Sarau da Psique: Relatos de Vivências e o Manejo Terapêutico com familiares sobreviventes de suicídio

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que em 2020, aproximadamente 1,53 milhão de pessoas no mundo morrerão por suicídio. Um número dez a vinte vezes maior de pessoas tentará suicídio. Isso representa um caso de morte por suicídio a cada 20 segundos e uma tentativa de suicídio a cada 1 a 2 segundos.

Pensando nesta temática a Faculdade Estácio de Macapá realizará hoje (25), das 17h às 19h, na Plataforma Zoom, o Sarau da Psique, que tem como tema: Relatos de Vivências e o Manejo Terapêutico com familiares sobreviventes de suicídio. O evento contará com debates sobre o atendimento psicológico com familiares sobreviventes de suicídio e a Posvenção, que é a prevenção de possíveis complicações do processo de luto e também à promoção de saúde mental. Além do debate, ainda terá recital de poesias e música ao vivo.

A Coordenadora do curso de Psicologia da Estácio Macapá, Alessandra Duarte, fala que os acadêmicos precisam conhecer essas situações para saber lidar quando estiverem exercendo a profissão de Psicólogo. “Buscamos oportunizar aos acadêmicos e comunidade em geral o conhecimento sobre a temática do suicídio, mostrando a teoria e prática apresentado por psicólogos para a prevenção e ampliação de políticas públicas no estado do Amapá”.

Diani Correa
Ascom/Estácio Macapá

29 anos do lançamento de Nevermind, o antológico álbum da banda Nirvana

Na manhã do dia 24 de setembro de 1991, uma terça-feira, começaram a chegar caixas nas lojas de discos dos Estados Unidos e da Inglaterra trazendo CDs e vinis com uma capa azul, com um bebê nu nadando atrás de uma nota de um dólar em um anzol.

 

A quantidade de cópias, pouco menos de 50 mil, dava a exata dimensão da expectativa moderada que a gravadora Geffen esperava vender de Nevermind, o álbum de uma banda nova vinda do interior do país, chamada Nirvana. Ontem, completou 29 anos desse dia histórico para o Rock and Roll mundial.

Ainda fruto do final da década de 1980, Nevermind seria mais um disco de rock independente numa época assolada por Michael Jackson, boy’s bands e cabeludos do heavy metal. Porém, o disco quebrou o mainstream, tirou Michael Jackson do topo das paradas e transformou o grunge melancólico e a cidade de Seattle no centro do mundo. O disco está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame (Uma espécie de ranking da fama do rock).

Obra, de certa forma, sombria e ainda sim capaz de embalar festas em qualquer parte, com uma sonoridade que, mesmo depois de 29 anos, permanece atual. Nevermind, mesmo vindo depois do primeiro álbum do Pearl Jam, (o material do Nirvana engoliu o disco de estreia da outra banda de Seattle) conseguiu – por causa de uma junção de letras, formato e até mesmo “descompromisso” estético – chegar a mais pessoas e conversar com elas de uma maneira mais direta e idealmente imperfeita.

Krist Novoselic, Dave Grohl e Kurt Cobain fotografados por Kirk Weddle, autor da imagem do bebê na capa do “Nevermind”

Em conjunto com tudo isso o segundo disco do Nirvana também é comparado por alguns grandes nomes da indústria musical a um lançamento dos Beatles. As realidades são diferentes, mas o impacto de Nevermind no mercado musical e na audiência é, realmente, inquestionável, a ponto de gerar shows caóticos e superlotados por quase todos os lugares que banda passou em seu auge.

Embebido em todas essas circunstâncias, com letras diretas e marcantes, completando o combo de trabalho, o disco tem uma das capas mais icônicas de todos os tempos – que já recebeu homenagens das mais diversas -, e conta com o clipe de “Smells Like Teen Spirit“, gravado com pouca produção e grana, que se tornou um sucesso instantâneo na MTV e elevou o hype do álbum às alturas, colaborando para que o status do Nirvana fosse muito além dos contemporâneos, Pearl Jam e Soundgarden.

Desde o seu lançamento, Nevermind já vendeu mais de 35 milhões de cópias. Número comparável com o Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. As 12 músicas logo se tornaram um clássico e o impacto que o disco causou na música e na cultura pop é sentido até hoje. Recentemente, o jornal inglês The Guardian citou o disco como um dos eventos mais importantes da história do rock. O Nirvana chegou a se apresentar no Brasil em 1993.

Formado por Kurt Cobain, Dave Grohl e Krist Novoselic, o Nirvana acabou com a morte prematura de Cobain. Aos 27 anos, em 5 de abril de 1994, o letrista e líder da banda se suicidou.

Que dia!

