Vai, 2016, seu ano maluco. E que em 2017 tenhamos amor pra recomeçar!


2016 chega ao seu último dia de forma tranquila para mim. Mas pelo menos 70% do tempo deste ano não foi assim. Eu amei, pirei e trabalhei demais em 2016. Em várias situações fui impulsivo e até fiz o jogo do contente, de Poliana, e sorri até quando estive triste. Muitas pessoas foram essenciais em 2016. Minha mãe e irmão sempre foram os portos seguros nas 40 décadas que completei este ano. Outros amigos foram luzes na tempestade, como muitos queridos de trampo.

Em 2016 não desfilei pelo Piratão. Somente na banda. Fui a barzinhos e curti muito Rock and Roll. Fiz uma porrada de doidices, sempre mal e bem acompanhado pelos meus loucos e queridos amigos.

Ah, ganhei um amor. A gente se perdeu várias vezes ao longo do caminho, é verdade, mas sempre nos encontramos. Perdi um grande amigo, mas sei que o velho índio está bem onde estiver. Curti os dois anos da minha sobrinha e os 90 da minha avó, dois dos amores da minha vida.

Em 2016, aprendi muito. Ajudei pessoas próximas e estranhas, fui ajudado por conhecidos e gente que nem me conhece. Estreitei importantes laços profissionais, alcancei reconhecimento na minha área de atuação. Fiz novos amigos e me afastei de gente que pensava que eram meus amigos. Minha família segue unida, saudável e feliz.

2017 está na porta! Que nele tenhamos muito boa vontade, forças positivas, disposição e autoconfiança para corrermos atrás de tudo o que desejamos alcançar. Que seja um ano de muito amor e paz pra todos nós.

Como o amanhã não nos pertence e ninguém que conheço saca de futurologia, a única coisa que peço pra mim e para todos que amo é saúde, para que possamos escrever mais alguns capítulos da história de nossas vidas, sempre com respeito pelas pessoas e amor pelos nossos.

Enfim, neste ano que já tá do meio dia pra tarde e nele tive mais motivos pra sorrir do que pra chorar, agradeço a Deus, universo, ou seja lá o nome da força que rege tudo isso aqui. Valeu!

Tenho certeza de que muita alegria nos espera em 2017. Pelo menos a esperança nisso não é pouca. A todos os que fazem parte da minha vida, desejo um ano novo transbordante de amor. Na hora em que os fogos explodirem no céu e o Ano Novo chegar, desejo que vocês estejam felizes, com boa comida, boa bebida e pessoas que amam.

O ano novo promete. Que ele se cumpra então, que seja mágico/fabuloso e sem muitas aporrinhações. E quando fraquejarmos, que ainda haja amor e força para recomeçar.

Boas energias, muita saúde e prosperidade. Desejo tudo de melhor pra todos nós!

Feliz 2017!

Elton Tavares

Feliz Natal, queridos leitores!

Como já disse aqui, por várias vezes, não sou lá muito religioso. O Natal é uma festa cristã. Particularmente, prefiro as profanas, como o carnaval. Porém, numa época dessas, em que todos estão extremamente legais, desejam tudo de melhor para todos e o velho blá, blá, blá, vale a pena festejar o aniversário de Jesus Cristo, pois o cara fez uma presença e tanto para a humanidade.

Brincadeiras a parte, desejo que o espírito de Natal ilumine a minha família e amigos, além dos familiares de todos que gosto (o natal não me torna hipócrita, pois não desejo o mal dos desafetos, mas também dar votos de fim de ano é uma mentira cínica). E também para os cidadãos que praticam o bem e aos desamparados.

Agradeço a Deus pela minha saúde e a saúde dos que me são caros. Pela minha família, por trabalhar na área que escolhi e ser recompensado por isso, pelos verdadeiros amigos (que sei bem quem são) e pela ótima vida que tenho. É, não tenho pedidos, mas somente agradecimentos neste natal.

Que Deus (ou seja lá qual o nome do manda chuva do Universo) abençoe a todos que amo. Enfim, que ELE continue a nos proteger, guiar e iluminar.

Que nesta data não falte música boa, comida gostosa, abraços, risadas e principalmente pessoas queridas, mas que também seja de reflexão sobre a mensagem de Cristo.

