Roberto Carlos de Santana, meu louco favorito – Crônica de Fernando Canto (republicada por conta do Dia Mundial da Saúde Mental)

Crônica de Fernando Canto

Não sei bem em que jornal eu li sobre um maluco que morava numa praia do Rio de Janeiro, mas quem o deixou comigo foi meu amigo RT na volta de uma viagem à cidade maravilhosa. O texto o descrevia como um homem corpulento, negro e barbudo, que fumava maconha, mas que não incomodava ninguém. Cumprimentava a todos e fazia parte da paisagem urbana de Ipanema. Todo mundo o conhecia no bairro e o autor do artigo falava em uma espécie de reencontro com ele depois de muitos anos que passou fora do Brasil.

Em Macapá conheci algumas dessas pessoas alienadas, praticamente abandonadas por suas famílias. E foi exatamente na minha adolescência, quando era estudante do ginásio. Na saída das aulas os mais velhos instigavam os mais novos a fazerem chacotas com elas e apelidá-las quando passavam em frente ao colégio.

Nunca esqueci a “Onça”, que possivelmente não era louca, mas viciada na cachaça. Quando convidada fazia espetáculos sensuais, levantava a saia rodada e dançava Marabaixo, sem se desvencilhar da garrafa de “Pitú’ equilibrava na cabeça, rebolando, para o delírio da turma, que a aplaudia sem parar, rindo e gritando com aquelas vozes de fedelhos em mudança, quase bivocais.

Ainda posso ver o “Cientista” lá pelas bandas do Mercado Central trajando seu paletó azul claro e um calção sujo e descolorido. A barba rala, as feições indígenas e o olhar sereno. Vez por outra procurava alguma coisa embaixo de uma ficha de refrigerante ou em uma pequena poça d’água, como se tivesse perdido algo muito valioso. À vezes anotava (ou fazia que anotava) alguma coisa em um papel de embrulho, daí as pessoas acharem que eram importantes fórmulas de um cientista, vindas em um “insigth”, um estalo de ideia. Eu o vi também trajando o pijama de interno do Hospital Geral, de onde fugia de uma ala reservada aos doentes mentais.

Quase decrépito, mas imponente, calvo e meio gordinho era o famoso “Pororoca”. Para mim é inesquecível a cena que vi dele descendo a ladeira da Eliezer Levy, no bairro do Trem, no sol quente do meio dia, bem embaixinho da linha do equador, quando os raios do sol pareciam rachar os telhados das casas e estalar a piçarra. Lá vinha ele, rindo à toa, descalço, de cueca branca e um imenso couro de jiboia enrolado no peito. Um figuraço!

Creio que todos os frequentadores do bar Xodó chegaram a conhecer o “Rubilota”, um senhor de aparência forte, que andava invariavelmente sem camisa, que pedia um cigarro e ia embora. Mas de repente surtava e começava a gritar pornofonias das mais cabeludas possíveis. Quando ficava violento era preciso chamar a polícia, mas com um bom reforço, pois ele era durão.

Quem sempre aparecia pela Beira-Rio era o Zé, cearense e empresário de sucesso, mas que enlouqueceu, dizem, de paixão. Ele me conhecia, e sempre que me via nos bares ia me cumprimentar ou pedir um cigarro. Os garçons tentavam expulsá-lo do ambiente porque andava sujo e com o pijama do hospital, de onde fugia igual ao seu colega “Cientista”. Porém eu não deixava que o escorraçassem.

Havia um cara que eu conheci ainda sem problemas psiquiátricos. Ele tocava violão e cantava na Praça Veiga Cabral, ali na parada das kombis que faziam linha para Santana. Estudava, salvo engano, no Colégio Comercial do Amapá. Anos depois eu o encontrei pelo centro da cidade cantando sozinho pela rua as músicas seu ídolo: era o Roberto Carlos de Santana.

O pessoal da sacanagem do Xodó chegava a pagar R$1,00 para ele cantar o “Nego Gato” no ouvido de algum freguês desprevenido. O RC de Santana chegava por trás da vítima (normalmente um amigo que não sabia da onda da turma) e dava um berro que até o Rei da Jovem Guarda se espantaria. Cantava “Eu sou o nego gato de arrepiar…” em alto e bom som e em seguida saía correndo com medo da porrada até a intervenção dos gozadores que morriam de rir.

Esse era o meu maluco predileto. Não sei por onde ele anda, se morreu como a maioria dos aqui citados, se ainda recebe uma grana para cantar o “Nego Gato” ou se ainda canta acreditando que é o Roberto Carlos, lá em Santana. O interessante é que as pessoas sempre têm uma explicação para a causa da desgraça alheia. Dizem que todos eles tiveram desilusões amorosas, que foram vítimas de traições, e por isso surtaram, e assim viveram e assim alguns morreram. Mas com certeza viveram bem, imersos no seu mundo, sem se importarem com que os “normais” pensassem a seu respeito, sem se indignarem com os acontecimentos inescrupulosos dos políticos indignos, estes sim, os deficientes mentais que precisam ser recolhidos definitivamente da sociedade.

