Pat Andrade encanta com seus poemas e livros feitos à mão

Pat Andrade – Foto: Aog Rocha

Por Paula Monteiro

Com poemas que falam de amor, vida, morte, solidão, tristeza, entre outros sentimentos, Pat Andrade encanta o seu público com a sutileza do seu trabalho na literatura. Ela fará apresentação nesta quinta-feira (27), a partir das 19h45, no Macapá Verão On-line, por meio das redes sociais da Prefeitura de Macapá. Acompanhe.

Pat Andrade é uma poeta amazônida, nascida em Belém (PA), e mora em Macapá há 21 anos- onde escolheu viver. Aos 49 anos, já publicou dezenas de livros e tornou-se um dos principais nomes na cena literária amapaense.

Foto: arquivo pessoal

O trabalho da poeta também chama a atenção pelo aspecto artesanal que ela mesma dá a cada livro. Todos os livros físicos são feitos à mão por ela; desde a concepção, ilustração, diagramação (usando a técnica de colagem), montagem e comercialização. Às vezes manuscritos, outros digitados.

“Todos são artesanais. Em alguns, uso sobras de papel e papelão, recortes de revistas, entre outros materiais. Uma peculiaridade do meu trabalho é que cada pessoa que compra um livro virtual decide quanto vai pagar por ele”, conta.

Foto: arquivo pessoal

Depois do livro pronto, ela mesma os vende em bares, restaurantes, escolas, universidades e eventos culturais – a venda ajuda na renda familiar desde 2007.

A autora é colaboradora do site De Rocha!; tem poemas publicados na coletânea Jaçanã – Poética Sobre as Águas e na revista virtual de circulação nacional Literalivre e na Agenda Cultural editada em 2013.

Em 2018, realizou a exposição intitulada Poesia Ilustrada, na Biblioteca Estadual Elcy Lacerda, como parte da programação da Primavera de Museus daquele ano. A mesma exposição foi montada também na Universidade Estadual do Amapá (Ueap), a pedido do Colegiado de Letras da instituição.

Em 2019, compôs a Comissão Avaliadora da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa na Escola Vó Olga – no município de Mazagão – a convite da Comissão organizadora da OLP no Amapá.

Foto: arquivo pessoal

Atualmente, Pat é acadêmica do curso de Letras na Ueap e se considera uma militante da literatura. Independente de remuneração, visita instituições de ensino e frequentemente é convidada para rodas de conversa, mesas redondas e debates para contar de sua vivência. Também participa de eventos literários e culturais, os mais diversos, levando poesia aonde ela couber.

Foto: Arquivo Pessoal

Alguns profissionais e estudantes da área de Letras já têm estudos sobre suas obras, (concluídos ou em andamento). Sua poesia também tem sido discutida e estudada (em pequena escala) em instituições públicas de ensino, por iniciativa pessoal de alguns professores e alunos da Universidade Federal do Amapá (Unifap), no curso de Letras do Campus de Santana; em escolas de ensino médio, de Belém e Macapá.

Recentemente, seu trabalho foi incluído no Grupo de pesquisa Poesia Contemporânea de autoria feminina do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste do Brasil, realizado pela Universidade de Rondônia (Unir). Ela também é membro fundadora do grupo Urucum, coletivo de artistas que já realizou várias intervenções urbanas.

Obras

Obras publicadas: fanzines (Poemas, que nada Vol. I e II; Nostalgia; Um quarto de poesia; Olhar 43; Noites sem fim; Sétima esquina; Estilhaços de agosto; Antes da primavera; Para além das flores; Onze poemas; O Próximo poema; Fragmentos, O amor anotado em bilhetes; Quando há poesia; Fantasias poéticas; Subverso; Uma noite me namora; Poesia de brincadeira; Poesia e só; Vidas baratas; Único – poemas escolhidos).

Também possui os seguintes e-books: Uma noite me namora; Em tempos de lonjura – ilustrado e editado pelo iniciante Artur Andrigues; e delírios & subterfúgios – o mais recente, diagramado pela própria Pat.

A poeta não para e já possui obras em fase de produção, são elas: Do Lado de Dentro (livro virtual) e Borboletas de Algodão (projeto classificado em 1° lugar – Categoria B, no Edital Circula Amapá/Secult-AP). Em outubro deste ano, está prevista sua participação em um simpósio de literatura, realizado pela Unir.

Confira alguns poemas de Pat Andrade:

MUITAS EM MIM

minha linha
do horizonte
me divide,
me recorta,
me retalha.
não em duas,
mas em várias…

além dela,
sou menina,
sou mulher;
sou Anna
Karenina,
sou a Virgem
de Nazaré.

Sou Matinta,
sou Iara;
sou floresta
e sou mata.

sou Maria Bonita
e Madre Teresa;
sou tempestade
e correnteza.

Pat Andrade

 


Troca Injusta

te dei as memórias do tempo;
te ofertei os segredos do mundo;
te fiz uns poemas de acaso;
te mostrei as verdades da vida;
te concedi as visões da morte…

em troca, me deste apenas
uma caligrafia ruim
na carta de despedida…

Pat Andrade

Fonte: Portal Égua, mano!