Desejo a vocês, queridos leitores deste site, amigos, familiares e críticos, AMOR, ESPERANÇA, RENOVAÇÃO, PAZ, UNIÃO, FRATERNIDADE, SOLIDARIEDADE e FÉ. Feliz Natal para todos. Obrigado pela atenção.

Bendita seja a data que une todo mundo em uma conspiração de amor” (Hamilton Wright Mabi).

Elton Tavares

Meu irmão, cunhada e sobrinha chegam hoje!

Meu irmão, Emerson Tavares, cunhada Andresa Ferreira e sobrinha Maitê chegam hoje! Já tô ansioso, pois morro de saudades deles, que moram em Belém (PA). Mano já tá lá há 18 anos, destes 13 com a linda esposa e 2,5 do amor de nossas vida, a pequena princesa. O Natal será muito feliz, como sempre. E eu já estou em festa!

Hoje minha avó completa 90 anos. Feliz aniversário, Peró!

O dia de hoje é um dos mais especiais da existência de minha família paterna, os Penha Tavares. Nossa matriarca, Perolina Penha Tavares, chega aos 90 anos de vida. E que vida! Além da incrível longevidade, ela chega nas nove décadas completas com uma lucidez impressionante. Estamos muito felizes por ela e por nós, que sem a “Peró”, certamente não teríamos aprendido o sentido do amor e respeito mútuo que nos guia.

Meu saudoso pai, Zé Penha, é o filho mais velho da Peró, que teve cinco filhos com João Espíndola Tavares, o nosso Juca, que também já virou saudade. Papai sempre teve uma ligação muito forte com ela, o que eu e meu irmão Emerson herdamos. Minha avó é a senhora mais educada, sábia, vaidosa, carismática, cheirosa e bem arrumada que conheço. Uma verdadeira dama.

Gabo-me de ser o mais velho entre seus nove netos e três bisnetos. Eu tento ser presente, atencioso e dar um pouquinho do amor que recebi ao longo dos meus 40 anos. Nem sempre consigo, pois de uns anos pra cá, por conta do trabalho, me tornei mais ausente da casa da vó. Porém, o amor nunca diminuiu, só aumentou. E quando é preciso, estou lá, junto, pra qualquer coisa.

Nas minhas memórias afetivas a Peró está sempre lá, seja guardando uma comida gostosa, aconselhando para que eu deixe de doidice e seja um homem de bem ou sorrindo ao cuidar de seu lindo jardim. Lembro de tudo com carinho, ela, vô, e tia Maria contribuíram muito para minha infância feliz.

Vovó, duas vezes mãe, sempre me encorajou, fortaleceu, ralhou, parabenizou, aconselhou e consolou. Além de amor incalculável, nutro gratidão pela minha avó. Ela sempre foi uma das pessoas mais importantes para mim. Ela é uma senhora com fortes princípios éticos e caráter inabalável, que teve sucesso em tudo que se propôs a fazer.

Aliás, já disse e repito: é impossível falar da Peró sem agradecer à tia Maria, que cuida de nossa matriarca de forma exemplar e amorosa (muito obrigado, Maria Penha!).

Minha avó sempre nos ensinou o caminho dos bons propósitos. De todo o amor que carrego no peito, grande parte aprendi a exercitar com a Peró. Perolina Penha Tavares cumpriu sua missão como esposa, mãe, avó e cidadã de bem. Ela é, além do esteio do meu clã paterno, um exemplo de mulher e uma figura humana impar. Volto a repetir o que já escrevi no passado: agradeço a Deus por ela estar entre nós e por descender dessa incrível senhora que só espalhou amor em sua longa vida.

Nós te amamos, vó. Meus parabéns e obrigado por tudo. Feliz aniversário!

A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família”. – Léon Tolstoi.

Elton Tavares

Vamos brindar e agradecer, porque eu já me livrei de situações piores, e não foi um pedaço de carne que me derrubou!

Entre uma cerveja, risos e conversas, um pedaço de picanha quase interrompe toda programação que fiz para o final de ano, e para os demais anos que espero passar por aqui. O pedaço não era tão grande, mas tinha com um pedacinho de nervo, mastigada entre um bom papo, e passou apertado na garganta. Tentei fazê-lo voltar, mas falando, bebendo e rindo, é difícil, foi descendo e ficou ali, no início do esôfago, sem ir nem vir. Pedi calma a mim mesma, e a Deus para ajudar a sair, porque não é justo uma vida cheia de aventura e emoções, acabar assim, com um pedaço de carne na garganta. Fique imaginando os comentários: morreu de quê? Entalada com carne….de goludice….gordice…..doidice….