*Republicada por hoje ser o Dia Mundial da Saúde Mental.

Adoro velhos malucos – Por Elton Tavares (Do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Resistir, fazer beicinho ou ficar chateado não adianta nada, todos envelhecemos. Lutar contra isso é uma guerra inútil, de fato. Acho legal a coroada que leva isso na boa, principalmente os velhos malucos. Adoro velhos malucos. Conheço uma porrada deles.

Os velhos malucos não se resumem a cuidar de netos, jogar xadrez ou cartas com outros velhotes encarangados. Não. Eles frequentam os bares das esquinas, falam besteira, tocam, dançam, namoram, bebem… Ou seja, vivem!

Os velhos malucos fazem de tudo por uma vida menos ordinária. Ou o que pelo menos resta dela. Entre as coisas das quais me gabo, está o fato de ser amigo de músicos, escritores, poetas e artistas em geral. Vários deles, coroas doidaços que curtem a vida como aos 20.

Falo de todos que estão acima dos 65 e ainda possuem o espírito inquieto e se recusam a ficarem mergulhados no tédio. Alguns são somente porretas, outros são paid’éguas, loucos varridos. E não pensem que falo somente de quem ainda curte a noite ou toma cachaça.

Admiro os que vão ao cinema no meio da semana, que viajam quando dá na telha, que sabem que já contribuíram bastante para suas famílias e sociedade para agora se dedicarem a viver tudo que quiserem.

Quem sou eu para dar conselhos a senhores que sabem muito mais da vida. Mas ser um velhote maluco deve ser bem mais feliz que viver numa cama, no fundo de uma rede, num sofá ou em uma cadeira de balanço à espera do “único mal irremediável”. Principalmente quando o senhor ou senhora vive na solidão.

Claro que meus velhos companheiros doidões não abdicam de seus afazeres corriqueiros, mas também não colocam tanto peso em cima de algo tedioso que não lhes dá prazer. E acho isso o máximo!

Os velhos malucos não estão mais atrás de sonhos impossíveis ou de tesouros. O que eles querem é viver bem com o que possuem e em paz com os seres humanos que se tornaram. Suas experiências e histórias rendem bons causos e conselhos. A gente se diverte com tanta prosa poética.

Falo de exemplos como o de Carter Chambers (Morgan Freeman) e Edward Cole (Jack Nicholson), no filme “Antes de partir”. Se meu pai estivesse vivo hoje, faria 70 anos e tenho certeza que o saudoso Zé Penha seria um velho maluco.

Tomara que eu, se me tornar um velho gordo de barbas e cabelos brancos, seja um coroa maluco e saiba aproveitar o número de anos vividos da melhor forma possível. Que como hoje, tenha muito mais alegrias que tristezas. Que também tenha desenvoltura para bater papo e entrevistar outros velhotes doidões ou jovens com corações ávidos por aventura, ambos sedentos de vida.

Eu queria mesmo é que a velhice não impedisse ninguém de ser feliz. É isso!

Os velhos malucos são mais malucos que os jovens” – Duque de La Rochefoucauld ( François Poitou).

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em 2020.

Poema de agora: Caminhada – Fernando Canto

Caminhada

Aos que caminham dentro de si e ainda se assombram

De manhã
Meu corpo
É longo
Em sua sombra
Caminhante

Ao meio-dia
Assombro-me
Em segredo
– Encolhidinho –
No equinócio
Da alma

À tarde
Eu me projeto
Rumo ao mar
Com o sol
A bater meu rosto
Nos umbrais da noite

E se um lado é luz
Que me orienta
E de outro
Meu rastro
É a escuridão

Sou, perdoem-me,
Um obscuro ponto
Na paisagem
Que me embala
Ao sol do dia seguinte.

Fernando Canto

Sobre o Troféu Juremas de Literatura e gratidão – Por Elton Tavares

Na última sexta-feira (6), na Escola Estadual Mário Quirino, recebi o Troféu Esmeraldina Santos (escritora quilombola do Curiaú, que dá nome ao prêmio). A honraria rolou durante o primeiro dia da II Edição do Festival Literário de Macapá (Flimac). Fui agraciado com o Troféu por conta de meu trabalho literário de apoio e divulgação da cultura há mais de 13 anos, neste site.

Será que dei valor? Sempre fui um jornalista comprometido com a cultura da minha terra e entusiasta da boa literatura produzida no Amapá.

Outras pessoas também receberam a homenagem. Entre elas os poetas imortais da Academia Amapaense de Letras (AAL) Osvaldo Simões (que representou o presidente da AAL, meu querido amigo Fernando Canto, no evento) e Rostan Martins, além de políticos, como o senador Randolfe Rodrigues, principal incentivador e patrocinador desta edição do Flimac.

O evento noite não foi somente de festa e reconhecimento, mas um grande encontro de gente querida, de pessoas fantásticas com Marabaixo, Estátuas vivas, declamação de poesia e música.

