Cai dentro, 2023. Feliz ano novo! – Crônica de ano novo de Elton Tavares

2023 está ali, dobrando a esquina. Que todos nós, eu, você e demais pessoas que estão lendo este texto, assim como nossos amores, sigamos saudáveis e sejamos felizes no ano que chegará logo. A vida boa e lôca. Só é feliz quem arrisca. Vamos com toda a força no novo ciclo. E, é claro, agradecer por termos sido felizes, apesar de tudo, em 2022.

Mesmo com todos os desafios, injustiças de toda ordem,  tristeza por conta de coisas terríveis,  vivi intensamente 2022. Sou grato aos meus companheiros de jornada, tanto os familiares, amigos e colegas de trabalho, quanto aos que me ajudaram e não estão inclusos em nenhum destes grupos citados.

Que tenhamos luz e sabedoria para encarar as adversidades e os desalmados que certamente aparecerão no novo ciclo. E que nos esforcemos para sermos pessoas melhores que em 2023. Esse “vinte, vinte e três ” será desafiador.

Que em 2023 tenhamos muito boa vontade, forças positivas, disposição e autoconfiança para corrermos atrás de tudo o que desejamos alcançar. Tenho certeza de que muita alegria nos espera no ano vindouro. Pelo menos a esperança nisso não é pouca. E, sobretudo, SAÚDE!

Viverei 2023 como se fosse o último ano de minha vida, podem apostar (sempre faço isso). O ano novo promete. Que ele se cumpra então, que seja mágico/fabuloso e sem muitas aporrinhações. E quando fraquejarmos, que haja amor e força para recomeçar.

Tomara que eu e você sigamos lutando por uma vida digna, menos ordinária, no combate a dias e noites tediosas, e mais cheias de amor. Ou paixões. Afinal, tudo depende de você. E se possível, sem muitas “fingidades”, como dizia Guimarães Rosa. E isso sempre contou pra caralho. E continuará contando sempre!

A todos os que fazem parte da minha vida e aos leitores do De Rocha, desejo um ano novo transbordante de amor e paz. Na hora em o Ano Novo chegar, desejo que vocês estejam felizes, com boa comida, boa bebida e pessoas que amam.

O escritor Rubem Alves, no livro de crônicas intitulado “Pimentas”, disse: “a gente fala as palavras sem pensar em seu sentido. ‘Benção vem de bendição’. Que vem de ‘dizer o bem ou bem dizer’. De bem dizer nasce ‘Benzer’. Quem bem diz é feiticeiro ou mágico. Vive no mundo do encantamento, onde as palavras são poderosas. Lá, basta dizer a palavra para que ela aconteça”. Então, que Deus continue nos abençoando!

Boas energias, muita saúde e prosperidade. E que as surpresas sejam felizes, que a força se movimente em seu favor nesse poderoso universo, afinal, já disse o grande Mestre Yoda: “Difícil de ver. Sempre em movimento está o futuro”.

2023, vem com tudo, cai dentro! Feliz ano novo!

Elton Tavares

BALANÇO ANUAL – Crônica de Lorena Queiroz – @LorenaadvLorena

Crônica de Lorena Queiroz

Ao fim de cada ano, geralmente na última semana, faço um balanço dos acontecimentos, de todas as efemérides vividas e passadas ao longo desses 365 dias. Este ano aprendi a aprender. Compreendi que é preciso analisar e aprender com cada sim e não dado pela vida. O resultado de meu aprendizado é que somos eternos aprendizes de nós mesmos, aqueles de poucas certezas e muitas dúvidas. A grande sorte é que uma de minhas poucas certezas é de que não é difícil viver, mas claro, se você tiver algumas armas em seu arsenal; coração leve, coragem e malandragem. Ah, a malandragem, essa característica tão incompreendida pelos que ainda não entenderam as necessidades da vida. A malandragem nos possibilita a arcar com as outras duas armas sem tomar no cu.

Certa vez assisti um vídeo que um velho malandro diz; ‘’ Malandro não é o vagabundo, o periculoso. Malandro é um artista”. E segundo Fernando Candido, o malandro é o indivíduo que vive fora das normas estabelecidas pela sociedade, situando-se entre a ordem e a desordem. E não é assim que todos nós vivemos? Entre a ordem e a desordem de tudo que não conseguimos compreender. Malandragem te faz repousar em águas tranquilas, tal qual o salmo 23. O tal Rei Davi sabia das coisas, ele nunca passaria pelo vale da sombra da morte sem coragem, coração leve e malandragem. Flexibilidade é tudo!

Compreendi ainda que o agradecimento precisa ser um costume diário. Que cada coisa que acontece, seja bom ou ruim, acontece pra que a gente se prepare para os próximos dias que estão por vir. É necessário entender que cada ser humano só entrega o que tem, e que, se alguém não te entrega aquilo que você espera ou acha que merece, não quer dizer que não entregou tudo o que podia. A liberdade de errar e acertar é uma dadiva divina e encontrar a felicidade nos erros fará parte do processo. Tudo que vem e que vai, te ensina alguma coisa e sempre agradeça pelo que veio e pelo o que se foi. Eu agradeço a tudo e a todos que se foram, pois abriram espaço para que semelhantes chegassem. Agradeço cada lágrima e cada risada que me brindaram esse ano. Pois sem elas eu não escutaria Gal cantando Vaca profana com o mesmo significado. Tampouco entenderia o que Belchior tinha razão quando dizia que a noite fria lhe ensinou a amar mais o seu dia, pois na dor se compreende o poder da alegria e que, sim, todos temos coisas novas pra dizer.

