Atleta amapaense Sandro Santos treina para 2ª edição do Desafio Zéfiro, que ocorre na Vila de Alter do Chão (PA), em abril de 2021

Corrida, ciclismo, natação e aventura é o que promete a 2ª edição do Desafio Zéfiro, que será realizado no dia 4 de abril de 2021, em um domingo, na Vila de Alter do Chão, no município de Santarém (PA). A competição tem como objetivo estimular a prática de atividades físicas e cuidados com a saúde. Entre as dezenas de participantes, um amapaense tentará brigar pelo lugar no pódio da prova, o triatleta Sandro Santos, de 46 anos.

Sandro Santos nos treinos – Foto: arquivo pessoal do atleta

Sobre Sandro Santos

Nascido em Belém (PA), mas radicado no Amapá desde a infância, Sandro Santos sempre foi atleta de natação. Começou na Piscina Olímpica de Macapá, participou de competições em todas as categorias e faixas etárias, inclusive dos Jogos Escolares Brasileiros (JEB´s) e campeonatos nacionais, desde garoto até os dias de hoje.

Sandrinho – Foto: Flávio Cavalcante

“Sandrinho”, como o atleta amapaense é conhecido, competirá na categoria de 41 a 50 anos. Ele está treinando forte para a prova. Sandro é, inclusive, campeão master de natação no Amapá. Chegou a representar a equipe de natação brasileira em uma competição internacional no Suriname, em 1993, onde sagrou-se campeão em cinco provas individuais.

Além disso, é economista, praticante de artes marciais e ex-produtor de eventos de MMA.

Foto: Divulgação

Sobre o 2° Desafio Zéfiro

Zéfiro é um grupo de esporte amador sediado em Santarém (PA). A primeira edição da prova ocorreu em setembro de 2020. Ao todo, o triathlon terá 70 quilômetros de percurso por água e terra, nas modalidades esportivas: natação, ciclismo e corrida.

O triathlon terá 1 km de natação, 58 km de ciclismo e 11km de corrida, nas categorias individual masculino e individual feminino, divididas por grupos de idade.

A largada do 2° Desafio Zéfiro ocorrerá às 6 horas da manhã – sob qualquer condição climática, em um circuito na Vila de Alter do Chão. Conforme os organizadores, todos os participantes devem estar com itens de segurança, incluindo máscaras de proteção, capacete com lanternas e camisetas com faixas refletivas.

A organização prevê que 50 atletas participem da prova. Os interessados podem se inscrever AQUI.

Elton Tavares, com informações dos organizadores da prova e de Sandro Santos.

Talentos Nilton Balieiro

A cultura amapaense continua a florescer, mesmo em momento de pandemia. E o Amapá é um estado muito diverso, também em sua cultura musical e em tempos tão tensos, estão surgindo iniciativas trazendo uma canção para acalmar nossos corações. Doce Esperança é uma composição da aluna Chris Santos, da Escola Nilton Balieiro, do bairro Marabaixo. Zona Oeste da capital Amapaense.

Este talento musical foi relevado no no projeto “Talentos da Escola Nilton Balieiro” de autoria da artista Brenda Zeni, que há anos produz cultural no nosso estado. O projeto é um incentivo da Fundação Municipal de Cultura, com recursos provenientes da Lei Federal nº14.017, de 29 de Junho de 2020, Lei Aldir Blanc, onde a artista Brenda Zeni, optou por revelar talentos da escola localizada em seu bairro, Marabaixo.

A escola Nilton Balieiro, já muito conhecida por sua atuação no bairro, já mostra capacidade de incentivar talentos não é de hoje. A escola mostra alunos talentosos, por exemplo já em 2014, quando sua banda marcial já disputava premiações no estado.

Estimular os alunos em uma programação cultural, nesse período de pandemia foi uma forma de tentar estimular a criatividade e amenizar o impacto que a COVID vem causando, disse a produtora do projeto, Brenda Zeni.

O projeto passou pela fase de seleção, que seguiu com a artista Chris Santos, que está terminando o ensino médio na escola. Ela compôs a canção e com ajuda do seu cunhado realizou a inscrição no projeto. A canção chama-se Doce Esperança, que fala sobre futuro e fé na vida e que agora está em fase de produção – respeitando os protocolos de segurança – no estúdio amapaense Zarolho Records, comandado pelo produtor Alan Flexa.

Chris é tem 21 anos, é de Governador Nunes Freire no Maranhão e a família veio para o Amapá em 2010 à procura de oportunidades de trabalho.

Conta que começou a gostar da música desde pequena. Aos oito anos já cantava na igreja. Sua paixão por música a fazia vencer o nervosismo para subia no altar e cantar. E que sempre quis entrar no mundo da música. Conheceu o projeto através das redes sociais e como ela já compunha, decidiu mostra seu talento. Perguntada sobre o que está achando dos processos de gravação e instrução do projeto, ela diz;

“Estou super feliz por essa conquista, por estar lançando uma música de minha autoria. Só tenho que agradecer as pessoas que estão realizando esse sonho todo, mesmo.

Chris está sendo assessorada pela artista Brenda Zeni, que acumula experiência e capacitação no meio musical e comunicacional. Zeni formou-se em Publicidade e Propaganda visando, o quanto antes, trilhar o caminho da música profissional da forma mais completa possível.

Ela toma conta de 90% de sua comunicação, estratégias de divulgação, marketing, agenciamento de shows e etc. Com todo esse trabalho já viajou várias vezes para fora do estado levando o nome do Amapá. E em 2020 foi selecionada com mais oito artistas amapaenses através do projeto Pororoca Sound, para produzir e lançar pela Natura Musical em 2021.

