Nota do MP-AP em repúdio à violência policial incidente sobre a população preta

O Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP), por meio da Promotoria da Auditoria Militar e Centro Operacional de Apoio a Cidadania (CAO-Cid) , manifesta-se publicamente em repúdio aos atos de violência policial praticados pela guarnição (VTR 0218) do 10ª Batalhão da Polícia Militar do Amapá (BMPM/AP) durante abordagem policial que resultou em agressão injustificada a casal de pessoas pretas e seus familiares, no último dia 18, fatos ocorridos no loteamento São José, na cidade de Macapá, Estado do Amapá.

Cumpre ressaltar que o Ministério Público Brasileiro, por meio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), trabalha para adequar as resoluções que tratam do Controle Externo da Atividade Policial às disposições do art. 53 do Estatuto da Igualdade Racial (Lei n°12.288/2010), que determina a adoção pelo Estado de medidas especiais para coibir a violência policial incidente sobre a população preta e ao Direito Internacional dos Direitos Humanos, voltado para o enfrentamento da seletividade racial no sistema de justiça e segurança pública.

No âmbito do Ministério Público do Estado do Amapá, a Promotoria da Auditoria Militar – atenta ao seu papel de preservar as garantias da ampla defesa, contraditório e ao devido processo legal – requisitou à Corregedoria da Polícia Militar que adote todas as providências necessárias de forma a garantir a apuração dos fatos e punição dos culpados na forma da lei.

Por fim, considerando que a violência policial é endêmica e tem suas raízes num passado marcado pelo autoritarismo socialmente implantado, o MP-AP, por meio do Centro de Apoio Operacional da Cidadania promoverá ações que levem à reflexão dos agente públicos responsáveis e à mudanças dos paradigmas que norteiam a segurança pública no Estado do Amapá.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Contato: [email protected]

Pedra Branca recebe duas patrulhas mecanizadas

A agricultura familiar de Pedra Branca do Amapari recebeu o reforço de duas patrulhas mecanizadas que passam a integrar a frota de maquinário da Infraestrutura do município. As máquinas dão apoio aos mais de 100 produtores rurais assentados nas comunidades ao longo da rodovia Perimetral Norte.

As patrulhas mecanizadas foram adquiridas mediante articulação parlamentar do senador Davi Alcolumbre junto à Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM. A chegada do maquinário foi comemorada pelo secretário municipal, Eduardo Cantuária, uma vez que ampliará a oferta da produção. “Temos feito importantes investimentos na agricultura, desde o auxílio na preparação do solo, no plantio, até a colheita, e com esses novos tratores e carroças esse atendimento será ampliado”, disse.

A aquisição dos equipamentos influencia diretamente no desenvolvimento da economia local e na qualidade de vida do produtor e agricultor. O convênio garantiu o investimento de R$ 487.000 mil para a compra dos equipamentos.

Assessoria de comunicação da Prefeitura de Pedra Branca do Amapari

MP-AP participa de Missa que marca o início das peregrinações do Círio 2020

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) participou na noite de sábado (19), da missa celebrada na Catedral São José, pelo bispo de Macapá, dom Pedro José Conti. O ato litúrgico, para a bênção das imagens de Nossa Senhora, marcou o início das peregrinações do Círio de Nazaré 2020. A celebração religiosa contou com a presença de representantes da sociedade civil e das instituições públicas e privadas do Estado.

A gerente da Divisão de Cerimonial do órgão ministerial, Nara Velasco, participou da celebração, como integrante da Comissão do MP-AP para organizar a visitação à Santa dentro da instituição. Este ano, por conta da pandemia, a Imagem Oficial da Santa foi restrita aos ambientes preparados pela Diocese, para evitar aglomeração. Cada órgão adquiriu sua própria Santa.

As imagens de Nossa Senhora de Nazaré apresentadas por cada instituição foram benzidas e enviadas para a ornamentação dos altares, para peregrinação das famílias e entidades públicas ou privadas, que todos os anos recebem a visita da Imagem Peregrina oficial, durante o período que antecede o Círio.

Peregrinação

Por conta da pandemia da Covid-19, a programação da peregrinação com a Imagem Peregrina foi restrita aos ambientes preparados pelas instituições visando evitar aglomerações. No período de 21 de setembro a 8 de outubro as imagens abençoadas estarão expostas nas instituições para os momentos de devoção, oração e homenagens.

Este ano, 47 instituições, entre órgãos públicos e organizações privadas, se inscreveram antecipadamente para participar da programação oficial em homenagem à Virgem de Nazaré. Além dessas, outras podem ainda organizar os ambientes para realizar suas homenagens.