Aliás, o dia 24 de Setembro de 1991 foi absolutamente histórico para a música, pois na mesma mesma data, outras duas bandas incríveis lançaram discos que viriam a mudar o curso da indústria. O Red Hot Chili Peppers, com “Blood Sugar Sex Magik”, que mostrava a banda explorando suas fronteiras para além do Funk e produzindo um de seus maiores hits, a balada emocionante “Under the Bridge”. E o “Grunge raiz” do Soundgarden, que voltava mais forte do que nunca com o aclamado “Badmotorfinger”, considerado por muitos o melhor álbum de Chris Cornell e companhia. Nenhum deles mais PHoda que o Nevermind, claro!

Meu comentário: naquela época, nós caçávamos sons novos como as bruxas eram perseguidas durante a Inquisição, ou seja, incansavelmente. Tempos de festinhas de garagem e fitas cassete 90 minutos (TDK, Basf, entre outras), com os nomes das músicas anotadas no papel interior da capa e tals.

O Nevermind surgiu para os jovens amapaenses no mesmo período que outra boa nova, a MTV. Lembro como se fosse ontem, em 1992, a recém chegada emissora exibia o vídeo de “Smells Like Teen Spirit” incessantemente e nós não enjoávamos. Foram grandes momentos para a minha formação cultural. Eu tinha 16 anos e toda aquela adorável barulheira ainda ecoa no meu coração.

 Escutarei Nirvana para sempre, assim como Beatles, Led Zepellin, Ramones e Pink Floyd. Musica é a trilha sonora das nossas vidas e a da minha é o bom e velho Rock And Roll.

Elton Tavares

Fontes: Fontes: Veja; Omelete, Tenho Mais Discos que Amigos e minhas quase três décadas e meia escutando Rock and Roll.

Na Amazônia, Pré-Conferência de Cultura mobiliza setor em busca de políticas públicas

Artistas, produtores, músicos e trabalhadores da Cultura da Amazônia participam neste sábado (26), às 14h (horário de Brasília), da Pré-Conferência de Cultura, mobilizada por diversos setores para efetivação de políticas públicas para o setor cultural, que foi diretamente afetado pela crise da pandemia de covid-19.

O encontro que reúne personalidades e debatedores de soluções para o setor é online e aberto mediante inscrição gratuita no site casaninjaamazonia.org.br/inscreva-se. A opção de espectador também será disponibilizada no facebook da Casa NINJA Amazônia, no sábado (26).

“Esse processo começou a partir da mobilização da sociedade civil para defender os direitos e as necessidades do setor cultural e que resultou na aprovação da Lei Aldir Blanc de emergência cultural. A pré-Conferência é apenas o começo de uma rede potente, que pouco a pouco, vai sendo tecida, de encontros, conversas e movidas que a cultura provoca. Estamos certas que é o começo para um firme e determinado momento de agregação para trajetórias conjuntas e fortalecimentos.”, conta a produtora cultural e articuladora da Casa NINJA Amazônia Karla Martins.

O evento será transmitido ao vivo como etapa de mobilização do setor para aplicação efetiva das políticas culturais nas cidades da Amazônia, do urbano ao ribeirinho, dos povos originários aos coletivos artísticos. A programação será divulgada no decorrer da semana e promete fazedores e artistas de toda região.

As pré-conferências em todo o Brasil tem mobilizado diversos agentes, de forma popular e aberta, para colocar em pauta questões essenciais e manter a cultura no centro do desenvolvimento do país. Na Amazônia, mais do que nunca, a cultura precisa ser vista como ponto estratégico para condução de políticas de preservação dos povos e do patrimônio.

SERVIÇO:

Data: 26 de setembro de 2020
Horário: 14 horas (horário de Brasília)
Local: online
Link inscrição: http://casaninjaamazonia.org/inscreva-se/

Borboletas são almas – Crônica porreta de Fernando Canto

Crônica de Fernando Canto

Há certas épocas do ano que os céus de Macapá se enchem de borboletas amarelas. São nuvens flutuantes que parecem seguir em direção ao sudeste da cidade, atravessando o rio. Milhões delas são vistas diariamente por todos os lugares da região buscando o seu rumo, pulsando a uma dança arrítmica e farfalhando as asas para suplantar os obstáculos que se antepõem na sua louca viagem em busca de calor. Sabe lá quanto tempo não ficaram em estado de larva, encerradas em seus casulos antes de serem belas ninfas a se transformam em insetos alados. Quanto tempo será que a natureza não lhes condenou à escuridão para que num só evento as libertasse abruptamente em suas novas formas? Os pitagóricos diziam que a borboleta era o símbolo da imortalidade, pois, proveniente de Deus e de sua natureza, não se atém estritamente ao invólucro carnal e não está sujeita à morte.