A carne parada, mas eu respirava, me deram um copo de água, que automaticamente voltou, dor, parecia rasgando por dentro. Meu sobrinho bombeiro queria fazer o procedimento básico, minha irmã evangélica, fazia orações, alguns acalmavam mamãe, outros nem se dava conta do que estava acontecendo, afinal era a festa de aniversário da minha irmã Valda, e não fiz escândalo. Nos minutos de agonia, com aquela coisa estranha rasgando meu esôfago, mentalizava que teria que sair de algum jeito, não era possível, não podia ser aquele meu fim. Esperei o filme da minha vida passar diante dos meus olhos, mas nada. Sem filme, a esperança aumentou e resolvi esperar.


Deu tempo de lembrar dos apuros em que vi a morte de perto. Quando fui assaltada por duas meninas que me ameaçaram com uma faca enorme apontada no meu rosto, e o que eu fiz? Livrei meu braço da faca e com as duas mãos, empurrei o peito da que estava na garupa da bicicleta, e elas caíram me xingando, e deu tempo de sair correndo. Outra vez que a morte me olhou, foi em outra tentativa de assalto, desta vez na orla, enquanto caminhava de manhã cedo, e fazia fotos no celular com poucos dias de uso. Três moleques em duas bicicletas desceram a ladeira do Parque do Forte e me ameaçaram com uma suposta faca enrolada em uma camisa. Gritei, mas os poucos caminhantes olhavam e davam a volta, então resolvi blefar, e disse que viessem pegar o aparelho, pra dar tempo de sair correndo enquanto desciam das bicicletas. Deu certo, até um deles me alcançar e derrubar, foi quando apareceram uns senhores e os colocaram para correr, antes de começarem a me bater, ou sei lá o quê. Tudo isso foi em 2013. Irresponsabilidade, e como disse uma vez a amiga Gilvana, instinto de defesa e sobrevivência, adquirido quando era casada.


Ano de 2015, em casa sozinha com mamãe, não levei o celular para o banheiro e justo nessa noite, aconteceu algo absurdo, de filme. Mamãe na sala assistindo TV, e a energia foi embora. Tentei abrir a porta, e a chave travou. Não podia entrar em desespero, por causa dela, cardiopata, com risco cair e quebrar um osso por causa da osteoporose, e de hemorragia, por causa do anti-coagulante. Rezei, suada, pedi para que aquilo fosse um sonho. Depois de um tempo a energia voltou e “calmamente” gritei à mamãe que abrisse o portão automático, e chamasse algum vizinho. A ouvia apertando o interfone, seu andar arrastando a sandália na casa, e rezava para que não caísse, mas quando conseguiu chegar no portão e gritar para o vizinho, a energia foi-se novamente. Caí em desespero. O portão iria bater, ela ficaria presa para fora, ia morrer de susto lá fora no escuro, e eu morreria dentro do banheiro. Mas um vizinho veio saber porque ela chamava, antes que o portão os trancassem para fora da casa. A vizinha cuidou da mamãe, um chaveiro foi chamado, e eu saí do banheiro parece quem sai do meio de um furacão, e com uma claustrofobia instalada na cabeça, que me persegue até hoje.


Sobre a carne: com muita fé e calma, e medo de morrer daquele jeito, consegui com que subisse de uma vez, e foi expelida de uma só vez, sem eu esperar. Passei o domingo com gosto de azeite de andiroba na garganta, pra sarar os ferimentos. As lições: quando ando na rua, dois passos e uma olhada para trás. Celular escondido. Nunca sem celular no banheiro. Em vez de chave, trinca na porta do banheiro. E agora, carne, só em pedaços muitos pequenos e sem gargalhadas nem cerveja no meio. E nunca sozinha em lugar que corro o risco de ficar presa.

E aqui estou, em mais um final de ano pra comemorar e agradecer, esperar meus irmãos e sobrinhos pra festejar, meus amigos pra brindar, porque ainda estou por aqui. Amém!

Sinto falta! (crônica de Elton Tavares)

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Quem me lê, sabe: sou um incorrigível nostálgico.