Caro leitor, espero que este ano você tenha vivido, mudado de ideia e de ideais inúmeras vezes. Espero que tenha chorado, caído e levantado. Intenciono que tenha acertado e errado por várias e incansáveis vezes. Pois disso é feita a boa vida. Torço para que compreendas que a única coisa que não muda é a eterna mudança, como diz Gilberto Gil em Tempo rei; Tempo rei, transformai as velhas formas do viver. Ensinai-me, ó pai, o que eu ainda não sei”. E por fim, se eu puder lhe dar um conselho, viva com leveza, coragem e malandragem. Divida seu amor e seu pão até com o cão.

*Lorena Queiroz é advogada, amante de literatura, devoradora compulsiva de livros e crítica literária oficial deste site, além disso é escritora, contista e cronista. E, ainda, mãe de duas meninas lindas, prima/irmã amada deste editor.

Balanço de fim de ano – Crônica de Ronaldo Rodrigues

Ilustração de Ronaldo Rony

Crônica de Ronaldo Rodrigues

Este senhor senta-se à mesa do café exatamente às 7h18 para um frugal desjejum. Sai às 7h20 e vai conferindo as pedras pretas e brancas do calçamento. Sua rua termina na vista pro mar, um pedaço de muro e uma trilha de terra batida que vai dar na praia. Seus pés recebem a areia com a mesma felicidade fofa com que a areia recebe seus pés. Este senhor sou eu mesmo e me reconheço nele sempre que abaixa a cabeça para fazer espelho da água e olhar seu reflexo.

Não me reconheço nele quando passa a mão na cabeça de um cão que caminha tranquilo. Não tenho amizade com cachorros, gatos, cangurus… Admiro as hienas e os elefantes, mas apenas nos documentários que passam no canal da minha madrugada. Hienas e elefantes vivem em sociedades matriarcais e isso é bom. Quando/se eu voltar, na pele de outra pessoa, tentarei ter mais afeição por animais. E seu eu vier na forma de um animal, que seja uma jubarte com sua eterna cauda mergulhando no mar.

Este senhor está se despedindo da vida (ou se despindo da vida?) ou vice-versa. Mas isso não se dará hoje ou mesmo este ano. Talvez não ocorra nenhuma ruptura nos próximos 30 anos. Quem sabe ele vai festejar sua trajetória pra muito além do tempo de seu tempo? Quem sabe expressará sua frustração por não ter feito aquela viagem maluca para os confins do Himalaia, por não ter tido a ousadia suficiente para invadir a igreja e interromper aquela cerimônia em que a mulher que amava se casava com outro homem?

Neste senhor, que o corvo, empoleirado no ombro do espantalho, disse que sou eu, está minha determinação de permanecer vivo pelo tempo que me for dado por quem maneja a ampulheta. O mesmo tempo que foi dado ao portão do quintal, à rede que ainda balança na varanda, ao peixe que comi ontem e me mantém vivo hoje. E a essa árvore, que sou eu, orvalhada nos galhos e fincada na raiz desse porto de chegada/saída que se chama… Como se chama?! Ah, sim! Diz que é a vida…

Amo bobagens. Odeio futilidades – Crônica de Elton Tavares

Ilustração de Ronaldo Rony

Crônica de Elton Tavares

Sabem, quando escrevo minhas doidices aqui é só sobre mim mesmo. Não quero (já quis e me ferrei) ser o dono da verdade ou que concordem comigo. Quem não respeita o gosto ou vontades alheias, sofre. Digo isso por experiência própria. Tipo música, detesto sertanejo, tecnobrega, entre outros estilos. Mas se você gosta dessa merda, azar o seu. E ainda bem que é SEU.

Não quero e nunca quis ser “cult” ou pagar de intelectual. Nunquinha mesmo. Aliás, amo bobagens legais, filmes com roteiros bestas, comédias nonsense, piadas ácidas, etc. Mas detesto séries e longas sobre futilidades como gente rica que e babaca, que inspira pobres que sonham em ser ricos.

Não que eu não goste de grana. Claro que gosto. O dono daquela frase de que “dinheiro não traz felicidade” nunca teve um pouco pra viajar, comer o que quis ou comprar algo bacana, entre outras tantas coisas que nos deixam felizes se tivermos uma micha no bolso.

Dia desses, entrei numa loja metida à chiquenta. Foi uma forçação de barra durante os 10 minutos que passei no estabelecimento. Fui lá somente de acompanhante. Encheram a porra do saco oferecendo suas bebidas e comidinhas palhoças, mas com aspecto de caras. A cada mulher que adentrava o seboso local, os vendedores soltavam um “maravilhoooosaaa”, com um tom tão baba ovo que, como diz uma amiga minha: “me deu 300 tipos de nojo”.

