Cultura on-line: hoje rola Quarta de arte da Pleta

Por Kássia Modesto

Que tal um pouco de arte pra alegrar esses dias tão tristes? Quarta de arte da Pleta, é um encontro artístico cultural que proporciona ao público a boa música amapaense com toque super especial de poesia, cinema, palhaçaria e outras várias linguagens culturais abraçadas pelo projeto. Em tempos de pandemia, a iniciativa tem servido de alívio para muitas dores deste cenário caótico mundial, com a permanência de suas atividades. Cada artista na sua casa, recebendo com amor e arte, o nosso público querido.

E hoje, o Quarta de Arte da Pleta tem gosto de recuperação, de segunda chance, de nova vida. Quem conhece, sabe de toda a dedicação pelas causas artísticas e sociais da produtora e idealizadora do projeto a nossa estrela Andreia da Silva Lopes. A nossa Pleta havia testado positivo pro Covid-19.

Após mais de uma semana de internação, os bons ventos sopraram boas novas e ela teve alta na última terça-feira 19 de maio. E hoje, às 20h10m, estaremos aguardando você para essa linda troca.

Segue no Instagram e curte a nossa cultura: quarta_de_arte_da_pleta

Carinhosamente recebendo os artistas (apresentações pelas transmitidas pelas redes sociais dos mesmos):

20:10 Edu Gomes
20:30 Débora Menezes
21:00 Wendel Cordeiro
21:30 Mary Paes
22:00 Dan Ojuara
22:30 Fernanda Canora

Com apresentação da poetisa Kássia Modesto.

Poema de agora: ALHEIO – ALHEIO

Ilustração: AGONIA. Óleo sobre cartão, de Ismael Nery – 1931.

ALHEIO

Não! Não dormirás o sono dos justos
Enquanto te pesar o fardo
Da dor alheia.
A tua sabedoria de cifrões,
Os teus livros de contabilidade,
Os teus anéis de muitas pedras
Não aplacarão o horror de teus pesadelos.

Não suportarás com paciência
A dor no fígado alheio.
Tuas entranhas também se contorcerão,
Mas de fome moral.
Tua alma faminta
Estenderá a mão pendinte sem resposta.
A boca de teu espírito magríssimo
Mastigará o pão que o diabo vomitou,
Teu estômago de esfinge
Roncará na noite infinda.

Não! Não morrerás sem agonia
Enquanto te assombrarem mortes
De inocentes.
O teu terno de papel moeda,
Os teus óculos de raio-x,
O teu colchão de água benta
Não aliviarão teu inumano grito.

Precipitarás em abismos eternos,
E deixarás partes de ti nas encostas
E sangrarás cada suor que bebeste,
E te olharão os olhos que fechaste,
E te devorarão as bocas que costuraste,
E te açoitarão as mãos que pregaste.

E nascerá o dia sem que vejas a luz,
E soprará o vento sem que possas respirar,
E brotarão as flores sem que sintas perfume algum,
Mas sentirás, é certo,
A tua decomposição maldita
Sem testemunha,
Sem lamento de outrem,
Sem lágrima alheia,
Sem nada do que possa lembrar
Saudade!

Ori Fonseca

Nota de Pesar da Secult

É com profundo pesar que todos da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) receberam a notícia, neste sábado (16), do falecimento do músico, servidor público membro (maestro) da Banda de Guarda Municipal de Macapá (GMM) e professor de música no Centro de Educação Profissional de Música Walkíria Lima (CEPMWL), Siney Saboia, de 45 anos. Infelizmente, mais uma vítima do novo coronavírus (Covid-19).

Um músico trompetista de imenso talento. Paraense, ele tinha mais de duas décadas de carreira artística no Pará e Amapá. Siney Saboia estudou trompete na Fundação Carlos Gomes, em Belém (PA), e se formou como técnico em música pela Escola de Música Federal do Pará. Tocou ao lado de músicos como Barry White e foi integrante e regente da orquestra Amazon Jazz Band.

No Amapá, tocou com todos os grandes nomes da música amapaense e integrou bandas como Grupo Quebra Pedra, Quinteto Amazon Music e Banda da Guarda Municipal. Participou dos Concertos de Verão da Confraria Tucuju, Festivais de Jazz, entre outros incontáveis eventos culturais e de iniciativa para a disseminação da música instrumental. Saboia foi um dos maiores trompetistas da Amazônia.

Todos nós, da Secult, nos solidarizamos com a dor de seus entes queridos. Pedimos a Deus que conforte o coração de familiares e amigos enlutados. Externamos nossas sinceras condolências por sua partida precoce e nossos agradecimentos ao grande artista que ele foi.

Nesse momento, em que a população mundial se encontra em alerta, queremos ressaltar a importância da proteção ao Covid-19. É indispensável que mantenhamos as medidas de proteção recomendadas pelos órgãos de saúde. Deste modo, devemos sempre lavar as mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool, além de evitar tocar no rosto.

