Cantando o Amapá, Grupo Pilão comemora 45 anos com Live

A Prefeitura de Macapá realizará nesta sexta-feira, 4, a partir das 20h, um show virtual em comemoração aos 45 anos de criação do Grupo Pilão. Relembrando os melhores momentos da sua carreira, o evento, que será transmitido pelas redes sociais da prefeitura, promete encantar os internautas, amantes da música amapaense.

Criado em 25 de setembro de 1975, por ocasião da realização do 5º Festival da Canção Amapaense, o Grupo Pilão é pioneiro no uso e valorização da cultura regional do Amapá. Formado inicialmente por três músicos (Fernando Canto, Bi Trindade e Juvenal Canto). O grupo se destacou por utilizar um pilão como instrumento de percussão durante os shows.

Ao decorrer de sua carreira, ganhou quatro novos integrantes – Eduardo Canto, Orivaldo Azevedo Costa, Tadeu Canto e Leonardo Trindade. Durante sua trajetória musical, o grupo gravou três CDs – “Na Maré dos Tempos”, “Quando o Pau Quebrar” e “Trevelê”. A maioria das letras das músicas gravadas é de autoria do cantor e compositor Fernando Canto. Com sua vasta experiência em gravação de CDs, o maestro Manoel Cordeiro também foi responsável pelos arranjos e direção musical dos três discos.

O Grupo Pilão sempre teve como pano de fundo a valorização da cultura local e popular, além da preocupação com as transformações econômicas, ambientais e sociais que o estado do Amapá enfrentou ao longo de quatro décadas e meia de existência do conjunto musical. Uma das canções mais conhecidas do grupo é “Quando o Pau Quebrar”.

Será uma noite memorável, com influência do batuque, Marabaixo, traduzido no melhor da música amapaense com um dos grupos mais tradicionais da nossa terra. Todos poderão acompanhar a transmissão do evento de casa, por meio do Facebook e Youtube da Prefeitura de Macapá, a partir das 20h desta sexta-feira.

Secretaria de Comunicação de Macapá
Kelly Pantoja
Assessora de comunicação
Foto: Gabriel Flores

Macapá Verão Online: ocorre nesta quinta a última edição do Estação Lunar

Nesta quinta-feira, 3, a Prefeitura de Macapá apresentará a última edição da Estação Lunar deste ano. Nove artistas amapaenses abrilhantarão o evento que marca a grade de programação do Macapá Verão 2020. Será uma noite de muita música, poesia e exposição de artes visuais. Todos irão poder acompanhar de casa, por meio da página oficial do Facebook da Prefeitura de Macapá e YouTube.

O evento será transmitido a partir das 19h e as atrações contam com grandes nomes da música regional, como Nonato Leal, Finéias Nelluty, Mayara Braga, Ariel Moura, Alan Yared, Grupo Guá e Suíte Popular. O público ainda poderá prestigiar um momento literário com o grupo Poetas Azuis.

Confira a programação completa:

– Exposição de artes Gibran Santana (artes visuais)

– Alan Yared (música)

– Hayan Chandra (literatura)

– Suíte Popular (música)

– Ariel Moura (música)

– Poetas Azuis (música)

– Nonato Leal (música)

– Mayara Braga (música)

– Grupo Guá (música)

– Finéias Nelluty (música)

Secretaria de Comunicação de Macapá
Kelly Pantoja
Assessora de comunicação

Os aviões – Conto de Lulih Rojanski

Conto de Lulih Rojanski

Amanhecia quando começaram a passar os aviões. E o primeiro a passar foi o primeiro avião da vida do lugar. Nunca antes houve outro que tivesse sobrevoado tão remoto povoado ao sopé de tão remota montanha, onde tudo o que se via no céu eram as neves do inverno e as nuvens baixas que escondiam os sóis e as luas.

Naquele dia, as nuvens abriram espaço aos aviões e todos correram para os campos com o olhar perplexo para ver passarem os grandes pássaros de aço com seus roncos de monstro desperto. Os rostos queimavam de felicidade ao insólito desfile de meia dúzia de aeroplanos que faziam cinematográficas acrobacias, inusitados desenhos no céu.