Agora trilha um novo ofício, o de projetista. Perguntada sobre qual o incentivo para a realização do projeto, ela respondeu “O bairro Marabaixo leva esse nome importantíssimo e foi o bairro onde eu tive a primeira experiência do canto ao vivo, com uma banda. E assim como a Chris, também foi na igreja. E fazer este projeto para pessoas de lá é uma forma de retribuir. Eu estou particularmente feliz de estarmos produzindo a Chris. Por ela ser mulher, mãe e estar disposta a aprender e vencer os bloqueios pessoais e sociais. Sei que não é um caminho fácil, mas sei o quanto foi mais difícil pra mim, por ser mulher, mas com ela, eu vou fazer com que seja melhor. Mesmo depois da conclusão do projeto pretendo manter contato e continuar auxiliando no que eu puder. Também Estou revivendo um pouco do meu início vendo a felicidade nos olhos dela. É muito bacana poder ajudar e sendo uma outra mulher eu fico mais feliz ainda”.

O Craque Dener – Por Marcelo Guido (republicado por conta que hoje, se vivo, o jogador faria 50 anos)

Por Marcelo Guido

Dos campos de terra, ao palco celeste. Os Deuses do futebol conspiram sempre nos terrões localizados nas várzeas, “campos” onde grama é algo raro, surgem talentos natos. Em um desses veio para o mundo da bola o genial Dener.

Negro, baixo, magro como muitos de seus pares, tinha o dom de comandar a pelota como poucos. Esguio, liso como peixe ensaboado, deixava para trás seus adversários, que ficavam a mercê de seu talento como míseros “Joões” sem pai nem mãe.

Dribles desconcertantes foram sua marca maior, tal qual Umbabarauma , o ponta de lança africano de Benjor. Dener era o arquétipo máximo do bom jogador.

Honrou em sua curta passagem pela vida três dos maiores pavilhões do futebol. Portuguesa, Grêmio e Vasco. Deixou boquiaberto o grande Maradona. Don Diego teve sua reestreia no futebol portenho ofuscada pelo desempenho maior do camisa 10 de São Januário.

Foram realmente poucos títulos, a Copinha de 91 pela Lusa, o Gauchão de 93 pelo Tricolor e a Taça Guanabara de 94 pelo Gigante. Mais sua contribuição foi eterna para o espetáculo. Até hoje quem entende um pouco de futebol, não importando a identificação clubística , coloca o garoto do Canindé entre os melhores que já pisaram em um campo de futebol.

Pepe, eterno canhão da Vila, rendeu-se ao Gênio comparando ao incomparável Rei do futebol :“ foi o mais próximo que chegamos de um novo Pelé”. Pegar a bola em uma linha central, sair driblando em zigue-zague com o objetivo máximo de levar a criança para dormir no fundo das redes adversarias era sua constante dentro de campo.

Dener era o suprassumo da coerência futebolística, para ele um drible bonito era sim, mais bonito que um gol. Ele era o espetáculo.

Calou críticos, que ousaram dizer que o campeonato gaúcho era muito pesado para ele, levou o Maracanã ao delírio em um inesquecível Vasco x Fluminense, onde a torcida Vascaína bradou em alto e bom som, “E cafuné , o Dener é a mistura do Garrincha com Pelé”, fez o gol mais bonito já feito no solo sagrado do Canindé , contra a Inter de Limeira, virou musica na voz de Luiz Melodia, “ se vocês querem um conselho vou dar, deixem o menino driblar” e literatura nas mãos de Luciano Ubirajara Nassar autor de “ Dener , o Deus do Drible”.

Sua vida passou como ele passava pelos beques , seu drible mais desconcertante foi com certeza na miséria e sua carreira foi rápida como um raio. Dener Augusto de Sousa deixou órfãos os amantes do bom futebol no dia 19 de abril de 1994, em um fatídico acidente automobilístico na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

Talvez o próprio Deus, boquiaberto com tanto talento daquele menino negro, resolveu escala-lo para seu time celeste para o jogo de domingo.

Ficou a história de um dos que, em pouco tempo, provou ser um dos melhores no mundo da bola.

Dener, Deus e Drible, os “D” em caixa alta, atitude mais que correta.

* Marcelo Guido é Jornalista, Pai da Lanna Guido e do Bento Guido. Maridão da Bia.

**Republicado por conta que hoje, se vivo, o jogador faria 50 anos.

O Perdão – Por Rohane de Lima

Por Rohane de Lima

Durante muitos anos fui professora das aulas de Ética na Universidade. Sempre busquei sair do campo da Deontologia e ir mais pro espaço da História das Ideias, pro campo da Filosofia. Com o surgimento da Agenda 21, conseguimos incluir como disciplina , dentro do Módulo de Introdução às Ciência Agrária a disciplina Ética para a Sustentabilidade. Tudo isso me fez ler muito sobre épocas em que a humanidade teve que passar por mudanças de paradigmas… nunca imaginei que viveria o suficiente para tamanha angústia…

O Mundo em que vivemos está de cabeça pra baixo, não existem certezas, não existem dúvidas, não existe ordem… instala-se o Caos. O medo passa a ser um sentimento prevalente, pois a bolha pessoal, de cada um, encontra-se ameaçada. O Mundo, tal como o conhecemos parece estar no fim, parece estar ruindo diante de nosso ser sobressaltado. E o Novo, o Mundo que vai nascer, ninguém consegue saber como será. Ninguém sabe se estaremos prontos pra ele, se seremos capazes de construí-lo, se conseguiremos nos adaptar ao novo! Novo? Que novo será este que nossa imaginação não alcança? Parece que nossas referências, onde sempre nos ancoramos já não conseguem nos fazer sentir que estamos seguros, já não funcionam…!

Os mais conservadores resistem tentando manter o velho mundo a todo custo, os que tem a mente um pouco mais aberta se desesperam, porque acreditam que o novo virá mas também padecem do desespero do fim, pois toda crença não passa de uma crença! E tudo, tudo nos mantém em altos níveis de estresse.

