Poema de agora: “Homo Reclusus” e o Medo da Morte – Rafael Masim

“Homo Reclusus” e o Medo da Morte

é no medo da morte
que reside a salvação da humanidade.

acuados feito coelhos,
permanecem os humanos
enclausurados
refletindo sobre a vida.

querem agora abraçar a todos,
amam a Deus sobre todas as coisas
e estão temporariamente preocupados
com o próximo.

“maldito vírus!”
xingam pela janela.
querendo sair a rua
e contemplar as coisas belas,
e até mesmo as inúteis.

sentem agora saudade da natureza.
apreciam o pôr do sol
e já nem reclamam tanto da chuva.

“Homo reclusus”
orando aos céus,
Zeus, Deus, Poseidon
e a quem mais puder lhes proteger.

como um cão
que faz um circulo antes de deitar,
caminham os homens pela casa,
como se a casa fosse agora um labirinto
do qual precisam encontrar a saída.

culinária, carpintaria, crochê.
regar as plantas, arrumar a casa.
tentativas de solução
para fugir do labirinto doméstico.

quisera Deus ter visto tudo isso
sem precisar da ajuda de um vírus.
talvez Ele esteja lá.
sorrindo agora,
imaginando que ainda há salvação
para esta humanidade.

talvez Ele planeje
lançar um vírus com mais frequência
para apaziguar o mundo
e proteger a natureza.

Rafael Masim

Conselho e Parlamentar se unem em prol da Enfermagem e PL 3739/2020 já tramita no Senado

Reunião realizada na última segunda-feira (13), entre a diretoria do Regional e senador Randolfe Rodrigues, propiciou para que o parlamentar ingressasse no Senado Federal com o Projeto de Lei nº 3739/2020 que versa sobre estabelecer a jornada de trabalho diária de 6 horas e semanal de 30h para profissionais da enfermagem, dispondo sobre regras específicas para a remuneração do trabalho extraordinário”.

A duração normal da jornada de trabalho das profissões regulamentadas por esta Lei é de 6 horas diárias e de 30 horas semanais.

As horas suplementares à duração do trabalho semanal ou diário normal serão pagas com o acréscimo de 100% (cem por cento) sobre o salário-hora normal, independentemente de se tratar de vínculo jurídico de direito público ou privado.

Para acompanhar o trâmite do projeto pelo link: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/143395

Mais sobre a reunião da última segunda-feira, 13:

O Coren e senador Randolfe debateram tratativas sobre a situação dos profissionais da Enfermagem do Amapá. Estiveram presentes a presidente do Conselho Regional, Dra. Emília Pimentel e o conselheiro tesoureiro Dr. Kleverton Siqueira.

Na ocasião, eles relataram as problemáticas que a categoria vem enfrentando há anos, dentre estas a falta de condições adequadas de trabalho, sobrecarga e a falta de EPis constatadas durante as ações fiscalizações do Coren feitas nos estabelecimentos de saúde de todo o Estado. “Que, inclusive resultaram em medidas judiciais contra a gestão pública para tomada de providências imediata”, disse a presidente .

Foi destacado também sobre o Projeto de Lei 2564, que trata sobre “piso salarial nacional dos Profissionais de Enfermagem”. Em síntese, o senador colocou o seu mandato à disposição das ações desenvolvidas pelo Conselho, bem como declarou apoio à categoria.

Ascom Coren-AP

Terceira etapa de retomada das atividades econômicas: Prefeitura de Macapá anuncia mudanças em horários e inclui novas modalidades

Na última quinta-feira, 16, a Prefeitura de Macapá inicia a terceira etapa de retomada das atividades econômicas na capital. O Decreto n° 2.602/2020 instituiu a abertura de algumas atividades que, anteriormente, não estavam funcionando na modalidade presencial, como restaurantes e lanchonetes, e estendeu o horário de outras, como supermercados e mercantis. O decreto tem a duração de 15 dias.

Nesta terceira etapa, o prefeito de Macapá, Clécio Luís, explicou que as atividades que já funcionavam de maneira presencial, como supermercados, miniboxes e mercantis tiveram o tempo de funcionamento estendido. “Para diminuir as aglomerações nestes locais que, na proximidade do horário de fechamento, causavam um grande fluxo de pessoas, o horário foi estendido para que não ocorra este tipo de comportamento, observado nas demais fases durante o combate à pandemia”, explicou.