A comissão do Círio de Nazaré, sob a motivação do bispo de Macapá, dom Pedro Conti, incentiva os fiéis católicos devotos de Nossa Senhora de Nazaré a enfeitarem e prepararem, durante todo este período, as residências e ambientes oportunos em homenagem à Virgem.

O Círio de Nazaré

Em 2020, por conta da pandemia, após missa do Círio na Catedral de São José, e também em cada igreja matriz paroquial, a tradicional procissão será substituída este ano por percursos, divididos em quatro Vicariatos (por grupos de paróquias), da imagem em veículos pelas ruas de Macapá, no dia 11 de outubro, pelo trajeto que ocorreria o cortejo. Em cada carreata será possível doar alimentos para as famílias carentes da cidade e donativos em dinheiro.

O Círio de Nazaré em Macapá é a maior festa religiosa do Estado e acontece há 86 anos, sempre no segundo domingo de outubro. A manifestação católica faz parte do calendário histórico e cultural do Amapá.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Elton Tavares, com informações da Diocese de Macapá.
Contato: [email protected]

Lúcia Pimentel gira a roda da vida. Feliz aniversário, tia querida!

Existem pessoas que aparecem em nossas vidas e somem como uma nuvem de fumaça que se dissipa, sem deixar nada além de breve lembrança. Em alguns casos boas, noutros nem tanto. Com o tempo, delas tiramos somente o aprendizado – Ou o cinismo, como diria Cartola. E existem aquelas que chegam para ficar, marcam território e a gente nem sabe mais como viver sem esses afetos. É o caso de Lúcia Pimentel, que hoje gira a roda da vida pela 59ª vez, mas com corpo e rosto de ‘30’ e com toda a beleza de ser um ser humano ímpar neste planeta.

Lúcia é aquele tipo de pessoa indizível, que de narrar, a gente nem acredita que existe mesmo. É a dedicada mãe da linda Danielle, esposa e parceira do Pedro Aurélio, irmã apaixonada, advogada, zootecnista, fazendeira, servidora da Caesa, torcedora fervorosa do Clube Náutico Capibaribe, cuidadora de animais (principalmente cavalos), minha querida e linda tia “postiça” preferida e amiga que tanto amo.

A gente não pensa igual em muitos aspectos, mas faz parte e gosto de ter a Lúcia por perto. Já disse e repito: trata-se de uma pessoa de verdade, que não esconde imperfeições e derrama uma sinceridade cativante. Lúcia tem uma luz particular, que irradia e alcança verdadeiramente as nossas vidas, com seu afeto, que transparece por seus sorrisos, sotaque, conselhos, engraçadíssimas histórias de vida, cuidado e amor. Principalmente com seu marido, com nossa amada nonagenária, minha linda “vó Peró” e com os pequenos de nossa família. Sim, as crianças são loucas por ela. Não, na verdade, todos somos.

2020 não foi e ainda não está fácil para nenhum de nós. Mas para alguns, foi mais difícil. Lúcia teve um baita susto no início do ano, quando meu tio (e também amigo demais), seu marido, sofreu um acidente. Tudo acabou bem e, tanto ela quanto nós, agradecemos sempre. E a gratidão a ela é com ênfase, pois cuida do Pedrão como ninguém.

Outra coisa que não tem como não repetir, é que não lembro de nada, de nenhum episódio que desabone sua conduta desde que a Lúcia entrou para nossa família. O amor e respeito mútuo por todos nós é lindo de ver e de sentir. Sobretudo com a vovó e para com a tia Maria.

Inteligentíssima, bonita, honesta, trabalhadora, sincera, carismática, prestativa, desprovida de frescura, discreta e dona de uma positividade invejável, faz da Lúcia essa mulher fantástica.

De um tempo pra cá, Lúcia resolveu mudar alguns hábitos, e está levando uma vida mais saudável. E ela tenta me levar junto. Mas sou um gorducho de uma figa que odeia caminhar ou malhar, mas sei que a insistência é preocupação e amor. Agradeço por isso também.

Sinto que posso contar com a Lúcia para qualquer coisa. E é recíproco. E digo mais, nossa brodagem é inabalável e sem prazo de validade. Só se um de nós pirar e virar outra pessoa, o que é impossível.

Algumas pessoas são verdadeiras dádivas. Como a Lúcia! Querida doutora-tia-amiga, que tu tenhas sempre saúde, mais sucesso e felicidades em tudo que desejas realizar. Gordão aqui te ama. Aliás, nós te amamos. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

Atravessar o Rio de Cada Dia – Crônica paid’égua de Fernando Canto

Fernando Canto – Anos 70, em Belém (PA).