Para cuidamos de nós e dos outros, devemos usar máscaras, mantendo as distâncias recomendadas e sair de casa só em extrema necessidade. É importantíssimo estarmos atentos, para que não percamos mais pessoas queridas. Sigamos fortes e unidos nessa batalha.

Evandro Milhomen
Secretário de Estado da Cultura

Hoje rola Live Solidária, a partir das 19h, com os cantores Amadeu Cavalcante, Nani Rodrigues e Loren Cavalcante

Hoje (14), a partir das 19h, os cantores Amadeu Cavalcante, Nani Rodrigues e Loren Cavalcante, se apresentarão em uma Live Solidária, em prol de famílias carentes da comunidade de Nossa Senhora de Guadalupe. A iniciativa pretende arrecadar alimentos que serão distribuídos para as pessoas atingidas pela crise causada pela pandemia destes tempos.

O show virtual será transmitido pela rede social Facebook, na página do Amadeu Cavalcante: https://www.facebook.com/amadeu.cavalcante.54 . Informações para doação estão no banner abaixo:

Sobre os cantores

Amadeu Cavalcante

O cantor e compositor Amadeu Cavalcante iniciou a carreira profissional cantando nos bares de da capital em 1980. Já em 1989, lançou o primeiro disco da carreira; na época, um LP chamado ‘Sentinela Nortente’. Em 1991, lançou o segundo disco ‘Estrela do Cabo Norte’, e depois, ‘Tarumã’ (1996).

No ano seguinte, em 1997, Amadeu passou a integrar o quarteto Senzalas, junto com os músicos Zé Miguel, Val Milhomem e Joãozinho Gomes. Juntos, lançaram o CD ‘Dança das Senzalas’. Desde então, não parou mais.

Nani Rodrigues

Nani Rodrigues é casada com o consagrado cantor e compositor amapaense, Amadeu Cavalcante, com quem teve três filhas (todas cantoras), Hannah Cavalcante, Anne Ariel e Loren Cavalcante. Em 2012 gravaram o CD “Amadeu Cavalcante Em Família – União”.

Loren Cavalcante

Loren Cavalcante – que quando conheci era Loren Lua – é natural de Macapá. Ela iniciou sua carreira artística como cantora no II Festival Jovem da Canção- FEJOCA onde concorreu, juntamente com Anne Ariel, com a música autoral “Meu Guia” e ganhou o prêmio de melhor arranjo.

EM 2004 foi convidada pelo cantor Zé Miguel para gravar em seu CD 4.0 a música “Meu Guia”. Participou em 2005, do Festival Universitário da Canção (FEUCAN) como intérprete da música “Tratado de Paz” do cantor e compositor Amadeu Cavalcante. Desde então, tem realizado apresentações em festejos e eventos locais.

Fale de sua aldeia e estará falando do mundo” – Leon Tolstói.

Elton Tavares

Música autoral amapaense: banda Mini Box Lunar Lunar une forças ao projeto Tem Deck?e lança canção “Conchinha” na plataforma Soundcloud

A banda de rock amapaense Mini Box Lunar Lunar (da cantora Heluana Quintas) uniu forças em um projeto eletrônico, o Tem Deck? (do músico Otto Ramos), e lançou a canção “Conchinha”, na plataforma de músicas na internet “Soundcloud”. Os dois musicistas também são produtores culturais e militam há anos em prol do cenário musical autoral do Amapá.

A letra da música é de autoria de Heluana e a música foi composta por Otto. O som experimental é da melhor qualidade, pois já escutei umas dez vezes de ontem pra hoje.

Bati um papo com a Heluana ontem (13), quando ela me enviou a canção. Gostei da música. É bonita, calma e perfeita para esses tempos caóticos que todos estamos vivendo; uma mistureba de Pato Fu, Mutantes, Secos e Molhados que deu na voz doce – às vezes distorcida – da Heluana, com as ligas do teclado e sintetizadores do Otto.

Heluana Quintas

A Mini Box Lunar surgiu na primeira edição do Quebramar, em 2008, na Unifap. A banda tem mais de 30 canções autorais. Muitas inéditas.

Segundo Heluana, eles estão aproveitando a quarentena para experimentar um pouco. A cantora disse ainda que espera lançar um álbum audiovisual gravado no Amapá ainda este ano, no segundo semestre, com o patrocínio do Banco da Amazônia, já aprovado no edital de cultura da instituição.

Com os ecos na voz e as sutis ligas sonoras, a música dá uma descomplicada. “A música é sobre saúde mental, sobre tentar ficar de boa”, concluiu a cantora.

Conchinha é uma daquelas invencionices sonoras agradáveis, pois todos precisamos de válvulas de escape desse cotidiano maluco.

Ficha técnica:

Letra: Heluana Quintas –
Música: Otto Ramos –
Experimente Mini Box Lunar LO-FI –
Macapá 2020.

Nestes tempos sombrios de vulnerabilidade humana, perdas e tristezas, “Conchinha” é dessas canções que chegam a ser um acalanto. Nossas cabeças estão mesmo assustadas. É realmente necessário “fechar a cortina dos olhos e dar uma segurada”, como diz a música. Portanto, abram o coração amalucado e escutem “Conchinha”.