 

Poema de agora: O poeta e o amor – Pat Andrade

O poeta e o amor

o poeta quando ama
faz versos em árvores
faz versos-pétalas
faz versos-flores
poemas frágeis

o poeta quando ama
faz versos com asas
faz versos-pássaros
faz versos-nuvens
poemas leves

o poeta quando ama
faz versos improváveis
faz versos-noites
faz versos-dias
poemas suaves

o poeta quando ama
é – todo ele – desamparo
faz amor com versos
faz amor com frases
poemas raros

Pat Andrade

MP-AP realiza formação em “Estudo Científico de Cargos”

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) realizou nesta segunda-feira (24), a abertura da formação em “Estudo Científico de Cargos – Perfil Profissiográfico”, realizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (CEBRASPE) – entidade especializada contratada pela Administração Superior do MP-AP. O objetivo é preparar os psicólogos do quadro efetivo do órgão ministerial para elaboração do estudo científico necessário para o provimento de cargos de membros e servidores que ingressarão nos próximos concursos da instituição.

A capacitação é necessária, pois a Lei Orgânica do Ministério Público do Amapá fala da avaliação psicológica como fase eliminatória do concurso para o cargo de membro e a Lei 2.200/2017 para os cargos de servidores. Cumprido este primeiro requisito legal, deve-se levantar o perfil profissiográfico de cada cargo pretendido.

Nesse sentido, a contratação do CEBRASPE é um investimento na qualificação dos profissionais do MP-AP para que estejam aptos a realizar esse estudo para futuras contratações para o quadro de pessoal da instituição.

Perfil Profissiográfico

Referente ao registro detalhado das tarefas a serem efetuadas ou próprias de uma profissão, bem como o modo como elas devem ser desenvolvidas. O perfil profissiográfico também traz as características psicológicas desejadas e as restritivas ao exercício da função.

Sobre a capacitação e participantes

A formação, que acontecerá ao longo desta semana nas dependências do MP-AP, é voltada para os psicólogos efetivos da instituição e abrangerá questões teóricas, técnicas e práticas para o levantamento de perfil profissiográfico, que precisa constar nos respectivos editais de seleção.

A coordenação do curso é feita pelo servidor Ricardo Barbosa Silva, fiscal do contrato celebrado com o CEBRASPE e psicólogo do quadro efetivo do MP-AP. “Com esse curso, os psicólogos do MP-AP serão habilitados para traçar o perfil dos cargos que compõem a instituição. A PGJ e demais membros da Administração Superior da instituição sabem da importância dessa qualificação aos profissionais da área e o CEBRASPE possui a expertise necessária para atingirmos nossos objetivos”, frisou Ricardo Barbosa.

“Além de qualificarmos os profissionais do MP-AP, o investimento se justifica pela necessidade cumprimento da legislação própria da instituição para futuras contratações para o nosso quadro de membros e servidores”, pontuou a procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Elton Tavares
E-mail: [email protected]

MPF denuncia servidor público federal acusado de prestar serviços a detentos em troca de propina no Amapá

Em atuação decorrente da Operação Alcatraz, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o servidor público federal Antônio Carlos Lopes Pinheiro, acusado de liderar grupo criminoso instalado no âmbito do Conselho Penitenciário Estadual (Copen) e do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Ele se valia da função pública que ocupava para promover serviços diversos a custodiados, mediante recebimento de propina. Além dele, outros quatro vão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, advocacia administrativa, corrupção passiva, corrupção ativa, prevaricação especial e violação de sigilo funcional no âmbito do Copen e do Iapen.

Narra a denúncia que o servidor público federal cedido para a Secretaria de Segurança Pública do Amapá, enquanto conselheiro do Copen, atuava como figura central da organização criminosa. Para as práticas criminosas, ele utilizava arregimentadores para oferecer favores a custodiados no Iapen, em troca de vantagens indevidas. O esquema foi descoberto durante as investigações da Operação Ex Tunc, que investiga fraudes previdenciárias. A apuração das condutas criminosas do grupo liderado por Antônio Pinheiro, conhecido por Antúzio, deu origem à Operação Alcatraz. Diligências, depoimentos e conversas extraídas de telefones celulares, com autorização judicial, forneceram provas robustas à investigação.

Além de Antônio Pinheiro, são denunciados, ainda, Aldenice Alvez Bezerra, Luiz Fernando Costa de Carvalho e o casal Wilker Monteiro Nunes e Suele Costa Rolla. Atualmente, os homens cumprem pena no Iapen, em regime fechado e semiaberto, respectivamente. Suele é acusada de repassar a Antúzio demandas de detentos, que tomava conhecimento a partir de seu marido, Wilker. Ela também tinha a função de receber pagamento pelos serviços prestados para entregar a Antúzio. Já Aldenice, que tinha a mesma atribuição de Suele, atuou no esquema entre junho e novembro de 2019. Ela e Antúzio se conheceram no Iapen, por ocasião da prisão dela.