Isso vale para rodas de quem só conta vantagens sobre sucesso profissional e financeiro. Égua, esse pessoal não tem derrota não? Só vitória e pavulagem. Não que eu não curta falar sobre coisas legais, mas isso o faço com os meus amigos de verdade. E esses também escutam sobre minhas desventuras, azares, cagadas e afins. Afinal, a gente não é mocinho de filme gringo, que só vence as paradas.

Toda vez que escuto essas merdas dessas pessoas, que a maioria encontro contra minha vontade, penso: nunca duvide da previsibilidade da burrice de uma pessoa deslumbrada ou da cara de pau de alguém tentando se autoafirmar.

O mesmo pensamento tenho sobre roupas de grife ou não. Se uma camisa ficar legal, fouda-se se é da “Dion Caralion Fashion” ou do Zé Marreteiro. Mas tem gente  adora mostrar uma etiqueta e ainda dizer quanto aquilo custou. Eu hein!!

Por conta do meu jeito, às vezes sou rotulado com vários adjetivos como chato, ranzinza, etc. Pode ser. Até concordo. Mas nunca falso. Quer dizer, algumas poucas vezes sim, pois a “falsidade institucional” faz parte da jogatina da vida. Mas juro que tento ser cem por cento verdadeiro sempre.

Enfim, amo bobagens. Odeio futilidades. É isso!

Birita, música paid’égua e amizade: confraternização da Cúpula do Trovão

Sempre digo aqui que gosto de escrever sobre amor e amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Pois bem, ontem (22), na casa do casal de amigos Roberto e Amanda, rolou a confraternização da Cúpula do Trovão (grupo de adolescentes, hoje homens acima de 40 anos, que fez um catatau de merdas e se divertiu a valer nos anos 90). Mais do que uma feliz reunião etílica com trilha sonora porreta, foi reencontro de velhos afetos desse editor e uma noite memorável.

Sabem, é sempre bom reunir com estes sacanas, pois somos amigos há quase 30 anos. Eu e esse pessoal já aprontamos muito nessa vida. Além dos anfitriões, por lá estavam Paulo, Rose, Cydiclair, Patrick, Kariny, Anderson, Adê, Emerson e Andresa, eu e Bruna. Além da filharada da galera.

A Cúpula é um seleto grupo de pessoas que sei que posso contar quando a merda vai na palheta e as melhores companhias para endoidar. Na confra rolou churrasco, cerveja e caldeirada da melhor qualidade. Teve rock, dance dos anos 90, danças do pessoal (eu não danço, só dou risada) e, sobretudo, muita alegria.

Além disso, teve muita conversa boa. Papo legal sobre coisas sérias, merda engraçadas e nostalgia do nosso passado juntos. Afinal, juntos vivemos situações hilárias, emocionantes e memoráveis. Como diz o escritor Fernando Canto: “de um tempo que fomos para sermos o que somos”.

Tenho muitos deles, disso posso me gabar, graças a Deus! Muitos com quem posso contar em momentos escrotos e para também, claro, dividir momentos felizes de minha existência. Alguns deles estavam lá ontem. Sobre nossa história de amizade, também uso outra frase do sábio Fernando Canto: “Lembrar também é celebrar. E quando se celebra se rememora“. Pois ontem, criamos mais memória afetiva.

A festa cumpriu com o que prometeu. Obrigado, Cúpula!

Elton Tavares

Hoje é o Dia do Vizinho

Hoje (23) é o Dia do Vizinho. Não existe uma justificativa para o dia (não encontrei). A data homenageia a preciosa relação de “amor e ódio” entre os “companheiros de porta”; os companheiros que compartilham a mesma rua ou prédio.

Para muitos, vizinhos são um martírio. Já outros, adoram abrir as portas de suas casas para eles. Eu nunca fui chegado à vizinhança. Geralmente, vizinhança é sinônimo de fofocas e mexericos. Me dou bem com uma minoria deles, mas só porque não dou confiança.

Em alguns casos, os vizinhos podem virar grandes amigos, mas acredito que isso ocorre em somente 30% das situações.

Certa vez, cansado de tanta fofoca que as vizinhas contavam pra minha mãe, meu falecido pai fez uma reunião em minha casa.

O velho Penha (meu genitor) chegou de uma noite divertida com amigos, após ter tomado umas, chamou todos os casais de vizinhos e disse: “Dona fulana, a mulher do Cicrano fala mal da senhora. Mulher do ciclano,a Beltrana lhe detona todo dia, e continuou a dedurar a rede de intrigas que rolava por lá”.

Após jogar a merda no ventilador, foi dormir e deixou o bate boca rolando. Resultado: paz na rua de casa. Aquele cara era foda!

Também existem os casos de vizinhos invejosos. Lembro quando minha mãe trocou o carro e o vizinho atravessou a Rua só para perguntar quanto custou o automóvel. Meu irmão estava ao volante, íamos sair pra dar um rolé e tals, prontamente respondi ao enxerido: “Não lhe interessa!”. Odeio gente invejosa.

Ainda tem aqueles vizinhos evangélicos xiitas, que vivem querendo lhe levar para perto de Jesus (como se eles fossem mais próximos do filho de Deus). Só que eles não entendem que esse papo é chato pra cassete.