As crianças eram as mais encantadas, e se habituaram logo à névoa mágica despejada sobre o povoado, pois as cerrações dos seus invernos na montanha eram infinitamente mais densas. Os velhos deitavam-se de costas, uns ao lado dos outros, para ver o espetáculo, e nem eles nem as crianças sentiam passar o tempo, hipnotizados pelo milagre da descoberta de sua existência pelos homens que possuíam aviões.

Quando não havia mais ninguém dentro das casas, quando todos se encontravam deitados ou sentados na relva, os aviões despejaram a linda névoa vermelha que magicamente levou os velhos, os jovens e as crianças para o sono sem volta.

Macapá Verão Online: Movimento Costa Norte subirá ao palco após 25 anos

A programação do Macapá Verão Online apresentará um show com os artistas Amadeu Cavalcante, Osmar Junior, Val Milhomem e Zé Miguel, depois de 25 anos sem se apresentarem juntos em um mesmo palco, período em que realizaram produções em carreiras solos. Os artistas são idealizadores do Movimento Costa Norte, o mais importante movimento musical do Amapá.

Inspirados na necessidade da ação coletiva em prol do fortalecimento da identidade da música do Estado, os profissionais partiram para a pesquisa da música na Amazônia brasileira. Dessa forma, os artistas conseguiram ajudar a criar uma identidade da música popular na região, principalmente no Amapá.

O Movimento Musical Costa Norte, fundado no final da década de 1980, em Macapá, pelos cantores Amadeu Cavalcante, Osmar Júnior, Val Milhomem e Zé Miguel, influenciou toda uma geração e criou conceitos da música amapaense, com seus valores sociais e culturais. Mas a história completa do movimento será contada neste sábado, 5, a partir das 20h, com transmissão ao vivo pela página do Facebook da Prefeitura de Macapá (facebook.com/prefeiturademacapa).

Secretaria de Comunicação de Macapá
Cliver Campos
Assessor de comunicação
Contatos: 98126-0880 / 99175-8550
Foto: Cleito Souza

Discos que formaram meu caráter parte I: Mondo Bizarro (1992) –  28 anos que o álbum foi lançado. – Por Marcelo Guido

Por Marcelo Guido

Existem fatos marcantes na vida das pessoas que realmente só são importantes para elas mesmas. O que quero contar nessas humildes linhas é sobre a importância de fatos que ocorreram em minha vida,  que formaram ou deram esboço sobre o que sou hoje.

Corria o ano de 1992 e eu tinha 12 anos. Estava naquela fase que não sabemos se somos moleques ou homens. Etapa que começamos ser cobrados por atitudes ou pensamentos e responsabilidades nos começam a ser jogadas.

Foi mais ou menos nessa época de transição que conheci algo que pautaria minha vida até os dias atuais e me fazem ser o que sou hoje. Agradeço profundamente a meu irmão que me deu uma k7 (jovens as músicas já vieram em retângulos plásticos, com furos e eram chamados de “fita”), em um esquema assim “Toma, não gostei disso”.

Ouvir aquilo pela primeira vez foi FANTÁSTICO. Eu tinha em mãos um verdadeiro tesouro algo relativamente como o “Santo Graal”, simplesmente um pequeno esboço da banda que eu passei automaticamente achar a melhor de todas.

Pra começar pela capa, uns caras todos deformados, com uma atmosfera de “Foda-se, não estamos nem ai”, ou algo como “Não somos os mais bonitos, somos os mais fodas”. E era isso que realmente importava. Lembro-me que tinha em minha casa artefatos que hoje são jurássicos como um “Toca Fitas”, vermelho que atendia pela alcunha de “Meu primeiro Gradiente” (muitos vão saber o que é isso).

Ao colocar aquele famigerado k7 e ouvir os primeiros acordes de “Censorshit”, minha vida realmente ganhou sentido. Ver aquela figura, de voz esquisita, mandado aquelas verdadeiras farpas contra a censura americana foi algo que me fez refletir sobre o que fazemos no mundo. Ramones mostrava pra mim naquele som, que tudo estava errado. Que temos que fazer algo para melhorar e que o melhor e fazer por nossas mãos.