A denúncia aponta que, em mais de 20 ocasiões distintas, direta ou indiretamente, Antúzio solicitou ou recebeu vantagem indevida, ou aceitou promessa de vantagem. Os serviços prestados por ele envolviam celeridade aos procedimentos de comutação ou indulto junto ao Iapen, intermediação de pedidos de liberdade, retirada de tornozeleira eletrônica, redução de data base de pena de custodiados, entre outros. O valor dos serviços variava de R$ 300 a R$ 4 mil.

Para cada um dos crimes, o Código Penal prevê diferentes penas, de detenção ou reclusão, que podem chegar a até 12 anos, e mais pagamento de multas.

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal no Amapá
(96) 3213 7895 | (96) 98409-8076
[email protected]

Macapá Verão Online inicia nesta quinta com Estação Lunar

A prefeitura da capital amapaense dará início nesta quinta-feira, 20, à primeira noite de programação do Macapá Verão 2020 com a abertura do Estação Lunar. Desta vez, a programação ganhará uma nova versão com destaque para a transmissão online em decorrência da pandemia causada pelo Coronavírus. Respeitando ao Decreto Municipal de isolamento social, não será permitida a presença de plateia. Desta forma, toda a programação será transmitida pelas redes sociais da Prefeitura de Macapá.

O Macapá Verão é uma tradicional festa que acontece há mais de 50 anos na capital. E, mesmo com o novo formato, não deixará de ter o mesmo brilho de sempre. O Município preparou uma vasta programação que poderá ser prestigiada de casa. De acordo com a presidente da Fundação Municipal de Cultura, Marina Beckman, este é um momento muito esperado, não somente pela população amapaense, mas por todos os artistas.

Em tempos de pandemia, a cultura tem sido muito consumida. Porém, a classe artística também foi muito prejudicada com as medidas de isolamento social. Este é um momento de fomentar a cultura e os artistas, que são trabalhadores e têm oportunidade de mostrar sua produção artística neste evento de grande relevância para a cidade. As famílias e a população terão acesso aos grandes espetáculos, shows e exposição diretamente de suas casas”, disse Marina Beckman.

Confira a programação do primeiro dia:

19h – Exposição de artes Jeriel (artes visuais)

19h – Nani Rodrigues (música)

19h – Tatamirô Grupo de Poesia (literatura)

19h45 – Cássio Pontes (música)

20h30 – Bruno Muniz (literatura)

20h45 – Nivito Guedes (música)

21h – Oneide Bastos (música)

21h30 – Grupo de Marabaixo Tia Sinhá (Marabaixo)

22h – João Amorim (música)

Secretaria de Comunicação de Macapá
Kelly Pantoja
Assessora de comunicação

Patrick Bitencourt gira a roda da vida. Feliz aniversário, irmão!

Um dos meus irmãos de vida gira a roda da vida hoje. Trata-se de Patrick Bitencourt. Ele chega aos 41 anos e rendo homenagens ao velho e querido amigo. Com ele, eu – que tenho quase 44 verões – já vivi, no mínimo, um século de ondas firmes entre situações hilárias, emocionantes e memoráveis. Sim, o “Urso” é um grande cara. Não somente pela largura, mas de alma nobre e atitudes positivas, sempre (tá… às vezes ele escorrega e dá uma “pilantrada”, mas faz parte).

Patrick é  pai da linda Manu, mestre-jedi/sith do João, filho do Nazareno (nosso amigo “Bode”) e da dona Conceição, irmão do Frank, Boca e Najara, namorado da Karinny. Eu e Emerson, meu irmão de sangue, também somos irmãos dele. Sim, a gente ama esse cara.

Sociólogo, bacharel em Direito e professor do Estado, o cara equilibra bem responsa e curtição – pois é assim que deve ser. A gente não pode negligenciar o trampo nunca, já que é o que paga a nossa vida louca (risos). Todos nós temos isso bem claro e assim o fazemos – que é o certo.

Patrick é inteligente, divertido, bem-humorado, espirituoso, coerente, sensato, irreverente, viajado, dono de vasta cultura geral, impetuoso, criativo (vocês precisam ouvir quando a gente se junta pra falar merda, rs), competente profissional da educação, pai exemplar e amigo prestativo.

Sócio fundador da Cúpula do Trovão, flamenguista convicto, maçom, praticante de artes marciais, assíduo frequentador de missas dominicais, boêmio, bicolor, pirata da batucada, ex- patrulheiro das ruas, roqueiro das antigas, fã de cinema, apreciador de quadrinhos e desenhos animados, velho aliado da batalha anual chamada de “A Banda” (evento ao qual sempre sobrevivemos, mas não sei até quando).

E também antigo aliado de vitoriosas batalhas contra uma vida ordinária e contra pregos em geral, Patrick é um dos melhores caras que tenho a honra de chamar de AMIGO. Literalmente ao pé da letra e em caixa alta, pois o cara é Phoda!