Crônica de Fernando Canto

Recebi do amigo Gama um poema onde o autor lembra os inúmeros episódios que vivemos na época de estudantes em Belém. Estávamos nos meados da década de 70. O governo militar havia fechado o Congresso no famoso “pacote de abril” e instaurara a figura do senador biônico, entre tantas outras anomalias criadas contra a democracia. Tudo em nome da ordem e da manutenção do status quo, que perduraria por mais 10 anos.

O poeta me contou da largura do rio que conheceu como uma ponte bailante ao som do vento, nas longas travessias que percorreu em busca de algo bom. No seu camarim de madeira flutuante disse dos dias e noites que passou ouvindo o barulho dos motores e cheirando o óleo queimado no vai-e-vem da rede em que sonhava.

Nas margens opulentas dos furos entre as ilhas pôde sentir o preparativo da longa ópera que se descortinava em nosso futuro. E viu policiais armados com porretes batendo os estudantes que debatiam o regime político. E viu todos nós correndo como loucos “sobre os paralelepípedos desnivelados para se esconder”. E respirou, aliviado, “sentindo ainda o bafo quente daqueles cavalos ofegantes/ ouvindo o estalido agudo da ferradura/ na distante noite escura”, em que tantos foram tantas vezes presos que viram fenecer seus sonhos, que roeram seus próprios quebrantos na ausência da luz.

O poeta me fala da sua necessidade de voltar a terra, do inevitável compromisso familiar assumido e do rio que parecia ter se alargado mais na hora da volta. Era um abismo, mais que um pélago oceânico, era um abismo de imensurável fundura. Mesmo assim recolheu a âncora no cais do porto e singrou, quase exaurido, em sua epopéia estudantil vencida e terminada.

No curso das nossas vidas, pela dor, redescobre os nós bem antes apertados, porém que se tornaram frouxos, distantes e reticentes. Informa que não somos mais os mesmos, posto que o mundo e seus problemas são maiores. Nós nos descrevemos em palimpsestos, e escrevemos novas histórias em nossas lembranças, “agora a nossa menor distância”, ele me diz.

Verdade, não há mais cantorias na casa do Isnard, lá em Belém, e o violão acompanhando “Devaneio” entre doses de caipirinha e um Minister colocado na ponta da corda de aço. Nem nas férias em um domingo de sol na Fazendinha se ouvirá mais o canto revolucionário de Vandré cantando aos berros “Pra não dizer que não falei das flores” para um público ignorante dos problemas brasileiros. O som da viola em sol maior não permanecerá vívido na lembrança de que “O terreiro lá de casa/ não se varre com vassoura/ varre com ponta de sabre/ e bala de metralhadora”. Ah, e depois, será que nos lembraremos de Glauber com o seu premiado “Deus e o Diabo na Terra do Sol”?

Mudamos sim, velho camarada, sem perceber que sabemos do “equilíbrio de uma cor”, que sabemos que “o mundo é outro e outros somos nós”, como me dizes. Ser outro é o retrato da mudança, pois mudar significa se deslocar de um lugar ou de um tempo para outro, transformar a sua própria realidade com todos os senões que vida traz, com todo o rufar dos tambores que nos despertam para que não fiquemos sem memória.

E viver, tens razão, é lembrar, é não deixar morrer a chama de Mnémone, mas também atravessar com coragem o rio de cada dia, às vezes mais largo, abissal em suas entranhas, mas às vezes estreito como um córrego em minha realidade.

**Fotos encontradas no Google, blogs da Alcinéa Cavalcante e Fernando Canto.

Os sete pecados capitais- Parte II – Ira – Crônica de Rebecca Braga (@rebeccabraga)

Crônica de Rebecca Braga 

Mahatma Gandhi disse: “Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo.”

Concordo com ele. Acho que muita coisa aconteceu no mundo porque as pessoas transformaram toda a sua raiva e revolta em ações.

Recentemente a lista de coisas que desperta minha ira vem das ações de um certo presidente aí, de um governo aí, de um país aí chamado Brazil. Patriotismo, né, minha gente?

Mas, além disso, tem uma coisinha besta que desperta minha ira, além de gente que joga papel na rua, trata mal garçom e bate portas. Buzina!

Buzina, meu povo.

Aquele negocinho que tem pra usar no trânsito sabe-se lá o motivo.

Explico:

Moro numa avenida movimentada. Dezenas de linhas de ônibus passam por aqui e o trânsito pode ser por vezes infernal. Mas não bastasse isso, moro quase na esquina, onde tem o semáforo. Aquela coisa com umas luzes coloridas pra avisar quando você deve seguir, ter atenção ou parar. Tipo, pra evitar acidentes. Nada importante, afinal.

Acontece que o sinal nem completou um segundo de aberto e os Lewis Hamiltons da vida já estão com a mão enfiada na porra da buzina. E buzina de ônibus? Sai da frente senão o busão vai passar por cima de ti, meu irmão.

