Biocosméticos são modelo de economia sustentável na Amazônia

Mulheres ribeirinhas do Alto Araguari, no interior do Amapá, integram rede pioneira de produção baseada no uso de recursos naturais e no conhecimento ancestral da floresta.

Por Carolina Pinheiro

Formadas e transformadas pelos povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, as paisagens da Amazônia são fruto da ação humana. A maior floresta tropical do planeta passou por um processo de construção ao longo de 12 mil anos. Serve de morada para 22% das espécies de plantas vasculares, 14% das aves, 9% dos mamíferos, 8% dos anfíbios e 18% dos peixes que habitam os trópicos. O registro anterior ao boom do desmatamento era de 390 bilhões de espécies arbóreas (2013) agrupadas em 16 mil espécies, das quais apenas 227 (1,4%), conhecidas como hiperdominantes, representam metade do total de árvores do bioma.

Nesse universo de superlativos, a região de fronteira entre as Florestas Nacional (Flona) e Estadual (Flota) do Amapá e o maior parque nacional do Brasil, o Montanhas do Tumucumaque, abriga comunidades que representam focos de resgate dos territórios pelos atores locais. No Alto Araguari, um grupo de mulheres de três gerações promove o extrativismo sustentável dos recursos naturais, garantindo renda e uma nova perspectiva para as famílias residentes.

A Associação Sementes do Araguari, fundada em 2020, revela sobre o quanto a ciência empírica tradicional praticada pelos povos da floresta é basilar para a manutenção da floresta em pé. “Eu sempre tive o sonho de ver a minha comunidade melhorar. Foram anos de luta para chegar até aqui”, relata a agroextrativista Arlete Pantoja, presidente da associação.

A salvaguarda dessas populações viabiliza a preservação do patrimônio biocultural amazônico e é um ponto de resistência contra modelos de ocupação predatórios e imediatistas que provocam atraso, caos, violência e destruição.

Segundo o arqueólogo Eduardo Góes Neves, diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, a Amazônia foi um polo importante de inovação cultural no passado. “Hoje o grande desafio é responder sobre como esses novos achados, essas novas hipóteses podem nos ajudar a ampliar o conceito do que é patrimônio cultural no Brasil”, diz.

Biocosméticos e produtos medicinais da floresta

Do extrato de frutos e plantas como andiroba, fava, pracaxi, breu-branco e copaíba, as agroextrativistas do Alto Araguari fabricam biocosméticos, tais como sabonetes, óleos, unguentos e pomadas. São produtos com alta concentração de propriedades medicinais. Possuem componentes anti-inflamatórios, antioxidantes e antibióticos naturais.

Farmacêutica do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), Therezinha de Jesus Soares dos Santos relata que a confecção dos cosméticos artesanais envolve um passo a passo imprescindível da coleta e extração ao comércio. “Nas oficinas do Farmácia da Terra [capacitação sobre beneficiamento dos extratos das plantas e sementes], que voltarei a ministrar em 2024, eu as orientei sobre a produção de fitoterápicos e fitocosméticos. Pretendemos aumentar a linha de produtos da Sementes, porém isso só acontecerá quando elas tiverem o local de sua sede adaptado a algumas normas básicas de boas práticas”, diz.

Povos guardiões

Atualmente, as agroextrativistas já adquiriram condições para produzir o ano inteiro. “Avançamos na construção do laboratório e da miniusina de beneficiamento; instalamos duas prensas; estufa; alojamento; e espaço para eventos e reuniões”, conta Arlete. Por se tratar de um trabalho manual, o processo exige o dobro de atenção e, sobretudo, o aporte de recursos para aquisição de maquinário e adequação do espaço físico reservado para o processamento. Por um lado, o cenário é favorável, pelo outro, falta incentivo. Portanto, as conquistas têm a dimensão de uma vida.

Com o apoio do Instituto Iepé e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Sementes do Araguari conseguiu aprovar projetos importantes. Entre eles, o Floresta Mais e o Fitoterápicos, financiados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Foram eleitas cinco espécies de plantas prioritárias por região: jaborandi, unha-de-gato, cipó-pucá, andiroba e copaíba. Um dos objetivos é o de inventariar e manejar as matas para o mapeamento das árvores nas áreas produtivas da Flota do Amapá.

“A copaibeira, por exemplo, tem bastante. Às vezes, encontram-se seis, até dez exemplares da árvore nos nossos terrenos”, explica Arlete, nascida e criada dentro da floresta. Embora a densidade populacional dessa espécie seja alta, é a andiroba o carro-chefe da associação. A última safra rendeu 4 toneladas da semente. “Com a estufa pronta, ainda temos mais de 1 mil quilos de andiroba estocados para venda. O sabonete é o que mais sai, mas há óleo envasado de sobra e logo chega a época da safra. Em abril já está caindo”.

De acordo com o The Science Panel for the Amazon (Spa), a busca por alternativas capazes de gerar renda e qualidade de vida para as comunidades passa pela produção de conhecimento com base nos saberes tradicionais. Ciência, tecnologia, inovação e planejamento estratégico cujo princípio esteja na reciprocidade e igualdade. Tal transição inclui o investimento em infraestrutura e novos mercados.

575 árvores cortadas por minuto

De um lado, há o uso de plantas e do fogo pelos povos da floresta e, do outro, a utilização do mesmo com o objetivo de desmatar. E o que se vê com as práticas de “agricultura moderna” é o avanço da conversão da floresta em campos para monocultivo. Hoje, o fogo ocorre com intensidade e frequência maiores. Acontecem episódios repetidos de queima nos mesmos lugares em intervalos de poucos anos.

As mudanças climáticas e o desmatamento aumentam o risco de incêndios criminosos ou naturais. Entre os nove países que integram a Pan-Amazônia, que inclui também Bolívia, Colômbia, Peru, Suriname, Venezuela, Equador e Guianas, o Brasil lidera a devastação da floresta.

Segundo dados do sistema Deter (Inpe) divulgados no indicador desenvolvido pela rede MapBiomas, até 19 de dezembro de 2023, a contabilização de árvores cortadas, no ano, ultrapassou 281.908.269. Apesar de reduzido, uma vez que, em novembro de 2022, o monitor marcava 558.453.525, a média é de 825.029 por dia e 575 por minuto. Índices ainda alarmantes, apesar do declínio em comparação aos anos anteriores.