Com o Patrick e um seleto grupo de brothers, acumulo uma memória afetiva diversa e rica em cagadas porretas que nos moldaram. Quando a gente se junta, é só alegria. Como diz o escritor Fernando Canto: “de um tempo que fomos para sermos o que somos”. Juntos, temos muitas aventuras e desventuras pra contar – mas a maioria é impublicável, fazem parte das “Guerras Secretas”. Já disse e repito: nosso arquivo renderia um roteiro porreta para um filme dos anos 90, violento e muito doido, mas com uma trilha sonora paid’égua demais.

Ursão, mano velho, tu saaaabes que podes contar com o gordão aqui pra qualquer coisa. Sejam momentos ruins – os quais graças a Deus tivemos poucos. Ou para a formação de vitória na guerra. Que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que o vigésimo dia de agosto chegue sempre contigo assim: saudável e com essa alegria que te é peculiar. Boto fé em ti e agradeço por te ter por perto, irmão. Saúde, ainda mais sucesso e vida longa é o que eu e a Cúpula do Trovão queremos pra ti. Volto a dizer: a gente te ama. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

Hoje é o Dia Nacional do Maçom

Hoje é o Dia Nacional do Maçom. A data é celebrada em 20 de agosto por conta de uma sessão histórica realizada entre as Lojas de Maçonaria “Comércio e Artes” e “União e Tranquilidade”, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), nesse mesmo dia, em 1822.

Na ocasião, o Irmão Gonçalves Ledo teria feito um discurso emocionante e inspirador, pedindo a Independência do Brasil ainda naquele ano.

A data oficial foi oficializada no artigo 179 da Constituição do Grande Oriente do Brasil, tornando o dia 20 de Agosto o Dia do Maçom Brasileiro. A iniciativa dele foi aprovada por todos os maçons presentes e registrada na ata do Calendário Maçônico no 20º dia, do 6º mês do ano da Verdadeira Luz de 5.822. Esta data, convertida para o calendário gregoriano (que é usado na maioria dos países ocidentais), seria equivalente ao dia 20 de Agosto de 1822. Isso teria sido um impulso da sociedade maçônica para que o príncipe regente, Dom Pedro I, proclamasse a Independência do Brasil, no dia 7 de Setembro de 1822 (menos de um mês depois da grande reunião no Rio de Janeiro).

O conceito de Maçom diz: “homens de bons propósitos, perseguindo, incansavelmente, a perfeição. Homens preocupados em ser, em transcender, num preito à espiritualidade e à crença no que é bom e justo. Pregam o dever e o trabalho. Dedicam especial atenção à manutenção da família, ao bem-estar da sociedade, à defesa da Pátria e o culto ao Grande Arquiteto do Universo”.

Maçonaria é uma sociedade discreta e, por essa característica, entende-se que se trata de uma instituição com ação reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam. Seus membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade, além do aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática, filosófica, progressista e filantrópica.

João Espíndola Tavares, meu amado e saudoso avô.

Maçonaria no Amapá e minha família

A Maçonaria existe no Amapá desde 1947, quando foi fundada a Loja Maçônica Duque de Caxias, localizada na Avenida Cloriolano Jucá, Nº 451, no Centro de Macapá. Hoje existem 24 lojas maçônicas no Amapá. Destas, 13 são da Grande Loja do Amapá e 12 da Grande Loja Oriente do Brasil. Além da capital, os municípios de Mazagão, Porto Grande, Santana e Laranjal do Jari possuem uma loja cada.

Meu avô é o primeiro da esquerda. Nessa foto, com outros maçons, entre eles o senhor Araguarino Mont’Alverne (segundo da direita para a esquerda), avô de amigos meus.

Meu avô paterno, João Espíndola Tavares, foi maçom. Aliás, foi um homem dedicado à Maçonaria. Vou contar um pouco dessa história:

Em 1968, após ser observado pela sociedade maçônica de Macapá, João Espíndola (meu avô) foi convidado a ingressar na Loja Maçônica Duque de Caxias, sendo iniciado como Maçom. Logo se destacou dentro da Ordem, por conta de seu espírito iluminado. Foi um dos maiores incentivadores de ações filantrópicas maçônicas no Amapá.

João foi agraciado, em 1981, após ocupar 22 cargos maçônicos, com o Grau 33 e o título de “Grande Inspetor Litúrgico”. Ele sedimentou seus conhecimentos sobre literatura mundial lendo de tudo.

Vô João transitou por todos os cargos da Ordem. As cadeiras que ocupou foram sua ascendência à graduação máxima da instituição. Foi Vigilante, 2ª Mestre de Cerimônias, Venerável Mestre, 1º Experto Tesoureiro, Delegado do Grão Mestre para o 11ª Distrito Maçônico e presidente das Lojas dos Graus Filosóficos. Também foi um dos participantes do Círculo Esotérico da comunhão dos membros.

Ele também integrou o grupo de humanistas da instituição, que objetivava a assistência social e humanitária, oferecendo atendimento médico gratuito ao público. A entidade filantrópica também ministrava aulas preparatórias para candidatos ao exame de admissão ao Curso Ginasial, que hoje conhecemos como Ensino Médio.