– Conchinha –

“Vem, conchinha, meu bem
Vem deixar que o sonho leve
A insônia breve
Que o sono REM.

E eu fecho a cortina dos olhos
E ainda não dá
Desligo a TV e o barulho da mente, não dá

O que é que tá se passando aí
Nessa cabeça assustada?
Pensa mais um pouco
Descansa o corpo
E dá uma segurada.

Elton Tavares, com informações de Heluana Quintas

Projeto de dança do AP reúne artistas em apresentações na web com trilha sonora autoral

Por Caio Coutinho

Com o objetivo de não deixar o segmento artístico do Amapá parado e sem incentivo durante a pandemia do novo coronavírus, artistas da dança, música e poesia se uniram para lançar um projeto que vai reunir, ao todo, 10 vídeos de apresentações de dança feitas em casa.

Chamado “O Canto Azul”, a iniciativa é uma parceria do grupo de dança Âmago com o musical Poetas Azuis, que contribuiu com a trilha sonora, “emprestando” as músicas para a composição dos vídeos, interpretados por dançarinos.

Projeto reúne dança e audiovisual e vídeos são lançadas na internet a cada 3 dias — Foto: O Canto Azul/Divulgação

Pablo Sena, diretor do grupo de dança e responsável pelo projeto, explica que cada vídeo mostra um artista dançando na própria casa e interpretando a poesia e canção dos Poetas Azuis.

Os vídeos são lançados a cada três dias no canal do grupo Âmago no Instagram, no @grupo_amago. O primeiro vídeo foi lançado na última quarta-feira (29).

Artistas interpretam as músicas dos Poetas Azuis — Foto: O Canto Azul/Divulgação

“Estamos buscando novas formas de fazer nossa arte. Sabemos que a formação de plateia no meio cultural é extremamente difícil e no meio virtual não é diferente. Estamos buscando formas de deixar nosso trabalho aceso”, contou.

Além dos vídeos, está prevista uma websérie no mesmo formato. Sena reforça que cada artista “saiu da zona de conforto” e aprendeu técnicas de utilização de ferramentas do audiovisual para deixar as produções com maior qualidade. Muitos fizeram os vídeos sozinhos ou com auxílio de familiares.

Artistas tiveram que aprender técnicas e usar ferramentas do audiovisual para a produção dos vídeos — Foto: O Canto Azul/Divulgação

“A websérie se chamara ‘O Corpo de Dentro’. Vamos expor como eram nossas realidades artísticas e pessoais antes da pandemia e como está nossa visão de mundo dentro dos nossos ambientes familiar e domiciliar. Como está o pensamento dos nossos artistas”, finalizou.

Fonte: G1 Amapá

As Pedras da Zeni – Por Silvio Neto

Por Silvio Neto

Um retrato em branco e preto. Uma corda no pescoço que sobe pela cara e tenta amordaçar a boca e vendar os olhos. Mas são só as “amarras psicológicas” cantadas na letra de Minas Armadas, novo single da cantora Brenda Zeni, lançada no último dia 08 de maio na plataforma Spotify.

A letra, assim como toda a música, é enérgica, pulsante e latente como a boca cerise que morde a mordaça e o olho que escapa e enxerga tudo. A maquiagem e seus aparatos estão lá. Não para embelezá-la, mas para submetê-la e força-la a seguir as regras do mundo macho (ou seria murcho?). Mas suas garras estão pintadas com a delicadeza da rosa e o bote da fera fêmea. É bom ter cuidado com elas! Afinal, “nada foi feito pra você se sentir confortável”…

Minas Armadas é um grito de liberdade das tais amarras psicológicas impostas à mulher desde o… Neolítico. A música começa com um grito de “acorda!”, conclamando a mulher do século XXI a tomar posicionamento e ser protagonista de uma nova história onde o mundo – até então patriarcal – marcha a passos largos para um abismo causado pela violência, competitividade e fome de poder. É mais um chute nos colhões do machismo. Um pesadelo sonoro do qual é preciso ouvir várias vezes até se acostumar e assimilar.

Com arranjos bem colocados, numa pegada muito próxima ao heavy metal, sustentados por um vocal soturno (às vezes até difícil de entender), o novo single de Brenda Zeni só reafirma a sua liberdade criativa, já mostrada e comprovada em trabalhos anteriores como “Qualquer Coisa”, “Pudim”, “Todo Amor é Brega” e “Fruta Roqueira”.

Brenda Zeni é deboche no mais puro estilo de sua majestade Rita Lee, rainha soberana do rock brasileiro. Brenda Zeni é dona de letras inteligentes; de um rock’n’roll clássico e de arranjos sempre muito limpos e bem feitos. Sua versatilidade vocal também se destaca, indo de coisas que lembram Marisa Monte em “Sonho Leve” a Mamonas Assassinas em “Todo Amor é Brega”.