Outras atividades que antes funcionavam apenas por delivery, drive-thru e retirada poderão retornar ao serviço presencial. “O decreto instituiu a retomada de atividades presenciais em restaurantes, lanchonetes, bares e similares. Contudo, com regras rígidas como o funcionamento de apenas 50% da capacidade do local, distanciamento de 1 metro entre os clientes e 2 metros de cada mesa. Medidas estas que foram adotadas em várias cidades do país que têm funcionado no combate ao Coronavírus”, salientou o prefeito.

“Manteremos por mais 15 dias as medidas de quarentena e isolamento social, reforçando o pedido de cuidados, tanto pessoal quanto coletivo, e, desta forma, avançando mais um passo na retomada das atividades econômicas em Macapá. São atividades que voltam de forma gradativa, com diversas medidas rigorosas de controle sanitário, combatendo a proliferação da Covid-19, assim como foi na primeira e segunda fase da retomada de outras atividades”, explicou Clécio Luís.

O prefeito esclareceu ainda que a retomada de novas atividades econômicas se tornou possível devido à melhora em índices relativos no combate ao novo Coronavírus. “Na capital, os indicadores estão melhores, mas não significa que a pandemia deixou de existir. Alguns números ainda estão altos, como os de contaminação e internação. Temos que ter a compreensão da população, pois fizemos, primeiramente, um trabalho de orientação e de educação para que todos se conscientizem. Medidas simples como o uso de máscara em caminhadas é uma questão de respeito e bom senso com as pessoas ao redor”, salientou.

Rodízio de veículos

O rodízio de veículos continua pelos próximos 15 dias e funcionará nos mesmos moldes das fases anteriores: placas de veículos com final 0, números pares (2, 4, 6 e 8) e sem registro em dias pares do mês; e com número final ímpar (1, 3, 5, 7 e 9), poderão circular veículos automotores em dias ímpares. As exceções de circulação de veículos continuam as mesmas do decreto anterior.

Atividades econômicas presenciais e mudanças de horários

As medidas do novo decreto terão validade durante os próximos 15 dias a contar de 16 de julho de 2020. Confira as mudanças de modalidade e de horário de funcionamento.

Nesta terceira etapa, retornarão os serviços de forma presencial:

– Academias de ginástica, crossfit, pilates e demais estabelecimentos de condicionamento físico funcionarão de segunda a sábado, das 6h às 21h.
– Atividades de comercialização de móveis e eletrodomésticos: de segunda a sábado, das 9h às 17h.
– Restaurantes, lanchonetes, bares e similares funcionarão de maneira presencial de segunda a domingo, das 7h às 22h, e, também, funcionarão por delivery, drive-thru e retirada expressa de segunda a domingo, das 7h às 23h.
– Lojas de bijuterias e acessórios; empreendedor popular (com local fixo); comércio varejista de material e equipamento para escritório; informática, eletrônicos e telefonia; distribuidora de cimento; galerias comerciais e similares; joalherias; lojas de artigos esportivos, de bombons e enfeites, de brinquedos, de departamentos e magazines, de variedades e de vestuários; acessórios e afins; papelaria e livraria funcionarão de forma presencial de segunda a sábado, das 9h às 17h.
– Casas lotéricas funcionarão de segunda a sábado, das 6h às 18h; e lojas de câmbio funcionarão das 9h às 18h, de segunda a sábado.
– Estabelecimentos comerciais situados em aeroportos poderão funcionar de maneira presencial 24 horas por dia.

Novos horários de funcionamento de atividades de modalidade presencial:

– Supermercados, atacadistas e distribuidoras funcionarão de segunda a domingo, das 6h à 20h.
– Miniboxes funcionarão de segunda a domingo, das 6h às 21h.
– Lojas de conveniência funcionarão de segunda a domingo, das 9h às 21h.
– Borracharias funcionarão 24 horas por dia.
– Postos de combustível funcionarão de segunda a domingo, das 6h às 21h.
– Seguradoras, bancos e instituições financeiras funcionarão das 6h às 18h, de segunda a sexta-feira.
– Indústrias de base extrativista, bens de capital, intermediárias, de bens de consumo, de transformação e de ponta funcionarão de segunda a sábado, das 6h à 0h.