Quando ele morreu, em 1996, em nota, a Maçonaria divulgou: “Durante sua estada entre nós, sempre foi ativo colaborador e possuidor de um elevado amor fraterno”.

Há 11 anos a Loja Maçônica do município de Mazagão, Francisco Torquato de Araújo, comemorou 20 anos de fundação. No evento, a instituição homenageou seus fundadores, entre eles o patriarca da minha família paterna, João Espíndola Tavares.

Tio Pedro, Venerável da Loja Duque de Caxias

Meu tio e querido amigo, Pedro Aurélio Penha Tavares, é o único maçom da minha família. Ele também é o atual Venerável Mestre da Loja Duque de Caxias, que possui 70 anos. Meu avô, lá nas estrelas, deve ter muito orgulho de seu filho, que seguiu seu caminho Maçônico.

O Maçom, por princípio, não deve ter um dia específico para agir maçônicamente. Todos os dias são Dias de Maçom, pois a construção do Templo Interior é um trabalho árduo, diuturno e que leva uma vida para ser concluído. Parabéns a todos os IIR . ‘ ., livres e de bons costumes, especialmente os que buscam viver como verdadeiros MMaç . ‘ ., “levantando TT. ‘ . à virtude e cavando masmorras ao vício” para que sejam “Justos e Perfeitos”, parabenizou o Venerável Mestre da Duque de Caxias.

Elton Tavares

Live debate as oportunidades de uso da ILPF na Região Norte

Nesta quarta-feira (19), a Rede ILPF, uma parceria público-privada entre a Embrapa e diversas empresas, promove a live “Oportunidades de Uso da ILPF na Região Norte”. A transmissão será realizada no canal da Embrapa no YouTube, às 19h (horário de Brasília).

Os pesquisadores Gladys Martinez (Embrapa Amazônia Oriental / Pará) e Vicente Godinho (Embrapa Rondônia), e o gestor de agronegócios da Fazenda Mogiguaçu (Paragominas, PA), Marcus Ubiratan Vieira, vão abordar as oportunidades e os desafios para a ampliação da adoção dos sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) na região.

A Rede ILPF estima que o Brasil tenha hoje em torno de 15 milhões de hectares de ILPF em uso nas diferentes regiões do país. No Norte, os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta estão em cerca de 1 milhão e meio de hectares. Os sistemas integrados intensificam o uso da terra de forma sustentável, promovem a recuperação e conservação do solo, recuperam e aumentam a produtividade das lavouras e pastos, promovem a preservação da biodiversidade e da floresta e evitam a abertura de novas áreas.

A live do dia 19/08, que será mediada pela jornalista Ana Laura Lima, da Embrapa Amazônia Oriental (Pará), encerra a série de lives que iniciou no dia 22 de julho e que debateu o uso dos sistemas ILPF em todas as regiões do Brasil.

Assista e participe => youtube.com/embrapa

Dulcivânia Freitas, Jornalista DRT/PB 1063-96
Núcleo de Comunicação Organizacional
Embrapa Amapá
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Macapá/AP

[email protected]
Telefone: + 55 (96) 3203-0287 / 3203-0200
www.embrapa.br/amapa I fb.com/embrapa I twitter.com/embrapa

Curso de português para estrangeiros recebe inscrições até 21/8

Grupo de pesquisa do Campus Santana do Instituto Federal do Amapá (Ifap) está com inscrições abertas para o curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) de Produção Oral em Português para Estrangeiros. Para participar, basta preencher o formulário on-line de inscrição e anexar um áudio cantando uma música de qualquer gênero musical, até esta sexta-feira, 21/8. O formulário pode ser acessado por meio do link.

O projeto destina-se a estrangeiros que desejem aprimorar seu conhecimento da língua portuguesa. A seleção dos alunos acontecerá de forma on-line baseada em princípios básicos dos elementos de musicalidade, como afinação, ritmo e percepção melódica.

O pesquisador proponente da iniciativa é o professor Romeu do Carmo Amorim Junior que contará também, durante a realização da mesma, com estudantes do nível de graduação superior e técnico. O projeto é fruto de edital do Ifap para incentivo ao desenvolvimento de Projetos de Inovação em Arranjos Produtivos Locais, lançado em conjunto pelas pró-reitorias de Extensão, Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Proeppi) e de Ensino (Proen)

Departamento de Comunicaçao – Dicom
Instituto Federal do Amapá (Ifap)
E-mail: [email protected]
Twitter: @ifap_oficial
Facebook:/institutofederaldoamapa

E-book Legislação Ambiental do Amapá: Leis ambientais atualizadas estão disponíveis no site do MP-AP

De utilidade para operadores de direito, ambientalistas, estudiosos e interessados da área ambiental, o e-book Legislação Ambiental do Amapá – Coletânea 1 – 2020, foi lançado virtualmente nesta segunda-feira (17). A cerimônia, presidida pela procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Ivana Lúcia Franco Cei, contou com as presenças da procuradora de Justiça e subprocuradora-geral para Assuntos Jurídicos, Clara Banha, do chefe de gabinete da PGJ, João Furlan, com participação on-line das procuradoras de Justiça, corregedora-geral, Estela Sá, coordenadora-geral dos Centros de Apoio Operacional (CAO), Judith Gonçalves Teles, e dos autores promotor de Justiça Marcelo Moreira e Mariana Zanatta, servidora efetiva A publicação está disponível no site oficial do Ministério Público do Amapá (www.mpap.mp.br).