Lá pelas 9 da noite o negócio começa a melhorar. Hora de dormir o sono dos justos. Mas como boa pecadora que sou, além da ira, também sou afeita da inveja. – Tá na parte I desta coletânea de textos pecaminosos. – Sofro de insônia, tenho sono leve e perturbado.

Daí me vem o demônio, que lá da outra esquina vem buzinando até a esquina da minha casa pra avisar que vai passar. 3 horas da manhã. 3 horas da fuckin’ manhã.

Nessa hora eu invoco o Azazel. Sim, ele mesmo. Aquele que já foi o próprio encarregado da tarefa de levantar as faltas humanas e as enumerar perante o Tribunal Divino, que já foi arcanjo e que depois virou BFF, parça do Lúcifer. O Lu, para os mais íntimos.

Na minha cabeça ele sobe dos infernos, atravessa com uma das mãos o metal do carro e pergunta:

-Tá buzinando uma hora dessas porque, filho de puta?

 

Sem esperar resposta, arranca os olhos da criatura, come e cospe. (Olho deve ser amargo, sei lá.) Às vezes ele também explode a cabeça de quem passa com o som do carro nas alturas. Depende do meu estado de espírito.

Eu, filha de ex-padre, pecadora assumida… Contabilizo mais um pecado. Sem culpa.

História da comunicação amapaense – Via @giandanton

A história dos meios de comunicação na Amazônia, e em especial no Amapá, é pífia. São pouquíssimas as fontes de referência.

Um dos trabalhos mais relevantes foi a antologia organizada pelas professoras Roberta Scheibe e Isabel Augusto e publicada em 2014 pela editora Virtual Books.

Eu colaborei com dois artigos, ambos escritos com alunos, um sobre o Diário Oficial do Amapá (escrito em parceria com Paulino Barbosa) e sobre a Rádio Difusora, a mais antiga do estado (escrito em parceria com Carlo Hadad e Odilson Serra).

O livro ainda trazia artigos sobre a Rádio Equatorial, os radialistas Osmar Melo e Teresinha Fernandes, sobre a TV Amapá e sobre a Amazon Sat.

Fonte: Ideias Jeca-Tatu.

Sobre o lançamento do livro “Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias” e um momento memorável da minha vida

Foto: Flávio Cavalcante.

Sabem, queridos leitores deste site, a vida é feita de ciclos  e é necessário compreender que eles são diferentes, que podem nos agregar experiências novas e também transformadoras. Afinal, somos instantes.

Fernando Canto, Randolfe Rodrigues e Ronaldo Rony – Foto: Flávio Cavalcante.

E a noite de ontem vai ficar guardada na minha memória afetiva e no meu coração. E, ainda, estou tão grato que nem consigo alinhavar aqui, mas tentarei, para ficar registrado. Sim, falo de ontem, do lançamento do meu livro “Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”. Ainda estou em êxtase, meio atordoado, sem o nervosismo de 24h atrás, extremamente grato e feliz.

Com meu tio Paulo Tavares e meus primos Ana e Elder – Foto: Sal Lima.

Quando perguntavam qual a minha profissão, sempre dizia que sou jornalista, assessor de comunicação e editor de um site. Mas que, um dia, gostaria de ser escritor. Pois é, me tornei, de fato, escritor, em maio deste ano, em plena pandemia, quando à convite dos renomados escritores e poetas Alcinéa Cavalcante e Mauro Guilherme, aceitei o convite e integro o grupo de 10 autores que possuem seus textos na coletânea “Cronistas na Linha do Equador”, lançada no dia 17 daquele mês.

Minha tia Inês e minha mãe Lúcia – Foto: Flávio Cavalcante.

Porém, antes disso, eu já me sentia escritor. Em abril passado, chegaram as caixas, direto do Correiros para a minha casa, do livro “Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria. De lá pra cá, minha ansiedade me corroía, ao passo que a pandemia não dava trégua para o sonhado lançamento.

Foto: Flávio Cavalcante.

Idealizado pelo jornalista Tagaha Luz, que já partiu para as estrelas, e prefaciado pelo meu herói literário e querido amigo, Fernando Canto, a obra foi impressa com o apoio fundamental do senador Randolfe Rodrigues.

Fotos: Sal Lima

E neste projeto, além deles, contei com a ajuda essencial de muitos amigos, pois o livro foi ilustrado pelo cartunista Ronaldo Rony e diagramado pelo designer Adauto Brito, com a revisão e projeto das jornalistas Marcelle Nunes e Gilvana Santos, além do apoio técnico da bibliotecária Leidaina Silva. Serei eternamento grato a todas essas pessoas envolvidas para a realização deste sonho.