Pior (ou melhor, depende do ponto de vista), quando começo a devanear sobre as coisas que me fazem falta, saudades de pessoas, situações e épocas, aí a emoção se conecta ao pensamento e ao sentimento (como diria Vinícius). É quando discorro sobre grandes e pequenas carências do cotidiano.

Sinto falta do meu pai, a maior falta da minha vida. Do meu irmão que mora em Belém (PA), que me brinda de tempos em tempos com sua presença. Sinto falta de conviver com minha sobrinha linda, de apenas dois anos de vida.

Sinto falta dos velhos amigos, os que me distanciei por conta de pedras em minhas mãos e dos que não tenho contato hoje em dia por conta dos afazeres da vida.

Sinto falta do cotidiano frenético de redações, da velha equipe de trabalho (briguenta e foda nas coberturas de pauta). Sinto falta de poder comer porcaria sem receio de ficar maior do que estou. Sinto falta dos tempos que bebia muito e não tinha ressaca. Sinto falta dos meus velhos vinis, fitas cassetes e CD’s de Rock, pois agora só tenho arquivos em MP3.

Sinto falta de tremer ao entregar um boletim de notas escolares, de chegar na casa da minha avó e sempre ter algo guardado com muito carinho para eu comer. Sinto falta de promover festas de rock e de viajar com frequência.

Sinto falta do tempo que era mais bonito (ou menos feio), mais ingênuo, mais empolgado, menos duro, desconfiado e cético em relação ao mundo (e quase todos que nele vivem).

Sinto falta de passar horas jogando videogame e falando merda com aquele bando de sacanas. Também sinto falta de uma boa briga. Sim, sinto saudade da infância, da adolescência e dos 20 e poucos anos.

Sinto falta da velha rapaziada, do mau comportamento e das más companhias (risos). Sinto falta de escrever algo realmente bom, pois a correria tira totalmente a minha inspiração. Sinto falta do passado, não todo, somente da parte feliz e de tudo que ficou lá.

Sinto falta mesmo é de não ter ficado mais tempo com ela. Essas ausências e saudades me fazem muita falta. E como fazem!

Elton Tavares

Feira Cultural no Colégio Amapaense é neste sábado (19) – (resgate da memória e os 70 anos do C.A)

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Colégio Amapaense – Foto: Elton Tavares

Acredito que nove entre dez pessoas que estudaram no Colégio Amapaense é apaixonado pela escola. É o meu caso. O velho “C.A.” completará 70 anos no dia 25 de janeiro de 2017. Para celebrar a data e resgatar a memória da tradicional instituição de ensino, um grupo de professores que trabalha lá organiza uma ação para a comemoração destas sete décadas grandiosas.

O evento do “Jubileu de Vinho” do C.A. contará com uma Feira Cultural e Científica que inicia neste sábado (19), a partir das 8h e encerra a noite do mesmo dia com uma programação com o cantor Zé Miguel.

“Estamos buscando toda a história do Colégio Amapaense, queremos resgatar a memória da instituição que faz parte da história do estado”, ressaltou o professor Marcos A. Távora de Mendonça”.

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Meu querido “CA” – Foto: Elton Tavares

Vocês ainda podem ajudar. Para depoimentos, falar com a professora Rivianne (991490665), que está coordenando o jornal dos alunos. Para doações em dinheiro, uniformes, etc, falar com os professores Marcos (981243517) e Socorro (99066004).

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Colégio Amapaense, ainda sem a outra metade, nos anos 50. Foto cedida pelo jornalista Edgar Rodrigues.

A iniciativa visa arrecadar fotos, depoimentos de ex-alunos e ex-professores, dinheiro (doações de qualquer quantia) para benfeitorias no C.A., e o que mais seja relevante para este resgate histórico da escola que já foi modelo no Amapá. A comissão organizadora está recebendo as doações no próprio Colégio, onde o doador assina seu nome e a quantia doada (eu já fiz a minha) para a programação de 70 anos da escola, uniformes antigos e tudo o mais que possa fazer o resgate. O mutirão prevê melhorias no velho e bom C.A.

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Projeto do expositor para os troféus das conquistas do CA nestes 70 anos

O idealizador do projeto, professor Marcos, disse que os troféus conquistados pelo C.A ao longo dessas sete décadas de existência estão se perdendo. Que muitas dessas peças foram localizadas em diferentes ambientes do Colégio, mas que precisam de um lugar próprio dentro da instituição. A iniciativa prevê a construção de um expositor em madeira e vidro para tal.

