Hoje é o Dia dos Sobrinhos – Amo a minha Maitê!

Hoje é o Dia dos Sobrinhos. Não faço ideia da encontrei a origem da data. Mas como tenho uma sessão denominada “Datas Curiosas” e uma linda sobrinha, a nossa princesa Maitê.

Ser tio é uma delícia. Sinto saudades de conviver mais com nossa linda princesa. Queria ter mais trabalho com ela. Coisas do tipo tomar conta para os pais saírem e leva-la ao parquinho. Quem sabe um dia.

Minha única sobrinha nasceu em 5 de julho de 2014. Eu a conheci em agosto do mesmo ano. Não tenho jeito com crianças, mas amo brincar, caducar e corujar a Maitê. Amo essa molequinha demais.

Apesar de morar com seus pais em Belém (PA), “longe, longe, longe (aqui do lado), nada nos separa”, nem o maior rio do mundo. Quando a falta dela aperta, o whatssap ameniza nossas saudades.

Nunca fui bom com crianças, nem com brincadeiras infantis com filhos de amigos. Na verdade, a primeira que gostou de mim foi a Sofia, minha afilhada querida e depois a Bebela (amável Isabela, neta do meu padrasto). Mas quando nasceu a Maitê, alguma coisa floresceu dentro de mim. “O amor floriu”, como dizem os queridos Poetas Azuis.

Titio ama-te de forma desmedida, minha linda Maitê. Feliz Dia dos Sobrinhos!

Elton Tavares

Recital Abraços: uma incrível noite de poesia em movimento. Obrigado, Poetas Azuis!

A noite de sábado foi especial. Ontem (1) fui ao Teatro Marco Zero assistir ao Recital Abraços, dos Poetas Azuis. Logo na entrada ganhamos abraços receptivos de Pedro e Thiago, sempre com aquela energia boa que lhes é peculiar. Já escrevi alguns textos sobre as apresentações do grupo poético e seus saraus musicados, mas eles sempre me surpreendem positivamente. Vamos por partes:

Em um palco decorado com garrafas e potes vermelhos, além de girassóis invertidos, alusivo a um mar de fogueiras, os Azuis aqueceram nossos corações (até os partidos…risos). Como diz a gíria: “ficamos ‘beges’ (mais risos) com o show, como o grande tapete sob os pés descalços dos artistas.

Thiago Soeiro, Pedro Stkls e Deize Pinheiro cantaram, declamaram e nos despertaram sensações boas. Boas não, excelentes! Realmente o amor floresce quando eles se apresentam. Seja numa costura drummonizada, num poema declamado na língua dos sinais ou de verão. Até ao cantar/declamar Cacos de amor. O negócio é porreta. Ah, quem dera que toda “Sofrência” fosse bonita assim.

O recital foi planejado talentosamente nos mínimos detalhes para tirar o melhor de nós. Sim, do público, que fica ali, extasiado e feliz. A forma que eles se apresentam é, sobretudo, emocionante. A banda que os acompanha, liderada com maestria por Igor de Oliveira, é essencial para a performance. Não sei nada sobre poetizar, mas sinto a poesia, mais ainda a dos Poetas Azuis.

As declamações entoadas de Soeiro, as sacadas irônicas-do-bem e coreografias do Pedro, a poderosa voz de Deize, a músicas aliada aos poemas escritos com o coração fizeram do recital um amoroso abraço coletivo em todos nós – sortudos que vimos a apresentação.

E as crianças à beira do palco e depois em cima dele, junto com os poetas? Oh cena linda. Momento lindão de ver, ouvir e sentir. Fez o sangue correr mais forte nas veias, vermelho como a cor predominante no local da apresentação. Muito paid’égua!

A pesar de ser fã do Charles Bukowski, discordo do saudoso escritor, que disse: “O amor é um cão dos diabos”. Tá, às vezes pode até ser, pois é certo que o corpo é o lar da saudade, mas na maioria do tempo ele é “azulzin“, como canta o Djavan, assim como esses sensacionais poetas, que tanto nos alegram com seu amor, batizado por eles mesmos como poesia em movimento.

Ao final, os queridos artistas agradeceram pelos quase cinco anos do grupo. Mas somos nós, fãs e seguidores que agradecemos a arte dessas fantásticas pessoas. Muito obrigado, Poetas Azuis, aproveito o nome do espetáculo e agradeço com um forte abraço, amigos!

Texto e fotos: Elton Tavares

Festival Lollapalooza 2017 – EU VOU!