Fotos: Sal Lima

Sempre valorizei e apoiei a literatura local e ontem fui prestigiado por tanta gente que costumo divulgar! A vida é um eco mesmo. A gente recebe o que dá. A livraria Public, ali no centro de Macapá, de propriedade do genteboníssima Dóris, ficou lotada de gente muito querida.

Foto: Flávio Cavalcante.

Tenho muitos amigos, disso posso me gabar, graças a Deus. Vários deles estavam lá ontem para dividir aquele momento comigo. Difícil é nomear todos, mas lembro de cada um e agradeço demais.

Fotos: Sal Lima

Ah, é preciso falar das pessoas que ajudaram nos corres no dia de ontem: muito obrigado Maria Lúcia e Emerson Tavares (minha mãe e irmão, que deram uma força), Ana Esteves (que fez toda a ambientação na livraria), Sal Lima (transporte de livros e fotos), Charles Chelala (articulação), Júlio Pereira (transporte e venda de livros), Zé Falcão (logística), Flávio Cavalcante (fotos) e Igor Maneschy e Rita Bacessat (Banca Rios Beer Cervejaria, que deram uma moral na celebração pós lançamento).

Com mestre Fernando Canto – Foto: Flávio Cavalcante

Sou jornalista, cronista, contista…um escritor. Mas não um orador. Nervoso então, é mais difícil falar, por isso agradeço aqui, onde me sinto confortável, com letras e frases cheios de amor e gratidão.

Com o senador Randolfe Rodrigues – Foto: Flávio Cavalcante

Aos citados aqui, também aos que foram até lá ontem, aos que divulgaram, aos que não foram, mas torceram ou ajudaram indiretamente  para que esse livro e seu lançamento se tornassem realidade, minha eterna gratidão.

Foto: Sal Lima

Lá estava minha família, mãe, tios, primos, meus amigos que estão sempre comigo, meus amigos dos tempos de escola, meus amigos da faculdade, meus amigos jornalistas, meus amigos poetas, meus amigos contistas, meus amigos crônistas, atores, artistas plásticos. Gente jovem e gente da velha guarda. Sabem, meu coração é quase sempre repleto de coisas boas. Claro que tem algumas gavetas nele para sentimentos nada nobres, mas hoje, especialmente hoje, ele é só gratidão e amor.

Com meu primo Pedro Jr. – Foto: Flávio Cavalcante.

Vocês são demais. Muito obrigado mesmo!

Elton Tavares

Foto: Flávio Cavalcante.

*Ah, A obra tá linda. O livro está à venda na Public Livraria ao preço de R$ 30,00 ou comigo, Elton Tavares (96-99147-4038).

MP-AP compõe Operação Verde Brasil 2 para prevenção, combate e repressão de crimes ambientais

As ações conjuntas de combate e prevenção de crimes ambientais no Amapá oficialmente iniciaram na última quinta-feira (17), com a reunião entre parceiros, agências e instituições que trabalharão junto com o Exército do Brasil, através do Comando Conjunto Norte (CCN). O promotor de justiça Marcelo Moreira, titular da Promotoria de Meio Ambiente, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente e da Força Tarefa de Combate a Queimadas e Desmatamentos do Ministério Público do Amapá (MP-AP) esteve presente, confirmando, pelo segundo ano, a participação do órgão ministerial na Operação.

A Operação Verde Brasil 2 iniciou em maio deste ano, porém no Amapá, que começou em agosto o período de maior perigo de queimadas, as ações foram adiadas para este momento. Em todo o Brasil acontecem até novembro. MP-AP; Agência Nacional de Inteligência (ABIN); Corpo de Bombeiros (CBM); Defesa Civil; Polícia Miliar do Amapá (PM-AP); Polícia Rodoviária Federal (PRF); Marinha do Brasil; Secretaria de Meio Ambiente (SEMA); Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio); estarão junto com o CCN, formado pelas Forças Armadas, montando estratégias e atuando para combater os crimes ambientais com as ações de fiscalização, prevenção e repressão.

O coronel do Exército Fábio Costa abriu a reunião frisando sobre a importância da Operação Verde Brasil 2 para prevenir e combater as queimadas e da atuação e estrutura física, tecnológica e de inteligência das Forças Armadas para dar suporte nas ações estratégicas. O cel. Fábio enfatizou, ainda, que é preciso reforçar e valorizar as informações verídicas e combater a guerra de informações. A representante do ICMBio, Patrícia Pinha, falou da experiência do Instituto na Reserva Biológica do Lago Piratuba, ressaltando que a maior parte das queimadas registrada no local são causadas pelo homem.

