Projeto Piratuba na Escola: um “papo show” com Osmar Júnior

O cantor e compositor amapaense Osmar Júnior tem percorrido instituições de ensino de Macapá e do interior do Amapá com seu projeto “Piratuba na Escola”. A ação consiste em um “papo show” entre o artista, um dos maiores compositores da música tucuju, e estudantes.

Durante as visitas às escolas, Osmar Júnior toca suas canções e realiza rodas de conversa sobre as origens no Lago Piratuba, extremo Leste do Amapá. Fala sobre sua trajetória e a contextualização de tudo isso com com suas composições.

Além da divulgação de sua obra para a nova geração, o “Poetinha” tem o propósito de explicar aos alunos sobre a importância da preservação ambiental, a defesa das florestas, de seus rios, de seu povo e toda sua biodiversidade.

“Busco explicar aos estudantes a ideologia ambiental pela música. Os temas são abordados de forma dinâmica e divertida. O Amapá é um desafio. Construir a consciência cultural dos alunos é fundamental.

Osmar tem custeado sozinho o Projeto, que já passou por escolas do interior do Amapá. Para ajudar a pagar a logística do Piratuba na Escola, o Poetinha comercializa DVD’s seus.

Para colaborar, entre em contato e auxilie nessa nobre missão pelos números: 99172 7061 (comercial) e 991153712 (WhatsApp)

Sobre o amigo Osmar Júnior

Osmar está entre os principais representantes da música amapaense. Aos 14 anos, estudou violão com o maestro Oscar Santos, um dos pioneiros da música do Estado. Aos 17, atuou também como contrabaixista e guitarrista em diversos conjuntos musicais de Macapá.

Na década de 80, iniciou sua trajetória como compositor, participando de festivais universitários. Em 89, foi produtor do LP “Sentinela Nortente”, do cantor amapaense Amadeu Cavalcante, um dos marcos transformadores na música regional na Amazônia.

Osmar Júnior assina as lindas canções “Pedra do Rio”, “Tarumã”, “Igarapé das Mulheres” e “Pra Nunca Mais”, só pra falar de algumas.

Elton Tavares

LUAZINHA – Conto de Luiz Jorge Ferreira

Conto de Luiz Jorge Ferreira

A Lua-mãe gritou quando ela se afastou em direção as poças de água formadas pela chuva no chão das ruas.

– Alguém ainda vai apanhar você…hein!

A Luazinha fez de contas que não era com ela, e desceu em direção ao meio da rua. Fizera assim muitas, e muitas vezes.

Banhava-se por horas nas poças, e iluminava tudo ao seu redor, brincava e divertia-se a espantar os cachorros e os gatos que assustados com aquele brilho repentino saiam em disparada. Porem esta noite com o calor que fazia, ela descuidou-se e quando percebeu alguém lhe pegou.

Atraído pela brilhante luz vindo daquela poça, o catador de latas sentou-se feliz, com aquele brilhante pedaço de metal, que nunca houverá apanhado em sua vida,com certeza ganharia com ele um bom dinheiro do homem que comprava sucata.O certo era que não pesava muito, mas brilhava demais, devia ter muito valor.Abriu o saco de plastico preto, e colocou aquele objeto brilhante lá para dentro. Fechou a boca do saco, e o colocou as costas, rumando para a sua casa.

La dentro a Luazinha gritava…Solte-me…Solte-me…Solte-me! Mas ele não entendia a língua das luas, e continuou andando.

Mãe Lua ficou preocupada com a demora da filha,… e quando amanheceu cruzou nos céus com o Sol seu pai, contou a ele, que respondeu…

Vai demorar tempo para que eu volte a encontrar você, Lua mãe,pode sair do céu para procura-la, disse queimando de raiva.

Assim Dona Lua ficou encarregada de aparecer de dia , para procurar a Luazinha.