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Eu e o professor Marcos, idealizador do projeto – 07-11-2016

Sinto saudade da velha turma, daqueles dias incríveis vividos nos anos 90 e da contribuição do Colégio Amapaense para a minha formação educacional, formação do caráter e amizades inesquecíveis. Aprendi muitos valores morais naquela época. A escola precisa ser homenageada, toda essa bagagem histórica precisa virar documentário e o resgate é fundamental para a memória do C.A. e do Amapá. Portanto, vamos ajudar.

Elton Tavares – Jornalista e aluno da turma de 1990 a 1996

Feliz aniversário, Fernandinho Bedran!

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Eu, Gilvana Santos e Fernando Bedran – Bar do Louro – 2016

Hoje aniversaria uma das pessoas que mais gosto de ter por perto, por conta da energia boa e positividade que o figura irradia. Quem roda o calendário é pai, marido e avô apaixonado e amoroso, degustador de heinekens enevoadas, Rosa-Cruz, fã dos quadrinhos de Asterix, amante de Rock and Roll, bicolor e tricolor, cidadão perspicaz e sagaz questionador do mundo, conselheiro, fabricante de pimenta, homem inteligentíssimo, biriteiro convicto, engenhoso boêmio, malandro das antigas, amante de boa música, ilustre morador de Santana, locutor, programador e DJ da “rádio fuleiragem” (com excelente gosto musical, o cara anima um grupo de whats composto por amigos próximos), melhor papo de bar que conheço, além de querido amigo, Fernando Bedran.

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Além disso, Bedran (Fernando Da Gata) é o titular da Divisão Internacional da Vida Alheia (D.I.V.A.), no Amapá, combatente do mal, recordista intergaláctico da gente bonisse e mestre em paidéguice boêmia.

Bedrawnski é um cara diferente de todos. Ele é grande sacana, ímpar no trato com as pessoas e na sabedoria louca e coerente. Um figura que usa o hemisfério esquerdo do cérebro para o bem dele e de quem o cerca. E bote gente nisso, pois o cara é querido e considerado nos piores e melhores bares de Santana, Macapá e Belém (PA), sua terra natal.

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Bedran já peregrinou por muitos bares. Na verdade, incontáveis. Com ele já bebi no Abreu, no Norte das Águas, no Bar da Euda (querida que hoje mora no Céu) e no Bar do Louro, onde, vira e mexe, o encontro para molharmos a palavra. Aliás, uma das coisas que faz-me feliz nessa vida é bater papo e beber cerveja com esse cidadão que parece um enviado de outra dimensão para disseminar alegria, disparar sacadas geniais, sarcasmo boêmio, ironia fina e pérolas da boa sacanagem (ao som da sua inconfundível gargalhada). É, Fernando faz stand-up comedy de graça e desde sempre. Além de diversão, conversar com Fernandinho é aprendizado garantido, como diz o meu irmão, Emerson Tavares: “Bedran é melhor para tomar cerveja do que tira-gosto de charque”. E é mesmo!

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Durante nossas bebedeiras habituais, cada vez mais raras hoje em dia, aprendi e rir mais ainda com ele e dele. Fernando Bedran é um pensador, poeta dos bares, um cara que parece conhecer de tudo. Um maluco e tanto e, sobretudo, um homem de bem. É, a gente ama esse cara!

Fernandinho, meu irmão, que tenhas sempre saúde e sucesso. Que Deus siga a iluminar teu caminho ao qual sempre segues a luz. Tu és um cara Phoda e do bem. Te admiro muito. Que tua vida seja longa. Meus parabéns e feliz aniversário!

Elton Tavares

Feliz aniversário, Jamila Tavares!

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Sempre digo aqui que gosto de parabenizar os amigos e parentes (somente os que amo). Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. Portanto, lá vai mais uma: hoje aniversaria a prestativa, gente finíssima, cantora talentosa, católica, humanista e médica Jamila Tavares, uma das minhas lindas e amadas primas. Filha do tio Paulo, irmã da Ana e Paula, essa mulher, meio menina, é muito religiosa, inteligente, educada, dona de papo agradável e sobretudo uma pessoa do bem.