O promotor Marcelo Moreira relatou sobre as características das queimadas e desmatamentos no Amapá, baseado nos estudos de geoprocessamento realizados pelo núcleo de geo do CAO/AMB. “Estamos passando pelo processo de ocupação da Amazônia, por isso precisamos de ferramentas tecnológicas e olhar estratégico. Aqui, 30% das queimadas ocorrem em cerrado e campo, e mais de 70% em vias de acesso. Temos que saber para onde vai a madeira, onde está esse mercado consumidor de produtos ilegais que precisa ser combatido, e resolver a questão da falta de perícia, que inviabiliza o andamento de procedimentos”, afirmou.

Atuação do MP-AP

Instituída oficialmente em agosto deste ano, a Força tarefa de Combate a Queimadas e Desmatamentos é composta por promotores de Justiça que atuam nas Promotorias das comarcas. O Amapá foi o segundo estado da Amazônia Legal a seguir a orientação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e criar a Força Tarefa, através da qual o MP-AP estará atuando na Operação Verde Brasil 2. Em todos os municípios as Promotorias estarão informando sobre a situação, principalmente nos mais afetados com os focos de calor.

Outra medida do MP-AP é o uso de sensor que mede a qualidade do ar, que está instalado no Complexo Cidadão Zona Norte. Doado pelo Ministério Público do Acre (MA-AC), as informações sobre poluição do ar e existência de fumaça podem ser acessadas por qualquer cidadão ou instituições ambientais e de pesquisa e segurança, por ser conectado a uma rede internacional que fornece dados atuais da qualidade do ar. A intenção é que em nove Promotorias nos municípios seja instalado um sensor, que irá ajudar na verificação da poluição atmosférica.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Mariléia Maciel – CAO/AMB
Contato: [email protected]

Rita Freire gira a roda da vida. Feliz aniversário, irmã!

Sabem, querido leitorado deste site, tenho a sorte de ter amigos longevos. São caras e meninas com quem dividi momentos felizes de minha existência. Uma entre estes afetos gira a roda da vida hoje, a Rita Freire.

A filha do Barata e da dona Maria José, irmã da Simone, Lourdes e Patrícia é uma pessoa linda, de grande coração e caráter e fé inabaláveis. Conheci a Rita em 1995 ou 1996, não consigo precisar. Mas essa data é só desta vida, pois o amor que sinto por ela é coisa de outra passagem.

Falando em outras vidas, a Rita é uma dessas pessoas iluminadas. Além de boa filha, ela coordena grupos de trabalho na União Espírita do Pará, ajuda uma porrada de gente.

Arquiteta apaixonada por gatos, boa gastronomia e Rock and Roll, ela é também minha confidente, conselheira e parceira. Pois mesmo ela morando há mais de 20 anos “em Belém do Pará Longe, longe, longe, aqui ao lado, nada nos separa”.

A Rita sempre me apoiou em tudo, mesmo distante. Com ela, vivi coisas totalmente impublicáveis, dos tempos que éramos doideira. A broda já segurou algumas de minhas barras mais pesadas. Enfim, trata-se de uma amiga de quem sempre sinto saudades do convívio e que está o tempo todo na minha memória afetiva e no meu coração.

No ano passado, Rita passou alguns dias em Macapá. Deu pra matar um pouquinho das saudades. A pandemia não permitiu que nos víssemos de uns meses para cá. Mas logo que eu pisar em Belém, vou matar essa falta que ela me faz e que a gente ameniza via internet.

Rita, querida amiga, tu és muito importante, perto ou longe. Agradeço sempre o fato da tua existência orbitar a minha e vice-versa.

Que tu tenhas sempre saúde, sucesso e sabedoria junto aos teus amores. Que tudo que caiba no teu conceito de felicidade se realize. Te amo, minha irmã!

Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!!

Elton Tavares

Covid-19: por falta de constatação científica, MP-AP recomenda a retirada imediata das cabines de desinfecção em Macapá 

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) expediu, na última quarta-feira (16), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (PJDS), as Recomendações Nº 0000010/2020-2ª PJDS/MCP e Nº 0000011/2020-2ª PJDS/MCP (Processo Extrajudicial Eletrônico Nº 0005334-45.2020.9.04.0001), para que o titular da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Juan Mendes, e o gerente do Bioparque da Amazônia, Richard Madureira, providenciem, em 48h, a retirada imediata das cabines de desinfecção das entradas dos Pronto Atendimento Infantil (PAI), Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), Hospital de Emergência de Macapá (HE) e do Bioparque, respectivamente, todos na capital amapaense.

A ação se deu pela falta de constatação científica, por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Conselho Federal de Química (CFQ), sobre a eficiência desses equipamentos na prevenção ao novo coronavírus. As recomendações foram embasadas na Nota Técnica nº 51/2020, da Anvisa.