Economia da floresta em pé

A economia da floresta em pé tem como base o modo de vida e o conhecimento ancestral dos habitantes da floresta. Essas pessoas buscam por iniciativas que estimulem a criação de políticas públicas e o investimento em tecnologia em prol de sua autonomia contra a predação do bioma, o desmatamento – causado, sobretudo, por queimadas criminosas.

O Amapá é o único estado do país com cerca de 70% de seu território coberto por áreas de proteção ambiental. No Alto Araguari, a comercialização dos biocosméticos acontece de acordo com a demanda. A associação recebe pedidos de várias partes do Brasil, como cidades de Minas Gerais e São Paulo. Possui pontos de venda espalhados pela capital, Macapá, além de stands em feiras e eventos que ocorrem, majoritariamente, na Amazônia.

“O que mais me motiva é perceber que a produção aumenta porque as pessoas gostam do que fazemos. Os retornos que recebemos são gratificantes. Sonhamos em expandir, abrir uma loja própria, mandar os produtos para todo o país e, acima de tudo, conseguir receber um salário mensal com o nosso projeto”, conclui Cauane Leal Nascimento, jovem agroextrativista associada à Sementes desde 2020.

*A reportagem integra o projeto “Amazônia: fogo contra fogo” e foi produzida com o apoio do fundo para o jornalismo voltado a Florestas Tropicais, em parceria com o Pulitzer Center.

Fonte: Made for Minds.

Discos que formaram meu caráter: O Descobrimento do Brasil- Legião Urbana (1993) – Por Marcelo Guido – Hoje o álbum completa 30 anos – @Guidohardcore

Há 30 anos, o Legião Urbana lançava “O Descobrimento do Brasil”, seu 6º disco de estúdio. Foi gravado em um momento de tensão entre a banda e a gravadora EMI-Odeon. “Perfeição”, “Vamos Fazer um Filme”, “Só Por Hoje” e “Giz” são os destaques. Sobre esse álbum, republico o texto do amigo jornalista Marcelo Guido, publicado originalmente aqui no De Rocha em 2016.

Discos que formaram meu caráter: O Descobrimento do Brasil- Legião Urbana (1993) – Por Marcelo Guido

Muito bem amigos, voltamos mais uma vez para falar (sem querer ser repetitivo) de músicas, discos e afins. Como faço toda semana, espero acrescentar a vocês um pouco mais sobre assuntos um tanto quando piegas, mas relevantes.

O disco de hoje nos leva até a década de 90, mais precisamente ao ano de 1993, época de incertezas no campo político, onde um presidente eleito pelo voto popular acabara de renunciar, mostrando toda nossa frustração com nossa primeira experiência democrática depois dos áureos anos de Ditadura.

No campo musical, uma lastima sem precedentes (já falei algumas vezes sobre isso) um imensurável número de “duplas sertanejas” vindas mais precisamente do estado de Goiás e redondezas, armadas de suas calças apertadas, violas, agudos ensurdecedores (que deixava a Tetê Espíndola, morta de inveja), uma dor de corno imensurável. Da Bahia vinha à famigerada “Axé Music”, com seus refrãos grudentos, coreografias ensaiadas e a Daniela Mercury, clamando para si todas as cores da cidade e os cantos também (alguém deveria ser responsabilizado por isso), sem falar claro do “Pagode Romântico”, onde todos os amigos de bairro montavam um grupo e com músicas melosas conseguiam seus 15 minutos de fama, sentavam no sofá da Hebe (com direito a selinho) e se refrescavam na “Banheira do Gugu”. Realmente dá nervoso só de lembrar, essa parte dos anos 90 foi embora muito tarde.

Foi no meio disso tudo que, como verdadeiros “Salvadores da Pátria” a Legião Urbana nos brindou com esse excelente álbum que, com certeza, embalou a vida, a adolescência e juventude de muitos de nós. Com o coração cheio de orgulho que eu apresento para uns e relembro para outros “O descobrimento do Brasil”, todos de pé, todos de pé.

A coisa andava meio mal para os caras da Legião, o comodismo do mercado e também o preço do sucesso acabava por colocar os caras a mercê dos críticos, já não produziam nada novo desde o LP “V” de 1991 (muito bom, mas conceitual e compreendido por poucos) e vinham de uma coletânea deveras “Caça niqueis” (coisa de gravadora) chamada de “Musica para acampamento” (essencial para qualquer coleção digna de rock), mas os fãs queriam mais, queriam coisas novas.

Renato Russo encontrava-se, mais uma vez, frente a frente com outro tratamento para dependência química e alcoolismo. Mas diferentemente das outras tentativas, “a voz da geração Coca-Cola” (se eu não coloco isso os cults me apedrejam), encarava a situação com otimismo.

Foi no meio de todo esse circulo conturbado, envolto nesse cenário negro que a Legião Urbana se reinventa e volta à relevância com este verdadeiro calhamaço de belas canções, com letras contundentes e melodias de valor imensuráveis.

Vamos deixar de lengalenga e ir logo as faixas:

O Disco começa com a metódica “Vinte nove”, forte sem dúvidas, feita cheia de referências ao número “29” (oh), muitos acreditam ser uma lembrança do tratamento de 29 dias do cantor, sem contar que para os esotéricos (coisa que Renato era e bem) os 29 anos que saturno passa para percorrer sua própria órbita. Marca uma nova fase na vida de qualquer indivíduo. “A Fonte” é outra canção forte, você só passa a compreender depois de várias audições, as críticas envolvidas na canção, mostram a volta da “raiz punk” da Legião. Então vem “Do Espirito”, extremamente pessoal e punk, com suas guitarras distorcidas é uma ode a luta de Russo contra o álcool.

“Perfeição”, como o próprio nome diz, é um dos maiores sucessos da banda, música preferida de muitos, uma crítica pesada onde a ignorância do mundo é celebrada, mas a esperança aparece no final. “Passeio da boa vista”, instrumental para relaxar, excelente trilha para um passeio de barco ou uma consulta ao dentista. “O Descobrimento do Brasil”, a faixa título do disco, é uma nostálgica baladinha legal de se escutar, quem se apaixonou no segundo grau sabe muito bem do que estou falando.