Curiosamente a língua grega usa uma só palavra – psyché – para designar tanto a alma humana como a borboleta. Muitas culturas de antigas civilizações a usaram como representação simbólica de suas crenças e religiões. É possível que a analogia da lagarta em seu estado de crisálida com o homem morto tenha nascido no Egito, pois os defuntos mumificados, enrolados em bandagens de betume e substâncias balsâmicas se assemelhavam a ela no se estojo de seda. O corpo humano não era mais do que o invólucro da alma, que escapa pela porta da morte, assim como a ninfa rompe a extremidade de seu casulo e desenrola suas asas, tornando-se borboleta. Os primeiros cristãos também interpretavam esses fenômenos da mesma forma, e se fechavam para meditar no interior de celas de pedras de onde só saíam quando a alma estivesse pronta para empreender seu grande vôo. Até hoje os ascetas do Himalaia se retiram para cavernas inacessíveis e durante anos só comem o estritamente necessário à sobrevivência para se tornarem gurus, comparando-se a si mesmos às grandes borboletas dos rios Ganges e Indo. Na mitologia japonesa os insetos são associados às flores e conseqüentemente à iluminação búdica.

A palavra borboleta (belbellita) é uma designação comum a insetos lepidópteros diurnos. Existem espécies noturnas como as mariposas, aquelas que voam ao redor da luz. Cristãos da Idade Média interpretavam a chama como a fêmea tomada de luxúria, atraente e falsa, que queima a mariposa, essência da vida. Essa idéia tem sua origem no mito bíblico da Queda, com Eva e o pecado original. A natureza e o sexo passam a ser corruptos, sendo a mulher a representação máxima do sexo e o próprio ser corruptor. Entretanto, o sufismo interpreta poeticamente o fenômeno ao dizer que a mariposa estaria tomada de amor divino pela chama, lançando-se ao fogo místico sem temer o aniquilamento de sua própria vida. A Mariposa esfinge que na nossa região é conhecida por “bruxa” traz superstições como a que ao entrar em uma casa significa prenúncio de morte de um dos moradores.

Esta semana as borboletas amarelas se despediram da paisagem macapaense. Uma ou outra ainda ficam perdidas solitariamente, mas antenadas à procura da luz, num tempo em que o sol se abre em solstício após deitar sobre a linha do equador e deixar sua aura de força sobre nossas cabeças. Da prisão do casulo ao vôo libertário em busca do fogo divino lá vão elas, iluminadas, celebrando a vida em sua essência cheia de energia, enquanto o sol começa um breve afastamento para descansar dos homens e de suas almas-borboletas.

* Texto que deu origem a música Panampanam, a migração das borboletas, com melodia de Osmar Jr.

Cultura: Museu da Imagem e do Som do Amapá passa por reestruturação: com novas instalações, site e adapta projetos de audiovisual para atender a sociedade amapaense

Com a renovação do espaço físico, estrutura e função social, o Museu da Imagem e do Som do Amapá (MIS/AP) passa por reestruturação e traz novidades para os amantes do audiovisual. Com total apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), instituição a qual o MIS/AP é vinculado, as atividades iniciaram no segundo semestre de 2020, com  levantamento e catalogação do seu acervo, o que possibilitou dar nova estética ao ambiente, além da adaptação de projetos para receber o público nesse período de pandemia.

Com nova administração, sob a gerência de Bruno Masim, o MIS vem ajustando os seus projetos para atendendo a população amapaense. Um exemplo é o “Cine MIS”, que fará a exibição e debate coordenado de filmes, respeitando os limites estabelecidos pelos órgãos de saúde. Outras iniciativas são o “Cine Club MIS”, com debates acerca do movimento cineclubista do Amapá, e o “Ensaio MIS”, onde os interessados em conhecer a fotografia local participam de palestras.

Mesmo ainda sem data para a reabertura presencial, a equipe do MIS trabalha no desenvolvimento do seu banco de dados e em um site exclusivo. A plataforma virtual será uma forma dos usuários terem acesso ao vasto acerto do Museu. De acordo com a gerência, o objetivo é que o site já esteja disponível em novembro de 2020, no intuito de fomentar e promover a cultura amapaense, incentivando também a formação de público.

“Atualmente, organizamos as peças e criamos uma pequena sala para exibição de filmes e documentários. O objetivo do secretário Evandro Milhomen é que o Museu volte a ser um importante instrumento de suporte como arquivo e distribuição, fomentando ainda mais a produção audiovisual, fotográfica, quadrinhos e qualquer forma de arte que preserve a imagem do Estado. Sobretudo no resgate e reforço Memória do Amapá”, garantiu Bruno Masim.

E, ainda, com o objetivo de propor e planejar ações estratégicas e contínuas de assessoria, capacitação técnica e compartilhamento de informações e conhecimento, a equipe do órgão  está empenhada na implantação do MIS/AP no Sistema Estadual dos Museus, uma ferramenta que ajudará no estabelecimento de políticas públicas para o campo museológico.

Sobre o MIS

O Museu da Imagem e do Som do Amapá atua no registro da história e da cultura amapaense, também reúne e mantem um acervo histórico e/ou artístico cultural do Estado. Com seus projetos e iniciativas ajuda a difundir a cultura histórica, técnica, científica e educacional de toda a população amapaense, incentivando a apoiando a produção artística do setor audiovisual.

