Poema de agora: CURIAÚ LYRICAL (Marven Junius Franklin)

Foto de Floriano Lima, encontrada no ArtAmazon (https://arteamazon.com/artista/5/floriano-lima)

CURIAÚ LYRICAL

Se por um nano-lapso literário
me atrevesse a ser poeta
faria um poema pra ti
Ó Curiaú!
(Cantaria sem hesitar
a tua compleição clara-fotográfica
teu bucólico formato
teu lyrisme captivant
teu encanto que nos faz fugere urbem)
Se por deboche do destino
fosse um trovador árcade
Oh! Queria sê-lo!
(Faria poesias de minúsculas métricas
tal qual um Cláudio Manuel da Costa tucuju
para que os ofuscados contemplassem
tua beleza -monumento
Ah! Teus contours luxuriants!)
Ah! Se eu fosse poeta!
e isso é outra conversa
pois poetas amapaenses já te exaltam com primor
(Diria da saga dos antigos cativos
da exaltação da negritude de teu povo
da manutenção heróica de tua tradição)
Ah! Curiaú!
se me dedicasses asilo
calhava de passas as horas ouvindo as histórias de Dona Esmeraldina
e o batuque-dança de São Joaquim
até a alvorada

Marven Junius Franklin.

Patrícia Andrade apresenta exposição “Poesia Ilustrada”, na Biblioteca Elcy Lacerda.

Do dia 18 a 24 de setembro de 2017, a poeta, artista plástica, ativista cultural, colaboradora deste site (na seção “Caleidoscópio da Pat”) e escritora Patrícia Andrade apresentará sua exposição, denominada Poesia Ilustrada. A mostra, que contará com obras poéticas expostas em quadros (dentro do Projeto Arte Roda Viva), será realizada na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, de 8h às 16h, de segunda a sexta-feira, durante a Semana Nacional da Primavera de Museus 2017.

Pat Andrade é uma poetisa talentosíssima. Ela escreve belos poemas, declama, edita seus livros, reproduzidos em fotocópias e os vende de mão em mão pelos bares e eventos culturais da cidade.

“Distribuo farpas e lírios em tentativas, por vezes bem-sucedidas, de estampar poesia no cotidiano desta cidade/umbigo/casulo/mundo. Imprimo cinza em paisagens florais, mas nunca desisto de estender o arco-íris no quintal. Vou assim semeando a palavra, colhendo brisa e plantando tempestades”, explica a artista.

Agora sua arte poética será materializada em telas, “do cotidiano ao absurdo”, como Patrícia definiu. Vale uma visita (ou várias!). Irei e recomendo!

Serviço

Exposição Poesia Ilustrada, da poetisa Patrícia Andrade.
Data: de 18 a 24 de setembro de 2017
Hora: de 8h às 16h (horário de funcionamento da Biblioteca).
Local: Biblioteca Pública Elcy Lacerda, localizada na Rua São José, Nº 1.800, centro de Macapá.
Entrada: franca.

Elton Tavares

Poema de agora: RECEITA DE BARDO (Obdias Araújo)

RECEITA DE BARDO

Poeta é feito de tudo
da palavra do silêncio
do absconso do absurdo
do além-do-além das estrelas
vem o brilho do poeta.

Poeta é feito do nada
que o nada também é tudo
e no peito do poeta
se encontra facilmente
o tudo e o nada jungidos.

E se é feito de sombra
de ninho de marimbondo
do balir dos cabritinhos
do estrugir dos vulcões
é que peito de poeta
(coração de mãe que é)
abriga bem a cigarra
metralhadora trombeta
e palavras semeadas
por ceifeiro descuidado
no coração dos mortais.