“Os Barcos”, minha preferida desse disco, letra pesada o verso “Só terminou pra você”, já fala por si só. “Vamos Fazer um Filme”, fala de um sentimento de reconstrução pessoal, onde tudo pode te jogar pra trás, mas você vai estar bem se sua turma for legal. “Os Anjos”, lado “Ofélia” (palmas pra ela) de Russo que dá uma receita perfeita para o lado negro da vida. “Um dia Perfeito”, clima bucólico, ótima sintonia de guitarra com teclado, perfeita para tardes chuvosas.

“Giz”, outra da metáfora “Quero ser criança de novo”, nostálgica, letra magnifica considerada pelo próprio Russo como sua “obra prima”. “Love In The Afternoon”, creditada a várias perdas importantes, foi feita para um namorado falecido, é uma música romântica. “La Nuova Gioventú”, apesar do piegas nome em italiano, um “rockão” pesadíssimo, com direito a distorção e tudo, cita a maldita obra “On The Road”, a bíblia da contracultura dos anos 60. “Só por Hoje”, o lema do AA, fecha com perfeição esse disco. Escute e entenda.

Letras fortes, temas marcantes, banda afinadíssima nada mais a falar. Sem muita frescura, clássico de marca maior. Foda-se do disco do caralho!

Nem é preciso dizer, que este disco vendeu mais de meio milhão de cópias, um verdadeiro “chute nos colhões” do mercado vigente na época.

Muitas lendas sobrevoam essa bolacha. Posso dizer a vocês que, apesar de dedicada em show “Love In The Afternoon”, não foi feita para o Aírton Senna (só se fosse escrita pelo Walter Mercado, o disco é de 1993, e o Senna se foi em 1994). Se você fala isso, pare você está falando merda. E “Giz”, foi realmente escrita e feita para Zezé di Camargo e Luciano (e dai? O cara só queria liberdade para cantar “é o amoooooooooorr”), mas isso não arranha o brilhantismo da Bolacha.

Esse foi o sexto LP da Legião, o último que fez os caras saírem em turnê e que proporcionou o e primordial registro ao vivo “Como é que se diz eu te amo” (duplo). E saiba que o excelente “A tempestade” (1996) era para ser um trabalho solo de Russo. Sim amigos, esse foi o derradeiro. Nada mal para um último suspiro.

Por hoje é só. “Urbana Legio Omnia Vincit”!!

Marcelo Guido é punk, pai e jornalista e professor.

Jornalista Tica Lemos gira a roda da vida. Feliz aniversário, broda!

Sempre digo que o jornalismo me trouxe muitos amigos. Alguns inimigos também, mas isso faz parte. Uma dessas grandes caras que tenho consideramento é a Tica Lemos. Hoje é aniversário da broda, que gira a roda da vida e lhe rendo homenagem.

Tica é jornalista experiente e assina, há anos, a coluna “Coisas da Tica”, no Jornal Diário do Amapá. Ela é também assessora de comunicação do Banco da Amizade e tem no currículo passagens pelas assessorias de comunicação do Tribunal de Contas do Amapá (TCE/AP) e Liga das Escolas de Samba do Amapá, entre outros veículos de comunicação que contaram com sua presença na redação.

A Tica também é artesã e confecciona camisetas com riscos coloridos em arte Maracá, Cunani e iconografias indígenas. Além de frases porretas, paixões futebolísticas e o que mais o cliente desejar.

Seja ao redigir um texto ou customizar roupas, Tica Lemos é competente, virada, trabalhadora e uma talentosa profissional do jornalismo e do artesanato. Sim, ela se garante nos dois ofícios.

Tica também é vascaína doente e resignada, extremamente sincera, apaixonada pelos filhos Pablo e Salima (que mora céu), bem como a neta Natália (que cria sozinha), amante de cervas enevoadas, pagodeira, sambista, pirata estilizada, saudosista do Bar do Abreu, folia, sócia remida do hangar, entre outras paideguices.

Em resumo, Tica é uma figuraça, é boêmia, manja das malandragens e é safa. Uma mulher autêntica. A gente nunca foi de andar juntos, mas como é dona de vasta cultura geral e papo porreta, é legal encontrar a Lemos no bar e dividir umas cervas com ela.

Por tudo dito/escrito acima, desejo tudo de melhor nessa vida para o Tica. Mana, que sigas com saúde. Que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que tudo que couber no teu conceito de sucesso se realize. Que a Força sempre esteja contigo. Que tua vida seja longa. Parabéns pelo teu dia. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Jornalista e querida amiga, Marcelle Nunes, gira a roda da vida. Feliz aniversário, Celle! – @cellenunes

Com a Celle aos longo dos anos. Mais de uma década de amizade.

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amor ou amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Também Sempre digo que o jornalismo me trouxe muitos amigos. Alguns inimigos, é verdade, mas isso faz parte. Uma dessas pessoas que habitam o meu coração, que tenho respeito, admiração e gratidão é a Marcelle Nunes. Neste quinto dia de dezembro, essa irmãzinha gira a roda da vida e lhe parabenizo, pois se trata de uma mulher incrível que tenho a honra de ser amigo.

Competentíssima jornalista e assessora de comunicação experiente/brilhante, Marcelle Nunes é senhora do seu ofício. A menina escreve, fotografa, filma, edita, faz roteiro, manja de redes sociais, sabe tudo dos bastidores e se garante em todas as frentes dessa nossa maluca profissão. Ela manja muito e sempre aprendo com a Celle.

Celle também é dedicada e amorosa com sua família; é uma filha, irmã, sobrinha e amiga zelosa, fiel e amorosa. É lindo de ver. Como amiga, tenho a sorte de tê-la como companheira de jornada, pois sua amizade é valiosa para mim. Mar & Celle, como a denomina o escritor Fernando Canto, é uma mulher justa, culta, corajosa, tenaz, safa (às vezes besta para oportunistas de sua boa vontade), prestativa, leal aos seus, bem humorada/cômica, inteligente e sempre uma companhia agradabilíssima.

Eu já disse e repito: todos deveriam ter uma amiga como Marcelle Nunes. Ela é uma das pessoas em quem confio e posso contar. É recíproco, inclusive. Temos tantas histórias saborosas que oscilam entre responsa profissional e nossa afinada lucidez louca pessoal. A gente comemora juntos nossas muitas vitórias e nos apoiamos quando nos fudemos em nossas poucas derrotas.

Publicitária Bruna Cereja (minha namorada e também amiga da Celle), Marcelle Nunes e eu – Novembro de 2023.