Neste final de semana, eu, meu irmão, Emerson e nossos queridos Anderson e Adê (nosso casal preferido de amigos e companheiros de muitas viagens) embarcaremos para mais uma aventura rocker na babilônia: o Festival Lollapalooza 2017. O evento gringo ocorrerá nos dias 25 e 26 de março, sábado e domingo, respectivamente. A versão brasileira sempre é realizada em São Paulo (SP). O local do evento Rock and Roll será o mesmo de 2014, 2015 e 2016 (só não fomos no ano passado): o Autódromo de Interlagos.

O festival terá várias atrações, entre bandas de Rock e Música Eletrônica, divididas em tendas e vários palcos. Mas além de viajar com o meu irmão (o meu principal parceiro na vida) tenho quatro fortíssimos motivos para enfrentar 6h de voo de Macapá até a capital paulistana. São eles:

No sábado sobe ao Palco Onix, às 19h40, o grupo indie The XX e fechando a primeira noite, no Palco Skol, a lendária banda de heavi metal, Metallica. Já no domingo, no Palco Onix (16h30) rola show da a clássica banda oitentista Duran Duran. No Palco Skol, fechará a segunda noite, o renomado grupo alternativo The Strokes  (às 20h30). Isso sem mencionar aqui outros tantos artistas gringos e nacionais.

Tá, é caro pra caralho, ainda mais que a gente sempre fica na área vip (momento boçalidade mesmo), mas é pra isso que trabalhamos tanto. Afinal, “não viemos ao mundo só para pagar contas”.

Já realizei alguns dos meus sonhos, como assistir a apresentações assim. Estamos no extremo oposto de onde essas coisas acontecem, por isso é preciso esforço e planejamento (pra não dizer coragem e loucura se você não é rico, assim como eu) para coisas assim.

À exemplo dos shows de Radiohead (2009), U2 (2011), The Cure (2013), Lollapalooza’s (2014 e 2015Pearl Jam e Morrissey (2016), a ansiedade já me corrói. Para finalizar, quem já foi a um grande festival, sabe: é uma onda caralhenta de porreta. É isso e bora viver o Rock and Roll, mais uma vez!!

Elton Tavares

23 anos da morte de Charles Bukowski, o genial velho safado!

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O saudoso escritor marginal, bebum e pervertido em tempo integral, também conhecido como “velho safado”, Charles Bukowski, subiu há exatos 23 anos. Ele morreu em 9 de março de 1994, em decorrência do excesso de goró, vítima de pneumonia, na cidade de San Pedro. O genial poeta sacana tinha 74 anos e é considerado o último escritor “maldito” da literaturimages-5a norte-americana.

Henry Charles Bukowski Jr. nasceu em 16 de agosto de 1920, na cidade de Andernach, na Alemanha, filho de um soldado americano e de uma jovem alemã. Ele foi levado, aos três anos de idade, para morar nos Estados Unidos. Espancado pelo pai, viciado em birita desde adolescente e formado na marginalidade de Los Angeles, onde morou por mais de 50 anos, Buk escreveu sobre sua própria e longa vida (boemia e desgraça).

Obsceno como poucos, Buk fez a alegria de muita gente, pois possui milhões de fãs ao redor do mundo. Seus livros são cheios de situações inusitadas e chocantes, sempre com muita birita, aflições, jogos de azar, sexo e putaria. Vários devaneios e realidade do dia-a-dia dos malucos.

Há anos, minha pcharles-bukowski-o-velho-buk-201412041544316-300x203rima Lorena me apresentou ao poeta e romancista americano. Sua obra tarada, anticonvencional e ofensiva a moral e bons costumes é genial. Sobretudo para fãs da literatura sacana e escrachada como eu. Li somente três livros do velho Buk, “Misto-quente”, “Hollywood” (1989) e “Pulp”. Mas me deleitei com vários artigos e crônicas do cara.

Ah, estou com “Crônica de um amor louco” aqui e vou começar a ler hoje.

Um brinde ao velho safado, esteja ele onde estiver!

Elton Tavares

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Como ser um grande escritor, por Charles Bukowski

você tem que trepar com um grande número de mulheres
belas mulheres
e escrever uns poucos e decentes poemas de amor.

não se preocupe com a idade
e/ou com os talentos frescos e recém-chegados;

apenas beba mais cerveja
mais e mais cerveja

e vá às corridas pelo menos uma vez porhqdefault

semana

e vença
se possível.

aprender a vencer é difícil –
qualquer frouxo pode ser um bom perdedor.

e não se esqueça do Brahmsdownload-33
e do Bach e também da sua
cerveja.

não exagere no exercício.

durma até o meio-dia.

evite cartões de crédito

ou pagar qualquer conta
no prazo.

lembre-se que nenhum rabo no mundo1
vale mais do que 50 pratas
(em 1977).