Todas as orientações sobre o funcionamento de cada modalidade nesta nova fase de retomada do comércio estão no Decreto n° 2.602/2020 e podem ser acessadas pelo link: http://macapa.ap.gov.br/coronavirus/atos-normativos/

Secretaria de Comunicação de Macapá
Clauriana Costa
Assessora de comunicação
Fotos: Gabriel Flores

Davi e Clécio assinam convênio para implantação do laboratório de Cidades Inteligentes no Amapá

Na próxima sexta-feira (17), o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (Democratas-AP), desembarca em Macapá para cumprir agenda de trabalho, acompanhado do diretor de Gestão da ABDI, Valder Ribeiro de Moura, quando vai assinar convênio, junto com o prefeito Clécio Luis, permitindo a implementação de um novo ambiente para soluções tecnológicas proposto pelo programa Cidades Inteligentes. No mesmo dia, também será publicado, pela prefeitura de Macapá, um decreto instituindo o “Programa SandBox”, que regulamenta a instituição de ambientes experimentais de inovação científica, tecnológica e empreendedora, no formato de bancos de testes regulatórios e tecnológicos.

A previsão é de que, ainda neste segundo semestre, o espaço seja lançado como o primeiro laboratório de inovação em unidade pública da região Norte do país, já que o conceito ‘Cidades Inteligentes’ vem sendo amplamente discutido e estudado em todo o mundo para a melhoria da qualidade de vida do cidadão. Instalação de redes de câmeras integradas, sala de comando e controle de softwares de inteligência artificial para controle da marginalidade, drones e semáforos inteligentes, com reconhecimento de rostos faciais, estão previstos na proposta do laboratório de Macapá. Será possível, por exemplo, definir cenários de iluminação pública com luminárias inteligentes; controle de mobilidade pública; gestão informatizada e administrativa.

Davi e Clécio acreditam que a parceria ajudará no processo de transformação digital dos municípios do Norte, fomentando, inclusive, emprego e renda com as ações que podem ser compartilhadas para os outros municípios do Estado, permitindo um ambiente favorável à inovação, infraestrutura básica e apoio para atrair empreendedores e novos investimentos, com modelos e práticas que podem ajudar os gestores a minimizar problemas de trânsito, segurança pública ou limpeza urbana, de forma econômica e sustentável.

Assim que for inaugurado, o espaço de Macapá será usado para demonstração de tecnologias para cidades inteligentes e, assim, atender as demandas municipais, com participação de startups e empresas de base tecnológica, em parceria com o ecossistema de inovação regional.

Serviço:

Assinatura do acordo de cooperação para início do projeto Cidades Inteligentes em Macapá
Horário: 11h30
Data: 17 de julho de 2020
Local: Prefeitura Municipal de Macapá
Raphaela Carrera (96) 9117-9242
Assessoria de Imprensa do senador Davi Alcolumbre

Os sonhos podem esperar – Crônica de Evandro Luiz

Crônica de Evandro Luiz

Havia 20 anos que os irmãos, Saul Weiner, de 39 anos de idade, Saulo, com 34, e Josué, com 30, não visitavam o pai na fazenda de búfalo na ilha do Marajó. Salomão, patriarca da família Weiner, era português. Mandou os filhos para estudarem na terra natal. Depois de formados, eles preferiram ficar na grande metrópole.

Foto: Revista Portuária – Economia e negócios

Os três engenheiros trabalhavam no porto de Lisboa, o mais movimentado do país. Salomão construiu no meio da selva uma pousada de luxo. Tinha piscina com água morna, pesca esportiva e caça ao porco do mato. Era tão caro que a maioria dos hóspedes era de estrangeiros, e como dizia Francisco, capataz da fazenda, só quem tinha lastro financeiro para permanecer naquele local eram os gringos.

Foto: Mayk Alves

Para os serviços domésticos, Salomão Weiner aproveitou e contratou a mão-de-obra local. A região era rica em buriti, uma árvore que dava um fruto do qual se aproveitava tudo. Um empresário de Teresina, Piauí, era quem monopolizava o comércio desse produto. A saca da fruta de 60 quilos, por exemplo, era trocada por seis latas de leite. E tinha ainda agricultor que não conseguia pagar a dívida. Foi aí então que Josué Weiner percebeu o potencial da fruta, e o serviço análogo à escravidão a que os catadores de buriti eram submetidos. Ele não só incentivou, mas também ajudou a comunidade a criar uma cooperativa.

Foi construída uma fábrica para extrair todo o potencial da fruta. Com o buriti se podia fazer doces, extrair o óleo de cozinha, cosméticos, ração para animais, servia também como pasta medicinal. Em uma manhã do dia 29 de fevereiro, a fábrica foi entregue à população daquela comunidade. É comum os povos da floresta serem supersticiosos. Muitos não gostaram do dia da inauguração por se tratar de uma data que só aparecia no calendário a cada quatro anos. Para eles, o ano bissexto não traz muita sorte.