O Museu foi fundado em 2007, a sua criação aconteceu quando a antiga Fundação de Cultura do Amapá (Fundecap) tornou-se Secult. A missão da instituição é preservar, mapear e divulgar registros audiovisuais referentes à história e à cultura do Amapá, através de ações de educação patrimonial, eventos que promovam elementos de nossa cultura e de formação de produtores audiovisuais.

Outra atribuição do MIS/AP é tratamento adequado do acervo: catalogação, digitalização e facilitação do acesso às fotografias, slides, vídeos, filmes e áudios que compõem a reserva técnica do MIS é essencial para a memória da cultura amapaense, como em qualquer sociedade.

O gerente do MIS/AP e o titular da Secult, Evandro Milhomen.

“Sabemos da importância história e da memória para a cultura amapaense. Esse trabalho de reestruturação do MIS/AP é essencial para isso. Confiamos no trabalho de Bruno Masim e sua equipe e vamos dar apoio total para que o Museu volte a cumprir sua missão institucional, extremamente relevante para a sociedade amapaense no âmbito da valorização e fortalecimento cultural “, frisou o titular da Secult, Evandro Milhomen.

O MIS fica localizado no térreo do prédio da Secult/AP, Avenida Pedro Lazarino, nº 22, no bairro Santa Inês.

Texto: Daniel Alves e Elton Tavares, do site Blog De Rocha.

Por que jogos de vídeo game são tão caros?

Gabriel Cavalcante Leão Dias – Design de Games

Por Gabriel Cavalcante Leão Dias – Design de Games

Alguma vez você já deve ter pensado: “por que esses esses jogos de videogame são tão caros?”. Seja porque você tem interesse em jogos ou seu filho/filha quando pede esse presente, e os preços assustam, esse questionamento já deve ter passado pela sua cabeça.

A resposta curta e crua é principalmente o valor do dólar, e a desvalorização do real em relação ao dinheiro americano. Um jogo de lançamento nos EUA custa 60$, com o valor do dólar atualmente(5,47R$) a conversão chega perto dos 300 “bonoros”, mas mesmo com o preço do dólar a 4R$ o preço de um jogo grande ainda era de pelo menos 280 reais.

Preço de lançamento do jogo fifa 21, uma das séries de jogos mais bem vendidas do mundo.

Em nossos dias, a indústria de jogos tem uma receita multibilionária, graças a diversos modelos de venda que aumentaram exponencialmente a quantidade de dinheiro que passa pela indústria. Taxas e impostos também elevam o preço de jogos que só são disponíveis em certas partes do mundo(jogos exclusivos da ásia,por exemplo), além da taxa sobre importação, ainda é necessário acrescentar o preço do transporte, o que em algumas situações dobra o preço pago para poder jogar um único jogo. Com a chegada da nova geração de videogames no final do ano a expectativa é que os preços dos jogos aumentem ainda mais.

Vários jogos também oferecem diversas versões disponíveis e acrescentam conteúdo, que com o tempo vão aumentando o preço total, da versão mais simples, adquirida inicialmente, ao jogo completo.

Com a pandemia e o obrigatório distanciamento social, a diversão em casa, sozinhos ou em pequenos grupos, e os encontros virtuais para jogar vídeo game, vão manter esse multibilionário mercado mais aquecido ainda.
Nos próximos artigos, vamos organizar umas “dicas” para economizar na compra de jogos.

Fonte: Repiquete no Meio do Mundo.

XX Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Macapá será em formato de Live

No dia 27 de setembro será realizada a XX Parada do Orgulho LGBTQIA+ na cidade de Macapá. A programação, que comemora os 20 anos do evento, trará o tema “20 anos de resistência: colorindo o meio do mundo e conscientizando para a cidadania”, será realizada por meio de uma Live, com início previsto para às 18h, encerrando-se às 23h. As plataformas utilizadas serão o canal do Youtube e a página do Facebook oficial do evento.

De acordo com o organizador do evento e coordenador municipal dos Direitos da População LGBTQIA+, o ativista André Lopes, mesmo com a pandemia, o movimento decidiu realizar a XX Parada em forma de Live, que visa promover a cidadania das pessoas que se identificam enquanto lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, desenvolvendo ações objetivas de integração e inclusão destes na sociedade, além de comemorar 20 anos de luta pelos direitos humanos da população LGBTQIA+ em Macapá.

“São 20 anos de muita luta. No início, não tínhamos espaço, nem legislação. Sofríamos muito preconceito, mas hoje estamos em um processo que temos hoje, uma cidade que respeita a diversidade. Temos uma gestão que apoia os nossos direitos, temos muito para celebrar, mas temos muito também para reivindicar e para fazermos, para, no futuro, termos uma sociedade que nos respeitem, independente da nossa orientação sexual, que nos vejam com pessoas iguais a todos”, ressaltou.