Sei da importância de conviver bem com vizinhos. Mas às vezes é bem difícil, principalmente quando estes ouvem música ruim no volume máximo ou vivem arrumando confusão. Aliás, nesta época natalina, deve ter uma negada mordida com o vizinho que vive repetindo aquela música chata cantada pela Simone: “Então é Natal…”. Cruzes!

Portanto, desejem boas festas à vizinhança, mas não lhes permitam muita abertura, senão vocês terão que emprestar algo, quebrar galho ou outros tipos de encheção de saco.

Elton Tavares

Val Milhomem, gira a roda da vida. Feliz aniversário, poeta do Formigueiro e amigo querido!

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amor ou amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Neste vigésimo dia de dezembro, Val Milhomem gira a roda da vida e lhe rendo homenagens, pois trata-se de um cara PHODA e muito querido amigo deste editor!

Val Milhomem é compositor, poeta do Formigueiro, um dos fundadores do Movimento Costa Norte, que fortaleceu a música regional amapaense, ícone da nossa arte, integrante do grupo Senzalas, letrista premiado e um dos maiores da música do Amapá, violonista, cantor, marido da Neth (Ufa!) e querido amigo deste jornalista, trata-se de um cara fantástico e lhe rendo homenagens.

A música é, com toda certeza, a arte mais sublime, pelos menos para mim. A poesia vem em seguida. Val Milhomem alia esses dois talentos à sua gente bonisse, paideguice, bom humor e total falta de estrelismo (o que admiro muito em um cara foda como ele).

Com mais de 30 anos de carreira e uma trajetória admirável, o artista eleva a cultura do marabaixo e o batuque, sempre com muito brilho e talento. Ele está entre os grandes que o Amapá se orgulha em ter como cancioneiros.

Val é um cara muito pai’égua, pois sempre tratou as pessoas com respeito, educação e gentileza. Com os amigos então, o cara é um parceiro e tanto. Gosto muito dele. Além de fã do cara, tenho o orgulho de dizer que ele é um brother querido.

Val, querido amigo, sempre fui teu fã e ter sua amizade é uma honra. Que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua, feliz, produtivo e iluminado. Que sigas pisando forte em busca dos teus objetivos com essa garra, sabedoria, coragem e talento que lhe é peculiar. Que tenhas sempre saúde e sucesso junto aos seus amores. Tu te garantes e eu dou valor em ti. Que a Força esteja contigo. Parabéns pelo teu dia. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Escreva, Elton, escreva – Crônica de Elton Tavares – *Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”

Ilustração de Ronaldo Rony

Sabem, quando trabalhava no Portal Amazônia (2008), aprendi que internet é velocidade da informação. Durante um curso de webjornalismo, em Manaus (AM), me ensinaram que é necessária a atualização diária de uma página eletrônica e, se possível, mais de uma vez ao dia.

Quando meu antigo blog foi criado, no final de 2009, lembrei-me dos ensinamentos do Portal e comecei a postar cada vez mais conteúdo. São coisas sérias e besteiras. Foi assim que adquiri esse lance de me cobrar escritos.

Neste meu site publico tudo que me dá na telha, a “blogagem” é um vício legal. Tento informar e divulgar Cultura, coisas interessantes, além de besteiras que me agradam, tentando pontuar as coisas de forma diferente, fugindo das mesmices, modinhas e papos furados. Sempre tentando usar cérebro e coração.

Não gosto de discutir o “sexo dos anjos”, mas perco tempo com disparates legais sim, além de disparar minha opinião sobre qualquer coisa, doa a quem doer. O problema são os questionadores, que não entendem que este site é meu. Mas sou responsável pelo que escrevo aqui e não pelo que eles entendem.

Ah, este espaço está sempre aberto para divulgação de Cultura em todas as suas vertentes, é só mandar por e-mail (endereço no layout do site).

Continuarei sempre a publicar no De Rocha o que me der vontade, mas nunca uma mentira. Como dizem no velho latim (meu amigo Edgar Rodrigues me ensinou este ditado): “Verum, dignum et Justus Est!” (É verdadeiramente, digno e Justo!). A não ser que seja algo engraçado e tão absurdo que ninguém acredite. No mais, esse textículo foi só para matar a coceira dentro da minha cabeça, que diz: “escreva, Elton, escreva!”.

Elton Tavares

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, de minha autoria, lançado em novembro de 2021.

Emerson Tavares gira a roda da vida pela 43ª vez. Feliz aniversário, meu irmão e melhor amigo de sempre. Te amo!

Eu sempre escrevo aqui sobre aniversários de meus afetos. Quanto mais próxima a mim a pessoa, mais difícil é o texto. É o caso de hoje, pois um dos grandes amores da minha vida toda, gira a roda da vida, e é difícil sintetizar esse sentimento de gratidão pela vida dele em um só texto de felicitações. Trata-se de Emerson Tavares, o meu mais que maravilhoso irmão e melhor amigo.