Em dias ruins, conversar com a Celle é sempre um alento. Em dias bons, falar com ela é sempre divertido. A gente sempre ri muito juntos.

Eu e Marcelle Nunes temos um caso de amor astral, coisa de irmão, de amizade no sentido literal da palavra. A gente é brother demais e agradeço a Deus por isso. Sempre digo que, se eu precisar esconder um corpo um dia (calma, é só um exemplo extremo e que nunca se concretizará, acho), telefonaria para o Sal Lima, meu irmão Emerson ou para a Celle.

A aniversariante é cômica, desenrolada e PHoda como profissional (sim, tô repetitivo quanto a isso pra dar ênfase mesmo). Além de uma lindeza de pessoa. A Celle me apoia em tudo. Sempre foi assim. Ela já me tirou da merda emocional uma porrada de vezes. A menina me resgata do caos e aplica doses de alegria neste redator quando estou triste ou puto da vida. Com ela, sou invencível. Com toda a certeza, Marcelle é um dos melhores presentes que o jornalismo me deu.

A Marcelle está em um novo momento de sua vida. Com muita coragem, resolveu cuidar da saúde. Sei bem o que é isso (apesar de eu já estar em pleno estrago da minha novamente).

Ah, a Celle é “Dôtôra”. Sim, com Doutorado e tudo. A querida irmãnzinha é Doutora em Ciências Sociais e Empresariais. Sim, eu já disse/escrevi acima: ela é PHODA. Tenho muito orgulho da Marcelle.

Hoje em dia, nem sempre encontro com a Celle, mas ela está o tempo todo em meu coração. E gosto de saber que posso contar ela e é recíproco. Afinal, são mais de 13 anos de parceria e amizade verdadeira.

Celle, agradeço por tua existência orbitar a minha e vice-e-versa. Que teu novo ciclo seja ainda mais lindão. Que tenhas sempre saúde, mais sucesso, grana e que tudo que tudo que desejas, pois tu mereces todo o amor dessa vida. Que Deus continue a te iluminar e que tu continues pirando comigo por pelo menos mais 100 dezembros chuvosos. Que a Força esteja contigo. Meus parabéns, mana. Te amo pra caralho (como dizia Millor: “qual expressão traduz melhor a ideia de intensidade do que “do caralho”?) Feliz aniversário!

Elton Tavares

Jornalista Ana Girlene gira a roda da vida. Feliz aniversário, querida amiga! (@anagirlene)

Sempre digo que gosto de parabenizar, neste site, as pessoas por quem nutro amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Neste terceiro dia de dezembro, Ana Girlene gira a roda da vida e lhe parabenizo, pois se trata de uma querida amiga e mulher demais paid’égua.

Ana chega aos 45 anos com corpo e rosto de 30 anos (a mulher é jovem mesmo), no auge da carreira de comunicadora e com a moral de ser uma jornalista reconhecida e respeitada por todos no Amapá. É uma honra ser seu amigo e por isso este registro aqui, afinal, manifestações públicas de amor, respeito e admiração são importantes para mim e a Girlene é um dos afetos que essa profissão me trouxe.

Amanda, Girlene, eu e Bruna.

Ana é inteligentíssima jornalista e competente radialista (acho que também arrebentaria na TV), ex colega de trabalho na comunicação do Ministério Público Estadual (MP-AP), admirável profissional (vocação que ela exerce de maneira primorosa), apaixonada Pirata (e pirada) da Batucada, mãe e avó de lindos cachorrinhos brancos, sofrida botafoguense ex apresentadora do programa de rádio Café com Notícias. Ela também é a esposa apaixonada da arquiteta Amanda Amanajás.

Sempre digo que ela é PHO – DA, assim mesmo, com PH, silabicamente e em caixa alta. Antenada, perspicaz e sabidona, manja demais de política, cultura e demais assuntos do cotidiano. Ela também arrebenta ao escrever e apagar incêndios midiáticos ou construir estratégias. Já vi Girlene em ação e sou fã dela.

Não sei há quanto tempo conheço a Ana, mas lembro bem dela da nossa época de colegial, Girlene no CCA (hoje escola Gabriel de Almeida Café e eu no Colégio Amapaense). Lembro mais ainda que ela me deu muito apoio na época em que assessorei, por quatro anos, a Justiça Eleitoral no Amapá.

Por mais de cinco anos, fomos da mesma equipe e dividimos pautas, muitas alegrias e poucas tristezas/raivas. Às vezes a gente até fica muito puto um com o outro, mas passa logo. Tudo com muito respeito e parceria. Tenho gratidão a ela por diversas paideguices para comigo, favores e das vezes que ela me socorreu em muitos momentos. Valeu mermo, Girlene.

A Ana é cheia de gírias e gesticulações porretas, caras, bocas e bom humor, além da uma voz inconfundível, que é a sua marca. Aliás, a voz mais bonita do rádio.

Girlene também possui um humor refinado, sarcástico sem ser soberbo, além de sua cirúrgica e sábia malandragem. Sou muito fã desta mulher, que é consideradona pela imprensa e público em geral. Num mercado tão concorrido e cheio de trairagens, Ana se destaca, pisa na beira e marca território. A moça é realmente uma profissional fantástica.

Girlene é diretora-presidente da Rádio Difusora de Macapá. Arrisco a dizer que ela, em um ano à frente do mais antigo e tradicional veículo de comunicação do Amapá, tem surfado na gestão da emissora. A querida amiga botou pra quebrar e a RDM passa por um processo ímpar de revitalização e melhoria. Parabéns também por isso.

Em resumo, Ana é uma das pessoas do meu coração e boto muita fé que esse “consideramento” é recíproco. Enfim, Girlene é do caralho (como dizia Millor: “Qual expressão traduz melhor a ideia de intensidade do que “do caralho”?).

Sinto saudades diárias de conviver com a Girlene. Ela sempre faz falta. Seja na labuta do cotidiano ou para alegrar o dia com suas sacadas hilárias e sagazes.

Querida amiga, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua, feliz, produtivo e iluminado. Que sigas pisando forte em busca dos teus objetivos com essa garra, sabedoria, coragem e talento que lhe é peculiar. Que tenhas sempre saúde e sucesso junto aos seus amores. Tu te garantes e eu dou valor em ser teu amigo. Que a Força esteja contigo. Parabéns pelo teu dia. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Dica: não use gerúndio (por você e por nós)

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Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambiguidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante“. Ensinamento do saudoso jornalista e brother, Tãgaha Luz.