Chegando em casa o catador de latas, colocou o saco em um canto da casa, e foi deitar.Não jantou nem nada.A mulher e a filha , curiosas, foram mexer, e quase correram quando abriram o saco, e a Luazinha brilhou iluminando a sala. _- Mãe que coisa linda! Quero esta coisa linda para mim. – Não de manhã , vamos vender este pedaço de luz para o homem que conserta aqueles relógios de parede de mostradores bonitos e luminosos, deve ser parte de um deles.

Ficou assim combinado. Não foram dormir sem antes enrolar a Luazinha, em um monte de panos velhos, e guarda-la para de manha ir procurar o relojoeiro.

Este, quando lá chegaram, de manhã, olhou com a lupa, fechou as cortinas para melhor observar o brilho.

– Não é parte de relógio, ou outro aparelho que eu conheça, não me interessa , podem levar de volta…Disse !

As duas começaram a enrolar a Luazinha nos trapos em que haviam-na trazido…e ela gritavam…Deixem-me ir…Deixem-me ir…mas elas não conheciam língua de lua, e ficou por isso mesmo.

A mãe não se deu por vencida, e correu para o comprador de velho ferro. Chegando lá lhe mostrou o objeto redondo e luminoso de brilho tão lindo. Ele mexeu, mexeu, usou a marreta , usou o esmeril, e por fim o maçarico.

– Não me interessa, podem levar, para mim não tem utilidade nenhuma.

Elas voltaram a embrulhar a Luazinha nos trapos. Soltem-me…Soltem-me…pedia a Luazinha. Mas elas não entendia língua de lua ,e foram embora com ela embrulhada.

A mãe disse…não podemos chegar novamente com isso em casa.seu pai vai nos bater se souber que mexemos nas suas coisas.

Resolveram então jogar o embrulho em um campinho de futebol, onde alguns meninos soltavam pipas.

Um deles se aproximou, desmanchou o embrulho, e tomou um tremendo susto com aquela esfera colorida, e fulgurante, que mudava de cor, de forma, de brilho, a todo o momento. Que seria aquilo?

A Luazinha gritava…Solte-me…Solte-me…Solte-me…e eles como entendiam língua de lua, conversaram com ela.

Depois de ouvirem-na em silêncio, ficaram pensando o que fazer.

Não podiam chamar seu pai, o Sol , que já brilhava no céu, pois ele ao vir busca-la, derreteria tudo na terra.

Nem por sua mãe que a esta hora estava doutro lado da terra.

Então resolveram amarrar a Luazinha na linha de uma de suas pipas, e faze-la chegar ao céu.

Para ajudar sopraram com toda a força de seus pulmões, com tanta força que desmaiaram…

Quando despertaram, correram assustados para casa, perceberam que falando entre si, se entendiam perfeitamente, mas que ao falarem com outras pessoas, e pessoas da família, não eram entendidos, e espantavam-se com a cara de espanto que elas faziam.

Isto demorou muitos dias, para dar o tempo de se fazer Lua Nova de novo, e a Lua Mãe desceu um luar que lhes adormeceu, e lhes fez esquecer a língua de Lua.

Noutro dia já começaram a falar, e serem entendidos por todos.

A Luazinha ficou feliz pois tudo havia terminado bem.

E quando passeando pelo céu, vê as pipas que eles continuam a empinar, as poças d’água, e o catador de latas, abre um enorme sorriso, que se espalha como luz brilhante para a alegria da escuridão da rua.

* Do livro “A Pizza Literária” (Décima Quinta Fornada) – Rumo Editorial – 2018 – São Paulo.

BRASA BALANÇANTE – (Um Conto do Tempo da Guerrilha) – Por Fernando Canto

Conto de Fernando Canto

– Vinte anos depois vocês vêm me indagar sobre esse assunto? Coisa morta, sepultada e virada pó…? Já disse, não tive culpa. Eu era um soldado, um pau-mandado naquela guerra. Se o sargento dizia para a gente matar, a gente obedecia, ora bolas! Soldado só tem que obedecer e eu seguia à risca tudo o que ele falava. Eu não queria ser um traidor. Pensava, sinceramente, em ser um herói condecorado e mostrar pra minha mãe as medalhas que poderia ganhar naquela guerra silenciosa. Já pensou? Ser reconhecido por toda a corporação, o orgulho da tropa… Quem sabe ser promovido, chegar a sargento…