Emerson Tavares é contador e empresário. É muito bom no que faz, pois além de competência, é obstinado, tem carisma e presta serviço em nível de excelência. O cara é mais foda ainda como pai, irmão, filho, marido, genro e amigo. Sim, como disse o nosso amigo Paulo Bitencourt (o Boca): “Merson consegue transferir felicidades para as pessoas em sua volta”. Paulinho foi cirúrgico com essa afirmação. Meu irmão é um cara que respeito, admiro e escuto. Sou o presidente do fã-clube dele há 43 anos.

Merson não acredita em teses filosóficas, encantos, visagem, mapa astral ou algo do tipo. É um cara cético e prático. Sua única devoção é com Deus, que, aliás, o fez chegar até aqui com saúde e sucesso. Graças a ELE, são tantas as pessoas que amam Emerson Tavares. Se tem coisas de que me orgulho nessa vida é de ser filho e neto de quem sou e irmão dele.

Emerson é meu melhor amigo no desassossego e na alegria, na paz e na guerra, na lucidez da família e na loucura do rock doido. Ele é meu herói e anti-herói em uma só pessoa nos dias de sol, chuva ou madrugadas doideiras.

Emerson é capaz de dar uma voadora em um cara após o infeliz me empurrar, o que já aconteceu quando eu, ele e Edmar quebramos uma galera de metaleiros na porrada ou chegar de surpresa em Macapá, na véspera da minha cirurgia bariátrica (quando ele veio de Belém cuidar de mim e me encorajar antes do procedimento operatório, o qual eu tava morrendo de medo e ele foi foda em me fortalecer e cuidar de mim). Ele é capaz de brigar comigo quando ninguém mais tem coragem, me tirar do caos e me trazer de volta pra luz.

Toda vez que abro a gaveta de minha memória afetiva, estão lá as marcas de nossa infância feliz, os perrengues que conseguimos vencer juntos, as brigas de rua que ganhamos, as melhores viagens, incontáveis vezes que fomos felizes juntos. A gente aprendeu a beber, fumar, brigar e pirar juntos. Gosto das boas histórias para contar e lembrar. Ah, é o único cara que permito tirar o maior sarro da minha cara, tira barato e faz os amigos rirem de mim.

Gosto de tudo no meu irmão. Das coisas belas e das feias também. Emerson é um cara super extrovertido e palhaço e eu estranhíssimo. Aceitamo-nos como somos e nos respeitamos um ao outro. E, para ambos, isso já basta.

Aprendi com nosso saudoso pai, o Zé Penha (A LENDA), que a vida é muito curta para não dizermos a quem amamos que os amamos. Ele nos deixou essa lição e seguimos isso de forma literal. E eu, meu irmão, te amo com toda a força que existe aqui.

Emerson Tavares é o melhor amigo deste jornalista aqui desde 1979. Eu tinha três anos e alguns meses quando ele pintou no mundo e transformou a vida menos tediosa, mais feliz. O cara veio me salvar de tudo, de todos e de mim mesmo. Com ele, eu atravessaria o inferno. Na verdade, atravessamos algumas vezes (mesmo ele lá em Belém eu em Macapá). Ainda bem que as travessias foram muito mais vezes pelo paraíso.

Merson, sou muito sortudo por te ter na minha vida. Por tua existência orbitar a minha e vice-versa. Que tua vida, meu irmão, seja longa, com mais sucesso e saúde. Tu és o cara mais PHODA do meu mundo. Não à toa, todos o amam. Amo-te demais (sim, repito isso demais nesse texto, pois amo demais esse sacana).

Parabéns pelo teu dia, irmão. Feliz aniversário!

Elton Tavares

154 dias e contando: eu amo viver com a Cereja – @cerejaverso

Hoje, 9 de dezembro de 2022, completam cinco meses da feliz colisão. Sim, uma “controada”, como diz o amigo poeta e escritor Fernando Canto. Alguns podem dizer: só isso de tempo? Mas acreditem, nestas 22 semanas, vivi tanta coisa com a Bruna Cereja. A maioria delas entrou para o banco de memórias afetivas desta jornada.

Eu amo dormir e acordar com ela. Amo trabalhar com a genial profissional que a publicitária é (sim, somos amigos há mais de uma década e também colegas de trampo).

Amo as pequenas coisas, como ir ao supermercado, farmácia, shopping ou qualquer lugar do cotidiano com essa mulher fantástica. Amo quando ela fica agarrada em mim por horas. Amo até seu ronco baixinho, quase inaudível. Amo quando ela ri (o som é engraçado e gostoso), amo quando ela canta, pois sua voz é firme. Amo até quando ela me ensina coisas chiques ou curiosidades em inglês, idioma que é fluente.

Amo quando ela faz caretas legais depois de falar alguma merda engraçada. Amo o lance dela me mostrar besteiras cômicas na internet. Amo quando ela cuida de mim. Amo quando me deixa morto de cansado de tanto amá-la.

Amo quando ela lê em voz alta. Amo quando a gente roça os pés um do outro ou quando ficamos em silêncio de mãos dadas vendo TV. Amo nossas gulodices e amo o fato que a gente se garante juntos no trampo. Amo aprender com ela sobre tudo, pois a menina é brilhante.

Amo quando a gente beija em locais públicos e ela fica com vergonha por eu ser um grude em qualquer lugar. Amo quando vamos ao cinema e falamos merdas sobre os filmes ruins e analisamos os filmes bons.