e se você tem a capacidade de amar
ame primeiro a si mesmo
mas esteja sempre alerta para a possibilidade de uma derrota total

mesmo que a razão para esta derrota
pareça certa ou errada

um gosto precoce da morte não é necessariamente uma cosa má.

fique longe de igrejas e bares e museus,
e como a aranha seja15692399f1
paciente
o tempo é a cruz de todos
mais o
exílio
a derrota
a traição

todo este esgoto.600full-charles-bukowski

fique com a cerveja.

a cerveja é o sangue contínuo.

uma amante contínua.

arranje uma grande máquina de escrever
e assim como os passos que sobem e descem
do lado de fora de sua janela

bata na máquinatumblr_lpnfvuwMLJ1qfwm8b
bata forte

faça disso um combate de pesos pesados

faça como o touro no momento do primeiro ataque

e lembre dos velhos cães
que brigavam tão bem?
Hemingway, Céline, Dostoiévski, Hamsun.

se você pensa que eles não ficaram loucostumblr_static_tumblr_static_6n2ybew6lg4cgwoo88g4gckco_640
em quartos apertados
assim como este em que agora você está

sem mulheres
sem comida
sem esperançatumblr_mcl5liiDG31rnnzv3o1_500

então você não está pronto.

beba mais cerveja.

há tempo.
e se não há
está tudo certo
também.

Charles Bukowski

Bora pra Banda! (o maior bloco de sujos do Norte sai hoje pelas ruas de Macapá)

ABanda

Os macapaenses esperam o ano todo para sair às ruas na terça-feira gorda. Sim, é hoje! Chegou o dia do ápice do Carnaval amapaense, A Banda! E este ano será sua 52ª edição. Alguns verão a Banda passar e outros, como eu, sairão pela cidade cantando e pulando no maior bloco de sujos do Norte do Brasil.Eunabanda1

Todo ano é a mesma coisa. Acordo, banho, como algo leve e vou pra casa da dona Sabá, mãe do amigo Anderson. Lá rola caldo, cerveja e começa a “fuleiragem”. De lá, vamos para a concentração da Banda, na praça Veiga Cabral, de onde o maior bloco de sujos do Norte do Brasil sai às 14h.

A Banda foi fundada no carnaval de 1965, pelos foliões Nonato Leal, professor Savino, Jarbas Gato, tenente Pessoa, Amour Jaci Alencar e José Maria Frota. E lá se vão 52 anos!

Na Banda a gBanda2ente ri
dos amigos, ri da gente, ri de estranhos. Nós bebemos debaixo de sol e chuva. Subimos e descemos ladeiras, rodamos as vias de Macapá num incrível espetáculo colorido e democrático.

Hoje o espírito f
olião de Macapá aflora e A Banda passa sem papas na língua. O improviso e a desorganização são marcas registradas dos foliões. Alguns satirizam a política local e nacional com faixas e cartazes, sempre em tom de ironia, deboche e bom humor multifacetado carnaval. Milhares de caras vestidos de mulheres e a criatividade sacana dos brincantes não têm limites. Tem de tudo, até manifestações artísticas.

Saio na Banda há 22 anos. Sempre na paz e acompanhado de amigos. Que hoje seja assim de novo. Sairemos da praça Veiga Cabral, no centro de Macapá, pegaremos a Rua Cândido Mendes, depois na Avenida Henrique Galúcio e seguiremos pela na Rua Tiradentes.

Aí chegaremos, já possuídos, na Avenida Feliciano Coelho e dobraremos na Rua Leopoldo Machado, no bairro do Trem. Daí a multidão de foliões segue até a Avenida Ernestino Borges, desceremos a Rua São José e finalmente chegaremos na Praça do Barão, onde o coro continuará comendo.

A Banda faz parte da nossa Cultura. É uma tradição do Carnaval amapaense, uma manifestação popular incrível, um verdadeiro show de irreverência e humor. Eu me ‘esbaldo’ na festa. Estarei entre os milhares de foliões. Desejo uma ótima brincadeira a todos.

Elton Tavares

Feliz aniversário, Zeca!! (meus parabéns ao Edmar Campos, um irmão de vida)

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Eu, com Edmar e a família dele.

Hoje (26) é aniversário do pai da Duda, marido da Eva, administrador sócio-ambiental, designer de barba e cabeleireiro, filho caçula da dona Osvaldina e meu irmão de coração, Edmar Campos Santos, o popular “Zeca”.

Eu e Zeca já passamos por muita coisa juntos. Sim, já aprontamos muito nessa vida. Nos conhecemos no Colégio Amapaense, em 1990. Mas nos tornamos parceiros mesmo em 1994. O figura era um dos caras mais safos da nossa épocabuzão de Colégio. Parecia sacar de tudo um pouco. Edmar já era politizado pra idade e me abriu os olhos para muita coisa.