Mondo Bizarro, também foi o disco em que a banda conseguiu seu maior apelo e sucesso comercial, chegando a receber discos de ouro e platina em vários países como Brasil, Argentina e Chile (Pra ficarmos em nosso continente). Também foi o primeiro disco de estúdio que o C.jay Ramone gravou com a banda. Esse cara é responsável pela excelente “Strengh To Endure”. É para mim a melhor formação de todos os tempos de uma banda de rock: Joey, Johnny, C.Jay e Marky.

O disco brinda os fãs com uma bela mensagem em “It´s Gonna Be Alright”, “Isto é dedicado aos nossos fãs pelo mundo,mais fiéis e com certeza, quando a vida fica frustrante vocês fazem valer a pena…Não é ótimo estar vivo?”, exemplo de respeito e dedicação a os fãs é algo muito raro.

Sem contar claro da participação de Dee Dee Ramone que mesmo fora da banda nos brinda junto com Daniel Rey com a gloriosa “Poison Heart” Trilha sonora de “Pet Cemetery 2” (Clássico), bom podem ver que realmente um “Discão”.

A partir dessa audição e de muitas que fiz depois deste dia, minha vida ganhou relevância, pra começar o gradiente vermelho foi decorado logo com uma oriunda caveira desenhada toscamente por mim no esquema “Faça você mesmo”. Agradeço-te muito meu irmão por ter me dado sentido. Durante muitos anos o que eu realmente quis foi uma jaqueta preta, uma calça jeans rasgada, uma moto e uma camiseta dos Ramones.

VIDA LONGA A O PUNK!

*Marcelo Guido é jornalista, professor, assessor de comunicação, pai da Lanna e Bento e marido da Bia, além de amante de Rock and Roll.

**Mondo Bizarro é 12º álbum de estúdio dos Ramones. Em 1 de setembro de 1992, a banda lançou este, há 28 anos. Por conta da data, republicamos este texto porreta do Marcelo Guido. 

Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus recebe 2ª edição da Live Solidária dos Artistas Católicos do Amapá

Valor arrecadado vai beneficiar famílias carentes de comunidades da Paróquia

Os Amigos Músicos e Artistas Católicos do Amapá, AMACA, realizam no próximo dia 2 de setembro, às 19h, a 2ª edição da Live Solidária dos Artistas Católicos do Amapá. O projeto busca nesta edição ajudar a comunidade da paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, no Distrito de Fazendinha.

A ação reúne artistas de várias comunidades católicas de Macapá e Santana, que buscam desenvolver voluntariamente os serviços de caridade às famílias carentes, com música, entretenimento e arrecadações de donativos.

“Todo recurso arrecadado é destinado à aquisição de cestas básicas, materiais de higiene e limpeza para famílias de Macapá, muitas delas afetadas pelo coronavírus, especialmente mulheres chefes de família e desempregadas”, explica Lono Freitas coordenador.

Serviço:

Live Artistas Católicos
Data: 2/09/2020
Hora: 19h
Local: Igreja N. S. do Perpétuo Socorro, no Distrito de Fazendinha
Transmissão: Facebook @ArtistasCatolicos.

Diocese de Macapá
Márcia Fonseca / Pascom
Contato: 98139-7609 / 99118-7183

Heraldo Almeida gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo! – @heraldocalmeida

O carnavalesco, mestre de cerimônias, fundador do bloco Mãe Luzia, flamenguista e também torcedor do São José, boêmio, ilustre cidadão laguinense, jornalista, radialista que pilota o programa O Canto da Amazônia (todos os dias de segunda a sexta na Diário FM 90,9), produtor e militante cultural e incentivador do Banzeiro Brilho de Fogo, Heraldo Almeida, gira a roda da vida neste segundo dia de setembro.