Obdias Araújo

Poetas Azuis: show dançante “Bailinho Azul” contará com sete cantores e muitos ritmos

“O amor pode ser a poesia em movimento”. Com este conceito dançante, o grupo Poetas Azuis realiza no próximo sábado, 16/9, no Teatro Marco Zero, a segunda edição do Bailinho Azul. Desta vez, o show contará com as participações dos cantores Ariel, Faype, Laura do Marabaixo, João Amorim, Brenda Melo, Rafael Esteffans e Eden Calado. O Bailinho vai fazer um passeio por ritmos que vão desde o rock, brega, marabaixo, valsinhas, entre outros.

Nesta segunda edição, o grupo Poetas Azuis traz arranjos mais elaborados, pensando na diversidade musical de cada artista convidado, além de proporcionar ao público uma nova experiência sonora com a poesia azul. “Desejamos que as pessoas sintam vontade de sair do show dançando”, destaca o poeta Pedro Stkls.

O grupo não deixa de lado a poesia falada, que é sua marca registrada. “Com as músicas mais dançantes nós também nos desafiamos em novos poemas e novos jeitos de se dizer o poema dentro das canções, sempre valorizando a palavra”, destaca o poeta Thiago Soeiro.

O show está marcado para começar às 20h, e promete ser uma experiência sonora e sinestésica da poesia sonora e visual.

Poetas Azuis é o nome do grupo lítero-musical de Macapá (AP), criado pelos poetas Pedro S. e Thiago Soeiro em parceria com o produtor musical Igor de Oliveira. Lançado oficialmente em 15 de junho de 2012, com a participação especial da atriz e declamadora Elisete Jardim.

Saiba mais:
Site: http://poetasazuis.com
Instagram: @poetasazuis
Facebook facebook.com/poetasazuis
E-mail: [email protected]

Serviço:

2ª edição do ‘Bailinho Azul’
Dia: 16 de setembro de 2017 (sábado)
Local: Teatro Marco Zero (Rua Oscar Santos, nº 397, bairro Perpétuo Socorro)
Horário: 20h
Ingresso: R$ 20 (antecipado) R$ 25 (no dia do show)
Posto de venda: Empório Café Postal (Rua Odilardo Silva, nº 2374, no Centro)

Informações à imprensa:
(096) 99155 – 6451 (whats app)
(096) 98140-4994

Flávia Fontes

Assessoria de comunicação

Poema de agora: HAMLET (Obdias Araújo)

HAMLET

Se te faço versos
É que as Palavras
De amor porejando em
Minha testa gotejam
No papel e já são
Frases da maior ternura
Jamais grifadas pelo
Chumbo. Jamais retintas
Em corpos desnudos
Adormecidos nas notícias
Do cotidiano. Jamais
Queimadas a laser.

Se te canto versos
É que a melodia de teu
Nome soa fácil em minha
Voz taquara. Bate e
Rebate nos adjacentes
Arvoredos de
Minha vida una.

E se te tenho mantra
É que te quero minha
Melando a minha boca
Na candura de
Teu nome.

No mel desta palavra
Telma. Desta palavra
Terna . Desta palavra
Retentora de todas
As outras formas do
Dizer te amo.

Rainha e anjo
Deste eu-poeta.
Deste eu-menino.
Deste homem eu!

Obdias Araújo

 

Poema de agora: Transição – @rostanmartins

Transição

Todo coletivizar das coisas indecentes,
Toda profanação das coisas “sagradas”,
Todo esse “mundo velho” tapeado,
É prenunciação de novo cosmos,
Novo renascer do mundo.
Do nosso mundo,
Do microcosmos.
Otimismo!
Profanar roubos,
Socializar políticos corruptos,
Coletivizar bandidagens,
A imoralidade,
Constitui a transição.

Rostan Martins

 

Poema de agora: AMOR REBELDE (Obdias Araújo)

AMOR REBELDE

Amar… Verbo de
Primeira conjugação.

Mas isso quem diz
É a gramática na sua eterna tentativa
De organizar em fila
Coluna única as figuras semânticas.
Mas no meu caso
O amar é mais embaixo.
O amor meu é mais rasteiro.