Eu e Zeca “gazetávamos” aula e íamos beber no Xodó. Escutávamos todas as histórias que Albino contava, ouvíamos suas músicas antiga1779828_606030629449972_1739677633_ns, ríamos quando ele corteja as garotas e fingíamos surpresa a cada vez que ele nos mostrava seu diploma em couro de carneiro. Era divertido.

De lá para cá, já bebemos mais cervejas juntos do que posso contabilizar, já tivemos um bar (o qual a sociedade quase acaba com nossa amizade), já saímos no braço, já discutimos muito e em várias situedmarcampossantosações nos apoiamos.

Ele foi um dos amigos que me deram apoio na época da morte de meu pai, em 1998. É, eu e Zeca já passamos por muitas alegrias, tristezas, situações de perigo e outras engraçadas. Nunca cerquei tanta boca com outro figura quanto com ele.

Assim como eu, Zeca é um cara genioso, mas de bom caráter. Ele é um daqueles amigos que sei que posso contar e é recíproco. É bom olhar pra trás e não nos arrependermos de todas as cagadas que nos metemos juntos, pois estamos bem.

Hoje em dia, o Zeca não bebe mais e está feliz com a família dele. Agradeço a Deus por isso. A gente tem pouco contato, mas esta postagem é pra deixar registrado o carinho, consideração, amizade e respeito que tenho por ele.

Eu e Zeca – Agosto de 2016

Mano, você sabe que moras no coração deste gordo. Meus parabéns e feliz aniversário!

Elton Tavares

Meus parabéns, tia Maria! (hoje é aniversário da minha tia preferida)

Hoje aniversaria a contadora, bancária aposentada, colaboradora da Cunha & Tavares Consultoria, filha amorosa, cuidadosa e exemplar da vó Peró, irmã prestativa, tia amada, flamenguista, amante de MPB, Samba, Carnaval e cervas geladas (não à toa, nasceu em fevereiro) sorridente, bem humorada, além de uma das melhores amigas que tenho na vida, Maria Conceição Penha Tavares. Também conhecida como “Penha” ou minha mais que maravilhosa “Tia Maria”.

Já escrevi muitos textos sobre a tia Maria, mas nem um deles chega perto de descrever o amor que tenho por ela. Depois de minha mãe, ela e vó Peró são as minhas referências maternas e sempre foram presentes na minha vida. Sou muito grato por isso.

Ela tem olhar firme, sempre armada de sua potente voz alta e sorrisão estampado no rosto, além da aura boa e coração gigante. A tia é uma baita mulher, pois venceu na vida com muito batalha, responsa e honestidade. Ela é uma das melhores pessoas que tenho a honra de ter o mesmo sangue, sobretudo, uma pessoa do bem.

 

Maria é fundamental para nossa família, os Penha Tavares. Ela cuida do centro vital desta família: a Peró. Seu papel é essencial para o equilíbrio de tudo que nos une. Aliás, ela já cuidou da maioria de nós. Do vô, do pai, dos irmãos e alguns sobrinhos. Principalmente de mim, o mais velho.

Muito mais que tia e sobrinho, tornamo-nos grandes amigos ao longo da vida. Já choramos e rimos juntos. Já passamos alguns perrengues e festejamos a valer incontáveis vezes. Sempre com um “eu te amo” mútuo, reciproco e sincero. Ela é a responsável por eu gostar tanto de MPB, pois foi uma excelente professora. Valeu por me salvar da mediocridade sonora, tia!

A gente já se chateou um com o outro algumas vezes, o que é normal em qualquer relação. Principalmente a de amor. Já disse e repito: Maria Penha me deu muitos exemplos positivos nestes meus 40 anos e foi essencial na formação do meu caráter. Sou grato por tudo.

Maria, nós sempre fomos e sempre seremos, acima de tudo, amigos. Tenho a sorte e a honra de ter você como tia. Tu és uma pessoa sensacional e todos nós te amamos muito. E como o amor é a força mais poderosa do universo, que fiques pelo menos mais 60 anos por aqui, pra gente rir, beber cerveja, conversar e sermos felizes. Tenho certeza que dividimos vidas por várias existências e tomara que assim seja em outras. Saúde e sucesso sempre. Amo-te demais!

Meus parabéns e feliz aniversário!

Elton Tavares

Aí vem o CD “Capim Rosa Chá”: escutei uma música do disco autoral de Deize Pinheiro e é sensacional!

Deize Pinheiro – Foto: Márcia do Carmo

Hoje escutei a música “Chuva nos Olhos da Noite”, composição do poeta Pedro Stkls e interpretada por Deize Pinheiro. A letra (poema) já é maravilhosa, mas na voz da cantora o resultado sonoro ficou sensacional! A faixa é uma das 10 canções inéditas e autorais do álbum Capim Rosa Chá, que será lançado ainda em 2017. Com toda a certeza será um grande disco.