Ávidos olhamos pro Céu e pedimos ao Pai que nos mostre o caminho da estabilidade, da certeza – no máximo, alguns conseguem ter esperanças, outros continuam em desespero! Parece que o Pai não responde, não nos ouve… talvez! Vou sugerir que em lugar de olharmos para o Céu (O Pai) olhemos para a Terra (A Mãe)! Afinal, o Pai definiu os princípios, os caminhos da vida, os valores de permanência, e Ele fez isso desde a criação, há muito tempo. Dizem que até nos mandou O Filho!!

A Mãe, a Terra que nos acolhe, o útero e o Coração Materno do Criador, de quem recebemos a matéria primordial, é ela que vem tentando nos educar. Olhemos para dentro, pois que somos Terra, olhemos para as nossas águas (emoções, sentimentos, sensações), olhemos para o quanto nos ferimos, para o quanto tem de cada um de nós nesse Caos!! Tentemos perceber o tanto que nos afastamos da Mãe que nos carrega até hoje; o quanto temos ferido a vida, ao desvincularmos nossas necessidades daquelas que a Mãe nos supre. Quanta energia temos desperdiçado para sermos diferentes, para sermos indivíduos intocáveis e únicos? Quantos esforços temos desprendido para não nos importarmos com a Grande Mãe que, concretamente, é o único Presente que a Vida nos deu?

Tudo isso nos tornou indivíduos autônomos, independentes, fortes! Mas também nos tornou apegados a matéria inútil, nos tornou centrados demais no ego. A grande consequência foi o afastamento, o distanciamento que tomamos uns dos outros, foi o olhar para o outro pela diferença que humilha, que exclui.

Assim, cada dia mais distantes da Mãe, daquela que nos gerou e que, ainda hoje nos embala, fomos perdendo os sentimentos de equidade, de pertencimento, de compaixão. Nos tornando doentes. E doentes, formos perdendo a cada dia, geração após geração, os vínculos que nos identificam como Filhos e Filhas da Terra, fomos esquecendo a cada dia que fomos feitos do barro, que somos pó e de que ao pó voltaremos.

Auto-suficientes, independentes, fomos preenchendo os vazio da alma com consumo de mercadorias, de tecnologias, de drogas lícitas e ilícitas, fomos criando a ilusão de que uma Mulher, ou um Homem nos bastariam, que os filhos preencheriam nossas vidas, que nossos pais seriam eternos, que seríamos eternos para nossos filhos… fomos cada vez mais nos iludindo com a falsa estabilidade da matéria vazia de vida… até que a exclusão, que fazíamos de conta que não existia, que a solidão de quem se basta foi se tornando tão grande, tão imperativa, a ponto de não podermos mais receber visitas, visitar os que amamos, abraçar e beijar amigos, comungar do mesmo espaço, da amizade, da comensalidade…!

Não podemos mais sair nas ruas, passear nas praças, ir à praia sem medo do invisível (porque do visível já tínhamos pavor). Não podemos mais ver os sorrisos e nem sorrirmos, pois ninguém mais verá nosso sorriso.

O Mundo Velho está se decompondo junto com as ilusões de que o ser Humano, que o indivíduo é soberano sobre a Terra. O Mundo Velho precisa morrer…

Que Mundo estará nascendo?

Que mundo construiremos?

Seremos capazes de nos adaptar?

Nessa Sexta-feira da Paixão de Cristo, dia do Perdão das Ofensas, peçamos perdão a todos, peçamos perdão a Terra, peçamos perdão a Vida e esperemos (com Fé) que tenhamos a chance do auto perdão para que possamos construir e desfrutar (com alegria) do Novo.

*Rohane de Lima é amapaense, professora universitária que trabalhou por anos no Pará e hoje reside no Rio de Janeiro.
**Contribuição de Fernando Canto.

Poema de agora: Mercado Central – Jorge Herberth

Mercado Central

O tempo
Repousa
nas flores

Trabalho
Sabedoria
das abelhas
Fungos
d’alma

No Mercado do Tempo
Vozes da feira
Gente
do além
Precificam
Fome
Peixe
Fóssil congelado
Farinha
De escravizados

Anunciam
promoção
da vida

No Mercado do Tempo
Força
Afiada
Abrupta
Disputa
Peixeiro
Açougueiro

No tempo
Quase perfeito
É um talho

SONY DSC

No Mercado do Tempo
O barbeiro
Renova
Navalha
Vosso tempo
Tesoura
teu tesouro
de vaidades
perfumadas

Nem és dele
o cheiroso
filho primogênito

No Tempo do Mercado
O sapateiro
Recorta
O couro
Te devolve
na sola
dos velhos calçados
o Tempo
que pisaste
caminhos
trilhados
azuis do mar
que se foi

Registros
barrentos
do rio
milenar
Tempo de Amor Amazônico

No Mercado do Tempo
O pregoreiro roco
Calou-se
ao japonês das verduras
aos ovos da ciência
ao “muleque”
do pastel

Do croquete
no tabuleiro
de outros tantos
o fio no vidro pendurado
no canto
com sabores e aromas
de pimenta boa

Pêndulo do Tempo
Perdido
da escola

Mas no Mercado do Tempo
O “muleque”
Quase vence
Ganha tempo
Contra
A fome

O trabalho
No Mercado do Tempo
É árduo
Resistência
Pra gente
Que sonha
Sobrevive
O universo
Da vida
Nesse túnel sem luz

Jorge Herberth

 

*(Com fotos de Max Renê, Alcinéa Cavalcante e arquivos de Edgar Rodrigues e dos blogs Porta-Retrato e www.alcinea.com)

Programação virtual do Ciclo do Marabaixo 2021

A Comissão organizadora do Ciclo do Marabaixo 2021 divulgou a programação alusiva as atividades lúdicas e religiosas da tradicional manifestação cultural e religiosa do Amapá.

Para 2021, em razão da pandemia, as atividades serão de forma virtual através de lives que serão realizadas a partir do dia 03 de abril, indo até o dia 16 de junho, data que marca o dia estadual do marabaixo.