Vi na televisão que vocês jornalistas só fazem entrevistas com os sobreviventes torturados, com as supostas vítimas, que pra vocês são os verdadeiros heróis de toda aquela sacanagem de guerrilha. Mas vocês precisavam estar lá para entender o nosso lado. Eu e todos os outros éramos os defensores da pátria, os que não iriam deixar nunca o nosso Brasil ser arrasado por uma corja de comunistas que só queriam entregar o país para a Rússia.

O sargento era um cara duro, mas muito legal. Ele lia muito e nos avisava do perigo que eram os comunistas e os sequestradores de diplomatas estrangeiros. A gente teria que lutar muito se quiséssemos que o Brasil não naufragasse na lama desse regime nefasto. Por isso a gente sempre conversava no acampamento sobre o que fazer quando prendesse um desses traidores safados que se escondiam na floresta.

O Ibrahim era bafento. Dizia que ia matar os comunas bem devagar cortando dedo por dedo, depois os pés, os braços, as mãos, as pernas… até transformá-los em anões e cagar na cara deles. Mas o que ele sabia mesmo era fugir do acampamento para preparar uma bebida feita de álcool que roubava da enfermaria, com raízes e cascas maceradas no mato, escondido do sargento. Preparava tão bem que ganhou o apelido de “Mão Benta”. Como a entrada de cachaça era proibida ele sempre dava um jeito para suprir nossos vícios. Até cigarro tipo tauari ele fazia com folhas secas, trituradas de um arbusto conhecido como vassourinha, abundante no lugar. Já o Gomes dizia que esfolaria os caras ainda vivos, para que eles aprendessem que com a pátria não se tira esses sarros. O Antunes, o mais bravo de nossa guarnição, só falava em meter uma vara no cu do vagabundo até ele gozar de dor. Sei lá se se goza de dor, pra mim dor é dor. E pronto. Diziam lá no 18° BIS que há alguns anos ele havia matado um cara com dezoito facadas e arrancado o olho da vítima só porque ela quis dançar com o xodó dele no salão de dança “Merengue”, que ficava perto do quartel. Ele nem foi preso na época. Pelo que me consta a polícia se aliviou ao saber do assassinato, pois o morto era muito aloprado e não capinava sentado quando era pra matar. Esconderam o caso e tudo ficou por aquilo mesmo. Me disseram que o comandante o protegeu, transferindo ele para o BEC de Santarém.

*****

– Vocês me perguntaram como era a vida lá. Aquilo nem era vida, se era vida era de animal, de burro de carga. Era uma guerra. Só o Almeida “Alemão” teve peito de perguntar pro o sargento quem era realmente o inimigo. Pegou foi uma senhora esculhambação e três dias de cadeia na “jaula” reservada pros filhos-da-puta dos guerrilheiros. A gente sabia que eles eram brasileiros, mas corria o boato que tinha muito cubano e soldado russo dando apoio pra eles, e que a coisa estava fedendo e iria feder muito mais.

Vocês precisavam ver a alegria quando uma patrulha capturou um casal de comunistas numa tapera de caboclo. Serviu para aliviar a tensão dos soldados, principalmente dos recrutas do nosso batalhão que se cagavam de medo com os ruídos do mato. Eu que era veterano, engajado há dois anos, tremia quando ouvia um barulho, imaginem eles. Pois bem, saibam vocês, no meio daquela alegria explodia o nervosismo e o heroísmo egoísta dos homens. O tenente disse que não era para ninguém passar o rádio pro comando porque ele já tinha as ordens. Saiu num jipe com o sargento, o motorista e um cabo. Segundo o motorista eles corriam a cem por uma estrada escrota e empurravam os guerrilheiros algemados. Paravam, punham o fuzil na boca dos otários e diziam: “Fala, filho-de-uma-vaca, onde está o resto dos vagabundos?” Eles não falavam porra nenhuma. Aí então repetiam a dose. Como nada arrancaram dos dois, curraram a garota – uma loura – desfalecida, pela frente e por trás, enquanto o guerrilheiro – um barbudo feio pra caralho – olhava, todo ensanguentado e quebrado.