O e-book Legislação Ambiental do Amapá (coletânea 1, 2020), é uma iniciativa do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CAO/AMB), com apoio da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente e Conflitos Agrários e, de autoria do promotor de Justiça Marcelo Moreira e da servidora Mariana Zanatta, responsáveis pela organização. A edição foi prefaciada pela procuradora de Justiça e coordenadora-geral dos CAOs/MP-AP, Judith Teles, que durante a cerimônia de lançamento considerou o livro de proporção extraordinária por reunir toda a legislação ambiental atualizada do Amapá, de grande utilidade pública, que dará suporte para atuação e conhecimento na área.

O livro, disponível apenas em formato digital, abrange toda a legislação do Amapá, a partir da Constituição Estadual de 1991, quando iniciou-se o pleno exercício da competência federativa e autonomia política do Estado do Amapá, com normativas para defesa e proteção do meio ambiente. A Constituição Estadual, leis complementares, leis ordinárias, códigos de proteção ambiental do Amapá e decretos estaduais foram compilados e organizados de forma cronológica, para facilitar a consulta e manuseio.

Para o secretário de Estado do Meio Ambiente, Robério Aleixo, a coletânea de leis é uma iniciativa de interesse geral e essencial para avançar na reconstrução da legislação ambiental do Amapá. “Esta publicação é uma base para o diálogo, através do qual vamos partir para a readequação e atualização das nossas leis, ato necessário neste processo que estamos passando, de valorização do meio ambiente”, destacou.

Além do gestor ambiental do Estado, participaram do dispositivo virtual, a delegada de Polícia Civil do Meio Ambiente (DEMA), Lívia Pontes, e o comandante do Batalhão Ambiental, Tenente-Coronel Adamor.

A PGJ Ivana Cei analisa esta obra como um marco na atuação conjunta de órgãos ambientais no Amapá, o compartilhamento do estudo e conhecimento técnico da legislação ambiental útil para esta e futuras gerações. “As leis e normativas ambientais que estão neste e-book são o resultado do trabalho em parceria de órgãos ambientais no Estado, o que mostra o compromisso de todos em defesa do meio ambiente, e o MP-AP estará sempre disponível para boas iniciativas. Esta coletânea é uma oportunidade para que todos, operadores de direito, estudantes, membros do MP-AP e sociedade, tenham acesso sem custo a esta memória, porque é um trabalho compartilhado pelo promotor Marcelo Moreira e equipe”, pontuou a PGJ.

Os autores

Considerado um pioneiro na área de direito ambiental no Estado do Amapá, Marcelo Moreira acumula a função de titular do Meio Ambiente e coordenador do CAO-AMB, é Doutorando em Ciência Jurídico-Política pela Universidade de Lisboa, Mestre em Desenvolvimento Regional e professor assistente de Direito Ambiental da UNIFAP. Mariana Zanatta Dória é graduada em Direito, com pós-graduação em Processo Civil, analista ministerial do MP-AP, chefe de secretaria do CAO/AMB.

O promotor Marcelo Moreira acentua na publicação os objetivos do livro, que é de partilhar conhecimento do conjunto de regras jurídicas que integram o atual sistema normativo local. Para ele, conhecer as regras, é um passo importante para melhorar a conscientização e participação da sociedade na defesa do meio ambiente. “Quanto mais pessoas conscientes, melhor para a preservação do planeta, para a sobrevivência da humanidade. O MP-AP através de suas unidades ambientais atua também para favorecer esse conhecimento”, comemorou.

No site do MP-AP e Hotsite do CAO/AMB, estão disponíveis outras publicações, como e-books de Jurisprudências e Súmulas, cartilhas, o Dicionário Socioambiental do Amapá, Atlas de Unidades de Conservação, e em breve será lançado o livro digital “Legislação de Terras e o Direito Ambiental Estadual – O Caso das Leis Ambientais do Estado do Amapá”, de autoria da PJG Ivana Cei e do promotor Marcelo Moreira, que será também disponibilizado em formato impresso.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Coordenação: Gilvana Santos
Texto: Mariléia Maciel – CAO/AMB
Contato: [email protected]

Música de agora: Emicida – Final dos Tempos

Emicida – Final dos Tempos

Eu gosto de cantar pra ficar calmo
Quê isso?
Não funciona com você?
Funciona, mas precisa de uma batida, um veneno, sabe?
E aí?
Acho que entendi!