O cara chega aos 55 anos com todo o gás, saudável e de bem com a vida. Hoje, lhe rendo homenagens pelo seu aniversário. Heraldo é um cara articulado, divertido, presepeiro, mas muito trabalhador. Sobretudo, um homem de bem.

Militante, incentivador e divulgador da Cultura do Amapá, Heraldo é um exemplo de jornalista cultural nesta terra no meio do mundo. Missão essa nada fácil por diversos motivos que vão desde pouco apoio/incentivo financeiro para essa tão importante vertente do jornalismo, quanto o estrelismo de muitos megalomaníacos. Mas para a nossa sorte, ele segue na luta como um baita profissional e um cara porreta!

Inclusive, Heraldo lançará seu site, homônimo ao programa de rádio que pilota há tempos, amanhã (3), no endereço eletrônico www.ocantodaamazonia.com . Como eu sempre digo: quanto mais divulgação da cultura amapaense, melhor! Desejo muito sucesso ao amigo no novo desafio. Como diz a gíria, “tamo junto”.

Por tudo isso e mais uma renca de coisas porretas, parabenizo Almeida pelo seu niver. Heraldo, mano velho, que sigas com toda essa paideguice, boa vontade, alto astral e saúde. Que teu novo ciclo seja ainda mais porreta. Meus parabéns pelos teus dias (o sacana faz aniversário duas vezes, hoje e amanhã, por ter sido registrado no dia 2, mas ter estreado no dia 3 de setembro) e feliz aniversário!

Elton Tavares

Programa O Canto da Amazônia lança o site da cultura

 


Nesta quinta-feira (3), às 16h, o programa ‘O Canto da Amazônia’, que vai ao ar de segunda à sexta, das 16h às 17h30, na Diário FM 90,9, estará lançando o site da cultura www.ocantodaamazonia.com – do Amapá para o mundo.

Esse projeto nasceu em 2008, na rádio Equatorial FM 94,5 indo ao ar das 8h30 às 10h30, com o objetivo de levar ao conhecimento do público as artes produzidas no Amapá e seus autores. O grande público, sobretudo, a nova geração, não conhecia os artistas do Estado, muito menos o que eles faziam, pois não existia um canal divulgador para escoar os maravilhosos projetos regionais existentes nas terras tucujus.

“Fizemos pesquisa na zona Norte de Macapá e a juventude desconhecia totalmente os artistas e a existência das músicas que cantam o que é nosso e quem somos. Isso nos preocupou e aumentou nossa responsabilidade e nos incentivou ainda mais a criar esse canal e, através dele, tornar nossa produção artística e seus autores, conhecidos”, disse o jornalista Cláudio Rogério, produtor e, também criador do projeto.

Na rádio Equatorial FM o programa permaneceu por dois anos, 2008/2009. Em 2011 migrou para a rádio Diário FM 90,9 onde está até hoje. Na atual casa ‘O Canto da Amazônia’ ganhou força e popularidade, se tornando a referência dos artistas de todos os segmentos que produzem a arte regionalizada com linguagem amazônica em toda a região norte.

“Depois de onze anos no ar com o programa O Canto da Amazônia, criamos o site ocantodaamazonia.com para dar continuidade com mais força, amplitude, reconhecimento e pertencimento do que já fazemos, com muita responsabilidade. Assim, iremos continuar junto com os artistas sempre”, disse o jornalista Heraldo Almeida, apresentador e fundador do projeto.

Fonte: Diário do Amapá

Agentes culturais terão até o dia 17 de setembro para realizar cadastro referente ao auxílio emergencial da Lei Aldir Blanc

A  Secretaria de Cultura do Estado do Amapá (Secult) informa que os agentes culturais terão até o dia 17 de setembro para realizar cadastro referente ao auxílio emergencial da Lei Aldir Blanc. O Governo do Amapá iniciou, no último dia 17 de agosto, o cadastramento cultural de artistas, grupos, bandas, coletivos culturais, profissionais de arte e cultura e trabalhadores com direito a receber o benefício, criado para atender o setor cultural durante a pandemia de Covid-19.