Com o tema ‘Literatura e Amazônia: territórios e saberes’, o Flimac é realizado pelo Coletivo Juremas e a produtora cultural Ói Noiz Aki e tem o objetivo de celebrar a literatura e a arte, reunindo talentos locais para compartilhar obras e expressões artísticas, e assim, estimular a produção artística, literária, cultural, intelectual e editorial do Estado do Amapá de forma gratuita. Este ano o Festival acontece oficialmente do dia 17 a 21 de outubro.

Com Esmeraldina Santos – Foto: Bruna Cereja

Durante os dias de programação, o debate será em torno do fortalecimento de um espaço para as artes e literatura na capital amapaense. Você pode acompanhar a programação na íntegra, saber as atrações confirmadas e outras informações pelo instagram @coletivojuremas_oficial.

Aqui deixo meu agradecimento à poeta Carla Nobre, idealizado e organizadora do Flimac, pelo reconhecimento do trabalho de disseminação da literatura amapaense no De Rocha. Também sou grato à poetisa Andreia Lopes, que fez a apresentação e a publicitária Bruna Cereja, minha namorada, por estar comigo naquele momento.

Gratidão, define aqui. Valeu!

Escreva sobre sua aldeia e você pode tornar-se universal” – Leon Tolstói

Há quem ache que escrever é um mistério, que poetizar é um tipo de magia que torna o escritor um ser diferenciado. Talvez sim, talvez não, pois cada um demonstra sua própria verdade no que cria ou faz. Essa é a sua responsabilidade” – Fernando Canto.

Elton Tavares – Jornalista e escritor

A Santa Inquisição do Fofão – Crônica de Elton Tavares (Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Lembro-me bem, no início dos anos 90, do pânico em Macapá causado por um boato “satânico”. Espalhou-se que teria uma adaga ou punhal dentro do boneco do personagem Fofão, por conta de um suposto pacto demoníaco com o “Coisa Ruim”, feito pelo criador do personagem.

Iniciou-se uma caça, sem precedentes, aos brinquedos.

Uma espécie de “Santa Inquisição”.

De certa forma, parte da população embarcou na nova lenda “modinha” e os fofões foram trucidados por conta de um mero boato.

Meu irmão e eu vitimamos alguns fofões que pertenciam às nossas primas (prima sempre tinha Fofão, boneca da Xuxa ou Barbie). Na época, muitos diziam que ouviram do vizinho do “fulano”, que uma pessoa tinha sido assassinada por um dos então apavorantes bochechudos de brinquedo.

O Fofão tinha uma cara enrugada, era tosco, usava uma roupa parecida com a do Chucky (o Brinquedo Assassino), e dentro ainda tinha uma haste (punhal) de plástico, que era usado para manter o seu pescoço em pé.

Realmente os fatos estavam contra ele.

Houve até queima dos portadores do mal, em praça pública. Sim! Naquela praça que ficava em frente ao cemitério São José, que hoje abriga a Catedral, homônima ao espaço reservado aos que já passaram desta para melhor.

Na verdade, comprovou-se que o fato não passou de um golpe de marketing, pois muita gente comprou só para conferir e, em seguida, destruir o brinquedo. Coisas como o lance das músicas da Xuxa que, como se falou na mesma época, se tocadas ao contrário, continham mensagens do diabo.

Hilário!

Foi muito divertido, confesso. Ateei fogo em vários fofões, e foi muito melhor do que a época junina. A maioria dos moleques adorou e grande parte das meninas chorou a partida daquele tão querido brinquedo.

Concordo com o dramaturgo inglês, William Shakespeare, quando disse: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que explica a nossa vã filosofia”, mas não neste caso. Porém, o episódio do Fofão foi uma histeria generalizada entre a molecada e virou mais uma piada verídica da nossa linda juventude, uma espécie de Santa Inquisição dos brinquedos.

Elton Tavares

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, de minha autoria, lançado em novembro de 2021.

Poesia de agora: Prelúdio para a Catedral – Luiz Jorge Ferreira (um belo poema sobre amizade e o Círio de Nazaré)

Prelúdio para a Catedral

Encontro com Fernando Canto, parece que foi Ontem esses dez anos.
Aumentamos o grau dos Óculos.
Estou ileso, chamuscado , teso e ‘liso’, porém pareço eterno.
Ele fala. Eu falo. Bebe-se.
O tempo adoece.

Conversamos então sobre a solidão pousada no prato de azeitona, temo que sejamos herdeiros da mesma angústia que fala de canoas.
Digo-lhe que amaremos a mãe de nossos filhos, ele acha que Cuba pode vir a produzir mamão Papaya.
Divagamos sobre o fim de Tróia, e a glória de estarmos embriagados.
Bebo Conhaque e lhe segredo que sempre amei Helena.
Ele refere-se as Sereias como Sardinhas.
Diz que Deus é brasileiro, acho que tudo começou com um Símio.
Conhece uma Marcha Turca que termina em palmas, canta e eu aplaudo ritmicamente.