A programação reunirá lideranças, parlamentares, gestores públicos e membros da comunidade em uma linda celebração, que contará com apresentações de artistas LGBTQIA+ do estado, respeitando os decretos municipais e estaduais de prevenção à proliferação da Covid-19.

Programação cultural:

Terá shows dos artistas Jhimmy Feiches, PagoDelas, MicheleMaycoth, RafaSteffans, MCDeeh, Ruan Mikael e Tani Leal. Além de performances do Grupo Drags Tucujus, Samira Catuaba, Savannnah Destruction e Naomi Kordeii.

Redes Sociais:

Youtube (canal Parada do Orgulho LGBT de Macapá)

Facebook (Parada do Orgulho LGBT de Macapá)

Links:

https://facebook.com/paradadoorgulholgbtdemacapa

https://www.youtube.com/c/ParadadoOrgulhoLGBTdeMacap%C3%A1/

Secretaria de Comunicação de Macapá
Fotos: Arquivo Parada 2019

Opiniões retilíneas , olhares e conclusões sarcásticas sobre a vida – Por Marcelo Guido

Foto: Marcelo Guido

Por Marcelo Guido

Meu amigo Elton Tavares escreveu um livro.

Longe do olhar comum para questões diárias, pensamentos, devaneios e opiniões analisadas e avaliadas segundo seu critério.

Critério esse de quem, como poucos, consegue colocar sangue, lágrimas, suor, risos e alegrias na ponta da caneta ou nas letras do teclado.

Longe de ser um manual prático de boas maneiras ou um bíblia de comportamento, o livro do Elton é sim um bálsamo de histórias e estórias vividas, sentidas por quem realmente esteve lá, seja em corpo presente ou pensamento anacrônico.

” Eltontavarices” à parte , é um sensacional dilema entre o correto e o esperado, como todos devem ser.

Dando ênfase ao trivial e transformando o dia a dia em aventura , o ” Godão” te convida nessas 246 páginas a dar um olhar diferenciado sobre a vida.

Definido por si mesmo como filho do tio Penha e da tia Lucia, Boêmio ( e bem), Piratas da Batucada, Rock and Roll e Flamenguista em tempo integral ( tá vendo como perfeição passa longe?), o autor é, antes de tudo, um observador nato, sujeito a erros e acertos como alguém comum, não um personagem.

Meu velho amigo Marcelo Guido. Foto: arquivo pessoal do cara.

Podem esperar pra ler.

Recomendo leitura de ” Crônicas de Rocha” acompanhada de uma boa cerveja gelada, podendo ser até aquelas artesanais, pois ao gosto do leitor, que realmente vai poder integrar-se nesse universo ” caralhístico” e transcendental.

Boa viagem!

*Marcelo Guido, é jornalista e antes de tudo, amigo deste puta cara grande que é o Elton Tavares.

De Rocha! – Resenha do livro “Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, feita pelo jornalista Silvio Neto

Foto: Flávio Cavalcante

Por Silvio Neto

Sempre gostei de línguas…

Hummm… dessas que você pensou também(rsrs). Mas aqui me refiro mesmo à linguagem, essa capacidade humana de se comunicar. Afinal, o que seria de nós sem a comunicação?

A linguagem serve pra comunicar e compartilhar informações, expressar a identidade em uma comunidade e para o entretenimento.

Expressões típicas e gírias de uma determinada região são prova disso. Elas são usadas informalmente, em conversas do dia a dia; fogem da tal da norma culta e reinventam as palavras com um sentido inteiramente novo.

Veja por exemplo a gíria “de rocha”. Ela é usada quando você confirma que o que disse é verdade, que se trata de algo sério. Você pode empregá-la na frase: “Égua, mano! Tu já viste o livro que o Eltão lançou? Tédoido, tá muito firme. De Rocha!”

Foto: Flávio Cavalcante

Viu como é simples? Principalmente quando a gente fala do trabalho de um amigo muito querido como é o caso do jornalista amapaense Elton Tavares, que lançou na última sexta-feira (18) o seu primeiro livro, que traz estampada no título a cara de um povo e de uma geração: Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias.

O livro, que conta com capa e ilustrações do cartunista Ronaldo Rony e projeto gráfico limpo e de excelente leitura de Adauto Brito, é um apanhado de textos publicados no site do autor – todos muito bem revisados por Marcelle Nunes – contando ainda com a presença do escritor Fernando Canto no texto de prefácio.

O livro tem 246 páginas, mas não se espante! É um livro fácil de se ler em um dia. Os textos são curtos, leves, diretos, com uma linguagem própria de quem vive navegando pela internet. Mas ao mesmo tempo, Elton acerta em cheio em alguns textos carregados de saudade, saudosismo, reflexões sobre a vida e humor ácido.