Em suas multitarefas, o CD será o ápice de uma artista que atua no teatro, dança, é violinista, interprete e já tem nome no mercado local. Com somente quatro anos de música, Pinheiro tem passagens pelas bandas Guibor, Essensy, Vanguarda Amazônia, Nova Bossa e Poetas Azuis. A morena cacheada de voz poderosa também já participou de vários festivais.

Só conheço o trabalho de Deize há dois anos. Ela foi uma surpresa positiva nos tempos de Happy Hour Cult . Quando a indaguei por onde andava antes dali, disse: “eu cantava na igreja”. Talvez por isso sua trajetória seja luminar. De lá para cá, a vi e ouvi cantar em várias ocasiões, como no maravilhoso show dos Poetas Azuis

Aliás, o que é a Deize, hein? A menina é despudoradamente feminina e dona daquele vozeirão espantoso! Parece que quanto mais a ouço, melhor ela canta.

Deize se cercou de profissionais hiper competentes e se trancou no estúdio. As composições do CD são dela com Pedro Stkls (que escreveu sozinho “Chuva nos Olhos da Noite” ) e duas músicas (uma delas a “Apimentada”) em parceria com o renomado Finéias Nelluty.

Foto: Márcia do Carmo

O videoclipe da música será lançado ainda este mês, produzido pela Grafite Comunicação, do amigos Sidnei Correa e Neide Maciel. A equipe não podia ser melhor: Sérgio Silva (cinegrafista), Márcia do Carmo (fotógrafa) e apoio: Lee Amin. A produção executiva fica por conta da jornalista Rita Torrinha e poeta Pedro Stkls.

Alguém pode parar a ascensão de Deize Pinheiro? Ou alguém duvida de que seu CD será um sucesso. Não, ela é uma força da natureza. E só está começando…

Enfim, Deize Pinheiro possui uma voz incrível, tem técnica vocal, sentidos rítmico e harmônico apurados. Sem falar na presença de palco e sensibilidade. Já estou ansioso pra escutar o resto das músicas. Definitivamente, o álbum autoral Álbum Capim Rosa Chá promete. E boto fé que ele cumprirá.

Elton Tavares

Poema Chuva nos Olhos da Noite, que originou a canção: 

Talvez o mundo acabe hoje (tomara que não, ainda nem teve Carnaval)

Pois é, geral tá dizendo aí que hoje (16), um asteroide cairá na terra e acabará com a porra toda. Tudo porque um astrônomo russo, o Dyomin Damir Zakharovich, exagerou na vodcka e sei lá mais no que e previu (disque) que um corpo celeste recém descoberto se chocará logo aqui no nosso setor. “2016 WF9” é o nome do pedrão.

O boato surgiu quando o tabloide inglês Daily Mail publicou no fim de janeiro uma entrevista com um suposto astrônomo russo. Ele disse que o asteroide provocaria tsunamis e poderia extinguir a vida na Terra. Zakharovich contesta as informações da NASA, a agência espacial norte-americana, sobre o tamanho e a rota do asteroide.

Claro que a Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e a Nasa já desmentiram o apocalipse (mais um). Em nota, a SAB afirma que “não há fundamento científico para a notícia sobre o fim do mundo em 16 de fevereiro devido à colisão do asteroide 2016 WF9 com a Terra“. Mas se tivesse passado em algum episódio dos Simpsons, tava todo mundo cabral. Oras senão!

Segundo os astrônomos brasileiros, o asteroide (que pode ser até um cometa escuro e sem cauda) foi descoberto em novembro do ano passado. Ele tem diâmetro estimado entre 0,5 e 1,0 km, completa uma volta em torno do Sol a cada 1780 dias ou 4,8 anos e passará em seu ponto mais próximo à Terra no dia 25 de fevereiro, a cerca de 51 milhões de km, o que equivale a um terço da distância entre a Terra e o Sol.

Escuto devaneios sobre o fim do planeta desde que me entendo por gente. De acordo com o livro mais famoso do mundo, já rolaram finais em fogo, enchente e tentaram reeditar o evento na versão meteoro, que fez todos os dinossauros dançarem. Agora a bola da vez para o apocalipse é a doideira climática.

Bom, como eu disse, na virada de 1999 para o ano 2000, nos tempos do famoso “Bug do Milênio”; em 2012, por conta do tal calendário Maia (a existência se extinguiria em 12/12/2012) e a teoria da facção religiosa chamada de “Deus Pentecostais em Camuy” (que afirmou ano passado que o fim chegaria entre os dias 22 e 28 de setembro de 2015, por meio de um asteroide) e 29 de julho de 2016 ( quando os polos da Terra se inverteriam, causando uma mudança de temperatura tão drástica que o planeta vai se tornar inóspito para a raça humana, provocando sua extinção) repito: se o mundo acabar, minha vida valeu a pena. E como valeu!