Paid’égua: Programa ‘Alô, Alô, Amazônia’ da Rádio Difusora é declarado patrimônio imaterial do Amapá

Com mais de 60 anos de história, o Programa Alô, Alô, Amazônia, da Rádio Difusora, 630 AM, foi reconhecido como patrimônio cultural de natureza imaterial do Amapá. O projeto de lei, que declara o programa parte do registro de bens imateriais do estado, de autoria do deputado estadual Rodolfo Vale, foi sancionado na sexta-feira, 24, pelo governador em exercício do Amapá, Teles Júnior.

“O Alô, Alô, Amazônia é parte da nossa história, muito da nossa cultura passou pelo programa. Durante muitos anos, mais de 60 anos, essa era a única forma que os nossos ribeirinhos, os nossos moradores da área rural, os quilombolas, os indígenas tinham como saber das informações aqui da capital Macapá. Então, é muito importante, faz parte da nossa identidade e nos faz também ter aquele sentimento de pertencimento”, destacou Teles Júnior.

Apresentadora do programa há 20 anos, Janete Carvalho, ficou emocionada com o reconhecimento. Para a jornalista, é um momento de orgulho e satisfação por fazer parte da história do programa tão tradicional da Rádio Difusora.

“É uma satisfação muito grande fazer parte de toda essa história. O nosso agradecimento fica aos inúmeros ouvintes, que através da Rádio Difusora, utilizaram esse programa para se comunicarem com seus amigos, seus familiares, da cidade ao interior e vice-versa. E nós devemos isso a eles e que outras homenagens venham para esse programa tão importante que faz parte da história do nosso estado. Peço também que os próximos apresentadores que venham a passar pelo programa, que cuidem com muito carinho,” destacou emocionada, a jornalista.

Alô, Alô, Amazônia

Líder de audiência, o programa vai ao ar de segunda à sexta-feira, das 13h às 14h, na Rádio Difusora, 630 AM e pela internet, com apresentação dos radialistas Janete Carvalho, Lima Júnior e Edvan Campos. Com uma linguagem regional e peculiar direcionada aos ribeirinhos, o Alô, Alô, Amazônia, conta com uma programação musical, e um serviço muito importante, a comunicação entre ouvintes das comunidades, aos da capital.

Diariamente, o programa recebe recados dos mais variados tipos, entre eles, avisos, comunicado de nascimento de filhos, casamentos, falecimentos, anúncios de festividades, torneios esportivos, além de notícias.

“Dada a importância que o programa oferece, hoje é um dia muito especial para todos. A lei de autoria do deputado estadual Rodolfo Vale, valoriza e reconhece o papel do Alô, Alô, Amazônia para os amapaenses, e sobretudo para os nossos ouvintes das regiões mais distantes”, reforçou a diretora da Rádio Difusora, Ana Girlene.

Rádio Difusora de Macapá

A Rádio Difusora de Macapá foi a primeira emissora de rádio a se estabelecer no Estado do Amapá, em 1945, com o prefixo ZYE-2. Ela pertencia ao então Território Federal do Amapá e foi criada para divulgar as ações do governo, na época. De “lá pra cá”, a rádio passou por várias mudanças e, em 2015, reformulou a sua grade.

Em 2017 passou a transmitir a sua programação em tempo real, direto do estúdio, nas redes sociais, aproximando ainda mais os amapaenses que moram em outros estados e países. Para o apresentador, Lima Júnior, a audiência do programa aumentou ainda mais com a internet.

“Essa ferramenta que nós utilizamos hoje que é a rede social fez o programa se propagar ainda mais. Além daquelas pessoas que estão lá no interior nas comunidades mais longínquas da nossa Amazônia, amapaenses que moram em outros estados e países, também estão ligados no programa. Já recebemos mensagem de um ouvinte que estava na Holanda, acompanhando através da rede social. Então, o programa que se propagava para a nossa região, hoje através da rede social, na verdade se tornou muito mais alcançado no mundo todo,” disse a diretora.

Novo momento

Este ano, o Governo do Estado está trabalhando na reestruturação física e modernização da emissora, com obras no prédio e aquisição de equipamentos, além de atuar na migração do prefixo de AM para FM.

Texto: Worchiely Costa
Fotos: Netto Lacerda/GEA e Divulgação/Rádio Difusora
Secretaria de Estado da Comunicação

42 anos do soco de Anselmo Vingador – Um texto para flamenguistas

Como bom flamenguista, sempre leio, assisto e ouço tudo sobre o Flamengo. Entre os títulos conquistados pela máquina rubro-negra dos anos 80, comandada por Zico, um fato marcou a Libertadores de 1981, conquistada no dia 23 de novembro daquele ano: um soco. Sim, uma porrada desferida por Anselmo, atacante do Flamengo no zagueiro Mario Soto, do clube chileno Cobreloa. A exatos 42 anos.

Vamos por partes. Depois de passar invicto até a final, o Mengão, campeão brasileiro de 1980, decidiu com o torneio com o Cobreloa. No primeiro jogo das finais, realizada no Maraca, o time da casa venceu por 2×1, com dois gols de Zico. Na partida de volta, no Chile, o time do Flamengo apanhou muito dos donos da casa (agressões mesmo), liderados pelo zagueiro Mario Soto (o brabão) e acabaram ganhando o jogo por 1×0.

Nessa partida, o Mengo ficou desfalcado dos jogadores Lico, com um corte na orelha e Adílio, ferido no olho. Ambos abatidos pelo defensor chileno. Li em algum lugar que ele agredia os jogadores brasileiros com uma pedra no punho fechado, se é fato, não sei dizer. Relatam jornais da época que o próprio Pinochet (um dos enviados de Satanás à Terra), nas tribunas, virou-se para um adepto e disse chocado: “Não está exagerando, o nosso Mario Soto?” Imagine como o cara estava “virado no cavalo do cão”

Então rolou a “negra”, uma terceira partida, em campo neutro, realizado há exatos 40 anos, no Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai. O Mengão, que tinha infinitamente mais bola, venceu pelo placar de 2×0, com dois gols do Galinho.