Seu currículo musical é extenso, tendo iniciado suas andanças pelos bares e casas noturnas de Macapá no início dos anos 2000, seguindo para o que hoje mais importa, seu trabalho autoral, tendo participado de festivais dentro e fora do Amapá.

Se você ainda não conhece o trabalho da Brenda Zeni, aproveite a ociosidade da quarentena e acesse seu site brendazeni.com e suas músicas no Spotify. Aposto que você não vai se arrepender!

*Silvio Neto é jornalista, músico e bancário.

Festival reúne 20 espetáculos da região Norte do Brasil: “A Mulher do Fim do Mundo”, da Associação Artística Cultural Companhia Casa Circo (AP), é um dos espetáculos que integram a programação do evento

Como todos sabemos, em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), todos os trabalhadores do setor cultural brasileiro também tiveram suas atividades interrompidas, sem uma data de retorno possível. A pandemia se tornou um cenário difícil para artistas, produtores e técnicos que vivem de suas funções nas artes.

É neste contexto que surge o PAN – Potência das Artes do Norte, o primeiro Festival online de artes que contará com a participação de espetáculos oriundos do Amazonas, Pará, Roraima, Amapá, Tocantins, Rondônia e Acre. A iniciativa tenta minimizar os impactos causados pelo isolamento social, possibilitando que o público tenha acesso às obras da programação, sem sair de casa, durante o período de realização do festival.

O PAN surge como um espaço virtual que congregará 20 espetáculos de todos os estados da região Norte, além de outras ações, como explica a coordenadora geral do festival, Ana Oliveira.

“Logo que a pandemia surgiu nós artistas fomos os primeiros a parar. Por duas semanas eu fiquei meio sem chão, perdida. Não sabia como lidar com essa parada forçada tão brusca em todas as nossas atividades. Nesse período foram surgindo várias ações de outros grupos e artistas, lives, links liberados, etc. Assim fui criando coragem para também testar algo nesse novo lugar em que se estabeleceu a nossa presença – o mundo virtual”, explica Ana.

A coordenadora do festival pontua que a abertura para esse novo processo de descoberta, foi como um “novo respiro”. “Conseguia levantar da cama porque encontrei, ou melhor, reinventei um propósito de vida no meio desse caos todo que estamos vivendo”, completa.

A primeira edição do PAN conta com espetáculos de grupos e artistas convidados, que contemplam todos os estados da região Norte. “Se tudo der certo, queremos muito abrir um processo de inscrição em que todos os artistas e produtores da região possam mandar seus materiais para futuras edições. Só precisamos testar esse formato primeiro”, ressalta Ana.

Além da coordenação geral assinada por Ana Oliveira, o evento conta com Francis Madson na programação acadêmica, Jean Palladino na identidade visual, Ítalo Rui e Gleidstone Melo na comunicação, Hamylle Nobre e Eduardo Klinsman nas mídias sociais, e Wallace Abreu na assessoria de imprensa.

“Acredito que o restabelecimento dessa rede e união é algo que pode gerar muitos frutos. Tem também a possibilidade de trabalhos sendo exibido para novos públicos, pessoas de outros estados, que dificilmente conseguiriam ver ao vivo. Os espectadores poderão conhecer mais a fundo as diferentes realidades nortistas e alimentarem sua alma com arte e afeto, por meio das mais diversas linguagens que o festival contempla”, finaliza Ana.

Arte para refletir

A programação contará ainda com o “Setorial de Teatro do Norte”, um braço da programação do PAN que visa convocar artistas, técnicos e produtores culturais do setor da economia criativa, para refletir acerca das ações que envolvem o governo federal, estadual e municipal da região e, além disso, promover uma debate aberto e criativo sobre as iniciativas para o setor após a pandemia de Covid- 19, levando em consideração todos arrochos que estão por vir na estrutura econômica mundial e, portanto, nas instituições públicas e privadas que formaram a cultura, que podem deixar de assistir essa classe.

“Há um tempo que os Estados do Norte não se visitam entre si para dialogar acerca de políticas públicas ligadas a cultura. O festival de teatro da Amazônia, no princípio, surgiu para estreitar os laços entre os Estados com o objetivo de pensar relações entre público e privado, cultura, estética, ética e política pública. Acreditamos que o Pan pode trazer esse elã novamente, mesmo mediado por tecnologia, a força fundamental de manutenção das artes: o coletivo”, pondera Francis Madson, que está à frente da programação acadêmica do evento.

A programação do evento trará ainda o projeto “Pensamento de Perto”, no qual pesquisadores do campo artístico poderão falar sobre as pesquisas que vêm realizando. Nesta primeira edição os artistas/pesquisadores convidados são Ítalo Rui e Yara Costa.

Bilheteria Online

O PAN é uma rede colaborativa, afetiva e potente das artes do Norte. Por isso, parte do valor arrecadado na bilheteria será voltado a programas que atendem artistas em situação de vulnerabilidade na região Norte.