Para este ano os festeiros do ciclo do marabaixo estarão apresentando debates através de rodas de conversas para toda sociedade.

O Ciclo do Marabaixo ocorre na área urbana na comunidade da Favela (Centro e Santa Rita) e do Laguinho, e na área rural na comunidade de Campina Grande.

Acompanhe a programação

DIA 03 DE ABRIL – LIVE ABERTURA OFICIAL DO CICLO DO MARABAIXO DA FAVELA.

Das 17h as 20h – Facebook – Berço do Marabaixo – Raízes da Favela e Campina Grande

DIA 04 DE ABRIL – LIVE ABERTURA OFICIAL DO CICLO DO MARABIXO DO LAGUINHO

Das 18h as 20h – Facebook – Associação Raimundo Ladislau e Marabaixo do Pavão

DIA 20 DE ABRIL – WEBNÁRIO RODA DE CONVERSA – “As potencialidades empreendedoras do Marabaixo”

Das 16h as 18h – Facebook – Coordenação do Ciclo do Marabaixo

DIA 01 DE MAIO – LIVE MARABAIXO EM HOMENAGEM AO TRABALHADOR

Das 18h as 20h – Facebook – Berço do Marabaixo

DIA 05 DE MAIO – LIVE QUARTA-FEIRA DA MURTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO

Das 18h as 20h – Facebook – Marabaixo do Pavão – Associação Cultural Raimundo Ladislau

DIA 09 DE MAIO – LIVE MARABAIXO DO MASTRO E HOMENAGEM AO DIA DAS MÃES

Das 17h as 19h – Facebook – Raízes da Favela

DIA 15 DE MAIO – LIVE MISSA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO E RODADA DE MARABAIXO

Das 17h as 18h – Facebook – Marabaixo do Pavão

DIA 21 DE MAIO – LIVE LADAINHA DA SANTÍSSIMA TRINDADE E WEBNÁRIO RODA DE CONVERSA SOBRE A IMPORTÂNCIA NA INSERÇÃO NA MANUTENÇÃO E DIFUSÃO DO MARABAIXO NAS FESTIVIDADES TRADICIONAIS E RODADA DE MARABAIXO

Das 17h as 19h – Facebook – Raimundo Ladislau

DIA 23 DE MAIO – LIVE LADAINHA DA TRINDADE E MARABAIXO DA MURTA DA TRINDADE

Das 17h as 19h – Facebook – Berço do Marabaixo – Raízes da Favela – Campina Grande.

DIA 30 DE MAIO – LIVE MISSA DA TRINDADE COM RODADA DE MARABAIXO

Das 09h as 12h – Facebook – Berço do Marabaixo – Raízes da Favela – Campina Grande

DIA 03 DE JUNHO – MARABAIXO DE CORPUS CHRISTI

Das 17h as 19h – Facebook – Campina Grande

DIA 06 DE JUNHO – LIVE ENCERRAMENTO DO CICLO DO MARABAIXO

Das 18h as 20h – Facebook – Coordenação do Ciclo do Marabaixo.

DIA 09 DE JULHO – WEBNÁRIO RODA DE CONVERSA -A REGIOLISIDADE NAS FESTAS TRADICIONAIS E RODADA DE MARABAIXO.

Das 17h as 18h – Facebook – Associação Raimundo Ladislau e Marabaixo do Pavão

DIA 16 DE JUNHO – LIVE DIA ESTADUAL DO MARABAIXO

Das 17h as 21h – Facebook – Coordenação do Ciclo do Marabaixo.

Fonte: O Canto da Amazônia.

Hoje é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo – Reflita!

Hoje, 2 de abril, é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A data, celebrada em todo o mundo, foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e visa conscientizar a sociedade sobre o tratamento especial aos portadores da síndrome.

Autismo

O autismo é uma síndrome que atinge quase dois milhões de brasileiros. Em crianças, é mais comum do que o câncer, a AIDS e o diabetes. No mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que existam mais de 70 milhões de pessoas com a síndrome.

O autismo restringe a comunicação de seu portador com os demais ao seu redor. Para os especialistas, o autista tem uma maneira peculiar e introspectiva de ver o mundo. Os primeiros sinais aparecem até os três anos de idade.

Sintomas

Pouco contato visual, baixa interação, rejeição a toques, comportamento repetitivo, isolamento. Esses são alguns dos sinais mais comuns em quem sofre de autismo. Quando esses sinais são percebidos logo nos primeiros anos de vida, as chances de o tratamento ter sucesso e da criança evoluir são muito maiores.

Qual é o caminho para o tratamento correto?

O autismo não tem cura, apenas tratamento. Com ele é possível que a pessoa se desenvolva, torne-se independente e se relacione com outros, por isso precisa ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, médicos e profissionais da educação são alguns dos especialistas que fazem parte da equipe.

A importância para a família e conscientização

Em 2011, entrevistei o autônomo (e meu amigo) Arley Costa, pai do autista Artur Costa. Ele, o Arley, ressaltou que é essencial que pais, familiares e amigos entendam que o autista é uma pessoa normal, mas com algumas peculiaridades. E frisou que a conscientização da sociedade é fundamental para que todos saibam como cuidar de um autista.

“Dessa forma, nossos filhos e amigos autistas terão melhor assistência do poder público e entendimento da sociedade”, pontuou o pai, na época.

“Arthur e o Infinito – Um Olhar Sobre o Mundo do Autismo”

Sobre a síndrome, recomendo o documentário “Arthur e o Infinito – Um Olhar Sobre o Mundo do Autismo”. O DOC conta a história de uma família e seus conflitos, ao ter o filho mais novo, Arthur, de seis anos, diagnosticado como autista. Marina, sua mãe, assume a responsabilidade de dedicar todo o seu tempo para o filho e buscar caminhos para compreender melhor seu mundo, mostrando a realidade das emoções e sentimentos da família durante esses momentos difíceis. É isso.