Mas ainda faltava a forra contra Soto, foi aí que, no finalzinho do jogo, o técnico do Mengo, Paulo César Carpeggiani, chamou Anselmo, um jovem atacante de 22 anos, e disse: “ vai lá e dá um soco na cara do Mario Soto”. Anselmo entrou na partida, se aproximou do zagueiro chileno e, na primeira jogada, deu um pau na cara do chileno, que foi a nocaute. O lance causou um porradal, o jogador do Flamengo foi expulso junto com Mario Soto. A decisão logo acabou e o Flamengo virou campeão da América.

Depois foi só festa. No desembarque do time no Galeão, a delegação se deparou com uma imensa faixa escrito: “Anselmo vingador!” Pronto, Anselmo era tão herói quanto Zico. Mesmo suspenso, o “Vingador” viajou com o time para o Japão, onde o Mengão derrotou o Liverpool e sagrou-se Campeão Mundial Interclube, em 1981.

Anselmo dando o soco e hoje em dia.

Li várias reportagens sobre este fato, mas as duas melhores declarações foram:

“Este episódio exprime uma contradição insolúvel do futebol e da vida. Todos nós temos discursos humanistas e politicamente corretos em favor do espírito esportivo e do sentimento cristão. Mas quem sofre uma agressão covarde não esquece. Futebol é arte, balé, xadrez, mas é um jogo viril e abrutalhado em que façanhas como a de Anselmo refletem o alto grau de testosterona e de agressividade primitiva que nos leva a correr atrás da bola. Nosso lado civilizado homenageia aqueles que descartam a vingança física e se contentam com dar o troco na bola e no placar. Mas dentro de cada fã do futebol existe um brutamontes-mirim que não resiste à poesia de um murro bem dado” – Jornalista Braulio Tavares – Jornal da Paraíba.

Mario Soto, do Cobreloa do Chile, após levar um soco de Anselmo, do Flamengo, na finalíssima da Taça Libertadores da América de futebol. Montevidéu, Uruguai. Foto publicada na revista Placar, edição 1206, em 1223/11/2001, página 37.

Tenho sobre essa porrada uma tese irrefutável – ali, graças a Anselmo, as ditaduras latino-americanas que assombraram o continente durante a Guerra Fria começaram a desabar. O destino do próprio Pinochet foi selado naquele momento. Não é a toa que, em recente pesquisa publicada na Inglaterra, acadêmicos de renome consideraram que as três quedas mais impactantes da história foram a do Império Romano, a do Muro de Berlim e a de Mario Soto na final da Libertadores.” – Luiz Antonio Simas, professor carioca.

Bom, acredito que em certos momentos, extremos claro, um murro vale mais do que mil palavras (risos). Aquele soco lavou o peito de milhões de rubro-negros. Viva o Mengão e o Anselmo Vingador! Há 42 anos, direto do túnel do tempo. Mengão sempre!!

Elton Tavares – Jornalista e flamenguista em tempo integral (e bom de porrada, rs).

Jornalista Édi Prado gira a roda da vida. Feliz aniversário, mestre! (@PradoEdi)

Com o mestre Édi na esquerda, no antigo Núcleo de Jornalismo da Secom GEA e na direita a foto do aniversariante (surrupiada do amigo jornalista João Lázaro)

Hoje é aniversário do jornalista e estudioso da história do Amapá, além de meu amigo querido, Édi Prado. O “mestre Édi” sabe muito e é irreverente. É um cara admirável de tão gente fina. Ele sempre possui pontos de vista coerentes e diferenciados.

Édi Prado é uma figura, é sempre um prazer bater um papo com ele, aprender um pouco sobre jornalismo e sobre a vida. Quem já trabalhou com o cara sabe do que falo. O figura possui um humor refinado, discreto, mas apurado.

Lembro muito bem da força que Édi me deu quando deixei a equipe de comunicação do Governo do Amapá, em 2012. Ele, no auge de sua experiência, disse: “A parceria nunca acaba. O mundo é redondo e por isso não tem canto. Tem cânticos. A cidade é pequena e a amizade é enorme”.

Com Édi Prado, em outubro de 2023

Isso foi muito bom de ouvir na época, pois sofri muitas críticas por conta da decisão. Sou grato ao amigo jornalista pelo apoio.

A gente não sabe quais os motivos dos nossos encontros nessa vida ou quais os motivos que nos levar a gosta de alguém. Mas acho que o que vale mesmo é o sentimento de carinho e demonstração de amor enquanto estamos vivos. Se o que temos pra lembrar são os momentos e as fotografias“. Édi Prado.

Saúde e felicidades, amigo. Hoje, nos seus 69 verões, desejo que seu novo ciclo seja produtivo e que sigas com saúde. Sinto saudades de dividir uma redação com pessoas como Édi Prado. Mestre, desejo tudo de melhor pra você e sua família. Meus parabéns e feliz aniversário!

Elton Tavares

*Texto republicado, mas de coração.

Repórter cinematográfico Jorge Júnior gira a roda da vida. Feliz aniversário, “Sombra”!

Com o Jorge no trampo, em 2011

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amor ou amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Também Sempre digo que o jornalismo me trouxe muitos amigos. Alguns inimigos, é verdade, mas isso faz parte. Um desses caras sensacionais é o Jorge Júnior, o nosso quedido “Sombra”. Ele gira a roda da vida neste décimo oitavo dia de novembro e lhe rendo homenagem, pois além de profissional competente, é uma cara gente fina!

Jorge é jornalista por formação, fotojornalista e repórter cinematográfico dos bons. Eu e ele fomos colegas de trabalho na assessoria de comunicação do Governo do Amapá (em 2011 e 2012 ). Com ele cobri os mais variados eventos, percorremos as estradas do Amapá, trampamos em muitas cidades, durante dias e noites. Dividimos quartos de hotéis nada recomendáveis, comida e cervejas. Além de parceiro, o cara é muito competente e talentos.

Mas o papel que Jorge melhor desempenha é o de marido da Patrícia, pai do lindo Pedro Jorge, pois o cara é muito família. Isso vale também para sua mãe e irmãos. É bonito de ver o jeito dele com os seus.

Hoje em dia, Jorge Júnior é repórter cinematográfico da Rede Amazônia, a Globo local. E também atua como fotógrafo do Governo do Estado. Ele se garante muito e segue com seu bom humor e competência. Em resumo, o Sombra é um cara prestativo, inteligente, responsa, de áurea boa e comprometido. Gosto muito desse sacana.