O ingresso unitário no valor de R$ 5 garante acesso a um dos espetáculos da programação. No entanto há ainda a possibilidade de compra do Combo 1 (R$20), que garante o acesso a cinco espetáculos e o Combo 2 (R$80), que dá direito a programação completa do festival.

O evento conta ainda com o ‘Selo Patrocinador’, no valor de R$100. Com ele você se torna um patrocinador do festival, assiste toda a programação e ganha de brinde o livro “Dramaturgias” de Francis Madson autografado.

Ingresso podem ser adquiridos no link https://bit.ly/BilheteriaOnlPAN. Preencha as informações solicitadas, juntamente com os espetáculos escolhidos para que seja redirecionado a etapa de pagamento pelo PagSeguro na próxima seção.

Após a confirmação do seu pagamento, será enviado ao e-mail informado no cadastro, os links e detalhes de acesso ao espetáculo desejado. A exibição dos espetáculos ocorrerá através do aplicativo Zoom (https://www.zoom.us/). Então, se você nunca usou, precisará baixar no celular, tablet ou no computador.

Confira a programação!

11/05 – SEG – 9h30 “Augusto” (RR) – Locômbia Teatro de Andanças // LIVRE
11/05 – SEG – 14h “PENSAMENTO DE PERTO”
11/05 – SEG – 21h “Helena” (AM) – Ateliê 23 // 14 Anos
12/05 – TER – 9h30 “Imundo de Sofia” (AM) – Ana Oliveira // LIVRE
12/05 – TER – 21h “A Mulher do Fim do Mundo” (AP) – Associação Artística Cultural Companhia Casa Circo // 14 Anos
13/05 – QUA – 9h30 “Curupira – 10 MILHÕES DE NÓS” (PA) – IN BUST Teatro com Bonecos // Livre
13/05 – QUA – 14h “Tempo de Brincar” (TO) – Trupe Açu // LIVRE
13/05 – QUA – 21h “Provérbios de Burro” (AM) – Ítalo Rui // 14 Anos
14/05 – QUI – 14h “Ikuâni” (AC) – Cia. Garatuja de Arte Cênicas // 14 Anos
14/05 – QUI – 21h “Marahu” (PA) – Cia de Teatro Madalenas // 14 Anos
15/05 – SEX – 9h30 “ÜHPÜ – Corpo” (AM) – Grupo Tabihuni // LIVRE
15/05 – SEX – 14h “Quarto Azul” (AM) – Grupo Jurubebas de Teatro // 14 Anos
16/05 – SAB – 9h30 “Vestido Queimado” (AM) – Soufflé de Bodó Company // LIVRE
16/05 – SAB – 14h “A Borracheira” (RO) – O Imaginário // LIVRE
16/05 – SAB – 21h “Quando encontramos sonhos perdidos nas roupas que costuramos” (AM) – Grupo Garagem // 16 Anos
17/05 – DOM – 9h30 “Preciso Falar” (AM) – Cacompanhia de Artes Cênicas // 10 Anos
17/05 – DOM – 14h “Diário das Marias” (AM) – Cia Trilhares // 14 Anos
17/05 – DOM – 21h “Rito de Passagem” (AM) – Índios.com Cia de Dança // 16 Anos
18/05 – SEG – 14h “PENSAMENTO DE PERTO”
18/05 – SEG – 21h “Marília Gabriela não vai mais morrer sozinha” (AM) – COLETIVO UTC-4 // 16 Anos
19/05 – TER – 9h30 “As nove luas” (RO) – Cia de Artes Fiasco // 12 Anos
19/05 – TER – 14h “Setorial do Norte”
19/05 – TER – 21h Show de Encerramento “GRAMOPHONE em Estúdio” (AM) // LIVRE
A programação completa do 1º PAN – Potência das Artes do Norte também está disponível para download no link https://bit.ly/PAN20programacao

Texto: Wallace Abreu – Assessoria de Imprensa do Festival

Hoje é o Dia do Artista Plástico – Minha homenagem aos profissionais

Hoje, 8 de maio, é o Dia do Artista Plástico. A data foi escolhida em homenagem ao pintor José Ferraz de Almeida Júnior, um dos artistas brasileiros mais importantes – século XIX. Nasceu em Itu (SP), no dia 8 de maio 1850. Aos 19 anos entrou para a Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde foi aluno de Jules Lê Chevrel, Victor Meirelles e Pedro Américo. Em 1876, recebeu uma bolsa de estudos do Imperador dom Pedro II e seguiu para Paris, onde participou da exposição arte mais badalada da época, o Salon Offíciel dês Artistes Français.

O pintor produziu cerca de 300 obras, e entre seus quadros mais famosos estão Violeiro, Picando Fumo e Caipiras Negociando, que retratam o dia-a-dia do homem do campo. Almeida Júnior morreu assassinado dia 13 de novembro de 1899, em Piracicaba (SP). Em 1950, 8 de maio foi oficializado como Dia do Artista Plástico Brasileiro.