Elton Tavares

Paulo Silva gira a roda da vida. Feliz aniversário, Paulão! – @PauloSilva1955

Sou fã de muitos jornalistas amapaenses. Um deles é Francisco de Paula Silva Santos, o popular Paulo Silva, mas que a gente gosta mesmo é de chamar de “Paulão”. O cara gira a roda da vida neste segundo dia de abril e lhe rendo homenagem, pois além de profissional competente, é um cara porreta!

Paulão é pai da Mary, Mario (esses dois primeiros também amigos meus) e Marcos,  avô do João e marido da também jornalista Janete Carvalho. Resignado torcedor do Botafogo, fervoroso ypiranguista e pirata da batucada (também torço para o Ypiranga Clube e sou Piratão), ele é um dos grandes da imprensa amapaense, não somente pelo tamanho, mas pela trajetória, postura e credibilidade.

Colunista político do Jornal Diário do Amapá, integrante da bancada do programa Luiz Melo Entrevista e um dos melhores radialistas da história do rádio amapaense, Paulão possui coerência e sensatez. O cara é rodado (no melhor sentido da palavra), já que trabalhou em todas as rádios do Amapá. Hoje, completa 66 anos. Destes, 47 dedicados ao jornalismo, nobre profissão que Paulo Silva abraçou como repórter esportivo.

Nunca fui muito próximo do Paulão, mas ele sempre me tratou muito bem. Não só por ser amigo dos meus pais, mas pelo homem de bem que é. Além disso, sou fã de seu texto, das colocações inteligentes e dos pontos de vista do querido jornalista. Me orgulhei quando ele me elogiou algumas vezes na rede social Twitter e sou grato por isso.

Paulão é respeitado por jornalistas, políticos, empresários e as demais classes da sociedade amapaense. Ele é um formador de opinião consistente, imparcial, faz uma crítica séria e com senso de Justiça. Um verdadeiro exemplo de jornalista para os que atuam nesta profissão.

Livre-pensador, um exemplo de colega e um amigo que admiro e respeito, além de jornalista brilhante, hoje rendo homenagens ao Paulão. Parabéns, amigo. Que tenhas sempre saúde e sucesso junto aos seus amores. Feliz aniversário!

Elton Tavares

Revista “Tempo Amazônico” reúne artigos sobre Ditadura Militar em dossiê

A Associação Nacional de História – Seção Amapá (Anpuh-AP), lança a primeira edição de 2021 da Revista “Tempo Amazônico” (RTA), com o dossiê “Ditadura militar: mecanismos de repressão e construção de consenso”. A publicação é composta por artigos de pesquisadores, professores e alunos de graduação e pós-graduação do Amapá e do Brasil sobre temas de história e outras áreas das Ciências Humanas, e está com chamada aberta para envio de artigos para as próximas edições até 2022.

Para o professor Dr. Marcos Vinicius de Freitas Reis, diretor do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH), a revista visa divulgar artigos da área de história e de profissionais que trabalham com temas historiográficos. “A revista tem vários números por ano, cada uma deles com os artigos temáticos do dossiê e os artigos livres, com temas variados que possuem qualidade acadêmica.”, explica o docente.

Primeira edição

O dossiê “Ditadura militar: mecanismos de repressão e construção de consenso” é a primeira edição de 2021, organizada pelo professor Dr. César Augusto Queirós, da Universidade Federal do Amazonas (PPGH-UFAM), e pelo professor Dr. Diego Knack, da Secretaria Municipal de Educação da cidade do Rio de Janeiro (SME-RJ). O arquivo agrupa diferentes perspectivas analíticas e abordagens documentais para expandir a compreensão do período autoritário. Reunindo produções originais sobre o golpe de 1964 e a ditadura, contribuindo para a historiografia especializada no tema diante dos estudos sobre a amazônia e as diversas perspectivas apresentadas. A edição reúne 10 artigos sobre o tema, 4 temas livres e a resenha “Quem fecudará os sonhos?”, do filme “Amores de chumbo”, de Tuca Siqueira.

Os artigos abordados sobre o tema são:

“Golpe civil-militar e a participação dos governadores em 1964”, de Priscila Oliveira Pereira
“A chacota da derrota: a charge do Miranda e a eleição de 1974 em Manaus”, de Thiago Rocha de Queiroz
“O Partido Comunista do Brasil (PCB) no Amazonas: da fundação do diretório estadual ao golpe civil-militar”, de Fernanda Fernandes da Silva
“Ecos do golpe de 1964 no Acre: ditadura, intolerância e perseguições políticas”, Francisco Bento da Silva e Jadson da Silva Bernardo
“Política, imprensa e perseguição no Pontal do Triângulo Mineiro (1964)”, de Caio Vinicius de Carvalho Ferreira
“O ensino da ditadura civil-militar no Amapá: entre o currículo e a memória”, de Danilo Mateus da Silva Pacheco
“Nazismo e religião política: avaliando classificações conceituais”, de Gustavo Feital Monteiro
“As relações dos governos Castelo Branco e Costa e Silva com a África do Sul e o papel dos diplomatas sul-africanos no Brasil (1964-1969)”, de Tiago Francisco Monteiro
“Trabalho e resistência: a Zona Franca de Manaus e as grandes greves do distrito industrial (1985-1986)”, de Vanessa Cristina da Silva Sampaio
“Ditadura civil-militar: análise do movimento estudantil da Universidade Estadual de Londrina por meio do jornal poeira (1974 – 1978)”, de Odir Taborda Correia Junior
E os artigos livres são:

“A inclusão no processo educativo”, de Fábio Rogério Bezerra Pereira
“Fome e soberania alimentar na Amazônia: notas sobre um silêncio cada vez mais incômodo”, de Mário Tito Barros Almeida e Leila Cristina Santos Almeida
“Fundamentalismo Protestante: uma interpretação crítica a partir do pensamento de Sartre”, de Geise Campêlo Ferreira e Cleber Baleeiro
“Mosaicos de áreas protegidas na Amazônia”, de Gilvano Chaves Teixeira Moraes
A revista também apresenta a resenha de Dimas Brasileiro Veras e Rebeca Santos de Amorim Guedes: “Quem fecudará os sonhos?” do filme “Amores de chumbo”, de Tuca Siqueira. Veja o dossiê completo no link da Revista Tempo Amazônico

Chamada para próximas edições

A Revista está com chamadas abertas para submissão de artigos sobre temas livres e específicos. No site da publicação “Tempo Amazônico” estão disponíveis cinco temas para os próximos dossiês, com prazos de envio no decorrer de 2021 e 2022. Os artigos devem ser enviados para o e-mail da revista ([email protected]) seguindo as normas de publicação disponíveis no site http://www.ap.anpuh.org/tempoamazonico. A RTA também receberá contribuições de resenhas, entrevistas e ensaios de pesquisa em caráter de fluxo contínuo. Cada edição possui prazos específicos para envio de trabalhos. Os temas específicos são:

“Amazônias: vidas em diferentes espacialidades e muitas temporalidades”
“História em movimento: o cinema como fonte histórica e historiográfica”
Ayahuasca e suas Interfaces com Memória, Poder e Saúde
“Os processos educativos sociais na América Latina”
“História, poder e linguagens: problematizações sobre o Brasil contemporâneo”

Texto: Iago Fonseca – (Estagiário de Jornalismo/ UNIFAP) – Escritório Modelo “Unifap Notícias”.

Mestrado em Letras da UNIFAP oferta 29 vagas para 2021 e inscrições vão até 31 de março

O Programa de Pós-graduação em Letras (PPGLET) da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) publicou edital de seleção para ingresso de discentes no 2º Semestre de 2021. Os interessados podem se inscrever no período de 01 a 31 de março, exclusivamente pela internet, no endereço eletrônico: https://sigaa.unifap.br/sigaa/public/processo_seletivo/lista.jsf Para se inscrever é necessário ter concluído o Ensino Superior ou apresentar declaração de previsão de conclusão do Curso de Graduação até a data da matrícula no PPGLET.

São ofertadas 29 vagas para a turma de 2021, distribuídas em duas linhas de pesquisa. Das vagas, 12 são de ampla concorrência e 17 destinadas à Política de Ações Afirmativas da UNIFAP, reservadas para pessoas autodeclaradas pretas, pardas e quilombolas, bem como para pessoas Trans (Travesti e Transexual), conforme Resolução Nº 39/2017, de 29 de novembro de 2017, a qual rege a Política de Ações Afirmativas da Universidade Federal do Amapá. Haverá, ainda, processo seletivo diferenciado para candidatos indígenas.

Com duração de dois anos, o Curso de Mestrado em Letras pretende formar profissionais capazes de reconhecer, promover e investigar a diversidade linguístico-social, cultural e literária amazônida, a partir de uma base teórico-metodológica sólida, bem como de produzir conhecimento relevante em Linguística e Literatura. O Mestrado em Letras da UNIFAP foi aprovado pela CAPES no final de 2018.

“A descrição da área de concentração, bem como das linhas de pesquisa e dos interesses de pesquisas dos professores do PPGLET estão disponíveis no Edital. Sua consulta é importante para que os projetos de pesquisa sejam elaborados considerando as características e interesses de pesquisa desses professores e a aderência à área de concentração suas linhas do programa”, orienta a coordenação do Mestrado.

Todas as regras do certame, seleção e documentação necessária para concorrer estão disponíveis no EDITAL publicado em: https://www2.unifap.br/ppglet/processo-seletivo/aluno-regular/turma-2021/

Ascom Unifap

Resgate Histórico: Pai da poetisa Cora Coralina atuou como juiz na comarca de Macapá em 1868

Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto foi um magistrado que atuou como juiz de Direito da Comarca de Macapá no ano de 1868. Os sobrenomes chamaram atenção dos servidores Michel Duarte Ferraz (museólogo) e Marcelo Jaques de Oliveira (historiador), do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), que atualmente realizam a análise documental de processos judiciais antigos com objetivo de resgatar registros de valor histórico para justiça amapaense, desde o período do Brasil Império (de 1822 a 1889). Os sobrenomes parecidos com os da poetisa goiana, de renome nacional, Cora Coralina, batizada como Anna Lins dos Guimarães Peixoto, saltaram aos olhos dos pesquisadores, que analisaram a biografia da poetisa e constataram que ela descendia do magistrado.

Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto nasceu em Areias (PB),em 1821. Pela proximidade com sua terra natal, tudo indica que tenha se tornado bacharel em Direto estudando na antiga Faculdade de Direito de Olinda, instalada no mosteiro de São Bento. Em sua trajetória profissional consta que atuou como Chefe de Polícia nas províncias do Amazonas e Piauí. Exerceu a magistratura em comarcas vinculadas ao Tribunal de Relações do Pará, entre elas, Macapá, Manaus e no Termo Judiciário de Cametá. Foi também Auditor de Guerra da Província do Amazonas.

Em 1884, torna-se desembargador do Tribunal de Relações de Goyaz (hoje Goiás), tendo atuado interinamente como Desembargador Procurador da Coroa, soberania e Fazenda Nacional. Faleceu em 1889, aos 68 anos, na cidade de Goiás, hoje estado.

Segundo o museólogo Michel Duarte Ferraz, diante dos materiais pesquisados até o momento não é possível traçar com precisão um perfil da sua atuação profissional ou da sua personalidade. “Os jornais daquela época eram claramente parciais e distribuíam notícias e versões de interesse dos seus proprietários e dos partidos políticos a que estavam ligados. Alguns jornais das províncias em que atuou tratavam-no como magistrado exemplar, outros o acusavam de recorrente abuso de autoridade, de conceder favores indevidos aos seus aliados ou de ser um juiz “venal”. Percebe-se que sua trajetória profissional foi marcada por muitas polêmicas e isso pode ter ocasionado mudanças de funções ou mesmo transferência de comarcas”, analisou o museólogo.