Belém está afônica.
Ele imita Sancho, eu imito o Capitão Gancho e Brizola.
Um Padre passa para a Igreja, atiro nele um caroço de azeitona.
Fernando vê-me menino, eu o vejo imberbe, fazendo poemas para as meninas do Colégio.
Digo-lhe que amaremos os netos de nossos filhos.
Ele acha que postumamente.

Os poetas Fernando Canto e Luiz Jorge Ferreira, em algum lugar do passado.

Rimos a ‘bandeiras despregadas’.
Mais ou menos de pé, cantamos o hino, despidos como nascemos.
O dono do bar, nos xinga.
É Domingo, saímos do bar, para a Missa.

Luiz Jorge Ferreira

 

* Do Livro Thybum – Rumo Editorial – 2004 (Primeira Edição) – São Paulo.

 

 

Um mergulho nesse rio de gente – Crônica de Ronaldo Rodrigues e ilustração de Ronaldo Rony

Crônica de Ronaldo Rodrigues e ilustração de Ronaldo Rony

Há algum tempo, deixei de ver o Círio passar e passei a mergulhar nesse rio de gente. Creio que há uns cinco anos, no segundo domingo de outubro, quando saio de casa para ir ao encontro dessa multidão, vou também ao encontro da memória da minha mãe, da lembrança de Belém, do cheiro do tucupi.

Também vou ao encontro de mim mesmo e, se você acha que estou usando demais a palavra ‘encontro’, saiba que é proposital. Encontro é o que o Círio, não só a procissão, mas tudo o que envolve esta época do ano, representa para mim. Penso nas pessoas que moram fora, em outras cidades, outros estados e mesmo em outros países, que viajam a Belém para se encontrar com a família, rever os amigos, respirar a cidade.

Mas nem sempre foi assim. No meu ateísmo juvenil, cheguei a renegar o Círio e tudo o que fosse ligado à religião. Com isso, feri muitas pessoas, inclusive minha mãe. Achava o máximo provocar, chocar, marcar minha rebeldia, desfiar minhas opiniões contra Deus, Jesus, Igreja, santos, cristãos, papa etc.

Ainda bem que o tempo vai nos ensinando e eu, tentando aprender com ele, sei que exagerei na dose, provoquei mágoas e, como advogado de minha própria causa, invoco a meu favor, como atenuante, os arroubos da juventude. Hoje penso com mais leveza sobre o conceito de Deus, mantenho minhas críticas ao que afronta o que entendo como religiosidade, mas o Círio está acima disso tudo, porque compreendi a tempo, minha mãe (saiba disso onde estiver), que Nossa Senhora de Nazaré é a síntese do amor de todas as mães, que o Círio inspira, irmana, reúne e congrega os mais diversos pensamentos e sentimentos referentes à força que desafia a lógica. Essa força é a fé.

Domingo estarei novamente entre os caminhantes nas ruas de Macapá, estarei com minha mãe e minha família, amigos daqui e de Belém, presencialmente ou na lembrança, na vontade de bem-querer. Nestes dias de extremos, radicalismos e intolerância, vou me juntar às orações por um Brasil e um mundo justos, fraternos e que façam valer a nossa vocação para a felicidade.

Feliz Círio de Nazaré!

*Crônica de 2018, republicada.

No Círio da Naza com o Anjo Galahell – Crônica de Ronaldo Rodrigues

Foto: Márcia do Carmo

Crônica de Ronaldo Rodrigues

“Quando eu for morrer / Vou pedir pra ser outubro / No meio daqueles anjos / Do Círio de Nazaré” (Edyr Proença / Emanuel Mattos)

Pois bem. Belém caminhou pelas ruas de Macapá de mãos dadas comigo e com o domingo. Era o Círio de Nazaré, santa protetora dos paraenses, macapaenses, marambaienses, laguinenses, gregos, troianos, baianos e tupis. Todos os peregrinos agarrados à tradição/contradição, desgarrados pelo mundo em cotidiana diáspora.

Foto: Márcia do Carmo

Belém estava tão aqui em Macapá que até choveu. Um pouquinho só, mas que choveu, choveu! E foi na companhia do Anjo Galahell que Maria de Nazaré me abrigou em sua linda berlinda.

Depois da procissão propriamente dita/bendita, uma outra procissão se fez, em busca do pato que (paciência. Alguém tem que ser sacrificado…) deveria estar boiando num oceano de tucupi, exalando aquele cheiro que… Bem. Quem sabe, sabe…

Foto: belem1000.blogspot.com

E quantas surpresas nos fizeram presas do imponderável, do milagre, da graça da Naza. O pato no tucupi não foi encontrado, estava enfeitando outras mesas. Mas ele não fez falta, já que em seu lugar (milagre da Naza) apareceu uma galinha caipira servida pelas mãos generosas da Zozó, tia do Galahell (sim! Anjos também têm família!) e agora para sempre já incorporada à minha árvore genealógica, é lógico! A galinha de quintal matou nossa fome de justiça e a sabedoria do coração da Zozó é o que a própria Naza teria me ensinado.