Depois executaram os dois e levaram os corpos de volta para o acampamento. O soldado motorista me disse que o sargento obrigou ele a comer a garota, senão iria preso. Mais tarde o sargento mandou eu, o Almeida, o Gomes e o Ibrahim jogar os corpos dos cornos num Igapó “pros urubus comerem”. Isso, na boca do sargento era uma ordem, a gente não precisaria enterrá-los. Nós comemoramos à beça essa vitória. Bebemos a batida de álcool do Ibrahim diluída n’ água,

Frases, contos e histórias do Cleomar (Parte IV)

Como já dito aqui, meu amigo Cleomar Almeida é um competente engenheiro. O cara também é a personificação da pavulagem e gentebonisse, presepeiro e boçal como poucos que conheço. Um figura divertido, inteligente, gaiato, espirituoso e de bem com a vida. Dono de célebres frases como “ajeitando, todo mundo se dá bem” e do “ei!” mais conhecido dos botecos da cidade. Quem conhece, sabe. Na mesma linha da PRIMEIRA, SEGUNDA e TERCEIRA edições sobre seus papos no Facebook, mais uma vez selecionei alguns de seus relatos hilários na referida rede social.

Boa leitura (e risos):

Filhos

Quando se tem filhos a gente a gente se enquadra em três níveis de bestidade. O besta propriamente dito, o abestado e o abestalhado. Nesse último, me enquadro perfeitamente.

Print

Eu sempre falei, esse negócio de print ainda vai acabar com a raça humana.

Batucada na barriga

Nunca confiem em um homem que não sabe fazer uma batucada na barriga, com certeza tem algo errado com ele. ☺️

Convocação para a Copa América

Vi essa convocação e tenho quase certeza que o Dunga sequestrou o Tite.

Cargo na AL

Se a pequena fosse barangada eu duvido que tava essa fuleiragem toda, bando de feio com dor de cotovelo.

Mês longo

Tendo como base, uma análise minuciosa na geladeira e no armário aqui de casa, vejo que abril já deveria ter acabado a dez dias.

Bolsomínions na chuva

Pra começo de conversa, blogueiro semi analfabeto não é jornalista, tem mais é que ficar na chuva mesmo.

Briga na Câmara de Vereadores

Já me meti num porradal desses, eu era o cara que chega voando!

Música

A gente tá bem assistindo ao Jornal e páh, me aparece o Mauro Cotta. Dá logo uma vontade do cabôco sair rabiando no brega.

Conversa com Deus

Se eu pudesse falar com o Criador só teria uma pergunta. Chefe, o Senhor vai precisar mesmo desses carapanãs? Fooooolego, tá demais.

Poema de agora: Palmas Proparoxítonas – Luiz Jorge Ferreira

Palmas Proparoxítonas

Uma estrela despenteada, sentada, sozinha, a beira da calçada, menstrua um punhado de luz de lua nova, sobre duas lembranças de Janeiro.
Eu vejo, escondido, detrás de um monte de Julhos.
E tento escrever em um vaso cheio de areia.
Um texto de Hamlet.


Quando de repente o farol de um carro sujo de lama e confete, espalha um clarão sobre minha face esquerda.
Há sobre ela, feito com carvão, um desenho de quebra cabeças, cheio de frases desconexas do Pequeno Príncipe em Birmânes.


Entrelaço dúzias de fiapos de manga que retiro dentes, e com eles adorno a cabeça calva da estrela, que vi no primeiro verso.

Meu coração fica com uma das asas machucadas.
E eu abraço ternamente a saudade, e o tempo que lentamente se afastam em direção às ruínas do Teatro.