Magistrado x questões políticas

O magistrado Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto atuou em Macapá entre 1868 e 1870 e, certamente, contribuiu com a prestação jurisdicional e com a consolidação da comarca. Além da função de magistrado, ele também exercia a função de Delegado de Ensino. “Ficaríamos felizes em encontrar em nosso acervo um documento original do período em que o juiz tenha atuado por aqui, mas ainda estamos em busca”, registrou.

“Podemos destacar que em Macapá ele estava no meio das questões políticas criadas e potencializadas pelos aliados dos partidos Conservador e Liberal”, relatou o servidor Michel Duarte.

Um dos incidentes envolvendo o nome do magistrado foi noticiado pelo jornal O Liberal do Pará, de 17 de janeiro de 1869. O periódico relatava que o juiz seguia viagem para Belém com objetivo de defender-se das acusações que lhe eram imputadas. O fato teria acorrido no ano anterior e envolvia ameaça à vida do Capitão Fernando Álvares da Costa. Segundo relato anônimo: “O sr. dr. Peixoto, armado de um punhal, que trazia em uma bengala, provocou o nosso amigo de um modo inaudito e tentou feri-lo, depois de haver empregado todos os meios para espancá-lo. Não tendo o dr. Peixoto, nem sequer ao menos, procurado em lugar retirado e solitário, muito do seu propósito quis que a sua façanha fosse decantada por todo mundo.”

Outros casos de questões políticas envolvendo o juiz Peixoto podem ser encontradas em jornais da antiga província do Piauy (hoje estado do Piauí).

Transferência para Goiás

Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto constou na lista dos juízes mais antigos, aptos a ocupar vaga para desembargador no Tribunal de Relações de Belém. No entanto, em 15 de novembro de 1884, acaba sendo nomeado desembargador do Tribunal de Relações de Goyaz. Estabelecido em Vila boa de Goyaz (atual cidade de Goiás), aos 66 anos de idade, ele se casa com Jacintha Luiza do Couto Brandão e da união nasce, em 1889, a pequena Anna (Cora Coralina).

Relação pai e filha

A poetisa não conviveu com seu pai, já que ele faleceu dois meses depois do seu nascimento. Entretanto, sua ausência parece ter deixado marcas na sua vida. Isso fica perceptível na foto póstuma ao pai colocada por ela na parede da casa velha da ponte (antiga residência da família e atual museu Cora Coralina) e mesmo nos seus versos, como no poema “Meu pai”. Cora Coralina inclusive reformou o túmulo do pai, adquiriu espaço contíguo e construiu no local seu próprio túmulo.

Meu pai
Meu pai se foi com sua toga de juiz.
Nem sei quem lha vestiu.
Eu era tão pequena,
mal nascida.
Ninguém me predizia – vida.
Nada lhe dei nas mãos.
Nem um beijo,
uma oração, um triste ai.
Eu era tão pequena!…
E fiquei sempre pequenina na grande
falta que me fez meu pai”
Cora Coralina

Texto: Fernanda Picanço
Assessoria de Comunicação Social

100 anos de Barbosa: O goleiro mais vitorioso da história do Vasco da Gama

Foto: Folhapress Folhapress

Por Vinícius Leal

No mês de março, comemoramos o centenário de Moacyr Barbosa, um dos maiores goleiros do futebol brasileiro. Após tantos títulos emblemáticos e atuações impecáveis seu nome certamente está eternizado na galeria de ídolos imortais do Club de Regatas Vasco da Gama.

Moacyr Barbosa iniciou seu percurso profissional em um clube modesto de São Paulo. ( Clube Atlético Ypiranga) – O atleta ganharia visibilidade, pois sempre que enfrentava as principais equipes da cidade, se destacava por fechar o gol. Em sua primeira temporada, o time era comandado por um italiano, o técnico Caetano de Domênico.

O atleta foi sondado pelo Corinthians, que fez uma proposta interessante para comprar o passe do goleiro. O presidente do Ypiranga, Carlos Jafet, confessou a Barbosa que a diretoria não abriria qualquer negociação com a equipe paulista. A negociação já estaria bem encaminhada com o clube rubro-negro carioca, quando a equipe de São Januário entrou na negociação.

Sua ida para o clube cruzmaltino foi possível graças ao zagueiro Domingos da Guia, que recomendou o “guarda-metas” ao técnico uruguaio Ondino Vieira. No final de 1944, o assinaria contrato para reforçar o Vasco da Gama. O arqueiro assumiu as traves em momento áureo. A equipe havia alcançado o ápice da fama e o “Expresso da Vitória” viria a se tornar a base da Seleção Brasileira.

Barbosa vivenciou grandes momentos defendendo o sagrado manto vascaíno, sua principal conquista foi o Sul-Americano de Clubes. (1948) A competição recebeu o apoio da Confereración Sudamericana de Fútbol (CONMEBOL) e serviria de inspiração para a formatação de outras duas competições: a UEFA Champions League e a Copa Libertadores da América.

Na grande decisão, o cruzmaltino precisou apenas de um empate contra o poderoso River-Plate, para sagrar-se campeão, uma vez que o torneio era por pontos corridos. A equipe argentina contava com grandes craques que formavam aquela seleção, entre eles, José Manuel Moreno, Ángel Labruna, Félix Loustau, Néstor Rossi, e o grande gênio Alfredo Di Stéfano.

Na seleção brasileira, o goleiro alcançaria destaque e inúmeros títulos de expressão, porém, ele seria lembrado por muitos anos por uma possível falha na final da copa do Mundo de 1950. O imaginário popular não perdoou e tratou de construir a figura do defensor negro como anti-herói.