Complementando os textos, os traços dos cartoons de Ronaldo Rony dão um toque a mais no humor leve e descontraído do livro, onde até o famoso personagem criado pelo artista, o Capitão Açaí, dá o ar de sua graça numa cena desconcertante (não vou dizer onde é. Leia o livro!).

Na contracapa, Elton se apresenta como sendo, entre tantas outras coisas, um gordo marrento. Mas à medida que você navega pelas páginas do livro, você vai descobrindo (se você não o conhece pessoalmente) ou confirmando (caso o conheça) que, na verdade, ele é gordo sim; mas o que tem de tamanho, tem também de verdade, lealdade, carisma e “genteboalidade” – tudo bem, essa gíria não existe mas, foda-se! – Se você tem alguma dúvida, leia o texto confessional Eu me inventei (Crônica sincera).

Em textos do tipo Como escrever um texto polêmico; Os Tulius Detritus e Os Dicks Vigaristas que encontramos na vida, Elton consegue lançar seu olhar ferino sobre os bastidores do jornalismo amapaense e, com a sutileza cínica que lhe é peculiar (e eu realmente acho isso uma ótima qualidade), dá belas cutucadas nos maus colegas de profissão que, infelizmente, ainda teimam em existir (ô, raça!).

Silvio Neto e Elton Tavares, no lançamento do livro – Foto: Sal Lima

A boemia é outro elemento “eltoniano” que não podia faltar, aflorando em textos deliciosos, como em Comentários nas mesas de bar nessa época do ano; É, eu gosto e Em tempos de copa do mundo. Muitos com pitadas de saudosismo, como em Saudades do Quiosque Norte-Nordeste, o saudoso “Bar da Floriano” e O antigo Bar Xodó e o velho Albino.

Saudosismo bom mesmo fica por conta de textos como Minhas dezenas de fitas k7 e a nostalgia; O Capitão Caverna, o meu super-herói favorito; Sobre insônia e cartas de amor; Sobre domingos de quando eu era moleque e o hilário A Santa Inquisição do Fofão.

No mais, Elton presta uma grande homenagem à sua família, em especial ao seu pai, Zé Penha e aos seus amigos de “rockada” e de boteco. Também aos velhos loucos que mantêm a sanidade do mundo e, como não poderia deixar de ser, a sua terra, Macapá. Seguindo o conselho de Tolstói, em meio à universalidade que é a internet, Elton soube muito bem pintar a sua aldeia com seu Blog De Rocha e com seu livro Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias. E pra terminar, como ele mesmo gosta de dizer: É isso!

Serviço: O livro está à venda na Livraria Public (Villa Nova Shopping – Macapá) ou com o autor (96-991474038).

Silvio Neto é jornalista e pilota o blog “A Vida é Foda”.
Fonte: A Vida é Foda.

Afinal, porque denominam equinócio da primavera em Macapá se a cidade está localizada no meio do mundo? – Por @sandrobello

Foto: Arquivo Secom

Por Sandro Bello

Terça-feira, 22 de setembro, às 10 horas, 30 minutos e 36 segundos, horário de Brasília, marca a mudança de estação de inverno para primavera no hemisfério sul, ou seja, da Linha do Equador em direção ao Pólo Sul (Sim, o Macapá Verão no Balneário da Fazendinha acontece no inverno). No mesmo horário marca também a mudança de estação de verão para o outono no hemisfério norte, da Linha do Equador em direção ao Pólo Norte. A maior parte do território de Macapá e do Amapá estão no hemisfério norte, logo, equinócio de outono, entretanto, como atrativo turístico, para o seu maior visitante, o brasileiro, denominam-se equinócio da primavera.

Esse é o Equinócio no Amapá, um fenômeno astronômico que marca a mudança de estações, que no meio do mundo, não são bem definidas como se percebe nas regiões dos trópicos. A forte incidência solar sobre a Linha do Equador, a evaporação do oceano Atlântico, a humidade das florestas e o clima quente e úmido propiciam um período com menos chuvas na estação verão e um período com com mais chuvas na estação inverno.

O fenômeno do equinócio em Macapá é o momento em que o sol está posicionado a 0° (zero grau) sobre a linha do equador. Isso faz com que o dia e a noite tenham a mesma duração e os hemisférios norte e sul recebem a mesma quantidade de luz.

Macapá tem em seu principal ponto turístico, o Marco Zero do Equador, uma estrutura na parte do terraço do Monumento que demarca a linha imaginária do Equador na posição zero grau, dividindo o mundo em dois hemisférios, o norte e o sul. Possui também um relógio de sol de 30 metros, no qual no momento aparente do fenômeno, o sol posiciona-se no centro do obelisco.