A medida visa assegurar que sejam utilizados somente métodos de prevenção à Covid-19 que possuam a eficácia comprovada cientificamente. As recomendações são assinadas pelos promotores de Justiça Fábia Nilci e Wueber Penafort, e requerem, ainda, a nulidade dos contratos da Sesa e do Bioparque para esses serviços.

Entenda o caso

Em virtude da OMS ter declarado a pandemia, em março de 2020, o Ministério da Saúde (MS) determinou situação de “emergência em saúde pública de importância nacional”, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. Assim, foi oficializada a dispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública.

Porém, ao determinar as medidas para o enfrentamento à Covid-19, o MS estabeleceu que “somente poderão ser determinadas com base em evidências científicas e com análises sobre as informações estratégicas em saúde e deverão ser limitadas no tempo e no espaço ao mínimo indispensável à promoção e à preservação da saúde pública”, e de acordo com a Anvisa.

Em igual sentido, o Conselho Federal de Química posicionou-se contrário ao processo de desinfecção, o que também embasou o posicionamento da Anvisa, que acabou emitindo nota sobre a necessidade de comprovação cientifica dos resultados das cabines de desinfecção, bem como descreveu os prováveis riscos possíveis quanto à exposição aos produtos, que foram aprovados para a limpeza de superfícies, e não de pessoas, utilizados nesses equipamentos.

Seguindo o mesmo entendimento, a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla) orientando que a população não se exponha às câmaras de desinfecção e que empresas e o poder público posterguem a aquisição desses equipamentos, já que a falsa sensação de segurança que tais dispositivos eventualmente proporcionem pode levar pessoas a relaxarem nos procedimentos básicos e já consagrados para reduzir o risco de contaminação pela Covid-19.

Todos esses fatores resultaram na Nota Técnica da Anvisa. Conforme este documento, o equipamento não é recomendado por nenhuma agência reguladora de saúde do mundo. Também, afirma que o tempo de exposição é muito pouco — alguns saneantes exigem pelo menos 10 minutos de contato com a superfície para serem efetivos.

Essas cabines liberam névoas de produtos desinfetantes por sobre as pessoas que por ela passam. Acontece que os saneantes borrifados por essas estruturas foram aprovados, exclusivamente, para limpeza de superfícies. Dessa forma, alguns deles podem provocar reações alérgicas e até diminuir a capacidade natural da pele humana em combater micro-organismos prejudiciais à saúde, se entrarem em contato direto com mãos e mucosas.

Além disso, a Anvisa pondera que a utilização deste tipo de estrutura pode dar uma falsa sensação de segurança e, com ela, um relaxamento das práticas de prevenção. Importante lembrar que pessoas contaminadas continuam capazes de transmitir o vírus, mesmo depois de passar por essa desinfecção.

Fixa-se o prazo de 5 (cinco) dias para que os titulares da Sesa e do Bioparque, se manifestem sobre o acatamento da presente recomendação, devendo encaminhar à Promotoria de Justiça de Saúde Macapá, as providências tomadas e a documentação hábil a provar o seu fiel cumprimento.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Coordenação: Gilvana Santos
Texto: Elton Tavares
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Sesc está com inscrições abertas para o Programa de Tutoria Educacional a Distância

As inscrições que começaram no dia 19 de agosto ganham força até o dia 19 de setembro, estão sendo ofertadas 20 vagas para estudantes do Estado do Amapá.

A Escola Sesc de Ensino Médio está lançando o programa gratuito de acompanhamento educacional virtual, com prioridade para estudantes da rede pública de ensino. Trata-se do Programa de Tutoria Educacional à Distância (PTED) que prevê o atendimento de mais de 800 alunos de todos os estados, com foco nos estudantes da rede pública e de menor renda familiar.

Durante os três anos do Ensino Médio, os participantes do PTED, vinculados a suas escolas de origem, terão apoio nas disciplinas curriculares, por meio de videoaulas e outras estratégias de aprendizagem disponibilizadas em uma plataforma digital completa e com acompanhamento direto de um corpo de educadores experiente.

Das 810 vagas ofertadas pelo Programa para todo o Brasil, 20 foram destinadas para o estado do Amapá e poderão ser preenchidas por alunos oriundos de famílias com renda de um a três salários mínimos. As inscrições para o processo de admissão no programa começaram no dia 18 de agosto e irão até o dia 18 do mês de setembro, já o acompanhamento acadêmico acontece em 2021.