Belém, de hoje e de outrora, Belém da minha infância aportou definitivamente quando eu e o pastor alemão do rock caminhávamos pelas ruas de Macapá em busca novamente de comida, bebida (caramba! Será que a gente nunca se farta?) e, se não fosse pedir demais, atenção e carinho. Pois foi o que conseguimos, na figura de um astro do passado, o ex-jogador de futebol Mareco, que reconheceu Galahell, elogiou sua verve jornalística e montou a banca para que eu e o anjo nos servíssemos de geladíssima cerveja, o café da manhã dos campeões.

Fiquei emocionado ao conhecer pessoalmente Mareco, depois de tanto tempo, depois de tê-lo visto em Belém, no final da década de 1970 e começo da década de 1980, nos gramados futebolísticos, eu como espectador, ele como integrante de uma geração que fez a Cidade das Mangueiras ouvir maravilhada o rugido do glorioso Leão Azul, o Clube do Remo.

Uma geração brilhante de jogadores azulinos, como Dico, Edson Cimento, Marinho, Dutra, Darinta, Cuca, Aderson e seu irmão Mêgo (autor dos dois gols inaugurais do Mangueirão), Elias, Mesquita, Bira, Júlio César, o gigante Alcino… E por aí vai. E para ninguém dizer que estou puxando a brasa só pra minha sardinha, já que eu torcia pelo Remo, relembro alguns nomes da galeria de grandes craques que o rival Paysandu também ostentou naquela época: Aldo (irmão do Bira, ambos macapaenses), Patrulheiro, Lupercínio, Heider, Paulo Robson, Careca, Wilfredo, Evandro, Roberto Bacuri, Nilson Diabo, Tuíca, Edésio, Leônidas, Chico Spina e até o Dario – Dadá Maravilha…

Foto: Márcia do Carmo

Égua! Belém da minha infância entrou em campo de novo e o mais legal disso foi constatar que Mareco não tem nem sombra da arrogância que se vê hoje em alguns jogadores. O cara veste a camisa da humildade, o verdadeiro manto dos vencedores.

E para encerrar esta crônica ciriana nazarena, o fim da tarde e o começo da noite foram embalados pelo ritmo irmão do marabaixo, o carimbó. Pinduca, Verequete e outros mestres baixaram no terreiro e deram show, me transportando novamente para Belém e Curuçá, banhando minha alma de açaí.

Então diga aí: Belém estava ou não presente no domingo do Círio da Naza, aqui em Macapá? Milagres da Naza e do Anjo Galahell!

Naza / Nazarézinha / Nazaré Rainha / Nazaré Mãe da terra / Mãezinha / Me ajuda a cuidar” (Almirzinho Gabriel).

*Contribuição de 2013, republicada.

Poema de agora: Kuatro – Luiz Jorge Ferreira

Kuatro

Eu uso a língua dos Anjos para falar com os Abutres.
Tenho pressa, pois as lágrimas que tenho estão secas e tem sede.
Voam a Lua, voam ao Sol, e retornam sós com azuis no olhar.
Lembram de coisas podres, de peixes sujos no mar.
E sempre convidam para que eu corra na chuva.
E ela lave a solidão que em mim cresce como uma corcunda.
Eu apenas coloco o despertador para que toque as 5:45.

Embrulho meus sonhos com um Ededron Lilás.
Fecho a janela, e deixo o Sol preso na veneziana.
Apago então os Abutres com uma borracha escolar.
Depois como cachorro não late, e a casa está vazia.
0 silêncio sobe as escadas, e desliga a televisão.

Luiz Jorge Ferreira.

 

*Do Livro…O Avesso do Espantalho…

Inscrições para o Prêmio FLIMAC de poesia encerram neste sábado (30)

FLIMAC – 2022

O Festival Literário de Macapá (FLIMAC), realizado pelo Coletivo Juremas e a Ói Nóiz Aki, está com inscrições abertas para interessados em participar do Prêmio FLIMAC de Poesia, novidade desta segunda edição do festival. O concurso vai selecionar até 30 escritores locais para compor o livro “Amapá 80 anos: A pátria das águas”. Este ano o festival será realizado do dia 6 a 11 de outubro e conta com o patrocínio do Senador Randolfe Rodrigues, do Governador do Amapá, Clécio Luís, e da Secretária de Cultura, Clicia Di Miceli.

Para participar, basta realizar gratuitamente a inscrição de um poema com o tema “Amapá 80 anos: A pátria das águas” através de formulário online para avaliação da comissão julgadora até as 23h59 do dia 30 de setembro. Cada candidato poderá submeter apenas um poema, inédito, de sua própria autoria. Podem participar do concurso escritores acima de 18 anos e residentes de qualquer município do Estado do Amapá.