Nessa vida, que segundo a previsão do russo doidão está na reta dos boxes, curti, amei e honrei minha família e amigos; namorei muito; viajei bastante; bebi e comi demais; amanheci na farra incontáveis vezes; dei porrada em safados de todo tipo (verbal, textual e fisicamente); assisti a shows de rock; escrevi e disse o que quis para quem gosto e para os que detesto; pulei carnaval; vi o Flamengo ganhar vários títulos e a seleção brasileira ser campeã do mundo duas vezes; trabalhei e fui reconhecido; fui amado e também odiado quase na mesma proporção.

Portanto, querido leitorado deste site, se mesmo rolar apocalipse, volte a fumar, dê uma festa, transe e beba. Ah, diga “eu te amo” para familiares, amigos de verdade e seus amores. E que todos nós levemos o farelo. Pois, se ficarem uns gatos pingados pra contar vantagem, aí é sacanagem!

Enfim, se a profecia no vídeo estiver certa, tenham um ótimo fim. Senão, este site seguirá com sua programação normal. É isso.

Elton Tavares

A vida é feita de ciclos e o meu no TRE-AP, encerrou. Muito obrigado aos que me ajudaram nestes 4 anos!

Onde trabalhei e trabalho, cheguei à convite. Foi assim nas duas gestões no Governo do Amapá (GEA), Prefeitura de Macapá (PMM) e duas administrações do Tribunal Regional do Amapá (TRE). Meu ciclo no TRE se encerra hoje. Fui convidado para atuar na assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP).

Vim somar no TRE a convite do então presidente do órgão, desembargador Raimundo Vales, em 2014. Agradeço a ele e ao presidente atual, desembargador Carlos Tork, pela confiança depositada.

Nestes quatro anos de TRE, fiz grandes amigos que levarei para a vida toda. Portanto, Vales, Nira, Seixas, Paulo, Daniel, Berna, Vandi, Cláudio, André, Mylene, Rinaldo, Zelina, Michela, Tânia, Ana Bela, Lílian, Veridiano, Kelly, Orlando, Boca, Elayne, Marconi, Cássius, Leo, Evandro, Gérson, Heverton, Raimundo, Hugo, Aloísio, Plácido, Socorro, Fernando, Allan, Verinha, entre tantos outros que me deram apoio, muito obrigado mesmo!

Já que a vida é feita de ciclos, é necessário compreender que eles são diferentes, podem nos agregar experiências novas e também transformadoras. O convite é um reconhecimento profissional e um desafio. Só posso dizer que nessa nova etapa da carreira, serei como sempre fui, verdadeiro. Trabalharei com o afinco e a seriedade de sempre.

Darei tudo de mim no novo desafio, como sempre foi na minha vida de jornalista e assessor de comunicação. Se errei algumas vezes, peço desculpas, mas foi com o objetivo de acertar, sempre com boa vontade, respeito, honestidade, franqueza, seriedade, ética e sinceridade. É isso!

Elton Tavares

Feliz aniversário, mãe. Amo você, Maria Lúcia!

 

Hoje é aniversário da professora e orientadora educacional aposentada, filha zelosa da Cacilda, avó amorosa da Maitê, esposa companheira do Enilton Cardoso, minha mais que maravilhosa mãe (e do Emerson também), além de dona do mimado Tufinho (nosso cachorro), Maria Lúcia Vale Cardoso. A nossa “Lucinha” chega aos 63 anos com carinha de 50 e poucos. Sim, além de uma baita mulher, ela é linda!

Não sei o que seria de nós, eu e Emerson, sem a mamãe. Ela sempre nos defendeu, apoiou, aconselhou, ralhou, castigou sem excesso, pagou caro pelas nossas formações educacionais e de caráter, foi forte quando necessário e sempre, sempre, com muito amor. A Lucinha nunca foi uma pessoa de meias palavras ou sem atitude.

Maria Lúcia é uma mulher e tanto. Ela tem uma linda história de luta e sucesso profissional e pessoal. Além de amá-la, admiro-a. Lucinha sempre teve muita energia, dinamismo, ousadia, iniciativa, prudência e inteligência. Não à toa, aposentou-se como profissional da educação muito respeitada e possui uma ótima vida. Tenho orgulho de ser seu filho.