Durante dois anos a fábrica explorou tudo o que o buriti poderia oferecer. Mas em uma noite silenciosa dentro da floresta, uma sequência de explosões despertou sentimentos não muito bons. Os moradores da ilha acordaram e correram em direção à fábrica. Incrédulos viam seus sonhos virarem cinzas. Chamas de mais de três metros impediam – tamanho o calor – a aproximação dos moradores que tentavam de qualquer maneira apagar o fogo. As investigações nunca chegaram a uma conclusão: se foi um acidente ou um ato criminoso. Durante muito tempo, os moradores se reuniam em volta do que sobrou da fábrica como um ato ritualístico.

Lá foi tomada a decisão de que os homens viriam para uma vila onde estava sendo construída às margens do grande rio uma obra muito grande. Apenas uma mulher, Madalena, faria parte da expedição. Os moradores diziam que ela sabia tudo. Tinha visões e conseguia prever o futuro. Na realidade tudo o que achava relevante ela anotava. A escriba já sabia que existia uma lenda do romance proibido entre uma índia e um filho de capitão do mato.

De repente, do meio de uma névoa, aparece um grande barco azul que deslizava sobre as águas do rio com uma insustentável leveza de quem transporta o amor e a esperança. Quando os barcos se cruzaram, Madalena fechou os olhos, sentiu um frio correr todo o corpo e caiu. Acordou chorando dizendo que a esperança estava indo pra bem longe da vila e que durante um longo período, onde é cultivado o ódio, ranço e vingança, a vila ia caminhar a passos lentos. Atracaram o barco em um igarapé, e viram que o serviço na grande obra era carregar pedras e aí, eles desistiram. Criaram uma pequena vila de pescadores que abastecia o povoado.

Depois de quase um ano na ilha, Saul Weiner e os irmãos Saulo e Josué retornaram à Portugal e deixaram a certeza de que nunca mais voltariam à vila. Dois anos depois que os filhos partiram, Salomão Weiner morreu de pneumonia sentado em uma cadeira de balanço de frente para o grande rio. Ele acreditava que o misterioso Barco Azul a qualquer hora ia aparecer de dentro de uma névoa.

Evento online gratuito: Semana do Empreendedorismo ocorre de 13 a 18

A Semana do Empreendedorismo é um evento online e inteiramente gratuito idealizado pelo Instituto Voe com o objetivo de fomentar o empreendedorismo feminino no estado do Amapá e inspirar outras mulheres. Como ponta pé inicial, foram convidadas seis CEO’s de diferentes seguimentos para compor os dias de palestras. A cada dia teremos uma empresária para compartilhar seus conhecimentos e experiências com o empreendedorismo em seus respectivos seguimentos. Não são apenas seis palestrantes, são seis mulheres, empreendedoras com cases de sucesso para você se inspirar. São mulheres que romperam muitos limites para hoje vivenciarem seus sonhos através dos seus próprios negócios.

O evento acontecerá no período de 13 a 18 de julho de 2020 (segunda à sábado) todos os dias às 19h e terá como mediadora a Co-fundadora do Instituto Voe – Daniely Felicio, a transmissão será pelo Insta do instituto Voe – @institutovoe.

Os participantes da Semana do Empreendedorismo receberão certificado com carga horária de 6h.

Convidamos você para não ficar de fora desse evento incrível.

Assessoria de comunicação da Semana do Empreendedorismo
Mais informações: 96 98123-3966

Poema de agora: Rock and roll forever (a poesia marginal do Régis Sanches) #DiaMundialDoRock

Rock and roll forever

John Bonham!
Você mergulhou
Para flutuar com Brian Jones
No fundo da piscina.
Não sei, por que razão?
Às vezes,
Também faço coisas
Que ninguém imagina.

Jimi Hendrix!
Você quiz voar
Com o “Rei Lagarto”
Nos céus de Paris.
Embarcaram em uma nave
Que “bad trip”!
Com Janis Joplin
E Elis.

Um dia, eu também quiz voar
Num mergulho sem fim
Abro as asas sobre o mar.
Mas, veja, eu não desisti
Estou aqui,
Mil histórias prá contar.

Kurt Cobain!
Você fugiu para o Nirvana
E o Himalaia é logo aqui
Cássia Eller!
Você não me engana.