Amo quando fazemos planos de viagem e amo mais ainda viajar com a Bruna. Amo que minha família a ama e ela a eles. Sobretudo, minha mãe, irmão e sobrinha. Amo que a Cereja seja uma unanimidade entre os meus maiores afetos.

Amo quando ela fala as sacanagens legais e a gente ri pra caralho. Já disse e repito, a Cereja é o Charles Bukowski de saia e salto alto. Amo até quando, depois de uma discussão, a gente conversa e fica de boa logo em seguida, pois isso é amor.

“Virei namorada de um amigo de longa data. Daqueles de idas e vindas na amizade. A reciprocidade de gênios se transformou na sintonia de sentimentos a mais”, disse ela, há quatro meses, após os nossos primeiros 30 dias. Amo que rolou a nossa feliz colisão, após 11 anos de amizade.

Amo quando a gente sai junto pra jantar ou bebe um vinho em casa. Amo assistir filmes com ela, ouvir músicas e bater papos sobre a vida, sobre nosso cotidiano, sobre nossas loucuras, erros (assim tiramos sempre o melhor das adversidades que pintaram no caminho) e acertos.

Como o amanhã não nos pertence, e ninguém que conheço saca de futurologia, a única coisa que peço pra mim e para ela é que sigamos juntos, pois eu amo viver com a Cereja, minha namorada linda, inteligente, divertida, entre outras tantas qualidades que faz dela uma mulher fantástica. Sim, hoje, 9 de dezembro são 154 dias completos e contando. Te amo, Bruna!

Elton Tavares

Sobre os 42 anos da morte de John Lennon completados hoje #LennonLivesOn

 

Hoje, 8 de dezembro, completam 42 anos que John Winston Lennon foi assassinado covardemente com cinco tiros, por Mark David Chapman, “fã” dos Beatles, lendária banda fundada por Lennon.

A polícia chegou minutos depois e levou John na própria viatura para o hospital. O assassino permaneceu no local com um livro nas mãos, “O Apanhador no Campo de Centeio” de J.D. Salinger. John morreu após perder cerca de 80% de seu sangue. O ano era 1980 e o ex-beatle tinha quarenta anos de idade.

John Lennon foi um músico, compositor e cantor brilhante e um ativista fervoroso. Um artista original, que fazia questão de expressar o que pensava e sentia, ainda que várias caísse em contradição ou criasse confusão com isso.

Além da trajetória com os Beatles, teve uma carreira solo consistente e recheada de sucessos inesquecíveis, como a canção “Imagine”. Sim, ele transformou suas alegrias e tristezas em música, de forma sublime.

Se estivesse vivo, John teria 82 anos e, com toda certeza, seria ainda maior do que é, e do que representa para todos que admiram ótimas ideias, belas músicas e atitude.

John Lennon foi um músico, compositor e cantor brilhante e um ativista fervoroso. Um artista original, que fazia questão de expressar o que pensava e sentia, ainda que várias vezes caísse em contradição ou criasse confusão com isso. O cara foi, além de talentosíssimo, muito polêmico.

Ele não foi o mais louco, o melhor guitarrista e nem o mais boa pinta, mas foi o maior de todos os rock stars. Lennon foi bem mais que um músico brilhante. Graças a um talento ímpar, ele conseguiu experimentar tudo o que sonhou até encontrar um tipo de alegria plena. Um cara genial, com um talento ímpar, que viveu como quis. Ele foi PHODA demais!

Em 14 de novembro de 2015, a banda Pearl Jam fez um show no Estádio do Morumbi, em São Paulo. Eu tava lá. O grupo americano homenageou, de uma só vez, os mortos nos atentados terroristas em Paris (FRA), ocorridos na noite anterior ao show, e John Lennon (o falecido Beatle completaria 75 anos em 2015). O Pearl Jam tocou “Imagine” e todos no estádio do Morumbi acenderam seus celulares, pois a luz da esperança nunca apaga. Foi emocionante e lindo!

Sim, o velho Lennon sabia das coisas. Certa vez ele disse:

Eu acredito em Deus, mas não como uma coisa única, um velho sentado no céu. Eu acredito que o que as pessoas chamam de Deus, está dentro de cada um de nós. Eu acredito que Jesus ou Maomé ou Buda e todos os outros estavam certos. Foi só a tradução que foi feita errada” – John Lennon.

Um relato para finalizar: certa vez, um colega jornalista (daqueles chegados num pagode, micaretas e afins) me perguntou por que sou “tão fã” de Lennon. Nem me dei ao trabalho, só disse: “Eu realmente preciso explicar?” (risos).

A vida é o que te acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos” – John Lennon

Fonte: Revistas, filmes, discos, livros, sites, amigos e minha imensa admiração por John Lennon.

Elton Tavares

Meus amigos de Liverpool – Crônica (memória fictícia) de Ronaldo Rodrigues – Republicada pelos 42 anos da morte de Lennon

Crônica (memória fictícia) de Ronaldo Rodrigues

Tudo começou em 1963, quando conheci o John. Ele era meio maluco, falava muito e estava sempre a fim de fazer alguma coisa: montar uma banda de rock, formar um grupo de apoio social ou reunir uma galera boa para invadir um pub e roubar toda a cerveja. Pois foi uma banda que nós resolvemos montar.