Nos tempos em que andamos fora de rota, mamãe foi o sol na tempestade. Ela sempre acreditou que seríamos cidadãos de bem, e conseguiu. Lucinha fez e faz tudo por nós. Não consigo escrever ou falar o quanto sou grato. Assim como o meu irmão também. Tentamos retribuir sendo bons filhos, pois é o mínimo diante de uma vida dedicada a nós.

Já disse e repito: quando estou em apuros, peço para que ela reze por mim. A mulher tem uma oração tão forte que desata os mais terríveis nós da minha vida. Esse milagre doméstico já aconteceu tantas vezes e nunca deixa de ser impressionante!

Mamãe (com muito apoio do Enilton) e meu irmão Emerson são meu porto seguro. São as pessoas que posso contar sempre e a qualquer hora ou situação. Temos uma família pequena, mas sustentada com muito respeito e amor mútuo.

Mãe, as vezes reclamo de seus conselhos por acha-los excessivos naquele momento, mas depois vejo que você sempre tem razão. Noutras ocasiões, divergimos sobre a vida, mas sei que sempre queres o melhor para mim, Emerson, Maitê, Enilton e Andresa. Acredito que posso falar em nome de todos: nós te amamos. Que tua vida seja longa, saudável e ainda mais feliz. Obrigado pela persistência, paciência e amor.

Feliz aniversário!

Elton Tavares

Pelo SEGUNDO ANO CONSECUTIVO, a meta de acabar com o Carnaval de Escolas no Amapá vai de vento em popa

É preciso que fique claro: sou do partido dos sem partido. Outra coisa, não tenho nenhum problema pessoal com alguém da Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (LIESAP), muito menos com algum presidente ou diretor de qualquer que seja a agremiação carnavalesca. Há muito não possuímos política cultural. Mas a coisa só piora.

O Carnaval é a maior alegria do povo. E nem me venham com o lance de “pão e circo”, isso é argumento furado de quem não entende que essa é a maior festa popular do Brasil. Aliás, o Estado precisar ser o provedor do evento, pois somente assim a iniciativa privada investe junto e bem pouco. Aquele lance das escolas se manterem é estória. Já que gostam tanto de comparar o incomparável, o Carnaval do Rio de Janeiro recebe sim ajuda financeira, pois nenhuma escola de samba entra na avenida com recursos próprios. Isso lá, “alvará” aqui.

Claro que concordo que as agremiações deveriam fazer a parte delas, mas poucas escolas promovem eventos para fazer caixa para o Carnaval. Salvo engano, Piratas da Batucada, Boêmios do Laguinho, Maracatu da Favela e Piratas Estilizados são as únicas no Amapá a realizar bingos, domingueiras e festas em geral com esse objetivo.

Localizados a poucos metros do Sambódromo de Macapá, cinco galpões com 25X60m e 14 metros de altura foram construídos em 2012. Espaço suficiente para a confecção de alegorias, fantasias e adereços. Cada um deles tinha setor administrativo refrigerado, cozinha, bar, banheiros, instalações elétricas e hidráulicas, caixa d’água, exaustores e lixeiras. Na época, o objetivo era utilizar durante o ano inteiro pelas escolas e Liesap. Nos meses que antecedessem o carnaval, com a produção do que sereia apresentado na avenida, e nos demais para realização de oficinas de capacitação, eventos e promoções. “É o primeiro passo palpável para a independência do carnaval amapaense, que hoje depende de repasse dos governos”, disseram. Só papo. Ninguém fez ou faz nada lá e o espaço está entregue às baratas. E a tal “independência” está longe ser fato, se é que um dia será.

Em 29 de abril do ano passado, o novo presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (LIESAP), a mesma que já foi Liga das Escolas de Samba do Amapá (Liesa) e agora luta para que algumas agremiações não fundem uma nova liga, foi eleito para organizar o Carnaval 2017, já que em 2016 a festa não acontecera. Em junho, presidente e vice da Liesap foram ao Rio de Janeiro buscar parcerias e deram como certa a realização da festa com apoio do empresariado local.

Logo após a eleição, em agosto, a nova diretoria da LIESAP reuniu com empresários, representantes de entidades públicas e privadas para apresentar o Plano de Negócios do Projeto de Carnaval 2017. O presidente disse que já contava com compromissos firmados. Só papo. Aí veio a cereja do bolo: o desfile das escolas de samba do Amapá neste ano poderá ser realizado no mês de setembro durante a programação do Equinócio da Primavera. Essa situação “inovadora” que muda o calendário cultural do Amapá me lembrou da história que, a mando dos militares, Benito de Paula cantou: “tudo está no seu lugar, graças a Deus, graças a Deus”.