Eu sou o Teatro, onde fingi, personagens minhas, para uma platéia entre espelhos, sou negro, e fui azul.
Fui chão e imitei voar.
Asas não as tinha , cuspiu nas costas, e as fiz brotar.
Ao rastejar senti vertigens, e nunca fui luz, moldei estrelas, fingi obtê-las da diagonal do esquecimento.
Onde a teia entre o passado amigo e futuro inseguro…brincam de amarelinha.

Para cantar escolhi Ode ao Silêncio…todos aplaudiram em Braile…
Amei ser o Oitavo.
Pulei feliz, até que fecharam as cortinas.


Um cheiro de naftalina,sentou ao meu lado na plateia.
O escuro deu- me as mãos, e julho temperamental, curvou os meus joelhos e me mergulhou no sal.

Dezenove de Julho, de Câncer, todo tatuado de meconio caminhei para o Sol.

Oitocentos e quarenta meses…corro coberto de mim, para escapar da chuva que menstrua lembranças tardias.

Oitocentos e quarenta meses…corro adiante de mim…fugindo da chuva…que molha minha sombra, sacode meu passado, nem me condena, nem me absolve, e promete inundar com meu drama lacrimoso …
Todas as telas apagadas das TVs desligadas dos Botecos de Vila Madalena.

Luiz Jorge Ferreira

* Do livro de Poemas “Nunca mais vou sair de mim sem levar as Asas” – Rumo Editorial – São Paulo.

Poema de agora: Cheiro de Infância – Pat Andrade

CHEIRO DE INFÂNCIA

minha infância tem cheiro de lancheira
de mingau de maisena
de boneca velha
de caderno novo
minha infância tem cheiro de gemada
de pão com manteiga
e café fresquinho
de tapioca e beiju
Minha infância tem cheiro de Phebo
copaíba e andiroba
tem cheiro de mato,
tem cheiro de vela
tem cheiro de avô.
minha infância tem cheiro de arraial
de camarão cozido
e peixe assado
tem cheiro de comida da vovó.
minha infância tem cheiro de quando eu crescer
de fruta fresca, colhida no pé
tem cheiro de roupa quarada com anil
minha infância tem cheiro de igarapé
de água fria, de bater o queixo
e engelhar os dedos
minha infância tem cheiro de interior,
de quintal molhado de chuva
de grama aparadinha, de folha seca
de sapoti
minha infância tem cheiro de saudade

Pat Andrade

Investigação: documentação e equipamentos eletrônicos apreendidos na Operação Água Fria estão em fase de análise

O Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio do Grupo de Atuação Especial para Repressão ao Crime Organizado (GAECO/AP), iniciou a análise do material apreendido na última sexta-feira (14), durante a Operação Água Fria. A ação do Gaeco, com apoio da Procuradoria-Geral de Justiça do MP-AP e Gabinete Militar da instituição, ocorreu na Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), residências e três empresas, em Macapá.

De acordo com o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Afonso Guimarães, a ação ocorreu com o objetivo de coletar provas para a investigação de denúncias da prática de crimes como fraude em dispensa de licitação para a aquisição de materiais hidráulicos para a Caesa, peculato, falsidade ideológica e formação de organização criminosa, ocorridas em 2018, com a finalidade de subtrair dinheiro público.

Segundo o promotor de Justiça, ao todo, nove (9) mandados de busca e apreensão foram executados, com autorização do Poder Judiciário. Na ação, foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos (computadores e celulares), com o propósito de subsidiar as investigações.

Conforme apurado nas investigações do Gaeco, a empresa que vendeu para a Caesa não possui, em sua sede, capacidade para o estoque dos produtos comercializados, pois trata-se de uma gráfica, bem como que a Caesa adquiriu materiais com valores superfaturados.

“Fazemos um trabalho preventivo, por meio da expedição de Recomendações para que as instituições não pratiquem atividades ilícitas. Recebemos informações sobre a existência de privilégios para as empresas a respeito de dispensa de licitação. Conseguimos demonstrar superfaturamento de preço e aquisição de material em empresas que não têm relação com os produtos adquiridos”, detalhou o promotor de Justiça.

