero contar com a compreensão de todos, lamento o que foi falado a meu respeito. Amo o carnaval, desfilo e vejo o espetáculo desde meus dez anos e desde 1996 cubro a festa. Minha escola raiz é Piratas Estilizados, cumpro minha missão com paixão em Boêmios, sempre gostei de ver o Piratão desfilar pela garra e beleza, e sofro quando vejo meus filhos chorando pela escola de coração deles. Sei quando há falhas da agremiação e reconheço quando outras escolas são melhores que a minha preferida. Isso é amar o carnaval,a profissão e respeitar o próximo.
Mariléia Maciel 

Michel Teló e a epidemia mundial do mau gosto

O cantor brasileiro Michel Teló virou uma espécie de anta vírus mundial. Se já não bastasse a encheção de saco promovida pelo zarolho Luan Santana, o sertanejo da vez e sua musiquinha irritante chegou ao topo das paradas na Europa, faz sucesso nos Estados Unidos da América e já é bem aceita no Oriente.
O cara, com suas letras que não acrescentam em nada, superou Adele e Coldplay no continente europeu.  A poluição sonora do intragável Michel Telô virou hit até entre os judeus em Israel.
Por mim, Michel Teló, o Luan Santana, o Zézé di Camargo & Luciano, Victor e Léo e todos esses outros patetas estivessem em um avião rumo a Ilha de Lost.
Eu até gostava da revista Época, mas colocar Teló na capa dizendo que aquilo é Cultura foi demais. Talvez meus 35 anos escutando MPB refinada e Rock And Roll tenha me deixado um tanto quando intolerante com música idiota.
Dizem que é som para dançar, a exemplo de Axé Music e Pagode. Para mim é tudo merda sonora. Outros dirão que a música brasileira atinge o topo e deveríamos estar felizes. Mas o fato é que é só mais um caso de esterco tipo exportação para o mundo. Desculpem, não tenho preconceito musical,o que tenho é conceito mesmo.
Definitivamente, a decadência da Europa não é só financeira, mas também cultural. Parece uma epidemia mundial de mau gosto. Michel Teló dominando as paradas de sucesso mundo afora. E você achava que aquela historia do mundo acabar em 2012 era papo furado…
Elton Tavares

Eliana Calmon solta o verbo em entrevista a revista VEJA

 Eliana Calmon, a nova corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) disse a Revista Veja que é comum a troca de favores entre magistrados e políticos. Ela diz que o Judiciário está contaminado pela politicagem miúda, o que faz com que juízes produzam decisões sob medida para atender aos interesses dos políticos, que, por sua vez, são os patrocinadores das indicações dos ministros.

Leiam a entrevista:

Por que nos últimos anos pipocaram tantas denúncias de corrupção no Judiciário?

Durante anos, ninguém tomou conta dos juízes, pouco se fiscalizou. A corrupção começa embaixo. Não é incomum um desembargador corrupto usar o juiz de primeira instância como escudo para suas ações. Ele telefona para o juiz e lhe pede uma liminar, um habeas corpus ou uma sentença. Os juízes que se sujeitam a isso são candidatos naturais a futuras promoções. Os que se negam a fazer esse tipo de coisa, os corretos, ficam onde estão.

A senhora quer dizer que a ascensão funcional na magistratura depende dessa troca de favores?

O ideal seria que as promoções acontecessem por mérito. Hoje é a política que define o preenchimento de vagas nos tribunais superiores, por exemplo. Os piores magistrados terminam sendo os mais louvados. O ignorante, o despreparado, não cria problema com ninguém porque sabe que num embate ele levará a pior. Esse chegará ao topo do Judiciário.

Esse problema atinge também os tribunais superiores, onde as nomeações são feitas pelo presidente da República?

Estamos falando de outra questão muito séria. É como o braço político se infiltra no Poder Judiciário. Recentemente, para atender a um pedido político, o STJ chegou à conclusão de que denúncia anônima não pode ser considerada pelo tribunal.

A tese que a senhora critica foi usada pelo ministro Cesar Asfor Rocha para trancar a Operação Castelo de Areia, que investigou pagamentos da empreiteira Camargo Corrêa a vários políticos.

É uma tese equivocada, que serve muito bem a interesses políticos. O STJ chegou à conclusão de que denúncia anônima não pode ser considerada pelo tribunal. De fato, uma simples carta apócrifa não deve ser considerada. Mas, se a Polícia Federal recebe a denúncia, investiga e vê que é verdadeira, e a investigação chega ao tribunal com todas as provas, você vai desconsiderar? Tem cabimento isso? Não tem. A denúncia anônima só vale quando o denunciado é um traficante? Há uma mistura e uma intimidade indecente com o poder.

Existe essa relação de subserviência da Justiça ao mundo da política?

Para ascender na carreira, o juiz precisa dos políticos. Nos tribunais superiores, o critério é única e exclusivamente político.

Mas a senhora, como todos os demais ministros, chegou ao STJ por meio desse mecanismo.

Certa vez me perguntaram se eu tinha padrinhos políticos. Eu disse: “Claro, se não tivesse, não estaria aqui”. Eu sou fruto de um sistema. Para entrar num tribunal como o STJ, seu nome tem de primeiro passar pelo crivo dos ministros, depois do presidente da República e ainda do Senado. O ministro escolhido sai devendo a todo mundo.

 
No caso da senhora, alguém já tentou cobrar a fatura depois?

Nunca. Eles têm medo desse meu jeito. Eu não sou a única rebelde nesse sistema, mas sou uma rebelde que fala. Há colegas que, quando chegam para montar o gabinete, não têm o direito de escolher um assessor sequer, porque já está tudo preenchido por indicação política.

Há um assunto tabu na Justiça que é a atuação de advogados que também são filhos ou parentes de ministros. Como a senhora observa essa prática?

Infelizmente, é uma realidade, que inclusive já denunciei no STJ. Mas a gente sabe que continua e não tem regra para coibir. É um problema muito sério. Eles vendem a imagem dos ministros. Dizem que têm trânsito na corte e exibem isso a seus clientes.

E como resolver esse problema?

Não há lei que resolva isso. É falta de caráter. Esses filhos de ministros tinham de ter estofo moral para saber disso. Normalmente, eles nem sequer fazem uma sustentação oral no tribunal. De modo geral, eles não botam procuração nos autos, não escrevem. Na hora do julgamento, aparecem para entregar memoriais que eles nem sequer escreveram. Quase sempre é só lobby.

Como corregedora, o que a senhora pretende fazer?

Nós, magistrados, temos tendência a ficar prepotentes e vaidosos. Isso faz com que o juiz se ache um super-homem decidindo a vida alheia. Nossa roupa tem renda, botão, cinturão, fivela, uma mangona, uma camisa por dentro com gola de ponta virada. Não pode. Essas togas, essas vestes talares, essa prática de entrar em fila indiana, tudo isso faz com que a gente fique cada vez mais inflado. Precisamos ter cuidado para ter práticas de humildade dentro do Judiciário. É preciso acabar com essa doença que é a “juizite”.

* Recebi a entrevista por e-mail, enviado pelo amigo Evandro. Gostei e resolvi reproduzir.