O cadastro é coordenado pela Secult, sendo gratuito e deve ser feito pelo formulário eletrônico no site cadastrocultural.ap.gov.br, criado especificamente para a inscrição dos artistas e estará disponível no período de 17 de agosto a 17 de setembro.

Segundo secretário de Cultura, Evandro Milhomen, Amapá deve receber mais de R$ 16 milhões para aplicar em ações emergenciais no setor cultural. Foto: Maksuel Martins/Secom

O titular da Secult, Evandro Milhomen, destacou a importância do programa para os trabalhadores da cultura no Amapá. “Durante 30 dias, estaremos cadastrando os nossos fazedores de cultura para que eles possam acessar o auxílio, que terá uma duração de três meses”, informou.

O Amapá deve receber mais de R$ 16 milhões para aplicar em ações emergenciais no setor cultural, destes 80% serão para o auxílio emergencial cultural. Os outros 20% serão destinados a editais e premiações envolvendo trabalhos culturais.

Podem se cadastrar exclusivamente residentes ou sediados em um dos 16 municípios do estado, que desenvolvam suas atividades nos segmentos de arte e cultura. No formulário devem ser incluídos dados pessoais, contato e informações sobre as atividades artísticas e culturais.

Lei Aldir Blanc

A Lei nº 14.017 de 2020, chamada Lei Aldir Blanc, define ações emergenciais destinadas ao setor da cultura que serão adotadas durante o estado de calamidade pública, devido à pandemia de Covid-19.

Dentre as ações, está previsto o pagamento de três parcelas de auxílio emergencial de R$ 600,00 mensais para os trabalhadores do setor cultural, além de um subsídio para manutenção de espaços artísticos e culturais, pequenas empresas culturais e organizações comunitárias do setor.

Quem pode receber o auxílio?

Profissionais da cultura com atividade interrompida pela pandemia que comprovem:

– Atuação nas áreas artísticas nos 24 (vinte e quatro) meses anteriores à data da publicação da lei (forma documental ou auto declaratória).

– Ter renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até 3 salários mínimos.

 

– Estar inscrito em pelo menos um dos cadastros seguintes:

I – Cadastros Estaduais de Cultura;

II – Cadastros Municipais de Cultura;

III – Cadastro Distrital de Cultura;

IV – Cadastro Nacional de Pontos e Pontões de Cultura;

*Com informações do jornalista Weverton Façanha, da Ascom GEA.

Hoje é o Dia do Repórter Fotográfico

Eu entre os amigos e repórteres fotográficos, Márcia do Carmo e Sal Lima. Além de excelentes profissionais, irmãos de vida!

Por Jussara de Barros, graduada em Pedagogia e integra a equipe Brasil Escola.

Hoje, 02 de setembro, é o Dia do Repórter Fotográfico, o profissional registra imagens de fatos e acontecimentos, no momento em que os mesmos acontecem.A história da fotografia surgiu através do físico francês Joseph Nicéphore Niépce, em 1816, por meio da “transformação de compostos químicos sob a ação da luz”. É fundamental para o jornalismo, pois serve para complementar a ideia do texto, bem como comprovar a veracidade dos fatos.

Ao longo dos anos, a fotojornalismo tornou-se um estilo de trabalho que se baseia no uso das imagens fotográficas para se veicular às notícias. O surgimento dessa área se deu através do britânico Roger Fenton, que fotografou a Guerra de Crimeia, no período de 1853 a 1856.Mas a primeira publicação de uma imagem em um veículo de comunicação aconteceu em 1880, através do jornal Daily Herald, de Nova Iorque, com a finalidade de inovar seu estilo de publicação, buscando chamar mais a atenção dos leitores.

No trampo com o muito querido Sal Lima, em 2019.

Porém, a genialidade da ideia somente se tornou popular com a chegada do século XX, sendo possível devido à invenção da primeira máquina fotográfica portátil, a Kodak, que podia ser facilmente carregada por todos os lados. As primeiras máquinas fotografavam em preto e branco. Mais adiante, o homem inventou o filme, que possibilitava a revelação em cores, chegando aos modelos da atualidade, os digitais, que capturam as imagens através da memorização das mesmas.