Jorge, mano velho, tu és um moleque PHoda como pai, marido, filho, irmão e amigo. E por isso, mereces tudo de melhor nessa vida. Que teu novo ciclo seja ainda mais produtivo, próspero e que tenhas sempre saúde e sucesso junto dos teus amores. Que vivas pelo menos mais 139 anos e que sigas sempre nesse alto astral. Parabéns pelo teu dia, manão.  Feliz aniversário!

Elton Tavares

Orgulho: site “Blog De Rocha” (sim, é um site) completa 14 anos no ar

Quando perguntam qual a minha profissão, digo que sou jornalista, escritor, assessor de comunicação e editor de um site. Parece que foi ontem, mas já faz 14 anos, em 15 de novembro de 2009, que criei o De Rocha. Essa página foi um blog por cinco anos – de 2009 a 2014. Depois virou site, mas mantive o nome da antiga plataforma: “Blog De Rocha!

A gíria “De Rocha” nomeia este site porque nós, grande parte dos nortistas amapaenses e paraenses, a usamos quando queremos passar credibilidade sobre determinado assunto. Nesta página, sempre publiquei fotografias, notícias, músicas, poesias, futebol, crônicas, contos, gifs, informes sobre fatos, eventos, pessoas públicas, bandas, arte, muita arte, e assuntos de interesse da população.

A promoção da cultura, em todas as suas vertentes, sempre foi o principal objetivo do De Rocha, além de expor meus pontos de vista, críticas leves e pesadas ou elogios amenos e exagerados aos que merecem. Foram tantos artistas, músicos, bandas, incontáveis eventos. Também publiquei textos do trampo por onde passei como assessor de comunicação. Além disso, falei muito da minha amada e preciosíssima família. E isso tudo misturando blá-blá-blá abobrístico, pois a vida sem humor é horrível.

Apesar da “internet soviética”, como dizia na época (não que este serviço tenha melhorado em 14 anos) o amigo jornalista Régis Sanches (ex-colaborador deste site), dos acusadores, fiscais e críticos, o De Rocha virou sucesso. Confesso que, quando comecei a escrever, nem imaginava que minha página virtual seria tão bem aceita. Isso aqui abriu portais, portas, janelas, gavetas e até alçapões em minha vida (risos).

Sei que rolou muito atrevimento, ironia, polêmicas, sarcasmo, verdades doloridas de se ler, alfinetadas, acidez e até bobagens de minha parte. Mas também rolou tanta homenagem, tanto amor real, tanta coisa legal. Claro que cometi alguns erros, não poderia ser de outro jeito. Mas tudo é aprendizado. Me arrependo de ter magoado algumas pessoas. De verdade!

O blog morreu há nove anos, quando foi criada esta página eletrônica (dados do antigo endereço foram migrados para cá). Passado todo esse tempo, mantenho-me como comecei: jornalista, assessor de comunicação, compulsivo por atualizações da página, cronista, crítico, ex-blogueiro e editor de um site ético sem rabo preso com ninguém (apesar de muita gente confundir o espaço dado a amigos assessores com favorecimento).

Tenho a ousadia de usar as palavras do escritor Caio Fernando Abreu: “acho que fiz tudo do jeito melhor, meio torto, talvez, mas tenho tentado da maneira mais bonita que sei”. Uma eterna luta do bem contra o mal dentro de mim, mas com 99% de vitórias da luz. Ah, desculpem os palavrões em alguns textos, mas isso também é liberdade de expressão.

Muitas das crônicas de minha autoria foram reunidas em dois livros, lançados em 2020, o “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”; E o “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, em 2021.

Ah, Por conta deste site, ganhei reconhecimento público, como o Prêmio Maestro Siney Sabóia, da Secretaria de Estado da Cultura do Amapá, em 2021, Troféu Destaque Cultural 2023, da Academia Amapaense de Letras; Troféu Esmeraldina Santos, no II Edição do Festival Literário de Macapá (Flimac).

Para o sucesso, as parcerias são essenciais. Além de fontes de informação, fortalecem o mercado virtual, ainda fracote nessa terra no meio do mundo. Amo divulgar cinema, teatro, poesia, atrações musicais, arte; enfim, cultura e todas as suas vertentes. Além de informações relevantes para a sociedade onde vivo, no caso minha Macapá e meu Estado.

Prêmios por divulgações culturais, sem contar as moções na Assembleia Legislativa do Amapá e Câmara de Vereadores de Macapá. e ainda certificados de órgãos de cultura.

O importante é que no De Rocha, prezamos pela velocidade da notícia e essencialmente a divulgação da cultura. Claro que é preciso ter responsabilidade e checar sempre a veracidade da fonte, pois não faltam disseminadores de boatos e mentiras, no afã de agradar o chefe ou dar a notícia em primeira mão. E sempre com o crédito do artista (poeta, escritor, pintor, entre outros) ou profissional de comunicação (seja redator, fotógrafo, designer, editor de vídeo, etc.)

Por aqui passaram vários colaboradores. Alguns deles nem são mais meus amigos, mas sou grato pelas contribuições. Cada um teve papel importante na formação deste espaço. Também agradeço aos parceiros que continuam por aqui. São aos amigos poetas, cronistas, contistas e jornalistas. Em especial a minha namorada e publicitária deste site, Bruna Cereja e ao meu irmão e sócio na empresa De Rocha, Emerson Tavares (sim, somos profissionais, éticos e levamos essa página muito a sério).

Arte: Bruna Cereja

Aqui a bola sempre foi minha. Você pode discordar, mas é isso o que penso e ponto. Com essa frase, agradei a maioria. Meu muito obrigado a vocês, senhores e senhoras que compõem o leitorado do De Rocha, sejam admiradores, críticos e detonadores (que de certa forma também são admiradores). Sigamos aplaudindo, criticando, discordando e incentivando as boas práticas. Valeu!

Elton Tavares – Jornalista, escritor, editor e dono deste site.