Premiação

A premiação dos poemas selecionados será realizada no dia 11 de outubro, durante o II FLIMAC. Além dos 30 autores selecionados para compor um livro, também serão premiados, com valor em dinheiro, os 3 melhores poemas escritos, os 3 poemas mais bem interpretados e o poema mais popular. Já o lançamento do livro vai ocorrer em 2024, no 3º FLIMAC.

Na categoria escrita, o 1° lugar será premiado com o valor de R$ 1.500,00, o 2° lugar com R$ 1.000,00 e o 3° lugar com R$ 500,00. Já pela interpretação do poema, o 1° lugar receberá o prêmio no valor de R$ 1.000,00, o 2° lugar R$ 800,00 e o 3° lugar R$ 500,00.

O poema mais popular, por eleição do público, também será premiado com o valor de R$ 500,00.

Para a coordenadora do festival, Carla Nobre, a premiação incentiva os escritores amapaenses e traz a oportunidade de revelar novos nomes no cenário cultural local. “O Prêmio FLIMAC de Poesia é uma forma de valorizar a produção literária local, não apenas de autores já conhecidos, mas também uma oportunidade de novos nomes se consolidarem e conquistarem seu espaço. Além disso, o FLIMAC atua na manutenção e abertura constante de diálogos com escritores, educadores, gestores, artistas e moradores da região. O reflexo disso é o festival seguir para a sua 2ª edição e já temos planos para a 3ª!”, comenta Carla.

Programação

Com o tema “Literatura e Amazônia: territórios e saberes”, o evento conta com apresentações artísticas e culturais, exposições audiovisuais e mesas de diálogos. Durante os 6 dias, o debate será em torno do fortalecimento de um espaço para as artes e literatura na capital amapaense.

O FLIMAC inicia oficialmente no dia 6 de outubro, às 8h30, no Museu Sacaca e terá performance artística e exibição audiovisual como primeira atividade. As programações serão realizadas em diversos espaços da cidade, como o Museu Sacaca, Amapá Garden Shopping, Pier do Santa Inês, Sesc Amapá e escolas públicas de Macapá.

Nomes como Senador Randolfe Rodrigues, Fernando Canto, Ivaldo Cunha, Lu de Oliveira e Brenda Zeni já estão confirmados na programação que envolve palestras, apresentações artísticas, mostra audiovisual, coordenada pela Maia Filmes, e muito mais!

Essa edição conta com o apoio da Prefeitura de Macapá, Sesc Amapá, Amapá Garden Shoppping, Pedal sem destino e da produtora cultural e agência de comunicação Amapá nas Entrelinhas. O objetivo é celebrar a literatura e a arte, reunindo talentos locais para compartilhar obras e expressões artísticas, e assim estimular a produção artística, literária, cultural, intelectual e editorial do Estado do Amapá de forma gratuita.

Serviço:

Festival Literário de Macapá – FLIMAC
Marketing e Comunicação: Hendrew Rodrigues: (96) 99123-4074 – Mayra Carvalho: (96) 98143-6526
Instagram: @coletivojuremas_oficial

Links úteis:

Regulamento – Prêmio FLIMAC de Poesia: https://drive.google.com/file/d/173vphlDfFKVeVQOkncf5ao-KPWA-2TaQ/view?usp=sharing

Formulário de inscrição – Prêmio FLIMAC de poesia: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfmhr2TCUkTYAfssdYAEYmjwBBw_jR09oWU4PRjyHwXmTXmPw/viewform

Formulário para participação no Pedal Literário: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSewUuoaUF6uW7gSNH46eulSwnOqwswrjWIgTdb-Cl7TzKGRwQ/viewform?usp=pp_url

Hoje nos Sescs Linhares e São Mateus: escritora Pat Andrade no Circuito de Autores em São Paulo

Escritora Pat Andrade – Foto: arquivo pessoal da poeta

A escritora Pat Andrade foi selecionada para participar do Circuito de Autores do projeto Arte da Palavra – Rede de Leituras do Sesc e cumprirá agenda em Bauru/SP e em Vitória/ES, nos dias 26, 28 e 29 de setembro de 2023.

O Circuito é voltado para promover, por meio de uma itinerância de âmbito nacional, autores de diversas categorias da literatura brasileira, valorizando essas vozes, fazendo circular obras e ideias, possibilitando que diferentes vertentes literárias sejam conhecidas em diversas regiões.

No bate-papo, intitulado “Arte da Palavra: Uma Prosa nas Entrelinhas”, a escritora Patrícia Andrade, ao lado de Thaise Monteiro, de Goiás, falará sobre sua escrita e processo criativo, sobre autores e autoras que a inspiram e ainda como o envolvimento com outras expressões artísticas contribuíram para sua formação.

Durante as mesas de debate, que ocorrerão em várias unidades do Sesc, as escritoras terão ainda a oportunidade de apresentar seus livros aos alunos de escolas públicas de cada local e discutir aspectos inerentes à fruição literária, fomentando o gosto pela leitura e escrita. As obras também são divulgadas com antecedência em clubes de leitura desenvolvidos em cada localidade, o que promete enriquecer o debate.