No trampo com o saudoso Antônio Sena, em 2011

Um estilo jornalístico que tem chamado grande atenção do público nos últimos anos são os paparazzi (no singular, paparazzo).Os mesmos fotografam celebridades do cinema e da televisão, expondo suas imagens em momentos mais descontraídos ou comprometedores. Essas matérias são alvo das revistas de fofoca, pois atingem grande sucesso nas vendas das mesmas. A ideia desse trabalho fotográfico foi proposto no filme de Frederico Fellini, La Dolce Vita (1960), que teve o nome do fotógrafo Signore Paparazzo baseado no nome de um mosquito siciliano “paparaceo”. A atuação do fotógrafo era de Walter Santesso, que trabalhava com Marcello Mastroiani, interpretando o jornalista Marcello Rubini.

No trampo com a muito querida Márcia do Carmo, em 2019.

Mas independente da forma de atuação do repórter fotográfico, seu trabalho é muito importante para a população, pois registra os fatos como eles realmente acontecem, trazendo-nos a possibilidade de tomar conhecimento dos mesmos.

Meu comentário: é por meio das lentes desse profissional que conseguimos ver o que acontece em nossa cidade, país e mundo. Eu particularmente, me encanto com uma bela foto, seja artística ou jornalística. Já trabalhei com muitos fotógrafos, a maioria deles muito bons e uma minoria nem tanto. Admiro muitos pelo talento, outros pelo profissionalismo e, sobretudo, os que possuem as duas virtudes. Portanto, meus parabéns a estes profissionais, que são fundamentais para o jornalismo.

Esta postagem é dedicada aos amigos com quem já trabalhei, todos repórteres fotográficos de primeira linha: Sal Lima, Márcia do Carmo, Max Renê, Jorge Junior, Aog Rocha, Ewerton França, Edivaldo Chaves (Didi), Chico Terra, Cleito Souza, Gê Paulla, Rui Brandão e Antônio Sena (in memorian). E também os parceiros, que vira e mexe, quebram o galho de conseguir fotos, como o Márcio Pinheiro, Gabriel Penha, Rosivaldo Nascimento, Lee Amil, Kallebe Amil, Jorge Júnior, Fabiano Menezes, Kitt Nascimento e Maksuel Martins. Em nome deles, parabenizo todos os que atuam neste nobre ofício no Amapá e Brasil.

Com o fotógrafo Jorge Júnior, em 2011

Como disse o amigo Fernando Canto: “parabéns ao olhos que miram o mundo com crítica e estética”. É isso!

A fotografia, cujos progressos são imensos e que está, a nosso ver, muito bem classificada entre os materiais das artes liberais, fala aos olhos e detém cativa os curiosos fatigados” – Eça de Queirós.

Elton Tavares

Valeu, Lula. Até a próxima vez!

Eu e Lula, em 2015

Hoje perdi um velho e querido amigo. O cantor, compositor e instrumentista, pai de dois caras (um deles muito meu brother, o Brunão), Lula Jerônimo, partiu para as estrelas. O “cabra da peste” bruto, muitas vezes ranzinza e sincero ao extremo e “Painho” dos malucos, boêmios e músicos de Macapá, descansou neste primeiro dia de setembro aos 74 anos.

Lula, nos anos 80 e 90. Fotos encontradas nas páginas de Facebook do Thomé Azevedo e Pat Andrade

O velho marinheiro tocador pintou aqui há mais de 30 anos, com a viola nas costas e música nas mãos. Logo conquistou a admiração e respeito do povo daqui. Mas somente este ano, no último dia 4 de fevereiro, ganhou o título de Cidadão Macapaense, concedido pela Câmara Municipal ao velho cancioneiro. Só que o Lula, que nasceu em Recife (PE), já era daqui do meio do mundo há tempos, em nossos corações.

Lula em 2018, antes de adoecer. Foto: Sal Lima

Sempre guerreiro, Lula lutou muito pela vida. Em dezembro de 2018, ele foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). De lá pra cá, com a ajuda de sua família e amigos, fez tudo para se recuperar. Até teve uma melhora por um tempo, mas segundo o Brunão, seu filho, de uns tempos para cá, piorou bastante. E em decorrência dessa enfermidade, hoje pela manhã, virou saudade.