Estou na selva
Dias negros, noites obscuras
Eu vou nas ruas
Com meu skate esfarelado
Veja, o meu corpo suado
Minha cabeça
Vomita versos delirantes
Minha guitarra-flamejante
Vou lapidando diamantes
Veja, a luz nos olhos meus
Aquela velha chama
Nunca se apagou
Rock and roll.

Régis Sanches – Jornalista e guitarrista

Música de agora: Todo Sujo de Batom – Belchior

Todo Sujo de Batom – Belchior

Eu estou muito cansado
Do peso da minha cabeça,
Desses dez anos passados (presentes)
Vividos entre o sonho e o som.
Eu estou muito cansado
De não poder falar palavra
Sobre essas coisas sem jeito
Que eu trago em meu peito
E que eu acho tão bom.

Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de banho de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental

Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de banho de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental

Quero a sessão de cinema das cinco
Pra beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom

Quero a sessão de cinema das cinco
Pra beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom

Vigilância Ambiental pede colaboração da população na 4ª etapa do LIRAa

A Divisão Municipal de Controle da Dengue da Vigilância Ambiental de Macapá inicia na próxima terça-feira, dia 14, a 4ª etapa do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa). O trabalho consiste na coleta de possíveis focos do mosquito. Para isso, os agentes necessitam fazer visitas nas residências e pedem a colaboração da população.

“Devido à pandemia do novo Coronavírus, não entraremos nas residências, apenas observaremos os quintais. Nossa equipe está com EPIs para fazer o trabalho, mas necessitamos da ajuda da população para realizar as amostragens”, destacou o coordenador do Programa de Combate ao Aedes, Ailson Quaresma.

O monitoramento será feito em todos os depósitos que possam servir de criadouros para a proliferação dos vetores Aedes aegypti/Albopictu. Os agentes orientam os moradores sobre a importância de manutenção em caixas d’água e a limpeza destes reservatórios mediante a escovação das paredes internas com bucha e sabão, a fim de eliminar possíveis ovos do mosquito.

O Liraa conta com 95 agentes e será realizado em 73 bairros de Macapá, no período de 14 a 22 de julho. Para solicitar a visita de um agente de endemias ou fazer denúncias, a prefeitura disponibiliza o Disk Mosquito (99121-1641), com atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.

Secretaria de Comunicação de Macapá
Cássia Lima
Assessora de comunicação

Em alusão ao Dia Mundial do Rock: Banca Rio’s Beer e banda Além do Rádio promovem live em tributo à Legião Urbana, neste sábado (11)

Hoje (11), a partir das 19h, vai rolar Live Especial Legião Urbana. O Tributo será feito pela banda Além do Rádio, especializada em Rock’n’roll Nacional. O show on-line será dentro das instalações da Banca Rio’s Beer, melhor loja de cervejas especiais e artesanais de Macapá, com transmissão pelos perfis da loja e do grupo nas redes sociais Facebook (https://www.facebook.com/alemdoradio/https://m.facebook.com/bancariosbeer/) e Instagran (@alemdoradio / @bancariosbeer). O evento acontece em alusão ao Dia Mundial do Rock, celebrado no dia 13 de julho e tem o objetivo de proporcionar cultura e lazer aos fãs de “roquenrrou”, nestes tempos de confinamento.

“Iremos revisitar a maior banda do rock nacional dos anos 80, vamos passear por todos os discos e fases da banda que mudou a história do rock brasileiro. Um presente pra todos os legionários”, garantiu o vocalista, guitarrista e líder da Além do Rádio, Ewerton Dias.

Rock e Cerveja

A Banca Rio’s Beer está com novo espaço físico, na Avenida Mendonça Furtado, 1773. Nesta parceria com o grupo de rock, cederá a parte externa da casa para a transmissão, tudo com os devidos cuidados por conta da pandemia.

A Banca não abrirá nesta noite, mas a casa funcionará com drive thru. Ou seja, você pode ir lá comprar as melhores cervejas e de quebra ainda escutar um som bacana enquanto aguarda. Mais Informações pelos telefones: 96 98117-8839 (Igor Maneschy) e 91 98509- 2293 (Austy Maneschy).

Dá um olho no menu de cervejas artesanais da Banca https://app.menudino.com/bancariosbeer, nos pedidos acima de R$ 100,00 vai rolar um presente exclusivo. O Delivery e retirada começam a partir das 16h.

Sobre a Além do Rádio

A Além do Rádio é uma banda com uma proposta de fugir do “mais do mesmo” e tocar o lado “B” dos hits das bandas oitentistas. Com um repertório diversificado, eles são muito bons. O grupo é formado por Ewerton Dias (guitarra base e vocal), Fernando Cabral (guitarra solo), Maycon Silva (baixo) e Júnior (jotaerre) na bateria.