Pat Andrade afirma que está satisfeita por ter sido selecionada entre escritores de todo o Brasil e afirma que “poder mostrar um pouco do que escrevo para outros públicos é uma forma de colocar meu trabalho à prova e também de expandir horizontes para a nossa literatura”. Na bagagem, ela leva três dos seus títulos mais recentes: O peso das borboletas, Entre a flor e a navalha e Poesia para alguma coisa ou para coisa nenhuma, sendo os dois últimos, livros artesanais, que caracterizam boa parte da sua obra.

 

Sesc Vitória

Data: 28 de setembro de 2023
Local: Sala da Palavra
Horário: 9h
Entrada Franca

Sesc Glória

Data: 28 de setembro de 2023
Local: Biblioteca
Horário: 19h
Entrada Franca

Sesc Linhares

Data: 29 de setembro de 2023
Local: Sala da Palavra
Horário: 9h
Entrada Franca

Sesc São Mateus

Data: 29 de setembro de 2023
Local: Sala da Palavra
Horário: 16h
Entrada Franca

Escolas do Amapá recebem kits de Minibibliotecas da Embrapa

Durante a 52ª Expofeira Agropecuária, a Embrapa Amapá fará a entrega de forma simbólica, de 30 kits de Miniblibiotecas para Escolas Famílias Rurais Agrícolas e Extrativistas e escolas da rede estadual do Amapá. Os kits são compostos por uma estante e publicações sobre temas relacionados à agricultura, meio ambiente e agroindústria familiar.

O evento de doação será realizado a partir das 19 horas desta sexta-feira, 29/9, no estande da Embrapa na 52ª Expofeira Agropecuária do Amapá, no Parque de Exposições de Fazendinha (Macapá-AP). Foram convidados representantes de todas as instituições beneficiadas. No local estará em exposição um exemplar da Minibiblioteca e kit embalado.

De acordo com a bibliotecária Adelina Belém, o objetivo do Projeto Minibibliotecas é promover o acesso a informações tecnológicas e favorecer a inclusão produtiva no meio rural, com a divulgação de tecnologias de baixo custo e de fácil aplicação, contextualizadas para a realidade da agricultura nas diversas regiões brasileiras. Esta entrega é vinculada ao Projeto Amazocom, financiado com recursos do Fundo Amazônia.

Acervo – Cada Minibiblioteca é composta por títulos de publicações impressas, editadas pela Embrapa. Foi elaborado um kit específico para cada região do Brasil, conforme suas características econômicas e culturais. O acervo reúne livros, cartilhas e manuais que disponibilizam informações tecnológicas geradas pela Embrapa e seus parceiros. Os temas incluem culturas agrícolas, criação de animais, meio ambiente, agroindústria familiar, entre outros conteúdos.

Instituições que receberão Minibibliotecas da Embrapa:

Escola Família Agrícola do Cedro, Escola Família Agrícola do Carvão, Escola Família Agrícola do Maracá, Escola Família Agrícola Perimetral Norte, Escola Família Agrícola do Pacuí, Escola Família Agrícola do Macacoari, Aldeia Indígena do Açaizal, Aldeia Indígena do Manga, Aldeia Indígena Ahumã, IFAP -Campus Laranjal do Jari, IFAP -Campus Macapá, IFAP – Campus Porto Grande, IFAP – Centro EAD Pedra Branca do Amapari, Unifap – Campus Binacional, Unifap-Campus Mazagão, Escola Estadual Foz do Rio Matapi, Escola Estadual Irmã Santina Rioli, Escola Estadual Igarapé da Fortaleza, Escola Estadual José do Patrocínio, Centro de Referência Assistência Social (Simpatia), Associação dos Agricultores Familiares e Aquicultores do Polo Hortifrutigranjeiro da Fazendinha, Escola Quilombola Estadual José Bonifácio, Escola Municipal de Ensino Fundamental Joana Santos.

Dulcivânia Freitas, Jornalista DRT/PB 1063-96
Núcleo de Comunicação Organizacional
Embrapa Amapá
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Macapá/AP

V Aspas Norte: congresso discutirá quadrinhos e cultura pop

Acontece, nos dias 10 e 11 de novembro, na Universidade Federal do Amapá, o V Aspas Norte. O evento, que tem como tema “Cultura pop e quadrinhos”, será híbrido, com atividades presenciais e online. A grande novidade deste ano é que o congresso se torna internacional, com palestras e apresentações de outros países.

O Aspas Norte surgiu em 2018 com o objetivo de estimular a pesquisa sobre quadrinhos e cultura pop na região Amazônica. Ele nasceu da percepção de que muitas pessoas faziam pesquisas na área, mas não tinham condições de apresentar nos congressos nacionais focados nesses temas – como, por exemplo, os que são anualmente realizados pela ASPAS (Associação de pesquisadores em arte sequencial).