Mais juntinho e portanto
Mais coloquial. Eu que me
Entretenho roendo com os dentes
Afiados de meu poema
As amarras dos ditames
Gramaticais. Mascando e
Cuspindo de lado as
Normas mofentas
Da velha escrita.

Que meu amar por ti é e será
Sempre assim
O meu poema
:Teimoso. Chorão.
Apocalítico.
Tsunâmico.

Obdias Araújo

Poema de agora: chá de flor-de-laranjeira (@PedroStkls1 )

Chá de flor-de-laranjeira

agarro pelas costas
essa falta toda
de ruas sem saída
para o choro preso
dentro do mar da gente
que de tanta vida
carregamos quase um oceano
lá nas lonjuras devotas
que nos desmoronam
no amor que se esvai
na perda que não se explica
no chegar e partir dos aeroportos
é tanto mar pra inundar
segunda terça quarta-feira
que as roupas brincam
de nadar sob o corpo.

Pedro Stkls

Poema de agora: Brisa (Jaci Rocha)

Brisa

Deixo a brisa da maré soprar
Dentro de mim há sempre água:
Chuva, cachoeira e luar!
Deixo a brisa da maré soprar…

E o vento arrumar a emoção…

Levo trocados
De afeto nos bolsos
Há tempos desisti da perfeição!
Guardo retalhos e falas de teatro,

– Sigo em paz na imensidão…

Sinto o céu formar a direção e vou
Acredito cada vez mais
Na força infinita criadora
Do agora

A cada ato somos o que chega
(Mas algo sempre vai embora…)

* Para quem se arruma e desarruma dentro de seus infinitos!

Jaci Rocha

Arte e psicanálise: Em Macapá, psicanalistas promovem luau cultural com poesia, música e diálogos

Em Macapá, um espaço aconchegante voltado para a clínica da psicanálise é administrado por três sócias que entendem a arte como ferramenta fundamental para alívio do sofrimento psíquico. Neste sábado (09) elas abrem a porta da “Casa das Palavras” ao público, com uma programação cultural que se pretende ser constante. Esta primeira edição será inaugurada com o Recital dos Abraços, dos Poetas Azuis, com música, poesia e diálogos. Serão disponibilizadas apenas 40 entradas.

O espaço escolhido para o encontro cultural é o quintal da Casa das palavras, um ambiente charmoso, que receberá toques especiais do cenógrafo Renato Carvalho e iluminação climatizada. Os participantes poderão se aconchegar em pufs espalhados pela área ou em cadeiras. Também será disponibilizada uma mesa com frutas, cafés e outras iguarias, tudo para garantir conforto e acolhimento às pessoas.

Dois psicanalistas, Adriele Sussuaruna e Aleson Hernan abrirão a roda de diálogos “A arte e o grito do não-eu”. Aleson tratará o assunto sob o viés da literatura, enquanto Adriele conversará sobre dança, artes cênicas e plásticas.

A ideia é disponibilizar ao público um momento intimista de contato com a arte, regado a conexões interpessoais, num lugar onde as pessoas possam interagir, conversar, debater, degustar um café, percorrer uma mesa de frutas e outros aperitivos e se divertir conhecendo pessoas e um pouco sobre a arte na psicanálise – área da medicina que trabalha com a cura através do ouvir e do falar.

Aliás, por isso o nome Casa das Palavras, como explica a psicanalista Adriele Sussuaruna: “Nossa matéria-prima é a fala. A psicanálise é conhecida como cura pelas palavras. A gente fala, fala e nunca consegue expressar tudo o que realmente queremos dizer. Daí vem a arte plástica, a escrita, a poesia e o teatro como forma de expressar aquilo que não cabe nas palavras”.