Como o jornal Província de São Paulo (de 1889) noticiou a Proclamação da República

“Recebemos ontem o seguinte telegrama: Foi proclamada a República no Brazil. Consta que o governo provisório será organizado com o general Deodoro e Quintino Bocayuva. Afirmam outros que o governo será constituído pelo general Deodoro, Quintino bocayuva e Benjamin Constant. Foi convocada uma reunião popular para aclamação do governo. O ministério foi obrigado a assinar a sua demissão. O barão de Ladario foi ferido e acha-se em perigo de vida. Logo que recebemos este telegrama, fizemos distribuir o seguinte boletim: Cidadãos, notícias da Corte anunciam a proclamação da República – a forma de governo que exprime o sentimento nacional! Unamo-nos! Para garantir a ordem, porque o novo regime nasce da livre manifestação popular! Povo! O primeiro dever republicano neste momento é ser calmo, previdente, justo, tolerante, para ser enérgico na organização! A República significa a paz, o progresso, a civilização. Unamo-nos sem distinção de partidos para firmarmos esse novo regime que nos há de trazer a glória, a grandeza e a felicidade. Viva a República!”.

Fonte: Estadão.

Jornalista e radialista, Rodiney Santos, gira a roda da vida. Feliz aniversário, Preto Velho da Amazônia!!

Eu com a fotógrafa Marcinha do Carmo e Rod Santos

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amor ou amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Também Sempre digo que o jornalismo me trouxe muitos amigos. Alguns inimigos, é verdade, mas isso faz parte. Um desses grandes caras que tenho consideramento é Rodiney Santos, o “Preto Velho da Amazônia”. O cara foi o um dos meus chefes nessa profissão maluca que a gente ama. Ele gira a roda da vida neste décimo dia de novembro e lhe rendo homenagem, pois além de profissional competente, é um cara porreta!

Rod é radialista das antigas e dos bons. Além disso, é jornalista que se garante escrevendo e mestre de cerimônias. Ele é a personificação da tranquilidade e gentebonisse. Santos é o marido companheiro da também jornalista e também querida deste editor, Rita Torrinha e pai amoroso da Bebelle.

Com Rodiney e Rita – Amigos!

Em 2010, comecei a trabalhar na Comunicação do Governo do Amapá. Aquela foi uma das melhores equipes que integrei e dividi uma redação. Rodiney Santos era o gerente do Núcleo de Jornalismo. Ele foi um chefe sensacional.

Rod é muito inteligente, sabe ler as pessoas, escutá-las e entende suas demandas e anseios. Ele tem visão e é leal aos amigos. Repito, uma baita cara foda!

Com Rod, no Carnaval 2023. Ele na cobertura e eu bebendo cana.

Ao longo de mais de uma década após nos conhecermos. construímos uma amizade bacana, com muito respeito e parceria, daquelas não muito presentes, mas com muito consideramento. E tanto pelo admirável profissional, quanto pelo figura paidégua que o Preto Velho é.

Preto, mano, que teu novo ciclo seja ainda mais feliz, produtivo e iluminado. Que sigas pisando firme e de cabeça erguida em busca dos teus objetivos, sempre com esse sorrisão e alto astral contagiante, além de paciência invejável, senso de solidariedade e coragem. Que tudo que couber no teu conceito de sucesso se realize. Que a Força sempre esteja contigo. E que tua vida seja longa, repleta de momentos porretas. Você merece. Parabéns pelo seu dia. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Senador Randolfe Rodrigues gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo! – @randolfeap

Foto da época que assessorei o senador Randolfe, em 2017.

Sempre digo que gosto de parabenizar, neste site, as pessoas por quem nutro amizade. Independente se são figurões ou não. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Neste quinto dia de novembro, Randolfe Rodrigues gira a roda da vida e lhe parabenizo, pois trata-se de um baita lutador pelos direitos humanos, pela democracia e apoiador da cultura, além de querido amigo deste editor.

Nascido em Garanhuns (PE), Rodrigues veio ainda molequinho para o Amapá, onde se tornou amapaense de coração e alma. Como temos pouca diferença de idade, lembro bem dele como líder do movimento estudantil, sempre na luta pelos direitos dos estudantes. Além de congressista pelo nosso Estado, é um apaixonado por este lugar no meio do mundo e como bom historiador, sabe tudo daqui.

Com Randolfe e Bruna Cereja (publicitária e minha namorada) durante a entrega do Troféu da Flimac, quando eu e o senador fomos agraciados – Setembro de 2023 – Foto: Lee Amil

Quando sai do TRE/AP, onde trampei na assessoria de comunicação, de 2013 a 2016, o novo desafio profissional era ser assessor de comunicação do mandato do senador Randolfe Rodrigues. Fui como sempre, a convite e com muita vontade de acertar. Na época, trabalhamos mais que garçom de formatura (risos), mas sempre nas boas pautas, lutas bacanas e resultados positivos.

Saí da assessoria do nobre parlamentar a pedido, pois o convite para trampar como gerente da Ascom do MP-AP (função que exerci de 2017 a 2019) foi irrecusável, mas lá deixei muitos amigos, entre eles, o chefe. Além de político, Randolfe também é bom filho e bom pai, sempre amoroso com os seus. E se você tiver ele como amigo, tem um brother e tanto. Falo com conhecimento de causa, pois quando precisei, ele foi muito porreta comigo.

Entusiasta e incentivador da cultura e literatura, Randolfe me deu apoio na produção e lançamento, em 2020, do meu primeiro livro de crônicas, intitulado “Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”. Aliás, ele sempre apoia escritores do Amapá e artes em geral do nosso lugar no planeta, aqui no meio do mundo e no Brasil todo, pois é um amante da poesia, música e todo tipo de manifestação artística.

De acordo com o Tratado sobre Gratidão de São Tomás de Aquino, existem três níveis de gratidão: superficial, intermediário e profundo. O primeiro pelo reconhecimento. O segundo pelo agradecimento. Sou grato ao Randolfe por esses dois citados.

Randolfe é vencedor do prêmio de “Melhor Senador do Brasil” (votos de jornalistas), do Congresso em Foco, em 10 edições. É uma honra ter a sua amizade. Nos tempos difíceis para saúde e para a nossa Democracia, ele foi um farol na tempestade, sempre aguerrido na luta contra o desgoverno do ex presidente (a quem prefiro nem colocar em um texto de aniversário), sempre com fortes valores pautados na Constituição Brasileira. Aliás, foi um dos coordenadores da vitoriosa campanha que elegeu Lula presidente em 2022. Rodrigues chega aos 51 anos no auge da carreira política e com incontáveis admiradores no Amapá, Brasil e Mundo.

Senador, querido amigo, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que sigas com essa sabedoria e coragem. Que a Força sempre esteja contigo. Que tua vida seja longa. Saúde e sucesso sempre! Parabéns pelo teu dia, Randolfe. Feliz aniversário!

Elton Tavares