Niver do Lula na casa dele. Na foto estão: eu, Sal Lima, Chico Terra, Lula e Bruno Jerônimo, em 2018.

Lula era/é “cabra brabo” e muito gente boa. Humanista, militante de causas sociais e crítico visceral. Foi baita cara legal, trabalhador e guerreiro. Pernambucano de nascimento, ex-marinheiro e amapaense de coração, o artista escolheu Macapá como lar e por aqui viveu por décadas. E que vida!

Jerônimo foi também foi parceiro de boemia do meu falecido pai, José Penha Tavares. Papai nos apresentou em alguma farra do no início dos anos 90, quando comecei a frequentar a noite amapaense. Se duvidar, os caras formam lá do outro lado.

Eu e Lula, quando eu cobria um evento no Sebrae/AP, em 2019.

Me deu um certo arrependimento de não ter ido visitar o Lula em 2020. Mesmo antes da pandemia, não fui. Ele sempre me dava um esculacho por eu estar porrudo de gordo, mas depois voltava a ser o cara carinhoso que sempre foi comigo. A última vez que nos encontramos foi em 2019. E foi muito bom.

Lula com os filhos. Foto: Patrícia Andrade

Ao Bruno e seu irmão Felipe, minhas condolências. Desejo que Deus conforte seus corações. Ao músico da velha guarda que subiu hoje, minha homenagem e agradecimento.

Com o Lula, no bar e restaurante Norte das Águas, no início dos anos 2000

Mestre Lula, valeu pelas cervejas, pelas cantorias e tocadas. Pelos ralhos e pela amizade. Vamos sentir saudades. Eu e esse bando de doidos que te amam. Até a próxima vez, amigo!

Elton Tavares

Nota de Pesar da Secult/AP

Foi com muita tristeza e pesar que nós, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), recebemos nesta terça-feira (1), a notícia do falecimento do cantor, compositor e violonista Luiz Jerônimo, de 74 anos. O popular “Lula Jerônimo” morreu em uma clínica de Macapá, na manhã de hoje.

Há alguns anos, o artista sofria por conta de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele se recuperou por um período, mas seu estado de saúde se agravou nos últimos meses.

Lula era pernambucano de Recife (PE). Ele serviu na Marinha do Brasil e ao deixar de ser militar, seguiu a carreira de músico. Jerônimo aportou no Amapá em março de 1987. Aqui tocou com todos os grandes nomes da música amapaense. O artista chegou a gravar um disco, que imortaliza sua obra.

Aqui tocou em vários locais, mas talvez o mais emblemático, por conta da época, tenha sido Bar Lennon. A contribuição de Lula Jerônimo como músico para o cenário cultural de Macapá, onde se apresentou em incontáveis shows e festivais, é imensa.

O velório de Lula Jerônimo ocorrerá nesta quarta-feira (2), das 13h às 15h, na Capela Renascer, localizada na Avenida Duque de Caxias, Nª 269 – Centro de Macapá, entre Jovino Dinoá e Odilardo Silva. O sepultamento será às 16h, de amanhã, no Cemitério São José de Macapá.

Nesse momento de tristeza, nos solidarizamos com amigos e familiares de Lula Jerônimo. E agradecemos por tudo que ele fez pela nossa cultura. Que o cancioneiro nordestino – que fez do Amapá sua terra e aqui nos encantou com seu violão – siga em paz.

Evandro Milhomen
Secretário de Estado da Cultura

Estação Verão Online: sobre o que rolou no último domingo (30) e a Programação que segue nesta quarta-feira (2), com Estação Criança e Estação Lunar na quinta-feira (3)

No último domingo, 30, a Prefeitura de Macapá realizou mais uma edição do projeto Estação Verão Online. Como inovação, o evento foi realizado no estacionamento do Bioparque da Amazônia, localizado na rodovia JK, distrito de Fazendinha. A programação reuniu cantores de diversos gêneros musicais, grupos de pagode e de dança.