Afonso Guimarães explicou que, no momento, o valor do dano ao erário está em apuração e por conta disso ainda não foi divulgado, pois a investigação está em fase embrionária.

“A análise da farta documentação e dos equipamentos eletrônicos apreendidos durante a Operação está subsidiando a denúncia. Ao final deste trabalho, iremos ingressar com as devidas ações contra os acusados”, explicou o coordenador do Gaeco.

SERVIÇO:

Elton Tavares
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

Poema de agora: PAPEL NO PAINEL – Luiz Jorge Ferreira

PAPEL NO PAINEL

Na minha cabeça, milhares de Universos.
Defronte de meu carro parado no estacionamento do Carrefour , tão vazio como o Saara.
Apenas um cão magro faz companhia e se preocupa com sua Sarna abundante, suas meia duzias de pulgas magras também, e com uma multidão de formigas de fogo, em fila, que estão assustadas com o Sol refletido no cimento da calçada.


Para descer e sair caminhando terei que chutar uma estrela que ali amanheceu, com certeza se esqueceu de alcançar voo até a Constelação de Cirius.
Doem meus dedos, ando digitando demais, usarei mais a voz para falar com o eco, e alojarei pensamentos no espaço incomensurável dos neurônios, para estende-los da década de Cincoenta, até agora neste momento em que leio 12.53, de 19.04.2019.

Entrarei na sétima década…Faunos.Sacis.
Fadas. Yaras e Gnomos, nunca os vi.
Vejo solitário o estacionamento do Carrefour…
Dou por mim , noto a ausência da silhueta heptagonal daquela estrela.
Pode ter subido célere como sugada por um buraco negro.


Pode estar no terceiro banco, a direita, da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré em Macapá.
Ouvindo Deus calar a fala dos Padres.
Pode estar em Viseu, pondo os pés frios na lama toda marcada das patas dos caranguejos.
Ou pode estar entre os milhares de Universos que abrigo entre os neurônios do meu cérebro.


Onde estiver perambulando, será bem vinda.
Pode ter levado as pulgas, as formigas, o cão, e as sombras.
Tudo sumiu em um piscar de olhos.
Por Deus, assim que eu sorrir, todos serão bem vindos.

Luiz Jorge Ferreira

 

* Do livro de Poemas “Nunca mais vou sair de mim sem levar as Asas” – Rumo Editorial – São Paulo.

Professor indiano Soumitra Dutta vai ministrar palestra sobre inovação em Macapá

Evento promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em parceria com a Universidade Federal do Amapá (Unifap), vai trazer pela primeira vez ao estado, um dos mais respeitados especialistas em inovação no mundo, o indiano Soumitra Dutta. O ex-reitor e professor da Escola de Negócios SC Johnson, da universidade Cornell, no estado americano de Nova York, vai ministrar a palestra Inovação: Salto Qualitativo para o Desenvolvimento, no dia 13 de junho, às 10h, no Anfiteatro da Unifap. Para se inscrever gratuitamente, basta acessar um dos sites: www.ap.sesi.org.br ou www.ap.senai.br.

A proposta é reunir profissionais e estudantes de diferentes áreas. O público terá a oportunidade de prestigiar a exposição que tratará de assuntos como os efeitos da transformação 4.0 sobre a indústria e a sociedade, dando ênfase ao potencial que existe nos centros universitários brasileiros.

Para a superintendente do SESI e do SENAI Amapá, Regiane Machado, o ambiente de diálogo que será construído é propício para a troca de conhecimentos e experiência. “Ao promover a palestra, nossa intenção é somar esforços na mesma direção, além de articular ações voltadas para o ecossistema de inovação do estado”, ressaltou.