Admiro gente inventiva e esses profissionais são verdadeiras usinas de criatividade. Portanto, parabéns aos pintores, escultores ou qualquer um que consegue manipular e produzir arte por meio materiais que revelem uma concepção estética ou poética.

Me vanglorio de ser amigo de músicos, escritores, jornalistas, poetas e artistas em geral, entre eles, os plásticos. Gente que foge da mesmice e não vivem vidas ordinárias.

Destaque para os artistas talentosos que também são brothers deste editor. Em nome deles, parabenizo todos os artistas plásticos do Amapá. Congratulações!

Elton Tavares

O valor das artes e os artistas plásticos – Crônica porreta de Fernando Canto

Por Fernando Canto

O Amapá sempre foi muito injusto e ingrato com seus artistas plásticos. Talvez porque não vivem na mídia como os músicos e compositores ou, mais raramente, como os escritores quando premiados.

Há muito acompanho a evolução das artes amapaenses, pois sempre admirei a pintura e busquei incentivá-la, tentando valorizar cada novo artista que surgia e promover aqueles mais considerados, com exposições montadas dentro e fora de Macapá. Por acompanhar esse processo possuo uma razoável coleção de telas e esculturas de diversos artistas, iniciada na década de 70. Algumas figuram em catálogos, capas de livros e outros impressos e já participaram de mostras periódicas de arte.

Raríssimos são os fiéis que vão às missas na igreja mais antiga da cidade que sabem identificar a autoria dos belos painéis iluminados atrás do altar. “Fuga para o Egito” e “São José Carpinteiro”, exemplos clássicos de pintura acadêmica, são do padre Lino Simonelli, aquele padre italiano brincalhão de barba longa e branca, que a todos envolvia com sua simpática e humilde forma de ser. Poucos também deram o devido valor ao padre Fúlvio, um arquiteto italiano que projetou igrejas e outras obras importantes da Diocese de Macapá. Fúlvio também pintou dezenas de obras de arte com seu estilo bizantino, enriquecendo de detalhes o traje dos santos retratados, as cercaduras e coroas, sem contar que o tipo de tinta e as cores que usava davam um significado especial às telas e um valor estético fora do comum.

Uma das maiores expressões do modernismo brasileiro morou no Amapá. Pelo que conheço há apenas uma única obra de Aluísio Carvão em Macapá. Está na residência governamental. É uma pequena pintura da grade de ferro de um calabouço da fortaleza de Macapá em tons vigorosos de vermelho claro-escuro, adquirida provavelmente no primeiro governo do Território do Amapá. Carvão era cunhado de Janary Nunes. Premiadíssimo, ganhou bolsa de estudos para estudar pintura na França e se radicou no Rio de Janeiro, onde suas obras foram valorizadas e seu trabalho reconhecido.

Muitos dos nossos melhores artistas migraram para aperfeiçoar suas técnicas. R. Peixe, que pintava vasos e ladrilhos na antiga Olaria Territorial, estudou no Rio, voltou e se tornou um dos mais importantes artistas locais. Manoel Bispo, o mais fantástico surrealista que conheço, e Olivar Cunha estudaram na escola do Parque Lage, também no Rio. Já Manoel Costa, que misturou estilos de Bianco e Portinari nos seus trabalhos de temática amazônica, consagrou-se com seu talento e ainda hoje realiza exposições no Brasil e no exterior. Vicente Souza, o pintor dos bambus, premiado na Europa, era oriundo do município de Amapá. Infelizmente teve a carreira interrompida pelo seu brutal assassinato no Rio de Janeiro.

O. Cunha, que a todos surpreendeu com a confecção de painéis no programa televisivo “Roda Viva”, apresentado pelo jornalista Carlos Lobato na TV Band, vive em Vitória, no Espírito Santo, onde trabalha como pintor e restaurador de obras de arte e até de igrejas. Considero O. Cunha um dos mais talentosos artistas locais, de quem cultivo a amizade e adquiro telas há mais de trinta anos. São muitos os artistas amapaenses, antigos e novos, todos com brilho próprio que admiro pela criatividade e talento, e torço para que despontem nesse difícil cenário das artes plásticas nacionais. Entre eles estão o Dekko, Tom D.C., Limeira, Homobono, Grimualdo, Ivam Amanajás, Wagner Ribeiro, Irê Peixe, Ernandes, Josaphat e Herivelto. Agora só falta o poder público fazer a sua parte e valorizar esses extraordinários artistas que merecem ser reconhecidos pelo conjunto da sociedade. Porque de uma coisa tenho certeza: todos eles valorizam as coisas de nossa terra.

*Republicado por conta do Dia do Artista Plástico, celebrado hoje, 8 de maio.

Entre Alguém e Ninguém, Regina tem razão! – Por @yurgelcaldas

Por Yurgel Caldas

Não. Regina Duarte – a ex-atriz e agora secretária especial de cultura do governo Bolsonaro – não é uma surtada, nem maluca, nem insana, nem doida, nem fora de si ou qualquer ideia que a retire de seu lugar de um ser que goza de perfeita racionalidade.