Sobre a Legião

Formada originalmente por Renato Russo, Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Renato Rocha, a Legião foi e sempre será a maior de todas as bandas deste país. Eles venderam 20 milhões de discos durante a carreira. Duas décadas após a morte de Russo (e Rocha, mas ele saiu logo no início, o grupo ainda apresenta vendagens expressivas.

Sabe, sempre fui fã da Legião Urbana. As músicas embalaram noites memoráveis – quando andei com os loucos – e foi trilha de paixões inesquecíveis da juventude. Eles marcaram a minha geração e a geração anterior à minha.

Show de 2019 – Foto: Sal Lima

Nós, amapaenses, tivemos a oportunidade de assistir a dois shows da Legião anos de 2016 (“Legião XXX anos”, que celebrou os 30 anos da Legião) e 2019 (comemorativo aos 30 anos dos álbuns “Dois” e “Que país é este”), com Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e André Frateschi. Ambos, momentos inesquecíveis, repletos de memória afetiva. Quem não foi, perdeu.

Portanto, bora curtir essa Live, pois conheço o trabalho da Além do Rádio e os caras mandam muito bem!

Urbana Legio Omnia Vincit (Legião Urbana Vence Tudo). Força sempre!

Elton Tavares

MPB & Bossa Nova: Armando Cavalcante e Bruno Cavalcante (pai e filho) se apresentam hoje na live “Cá entre Nós”

Os intérpretes Armando Cavalcante e Bruno Cavalcante se apresentarão, neste sábado (11), a partir das 20h30, em show on-line denominado “Cá entre nós”. A apresentação será transmitida pela página do Facebook (clique AQUI). A live de hoje promete ser uma viagem musical entre pai e filho sobre a trilha sonora de situações que viveram juntos. O repertório foi escolhido a dedo com o melhor da MPB e Bossa Nova.

Armando já fez várias lives durante estes tempos de confinamento por conta da pandemia. As apresentações foram temáticas e trouxeram alegria e cultura para seus amigos do Facebook.

Pelas redes sociais, os amigos que apreciam as lives de Armando Cavalcante compartilham o banner da apresentação e reafirmam o interesse pelo show on-line de hoje. Sou amigo dos dois e boto fé que será porreta. Bora curtir o som!

Elton Tavares

Hoje é o Dia Nacional da Pizza (calórica publicação para a nossa sessão “Datas Curiosas”)

Esse pessoal inventa cada coisa, inclusive dias comemorativos, se é que se pode chamá-los assim. E este site possui uma sessão “datas curiosas”. Bom, hoje, 10 de julho, é celebrado o Dia Nacional da Pizza, uma das comidas mais amadas e consumidas pela população mundial.

A data foi instituída pelo então secretário de turismo de São Paulo, Caio Luís de Carvalho, em 1985. Naquele ano, foi realizado um concurso estadual que elegeria as 10 melhores receitas de mussarela e margherita. Empolgado com o sucesso do evento, o titular da pasta do Turismo em Sampa escolheu o dia de seu encerramento, 10 de julho, como data oficial de comemoração.

A data homenageia uma das invenções culinárias mais apreciadas por diversas pessoas ao redor do mundo, em especial os brasileiros.

No Brasil, São Paulo é conhecida como a capital nacional da pizza. Neste dia, as pizzarias costumam fazer festas, promoções ou descontos para os clientes.

A pizza é um tipo de comida que é preparada com massa fermentada de farinha de trigo, molho de tomate e outros diferentes ingredientes, variando de acordo com o sabor escolhido.

Estudos indicam que há mais de seis mil anos, hebreus e egípcios já produziam pães que tinham como base a receita da pizza contemporânea, mas existem outros que acreditam que os gregos foram os primeiros a cozinhar o prato, pois eles faziam massas a base de farinha de trigo, arroz, ou grão-de-bico, e as assavam em tijolos quentes.

Essa prática chegou à Itália por causa das cruzadas, e foi lá que ela foi incrementada e se tornou a pizza que conhecemos hoje. Atualmente, encontrada na maioria das cidades brasileiras, e foi por meio dos imigrantes italianos que ela chegou ao país.

A primeira vez que comi pizza foi em 1986. Eu tinha 10 anos (sim, comi muito tarde) e foi da padaria Cometa, em Macapá. De lá pra cá, virei uma criatura devoradora desse tipo de massa. E pela silhueta deste jornalista, vocês devem saber que amo issaê.