Sobre o palestrante

Soumitra Dutta é fundador, professor e ex-reitor da Cornell SC Johnson College of Business. Graduado em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pelo Instituto de Tecnologia da Índia (IIT), mestre em Administração de Empresas e Ciência da Computação, e PhD em Ciência da Computação pela Universidade da Califórnia. É autoridade em políticas de tecnologia e inovação e autor e coeditor do Global Information Technology Report, publicado pelo World Economic Forum, e do Global Innovation Index, publicado pela World Intellectual Property Organization (WIPO), Insead e Cornell.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do SESI/SENAI – AP
Contato: (96) 3084-8944
E-mail: [email protected]

Profissionais alergologistas oferecem curso de gastronomia para pacientes com alergias e intolerâncias, em Macapá

Conhecendo as dificuldades da alimentação de pacientes com alergias e intolerâncias foi criado o 1º curso de Gastronomia para alérgicos e intolerantes, organizado por médicos especializados na área de alergologia e imunologia, surgindo com a proposta de unir gastronomia e saúde. Com duração de 60h, o curso será realizado na Estácio Macapá, com início no dia 10 de junho e duração de oito semanas.

Sua ementa contempla assuntos de como se dá as alergias alimentares, substituições hipoalergênicas, o que ler no rótulo e preparação de diversos pratos, o evento terá aulas teóricas das 18h às 22h e as aulas práticas serão no final de semana em período diurno.

O evento tem como objetivo incluir pessoas que possuem alergias e intolerâncias à cozinha, com dicas de receitas e substituições de potenciais alergênicos nas receitas. O curso dará os fundamentos da culinária para pessoas alérgicas a diferentes tipos de alimentos sem perder a qualidade e o sabor. Como acompanhamento didático do curso, os participantes receberão apostilas com os conteúdos e as receitas que serão ensinadas.

Divididos em módulos e com receitas que contemplam desde a alimentação de bebês com APVL (Alergia à proteína do leite de vaca), crianças, jovens e adultos com alergias alimentares e determinados alérgenos, o curso proporcionará uma nova forma de interação com os alimentos.

Público-alvo: Interessados em técnicas e receitas isentas de potenciais alergênicos (leite, ovos e glúten), pessoas com alergias alimentares e intolerâncias, assim como profissionais do setor alimentício e de saúde.

Valores, inscrições e outras informações: 88 99632-7520 Dr. Matheus Lima/ 96 98106-4240.

Dia do Meio Ambiente teve programação para estudantes e lançamento do Dicionário Socioambiental

No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, uma programação diferenciada foi promovida pela Promotoria de Meio Ambiente de Macapá, com lançamento de publicação, troca de experiências e aprendizado sobre Unidades de Conservação do Amapá. Alunos da Escola Municipal Lúcia Neves Deniur foram os convidados para a manhã de conhecimento mútuo, em que o promotor Marcelo Moreira e técnicos da área ambiental motivaram para a responsabilidade com a preservação do planeta, seguindo a campanha de 2019, “Meio Ambiente: Cuidar é Dever de Todos.”

A proposta da Promotoria é de chamar atenção para os deveres de cada cidadão com a continuidade do meio ambiente e consequentemente da raça humana, e distribuir conhecimentos que possam contribuir com ações benéficas. Para alcançar este objetivo, foi disponibilizado no site do Ministério Público do Amapá (www.mpap.mp.br) o Dicionário Socioambiental do Amapá e planejadas atividades educativas com estudantes que já vivenciam práticas de perpetuação do meio ambiente, para que relatassem suas experiências na escola e ouvissem técnicos e o promotor Marcelo Moreira.

Dicionário Socioambiental

Com cerca de 350 verbetes utilizados nas questões ambientais, a publicação facilita a compreensão principalmente de termos regionais, comumente usadas no Amapá, mas que nem sempre são de uso acadêmicos e em outros estados. A catalogação e organização foi de responsabilidade do engenheiro florestal Alcione Cavalcante, que atua na Promotoria ambiental. Os verbetes se enquadram na legislação ambiental do Estado e Municípios, fazendo a simplificação de termos técnicos para o regional, e vice-versa.