Orgulho-me de ser da família Penha Tavares, onde só tem gente PHoda. Pode até soar como pretensão ou boçalidade, mas quem conhece o meu clã paterno sabe que é verdade. Jamila é mais uma desse naipe, pois possui base sólida, sapiência e muita vontade de fazer valer no ofício que escolheu seguir, a medicina. Temos muito orgulho e amamos essa menina.

Infelizmente, tenho pouco contato com a Jamila, pois nos falamos nas férias e em datas especiais, já que ela mora em Belém (PA). Mas a moça também reside no meu coração.

Prima, que tenhas sempre e saúde e sucesso. Meus parabéns e feliz aniversário!

Elton Tavares

Mendigos emocionais – Por @Cortezolli

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Há tempos não escrevia nada, sequer uma linha. Cogitei a possibilidade de fazê-lo à moda antiga, papel e caneta, mas a memória remota das pontas dos meus dedos tocando o teclado nevrálgicamente, me foi mais sedutora.

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Submergi num daqueles mergulhos em mim mesma, quase suicida, não esperava por salvação, mas também não acreditava num retorno, apenas me afundava no que considerei ser uma síndrome de autoconhecimento inadiável.

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Perdi aquela certeza na hora de concatenar as ideias, porque por mais que minhas opiniões se transformem de acordo com minhas experiências mais recentes, é necessária aquela cegueira provisória na construção dos argumentos, mesmo que frágeis. Mas, isso mudou…

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Lembrei do quanto me cobro e por isso não espero menos das outras pessoas, contudo, em algum instante me veio à mente, que as pessoas não são responsáveis por nossas expectativas, mesmo que eu me recuse a baixar as minhas. Se você não abandonou o meu raciocínio até aqui, é porque se identifica com essas questões.

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Então, se torna uma sensação lancinante, análises sobre todos os tipos de relacionamentos interpessoais, e vai desde a amizade longa, amores efêmeros, paixões doentias, até o atendimento ao cliente numa farmácia ou padaria. Você ou eu, nem sempre sabemos o que queremos, mas criamos ilusões em torno do que não sabemos, criamos muralhas de medo ou, por vezes, preferimos chamar de cautela. Entretanto, surge uma vivacidade, não se sabe de onde e meio que sai pelos poros, onde cremos que somos capazes de nos jogarmos cegamente em queda livre, pelo simples prazer de sentir o vento, a velocidade, sem nos preocuparmos com a queda.

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Porém, se formos pensar friamente sobre as expectativas, devemos nos ater ao fato dessa onda comportamental, de sei lá, uns vinte anos que antecedem o agora. Essa geração da qual, fazemos parte, independentemente da idade fisiológica, onde todos estão carentes, de chapéu nas mãos.

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Façamos um exercício de fechar os olhos e nos imaginarmos como espantalhos, preenchidos com espuma ou palha, no aguardo de um coração bater no peito, pode ser remendado, não tem problema, parece patético não é? Mas, não é muito diferente de como nos comportamos.

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Talvez porque as paixões sejam elas pelo que fazemos ou por pessoas nas quais depositamos nossas esperanças ou sonhos. A verdade rasa, curta e grossa é que queremos a sensação de quando estamos apaixonados, não necessariamente por alguém real ou pelo que fazemos. Construímos isso em nossas mentes… Deveríamos pensar em nos apaixonarmos por nós mesmos, sem esperarmos por migalhas de aplausos, curtidas e comentários, todavia, esperamos. Lembre-se de que fazemos parte desse contexto imediatista, a era do mimimi e que estamos carentes de crenças, de amores, de qualquer coisa.

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Queremos sempre mais… Só não sabemos exatamente, do quê. Acredite até a dor é desejada, apenas para sabermos como é não senti-la mais.

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Com Hellen Cortezolli – 2010 – Saudades

Hellen Cortezolli – Jornalista, fotógrafa, cronista e minha amiga querida que mora no Sul, após nossa conversa sobre amores e dores. 

Música de agora: Roda Viva – Chico Buarque

Roda Viva – Chico Buarque (com MPB4)

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá

Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá

Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a viola pra lá

Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá

Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

Até a próxima, mestre Tãgaha Soares!

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Neste domingo (25) perdi um grande amigo. Um dos maiores que fiz no jornalismo. Pai, filho e avô amoroso, humanista, escritor, poeta, músico e excepcional jornalista, Tãgaha Soares Luz, um cara simplesmente PHoda. Desculpem, mas nenhuma outra expressão me vem à cabeça para defini-lo melhor.