Às vésperas do último eclipse
Tá todo mundo sem agenda pro apocalipse (sem tempo, irmão)
Um passarinho me disse que
Talvez seja hora de fazer um remix e
Certo? Pipocas e refresco
Num tempo quente
Sério, gente? Eu achei fresco!
O bem e o mal se enrosca como um arabesco
É desesperador como soa burlesco
O que será das árvores, dos amores?
Do brilho límpido das águas das nascentes?
O que será dos bichinhos, das flores nos caminhos?
O que será dos bons vinhos e das garotas calientes?
Já pensou, bolas de fogo a chover num lugar?
Ninguém vai ver, todo mundo vai tá no celular
Se tudo forem dores, dos valores se esquecem
Tem como repetir, eu tava fazendo uma selfie?

Ai, é o final dos tempos, alvos: Templos
Salvos mesmo, nenhum de nós
Às vésperas de um grande salve-se quem puder
Sendo tratadas como um dia qualquer
É o final dos tempos, alvos: Templos
Salvos mesmo, nenhum de nós
Às vésperas de um grande salve-se quem puder
Sendo tratadas como um dia qualquer
Ai, meu Deus!

Cara, pra quê tão dramático? Para!
Só deixa ir no piloto automático, encara
Que soa sádico de início, mas olha o precipício
Ver daqui é uma chance tão rara
A gente vai entrar em extinção, tipo as araras
Eu sei, se derrete o Alaska nós se lasca
Emplaca a ideia torta de que a terra morta numa maca
Se ressuscita com ideia babaca (eca)
Meu amigo, sorria, é triste a profecia, lamento
Cê não conhece outros departamento?
Levanta, vagabundo, bora salvar o mundo
Ou pelo menos ver ruir de um lugar cem por cento

É o final dos tempos, alvos: Templos
Salvos mesmo, nenhum de nós
Às vésperas de um grande salve-se quem puder
Sendo tratadas como um dia qualquer
É o final dos tempos, alvos: Templos
Salvos mesmo, nenhum de nós
Às vésperas de um grande salve-se quem puder
Sendo tratadas como um dia qualquer
Ai, meu Deus (seu?)

É o final dos tempos
É o final dos tempos
É o final dos tempos
É o final dos tempos
É o final dos tempos

É o final dos tempos
É o final dos tempos
É o final dos tempos
É o final dos tempos
É o final dos tempos
É o final dos tempos

Poema de agora: BALADA DA DIVINA TRAGÉDIA – Ori Fonseca

Ilustração: Jornal da Educadora.

BALADA DA DIVINA TRAGÉDIA

Ó mar, de pele e olhos azuis,
Recebe a chuva de meu pranto,
Que não te pese como cruz
Como a mim pesa tanto, tanto.
O sal, que em ti tanto reluz,
Dos olhos meus transborda e mina
Por meus irmãos frágeis e nus
Que cantam prece em cada esquina.

Esse abandono só produz
Humilhação e desencanto,
Que o abandonado se reduz
A um nada frio jogado ao canto.
E o nada assim se reproduz,
Erva insistente que germina
Na contramão, em contraluz,
No fértil chão de cada esquina.

Ratos, baratas, urubus
Fazem festins de horror, enquanto
Humanos passam nus e crus
E se comungam pelo espanto
De ver que a sorte que os conduz
É teia tensa, é rede fina,
Um labirinto à meia-luz
De compra e venda em cada esquina.

O Inferno, em Dante, não traduz,
Nem a Tragédia mais Divina
Pode expressar os ais e uis
Da dor que escorre em cada esquina.

Ori Fonseca

Um futuro de incertezas – Crônica de Evandro Luiz

Crônica de Evandro Luiz

O mundo vivia em suspense. O clima era de que, a qualquer momento, uma bomba nuclear poderia pôr um fim na raça humana. As duas grandes potências, Estados Unidos e a Rússia, disputavam a hegemonia do planeta e o mundo foi dividido em dois blocos: o capitalismo e o socialismo. Os aliados dos americanos criaram a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN, em resposta. Os russos criaram o Pacto de Varsóvia – onde os países do Leste Europeu se alinharam à União Soviética. E foi justamente nesse período que ocorreram as grandes manifestações.

 

Em vários países a população foi às ruas pressionando os governantes a evitar uma guerra. Na década de 1960, artistas de todas as tendências se engajaram em lutar e cantar por um planeta onde o lema era “Paz e Amor”. Foi nos grandes shows musicais, que ficou conectada em definitivo a relação da música com as grandes causas sociais.

O emblemático Festival de Woodstock, realizado entre os dias 15 e 18 de agosto de 1969, em uma fazenda na cidade de Bethel, no estado de Nova York, mostrou para o mundo uma nova tendência comportamental. A luta pela liberdade, contra as guerras, em defesa das minorias como a violência contra mulheres e negros se fortaleceu.

Passos importantes foram dados, mas ainda faltando muito para se chegar a uma posição satisfatória.