Alcione Cavalcante relata que o objetivo foi de organização de uma publicação que explicasse alguns termos técnicos e tornassem públicas as expressões do Amapá. “Há publicações semelhantes em outros estados e precisávamos de um dicionário aqui também, porque existem palavras específicas do nosso vocabulário que precisam ser simplificadas. É um livro de interesse tanto de acadêmicos da área jurídica e ambiental, como de profissionais e imprensa, de todo o Brasil. Temos como exemplo o termo área de ressaca, que é usado somente no Amapá, em outros locais tem outros sinônimos”.

O dicionário está disponível no site do MP-AP e pode ser baixado em formato PDF. Em dezembro o autor irá lançar a versão impressa.

Educação Ambiental

Na Escola Municipal Lúcia Neves Deniur, os alunos do 5º ano e de Educação de Jovens e Adultos participam de uma experiência que está deixando a instituição colorida e perfumada e ajudando a limpar o meio ambiente. O projeto “Paisagismo: Bem-Estar e Preservação do Meio Ambiente” foi sugerido pelos alunos e abraçados por professores e direção. Há um mês, os pneus descartados por borracharias do bairro Brasil Novo são recolhidos e transformados em canteiros, assim como panelas e latas, que recebem os cuidados para que possam receber as mudas e sementes. Esta experiência foi contada hoje por pais, professores e alunos, que compartilharam com os técnicos em meio ambiente, policiais do Batalhão Ambiental e promotores, as informações práticas.

Os alunos fizeram ainda uma visita monitorada na exposição “Unidades de Conservação do Amapá”, que fica na recepção da Promotoria. Os técnicos apresentaram as 19 UCs que estão dentro do território amapaense, e sentaram na roda para tirar dúvidas e ouvir relatos sobre as ações da Promotoria na área de educação ambiental e as experiências do servidor público João Damasceno, pai de uma aluna presente e que tem o meio ambiente como sinônimo de vida, e dedica cuidados e amor para sua preservação.

“É preciso garantir o futuro do planeta, e para isso temos que cuidar do meio ambiente e das crianças, torná-los cidadãos, faze-los compreender que as responsabilidades são de todos e que se cada uma fizer um pouco, vamos conseguir. Foi importante ouvi-los, porque, às vezes, em seus cotidianos, são cometidas infrações contra o meio ambiente e eles não sabem. A partir do momento em que têm conhecimento, passam a ser agentes de boas práticas. Nossa proposta foi de difundir conhecimento e dividir experiências, alcançar pessoas de todas as idades, e conseguimos o intuito com o dicionário e estas atividades de educação ambiental”, disse o promotor Marcelo Moreira.

SERVIÇO:

Mariléia Maciel – Assessora Operacional – CAOP/AMB
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

Poema de agora: Rima lógica – Pat Andrade

Rima lógica

Quando penso que sou única,
Me sinto mágica,
Me ouço música.
Quando penso que sou lúdica,
Me sinto sátira,
Me vejo lúbrica.
Quando penso que sou tácita,
Me sinto lépida,
Me faço cênica…

[…]

Quando penso que sou lógica,
Me sinto métrica
E me perco em rima.

Pat Andrade

Macapá Verão 2019: inscrições de artistas para compor programação encerram dia 5 de junho

Desde o dia 14 de maio, estão abertas as inscrições de artistas para compor a grade de programação do Macapá Verão 2019. Elas são gratuitas e ocorrem até 5 de junho, exclusivamente, via internet para pessoas jurídicas.

As propostas inscritas serão analisadas a partir dos seguintes critérios: excelência do conteúdo artístico, exequibilidade da proposta, criatividade e inventividade, trajetória profissional comprovada e interação artística da atração com a diversidade cultural do Amapá. Os interessados podem acessar o edital de credenciamento, que contém as informações, e o link para inscrições no www.fumcult.macapa.ap.gov.br.

Para participar do certame, basta efetivar inscrição, preencher e inserir as informações e material solicitadas na plataforma específica. A lista com habilitados e inabilitados no processo será divulgada dia 10 de junho, e o prazo para a interposição de recursos ocorrerá nos dias 11 e 12 de junho.

Cássia Lima
Assessora de comunicação/Fumcult