Revoltado com o absurdo, o sambista (melhor artista e mais sábio), Paulinho da Viola, rebateu ironicamente em alto nível: “tá legal, eu aceito o argumento, mas não me altere o samba tanto assim. Olha que a rapaziada está sentindo a falta de um cavaco, de um pandeiro ou de um tamborim”.

A mudança no calendário cultural do Amapá é fruto da crise, que já estava instalada nos tempos de garantia da realização do evento. Eu até publiquei toda essa balela. Enganaram a gente direitinho !!!

A festa gera emprego, aquece a economia e o turismo no Estado, além de difundir a cultura amapaense e brasileira. Trata-se de uma das maiores paixões da população. Sim, a festança consome recursos altos demais, mas então que não prometessem ou garantissem. Como disse a jornalista Tica Lemos em outra oportunidade: “esse carnaval da massa, do povo, do liso, dos trabalhadores e que a burguesia adooora, é que balança, movimenta, agita, enlouquece e faz ferver o fevereiro, dia e noite. Cidade tá morta, fôlego”. Tá morta mesmo. Se não fossem as levadas do Piratão, a organização dos blocos ou o “ensaio” que rolará com algumas escolas este mês, nada teríamos em relação às agremiações.

Mesmo assim, é um absurdo pagarmos para assistir o tal ensaio, dez pilas, disque. Como bem pontuou o meu amigo Cleomar Almeida: “essa história de ensaio técnico tá bem parecido com a letra daquele famoso samba: “Ensaiei meu samba o ano inteiro, comprei surdo e tamborim… mas chegou o carnaval e ela não desfilou, eu chorei, na avenida eu chorei…”.

Não quero que esse desabafo seja usado pelas fileiras da massa de manobra que apontam erros dos outros e não admitem os próprios. Mas é como disparou Fernando Canto: “fazem carnaval o ano inteiro e na hora do povo, negam“. Difícil de entender. Mais difícil ainda é ver a passividade como isso foi aceito.

Pelo SEGUNDO ANO CONSECUTIVO, a meta de acabar com o Carnaval de Escolas no Amapá está de vento em popa. Muita gente não reclama, não dá um pio para evidenciar a dimensão paquidérmica da farsa que foi urdida contra nossas saudosas noites de folia, brilho, cores, risos e sorrisos.

Cheio de memória, arte e homenagens. Muito mais que uma disputa de agremiações em uma grande passeata festiva. O Carnaval é inspiração, vibração, talento, organização, imaginação, alegria, magia e amor. Fala de nossos costumes, história e tradições. Um contagiante evento de luz, cor e muita alegria. Sem falar na rentabilidade. Não tê-lo, é sofrer de desamor.

Sem carnaval, a dispersão chegou antes do desfile que nunca virá em 2017. Infelizmente, todos nós, amantes da festa, acabamos saindo em uma grande e unificada ala de palhaços tristes. É isso, INFELIZMENTE.

*A jornalista Gilvana Santos, que está na coordenação do evento citado (e criticado) esclareceu que a cobrança de ingresso pro evento das escolas porque não vai ter investimento de ninguém e a arrecadação é para pagar o som, segurança e outros custos do evento.

Elton Tavares, jornalista, amante do Carnaval amapaense e incentivador da cultura local.

Em 2017, faça valer!

2016 se foi com muitas promessas quebradas (foi até bom quebrar algumas delas), erros e sonhos não realizados. Afinal, nem tudo ocorre como planejamos, apesar do empenho. Mas nele foram plantadas muitas sementes para 2017.

Se a pessoa não acredita em si mesmo, não adianta apoio da família e amigos, pois a inercia toma conta e não há muito a ser feito. Portanto, se estiver com o vento à seu favor, é hora de içar velas. Senão, reme pra beira e espere o momento certo, mas sempre em busca da oportunidade.

Quando larguei o curso de Administração e resolvi fazer Comunicação, alguns me disseram que eu não me sustentaria com o jornalismo. Apesar de eu exercer assessoria de imprensa há sete anos e não o jornalismo convencional, erraram!

Resumo da coisa: vivo de palavras. E não se trata somente de fazer o que se gosta. É fazer bem feito, sem bajulação ou careta pra cego. Acho que é o equilíbrio entre razão e emoção que dá o tom (e o batalho, claro!).

A vida é um turbilhão doido, a gente sempre trabalha, ama, odeia, pira e, às vezes, somente ignora. São tantos momentos eufóricos e decepcionantes, mas o papo é ir pra cima. O futuro já começou. Que 2017 seja bem-vindo e faça seu ano valer a pena. Eu tentarei vencer com todas as minhas forças (se de repente rolar uma queda, vou cair batendo e levantar em seguida).

Tenham todos uma ótima segunda-feira. Que a força de codinome Deus nos guie e proteja neste novo e promissor ano. Bom dia!

Elton Tavares