Não teve a presença do público, respeitando as regras de distanciamento social, se adaptando em tempos de pandemia. Os internautas puderam acompanhar a transmissão das apresentações pela página oficial da Prefeitura de Macapá, que registrou bom número de acesso.

A cantora Sandra Lima abriu os shows e elogiou a iniciativa. “É uma ideia formidável, porque precisamos nos reinventar em virtude dessa doença. Achamos uma forma de levar música até a casa das pessoas e, dessa forma, nos oportuniza a também garantir renda. Lógico, seguindo todas as normas de segurança”, disse.

Ainda teve a apresentação do grupo Danças Urbanas, Corpo Mídia, Amado Amâncio, Beto 7 Cordas, Jorginho do Cavaco e Meio Dia da Imperatriz. Nos intervalos dos shows, todos os instrumentos musicais e equipamentos de som passaram por higienização, seguindo o protocolo de segurança. Toda a equipe técnica que trabalhou no evento usou máscara, álcool gel e luvas.

Segundo a diretora-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Marina Beckman, o Estação Verão Online valoriza artistas e técnicos que enfrentam dificuldades financeiras durante a pandemia da Covid-19. Na avaliação da coordenação, o evento tem sido positivo.

“Estamos conseguindo realizar o evento e a avaliação tem sido muito positiva. Conseguido ajudar profissionais da cultura de um modo geral e todos os envolvidos. Temos técnicos de som, de luz e outros que dependem dos eventos culturais. Com isso, respeitando as regras de segurança, ajudar a todos”, finalizou.

O Estação Verão Online já ocorreu no balneário de Fazendinha, CEU das Artes (Infraero 2) e Mercado Central. A programação segue nesta quarta-feira, 2, com Estação Criança, às 15h; e Estação Lunar na quinta-feira, 3, às 19h.

Estação Criança – 2 de setembro (quarta-feira) – 15h às 18h30 – Bioparque da Amazônia

15h – “Grupo de Capoeira Quilombo Brasil” e “Capoeira que encantou o mundo” (capoeira)

15h20 – Ruth Xavier (literatura)

15h40 – Eugênia Mesquita (literatura)

16h – Grupo Relatus (dança)

16h20 – Cirquim Du Tiquim (circo)

16h40 – Tonton e Peteca (circo)

17h – Cadê o brilho da estrela? (teatro)

17h20 – Curupira um ser inesquecível (teatro)

17h40 – As reprises nossas de cada dia (teatro)

18h – Patativas Tucujus (teatro)

Estação Lunar – 3 de setembro (quinta-feira) – 19h às 22h30 – Fazendinha

19h –Exposição de artes Gibran Santana (artes visuais) (até as 22h30)

19h – Alan Yared (música)

19h30 – Hayan Chandra (literatura)

19h50 – Suíte Popular (música)

20h20 – Ariel Moura (música)

20h50 – Poetas Azuis (música)

21h20 – Nonato Leal (música)

21h50 – Mayara Braga

22h20 – Grupo Gua

22h50 – Finéias Nelluty

Secretaria de Comunicação de Macapá
Jonhwene Silva
Assessor de comunicação
Fotos: Gabriel Flores

Poema de agora: O CALDO – Ori Fonseca

Ilustração: Queda Livre I. Escultura em argila de Raquel Saliba.

O CALDO

Eu posso ver os olhos do futuro,
Lá onde há só pranto e ranger de dentes,
Onde gemem incrédulos e crentes,
No caldo a cozinhar o injusto e o puro.

Ninguém há de escapar do frio escuro,
Lugar onde coabitam diferentes
Vidas: invertebrados, musgos, gentes,
Compondo um cadavérico monturo.

O futuro é sem peso e sem tamanho,
Sem lógica pra o ser que acha que vive,
Lembrança fóssil de onde nunca estive.

Lá no futuro eu tenho um sonho estranho:
A vida é um pesadelo em que acompanho
Minha alma a despencar em queda livre.

Ori Fonseca