O problema é quando crimes de políticos acabam em pizza (expressão pra dizer que crimes de colarinho branco não são punidos).

Enfim, este texto foi somente pra “encher linguiça” (ou calabresa, minha pizza favorita) para a sessão “datas curiosas” deste site. Obviamente, vou comemorar a data comendo muitas fatias de pizza. Afinal, gordo é um praga (risos). E fim de papo!

Elton Tavares

Fontes: Calendarr Brasil e CalendárioBR

Melhor idade é a minha! – Crônica de Lulih Rojanski

 

Crônica de Lulih Rojanski

Sonhei que encomendavam uma missa católica para os meus 50 anos, no intuito de me fazer esquecer a ideia de realizar no quintal de minha casa a maior cachaçada de que já se teve notícia. E o padre iniciava a missa assim: “Caríssimos irmãos, estamos aqui reunidos para celebrar a ressurreição de Jesus Cristo e os 50 anos de Lulih Rojanski.” Faço aniversário perto da Páscoa, mas confesso que, no sonho, por esta eu não esperava. Muito menos acordada. E havia um momento em que eu me pronunciava para os fiéis, dizendo a seguinte pérola: “Ter 50 anos é o equivalente a ter 15 anos… 15 anos é a melhor idade da juventude, o princípio de tudo. 50 é a melhor idade da maturidade, outro princípio…” Depois disso, eu tinha uma crise de soluços e a missa terminava, do nada. Coisa de sonho.

Quando acordei, a primeira coisa que fiz foi agradecer a Jesus Cristo por já ter 54. Missa dos 50, só em pesadelo! Mas fiquei pensando no que disse no púlpito, e em dado momento comecei a encontrar certa lógica na filosofia da melhor idade. Minha amiga Elaine vive dizendo: “Melhor idade é o cacete!” Concordo com ela, em parte. Nem 50 nem depois deles é a melhor idade. Nem os 20 ou 30. Nem idade alguma! Acredito que a maturidade tem realmente algo de muito especial, mas a melhor idade é qualquer uma. Aquela em que você se sente realizado e bem-sucedido, seja lá o que bem-sucedido lhe signifique.

Para mim, por exemplo, que sou bastante dada a buscas de harmonia e paz interior, que enfeito a casa com mandalas e mensageiros do vento, que uso japamala e entoo mantras, ser bem-sucedido é passar o fim de semana deitada no gramado, olhando a luz entrar pelas copas das árvores, subitamente esquecida da existência dos calendários. É ter um sono feliz depois de 15 minutos de meditação. É não sofrer por não ter, compreendendo que ter não passa de ilusão. E por aí vai.

Elaine não quer saber de minha opinião sobre o “bem-sucedido”. Já a ouviu uma vez e me mandou me lascar várias vezes. Para ela, Ganesh é só um elefantinho afeminado, meditação é para quem não pode comprar aparelhos eletrônicos, e cantar mantras é coisa de maluco beleza que viaja de Kombi. Ignoro Elaine. Quando quero espantá-la de minha casa, acendo um incenso de pau santo.

A melhor idade chega a qualquer momento para quem ousa transformar a vida para se sentir feliz. Tem gente, por exemplo, que morre aos 100 anos sem nunca alcançá-la. Coincidência ou não, a minha é agora. Mas pretendo esticá-la até os 117.

PERTO DA COBAL, O ABREU – Crônica de Fernando Canto

Pensei que seria o antigo Bar do Abreu, na esquina da extinta Cobal (parece muito), mas o jornalista João Lázaro elucidou que na verdade essa foto é do Bar Caboclo. Deixei aqui somente para ilustrar. Foto: SelesNafes.Com

Crônica de Fernando Canto

– “Perto da Cobal”. Era a indicação, código, informação, referência. Assim a gente se comunicava naquela época, no início dos anos 80, para se encontrar e bater um bom papo nos finais de tarde do gostoso bairro do Laguinho, atrás da sede dos escoteiros. O bar do Abreu ficava na esquina da Odilardo Silva com a Ernestino Borges.

Zé Ronaldo Abreu e Liete Silva

Creio que o Zé Ronaldo nem imaginava a importância que tinha o bar, naquele momento gerenciado só por ele, terminada a sociedade Rodrigo & Ronaldo na antiga lanchonete e açougue RR. Rodrigo foi para o Pacoval e Ronaldo ficou no Laguinho ajudado pelo seu dentuço irmão, um adolescente muito legal chamado Marquinhos.