Regina Duarte não precisa ser interditada ou necessita de qualquer tratamento de cunho psicológico ou algo que o valha. Regina Duarte tem razão, e isso não significa que ela esteja certa, pois que apenas mostrou, como muitos nesse governo, que possui a racionalidade de que os humanos são dotados.

Regina Duarte apenas mostrou seu lado mais lúcido e claro de alguém afinada com a necropolítica do atual presidente: minimizou as mortes na ditadura militar brasileira e justificou o a omissão de sua secretaria em razão das mortes de artistas brasileiros que recentemente se foram – inclusive disse não conhecer Aldir Blanc, o Aldir Blanc, um dos letristas mais geniais da história da Música Popular Brasileira.

Além disso, Regina Duarte (agora, mais do que nunca, sem o filtro da representação teatral que envolve as personagens de sua vasta carreira, consagrada, aliás, como a Namoradinha do Brasil) não sabe conviver com o contraditório quando ficou ainda mais nervosa, na antológica entrevista concedida à CNN Brasil ao ter que discutir com sua colega, a atriz Maitê Proença, que cobrava uma atuação mais próxima da classe artística – afinal, estamos lidando com a Secretaria Especial de Cultura, que não é mais Ministério.

Regina Duarte, de posse de toda a sua racionalidade, teve todo o tempo do mundo para analisar o convite feito pelo próprio presidente para assumir esta dita Secretaria, e resolveu entrar para o Governo porque foi perfeita para o cargo e se alia a todo o planejamento desse grupo que tem assolado a economia do Brasil, tentando apagar a memória artística e cultural de seu povo. Regina Duarte, como ela mesma declarou, depois de um namoro, resolveu “casar” com Bolsonaro assumindo a Secretaria.

Ainda durante a campanha para presidência, Regina Duarte, em um encontro privado com o candidato Bolsonaro, declarou que ele “é um doce de pessoa”, e que as atrocidades que ele sempre disse eram “apenas da boca para fora”. Lá atrás, na campanha de 2002, Regina Duarte, durante o segundo turno das eleições, participou de uma peça do candidato José Serra, declarando que ela tinha medo da eleição do Lula, que acabou se concretizando. Aquele medo da Regina Duarte era o temor das elites econômicas e o medo da visão patriarcal e colonialista, que nunca deixou de lado os privilégios escravocratas, como o que pauta, por exemplo, o prefeito de Belém a declarar como “serviço essencial” o das empregadas domésticas.

 

Regina Duarte se arrisca a ser Ninguém quando deixar o governo, e isso será breve– ela será alguém que apaga sua própria biografia ao entrar para este governo, que se elegeu sem qualquer plano para a cultura do país. Regina Duarte sabe muito bem o que faz. E não se enganem: Regina Duarte, aquela dotada de razão, logo será uma Ninguém que terá passado por este governo, mas ainda há milhões de Reginas desfilando sua ignorância por esse Brasil afora.

*Contribuição do amigo Yurgel Caldas, que é professor de Literatura da Unifap e do Programa de Pós-graduação em Letras (PPGLET) da mesma instituição.

Conhecendo o Artista – Por Kassia Modesto

Buscando aproximar ainda mais os artistas da região norte ao público em geral, estreia nesta quinta-feira, 07 de maio, a Live Programa “Conhecendo o Artista”, apresentado pela produtora cultural Kássia Modesto, cujo objetivo é dar voz e visibilidade aos profissionais da arte, possibilitando um bate-papo leve e divertido, onde o artista possa se abrir e contar tudo o que tem por dentro e por fora da sua arte.

O programa que acontecerá por meio de live no instagram @srta.modesto, a partir das 20h, será divido em blocos, dentre os quais haverá conversas sobre a trajetória pessoal e profissional do artista, interligada por dinâmicas e jogos.

Na estreia, o programa contará com a presença do poeta e compositor Joãozinho Gomes, que é paraense, mas reside no Amapá, onde mantem uma produção ativa com parceria com diversos nomes da música nacional.

O programa abrirá espaço para artistas de diversas linguagens e do Brasil todo, mas dando muito espaço e foco nos artistas do Norte. Na próxima quinta, dia 14 de maio receberá o músico amazonense Eduardo Branco.

O projeto

A ideia surgiu da inquietude da apresentadora em perceber-se, também, sem espaço para apresentar seus trabalhos artísticos e em meio a tantos artistas que produzem e vivem da arte e que agora estão sem esse meio de renda.

Durante a live, também haverá arrecadação, através de contribuição voluntária para o artista da noite e para o programa, que de forma carinhosa e virtual conta com uma equipe de apoio. A conta fixa para arrecadação do programa é Ag: 8529, CC: 23542-9, CPF: 008.482.032-24 Itaú, Rita de Cassia Silva Modesto.