A também psicóloga e sócia da casa das Palavras, Suzana Lima, diz que os encontros culturais acontecerão pelo menos uma vez ao mês. “Nossa intenção é convidar pessoas para bate-papos abertos. Em cada mês escolheremos um tema diferente para dialogar e outros artistas da terra, de diferentes linguagens também, para compor este momento de conexão. Temos um índice altíssimo, no Amapá, de pessoas com algum tipo de desconforto mental e é importante elas saberem que o divã pode ser o seu apoio. Porém, mais que isso, a Casa das Palavras se propõe a ser um novo espaço cultural da cidade”.

Diálogos com:

Adriele Sussuarana: Psicóloga, psicanalista em formação pelo Círculo Psicanalítico do Pará filiado ao Círculo Brasileiro de Psicanálise (CBP). Atua na Casa das Palavras e como Assessora Técnica na Coordenação Estadual de Saúde Mental.

Aleson Hernan: Atua como psicólogo clínico e institucional na Casa das Palavras (Clínica de psicologia e psicanálise) e como psicólogo voluntário no IJOMA (Instituto do Cancêr Joel Magalhães) com enfoque psicanalítico em psicoterapia individual, grupal e atividades expressivas. É um dos responsáveis e idealizadores do projeto “Clube do livro: Ressaca Literária”, que tem como objetivo incentivar a interpretação e análise crítica literária. Realiza pesquisa que se articula na relação entre literatura e psicanálise.

Poetas Azuis

O início da carta cultural da Casa das Palavras não poderia começar melhor. O grupo lítero-musical Poetas Azuis apresentará o seu Recital dos Abraços, show que já passou por inúmeros palcos da cidade e foi muito aplaudido. E claro, o grupo, junto com os anfitriões da Casa, irão receber o público com abraços.

Serviço:

Evento: Recital dos Abraços na Casa das Palavras
Dia: 09.09 (sábado)
Hora: 19h
Local: Casa das Palavras
Endereço: Av. Desidério Antonio Coelho, 701, bairro do Trem (Em frente à escola do Sesi)
Ingressos: R$ 20,00
Mais informações e reservas: 992049645 / 98140-6328 / 99148-8525

Rita Torrinha – Assessoria de Imprensa
Contato: 99189-8067

Poesia, Músicas e Exposições: MP-AP e PMM realizam hoje o Luau na Samaúma

Nesta sexta-feira, 8, na Praça da Samaúma, será apresentada mais uma opção de cultura, lazer e entretenimento com segurança para as famílias de Macapá. Com esse objetivo, a Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Amapá (MPE-AP), em parceria com a Prefeitura de Macapá, iniciam o projeto “Luau na Samaúma”, após as 17h30, na praça, localizada no entorno do órgão ministerial. O evento será realizado uma vez por mês, a cada sexta-feira de lua cheia, fortalecendo a aproximação entre o MP-AP e a população.

Ao redor da histórica Samaumeira terá declamação de poesia, com o Movimento Poesia na Boca da Noite; apresentações do Coral do MP-AP e show de chorinho, com o músico Lolito do Bandolim e convidados. Além disso, o Luau contará com exposições de fotos, quadros, objetos antigos, vendas de discos de vinil, comidas típicas, “food truck”, sorvete, algodão doce, pipoca, salgados, sucos e comercialização de artesanato. Também haverá mostra automotiva, com participação do Clube do Fusca, Clube de Carros de Antigos e Jeep Clube.

O Luau na Samaúma integra a proposta de entretenimento de qualidade e ocupação cultural dos espaços de uso coletivo com segurança total, do MP-AP, que se adequa ao projeto da PMM, “Macapá eu cuido de você”, proporcionando lazer, cultura e entretenimento para a população.

O Procurador-geral de Justiça do MP-AP, Márcio Alves, reforça que as instituições públicas devem assumir o papel de promover e preservar a cultura de cada lugar, e que o Luau será um evento voltado para a família amapaense.