Meio índio, meio caboclo, natural do Pará e amapaense de coração, Tãgaha, nome de pássaro dado ao Raimundo pelos índios de Oiapoque, era a sabedoria na simplicidade, admirável. O querido Tãga partiu com 50 anos de vida, muita vida. Vitima de um infarto, fez sua passagem na tarde, ou início da noite, de ontem.

Estou triste pela falta que ele fará e pelas saudades que sentiremos, mas feliz por ter conhecido, convivido e ter sido amigo deste cara e tanto.

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No início de 2011, em meio a um turbilhão de acontecimentos, comecei a trabalhar com várias figuras porretas. Algumas me ajudaram a melhorar como profissional (e fazem isso até hoje). Um deles foi Tãgaha Soares. Aliás, ele era senhor deste nobre ofício. A amizade com o cara surgiu de repente, por meio trampo. Suas atitudes, integridade e honradez logo me chamaram a atenção.

O homem é justo, de bem e do bem. Para mim foi conselheiro, revisor, meio pai, meio irmão e exemplo de profissional. Mas parecia que conhecia o Tãga a vida toda , de tanto respeito, admiração e consideração que tenho por ele. Nunca o vi sacanear alguém.

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O velho índio louco era feito de talento e amor. Amor pelos filhos, pelos amigos, pelos colegas de trabalho e profissão de jornalista.

Eu sempre pensava, de onde veio este ser, que quase vira padre, rezava uma linda oração como guia, tinha vivência com os índios, que adotou como nome, um pássaro e sobrenome, Luz, a vida. Era isso, liberdade e luz” – disse Mariléia Maciel.

Também não sei de que planeta ou dimensão o Taga veio, Léia, mas ainda bem que ele pintou aqui e alegrou nossas vidas. Todas as vezes que precisei, o cara me auxiliou. Além de amizade, sinto gratidão pela sua força de sempre. Tãgaha Luz não iluminou somente o meu caminho, mas o de todos com quem conviveu.

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De repente, Tãga vai tomar uma com o Paparazzo, no boteco celestial da dona Euda, quem sabe….

Tãga foi um cara genial, com um talento ímpar e com um coração maior que ele. Obrigado por tudo, seu velho índio sacana, e desculpe se alguma palavra deste texto estiver fora de lugar ou com erro de digitação, pois não conto mais com o meu maior e melhor revisor. Até a próxima vez, amigo!

Elton Tavares

*O velório do Taga será na Capela São José, na Rua Jovino Dinoá, esquina com a Cora de Carvalho, a partir das 6h. Ele será sepultado em Bujaru (PA).

Humberto Gessinger, o velho engenheiro havaiano, volta a Macapá e vou lá ver esse show

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Ícone do Rock and Roll brasileiro dos anos 80 e 90, fundador, líder, compositor, vocalista e baixista (ufa) da banda Engenheiros do Hawaii, Humberto Gessinger, se apresenta hoje (6), no Ceta Eco-Hotel, localizado no distrito de Fazendinha. O show faz parte da Turner de divulgação do disco “Louco Pra Ficar Legal”, da carreira solo do renomado artista. Ele será acompanhado pelos músicos Rafa Bisogno (bateria) Nando Peters (guitarra e violão).

Com 52 anos, 31 deles dedicados ao Rock and Roll, Gessinger está no Amapá pela segunda vez. Na primeira, em 1994, se apresentou com sua antológica banda, mas às vezes, ele “anda só”. Ele chega à nossa “Líbia bombardeada”, em tempos de “ revoltas dos dândis e de todos nós”, mas esqueçamos essa parte “ascensão e queda, que são dois lados da mesma moeda” e vamos curtir o Rock do figura, que é um dos letristas mais geniais do nosso Roquenrou.

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Ele já gravou 21 CDs e sete DVD’s, vendeu mais discos do que posso contabilizar, é escritor e fez parcerias com os grandes da música nacional. Ou seja, o cara é foda!

Após quase 3 décadas, pra nossa sorte, o cara está de novo longe demais das capitais e vê-lo ao vivo será a realização de mais um dos sonhos de adolescência. E fim de papo. Bora lá!

Elton Tavares