Nesta quinta-feira (7), rola a segunda live do cantor, músico e compositor amapaense, Zé Miguel

O cantor, músico e compositor amapaense, Zé Miguel, fará sua segunda apresentação on-line nesta quinta-feira (7), a partir das 19h. A LIVE, assim como o lindo show do dia 17 de abril, será transmitida pelos perfis do artista nas redes sociais instagram (https://www.instagram.com/zemigueloficial/?r=nametag) e Facebook (https://www.facebook.com/zemiguelz).

Para quem quiser contribuir voluntariamente com a arte, basta transferir qualquer valor para o artista. O número da Agência é 2825-8 e a Conta Corrente 106891-1, Banco do Brasil, em nome de José Miguel de Souza Cyrillo – CPF 142 352 932 49.

Zé Miguel – Foto: Aílton Leite

Trata-se de uma alternativa de entretenimento na quarentena e uma maneira de valorizar um dos maiores ícones da música amapaense, já que nestes tempos de pandemia os shows presenciais estão suspensos. A live conta com o apoio da Duas Telas Produções.

Como de conhecimento geral, nós, artistas, fomos os primeiros a sermos afastados de função e seremos os últimos a voltar. No meu caso, a música é minha única fonte de renda e sequer tenho direito, pelo menos por enquanto a auxílio emergencial. Neste caso, as contribuições são como um couvert artístico. Agradeço de coração a sensibilidade de todos“, disse o artista.

Sobre Zé Miguel

Zé Miguel é um artista reconhecido dentro e fora do Estado. Tem como marca as composições sobre a terra onde nasceu, o Amapá. A paixão pela música surgiu na igreja durante a infância. Aos 16 anos começou a tocar violão e guitarra, passando por várias bandas até o início dos anos 90.

Ele, que foi guitarrista da banda Setentrionais, possui oito discos gravados e mais de 400 letras que falam da Amazônia. Já lançou vários CDs, DVDs e tem em seu currículo shows no Canecão (RJ) e na Alemanha. É um dos maiores da música amapaense.  Abaixo o videoclipe da música “Meu Endereço”, composta por Zé Miguel e Fernando Canto. 

Prestigie nossa cultura!!!

Fale de sua aldeia e estará falando do mundo” – Leon Tolstói.

Elton Tavares

Via Instagram: Nesta quinta-feira (7), o programa/Live “Conhecendo o Artista” estreia com entrevista de Joãozinho Gomes

Nesta quarta-feira (7), a partir das 20h, a poetisa Kassia Modesto estreará o programa “Conhecendo o Artista”. O primeiro entrevistado não é nada menos que o poeta, escritor, cantor e compositor Joãozinho Gomes, um gigante da literatura e música amazônica. A entrevista será online, transmitida pelo perfil da apresentadora no Instagram @srta.modesto .

Foto: Uirandê Gomes

Sobre Joãozinho Gomes

Joãozinho é natural de Belém e mudou-se para o Amapá em 1991. Nascido na cidade de Santa Maria de Belém do Grão Pará. Iniciou suas atividades poética/musicais na década de 1970. É um dos mais férteis poetas-letristas da sua geração. Gomes é autor do livro “”A Flecha Passa e Poemas diversos” (segundo ele, o único de seus livros que foi publicado, entre cinco obras literárias prontas).

Além de ícone da poesia do Norte, Joãozinho Gomes compôs canções com dezenas de monstros sagrados da música. Sua obra é brilhante, criada e escrita em parceria com grandes nomes como Val Milhomem , Osmar Jr., Nilson Chaves, Zé Miguel, Enrico Di Miceli e Zeca Baleiro, isso somente pra citar alguns.

Foto: Eudes Vinicius

O projeto Planeta Amapari e Grupo Senzalas, dos quais o poeta fez parte, consagrou o Amapá dentro e fora do Brasil. Em 2009, o disco “Amazônica Elegância”, em parceria com Enrico Di Micelli, é outra joia dessa trajetória, além de várias músicas gravadas por Patrícia Bastos, cantora amapaense de maior projeção (estamos no aguardo do “Timbres e Temperos”, mas é outra história).

Se sua contribuição com o Estado já não fosse o bastante, a canção “Jeito Tucuju”, composta por ele, juntamente com Val Milhomem, se tornou Hino Cultural do Amapá, em 2017. No mesmo ano, Joãozinho Gomes foi agraciado com título de Cidadão Amapaense, pela Assembleia Legislativa do Amapá. Por tudo que fez, faz e é, vou assistir a entrevista e a recomendo.

Sobre o programa “Conhecendo o Artista”

De acordo com Kassia, o programa será feito de um jeito leve, poético e divertido. O objetivo é que o público conheça os artistas e suas particularidades.

“Nossa ideia é trazer leveza para as pessoas que curtem arte. E uma forma de reconhecimento aos artistas do Amapá. Essa iniciativa é uma forma de disseminar cultura e levar afeto para a sociedade, tão necessária nestes tempos”, comentou Kassia Modesto.

Créditos e agradecimentos de Kassia Modesto:

📷 Eudes Vinicius
Roteiro: Marcelo Luz
Produção: Wanderson Viana
Designer: Rafael Maciel

Elton Tavares