Há um calendário dos equinócios e solstícios no qual acompanhamos o dia e momento exato do Equinócio. Em Macapá, nesta edição, um bom horário de visualização será às 15h no dia do Equinócio e nos dois dias que sucedem o fenômeno. Em alguns calendários o fenômeno é visível, em outras ocasiões, como em 2019, o Equinócio ocorreu a noite na capital, mas a imagem da sombra do sol percorrendo a linha do equador pôde ser contemplada em outras cidades do mundo durante o dia. Na edição deste ano, no horário exato do Equinócio, a sombra estará correndo no sentindo oeste – leste, rumo ao Rio Amazonas, para aqueles que estiverem visitando o Monumento do Marco Zero do Equador.

O ideal para os visitantes é levar alguns ovos, seu smartphone para registrar a imagem do “ovo em pé”, do sol no centro do obelisco, da sombra do sol sobre o obelisco na linha do Equador e compartilhar essas imagens com o mundo.

Saiba mais sobre o “ovo em pé” e o “Efeito Coriolis” com os Guias de Turismo do Marco Zero do Equador!

Foto: Márcia do Carmo

Curiosidade

A cada quatro anos, os equinócios se atrasam. Isso significa que, em alguns séculos, ele se adiantará no relógio.

Durante os equinócios, o sol nasce exatamente ao leste e se põe ao oeste.

Nos equinócios de outono do Hemisfério Norte ocorrem os fenômenos da aurora boreal.

O equinócio da primavera está associado às festas de Páscoa na religião cristã.

As luzes do equinócio de outono provocam alterações biológicas nos seres vivos, como estímulos à hibernação, queda de folhas nas árvores e o amadurecimento de vários frutos e vegetais.

O fenômeno é celebrado em muitas culturas como o momento de equilíbrio entre as forças da luz e das trevas.

*Sandro Bello é turismólogo e Mestre em Planejamento do Desenvolvimento.
Fonte de auxílio: CPTEC, Observatório Nacional e Observatório do Turismo do Amapá ObTur/AP

Antologia ‘ Literatura Amapaense: Poemas Escolhidos’ reúne 41 poetas do Coração da poesia Amapaense

No último dia 19, foi publicado e encontra-se à disposição na Amazon, a antologia ‘Literatura Amapaense: Poemas Escolhidos’, projeto LINDO de que faço parte, e que reúne poetas maravilhosos, que certamente constituem pedaço importante do ‘coração da poesia’ amapaense.

Integram essa antologia linda diversos poetas que fazem o coração da poesia amapaense pulsar…Alcinéa Cavalcante, Fernando Canto, Maria Ester, Patrícia Andrade, Mauro Guilherme, Manoel Bispo Corrêa, Poetisa Jô Araújo, José Queiroz Pastana, Raquel Tourinho Braga, Lulih Rojanski, Annie de Carvalho e outros admiráveis poetas.

Ao Mauro Guilherme, que cuidou com a máxima delicadeza e compromisso, de reunir a beleza que mora em todos, através da poesia, externo aquela imensa gratidão! é uma felicidade fazer parte disso tudo.

Aos que amam nosso Estado, e a arte,cultura e poesia que sai ‘de dentro da gente de cá’, esta é uma obra que realmente encanta e apresenta um pouco mais da magia que tem o nosso Amapá.

Jaci Rocha, poeta.

MP-AP participa de Missa que marca o início das peregrinações do Círio 2020

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) participou na noite de sábado (19), da missa celebrada na Catedral São José, pelo bispo de Macapá, dom Pedro José Conti. O ato litúrgico, para a bênção das imagens de Nossa Senhora, marcou o início das peregrinações do Círio de Nazaré 2020. A celebração religiosa contou com a presença de representantes da sociedade civil e das instituições públicas e privadas do Estado.

A gerente da Divisão de Cerimonial do órgão ministerial, Nara Velasco, participou da celebração, como integrante da Comissão do MP-AP para organizar a visitação à Santa dentro da instituição. Este ano, por conta da pandemia, a Imagem Oficial da Santa foi restrita aos ambientes preparados pela Diocese, para evitar aglomeração. Cada órgão adquiriu sua própria Santa.

As imagens de Nossa Senhora de Nazaré apresentadas por cada instituição foram benzidas e enviadas para a ornamentação dos altares, para peregrinação das famílias e entidades públicas ou privadas, que todos os anos recebem a visita da Imagem Peregrina oficial, durante o período que antecede o Círio.

Peregrinação

Por conta da pandemia da Covid-19, a programação da peregrinação com a Imagem Peregrina foi restrita aos ambientes preparados pelas instituições visando evitar aglomerações. No período de 21 de setembro a 8 de outubro as imagens abençoadas estarão expostas nas instituições para os momentos de devoção, oração e homenagens.

Este ano, 47 instituições, entre órgãos públicos e organizações privadas, se inscreveram antecipadamente para participar da programação oficial em homenagem à Virgem de Nazaré. Além dessas, outras podem ainda organizar os ambientes para realizar suas homenagens.