Com o fim da guerra fria, outro setor, o meio ambiente virou bandeira de luta das organizações não-governamentais contra as grandes empresas, principalmente as de pesca da baleia e as petrolíferas. Mas no pano de fundo, as grandes corporações estavam de olho na Amazônia. Havia também países do primeiro mundo como a Alemanha e Bélgica que financiavam comunidades com programas de desenvolvimento sustentável, que têm a capacidade de atender às necessidades dos povos da floresta.

Fotógrafo Renato Soares. Crédito:Arquivo pessoal (imagem ilustrativa para esta crônica).

A criação de reservas ambientais, e o início das demarcações das terras indígenas foram conquistas onde tombaram ativistas do meio ambiente. Só em 2018, foram mais de 20. O fotógrafo Israel Beguins, de 70 anos, vem acompanhando, como ele diz, essa guerra onde o principal derrotado é o próprio homem.

Ilustrador Igum D’jorge destaca seus principais trabalhos; conheça

Por Paula Monteiro

Apaixonado por desenho, o ilustrador Igum D’jorge, 27 anos, trabalha com ilustração e quadrinhos, desde criança. Ele realiza ilustração de livros de poesia e aquarelas, atua como colorista digital e desenvolve parcerias com grandes profissionais de vários segmentos de todo o país.

Atualmente, Igum está criando a arte do álbum de hip-hop “Aku Aku” para o rapper paulistano Eloy Polemico. Ele também dedica-se à ilustração de um livro escrito pela Dona Esmeraldina, moradora do Curiau, sobre contos que tratam da cultura local como o Marabaixo. “Estou focando minha carreira em editorial e ilustração de livros”, disse.

Ele ministra, ainda, mentoria online de ilustração para alunos de todo o país. “Tenho estudado para desenvolver mais meu portfólio e entrar em um mercado em que eu possa fazer mais cartas – cardgames”, adianta.

O Ilustrador macapaense conta que desenha desde criança com o incentivo da família. “Meus pais compravam material e eu gastava horas e resmas de papel rabiscando, até que essa atividade virou um hábito. Quando ingressei na quinta série escolar optei por fazer um curso de desenho nas férias e passei uns anos me aperfeiçoando com profissionais”, conta.

Igum lembra que passava cerca de doze horas por dia desenhando e copiando várias situações, mas chegou a “parar” de desenhar em algumas fases da sua vida. Os anos que antecederam o vestibular, foi o período que ele mais produziu e onde teve a ideia de criar quadrinhos pela primeira vez.

“Uma das dificuldades que enfrentei foi a falta de acesso à internet, então me inspirava em ilustrações que vinham de fora do estado, e assim participei de vários fóruns de desenhos, ocasião em que aprendi muitas técnicas e fui me desenvolvendo aos poucos. Nessa época, copiava vários órgãos do corpo humano, temas sobre anatomia, crânios, e tudo que encontrava nos livros de ciências”, lembra.

Igum é estudante de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Amapá (Unifap). Também chegou a produzir quadrinhos didáticos em sua licenciatura em Ciências Biológicas (2010).

Em 2013, quando iniciou arquitetura, resolveu criar um perfil nas redes sociais para mostrar e comercializar seus desenhos. “Por semana, eu criava cerca de três obras então começou a aparecer as primeiras propostas de trabalho e inicialmente comecei a fazer capas e quadrinhos de zumbi”, disse.

Continua: “Entrei em contato com os paulistas Pedro Hutsch e Rodrigo Ortiz e iniciamos um projeto, no qual eu ilustrei alguns capítulos de um livro com cartas de tarô. Como eram 24 cartas e 12 capítulos, cada um foi escrito por um profissional. Ao final desse trabalho, me dediquei a desenhar o baralho completo de tarô, mais 54 cartas, totalizando 79 unidades”.

Igum conta que conheceu o Pedro por meio do livro “Pelo Dito Pelo Não Dito” – o qual ajudou a ilustrar. “Pedro coordenava um projeto voltado para 50 ilustradores de tiras de todo o país”, disse.

“Ainda trabalhei num livro que conta uma história de um personagem que eu criei dentro do tarô. Durante o processo de desenhar as cartinhas, criei o personagem que simboliza o “louco”. Há momentos em que ele atua como protagonista e outros como figurante, então ele está em quase todo o livro”, conta.

Na cartomancia acredita-se que o “louco” é um viajante que transita pelas cartas enquanto se desenvolve pessoalmente. Essa figura será o personagem principal do novo livro de literatura que está sendo desenvolvido pelo Pedro, Rodrigo e Igum. A jornada envolve reflexão dentro de um universo medieval mágico, fantasioso e um pouco surrealista. Depois desse lançamento, eles irão produzir um quadrinho sobre a obra.

Igum trabalhou também na editora Script ilustrando e fazendo o roteiro de uma coletânea com histórias de terror do folclore brasileiro, abordando figuras como a rasga mortalha, caipora e lobisomem.

O ilustrador também participou da produção do curta-metragem animado produzido no estado “Solitude”, e ressalta que não tem um termo pra definir seu estilo. “Meu trabalho mistura o tradicional e o digital”, finaliza.

Fonte: Portal Égua, mano!