Realizado na cidade de Macapá em 2018 e 2019, o evento contou com apresentações de trabalhos, palestras e oficinas. Os artigos produzidos pelos apresentadores foram reunidos em dois livros, um sobre Linguagem dos quadrinhos e outro sobre Cultura Pop. Em 2020, em decorrência da pandemia, o evento aconteceu de forma totalmente remota. Em 2022 o evento chegou à sua forma definitiva, com atrações remotas e presenciais. Também nesse ano houve um número recorde de trabalhos inscritos, 31, de pesquisadores de todo o Brasil.

Para apresentar trabalhos no V Aspas Norte é necessário produzir apenas um resumo e se inscrever no link https://www.even3.com.br/aspasnorte2022 até o dia 13 de outubro. Os trabalhos podem ser sobre quadrinhos ou cultura pop em geral. O edital com todas as informações sobre as apresentações de trabalhos encontra-se no blog do evento: https://aspasnorte.wordpress.com.

Para o público geral as inscrições vão até o dia 10 de novembro. O valor de inscrição é de 10 reais. Quem for apresentar trabalho deverá pagar mais 4,90 pela inscrição do resumo.

Além das apresentações de trabalhos, o Aspas Norte contará com palestras com especialistas na área e oficinas. Também haverá feira geek e lançamento de livros.

O evento é uma realização da Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial (ASPAS) em parceria com o Grupo de Pesquisa Cultura Pop da Unifap e com o apoio do Laboratório FoReLLIS da Universidade de Poitiers (França).

Assessoria de comunicação

Festival literário de Macapá lança prêmio de poesia para escritores locais

FLIMAC – 2022

Poesia, música e literatura vão tomar conta da cidade de Macapá entre os dias 3 e 7 de outubro, no II Festival Literário de Macapá (FLIMAC). Com o tema “Literatura e Amazônia: territórios e saberes”, o evento conta com apresentações artísticas e culturais, exposições audiovisuais e mesas de diálogos. Durante os 5 dias, o debate será em torno do fortalecimento de um espaço para as artes e literatura na capital amapaense.

O FLIMAC inicia oficialmente no dia 3 de outubro, às 9h, na E. E. Mário Quirino da Silva e terá performances artísticas como primeira atividade. As programações serão realizadas em diversos espaços da cidade, como o Museu Sacaca, o Pier do Santa Inês e escolas públicas de Macapá.

Novidade

Em sua segunda edição, o festival traz uma novidade! Este ano será realizada a cerimônia de entrega do Prêmio FLIMAC de Poesia, que vai até selecionar 30 escritores locais para compor o livro “Amapá 80 anos: A pátria das águas”.

A coordenadora do festival, Carla Nobre, explica que este ano o evento busca incentivar ainda mais a participação de escritores locais em eventos como esse. “O Prêmio Flimac de Poesia é mais uma ação para reforçar a importância da leitura literária na formação integral de cada pessoa. A literatura colabora para a expansão de experiências e contribui para o desenvolvimento de diferentes formas de expressão. Além disso, a nossa comunidade macapaense precisa ter acesso a eventos como este, sair de seus territórios cotidianos e ressignificar a vida através da arte”, afirma Carla.

Para participar, basta realizar gratuitamente a inscrição do poema com o tema “Amapá 80 anos: A pátria das águas” através de formulário online para avaliação da comissão julgadora até as 23h59 do dia 28 de setembro. Cada candidato poderá submeter apenas um poema, inédito, de sua própria autoria.

É importante que os candidatos se atentem ao regulamento do evento para confirmação de preenchimento dos pré-requisitos de participação.

A premiação dos poemas selecionados deve ser realizada em outubro. Além dos 30 autores selecionados para compor um livro, também serão premiados os 3 melhores poemas escritos e os 3 poemas mais bem interpretados. Já o lançamento do livro deve ocorrer em 2024.

Sobre o FLIMAC

O Festival Literário de Macapá é realizado pelo coletivo Juremas através da Associação Oi Noiz Aki. O objetivo é celebrar a literatura e a arte, reunindo talentos locais para compartilhar obras e expressões artísticas, e assim estimular a produção artística, literária, cultural, intelectual e editorial do Estado do Amapá de forma gratuita.

Em 2022, foi promovida a primeira edição do FLIMAC com uma programação intensa e itinerária, levando mais de 80 artistas amapaenses de diversos segmentos para escolas, áreas periféricas, universidades e conjuntos habitacionais.

Serviço:

Festival Literário de Macapá – FLIMAC
Marketing e Comunicação: Hendrew Rodrigues: (96) 99123-4074 – Mayra Carvalho: (96) 98143-6526
Instagram: @coletivojuremas_oficial

Links úteis:

Regulamento – Prêmio FLIMAC de Poesia: https://drive.google.com/file/d/1rJMlDux6msAc4uYd4xUtWrBuXRdSzlP4/view?usp=sharing

Formulário de inscrição – Prêmio FLIMAC de poesia: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfmhr2TCUkTYAfssdYAEYmjwBBw_jR09oWU4PRjyHwXmTXmPw/viewform

Assessoria de comunicação