A comissão do Círio de Nazaré, sob a motivação do bispo de Macapá, dom Pedro Conti, incentiva os fiéis católicos devotos de Nossa Senhora de Nazaré a enfeitarem e prepararem, durante todo este período, as residências e ambientes oportunos em homenagem à Virgem.

O Círio de Nazaré

Em 2020, por conta da pandemia, após missa do Círio na Catedral de São José, e também em cada igreja matriz paroquial, a tradicional procissão será substituída este ano por percursos, divididos em quatro Vicariatos (por grupos de paróquias), da imagem em veículos pelas ruas de Macapá, no dia 11 de outubro, pelo trajeto que ocorreria o cortejo. Em cada carreata será possível doar alimentos para as famílias carentes da cidade e donativos em dinheiro.

O Círio de Nazaré em Macapá é a maior festa religiosa do Estado e acontece há 86 anos, sempre no segundo domingo de outubro. A manifestação católica faz parte do calendário histórico e cultural do Amapá.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Elton Tavares, com informações da Diocese de Macapá.
Contato: [email protected]

Hoje é o Dia do Baterista – Minha homenagem aos músicos da cozinha – #diadobaterista #bateria #drums

Hoje (20) é o Dia do Baterista, aquele cara ou menina que fica na cozinha, mandando porrada com baquetas nos couros e nos ferros. O baterista é percussionista, músico que dá o ritmo pra música. Sua pegada é o mais importante (depois da experiência), pois define o ritmo da canção. Eles viram bicho no bumbo, surdo, chimbau, caixa e pratos, com as mãos e pés. Não encontrei a origem da data, mas este site possui uma sessão denominada “Datas Curiosas”, portanto ta valendo!

Eu poderia falar do lendário John Bohan (Led Zeppelin) ou Ringo Starr (The Beatles), entre tantos outros bateristas históricos, mas prefiro homenagear os bateras amigos.

Portanto, meus parabéns aos batuqueiros: Marcelo Redig, Beah, Arley Costa, Rubens Ferro, Rato (Fábio Mont’Alverne, in memorian), Valério De Lucca, Thomaz Brito, Anderson Coutinho, Júnior Caxias, Markinho Sansi, João Batera, Bolachinha, Carlos Eduardo, Túlio Joelhinho, Lenilda e Magrão. Vocês são Phoda. Parabéns!

Elton Tavares

Os sete pecados capitais- Parte II – Ira – Crônica de Rebecca Braga (@rebeccabraga)

Crônica de Rebecca Braga 

Mahatma Gandhi disse: “Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo.”

Concordo com ele. Acho que muita coisa aconteceu no mundo porque as pessoas transformaram toda a sua raiva e revolta em ações.

Recentemente a lista de coisas que desperta minha ira vem das ações de um certo presidente aí, de um governo aí, de um país aí chamado Brazil. Patriotismo, né, minha gente?

Mas, além disso, tem uma coisinha besta que desperta minha ira, além de gente que joga papel na rua, trata mal garçom e bate portas. Buzina!

Buzina, meu povo.

Aquele negocinho que tem pra usar no trânsito sabe-se lá o motivo.

Explico:

Moro numa avenida movimentada. Dezenas de linhas de ônibus passam por aqui e o trânsito pode ser por vezes infernal. Mas não bastasse isso, moro quase na esquina, onde tem o semáforo. Aquela coisa com umas luzes coloridas pra avisar quando você deve seguir, ter atenção ou parar. Tipo, pra evitar acidentes. Nada importante, afinal.

Acontece que o sinal nem completou um segundo de aberto e os Lewis Hamiltons da vida já estão com a mão enfiada na porra da buzina. E buzina de ônibus? Sai da frente senão o busão vai passar por cima de ti, meu irmão.

Lá pelas 9 da noite o negócio começa a melhorar. Hora de dormir o sono dos justos. Mas como boa pecadora que sou, além da ira, também sou afeita da inveja. – Tá na parte I desta coletânea de textos pecaminosos. – Sofro de insônia, tenho sono leve e perturbado.

Daí me vem o demônio, que lá da outra esquina vem buzinando até a esquina da minha casa pra avisar que vai passar. 3 horas da manhã. 3 horas da fuckin’ manhã.

Nessa hora eu invoco o Azazel. Sim, ele mesmo. Aquele que já foi o próprio encarregado da tarefa de levantar as faltas humanas e as enumerar perante o Tribunal Divino, que já foi arcanjo e que depois virou BFF, parça do Lúcifer. O Lu, para os mais íntimos.

Na minha cabeça ele sobe dos infernos, atravessa com uma das mãos o metal do carro e pergunta:

-Tá buzinando uma hora dessas porque, filho de puta?

 

Sem esperar resposta, arranca os olhos da criatura, come e cospe. (Olho deve ser amargo, sei lá.) Às vezes ele também explode a cabeça de quem passa com o som do carro nas alturas. Depende do meu estado de espírito.

Eu, filha de ex-padre, pecadora assumida… Contabilizo mais um pecado. Sem culpa.