Em sua trajetória, quiseram lhe imputar a cruz do calvário, mas a única que Barbosa carregou foi a de malta. O lendário arqueiro, também defendeu as cores do Santa Cruz, Bonsucesso e Campo Grande. Barbosa era simplesmente magistral ao realizar milagres na pequena área.

Como diria Nelson Rodrigues, em sua crônica publicada na Manchete Esportiva no dia 30/5/1959.

” Ora, eu comecei a desconfiar da eternidade de Barbosa quando ele sobreviveu a 50. Então, concluí de mim para mim: Esse camarada não morre mais!” Não morreu e pelo contrário: — está cada vez mais vivo Nove anos depois de 50 (…) E foi trágico, amigos, foi trágico! Começa o jogo e, imediatamente, Pelé invade, perfura e, de três metros, fuzila. Fosse outro, e não Barbosa, estaria perguntando, e até hoje: — “Por onde entrou a bola?” Barbosa defendeu e com que soberbo descaro! (…) Foi patético, ou por outra — foi sublime. E porque, na sua eternidade salubérrima, ainda fecha o gol, eu faço de Barbosa o meu personagem da semana.

*Vinícius Leal é historiador e escritor amapaense. 

Inscrições para o festival PAN encerram no dia 29

Segunda edição do Potência das Artes do Norte integra artistas nortistas em uma programação variada, gratuita e on-line

No próximo dia 29 de março encerram as inscrições para o festival Potência das Artes do Norte (PAN), evento que reúne artistas da região Norte em uma programação artística on-line. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas apenas pelo site https://linktr.ee/pan.norte

Os interessados podem se inscrever em três atividades integrantes da programação: apresentação de espetáculos, núcleo de crítica e pitch. Só podem concorrer espetáculos de artistas independentes e/ou grupos que atuam em um dos sete estados do Norte do Brasil. Apenas a categoria “crítica” permite candidatos de outros estados. O regulamento pode ser acessado através do link http://bit.ly/PAN21Regulamento.

Para a programação artística, serão selecionadas 14 propostas cênicas e, cada uma, receberá um cachê no valor de R$ 2.000 (dois mil reais). Somente podem se inscrever no PAN grupos de artes ou artistas independentes com atuação na Região Norte cujos espetáculos não tenham sido apresentados na edição anterior do evento.

No ato da inscrição são exigidos os seguintes documentos: sinopse do espetáculo; breve currículo do artista/grupo/companhia; portfólio do artista/grupo/companhia (anexo via upload); link do vídeo na íntegra em plataforma digital (YouTube, Vimeo), com resolução mínima de 720p, com legendas em português disponíveis – sem uso de senha para que o conteúdo seja acessado pela comissão de seleção; link contendo três fotos do espetáculo com alta resolução (exigido 300 DPI, no mínimo); ficha técnica atualizada do espetáculo; e autorização de apresentação expedida pelo autor, ou pela SBAT (Sociedade Brasileira de Autores Teatrais), ou ABRAMUS (Associação Brasileira de Música e Arte).

Núcleo de crítica e pitch

Entre as novidades da segunda edição do PAN estão o núcleo de crítica e o pitch, ambos também estão com inscrições abertas. As duas iniciativas buscam promover intercâmbio entre os setores culturais do Norte do Brasil, com foco na profissionalização e no escoamento das produções artísticas para outras localidades dentro e fora do País.

Para o núcleo de crítica, poderão se inscrever artistas, estudantes, críticos e núcleos de todas as regiões do País que estejam desenvolvendo pesquisa em crítica teatral. Serão selecionados quatro participantes que deverão acompanhar, debater e escrever junto aos participantes do festival. A inscrição é feita no site do PAN e é necessário enviar uma carta de intenção de participação e breve currículo do artista/grupo/companhia. Cada participante receberá uma bolsa de R$ 600 (seiscentos reais).

No pitch, a proposta é que grupos, coletivos ou artistas independentes realizem uma apresentação de, no máximo, 5 minutos, em formato livre, de suas propostas cênicas de distintas linguagens (oficinas, espetáculos, festivais…) para uma banca de curadores e programadores de renome nacional. Serão selecionadas sete propostas. Para se inscrever, é necessário acessar o site do PAN e incluir as seguintes informações: nome e resumo da proposta de apresentação; breve currículo do artista/grupo/companhia; portfólio do artista/grupo/companhia (upload do arquivo); quantidade de artistas envolvidos na proposta (em caso do espetáculo entrar em turnê); especificações de volume e carga e proposta de cachê por apresentação (em caso do espetáculo entrar em turnê).

Com a proposta de amplificar produções cênicas dos sete estados do Norte do País, o PAN é um festival on-line e gratuito que será realizado de 24 a 30 de abril. A iniciativa foi contemplada com a Lei Aldir Blanc, através do Prêmio Feliciano Lana, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC-AM).

Sobre o PAN

O PAN , Potência das Artes do Norte, é o primeiro festival on-line de artes cênicas surgido em uma PANdemia, com intuito de estimular debates, programação acadêmica e exibição de espetáculos da região norte do Brasil para todo o país e outros países. A proposta do festival é inspirada também na etimologia da palavra “PAN” – de todo ou por inteiro, além de também fazer referência ao Deus Pã da mitologia grega, divindade dos bosques e da natureza.

Mais informações estão no Instagram @pan.norte e Facebook https://fb.me/pan.norte2020. Em caso de dúvidas, o e-mail para contato é [email protected].

Serviço:

O quê? Inscrições para a 2ª Edição do Potência das Artes do Norte (PAN)
Quando? De 15 a 29 de março de 2021
Onde? https://linktr.ee/pan.norte
Quanto? Gratuito

Informações para imprensa:

Lídia Ferreira – (92) 99236-5438
Iris Brasil – (92) 98271-6202