Ele apareceu uma vez com um cara que tocava muito, o Paul. Depois, o Paul trouxe outro cara que tocava demais, o George. Tínhamos então eu no vocal, John na guitarra base, George na guitarra solo e Paul no baixo. O Pete, que era nosso baterista, não ficou muito tempo e logo apareceu um tal de Ringo, que já desfrutava de um certo sucesso.

Fizemos umas pequenas turnês, já angariávamos algum prestígio e muita gente curtia nossas músicas. A maioria era de minha autoria, mas o John e o Paul brigavam tanto por serem as estrelas principais que abri mão da minha participação e deixei os dois assinando as músicas, mesmo que várias delas fossem minhas.

Gravar um disco ainda era um sonho muito distante, mas entrou em cena outro cara, o Brian, que surgiu atraído pelo sucesso que fazíamos no pequeno circuito em que transitávamos. Ele já tinha todos os macetes e sabia, como se diz hoje, o caminho das pedras. Antes que o Brian tomasse conta do grupo, eu resolvi sair. Era muita correria: compor, ensaiar, gravar, cumprir a exaustiva agenda de shows… Ufa! E, também, a minha timidez não combinava com o estrelato. A vida pacata que levei desde então foi o suficiente para mim.

Voltei para minha pequena cidade e segui minha carreira de ilustre desconhecido, bem mais quieta do que a vida de celebridade. Aquela banda se tornou mesmo um sucesso mundial e eu passei a colecionar recortes de jornais com shows e entrevistas daqueles amigos que eu havia deixado em Liverpool e que logo depois se mudaram para Londres. Jamais revelei a alguém minha ligação com a banda.

Depois que os rapazes conquistaram o mundo, a banda se dissolveu. Os fãs diziam que o fim foi cedo, que ainda havia muita música boa para vir à tona. A maioria dos fãs culpava a nova esposa do John pelo fim. Outros diziam que o Paul queria a liderança a qualquer custo e isso desgastou a relação. A minha opinião, que não foi pedida por ninguém, é que as coisas boas, para terem existência completa, precisam mesmo acabar. Começo, meio e fim: esta é a fórmula.

Meus amigos de Liverpool continuaram fazendo sucesso em suas carreiras solo, o tempo passou e o período em que fiz parte daquela banda ia ficando nos desvãos mais recônditos da memória. Até que, certa manhã, ao abrir o jornal, fui despertado do meu resto de sono pelo barulho ensurdecedor de vários tiros e a manchete que jamais esperei ler algum dia, a notícia crua, a frieza do assassino. As lembranças voltaram dolorosamente: os óculos redondos, o humor sardônico, as passeatas pela paz mundial. E aquela data ficou para sempre sangrando em mim: 8 de dezembro de 1980. Mas quem vai acreditar nisso?

*Republicada pelos 42 anos da morte de Lennon.

Frases, contos e histórias do Cleomar (Segunda Edição de 2022)

Tenho dito aqui – desde 2018 – que meu amigo Cleomar Almeida é cômico no Facebook (e na vida). Ele, que é um competente engenheiro, é também a pavulagem, gentebonisse, presepada e boçalidade em pessoa, como poucos que conheço. Um maluco divertido, inteligente, gaiato, espirituoso e de bem com a vida. Dono de célebres frases como “ajeitando, todo mundo se dá bem” e do “ei!” mais conhecido dos botecos da cidade, além de inventor do “PRI” (Plano de Recuperação da Imagem), quando você tá queimado. Quem conhece, sabe.

Assim como as anteriores, segue a Segunda Edição de 2022, cheia de disparos virtuais do nosso pávulo e hilário amigo sobre situações vividas em tempos pelo ilustre amigo. Boa leitura (e risos):

Dívidas

Cinco da manhã, olhando pra o teto e tentando descobrir, como é que eu vou resolver esse caraio!? Quem nunca?

Loucura ou Patriotismo

E o Natal dos patriotas, vai ser na frente do quartel ou no hospício mesmo?

Copa do Mundo e Sabedoria maluca

Segundo meu amigo Luiz André Andrade, pra balancear esse negócio de Copa, a próxima deveria ser na Holanda.

Black Friday

O dia que esse pessoal jogar a Black Friday pra o dia do pagamento, eles vão ver o que é desgraça, pra eles… e pra mim.

Época de manga

Tá pra acabar a época das mangas e eu não comi nenhum prikito! Calma aí, me atrapalhei!

Daniel Alves convocado pra Copa

Quando o Daniel Alves for dar um pique e der nele uma “dor de viado”, tu faz um L.

Protesto e chifre

Sabe o que eu acho mais paidégua!? É esse sol rachando e os abestados protestando no meio da estrada, quiçá levando até chifre numa hora dessas.

2º Turno

Ei, perdeu perdeu, bora parar com a porra do mimimi, isto não é um país de maricas, tá ok!?