Sobre a Escola Sesc de Ensino Médio

Em fevereiro de 2008, a Escola Sesc de Ensino Médio, no Rio de Janeiro, abriu suas portas para uma turma de jovens entusiasmados, vindos dos diferentes estados do país. Instalada em um campus de 131 mil metros quadrados em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, a Instituição conta com uma privilegiada estrutura de ensino, com Espaço Cultural, laboratórios, Sala de Carpintaria, Biblioteca, ateliês de arte, sala de robótica e mídias, Espaço Maker, escritório de empreendedorismo juvenil, complexo esportivo, restaurante, além das Vilas Residenciais.

A Escola Sesc de Ensino Médio tem como missão oferecer oportunidades educativas e culturais de qualidade e de modo gratuito a talentosos jovens brasileiros, para que desenvolvam todo o seu potencial e construam transformações de importância não apenas em suas vidas e de suas famílias, mas, por extensão, em todo o tecido social do qual participam.

Serviço:

Link para inscrições: https://escolasesc.net/processo-admissional
Data de encerramento: 18/09/2020

Coordenadoria de Comunicação e Marketing
Departamento Regional – Amapá
Haynan Iago Jardim de Araújo (96) 99131-6750

Poema de agora: Quente e Frio – Luiz Jorge Ferreira

Quente e Frio

Ela sob as luzes artificiais da Philips.
Não se importa com o fim da tarde, sentada no Bar.
Ela fuma.
Ela flutua junto com a fumaça.
Eu não me importo se ela calça 36.
Ela nem saca que o meu perfume é francês, e nem percebe o tom degradê das minhas lentes quando entardece.

Eu posso com o Celular, tirar-lhe várias fotos.
Ela pode fingir que não se importa.
Encobrir os lábios com um copo.
Dar um pulo ao banheiro p’rá retoques.
Ou desaparecer entre os guardadores de carro.

Eu posso escrever um poema…
Tipo:- Você enriquece a tarde!
Ou desenhar um hieróglifo Marajoara,
que decorei de uma cerâmica em Afuá.
Que nada significa nesse Bar.
Nem nunca ilustrou a Capa da Revista Caras.

Ou posso continuar anônimo…
Com os cotovelos apoiados a mesa.
Sozinho.
Tomando Vodka com Suco de Laranja.
Que nem a tarde, nem Marte, nem os guardadores de carro, vão dar a mínima.
E ela vai continuar sozinha, enchendo-se de Nicotina.
Acreditando que trinta e um anos, duram cinquenta.

Luiz Jorge Ferreira

*Osasco (SP) – em 03.09.2020.

Feliz Aniversário, papai! (Para jamais esquecermos do Zé Penha)

Eu, papai e Clara (sua namorada) em 1997.

No dia de hoje (17), se meu saudoso pai estivesse entre nós, faria 70 anos. Antes eu dizia “se estivesse vivo”, mas ele está, dentro de nós, por isso, ainda é seu aniversário. É difícil definir um modelo de vida, acredito que cada um vive da forma que lhe é aprazível. José Penha Tavares viveu tudo de forma intensa e foi um homem muito feliz. Eu sigo seu exemplo e sou muito feliz.

Meu irmão e papai, em 1996.

O mais legal é que ele nunca fez mal a ninguém, sempre tratou as pessoas com respeito e foi muito amoroso com os seus. Meu irmão costuma dizer que ele nos ensinou o segredo da vida: “ser gente boa” (apesar de alguns gatos pingados não comungarem desta opinião sobre mim).

Nós e o Zé Penha, em dezembro de 1997, no último natal dele conosco.

Quando o bicho pega, falo com ele. Uma espécie de monólogo, mas juro que sinto conforto em lhe contar meus raros problemas. Acredito que papai escuta e, de alguma forma, me ajuda. Devaneio? Não senhores e senhoras, é que aquele cara foi um grande pai, ah se foi. Portanto, deve mexer os pauzinhos lá por cima.

Zé Penha, uma figuraçã! Saudades sempre.

Ele partiu em 1998, faz e fará sempre falta. Sinto saudade todos os dias e penso nele sempre. Nosso amor vem das vidas passadas, atravessou esta e com certeza a próxima. Gostaria de lhe dar um abraço hoje, desejar feliz aniversário e tomar muitas cervas com o Penhão, como costumávamos fazer.

Essa montagem foi uma brincadeira do meu irmão, sobre tomarmos umas com o velho nos dias de hoje.

Republico este texto para o Zé Penha jamais ser esquecido. Não por mim, pelo meu irmão ou os irmãos e mãe dele, que nunca o esquecemos, mas sim pela legião de amigos que ele fez durante sua breve jornada por aqui. Faço minhas as palavras do poema Filtro Solar: “dedique-se a conhecer seus pais. É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez”. Saudade, Penhão. Feliz aniversário, papai!

Elton Tavares