Foto: Blog Direto da Redação

Pode-se dizer que o bar tinha um “chama”, que atraía boêmios, artistas e intelectuais, políticos e malandros, como qualquer bom bar. Era uma espécie de casa da mãe, útero, boate, palco e tribuna. Algo meio surrealista: enquanto o Hélio lançava o seu livro os fregueses das redondezas compravam cupim ou alcatra entre um pronunciamento emocionado do Pedro Silveira e um riso tímido do Alcy. E assim escutavam o Grupo Pilão e os toques mágicos das violas do Nonato e do Sebastião.

Bêbados contumazes, como dizem os jornalistas, costumavam encher o saco dos fregueses contumazes e comportados, acostumados a beberem após as 11 horas de sábado. Vinham do Jussarão, dum tal bar de chorinho do Noé (quando ele ainda era boêmio), duma tal Dama de Macapá e de outros bares com nome de Quebra-Mar ou coisa que valesse. E falavam, e exigiam bebidas, e vomitavam e dormiam. Só a paciência do Ronaldo era a mesma de Jó. Um guardanapo de pano atravessado no ombro, um sorriso e o gesto de limpar a mesa amainavam as tentativas de exasperação de fregueses chatos, e principalmente daqueles que adoravam se exibir falando inglês mas espalhavam perdigoto.

O bar era sério como qualquer bar sério. Porém só veio a ter o nome atual quando um velhinho simpático e meio atrapalhado, pai do Ronaldo e do Marquinhos ficou por trás do balcão, dando descanso aos dois. Era o seu Abreu, que logo se tornou amigo de todos. Dos homens e das mulheres, dos bêbados e dos inconformados, dos santos e dos capetas. Um homem que muitas vezes era importunado às quatro horas da manhã por alcoólatras para a primeira dose do dia, mas que fazia da sua profissão de dono de bar um sacerdócio, como dizem os assistentes sociais e os políticos agnósticos.

Caricatura do artista plástico Wagner Ribeiro

E como todos sabem o bar do Abreu era um bar itinerante, como diziam os advogados e os vagabundos líricos. Já rodou meio mundo macapaense, fazendo histórias e presenciando casos de amor e de morte, juntando paixões e separando olhares, refazendo vidas e acompanhando vitórias e derrotas de times e de jogadores. Viu amores entre militares e garçonetes, entre pintores e enfermeiras, observou transeuntes eventualmente entrando no bar para matar sua sede ou engolir uma moela guisada, antiga especialidade da casa.

Foto: Renato Ribeiro

Depois de mudar de lugar o bar tinha nas paredes televisores enormes; quadros impressionantemente horríveis, como diria o esteta, e uns fregueses que achavam bonito tudo o que o Bolachinha imitava nas madrugadas em que se refugiava para não imitar a si próprio.

Antigo Bar do Abreu, na Avenida Fab – Foto: blog O Canto da Amazônia

Este era o bar do Abreu que conheci desde sua inauguração em 1981. Um bar feito com categoria e estilo que proporcionava união, contradição e o ato de beliscar a lua, montado no sonho dos fregueses, ouvindo “a música das moedas deslizando nas máquinas caça-níqueis do Eduardo”, como poderia dizer o Max Darlindo cantando um samba bem alegre. Um local onde o freguês tinha o rei na barriga e o imperador na boca, onde quem bebia sem brindar ficava três anos sem transar, onde quem brindava sem beber ficava três anos também sem. Onde um “murmúrio ofegante” do celular do Bira Burro era escutado a 100 metros de distância. “Ali há uma ilusão para continuar jogando”, dizia o Tavares ao observar o prefeito atravessando a rua para “tomar uma” no bar.

Bar do Abreu em festa, de volta a Avenida FAB – 2015

O rodízio citadino do bar do Abreu infelizmente cansou, ficou sem fôlego na pandemia e fechou suas portas. Mas bar é um fênix. Certamente um dia volta com outro estilo. E o velho balcão de inúmeras conversas e grandes alegrias estará lá como imã atraindo os velhos fregueses.

Foto: Tica Lemos

– “Égua”! Eu exclamo agora ao lembrar que o “perto da Cobal” confunde e troca o espaço pelo tempo em quase 40 anos que o mundo rodou dentro e fora de mim, para que pusesse referência nos passos que dei pela vida e nas construções que a lida diária, as reflexões e os bons amigos me proporcionaram realizar.