“Criar um momento de descontração, abrir um espaço para apresentações artísticas e disponibilizar lazer para as famílias em um local bonito e seguro é o nosso objetivo. Todos estão convidados a participar das sextas de verão de lua cheia, aos pés da samaumeira, com a brisa privilegiada do rio Amazonas, para ouvir música de qualidade e poesia, e prestigiar a produção artística amapaense”, convida o PGJ.

SERVIÇO:

Elton Tavares– Asscom MP-AP
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá
Contato: (96) 3198-1616/(96)

Poema de agora: EU E DONA ONÇA – Obdias Araújo

EU E DONA ONÇA

Quando caiu a ficha era tarde.
Era muito tarde.
A imensa canguçu exibia
Para mim suas enormes presas.
Confesso nunca ter
Sentido tanto medo.

As pernas pesavam
Toneladas de covardia.
Os pés literalmente
Pregados ao solo.

Cravados no guarda-mão
Da espingarda meus dedos
Pareciam as garras aduncas
Do Urubu-Rei.

Os colegas bem que
Me alertaram do perigo
De ir até o igarapé naquele horário.

Na selva amazônica
A tardinha é conhecida
Como a hora da onça beber água.
Ninguém deve ir até lá.

Mas a vontade de comer
Carne de caça era maior
Que o medo e a prudência
Aos 19 anos não existe.

O Henricão disse que
Se eu queria mesmo ir que fosse.
Mas levasse a 12 de dois canos
Pelo menos três cartuchos
E um dos cachorros.

Dispensei os cães
De meu colega de farda
E me embrenhei
Nas matas do Lourenço
Levando apenas o Smith Wesson
Calibre 38 e a velha lazarina
Que pertencera a meu pai.

E agora ali estava eu
Segurando a espingarda descarregada
Encarando uma Canguçu
De cento e vinte quilos
Que estalava as orelhas
Arreganhando os dentões
Enquanto decidia entre eu
E o filhotão de veado
Atirado no quarto traseiro.

Minha embiara farejou a pantera
E isso foi a sua perdição.
O formidável felino caminhou
Lentamente até sumir por detrás
De um morrinho coberto
Por mata-pasto
E ressurgiu triunfante trazendo
Preso entre os dentes
O veadinho morto.

Nessa noite mais uma vez
Eu ouviria o Musi-Wolks
Comendo sardinha em lata
Com farinha e café…

Obdias Araújo

Poema de agora: poemão sobre o azul – @ThiagoSoeiro

poemão sobre o azul

A gente nunca mede o tempo do amor
este que se espreguiça
entre beijos
séries
poemas
arranhaduras de briguinhas

ainda ontem
eu disse que rodaria
o mundo com você
na asa de uma borboleta
mas o amor cresceu tanto
que precisamos de uma asa maior
pra carregar toda essa
bagagem

é da verdade do amor
eu esquecer a panela no fogo
porque a gente tá rindo
de uma piada boba
quantas vezes a gente
não riu sem motivo?
era a própria felicidade
de estar juntos
sendo maior que a gente

ainda choro
quando a gente briga
porque a gente briga
quando quer encaixar o amor
e a gente chora quando
um realiza um sonho

é do comum do amor
a gente ter domingos
inteiros de preguiças
e noites de shows
baladas, insônias
tardes intermináveis
de fotografias
doces, filmes antigos

ainda quero te fazer
o maior poema de amor
só pra cobrir teu corpo
todo de palavras
ainda quero acordar do teu lado

atravessar o oceano
conhecer as ilhas geladas do ártico
onde você vai escrever um
poema só pra eu ouvir
e ficar pra sempre
com tua voz morando
nos meus ouvidos

é um mistério o amor
um enigma
e não tem pistas
a gente só desvenda
ele amando.

ontem você disse
que me amava
e a palavra amor
dita por você
sempre reverbera
aos quatro cantos
do mapa
como um canção
que a gente não
consegue esquecer
e nunca é clichê
dito isso assim
porque a gente
já reinventou
1825 maneiras
de dizer
eu te amo

[Thiago Soeiro]