1º Turno

Sábado, saí de casa e parei na Santos Dumont, olhei no retrovisor, tudo tranquilo e então abri a porta. Nisso um cidadão de bem, com seu carro devidamente adesivado/embandeirado passa, pára e começa a buzinar, eu achando que era algum conhecido me aproximei do veículo.
Eu: Oi, algum problema?
Ele: PORRA, TU ABRIU A PORTA!!
Eu (Já entendendo o que tava acontecendo): E TU QUERIAS QUE EU SAISSE PELA JANELA?
Ele (Mais puto ainda): EU DEVIA TER ARRANCADO TUA PORTA!!
Eu: Bicho, dava pra passar dois carros sem encostar na minha porta, tu andas muito nervosa bicha!
Ah pra quê! O cabra queria descer do carro, me chamou de tudo quanto foi caraio, putaço da vida. Por conta de outros motoristas que buzinavam atrás na agonia pra não perder o sinal aberto, ele foi se saindo. Antes que minha voz não pudesse mais ser ouvida por ele ainda bradei, “Bolsonaro é meuzovo!”. Nesse mesmo momento ele abruptamente parou no meio do cruzamento, o carro que vinha atrás quase o acerta. Eu tranquilamente e lembrando dos conselhos de minha mãe, pra evitar confusão com desconhecidos, entrei no carro e “capei o gato”. Eu hein, esse pessoal sabe nem brincar!

Deixa eu ver se entendi, se o Bozo ganhar, tudo bem, se perder, a eleição foi roubada. É só os votos de vcs que valem nesse crlh?

Roberto Jefferson

E aí? A história do bandido bom é bandido morto, também vale pra o Roberto Jefferson ou só pra o preto, pobre e favelado?

Kilão

Eu queria entender esse meu desespero no Kilão, essa falta de limites. Em casa eu não como desse jeito, fdc!

Urucubaca

Resumo da Semana
2°- Caí num buraco, arrebentou o escapamento do carro, tive que trocar
3° – Faltou energia, quando voltou, queimou o motor da geladeira, tive que trocar
4° – Minha central de ar começou a desligar do nada, placa queimada, tive que trocar
5° – Quebrou a porta do microondas, foi pra o conserto, tive que trocar

Ontem, sexta-feira, aconselhado pela minha mulher, resolvi tomar um banho de sal grosso lá no quintal. Na hora do ritual pra espantar essa urucubaca da porra, ainda caiu um grão de sal no meu zóio, quase fico cego, fdc!

Parcelamento

Nessa história de me permitir as coisas pq eu mereço, é que nunca mais pude comprar nada parcelado.

Alergia de pobre

Acho muita putaria o cabra ser pobre e alérgico a ovo. É praga em cima de praga.

Já começou a festa para Imaculada Conceição no quilombo do Curiaú

No quilombo do Curiaú, há 78 anos, Nossa Senhora da Conceição é homenageada com novena, missa, baile, batuque almoço e recreação para as crianças, em uma programação organizada pela família de Joaquina e Joaquim Ramos, o conhecido quilombola Gorgia. Iniciou nesta quinta-feira com a primeira novena, e segue até 10 de dezembro, com o baile. O dia dedicado à santa, 8 de dezembro, é o mais aguardado pelos devotos, que se deslocam de todo o estado para a festividade.

Os festejos foram iniciados pelo casal Joaquim e Joaquina, já falecidos. A matriarca festejava o aniversário dia 8 e faziam também a devoção à Imaculada, com a família e vizinhos, na maloca no terreiro, coberta com palha, e servia-se peixe cozido para agradecer a fartura do alimento. A festa foi crescendo, o número de promesseiros aumentando, e os oito filhos do casal assumiram o compromisso com a santa e a comunidade.

O pequeno espaço onde a programação era realizada hoje é uma sede social, onde são servidas as refeições aos participantes e realizados o batuque, missa e baile. Tem programação para todos, inclusive para as crianças, que aprendem desde cedo a respeitar e ter fé em Nossa Senhora da Conceição. O calendário religioso inicia com a novena, de 1° de dezembro até 7, e cada filho é responsável por um destes dias, com a ajuda de netos, bisnetos e demais familiares.

No dia 8, quando católicos de todo o Brasil rendem homenagem à Imaculada Conceição, a programação começa às 8h, com a Santa Missa, que neste ano será rezada pelo Bispo Dom Pedro Conti, seguida da procissão, às 9h, café da manhã, almoço, recreação infantil e baile. No dia 9 a festa continua com o almoço, jantar e o tradicional batuque. O encerramento é no dia 10 de dezembro, com o baile.

Os festejos seguem os rituais antigos, como as refeições, que ainda são preparadas e servidas pela família e amigos, entre risadas e histórias de antigamente, que começam com o abate dos animais, corte das verduras e legumes, preparação do fogo no chão, e cozimento nas fogueiras do quintal ou na cozinha. Os primeiros a serem servidos são os idosos e músicos da roda de batuque, e durante a missa, todas as atenções são voltadas para a santa.

“Mantemos a tradição de família, recebemos amigos, devotos e a comunidade com muito amor e respeito, mesmos sentimentos que queremos de todos que vierem participar. Passamos a pandemia sem realizar nossa festa, mas desde 2021 voltamos e estamos organizando a programação para que todos se sintam bem, os devotos paguem suas promessas e todos se divirtam”, disse a professora Raimunda Ramos.

(Texto: Mariléia Maciel)